Ana Paula Massonetto
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FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO ANA PAULA MASSONETTO PRESIDENCIALISMO ESTADUAL EM SÃO PAULO: O QUE UNE OS PARTIDOS NA COALIZÃO. SÃO PAULO 2014 ANA PAULA MASSONETTO PRESIDENCIALISMO ESTADUAL EM SÃO PAULO: O QUE UNE OS PARTIDOS NA COALIZÃO. Tese apresentada à Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas como requisito para obtenção do título de Doutora em Administração Pública e Governo. Linha de Pesquisa: Transformação do Estado e Políticas Públicas. Orientador: Prof. Dr. Fernando Luiz Abrucio SÃO PAULO 2014 Massonetto, Ana Paula. Presidencialismo Estadual em São Paulo: o que une os partidos na coalizão. / Ana Paula Massonetto. – 2014. 296 f. Orientador: Fernando Luiz Abrucio Tese (CDAPG) - Escola de Administração de Empresas de São Paulo. 1. Presidencialismo. 2. São Paulo (Estado) - Política e governo. 3. Governos de coalizão. 4. Coalizões parlamentares. 5. Partidos políticos. I. Abrucio, Fernando Luiz. II. Tese (CDAPG) - Escola de Administração de Empresas de São Paulo. III. Título. CDU 328.132(816.1) ANA PAULA MASSONETTO PRESIDENCIALISMO ESTADUAL EM SÃO PAULO: O QUE UNE OS PARTIDOS NA COALIZÃO. Tese apresentada à Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas como requisito para obtenção do título de Doutora em Administração Pública e Governo Linha de Pesquisa: Transformação do Estado e Políticas Públicas Orientador: Prof. Dr. Fernando Luiz Abrucio Data da aprovação: 13/10/2014 Banca Examinadora: ______________________________________ Prof. Dr. Fernando Luiz Abrucio (Orientador) FGV-EAESP ______________________________________ Prof. Dr. Cláudio Gonçalves Couto FGV-EAESP ______________________________________ Prof. Dr. George Avelino Filho FGV-EAESP ______________________________________ Prof. Dr. Fabrício Ricardo de Limas Tomio UFPR ______________________________________ Prof. Dr. Valeriano Mendes Ferreira Costa Unicamp – IFCH AGRADECIMENTOS Esta tese é o desfecho de um período de amadurecimento pessoal, intelectual e profissional, e a concretização de um sonho. Agradeço a todos aqueles que compartilharam conhecimento e suas vidas, vocês me fizeram mais feliz. Ao meu orientador, Professor Fernando Luiz Abrucio, pela direção nesse trabalho, por todas as oportunidades, o mestrado, as monitorias, as pesquisas, pelo conhecimento compartilhado, em sala de aula, na orientação e de vida. Nossa convivência só fez aumentar minha admiração por você e pelo seu trabalho. Ao professor George Avelino, que semeou as ideias que se transformaram neste trabalho, pela oportunidade no projeto temático "Instituições Políticas e Gastos Públicos: Uma Análise dos Estados Brasileiros", realizado pelo CEPESP, sob sua coordenação, com o apoio da FAPESP, pela generosidade com que compartilha e constrói conhecimento, pela acolhida. Aos professores Cláudio Couto e George Avelino, pelas sugestões nas bancas de qualificação do mestrado e doutorado; a aos profs. Fabrício Tomio e Valeriano Costa pelas contribuições para aperfeiçoamento desse trabalho. Aos professores da FGV, Kurt von Metthenheim, Peter Spink, Maria Rita Loureiro, Regina Pacheco, Marta Farah, Abraham Laredo, Luiz Carlos Bresser-Pereira, George Avelino, Cláudio Couto, Ciro Biderman, Ana Cristina Braga Martes, Marco Antonio Teixeira, Mario Aquino Alves, José Marcio Rego, Jorge Gordin, e Gisela Taschner (in memoriam), pelo conhecimento compartilhado e pelos bons momentos. Agradecimento especial ao Prof. Sérgio Praça (UFABC) pela coordenação dos grupos de estudos na FGV, pelos comentários ao projeto de pesquisa no Seminário da FGV, pela orientação informal, por compartilhar seu conhecimento e pela amizade. Agradecimentos especiais também ao professor Laredo, em torno do qual fortalecemos os vínculos de amizade para toda a vida e ao professor Bresser-Pereira pelo diálogo, pelo mestre e ser humano, pelo convite especial e tudo o que representou. À FGV e ao CNPQ, pelo apoio financeiro no mestrado e à FAPESP, pela acolhida ao projeto de pesquisa e pelo apoio financeiro no doutorado. À todos os entrevistados, parlamentares, secretários de governo e, em especial servidores do Legislativo e do Executivo, inclusive da Administração Indireta, que forneceram dados e informações, sem os quais esse trabalho e as demais pesquisas empreendidas no período de mestrado e doutorado não teriam sido conclusivas. À EAESP-FGV e seus funcionários, pela ajuda nas diferentes etapas da minha trajetória na Fundação. Aos queridos amigos de mestrado e doutorado e para a vida, companheiros de angústias e conquistas, pelo apoio e contribuições em diversos momentos e de diferentes formas: Luis Otávio de Assis Milagres, Sarah Faleiros, Martha Ribas, Fernanda Papa, Catarina Ianni Segatto, Ana Claudia Pedrosa, Lya Porto, Patrícia Varela, Beni Trojbicz, Andrea Gozetto, Fabiano Angélico, Manuella Maia Ribeiro, Paula Rodriguez Ballesteros, Patrícia Cristina Magdalena, Célia Carvalho, Eliane Barbosa, Fabiana Bento, Heber Rocha, Natália Navarro, Natália Fingerman, Maria Cecília Gomes, Vinicius Macario, Danielle Klintowitz, Fábio Andrade, Renato Brizzi, Pedro Guerra, Maria Fernanda Alessio, André Assumpção, Leonardo Barone, Giulia Puttomatti, Felipe Salto, Pedro de Lima Marin, Caio César Medeiros Costa, Eduardo José Grin, Daniel de Bonis, Giovanna Lima, Lara Simielli, Marcello Fragano Baird, Fernando Nogueira, Bruno Covas, Humberto Dantas e, em especial, João Paulo Vergueiro (pelos depoimentos e dados), Wesley Seidel (pelo banco de dados inúmeras vezes lapidado), Roberta Clemente (pelas dicas, informações, indicações para entrevistas etc.), Thiago Belmar e Sérgio Praça (pelas entrevistas cedidas e pela troca de conhecimento), Fábio Lacerda e Joice Garcia (pelos dados cedidos de suas dissertações), Vitor Sandes (pela parceria nos Congressos), Karina Rodrigues e Angélica Nobre (pela assistência na coleta e tabulação de dados para a Tese). E aos amigos que me acompanharam durante a minha vida, me apoiaram neste momento e compreenderam tamanha ausência, especialmente Cynthia de Lima Krahenbuhl (em nome de todos os Beabenses queridos), Roberta Mello, Samia Sulaiman, Eliane Silvestre, Patrícia Kato, Silvana Bois, Valéria Nascimento, Elizabeth Leonetti, Adriana Ferreira, Carlos Morey, Enderson Marinho (in memoriam), Beloyanis Monteiro, Karina Kassis, Marcílio Marques, Carlos Beutel, Marina Albanese, Marcelo e Ana Paula Ribas, Ricardo e Andrea Silva, Nathália Cruzeira (sem terapia, não haveria sobreviventes rsrsrs), Eduardo e Daniel (do Grão e Natural), Vilma e toda equipe do D’Luz Grill e, em particular, minha irmã Milena Massonetto. Ao Dr. Paulo Jakutis, Roberto Kanitz e João Oshiro, pela confiança, contribuindo para o acesso à esta oportunidade. Aos meus pais e à minha família, cheios de orgulho, pelo amor e carinho. À minha nova família (do Patrão), à sogra Sil em especial, pelo apoio e torcida. Ao Márcio e à Luiza, a quem dedico esta Tese, pela paciência e compreensão, pelo apoio e amor incondicionais. Vocês são a minha vida. RESUMO O tema central desta Tese insere-se na preocupação da literatura acerca da lógica das relações de poder entre Executivo e legislativo na esfera subnacional, em particular, como é solucionado o dilema da governabilidade nos estados brasileiros. Buscando compreender o que une os partidos na coalizão, a Tese analisa a montagem e a natureza da coalizão de governo (formação dos gabinetes), investigando, em particular, seu peso e papel na construção e na gestão do apoio ao Executivo pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (coalizão legislativa), no caso do estado de São Paulo, de 1995 a 2010. O estudo empírico verifica que, diferentemente da esfera federal, a formação dos gabinetes paulistas visam prioritariamente estratégias eleitorais e as coalizões de governo não correspondem à totalidade das coalizões legislativas formadas e mantidas pelos governadores, já que, via de regra, os gabinetes são minoritários, geralmente somente os aliados coligados recebem Secretarias, sem observar a proporcionalidade do apoio oferecido no Legislativo, e as pastas são majoritariamente concentradas para o partido do governador. A formação e gestão da coalizão legislativa, por sua vez, é realizada mediante a oferta de moedas e políticas do tipo pork barrels, a exemplo de cargos do segundo e terceiro escalões, transferências e investimentos nos redutos eleitorais dos parlamentares, cujo comportamento governista se justifica pela falta de alternativa à sobrevivência política derivada das restrições ou incentivos institucionais: reduzidas competências estaduais; iniciativa exclusiva do Executivo nas principais matérias; e, lógica de carreira derivada do sistema eleitoral proporcional de lista aberta, dentre outras. A Tese contribui para a vertente de estudos empíricos sobre o presidencialismo de coalizão e ultrapresidencialismo estadual, trazendo elementos tanto sobre a formação dos gabinetes quanto sobre o gerenciamento da coalizão ao longo do tempo. Palavras-chave: governabilidade, presidencialismo, coalizões, formação de governo, gabinetes, apoio legislativo, governos subnacionais, estados. ABSTRACT The central theme of this thesis is inserted in the literature which investigates the logic of power relations between the executive and legislative powers in the sub-national sphere, and in particular, on how the paradox of governability is solved in Brazilian states. Seeking a better understanding on how parties unite in coalitions, the thesis analyses the assembly and the nature of government coalitions (Cabinet formations),