O Essencial Sobre a Hipnose: TEORIAS, MITOS, APLICAÇÕES CLÍNICAS E INVESTIGAÇÃO CLÁUDIA CARVALHO ManuaisUniversitarios_4_Layout 1 17-07-2014 10:52 Página 1

O ESSENCIAL SOBRE A HIPNOSE: TEORIAS, MITOS, APLICAÇÕES CLÍNICAS E INVESTIGAÇÃO ManuaisUniversitarios_4_Layout 1 17-07-2014 10:52 Página 2

TÍTULO: O ESSENCIAL SOBRE A HIPNOSE: TEORIAS, MITOS, APLICAÇÕES CLÍNICAS E INVESTIGAÇÃO AUTOR: CLÁUDIA MARIA CONSTANTE FERREIRA DE CARVALHO

© INSTITUTO SUPERIOR DE PSICOLOGIA APLICADA – CRL RUA JARDIM DO TABACO, 34, 1149-041 LISBOA 1.ª EDIÇÃO: SETEMBRO DE 2012

COMPOSIÇÃO: INSTITUTO SUPERIOR DE PSICOLOGIA APLICADA IMPRESSÃO E ACABAMENTO: RAINHO & NEVES LDA. – SANTA MARIA DA FEIRA

DEPÓSITO LEGAL: 348238/12 ISBN: 978-989-8384-16-4 ManuaisUniversitarios_4_Layout 1 17-07-2014 10:52 Página 3

CLÁUDIA MARIA CONSTANTE FERREIRA DE CARVALHO

O ESSENCIAL SOBRE A HIPNOSE:

TEORIAS, MITOS, APLICAÇÕES

CLÍNICAS E INVESTIGAÇÃO

ISPA Lisboa ManuaisUniversitarios_4_Layout 1 17-07-2014 10:52 Página 5

Ao meu pai, cuja generosidade me concedeu sempre a liberdade de abraçar os projectos mais improváveis ManuaisUniversitarios_4_Layout 1 17-07-2014 10:52 Página 7

“The greatest discovery of my generation is that a human being can alter his life by altering his attitudes of mind”. William James (1842-1910) ManuaisUniversitarios_4_Layout 1 17-07-2014 10:52 Página 9

Um agradecimento muito especial ao Idalécio Lourenço, pela leitura cuidadosa deste livro, pelas sugestões e feedback fornecidos e pela edição final do texto. ManuaisUniversitarios_4_Layout 1 17-07-2014 10:52 Página 11

ÍNDICE

PORQUÊ ESTE LIVRO ...... 13

CAPÍTULO I: DEFINIÇÃO DE HIPNOSE E TEORIAS EXPLICATIVAS ...... 19

Definição de hipnose ...... 21

Tipos de sugestões ...... 24

Modelos teóricos ...... 25

Bases psicofisológicas ...... 32

CAPÍTULO II: CRENÇAS E ATITUDE FACE À HIPNOSE ...... 35

Considerações gerais ...... 37

Hipnose no cinema ...... 38

Conhecimentos e crenças acerca da hipnose nos profissionais de saúde ...... 39

Conhecimento e crenças acerca da hipnose nos não-profissionais de saúde ...... 40

Mitos comuns ...... 41

CAPÍTULO III: APLICABILIDADE DA HIPNOSE NA MEDICINA E NA PSICOLOGIA ...... 45

Eficácia da hipnose ...... 47 ManuaisUniversitarios_4_Layout 1 17-07-2014 10:52 Página 12

Como identificar um profissional de saúde devidamente credenciado a utilizar a hipnose ...... 54

CAPÍTULO IV: HIPNOTIZABILIDADE E SUGESTIONABILIDADE HIPNÓTICA: INVESTIGAÇÃO E PRÁTICA CLÍNICA ...... 59

Questões terminológicas ...... 61

Escalas de medida da sugestionabilidade hipnótica ...... 64

Investigação em sugestionabilidade hipnótica e não hipnótica ...... 66

Implicações para a prática clínica ...... 68

REFERÊNCIAS ...... 71

ANEXO: ASSOCIAÇÕES E PUBLICAÇÕES CIENTÍFICAS: DESCRIÇÃO E RECURSOS NA INTERNET...... 89 ManuaisUniversitarios_4_Layout 1 17-07-2014 10:52 Página 13

PORQUÊ ESTE LIVRO ManuaisUniversitarios_4_Layout 1 17-07-2014 10:52 Página 15

Este livro pretende familiarizar os profissionais de saúde com a hipnose clínica e experimental. Apesar de ter já uma história de 75 anos de investigação científica (Kirsch, Mazzoni, & Montgomery, 2007), a hipnose continua a não fazer parte das abordagens prevalentes quer na Medicina quer na Psicologia. Como consequência, não faz parte dos curricula da maioria dos cursos superiores de Psicologia e Medicina. Por outro lado, as Ordens Profissionais de Medicina (Ordem dos Médicos, Associação Portuguesa dos Médicos de Clínica Geral) e de Psicologia (Ordem dos Psicólogos Portugueses) não assumem uma posição formal acerca da utilização da hipnose na prática profissional dos seus membros, não a proibindo, mas também não a regulamentando e consequentemente não a fiscalizando. Em matéria de encontros científicos, em Portugal realizaram-se até à data apenas dois, em 1997 na Universidade do Minho (I Congresso Português de Hipnose Clínica) e em 2007 na Universidade de Coimbra (I Simpósio Ibérico de Hipnose Experimental e Clínica). As oportunidades formativas para profissionais de saúde, mesmo nos grandes centros como Lisboa e Porto, são escassas, e muitas vezes promovidas por entidades que se dedicam à hipnose leiga (isto é, não científica) e que reconhecem como habilitados a utilizar a hipnose, pessoas sem qualquer formação em saúde. Mesmo entre os profissionais de saúde interessados em hipnose, grassa a confusão entre hipnose leiga e hipnose científica, o que se deve provavelmente ao desconhe- cimento acerca da hipnose, da sua fundamentação teórica e empírica, da sua aplicabilidade clínica, das suas associações profissionais e das publicações em revistas científicas indexadas nas bases de dados de referência. Consequentemente, a resposta que obtêm ao seu interesse em obter uma formação em hipnose, é nula, ou enveredam por formações sem base científica. Tal cenário contribui para a manutenção de um conjunto de crenças distorcidas e opiniões negativas quer junto da população estudantil (e.g., a hipnose permite lembrar memórias escondidas; ideia da hipnose como “máquina da verdade”), quer junto dos profissionais de saúde (e.g., a hipnose é marginal à investigação científica; a hipnose como solução “mágica” para os problemas de saúde). A hipnose não é uma terapia, é um coadjuvante terapêutico e como tal só deverá ser usada por um profissional de saúde devidamente habilitado a tratar aquilo que se propõe a tratar sem hipnose. A este propósito cite-se a “regra de ouro” de Martin Orne (1927-2000), presidente da Sociedade Internacional de Hipnose no período de 1977 a 1979:

15 ManuaisUniversitarios_4_Layout 1 17-07-2014 10:52 Página 16

“Se um profissional não é qualificado para tratar algo (uma determinada condição clínica) sem hipnose, então ele não é qualificado para a tratar (essa condição clínica) com hipnose. Primeiro procura-se a certificação profissional (médico, dentista, psicólogo clínico, etc.). Depois procura-se a certificação em hipnose.” Martin Orne

Existem já em muitos países associações profissionais de Hipnose, a maior parte delas afiliadas na Sociedade Internacional de Hipnose (International Society of − ISH), uma organização educacional e científica fundada em 1973, que inclui como membros médicos, psiquiatras, médicos dentistas e psicólogos, e que tem como objectivo promover o conhecimento acerca da hipnose no público profissional e leigo e desenvolver a investigação científica. A ISH é a única associação de hipnose internacional legítima (Kirsch em entrevista a Capafons, 1995) e o seu ramo Europeu, a European Society of Hypnosis (ESH) agrupa 32 sociedades constituintes provenientes de 17 países diferentes (ver Anexo para uma listagem das sociedades e países constituintes da ISH), incluindo mais de 14.000 profissionais dos campos da Medicina, Medicina Dentária, Psicologia e outras profissões na área da saúde. Em termos de oportunidades formativas em contexto universitário, refira-se que nos anos 90 do século XX, 25% dos programas doutorais nos EUA e 45% dos Departamentos de Psicologia Britânicos ofereciam formação em hipnose (Capafons, 1995). A hipnose é particularmente estudada em universidades do mundo anglófono (e.g., EUA, Reino Unido, Austrália, Canadá) mas também em Universidades de outras partes do mundo como a Alemanha, a Hungria, a Holanda, Espanha (Capafons, 1995, 1998) e Portugal para apenas citar alguns países europeus de língua não inglesa. A hipnose não é uma técnica difícil de aprender para um profissional de saúde. Já a capacidade para determinar e aplicar o melhor tratamento possível em função das opções disponíveis, demora anos a adquirir. O conhecimento de base científico acerca da hipnose interessa a todos os profissionais cujo arsenal terapêutico beneficie da inclusão de técnicas sugestivas. Se é certo que a maior parte dos médicos e dos psicólogos utilizam a sugestão nas suas comunicações com os pacientes, é menos certo que a utilizem de forma intencional e com conhecimento preciso dos seus efeitos. Conhecer e utilizar a hipnose em contextos de saúde, é utilizar a sugestão de forma a incrementar os benefícios terapêuticos de uma dada intervenção clínica num paciente. Como referiu Maddock (1995, citado por Sugarman, 1996), nem toda a hipnose é terapia, mas toda a terapia é hipnose.

16 ManuaisUniversitarios_4_Layout 1 17-07-2014 10:52 Página 17

A hipnose é uma área de estudos vibrante e em contínuo desenvolvimento, que aborda questões pertinentes: Somos todos igualmente capazes de experimentar a hipnose? As sugestões hipnóticas são eficazes mesmo sem indução hipnótica? Quais são as variáveis que estão associadas a uma maior responsividade à hipnose? Quais as aplicações clínicas da hipnose? Quando é que não se deve usar a hipnose? Quais os efeitos da hipnose na memória? Como é que se investiga no campo da hipnose? Este livro pretende dar resposta a todas estas perguntas num documento em língua portuguesa. Simultaneamente pretende-se constituir como um mapa para orientar a aquisição de um conhecimento básico de carácter científico acerca da hipnose. O presente trabalho apresenta-se dividido em quatro capítulos: o primeiro capítulo define hipnose e sugestões hipnóticas e apresenta de forma breve os vários modelos teóricos explicativos, tendo como referência o designado “efeito clássico da sugestão” (Weitzenhoffer, 1978), i.e., a experiência de automatismo (ou não volição) que caracteriza a experiência hipnótica. É ainda apresentada uma sinopse do conhecimento actual acerca das bases psicofisiológicas da hipnose, discutindo- -se a noção de transe hipnótico sob este ângulo. O segundo capítulo inicia-se com uma abordagem geral acerca de como é que as crenças, expectativas e motivação influenciam a resposta às sugestões fornecidas em contexto hipnótico, seguida de uma ilustração acerca de como a hipnose tem sido apresentada no cinema. Seguidamente apresenta-se uma revisão dos estudos acerca das atitudes, crenças e opiniões que profissionais e público apresentam face à hipnose e sitematizam-se as crenças distorcidas mais comuns. O terceiro capítulo apresenta os resultados obtidos nas várias revisões sistemáticas e meta-análises acerca da eficácia da hipnose como instrumento terapêutico à luz dos critérios que definem a validade empírica de uma intervenção psicológica. Neste capítulo são ainda apresentadas algumas directrizes acerca de como encontrar um profissional devidamente credenciado habilitado a usar a hipnose. O quarto capítulo discute os conceitos de hipnotizabilidade e de sugestionabilidade hipnótica, definindo e diferenciando-os. Segue-se uma referência aos principais instrumentos de medida desenvolvidos com o objectivo de mensurar a capacidade para experimentar sugestões sob hipnose, terminando o capítulo com uma discussão acerca das implicações na prática clínica, da investigação em sugestionabilidade hipnótica e não hipnótica. O livro apresenta ainda um anexo que tem como objectivo orientar a procura de informação legítima e de base científica na Internet. Esperamos com este documento sensibilizar os profissionais de saúde, nomeadamente os médicos e os psicólogos clínicos e da saúde, para o potencial benefício desta técnica, permitindo que ela faça parte do seu arsenal terapêutico e

17 ManuaisUniversitarios_4_Layout 1 17-07-2014 10:52 Página 18

seja mais uma opção possível para lutar contra a doença e conferir maior autonomia e controle sobre a sua saúde por parte dos pacientes. Esperamos também com este texto, dar um contributo para um maior e mais correcto conhecimento acerca da hipnose clínica de base científica bem como fornecer um mapa aos profissionais e estudantes das áreas da saúde que lhes permita navegar com segurança nestas águas.

18 ManuaisUniversitarios_4_Layout 1 17-07-2014 10:52 Página 71

REFERÊNCIAS ManuaisUniversitarios_4_Layout 1 17-07-2014 10:52 Página 73

Accardi, M.C., & Milling, L.S. (2009). The effectiveness of hypnosis for reducing procedure-related pain in children and adolescents: A comprehensive methodological review. Journal of Behavioral Medicine, 32, 328-339. Alladin, A., & Alibhai, A. (2007). Cognitive for depression: An empirical investigation. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 55, 147- 166. Anbar, R.D. (2002). You don’t like the taste of your medication? So change the taste. Clinical Pediatrics, 41, 197-198. Bányai, E.A., & Hilgard, E.R. (1976). A comparison of active-alert with traditional relaxation induction. Journal of Abnormal Psychology, 85, 218-224. Bányai, E.I., Zseni, A., & Túry, F. (1993). Active-alert hypnosis in psychotherapy. In J.W. Rhue, S.J. Lynn, & I. Kirsch (Eds.), Handbook of clinical hypnosis (pp. 271-290). Washington DC: American Psychological Association. Barber, T.X. (1965). Measuring “hypnotic-like” suggestibility with and without hypnotic “induction”: Psychometric properties, norms, and variables influencing response to the Barber Suggestibility Scale (BSS). Psychological Reports, 16, 809-844. Barber, T.X. (1969/1995). Toward a Scientific Explanation of “hypnotic behavior”. In T.X. Barber (Ed.), Hypnosis: A scientific approach (pp. 221-42). Northvale, NJ: Jason Aronson. Barber, T.X., & Calverley, D.S. (1964). Toward a theory of “hypnotic” behavior: Effects on suggestibility of defining response to as easy. Journal of Abnormal and Social Psychology, 68, 585-592. Barber, T.X., & Glass, L.B. (1962). Significant factors in hypnotic behavior. Journal of Abnormal Psychology, 64, 222-228. Barber, T.X., & Wilson, S.C. (1979). Guided imagining and hypnosis: Theoretical and empirical overlap and convergence in a new Creative Imagination Scale. In A.A. Sheikh & J.T. Shaffer (Eds.), The potential of fantasy and imagination. New York: Brandon House. Barber, T.X., Spanos, N.P., & Chaves, J.F. (1974). Hypnosis, imagination, and human potencialities. New York: Pergamon Press. Barnier, A., & McConkey, K.M. (1998). Posthypnotic responding away from the hypnotic setting. Psychological Science, 9, 256-262. Barnier, A.J., & McConkey, K.M. (2004). Defining and identifying the highly hypnotizable person. In M. Heap, R.J. Brown, & D.A. Oakley (Eds.), The highly hypnotizable person. Theoretical, experimental and clinical issues (pp. 30-60). London and New York: Routledge. Barrett, D. (2006). Hypnosis in film and television. American Journal of Clinical Hypnosis, 49, 13-30.

73 ManuaisUniversitarios_4_Layout 1 17-07-2014 10:52 Página 74

Benham, G., Woody, E.Z., Wilson, K.S., & Nash, M.R. (2006). Expect the unexpected: Ability, attitude, and responsiveness to hypnosis. Journal of Personality and Social Psychology, 91, 342-350. Bergman, M., Trenter, E.U., & Kallio, S. (2003). Swedish norms for the Harvard Group Scale of , Form A. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 51, 348-356. Bernheim, H. (1884/1964). Hypnosis & in Psychotherapy. The nature and uses of hypnotism (E. Hilgard, Trans.). University Books. (Obra original publicada em 1884) Bertrand, L.D., Stam, H.J., & Radtke, H.L. (1993). The Carleton Skills Training Package for modifying hypnotic susceptibility: A replication an extension. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 41, 6-14. Bongartz, W. (1985).German norms for the Harvard Group Scale of Hypnotic Susceptibility, Form A. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 33, 131-139. Bowers, K.S. (1993). The Waterloo-Stanford Group C (WSGC) scale of hypnotic susceptibility: Normative and comparative data. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 41, 35-46. Bowers, K.S. (1998). Waterloo-Stanford Group Scale of Hypnotic Susceptibility, Form C: Manual and response booklet. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 46, 250-268. Braffman, W., & Kirsch, I. (1999). Imaginative Suggestibility and Hypnotizability. An empirical analysis. Journal of Personality and Social Psychology, 77, 578-587. Brown, D. (2007). Evidence-based hypnotherapy for asthma: A critical review. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 55, 220-249. Brown, D.C., & Hammond, D.C. (2007). Evidence-based clinical hypnosis for obstetrics, labor and delivery, and preterm labor. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 55, 355-371. Burgess, A. (2007). On the contribution of neurophysiology to hypnosis research: Current state and future directions. In G.A. Jamieson (Ed.), Hypnosis and conscious states: The cognitive neuroscience perspective (pp. 195-219). Oxford, England: Oxford University Press. Capafons, A., & Mazzoni, G. (2005). Es lo peligros de la hipnosis el hipnoterapeuta? Hipnosis Y falsos recuerdos. Papeles del Psicologo, 89, 27-38. Capafons, A. (1995). Entrevista a Irving Kirsch. Papeles del Psicólogo, 62. Recuperado a partir de: http://www.papelesdelpsicologo.es/vernumero.asp?ID=1093. Capafons, A. (1998). Hipnosis clínica: Una visión cognitivo-comportamental. Papeles del Psicólogo, 69, 71-88.

74 ManuaisUniversitarios_4_Layout 1 17-07-2014 10:52 Página 75

Capafons, A., Alarcón, A., Cabañas, S., & Espejo, B. (2003). Análisis factorial exploratorio y propriedades psicométricas de la Escala de Creencias y Actitudes hacia la hipnosis-cliente. Psicothema, 15, 143-147. Capafons, A., Cabañas, S., Espejo, B., & Cardeña, E. (2004). Confirmatory factor analysis of the Valencia scale on attitudes and beliefs toward hypnosis. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 52, 413-433. Capafons, A., Mendoza, M.E., Espejo, B., Green, J.P., Lopes-Pires, C., Selma, M.L., Flores, D., Morariu, M., Cristea, I., David, D., Pestana, J., & Carvalho, C. (2008). Attitudes and beliefs about hypnosis: A multicultural study. Contemporary Hypnosis, 25, 141-155. Capafons, A., Morales, C., Espejo, B., & Cabañas, S. (2006). Análisis factorial exploratorio y propriedades psicométricas de la escala de Valencia de actitudes y creencias hacia la hipnosis, versión terapeuta. Psicothema, 18, 810-815. Cardena, E., Alarcon, A., Capafons, A., & Bayot, A. (1998). Effects of suggestibility of a new method of active-alert hypnosis: Alert-hand. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 46, 280-294. Carvalho, C. (2008). Adherence to health-related behaviors: Efectiveness of implementation intentions and posthypnotic suggestion in college students. Dissertação de Doutoramento em Psicologia da Saúde, não publicada, Universidade Nova de Lisboa / Instituto Superior de Psicologia Aplicada. Carvalho, C. (2010). Entrevista a Irving Kirsch – Uma conversa acerca da hipnose clínica e experimental. Análise Psicológica, XXVIII(2), 377-384. Carvalho, C. (in press). Portuguese norms for the Harvard Group Scale of Hypnotic Susceptibility, Form A. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis. Carvalho, C., Capafons, A., Kirsch, I., Espejo, B., Mazzoni, G., & Leal, I. (2007). Factorial Analysis and Psychometric Properties of the Revised Valencia Scale of Attitudes and Beliefs toward Hypnosis – Client Version. Contemporary Hypnosis, 24, 76-85. Carvalho, C., Mazzoni, G., Kirsch, I., & Leal, I. (2008). Portuguese norms for the Waterloo-Stanford Group C (WSGC) Scale of Hypnotic Susceptibility. The International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 56, 295-305. Carvalho, C., Kirsch, I., Mazzoni, G., Meo, M., & Santandrea, M. (2008). The Effect of Posthypnotic Suggestion, Hypnotic Suggestibility, and Goal Intentions on Adherence to medical instructions. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 56, 143-155. Carvalho, C., Morais, V., Viegas, T., & Coelho, S. (2012). Crenças acerca da hipnose: comparação entre grupos de profissionais de saúde e a importância da experiência. In J.L. Pais Ribeiro, I. Leal, A. Pereira, & S. Monteiro (Eds.), Psicologia da Saúde:

75 ManuaisUniversitarios_4_Layout 1 17-07-2014 10:52 Página 76

Desafios à promoção da saúde em doenças crónicas (pp. 69-76). Lisboa: Placebo Editora. ISBN: 978-989-8463-30-2. Chambless, D.L., & Hollon, S. (1998). Defining empirically supported therapies. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 66, 7-18. Chambless, D.L., & Ollendick, T.H. (2001). Empirically supported psychological interventions: Controversies and evidence. Annual Review of Psychology, 52, 685-716. Chaves, J.F. (1997). Hypnosis in dentistry: Historical overview and critical appraisal. Hypnosis International Monographs, 3, 5-23. Chaves, J.F. (1999). Applying hypnosis in pain management: Implications of alternative theoretical perspectives. In I. Kirsch, A. Capafons, E. Cardeña, & S. Amigó (Eds.), Clinical hypnosis and self-regulation (pp. 227-247). Washington DC: American Psychological Association. Chaves, J.F. (2000). Hypnosis. In A.E. Kazdin (Ed.), Encyclopedia of Psychology (vol. 4, pp. 211-216). Washington, DC: American Psychological Association. Christensen, C.C. (2005). Preferences for descriptors of hypnosis: A brief communication. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 53, 281-289. Coldrey, J.C., & Cyna, A.M. (2004). Suggestion, hypnosis and hypnotherapy: A survey of use, knowledge and attitudes of anaesthetists. Anaesthesia and Intensive Care, 32, 676- 680. Council, J. (1999). Measures of hypnotic responding. In Kirsch, Capafons, Cardeña- Buelna, & Amigó, (Eds.). Clinical hypnosis and self-regulation: Cognitive-behavioral perspectives (pp. 119-140). Washington, DC: American Psychological Association. Council, J.R. (2002). A historical overview of hypnotizability assessment. American Journal of Clinical Hypnosis, 44, 199-208. Cronin, D.M., Spanos, N.P., & Barber, T.X. (1971). Augmenting hypnotic suggestibility by providing favourable information about hypnosis. American Journal of Clinical Hypnosis, 13, 259-264. Cyna, A.M., McAuliffe, G.L., & Andrew, M.I. (2004). Hypnosis for pain relief in labour and childbirth: A systematic review. British Journal of Anaesthesia, 93, 505-11. David, D., Montgomery, G., & Holdevici, I. (2003). Romanian Norms for the Harvard Group Scale of Hypnotic Susceptibility, Form A. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 51, 66-76. De Pascalis, V. Bellusci, A., & Russo, P.M. (2000). Italian Norms for the Stanford Hypnotic Susceptibility Scale, Form C. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 48, 315-323. De Pascalis, V., Russo, P.M., & Marucci, F.S. (2000). Italian Norms for the Harvard Hypnotic Susceptibility Scale, Form C. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 48, 44-55.

76 ManuaisUniversitarios_4_Layout 1 17-07-2014 10:52 Página 77

Deckert, G.H., & West, L.J. (1963). The problem of hypnotizability: A review. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 11, 205-235. Diment, A.D. (1991). Uses of hypnosis in diabetes-related stress management counseling. Australian Journal of Clinical & Experimental Hypnosis, 19, 97-101. Edwards, S.D., & van der Spuy, H.I. (1985). Hypnotherapy as a treatment for enuresis. Journal of Child Clinical Psychology, Psychiatry and Allied Health Disciplines, 26, 161-170. EFPA – European Federation of Psychologist’s Associations. (2010). Carta Ethica or Charter of Professional Ethics for Psychologists. Text agreed at the meeting of the Southern European EFPPA countries, 29th November 1994 and adopted by the General Assembly, July 1st, 1995 in Athens. Retrieved from http://www.efpa.eu/professional- development/carta-ethica-or-charter-of-professional-ethics-for-psychologists Elkins, G., Jensen, M.P., & Patterson, D.R. (2007). Hypnotherapy for the management of chronic pain. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 55, 275- 287. Elkins, G.R., & Wall, V.J. (1996). Medical referrals for hypnotherapy: Opinions of physicians, residents, family practice outpatients, and psychiatry outpatients. American Journal of Clinical Hypnosis, 38, 254-262. Erdelyi, M.H. (1994). Hypnotic hypermnesia: The empty set of hypermnesia. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 42, 379-390. Erickson, M.H., & Rossi, E. (1979). Hypnotherapy: An exploratory casebook. New York: Irvington Publishers. Flammer, E., & Alladin, A. (2007). The efficacy of hypnotherapy in the treatment of psychosomatic disorders: Meta-analytical evidence. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 552, 251-274. Flammer, E., & Bongartz, W. (2003). On the efficacy of hypnosis: A meta-analytic study. Contemporary Hypnosis, 20, 179-197. Forrest, D. (1999). Hypnotism: A history. London: Penguin. Furnham, A., & Lee, E. (2005). Lay beliefs about, and attitudes towards hypnosis and hypnotherapy. Counselling and Clinical Psychology Journal, 2, 90-103. Gandhi, B., & Oakley, D.A. (2005). Does ‘hypnosis’ by any other name smell as sweet? The efficacy of ‘hypnotic’ inductions depends on the label ‘hypnosis’. Consciousness and Cognition, 14, 304-315. Gay, M.C. (2007). Effectiveness of hypnosis in reducing mild essential hypertension: A one-year follow-up. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 55, 67-83. Geary, B., & Zeig, J. (Eds.). (2001). The handbook of Ericksonian psychotherapy. Phoenix: The Milton H. Erickson Foundation Press.

77 ManuaisUniversitarios_4_Layout 1 17-07-2014 10:52 Página 78

Geary, B.B. (2001). Assessment in Ericksonian hypnosis and psychotherapy. In B.B. Geary & J.K. Zeig (Eds.), The handbook of Ericksonian psychotherapy (pp. 1-17). Phoenix: The Milton H. Erickson Foundation Press. Gfeller, J.D., Lynn, S.J., & Prible, W.E. (1987). Enhancing hypnotic susceptibility: Interpersonal and rapport factors. Journal of Personality and Social Psychology, 52, 586-595. Gorassini, D.R., & Spanos, N.P. (1986). A social-cognitive skills approach to the successful modification of hypnotic susceptibility. Journal of Personality and Social Psychology, 50, 1004-1012. Green, J.P. (2003). Beliefs about hypnosis: Popular beliefs, misconceptions and the importance of experience. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 51, 369-381. Green, J.P. (2004) The five factor model of personality and hypnotizability: Little variance in common. Contemporary Hypnosis, 21, 161-168. Green, J.P., & Lynn, S.J. (2000). Hypnosis and suggestion-based approaches to smoking cessation: An examination of the evidence. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 48, 195-224. Green, J.P., Barabasz, A.F., Barrett, D., & Montgomery, G.H. (2005). Forging ahead: The 2003 APA division 30 definition of hypnosis. Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 53, 259-264. Green, J.P., Page, R.A., & Rasekhy, R. (2006). Cultural views and attitudes about hypnosis: A survey of college students across four countries. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 54, 263-280. Hammond, D.C. (2007). Review of the efficacy of clinical hypnosis with headaches and migraines. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 55, 207-219. Hammond, D.C. (2010). Hypnosis in the treatment of anxiety- and stress-related disorders. Expert Review of Neurotherapeutics, 10, 263-273. Harrison-Ford, C. (2009). Hypnosis on Film: A Note. Australian Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 37, 217-227. Heap, M., & Kirsch, I. (2006). Introduction. In M. Heap & I. Kirsch (Eds.), Hypnosis: Theory, research and application (pp. xiii-xxviii). Hants and Burlington: Ashgate Publishing Company. Heap, M., Brown, R.J., & Oakley, D. (2004). High hypnotizability: Key issues. In M. Heap, R. Brown, & D. Oakley (Eds.), The highly hypnotizable person. Theoretical and experimental issues (pp. 5-29). New York: Brunner-Routledge. Hilgard, E.R., & Tart, C.T. (1966). Responsiveness to suggestions following waking and imagination instructions and following induction of hypnosis. Journal of Abnormal Psychology, 71, 186-208.

78 ManuaisUniversitarios_4_Layout 1 17-07-2014 10:52 Página 79

Hilgard, E.R. (1974). Toward a neo-dissociation theory: Multiple cognitive controls in human functioning. Perspectives in Biology and Medicine, 17, 301-316. Hilgard, E.R. (1979). Divided consciousness in hypnosis: The implications of hidden observer. In E. Fromm & R.E. Shor (Eds.), Hypnosis: Developments in research and new perspectives (pp. 44-79). New York: Aldine. Hilgard, J.R., & Hilgard, E.R. (1979). Assessing hypnotic responsiveness in a clinical setting: A multi-item clinical scale and its disadvantages over single-item scales. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 27, 134-150. Hull, C.L. (1933). Hypnosis and suggestibility: An experimental approach. New York: Appleton-Century-Crofts. Jensen, M.P., McArthur, K.D., Barber, J., Hanley, M.A., Engel, J.M., Romano, J.M., Cardenas, D.D., Kraft, G.H., Hofman, A.J., & Patterson, D.R. (2006). Satisfaction with, and the beneficial side effect of hypnotic analgesia. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis 54, 432-447. Johnson, M.E., & Hauck, C. (1999). Beliefs and opinions about hypnosis held by the general public: A systematic evaluation. American Journal of Clinical Hypnosis, 42, 10-20. Kallio, S.P.I., & Ihamuotila, M.J. (1999). Finnish norms for the Harvard Group Scale of Hypnotic Susceptibility, Form A. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 47, 227-235. Kallio, S.P.I., & Revonsuo, A. (2005). The observer remain hidden. Contemporary Hypnosis, 22, 138-143. Kebbell, M.R., & Wagstaff, G.F. (1998). Hypnotic interviewing: The best way to interview eyewitnesses? Behavioral Sciences and the Law, 16, 115-129. Kelly, M.A., McKinty, H.R., & Carr, R. (1988). Utilization of hypnosis to promote compliance with routine dental flossing. American Journal of Clinical Hypnosis, 31, 51-60. Kihlstrom, J.F. (2008). The domain of hypnosis, revisited. In M.R. Nash & A.J. Barnier (Eds.), The Oxford handbook of hypnosis: Theory, research, and practice (pp. 53-81). Oxford: Oxford University Press. Kirsch, I. (1985). Response expectancy as a determinant of experience and behavior. American Psychologist, 40, 1189-1202. Kirsch, I. (1991). The social learning theory of hypnosis. In S.J. Lynn & J.W. Rhue (Eds.), Theories of hypnosis: Current models and perspectives (pp. 439-466). New York: Guilford Press. Kirsch, I. (1994a). Defining hypnosis for the public. Contemporary Hypnosis, 11, 142- 143.

79 ManuaisUniversitarios_4_Layout 1 17-07-2014 10:52 Página 80

Kirsch, I. (1994b). Defining hypnosis: A core of agreement in the apple of discord. Contemporary Hypnosis, 11, 160-162. Kirsch, I. (1994c). Clinical hypnosis as a non-deceptive placebo: Empirically derived techniques. American Journal of Clinical Hypnosis, 37, 95-106. Kirsch, I. (1996). Hypnotic enhancement of cognitive-behavioral weigh loss treatments – Another meta-analysis. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 64, 517-519. Kirsch, I. (1997). Suggestibility or hypnosis: What do our scales really measure? International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 45, 212-225. Kirsch, I. (1999a). Clinical hypnosis as a non-deceptive placebo. In I. Kirsch, A. Capafons, E. Cardeña-Buelna, & S. Amigó, S. (Eds.), Clinical hypnosis and self- regulation: Cognitive-behavioral perspectives (pp. 211-225). Washington, DC: American Psychological Association. Kirsch, I. (1999b). Automaticity in Clinical Psychology. American Psychologist, 54, 504- 515. Kirsch, I. (2010). The emperor’s new drugs: Exploding the myth. Philadelphia: Basic Books. Kirsch, I., & Braffman, W. (1999). Correlates of hypnotizability: The first empirical study. Contemporary Hypnosis, 16, 224-230. Kirsch, I., & Braffman, W. (2001). Imaginative suggestibility and hypnotizability. Current Directions in Psychological Science, 10, 57-61. Kirsch, I., & Lynn, S.J. (1995). The altered state of hypnosis. American Psychologist, 50, 846-858. Kirsch, I., & Lynn, S.J. (1997). Hypnotic involuntariness and the automaticity of everyday life. American Journal of Clinical Hypnosis, 40, 329-348. Kirsch, I., & Lynn, S.J. (1998). Dissociation theories of hypnosis. Psychological Bulletin, 123, 100-115. Kirsch, I., & Lynn, S.J. (1999). Automaticity in clinical psychology. American Psychologist, 54, 504-575. Kirsch, I., Mazzoni, G., & Montgomery, G.H. (2007). Remembrance of hypnosis past. American Journal of Clinical Hypnosis, 49, 171-178. Kirsch, I., Montgomery, G.H., & Sapirstein, G. (1995) Hypnosis as an adjunct to cognitive-behavioral psychotherapy: A meta-analysis. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 63, 214-220. Kosslyn, S.M., Thompson, W.L., Constantini-Ferrando, M.F., Alpert, N.M., & Spiegel, D. (2000). Hypnotic visual illusion alters color processing in the brain. American Journal of Psychiatry, 157, 1279-1284.

80 ManuaisUniversitarios_4_Layout 1 17-07-2014 10:52 Página 81

LaGrone, R.G. (1993). Hypnobehavioral therapy to reduce gag and emesis with a 10- year-old swallower. American Journal of Clinical Hypnosis, 36, 132-136. Lamas, J.R., Valle-Inclán, F., & Díaz, A. (1996). Datos normativos de la escala de susceptibilidade hipnótica de Stanford, forma C, en una muestra española. Psicothema, 8, 369-373. Lamas, J.R., Valle-Inclan, F., Blanco, M., & Diaz, A.A. (1989). Spanish Norms for the Harvard Group Scale of Hypnotic Susceptibility, Form A. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 37, 264-273. Laurence, J.R., & Perry, C. (1982). Montréal norms for the Harvard Group Scale of Hypnotic Susceptibility, Form A. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 30, 167-176. Lichtenberg, P. (2008). Israeli norms for the Harvard Group Scale of Hypnotic Susceptibility, Form A. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 56, 384-393. Lichtenberg, P., Shapira, H., Kalish, Y., & Abramowitz, E.G. (2009). Israeli norms for the Stanford Hypnotic susceptibility Scale, Form C. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 57, 227-237. Loftus, E.F. (1979). Eyewitness testimony. Cambridge, MA: Harvard University Press. Loftus, E.F. (2003). Make-believe memories. American Psychologist, 58, 867-873. Lynn, S.J. (1997). Automaticity and hypnosis: A sociocognitive account. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 45, 239-250. Lynn, S.J., & Kirsch, I. (2006). Essentials of clinical hypnosis. An evidence-based approach. Washington, DC: American Psychological Association Lynn, S.J., & Rhue, J.W. (1988). Fantasy-proneness: Hypnosis, developmental antecedents, and psychopathology. American Psychologist, 43, 35-44. Lynn, S.J., & Sherman, S.J. (2000). The clinical importance of sociocognitive models of hypnosis: Response set theory and Milton Erickson’s strategic interventions. American Journal of Clinical Hypnosis, 42, 294-315. Lynn, S.J., Meyer, E., & Shindler, K. (2004). Clinical correlates of high hypnotizability. In M. Heap, R. Brown, & D. Oakley (Eds.), The highly hypnotizable person. Theoretical and experimental issues (pp. 187-212). New York: Brunner-Routledge. Lynn, S.J., Rhue, J.W., & Kirsch, I. (Eds.). (2010). Handbook of clinical hypnosis (Dissociation, trauma, memory, and hypnosis). Washington DC: American Psychological Association. Martin, M., Capafons, A., Espejo, E., Mendonza, M.E., Guerra, M., Santos, J.A., Diaz- Purón, S., Guirado, I.G., & Castilla, C.D. (2010). Impact of a lecture about empirical bases of hypnosis on beliefs and attitudes toward hypnosis among Cuban health

81 ManuaisUniversitarios_4_Layout 1 17-07-2014 10:52 Página 82

professionals. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 58, 476- 496. Mazzoni, G., & Memon, A. (2003). Imagination can create false autobiographical memories. Psychological Science, 14, 186-188. Mazzoni, G., & Vannucci, M. (2007). Hindsight bias, the misinformation effect, and false autobiographical memories. Social Cognition, 25, 203-220. Mazzoni, G., Lombardo, P., Malvagia, S., & Loftus, E. (1999). Dream interpretation and false beliefs. Professional Psychology: Research and Practice, 30, 45-50. Mazzoni, G., Loftus, E.F., & Kirsch, I. (2001). Changing beliefs about implausible autobiographical events: A little plausibility goes a long way. Journal of Experimental Psychology: Applied, 7, 51-59. Mazzonni, G., & Scoboria, A. (2007). False memories. In F.T. Durso, R.S. Nickerson, S.T. Dumais, S. Lewandowsky, & T. Perfect (Eds.), Handbook of applied cognition (2nd ed., pp. 787-812). Hoboken, NJ, US: John Wiley & Sons Inc. McConkey, K.M., Barnier, A.J., Maccallum, F.L., & Bishop, K. (1996).A normative and structural analysis of the HGSHS: A with a large Australian sample. Australian Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 24, 1-11. Mendoza, M.E., & Capafons, A. (2009). Efficacy of clinical hypnosis: A summary of its empirical evidence. Papeles del Psicologo, 30, 98-116. Mendoza, M.E., Capafons, A., Espejo, B., & Montalvo, D. (2009). Creencias y actitudes hacia la hipnosis de los psicólogos españoles. Psicothema, 21, 465-470. Montgomery, G.H., David, D., Winkel, G., Silverstein, J., & Bovbjerg, D. (2002). The effectiveness of adjunctive hypnosis with surgical patients: A meta-analysis. Anesthesia and Analgesia, 94, 1639-1645. Montgomery, G.H., DuHamel, K.N., & Redd, W.H. (2000). A meta-analysis of hypnotically induced analgesia: How effective is hypnosis? International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 48, 138-153. Morgan, A.H., & Hilgard, J.R. (1978-1979a). The Stanford Hypnotic Clinical Scale for adults. American Journal of Clinical Hypnosis, 21, 134-147. Morgan, A.H., & Hilgard, J.R. (1978-1979b). The Stanford Hypnotic Clinical Scale for children. American Journal of Clinical Hypnosis, 21, 148-169. Naring, G., Roelofs, K., & Hoogduin, K. (2001). The Stanford Hypnotic Susceptibility Scale, Form C: Normative data of a Dutch student sample. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 49, 139-145. Nash, M.R., & Barnier, A.J. (Eds.). (2008). The Oxford Handbook of Hypnosis: Theory, Research, and Practice. Oxford: Oxford University Press.

82 ManuaisUniversitarios_4_Layout 1 17-07-2014 10:52 Página 83

Néron, S., & Stephenson, R. (2007). Effectiveness of hypnotherapy with cancer patient’s trajectory: Emesis, acute pain, and analgesia and anxiolysis procedures. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 55, 336-354. Oakley, D.A., & Halligan, P.W. (2010). Psychophysiological foundations of hypnosis and suggestion. In S.J. Lynn, J.W. Rhue, & I. Kirsch (Eds.), Handbook of clinical hypnosis (pp. 79-117). Washington, DC: American Psychological Association. Orne, E.C., Whitehouse, W.G., Dinges, D.F., & Orne, M.T. (1996). Memory liabilities associated with hypnosis: Does low hypnotizability confer immunity? International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 44, 354-369. Patterson, D.R., & Jensen, M.P. (2003). Hypnosis and clinical pain. Psychological Bulletin, 129, 495-521. Perry, C., Nadon, R., & Button, J. (1992). The measurement of hypnotic ability. In E. Fromm & M.R. Nash (Eds.), Contemporary Hypnosis Research (pp. 459-490). New York: Guilford Press. Piccione, C., Hilgard, E.R., & Zimbardo, P.G. (1989). On the degree of stability and measured hypnotizability over a 25-year period. Journal of Personality and Social Psychology, 56, 289-295. Pinnell, C.M., & Covino, N.A. (2000). Empirical support for the use of hypnosis in medicine: A critical review. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 48, 170-194. Pintar, J. (2010). Il n’y a pas d’hypnotisme: A in theory and practice. In S.J. Lynn, J. W. Rhue, & I. Kirsch (Eds.), Handbook of clinical hypnosis (pp. 19- 48). Washington, DC: American Psychological Association. Pyun, Y.D., & Kim, Y.J. (2009). Norms for the Korean version of the Harvard Group Scale of Hypnotic Susceptibility, Form A. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 57, 117-126. Raskin, R., Raps, C., Luskin, F., Carlson, R., & Cristal, R. (1999). Pilot study of the effect of self-hypnosis on the medical management of essential hypertension. Stress and Health, 15, 243-247. Ratner, H., Gross, L., Casas, J., & Castells, S. (1990). A hypnotherapeutic approach to the improvement of compliance in adolescent diabetics. American Journal of Clinical Hypnosis, 32, 154-159. Richardson, J., Smith, J.E., McCall, G., & Pilkington, K. (2006). Hypnosis for procedure- related pain and distress in pediatric cancer patients: A systematic review of effectiveness and methodology related to hypnosis interventions. Journal of Pain and Symptom Management, 31, 70-84. Roark, J.B. (2009). An investigation of Taiwanese norms for the Hypnotic Susceptibility Scale: Form C (Mandarim Chinese translation) – SHSS:C. (Doctoral Dissertation,

83 ManuaisUniversitarios_4_Layout 1 17-07-2014 10:52 Página 84

Washington State University). Recuperado de http://www.dissertations.wsu.edu/ Dissertations/Summer2009/j_roark_042409.pdf Robertson, L., McInnins, K., & St. Jean, R. (1992). Modifying hypnotic susceptibility with the Carleton Skills Training Program: A replication. Contemporary Hypnosis, 9, 97-103. Rossi, E. (Ed.). (1980). The collected papers of Milton H. Erickson on Hypnosis (vol. I, II, III, IV). New York: Irvington Publishers. Sadler, P., & Woody, E. (2010). Dissociation in hypnosis: Theoretical frameworks and psychotherapeutic implications. In S.J. Lynn, J.W. Rhue, & I. Kirsch (Eds.), Handbook of clinical hypnosis (pp. 151-178). Washington, DC: American Psychological Association. Sánchez-Armáss, O., & Barabasz, A.F. (2005). Mexican norms for the Stanford Hypnotic Susceptibility Scale. Journal of Clinical and Experiential Hypnosis, 53, 321-331. Sarbin, T.R. (1950). Contributions to role-taking theory: I. Hypnotic behavior. Psychological Review, 57, 255-270. Sarbin, T.R., & Coe, W.C. (1972). Hypnosis: a social psychological analysis of influence communication. New York: Holt, Rinehart, & Winston. Schnur, J.B., Kafer, I., Marcus, C., & Montgomery, G.H. (2008). Hypnosis to manage distress related to medical procedures: A meta-analysis. Contemporary Hypnosis, 25, 114-128. Scoboria, A., Mazzoni, G., Kirsch, I., & Milling, L.S. (2002). Immediate and persisting effects of misleading questions and hypnosis on memory reports. Journal of Experimental Psychology: Applied, 8, 26-32. Sheean, P.W., & McConkey, K.M. (1979). Australian norms for the Harvard Group Scale of Hypnotic Susceptibility, Form A. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 27, 294-304. Shor, R.E., & Orne, E.C. (1962). Harvard Group Scale of Hypnotic Susceptibility. Palo Alto, CA: Consulting Psychologists Press. Short, D. (Ed.). (2002). Milton H. Erickson, MD: Complete Works. CD ROM. Phoenix: The Milton H. Erickson Foundation Press. Silva, C.E., & Kirsch, I. (1992). Interpretative sets, expectancy, fantasy proneness, and dissociation as predictors of hypnotic response. Journal of Personality and Social Psychology, 63, 847-856. Siuta, J. (2010). Polish norms for the Harvard Group Scale of Hypnotic Susceptibility, Form A. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 58, 433-443. Spanos, N.P. (1982). Hypnotic behavior: A cognitive social psychological perspective. Research Communications in Psychology, Psychiatry and Behavior, 7, 199-213.

84 ManuaisUniversitarios_4_Layout 1 17-07-2014 10:52 Página 85

Spanos, N.P. (1983). The Carleton University Responsiveness to Suggestion Scale: Normative data and psychometric properties. Psychological Reports, 53, 523-535. Spanos, N.P. (1986). Hypnotic behavior: A social-psychological interpretation of amnesia, analgesia, and “trance logic”. The Behavioral and Brain Sciences, 9, 499-502. Spanos, N.P., & Chaves, J.F. (1989). Hypnosis: The cognitive-behavioral perspective. Buffalo, NY: Prometheus Books. Spanos, N.P., & Coe, W.C. (1992). A social-psychological approach to hypnosis. In E. Fromm & M.R. Nash (Eds.), Contemporary hypnosis research (pp. 102-130). New York: Guilford Press. Spanos, N.P., Gwynn, M.I., & Stam, H.J. (1983). Instructional demands and ratings of overt and hidden pain during hypnotic analgesia. Journal of Abnormal Psychology, 92, 479-488. Spanos, N.P., Flynn, D.M., & Gabora, N.J. (1993). The effects of cognitive skill trainning on the Stanford Profile Scale: form I. Contemporary Hypnosis, 10, 29-33. Spanos, N.P., Brett, P.J., Menary, E.P., & Cross, W.P. (1987). A measure of attitudes toward hypnosis: Relationship with absorption and hypnotic susceptibility. American Journal of Clinical Hypnosis, 30, 139-150. Spanos, N.P., Robertson, L.A., Menary, E.P., Brett, P.J., & Smith, J. (1987). Effects of repeated baseline testing on cognitive-skill-training-induced increments in hypnotic susceptibility. Journal of Personality and Social Psychology, 52, 1230-1235. Spiegel, H., & Spiegel, D. (1978). Trance and treatment: Clinical uses of hypnosis. New York: Basic Books. Stoelb, B.L., Molton, I.R., Jensen, M.P., & Patterson, D.R. (2009). The efficacy of hypnotic analgesia in adults: A review of the literature. Contemporary Hypnosis (Special issue: Hypnotic analgesia), 26, 24-39. Sugarman, L.I. (1996). Hypnosis in a primary care practice: Developing skills for the “new morbidities”. Journal of Developmental and Behavioral Pediatrics, 17, 300-306. Szechtman, H., Woody, E., Bowers, K.S., & Nahmias, C. (1998). Where the imaginal appears real: A positron emission tomography study of auditory hallucinations. Proceedings of the National Academy of Sciences, 95, 1956-1960. Tellegen, A., & Atkinson, G. (1974). Openness to absorbing and self-altering experiences (“absorption”), a trait related to hypnotic susceptibility. Journal of Abnormal Psychology, 83, 268-277. Temes, R. (1999). Medical hypnosis: An introduction and a clinical guide. In R. Themes (Ed.), Medical guides to complementary and alternative medicine. New York: Churchill Livingstone.

85 ManuaisUniversitarios_4_Layout 1 17-07-2014 10:52 Página 86

The Society for Psychological Hypnosis. (2005). Division 30 of the American Psychological Association. Recuperado de: http://psychologicalhypnosis.com/info/the- official-division-30-definition-and-description-of-hypnosis/ Weitzenhoffer, A.M., & Sjoberg, B.M. Jr (1961). Suggestibility with and without “induction of hypnosis”. Journal of Nervous and Mental Disease, 132, 204-220. Weitzenhoffer, A.M. (1978). Hypnotism and altered states of consciousness. In Sugarman & Tarter (Ed.), Expanding dimensions of Consciousness (pp. 183-225). New York: Springer. Weitzenhoffer, A.M. (1980). Hypnotic susceptibility revisited. American Journal of Clinical Hypnosis, 22, 130-146. Weitzenhoffer, A.M. (2000). The practice of hypnotism (2nd ed.). New York: John Wiley and Sons, Inc. Weitzenhoffer, A.M. (2002). Scales, scales and more scales. American Journal of Clinical Hypnosis, 44, 209-219. Weitzenhoffer, A.M., & Hilgard, E.R. (1959). Stanford Hypnotic Susceptibility Scale, Forms A and B. Palo Alto, CA: Consulting Psychologists Press. Weitzenhoffer, A.M., & Hilgard, E.R. (1967). Revised Stanford Profile Scales of Hypnotic Susceptibility, Forms I and II. Palo Alto, CA: Consulting Psychologists Press. Weitzenhoffer, A.M., & Hilgard, E. (1962). Stanford Hypnotic Susceptibility Scale: Form C. Palo Alto, CA: Consulting Psychologists Press. Wickramasekera II, I.E., & Szlyk, J.P. (2003). Could empathy be a predictor of hypnotic ability? International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 51, 390-399. Willett, W.C., Dietz, W.H., & Colditz, G.A. (1999). Primary care: Guidelines for healthy weight. New England Journal of Medicine, 341, 427-434. Winchell, S.A., & Watts, R.A. (1988). Relaxation therapies in the treatment of psoriasis and possible pathophysiologic mechanisms. Journal of the American Academy of Dermatology, 18, 101-104. Woody, E.Z., & Barnier, A.J. (2008). Hypnosis scales for the twenty first century: What do we need and how should we use them? In M.R. Nash & A.J. Barnier (Eds.), The Oxford handbook of hypnosis: Theory, research and practice (pp. 255-281). Oxford: Oxford University Press. Woody, E.Z., & Bowers, K.S. (1994). A frontal assault on dissociated control. In S.J. Lynn & J.W. Rhue (Eds.), Dissociation: Clinical and theoretical perspectives (pp. 52-79). London and New York: The Guilford Press. Woody, E., & Sadler, P. (1998). On reintegrating dissociated theories: Comment on Kirsch and Lynn (1998). Psychological Bulletin, 123, 192-197. Xu, Y., & Cardeña, E. (2008). Hypnosis as an adjunct therapy in the management of diabetes. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 56, 63-72.

86 ManuaisUniversitarios_4_Layout 1 17-07-2014 10:52 Página 87

Yu, C.K. (2004). Beliefs and opinions regarding hypnosis and its applications among Chinese professionals in medical settings. Contemporary Hypnosis, 21, 177-186. Zachariae, R., Sommerlund, B., & Molay, F. (1996). Danish norms for the Harvard Group Scale of Hypnotic Susceptibility, Form A. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 44, 140-152.

87 A hipnose clínica é uma técnica terapêutica segura e ecaz. É mais ecaz do que qualquer outra técnica psicológica no controlo da dor (Patterson & Jensen, 2003), e quando usada como coadjuvante das intervenções psicoterapêuticas aumenta a ecácia destes tratamentos (Kirsch, Montgomery, & Sapirstein, 1995). Contudo esta técnica não é largamente usada pelos prossionais de saúde. A que se deve este paradoxo? A resposta encontra-se na história e na cultura popular que originaram um preconceito em relação à hipnose onde esta tem sido vista no contexto da magia e da superstição. Os indivíduos hipnotizados são frequentemente retratados como zombies que perderam a capacidade de controlar as suas acções. Não espanta pois que a hipnose seja receada e evitada.

É neste contexto que O ESSENCIAL SOBRE A HIPNOSE: TEORIAS, MITOS, APLICAÇÕES CLÍNICAS E INVESTIGAÇÃO é particularmente bem-vindo. A Drª Cláudia Carvalho, a maior especialista em Portugal na ciência da hipnose, sumariza o que o que se sabe actualmente a partir da investigação cientíca acerca da natureza e prática da hipnose. A Drª Cláudia Carvalho dissipa os mitos que envolvem esta área de estudos e que a impedem de obter uma maior aceitação, e examina cuidadosamente as provas da sua ecácia clínica. O resultado é um livro que deve ser lido por todos os prossionais e estudantes da área da saúde, dado que oferece uma introdução a uma técnica empiricamente testada que é fácil de aprender e que pode resultar em grande benefício dos pacientes.

Irving Kirsch, PhD Director associado do Programa de Estudos sobre o Placebo do Beth Deaconess Israel Medical Center, Harvard Medical School. Ex-Presidente da Divisão 30 (Hipnose Psicológica) da Associação Americana de Psicologia (1993-94).