Guiné-Bissau: a Instabilidade Como Regra

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Guiné-Bissau: a Instabilidade Como Regra View metadata, citation and similar papers at core.ac.uk brought to you by CORE provided by ReCiL - Repositório Científico Lusófona CELISA DOS SANTOS PIRES DE CARVALHO GUINÉ-BISSAU: A INSTABILIDADE COMO REGRA Orientador: Professor Doutor José Filipe Pinto Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Ciência Política, Segurança e Relações Internacionais Lisboa 2014 Celisa dos Santos Pires de Carvalho Guiné-Bissau: A Instabilidade Como Regra CELISA DOS SANTOS PIRES DE CARVALHO GUINÉ-BISSAU: A INSTABILIDADE COMO REGRA Dissertaç ão para obtenção do Grau de Mestre em Ciência Política Cidadania e Governação no Curso de Mestrado em Ciência Política Cidadania e Governação, conferido pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Orientador: Professor Doutor José Filipe Pinto Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Ciência Política, Segurança e Relações Internacionais Lisboa 2014 1 Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Ciência Política, Segurança e Relações Internacionais Celisa dos Santos Pires de Carvalho Guiné-Bissau: A Instabilidade Como Regra Dedicatória Dedico esta Dissertação à Guiné-Bissau e a todos os guineenses, com a firme convicção de que, após todos estes anos de incertezas, tenha chegado finalmente o momento de contruirmos um futuro risonho para as gerações vindouras. 1 Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Ciência Política, Segurança e Relações Internacionais Celisa dos Santos Pires de Carvalho Guiné-Bissau: A Instabilidade Como Regra Agradecimentos Hoje estou a cumprir mais uma etapa porque o Professor Calisto Evangelista, sem me conhecer, acreditou e permitiu que eu cumprisse o sonho de ingressar a faculdade. A si Professor, todos os obrigados seriam insuficientes para expressar a minha gratidão. Ao meu amigo e companheiro de todas as horas, que, apesar das nossas dificuldades, esteve sempre presente a tirar do meu caminho todos os obstáculos, tornando mais leve esta jornada. Aos meus filhos, obrigado por terem suportado imensas vezes a minha ausência sem se queixarem. À minha «Cutchicá». ajudante de primeira hora, cujo apoio contribuiu de forma decisiva para a concretização de mais esta etapa. Obrigada, obrigada, obrigada. Ao meu «trapumpo», uma das grandes razões do meu viver, obrigada por fazer parte da minha vida e, apesar da vida atribulada, teres enriquecido a minha existência. Acima de tudo por seres o exemplo de superação e por dares à vida o sentido da palavra nobreza. Ao prof. José Filipe Pinto, obrigada pela paciência, incentivo e apoio prestado na realização deste trabalho. Aos Drs. Carlos Cardoso, Carlos Sangreman, Eduardo Fernandes, Julião Soares e Leopoldo Amado, cuja simpatia, disponibilidade e contribuição foram decisivas, porque não só enriqueceram este trabalho, mas também permitiram um melhor conhecimento sobre o tema e a realidade da Guiné-Bissau. Aos meus irmãos, de sangue e de coração, obrigada por terem sido muitas vezes a minha inspiração. Apesar da distância de alguns, nunca estiveram efetivamente longe. A vós dedico este trabalho. À família Fragoso um obrigado cuja grandeza ultrapassa as folhas deste trabalho. Um obrigado especial ao meu amigo ministro Costa, que, durante este trabalho, não houve fim-de-semana ou madrugada que não estivesse disponível para me auxiliar com os seus sábios conselhos. Finalmente às minhas musas inspiradoras, Camila dos Santos e Emília Araújo, cujo amor incondicional, valores e ensinamentos fizeram de mim o que hoje sou e que, apesar de já não pertencerem a este mundo, continuam tão presentes, por continuarem a validar a 2 Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Ciência Política, Segurança e Relações Internacionais Celisa dos Santos Pires de Carvalho Guiné-Bissau: A Instabilidade Como Regra certeza de ser a minha proteção e o meu porto de abrigo. Obrigada por nunca se terem afastado. 3 Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Ciência Política, Segurança e Relações Internacionais Celisa dos Santos Pires de Carvalho Guiné-Bissau: A Instabilidade Como Regra Resumo A Guiné-Bissau foi a primeira colónia portuguesa de África a declarar unilateralmente a independência, fruto de um brilhante percurso na luta contra o colonialismo. A primeira República, dirigida pelos homens da luta, não foi capaz de criar o tão desejado desenvolvimento, deixando a descoberto os desvios que se tentou combater durante a luta. A democracia, não interiorizada foi aceite para que o país continuasse a beneficiar das ajudas, mas revelou-se insuficiente para criar instituições fortes, não foi capaz de resolver a maior parte dos problemas do país e trouxe novas formas de luta pelo poder em que todas as armas são válidas: da corrupção ao narcotráfico, da instrumentalização étnica aos sucessivos golpes de estado. O Estado é hoje praticamente inexistente nas áreas mais básicas como a saúde, educação ou justiça. A instabilidade tornou-se realidade, com assassinatos, e desrespeito pelas leis, sempre com os políticos e militares em primeiro plano. Inserido num contexto regional instável e longe dos grandes palcos do mundo, a Guiné-Bissau tem sido vítima de lutas geoestratégicas, com repercussões desastrosas para o povo. Apesar dos percalços, existe a esperança de que um futuro diferente é possível, basta que os bons filhos da Guiné queiram. Palavras-chave: Estado Frágil, Instabilidade, Golpe de Estado, Conflitos Étnicos, Comunidade Internacional. 4 Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Ciência Política, Segurança e Relações Internacionais Celisa dos Santos Pires de Carvalho Guiné-Bissau: A Instabilidade Como Regra Abstract The Guinea-Bissau was the first African Portuguese colony to declare independence unilaterally, result of a brilliant process in the fight against colonialism. The first Republic, led by men of the fight, was not able to create the desired development, leaving bare the deviations that have attempted to combat during the fight. Democracy, not interiorized, was accepted so that the country would continue to benefit from the aid, but it has proved to be insufficient to create strong institutions, it was not able to solve most of the problems of the country and it brought new forms of struggle for power in which all weapons are valid: from corruption to drug trafficking, from the exploitation of ethnic to successive coups. The State is now practically non-existent in the areas more basic such as health, education or justice. The instability has become a reality, with murders, and disregard for the laws, always with the politicians and the military in the foreground. Inserted in an unstable regional context and far from the great stages of the world, Guinea-Bissau has been victim of geopolitical struggles, with disastrous consequences for the people. In spite of the mishaps, there is the hope that a different future is possible, if the good sons of Guinea want. Keywords: Fragile State, Instability, Coup D'etat, Ethnic Conflicts, International Community. 5 Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Ciência Política, Segurança e Relações Internacionais Celisa dos Santos Pires de Carvalho Guiné-Bissau: A Instabilidade Como Regra Siglas AD – Ação para o Desenvolvimento. ANG – Agência de Notícias da Guiné. ANP – Assembleia Nacional Popular. APA – American Psicological Association. BIT – Bureau Internacional do Trabalho. BM – Banco Mundial. BNU – Banco Nacional Ultramarino. CEDEAO – Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental. CEMGFA – Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas. CEPAL – Comissão Económica para a América Latina e Caraíbas. CGC – Comité de Gestão de Crise. CMT – Comissão Multipartidária de Transição. CNBV – Comissão Nacional de Boa Vontade. CNE – Comissão Nacional de Eleições. CPLP – Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa. CSL – Conselho Superior da Luta. DEA – Drug Enforcement Administration. DENARP – Documento de Estratégia Nacional para a Redução da Pobreza. EU – União Europeia. EUA – Estados Unidos da América. FAO – Food and Agriculture Organization. FARP – Forças Armadas Revolucionárias do Povo. FDDD – Fórum da Diáspora para o Diálogo e o Desenvolvimento da Guiné-Bissau. FDS – Frente Democrática Social. FGUIRIN – Frente Guineense para a Revolução e Independência Nacional. FLING – Frente de Libertação Nacional da Guiné. FLNG – Front de Liberation Nacional Guinéen. FMI – Fundo Monetário Internacional. 6 Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Departamento de Ciência Política, Segurança e Relações Internacionais Celisa dos Santos Pires de Carvalho Guiné-Bissau: A Instabilidade Como Regra FULGUIBI – Forças Unidas para a Libertação da Guiné-Bissau. IPEA – Instituto de Pesquisa Económica Aplicada. ISCTE – Instituto Superior do Trabalho e da Empresa. JAAC – Juventude Africana Amílcar Cabral. JURG – Juventude Unificada Revolucionária dos Guineenses. LGHD – Liga Guineense dos Direitos Humanos. MFDC – Movimento das Forças Democráticas de Casamansa. MISSANG – Missão Militar Angolana na Guiné-Bissau. MLG – Movimento de Libertação da Guiné. MNSCPDD – Movimento Nacional da Sociedade Civil para a Paz, Democracia e Desenvolvimento. OANG – Organização Anticolonialista da Guiné-Bissau. OGE – Orçamento Geral do Estado ONG – Organização Não Governamental. ONU – Organização das Nações Unidas. ONUDC – Organização das Nações Unidas contra a Droga e Crime. OPEP – Organização dos Países Produtores e Exportadores do Petróleo. OUA – Organização
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