A Escola Normal Da Capital: Instalação E Organização (1906-1916)
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Faculdade de Educação Programa de Pós Graduação em Educação: Conhecimento e Inclusão Social Rita de Cássia Oliveira Ferreira A ESCOLA NORMAL DA CAPITAL: INSTALAÇÃO E ORGANIZAÇÃO (1906-1916) Belo Horizonte 2010 Rita de Cássia Oliveira Ferreira A ESCOLA NORMAL DA CAPITAL: INSTALAÇÃO E ORGANIZAÇÃO (1906-1916) Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação: Conhecimento e Inclusão Social, da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Educação. Linha de Pesquisa: História da Educação. Orientadora: Profª. Drª Cynthia Greive Veiga. Belo Horizonte Faculdade de Educação 2010 Dissertação intitulada “A Escola Normal da Capital: instalação e organização (1906-1916)”, de autoria da mestranda Rita de Cássia Oliveira Ferreira, defendida em 07 de julho de 2010, pela banca examinadora constituída pelos seguintes professores: ___________________________________________________________________________ Profª. Drª. Cynthia Greive Veiga Faculdade de Educação/UFMG – Orientadora ___________________________________________________________________________ Prof. Dr. Luciano Mendes de Faria Filho Faculdade de Educação/UFMG – Titular ___________________________________________________________________________ Prof. Dr. Irlen Antônio Gonçalves Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais/CEFET-MG – Titular ___________________________________________________________________________ Profª. Drª. Thais Nívia de Lima e Fonseca Faculdade de Educação/UFMG - Suplente ___________________________________________________________________________ Profª. Drª. Maria do Carmo Xavier Pontifícia Universidade Católica/ PUCMINAS - Suplente Aos meus pais, Raymundo e Maria Regina (in memoriam) pela vida e pela forma admirável com que me ensinaram a amar as pessoas. Aos meus filhos, Matheus e Giovanna pela cumplicidade e pelo amor, nas tantas mudanças vocês foram o ponto de equilíbrio para iniciar, percorrer e finalizar essa trajetória.... AGRADECIMENTOS Para chegar até aqui contei com o apoio decisivo de muitas pessoas. Meus agradecimentos fundamentais e emocionais àqueles (as) que fizeram a diferença nessa trajetória: A professora e orientadora Cynthia Greive Veiga, um agradecimento muito especial, pela oportunidade, acolhimento e confiança no desenvolvimento do trabalho, e por ter compartilhado comigo com tanta generosidade seu conhecimento e sua experiência de pesquisadora. Professor Irlen Antônio Gonçalves, por acompanhar meu processo de formação desde a iniciação científica, e por ter sido aquele que aguçou o meu interesse pela história da educação e pela pesquisa. Agradeço pelas inúmeras possibilidades de diálogo, pelas sugestões desafiadoras para a minha trajetórica acadêmica e por ocasião do exame de qualificação. Tenha a minha admiração como forma de reconhecimento. Agradeço aos professores Luciano Faria Filho, Irlen Gonçalves, Thais Nívia e Carminha pelo aceite de participar da banca, pelos direcionamentos, indicações e pelas contribuições à pesquisa. Aos professores e amigos (as) do Gephe, agradeço pela recepção carinhosa, pela convivência nos congressos e encontros. E, especialmente a Hércules, Carolina, Verona e Alexsandra, que de formas diferentes contribuíram no percurso do trabalho. Enfim pelo estímulo, carinho e alegria que tornou o espaço científico mais prazeroso e humano! À equipe do Projeto Pensar a Educação, Pensar o Brasil, pelos diálogos, aprendizados e pela possibilidade de produzir um programa de rádio. Agradeço ao Programa de Pós Graduação em Educação e à Faculdade de Educação da UFMG: coordenadores, professores, colegas, funcionários. Aos funcionários do Arquivo Público Mineiro, por sua presteza e cortesia no atendimento. Aos funcionários do Instituto de Educação, obrigada pelas indicações, pelo interesse e ajuda na procura das documentações. A diretora do IEMG, professora Marília Sárti, obrigada pela recepção, e pela permissão em me deixar revirar os arquivos, os porões em busca das fontes, e pela ajuda a realização da presente pesquisa. Agradeço aos todos os funcionários do Museu da Escola do Centro de Referência do Professor. Especialmente a Nelma e ao Luiz Tomich pelo incentivo, dicas e solidariedade. Aos meus pais, Raymundo e Maria Regina (in memoriam), por me tornarem uma pessoa digna, por me ajudarem com suas histórias de vida a traçar a minha história de vida. Exemplos de dignidade, força, coragem e ética! Aos meus queridos filhos, Matheus e Giovanna, pela paciência, compreensão, estímulo, apoio e amor em todos os momentos. Além disso, ajudaram-me a ver novas faces de mim mesma...Esperança de um futuro mais bonito, que sejam pessoas felizes e íntegras! Ao Jorge irmão querido, obrigada pelo apoio e incentivo, pela solidariedade que não falta, e por me fazer acreditar e lutar pelos meus sonhos. Pelo carinho nas muitas chegadas e partidas do Rio de Janeiro, pelas histórias das minhas origens, e pelo aguardo ansioso do meu retorno... Ao Damiro, meu maior incentivador nas aflições do processo, companheiro ímpar, com quem compartilho, com entusiasmo, meus sonhos, pelo apoio irrestrito e constante. Pela ajuda na busca das fontes, leitura e formatação do texto. Pelo amor e dedicação sem reservas e pelo cuidado. Na presença ou nas saudades, sempre um porto seguro! A Valquíria amiga especial que dividiu as alegrias e preocupações da graduação, com quem tanto aprendi e compartilhei da vida em Belo Horizonte. A Raquel e Virgínia companheiras sempre presentes, obrigada pelo apoio no decorrer do mestrado. Companheiras de tudo e para tudo! Não sei... Se a vida é curta Ou longa demais pra nós, Mas sei que nada do que vivemos Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas. Muitas vezes basta ser: Colo que acolhe, Braço que envolve, Palavra que conforta, Silêncio que respeita, Alegria que contagia, Lágrima que corre, Olhar que acaricia, Desejo que sacia, Amor que promove. E isso não é coisa de outro mundo, É o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela Não seja nem curta, Nem longa demais, Mas que seja intensa, Verdadeira, pura... Enquanto durar. (Saber Viver - Cora Coralina). RESUMO O objetivo desta dissertação é analisar o processo de instalação, funcionamento e organização da Escola Normal da Capital entre os anos de 1906 a 1916, na cidade de Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais. O foco desta pesquisa é a análise do ensino normal nesta instituição escolar, por meio da investigação histórica de seu funcionamento, organização administrativa e pedagógica. Para análise foram discutidas as seguintes categorias: currículo, espaços e tempos escolares e os sujeitos presentes na trama que organiza a instituição. O momento de instalação da escola normal em Belo Horizonte foi de intensas mudanças e acontecimentos no campo educacional, destaca-se entre outras a formulação de uma proposta de formação de professores fundamentada por uma concepção de educação escolar integrada aos debates republicanos e civilizadores. Na recém-construída cidade de Belo Horizonte, capital mineira, esperava-se, através da escola e da atuação do professor primário, a difusão do ideário de urbanização e civilização da população. Mas também as propostas para a criação da Escola Normal da Capital se desenvolveram em comunhão com o debate sobre a formação dos professores da época, que circulavam em outros estados brasileiros. Para a investigação da instauração da escola normal foi analisada a reforma de ensino primário e normal em Minas Gerais, autorizada pela Lei n° 439, de 28 de setembro de 1906, que buscou uma nova organização escolar para o ensino primário e normal. Com essa lei, foram definidas novas exigências para a formação daqueles que estariam atuando na nova organização escolar, buscando superar a situação do ensino encontrada nas escolas mineiras. O recorte temporal da pesquisa é o período de 1906 a 1916, datas referentes ao ano de decretação da legislação que autorizou o governo mineiro a criar a escola normal, até 1916 com a uniformização do ensino normal em todo o estado de Minas Gerais. Diferentes fontes documentais foram consultadas: legislações educacionais, relatórios dos Secretários do Interior, mensagens dos Presidentes do Estado, documentação específica da Escola Normal da Capital encontrada nos arquivos do Instituto de Educação, e no Arquivo Público Mineiro. Para a organização do texto desenvolvemos três capítulos, no primeiro abordamos sobre o estabelecimento das primeiras escolas normais nas províncias e/ou estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, no período imperial e início da República. No segundo verificamos a representação constituída sobre os professores primários com a reforma de 1906, e a organização administrativa e pedagógica da Escola Normal da Capital. No terceiro priorizamos as principais mudanças ocorridas na escola normal, especificamente em relação aos espaços e tempos, os conhecimentos e as práticas dessa instituição, com a primeira alteração regulamentar de 1910 até o ano de 1916 quando acontece a uniformização do ensino normal. Concluiu-se que a criação da Escola Normal da Capital buscou superar o modelo de formação docente do período imperial, e que seu órgão deliberativo, a Congregação foi um avanço em relação aos modos de decisões político-pedagógica anteriores por incorporar os professores da escola nas discussões e deliberações relativas ao funcionamento da instituição. Observa-se, contudo, que o processo de instalação e o funcionamento da Escola Normal da