António Lobo Antunes ‘Já Mudei a Literatura’ Vai Sair Um Seu Novo Romance, Ser Editado Na Pléiade, Ter Uma Cátedra Em Milão
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DocLisboa Retratos de um mundo em trânsito PÁGINAS 16 E 17 Imagem de Puro Sangue, de Luis Ospina Manuel Alegre ‘Eu sou desta língua...’ PÁGINAS 6 E 7 Rui Chafes JORNAL DE LETRAS, Encontro com Giacometti PÁGINAS 21 E 22 ARTES E IDEIAS Eduardo Lourenço PÁGINAS 25 E 26 Ano XXXVIII * Número 1253 * De 10 a 23 de outubro de 2018 Tempo Perdido * Portugal (Cont.) €3 * Quinzenário * Diretor José Carlos de Vasconcelos António Lobo Antunes ‘Já mudei a literatura’ Vai sair um seu novo romance, ser editado na Pléiade, ter uma cátedra em Milão. Entrevista de Luís Ricardo Duarte, crítica de Norberto do Vale Cardoso PÁGINAS 11 A 13 J/Educação Ainda, e porquê, as praxes? INQUÉRITO Pessoas, território e conhecimento Texto de Fernanda Rollo, secretária de Estado do Ensino Superior CAMÕES A rede do ensino de português no estrangeiro GONÇALO ROSA DA SILVA DA ROSA GONÇALO jornaldeletras.pt * a de outubro de J * › ‹ Teresa Albuquerque O lugar da Ibéria no mundo Artur Santos Silva, Eduardo Marçal Grilo, Elisa Ferreira, Guilherme d’Oliveira Martins, Jaime Gama, Javier Rioyo, José Carlos de Vasconcelos, Luís Braga de Cruz, Nelida Piñon, Ramón Máiz e Santos Juliá são algumas das personalidades presentes no seminário Repensar Ibéria, que se realiza na Casa de Mateus, em Vila Real, de a . Duplas de conferencistas, de Espanha e Portugal, mas também do outro lado do Atlântico, vão debater as principais questões que marcam o relaciona- mento entre os dois países. É um espaço de diálogo que tentará definir o lugar da Ibéria no mundo, como sugere ao JL Teresa Albuquerque, da direção da Fundação da Casa de Mateus, vice-presidente do seu Instituto Internacional e, com Ramón Villares, coordenadora deste seminário. JL: Repensar Ibéria é continuar uma tradição com novos horizontes? Teresa Albuquerque: Sim, porque o mundo vai mudando. Esta ini- ciativa surge na sequência de outras reflexões que a Casa de Mateus tem promovido sobre a sociedade portuguesa, a primeira realizada há Quel amour! Museu Berardo Uma obra de Kiki Smith e outra de precisamente anos. Repensar Portugal é necessariamente repensar a William Kentridge marcam duas entradas para dois percursos Península Ibérica e também a Europa. É nesse campo que nos situamos. possíveis pela exposição Quel amour!, que se inaugura a 10, no Museu Coleção Berardo, no CCB. E são mais Daí também a amplitude de temas abordados, da política à ciência, passando de 150 obras, pintura, escultura, desenho, pela educação e pela cultura? vídeo, fotografia, performance, algumas Exatamente. O seminário responde ao que hoje se entende por complexidade. Zygmunt criadas especialmente, de 68 artistas de vários Bauman dizia que não há soluções parciais países e gerações, que aborda o amor na sua para o nosso tempo. E não queremos correr esse risco. Sabendo que é tão difícil isolar multiplicidade, nas expressões do feminino e do masculino, mas temas, quanto interpretá-los em conjunto, queremos enfatizar inter- também na perspetiva de casais de artistas. Entre outros, Helena ligações e dependências. Pensar a democracia é indissociável de uma Almeida, Francis Bacon, Louise Bourgeois, Sophie Calle, Lourdes reflexão sobre a governança, a cooperação ou as políticas públicas nas diferentes suas áreas. Castro, Marc Chagall, David Hockney, Paula Rego. Até 27 de fevereiro. E no âmbito ibérico, ainda podemos falar em países de costas voltadas? Esse é o discurso do passado que queremos (e acho que conseguimos) ultrapassar. Mas isso não exclui o muito caminho que temos pela MÚSICA E CIÊNCIA BRAGA BLUES CLOSE-UP BIOGRAFIA DE frente para nos conhecermos ainda melhor. É por isso que dizemos, PELA OML EM FAMALICÃO JOLY BRAGA SANTOS na apresentação do seminário, ser hoje mais necessário do que nunca Doug Macleod é um dos recuperar espaços de diálogo, desligados de qualquer celebração ou “Ciência e Arte na Composição cabeças-de-cartaz do Braga Close-up – Observatório de O livro Joly Braga Santos, Uma comemoração histórica, para afrontar de modo conjunto um debate Musical”, conferência do Blues, que decorre, de 11 a Cinema de Famalicão, de 13 Vida e uma Obra, coordenado sobre os desafios que os dois estados ibéricos têm na época presente e Maestro Pedro Amaral, 19, no Theatro Circo e outros a 20 de outubro, com cerca pelo também compositor no futuro imediato, quer nas suas relações mútuas quer de forma mais seguida de Sinfonia N.º 9 em espaços da cidade minhota. de 40 sessões de cinema e maestro Álvaro Cassuto alargada no conjunto da União Europeia e mesmo no seio das comuni- Mi Menor, Do Novo Mundo, O guitarrista atua no dia contemporâneo, comentados e editado pela Caminho, é dades ibero-americanas. de Dvořák, com interpretação 19, a seguir à cantora sueca por realizadores, jornalistas, apresentado hoje, 10, às 18 e da Orquestra Metropolitana Ida Bang. Antes, a 18, outra programadores e académi- 30, no Auditório da Biblioteca Também se abordará a questão da Catalunha? de Lisboa, no Centro de Artes estrela americana, Boo Boo cos. Entre outros, passam Nacional, em Lisboa. É Sim, claro, nomeadamente a partir de um questionamento da ideia de e Espetáculos de Portalegre, Davis, na mais fina tradição Os amantes Crucificados, de igualmente lançado um novo estado nação no século XXI. Mas não será uma análise circunscrita. Esse amanhã, quinta-feira, 11, às 18. do Mississipi. O festival Kenji Mizoguchi, comen- CD da Naxos, com obras não é um problema exclusivo da Península Ibérica, é possível encontrá- E, no Auditório do Instituto começa no dia 11, com um tado por Cláudia Varejão; orquestrais de Joly, como o -lo em outros pontos da Europa. Deve ser entendido à luz da construção Politécnico de Beja, sexta-feira, duelo de baterias entre Nuno Cabaret Maxime, de Bruno Concerto para Piano, todas da União Europeia e dos seus bloqueios. 12 de outubro, às 14. Também Guedes e Rui Rodrigues. Dia de Almeida, comentado por elas em primeira gravação no âmbito do ciclo Ciência e 13, os lisboetas Lil'l Twister. Bruno de Almeida e Manuel mundial e algumas nunca an- Este é apenas uma das muitas iniciativas da Casa de Mateus. Como se Música, da OML, a conferência E, no dia seguinte, um mo- João Vieira; O Intendente tes interpretadas. Na sessão, define a sua programação? "Destino e livre arbítrio na mento muito especial com Sacho, de Kenji Mizoguchi, com entrada livre, passará Em várias linhas. Há uma atenção especial à música barroca, valori- música e na ciência do século Budha Guedes a convidar Rui comentado por Carlos ainda um documentário rea- zando a investigação e a divulgação de nomes menos conhecidos. Outra XIX", por Carlos Fiolhais, Veloso para uma conversa Natálio; Ramiro, de Manuel lizado por Adriano Nazareth, que, mais ligada à história da Casa, se dedica aos estudos camonianos. seguida da Sinfonia N.º 5, de sobre blues. Budha sobe ao Mozos e A Terra e o Homem, filmado durante as sessões Com a Universidade de Tras-os-Montes e Alto Douro centramo-nos em Tchaikovsky, interpretada placo, mais tarde, a 17, com de Manuel Guimarães, co- de gravação do CD. Ambas as temas atuais. No programa Eco-Mateus trabalhos na área da inovação pela Orquestra Académica Ida Bang. Antes, a 16, o Small mentados por Tiago Baptista; edições são publicadas no ano e da ecologia. E os seminários, como este Repensar Ibéria, afiguram-se Metropolitana, no Instituto Trio, que vem do porto; e a ou Western, de Valeska em que se assinala o 30º ani- como a linha mais política. Acima de tudo conciliamos uma programa- Politécnico de Tomar, dia 16, 'prata da casa', com o Nuno Grisebach, comentado por versário da morte do músico ção de continuidade e a atenção aos novos contextos sociais.J às 15. Andrade Blues Drive. Vasco Câmara. (1924-1988). J a de outubro de * jornaldeletras.pt * Edição em alemão do JL COMENTÁRIO na Feira de Frankfurt JOSÉ CARLOS DE VASCONCELOS O JL lança amanhã, quinta-fei- resultado desse trabalho, temos ra, , no stand da APEL na Feira assistido, mais recentemente, à do Livro de Frankfurt, uma edi- publicação de livros de autores A morte de um livreiro, ção extra em alemão, um projeto portugueses ainda inéditos na desenvolvido com a Embaixada Alemanha.” de Portugal na Alemanha e o Em nota de apresentação, José a morte de um símbolo Instituto Camões de Berlim. O Carlos de Vasconcelos, diretor número, de páginas, inclui do JL, recorda outras edições artigos sobre o romance e a poesia feitas com e sobre a Alemanha. portugueses, autobiografias de E afirma: “É uma satisfação e s livrarias estão em crise grave. E os livreiros, os au- vencedores do Prémio Camões, uma honra para o JL – Jornal de tênticos livreiros, são cada vez menos – pode-se dizer artigos biográficos, textos sobre Letras, Artes e Ideias, publicar mesmo que vão progressivamente desaparecendo. Agora jornalismo e literatura, apresen- esta edição em alemão, na fideli- morreu, aos anos, o que decerto poderia ser consi- tação de livros e uma antologia de dade aos seus objetivos de sem- derado, apesar de há duas décadas afastado do ativo, o poesia, bem como apresentações pre, em particular o de contribuir mais representativo e emblemático de todos: Fernando institucionais e retratos de divul- para a valorização e a difusão da Fernandes. Foi no domingo, de setembro, na sua cidade do Porto, na gadores das literaturas de língua literatura e da cultura portugue- Aqual há exatamente anos fundou, com três outros jovens que gosta- portuguesa na Alemanha. sas, bem assim da nossa língua, vam de livros, empenhados na cultura e na luta pela democracia (Vitor Com posterior distribuição Capa da edição alemã do JL hoje língua comum de oito países, Alegria, José Augusto Seabra e Carlos Porto), a famosa Divulgação.