O Crédito No Mundo Dos Senhores Do Café: Franca 1885-1914

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O Crédito No Mundo Dos Senhores Do Café: Franca 1885-1914 i Rodrigo da Silva Teodoro O Crédito no Mundo dos Senhores do Café: Franca 1885-1914 \~Pd"\P 11 V EX TOMBOSCI ~9Li .L~ PROC f (P.' .;2.l,'-()~ C D ~ PREÇO~ DATA ~ 'I!!CPD ~\ ;.C\)<6)S~(L FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELO CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO DO INSTITUTO DE ECONOMIA Teodoro, Rodrigo da Silva. T264c O crédito no mundo dos senhores do café: Franca 1885- 1914/ Rodrigo da Silva Teodoro. - Campinas, SP : [s.n.], 2006. Orientador: Jose Jobson de Andrade Arruda. Dissertação (Mestrado) - Universidade Estadual de Campi- nas. Instituto de Economia. 1. Cafeicultura - Franca (SP) -1885-1914. 2. Credito. 3. Politica moneta ria. I.Arruda, Jose Jobson de A. (Jose Jobson de Andrade),1942-. 11.Universidade Estadual de Campinas. Insti- tuto de Economia. 111.Titulo. O Crédito no Mundo dos Senhores do Café: Franca 1885-1914 Rodrigo da Silva Teodoro Dissertação apresentada ao Instituto de Economia da Unicamp, sob orientação do Prof. José Jobson de Andrade Arruda, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Mestre em História Econômica v AGRADECIMENTOS Agradeço a CAPES, por ter me fornecido as condições materiais para realizar este trabalho. Agradeço também ao meu orientador, José Jobson de Andrade Arruda, homem de conhecimento invulgar nos domínios da história, além de historiador apaixonado pelo trabalho e grande defensor da disciplina, pela confiança e estímulo e sobretudo pelo aprendizado; foi, com certeza, um privilégio ser seu orientando e aluno. Aos professores presentes na minha banca de qualificação, aos ilustres Profs. Hernani Maia Costa e José Ricardo Barbosa Gonçalves, pelas sugestões que tanto enriqueceram este modesto estudo. ‘O Crédito no Mundo dos Senhores do Café’ não existiria sem a participação nesta empreitada de três amigos muito queridos: o Prof. Pedro Geraldo Tosi, amplo conhecedor de questões relacionadas à especificidade da formação econômica e mesmo social do Brasil, pela disposição em discutir os vários problemas que surgiram no decorrer da elaboração desta dissertação e mesmo por ter nos ajudado a construir a problemática central deste estudo, bem como o Prof. Rogério Naques Faleiros, grande estudioso dos problemas atinentes à economia cafeeira, notadamente no que diz respeito às relações de trabalho, que com seu entusiasmo e estímulo contribuiu para que trilhássemos o caminho que agora o leitor percorrerá, nas páginas que seguem; Valdir Geraldo Ferreira, por outro lado, nos concedeu a maior parte da documentação que utilizamos aqui, na verdade o veio documental central para nosso estudo, as escrituras de dívida do cartório de 2º ofício, que este dedicado pesquisador tão arduamente coletou e sistematizou. Mas a participação de Valdir Ferreira não se encerrou aí: as inúmeras discussões que travamos sobre o papel do crédito na economia cafeeira lançaram muitas luzes sobre vários pontos abordados neste trabalho, esperamos que isto tenha sido recíproco; consideramos sua dissertação de mestrado ‘Homens do Crédito’ e este estudo como mutuamente complementares. Agradeço também a todos os professores que ministraram aulas no curso de história econômica da Unicamp e que tanto colaboraram para minha formação: O Professor Fernando Antonio Novais, referência obrigatória para qualquer iniciante nos difíceis, porém recompensadores caminhos de nossa disciplina; sua aguda crítica, seus raciocínios extremamente sofisticados e sua capacidade de expor questões complexas de forma vi simples, contudo sem a perda da densidade dos argumentos, torna-o um exemplo, não apenas para historiadores como para qualquer Professor, qualificação que merece acima de qualquer outra. Não menos profícuo foi o auxílio que obtivemos do Prof. José Ricardo Barbosa Gonçalves, que discutiu conosco em profundidade alguns aspectos do pensamento social contemporâneo, tais como o pós-modernismo; sua firme posição em defesa da função crítica da Universidade e dos trabalhos acadêmicos serviu-nos de inspiração. Seus conhecimentos acerca dos ‘Intérpretes do Brasil’, conosco compartilhados, certamente enriqueceram sobremaneira este estudo, que de outra forma correria o risco de restringir-se apenas à discussão dos aspectos econômicos dos problemas que levantamos, afastando a possibilidade de uma pesquisa de viés mais totalizante. Agradeço também às Professoras Lígia Osório Silva e Wilma Perez Costa, que, embora sociólogas de formação, pelos seus trabalhos e preocupações poderiam ser consideradas historiadoras de ofício; por isso mesmo, muito bem situadas para levar a cabo o sempre difícil debate entre história e ciências sociais, de forma que muito me beneficiei de seus conhecimentos. Agradeço ao Professor Waldir Quadros, pelos estímulos e por juntamente com os professores Francisco Lopreato, Frederico Mazzuccheli e Paulo Baltar iniciarem a mim e aos historiadores de minha turma nos domínios da ciência econômica. Agradeço aos funcionários do Museu Histórico Municipal de Franca ‘José Chiachiri’, especialmente a Margarida e ao Daniel Saturno; aos funcionários do Arquivo Histórico Municipal de Franca ‘Capitão Hipólito Pinheiro’, Graziela, Marinês, Consuelo e Meire. Também aos amigos, que, de uma forma ou de outra, por meio de discussões e debates, deixaram sua participação neste estudo: Leandro “Bife” Torelli e Michael Luiz dos Santos, estes companheiros de curso que muito colaboraram para a conformação final que ganhou este trabalho e enriqueceram muito minha formação; Marcelo “Beraba” de Souza, Reginaldo Oliveira Pereira, ‘Paulinho’ e Gustavo Bueno também muito me auxiliaram na empreitada. A todos os funcionários do Instituto de Economia, sempre muito solícitos e eficientes, em especial Alberto e Cida. Aos colegas da combativa e inesquecível turma de 2002 do curso de história econômica do IE, Renata, Tupã, Fabi, Carla, Ivaldo, Rodrigo e nossos “agregados” Márcia, Fábio, Adriana e João, entre outros. A Adriana, amiga que cursa história na USP, por ter me disponibilizado uma bibliografia que foi fundamental na fase final de redação. Aos amigos da Economia Social e do Trabalho, a convivência com vii vocês certamente foi inestimável. Aos amigos Lalo, André, Milena, Joely, Wolfgang, Gláucia e vários outros que não citei. Agradeço também ao Gabriel, amigo que tenho em comum com o Professor José Ricardo Barbosa Gonçalves e que muito me auxiliou a pensar os problemas da dissertação além de colaborar decisivamente na redação desta. Entretanto, asseveramos que possíveis falhas ou insuficiências neste trabalho são de exclusiva responsabilidade do autor. Finalmente, agradeço a toda minha família pelo apoio decisivo no que talvez tenha sido a pior situação pela qual passei em toda minha vida. Agradeço a meus pais, Antônio Carlos e Irene e a meus irmãos, Gustavo e Talita pela dedicação e carinho que demonstraram nestes momentos tão difíceis. A meu tio, Mauro, igualmente dedicado e preocupado bem como à sua família: Maria Helena, Viviane e Cristiane. Agradeço também a meus tios Américo de Sá e Fátima e a seus filhos, Tales e Débora. Agradeço a todos os meus avós, a meus tios Fernando e Julieta e ao Jean, que de forma tão prestativa ofereceram seu auxílio; a meus tios Nilda e Vítor, ao Henrique e aos meus primos e amigos: Jader, Josiane e Jane e aos amigos Anderson, Marciel, C.A., Samuel de Jesus, Mex, André e muitos outros que porventura não foram citados aqui. Agradeço também ao meu médico, Dr. Joviano Jardim, que demonstrou que não pode haver verdadeira medicina sem humanidade. Também ao Dr. José Reynaldo, à Célia, Marli, Graciele e Goreti pelo tratamento atencioso que me dispensaram e a muitos outros, que da mesma forma procederam. A Adail e a toda a administração da Escola Altmira Pinke, onde sou hoje professor, por terem facilitado tanto meu processo de afastamento. Por último, mas certamente não menos importante, agradeço a Fernanda, por seu apoio apaixonado e amoroso, que tanto me revigorou nos momentos mais difíceis. ix “É necessário fazer história raciocinada, única esperança de algum dia a ‘racionalizar’ ” (Pierre Vilar, Desenvolvimento econômico e análise histórica) “O pós-moderno sem dúvida traz ambigüidades – aliás é feito delas e deve ser criticado e superado. É isso que ele propõe: a prudência como método, a ironia como crítica, o fragmento como base e o descontínuo como limite. (...) O aprendizado humilde, que já tarda, da convivência difícil mas fundamental com o imponderável, o inefável – depois de séculos de fé brutal de que tudo pode ser conhecido, conquistado, controlado ” (Nicolau Sevcenko, O enigma pós-moderno In: Pós- Modernidade) “... o interesse pelo conhecimento rigoroso, determinado, diminui bastante quando uma autêntica transformação política parece fora de questão. (...) A razão, na melhor das hipóteses, relaciona-se com generosidade, com ser capaz de admitir a verdade ou justiça da reivindicação do outro mesmo quando ela vai contra os nossos interesses e desejos pessoais. Nesse sentido, ser racional não só envolve certo cálculo frio, mas coragem, realismo, justiça, humildade e nobreza de espírito” (Terry Eagleton, As ilusões do pós-modernismo) xi SUMÁRIO INTRODUÇÃO....................................................................................................................01 CAPÍTULO I – CRÉDITO E CAFÉ: DINÂMICAS ENTRELAÇADAS...........................29 Uma breve comparação entre o Oeste Paulista e o Vale do Paraíba.....................................29 Os braços do complexo cafeeiro: as ferrovias.......................................................................60 O complexo cafeeiro e sua reprodução no município
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