Melhor com você E867 Volume 2 Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized

PROJETO DE REVITALIZAÇÃO URBANA E RECUPERAÇÃO AMBIENTAL DA BACIA DO RIO AVALIAÇÃO AMBIENTAL BETIM - MG Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized

DEZEMBRO / 2003

1 B,etim' Melhor com voc4

INDICE

1 APRESENTACÃO ...... 1

2 DESCRICÃO DO PROJETO ...... 2

2.1 LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DO PROJETO ...... 2 2.2 ANTECEDENTES ...... 3 2.3 TERMO DE AJUSTE DE CONDUTA ...... 5 2.4 COMPONENTES DO PROGRAMA ...... 5 2.4.1 ESGOTAMENTO SANITÁRIO .. 11 2.4.1.1 Rede Coletora de Esgotos ...... 12 2.4.1.2 Interceptores de Esgotos ...... 14 2.4.1.3 Ligações Domiciliares ...... 16 2.4.1.4 Estação de Tratamento de Esgotos ...... 16 2.4.1.5 Estação Elevatória ...... 17 2.4.2 REESTRUTURAÇÃO URBANA E TRATAMENTO DOS FUNDOS DE VALE . . 19 2.4.2.1 Parques Ecológicos ...... 19 2.4.2.2 Controle de Cheias ...... 20 2.4.2.3 Vias e Canalizações ...... 31 2.4.2.4 Tratamento Paisagístico e Reflorestamento ...... 36 2.4.3 REASSENTAMENTO POPULACIONAL ...... 36 2.5 INTERFACE COM PROJETOS DO ESTADO E DO MUNICÉPIO ...... 37 2.5.1 PLANO PLURIANUAL DE GOVERNO DO ESTADO DE - PPAG ...... 37 2.5.2 AÇÕES NO ÂMBITO DO MUNICíPIO ...... 39 2.6 ANÁLISE DE EFICIÊNCIA TÉCNICA E AMBIENTAL ...... 41 2.6.1 PRINCIPAIS AçõES PROPOSTAS ...... 41 2.6.1.1 Esgotamento Sanitário ...... 41 2.6.1.2 Tratamento De Fundo De Vale ...... 41 2.6.2 ASPECTOS TÉCNICOS DAS SOLUÇÕES ...... 42

3 MARCO LEGAL E INSTITUCIONAL ...... 46

3.1 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL E DE RECURSOS HíDRICOS ...... 46 3.1.1 LEGISLAÇÃO FEDERAL ...... 46 3.1.1 .1 Constituição Federal ...... 46 3.1.1.2 Legislação Ambiental ...... 46 3.1.1.3 Legislação de Recursos Hídricos ...... 47 3.1.2 LEGISLAÇÃO ESTADUAL ...... 48 3.1.2.1 Agenda Marrom ...... 49 3.1.2.2 Agenda Verde ...... 49 3.1.2.3 Agenda Azul ...... 50 3.1.3 LEGISLAÇÃO MUNICIPAL ...... 53 3.2 SITUAÇÃO INSTITUCIONAL ...... 54 3.2.1 SISTEMA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS HíDRICOS .54 3.2.1.1 Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - SEMAD ...... 54 3.2.2 SISTEMA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE ...... 57

2 Bet nmtim Melhor com você

3.3 LICENCIAMENTO DOS COMPONENTES E SUBCOMPONENTES DO PROJETO ...... 58 3.4 ENQUADRAMENTO LEGAL - RIO BETIM E RIO ...... 58 3.4.1 CLASSIFICAÇÃO DAS COLEÇÕES D'ÁGUA .59 3.5 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ...... 62 3.5.1 SECRETARIA DE MEIo AMBIENTE DO MUNICÍPIO DE BETIM-SEMEIA .62 3.5.1.1 Papel no Programa ...... 62 3.5.1.2 Natureza Jurídica - Vinculação Hierárquica ...... 62 3.5.1.3 Finalidade ...... 3.5.1.4 Quadro de Pessoal ...... 62 3.5.1.5 Estrutura Orgânica da Secretaria 62 Municipal de Meio Ambiente ...... 64 3.5.1.6 Sistema de Limpeza Urbana ...... 64 3.5.1.7 Áreas de "bota-fora" ...... 66 3.5.1.8 Avaliação dos Serviços ...... 3.5.1.9 Principais Programas 66 e Projetos Ambientais desenvolvidos pela SEMEIA ...... 67 3.5.2 COMPANHIA DE SANEAMENTO DE MINAS GERAIS-COPASA MG ...... 69 3.5.3 CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DO Rio PARAOPEBA-CIBAPAR ...... 70

4 CARACTERIZACÃO AMIBIENTAL ...... 71

4.1 CARACTERÍSTICAS DA REGIÃO ...... 71 4.1.1 CARACTERIZAÇÃO DO MEIO Físico ...... 71 4.1.1.1 Bacias Hidrográficas ...... 71 4.1.1.2 Fisiografia ...... 79 4.1.1.3 Geologia ...... 4.1.1.4 Geomorfologia ...... 79 4.1.1.5 Solos ...... 80 81 4.1.1.6 Erosão ...... 82 4.1.1.7 Clima e regime de chuvas ...... 83 4.1.1.8 Regime dos cursos d'água ...... 85 4.1.2 CARACTERIZAÇÃO DO MEIO BIÓTICO ...... 86 4.1.2.1 Vegetação / Flora ...... 4.1.2.2 Fauna 86 ...... 89 4.1.3 CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA ...... 90 4.1.3.1 População ...... 90 4.1.3.2 Níveis de renda ...... 91 4,1.3.3 Emprego ...... 4.1.3.4 Escolaridade ...... 92 4.1.3.5 Índice de Desenvolvimento 94 Humano - IDH ...... 94 4.1.3.6 Saúde pública ...... 95 4.1.4 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO ...... 96 4.1.5 ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE QUALIDADE DAS ÁGUAS DO Rio BETIM E DO RIO PARAOPEBA .. 1.15 4.1.6 VEGETAÇÃO E ÁREAS DE PRESERVAÇÃO ...... l 119

5 AVALIACÃO AMBIENTAL DOS COMPONENTES DO PROJETO ...... 120

5.1 COMPONENTE DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ...... 5.1.1 120 CONSIDERAÇÕESPRELIMINARES ...... 120 5.1.2 SITUAÇÃoEXISTENTE ...... 5.1.3 AÇõES EM CURSO 120 E RECENTEMENTE ENCERRADAS ...... 123 5.1.3.1 Ações da Concessionária ...... 123 5.1.3.2 Ações da Administração Municipal ...... 123

3 iB,e,ti,,lm - Melhor com voc=

Ações do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba ...... 124 Ações da Sociedade CiVil ...... 124 5.1.4 AÇÕES PROPOSTAS ...... 124 5.1.5 AÇÕES NECESSÁRIAS ...... 129 5.1.6 CONSIDERAÇÕES SócIo-AMBIENTAIS CONSEQÜENTES ...... 129 5.1.6.1 Aspectos positivos sobre os corpos d'água ...... 129 5.1.6.2 Aspectos Positivos sobre a Saúde Pública ...... 130 5.1.7 IMPACTOS AMBIENTAIS ...... 130 5.1.7.1 Fase de Implantação ...... 131 5.1.7.2 Fase de Operação ...... 132 5.2 COMPONENTE TRATAMENTO DE FUNDOS DE VALE ...... 133 5.2.1 AVENIDAS MARGINAIS E CANALIZAÇÕES .133 5.2.1.1 Considerações Técnicas e Ambientais .133 5.2.2 BACIAS DE DETENÇÃO ...... 137 5.2.2.1 Considerações Técnicas .137 5.2.2.2 Considerações Sócio-Ambientais Consequentes ...... 139 5.2.3 PARQUES URBANOS E PROJETO DE PAISAGISMO E REFLORESTAMENTO ...... 139 5.2.4 IMPACTOS AMBIENTAIS ...... 140 5.2.4.1 Fase de Implantação .140 5.2.4.2 Fase de Operação ...... 141 5.3 AVALIAÇÃO DOS IMPACTOSAMBIENTAiS ...... 141

6 AVALIACÃO AMBIENTAL GLOBAL DO PROJETO ...... 149

6.1 NECESSIDADE DO PROJETO...... 149 6.2 IMPACTOS POSITIVOS CONSEQUENTES ...... 150 6.3 IMPACTOS NEGATIVOS CONSEQUENTES ...... 151 6.4 CONDIÇÕES DE SUSTENTABILIDADE ...... 151

7 MEDIDAS DE MITIGACÃO ...... 152

7.1 COMPONENTE DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ...... 152 7.1.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE AS OBRAS PROPOSTAS ...... 152 7.1.2 RECOMENDAÇÕES PARA A FASE DE IMPLANTAÇÃO ...... 153 7.1.2.1 Meio Físico .153 7.1.2.2 Meio Biótico Terrestre ...... 154 7.1.2.3 Meio Biótico Aquático ...... 154 7.1.3 RECOMENDAÇÕES PARA A FASE DE OPERAÇÃO ...... 154 7.1.3.1 Considerações Iniciais .154 7.1.3.2 Meio Físico .155 7.1.3.3 Meio Biótico Terrestre .155 7.1.3.4 Meio Biótico Aquático .155 7.1.3.5 Meio Socioeconômico .155 7.1.4 COMPONENTE DE TRATAMENTO DE FUNDOS DE VALE ...... 156 7.2 MONITORAMENTO AMBIENTAL ...... 157 7.2.1 PLANO DE MONITORAMENTO DA ETE CENTRAL .157 7.2.2 PLANO DE MONITORAMENTO DAS AVENIDAS MARGINAIS ...... 1591

4 íNDICE

8 PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL - PGA ...... 163

8.1 SISTENIA DE GESTÃO AMBIENTAL ...... 163 8.2 PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL ...... 170 8.2.1 OBJETIVO GERAL .170 8.2.2 OBJETIVOS ESPECíFICOS .170 8.2.3 ATIVIDADES .171 8.2.4 RESULTADOS ESPERADOS .172 8.2.5 CRONOGRAMA . . . .172 8.2.6 ORÇAMENTO .... 172 8.2.7 RESPONSABILIDADE INSTITUCIONAL . . . . 172 8.3 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO SANITÁRIA E AMBIENTAL ...... 172 8.3.1 INTRODUÇÃO ...... 172 8.3.2 EDUCAÇÃO AMBIENTAL EXTENSIVA ...... 173 8.3.2.1 Objetivo geral ...... 173 8.3.2.2 Público-alvo ...... 173 8.3.3 EDUCAÇÃO AMBIENTAL LOCAL ...... 173 8.3.3.1 Objetivo geral ...... 173 8.3.3.2 Público-alvo ...... 173 8.3.4 MONITORAMENTO SÓCIO-AMBIENTAL ...... 174 8.3.4.1 Objetivo geral ...... 174 8.3.4.2 Público-alvo ...... 174 8.3.5 ESTIMATIVA DE CUSTOS . . . .174 8.3.6 CRONOCRAMA ...... 174 uclo ~~~~~~~~~~~~~...... NAÇt.

......

...... EIRRADOS ...... TRABALI ......

;[uN_ITROLE DA C RIAL.,- .. V ' . j ...... 177 ' ...... ~~~~~~~...... 1 78 8.6.'.1 c, . IL,ca1izaçãodoCun1iip. i, , : s Ambientais ...... 8.6.2.2 C:--- C-odei Pessoal , . ... 179 8.6.2.3 DIi M Program i ...... ' ( 8.6.3 Pi,'() DOS ...... ,...... 0

C i ,.- s%) i(-1 ...... +. ! 8 O S.u.D KtLZ5 U,NI\AAILIDADE INSTITUCIUiAL ...... 1S0 8.6.6 CRONOGRAMA ...... 181 8.7 OPERAÇÃO DA BARRAGEM DE VÁRZEA DAS FLORES ...... 182 8.8 OPERAÇÃO E SEGURANÇA DAS BACIAS DE DETENÇÃO ...... 182 8.8.1 INTRODUÇÃO ...... 182 8.8.2 OBJETIVOS ...... 1 82

5

8.8.3 ATIVIDADES ...... 183 8.8.4 RESULTADOS ESPERADOS ...... 183 8.8.5 CUSTO ...... 183 8.8.6 CRONOGRAMA ...... 184 PLANO DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS ...... 185 8.8.7 INTRODUÇÃO ...... 185 8.8.8 OBJETIVOS ...... 185 8.8.9 RESPONSÁVEIS INSTITUCIONAIS ...... 185 8.8.10 ESCOPO DO PLANO E METODOLOGIA DAS ATIVIDADES .186 8.8.10.1 Definição da localização das estações de amostragem ...... 186 8.8.10.2 Monitoramento da bacia do Rio Betim ...... 186 8.8.10.3 índices e parâmetros a serem Monitorados ...... 187 8.8.11 PRODUTOS ...... 189 8.8.12 RESULTADOS ESPERADOS ...... 189 8.8.13 CRONOGRAMADEATIVIDADES ...... 190 8.8.14 CUSTOS ...... 190 8.9 MONITORAMENTO HIDROLÓGICO ...... 190 8.9.1 INTRODUÇÃO .. 190 8.9.1.1 Objetivos .191 8.9.2 DEFINIÇÃO DO CONTEÚDO DAS ATIVIDADES .. 191 8.9.3 CAMPANHA DE MONITORAMENTO E MEDIÇÕES . .194 8.9.3.1 Definição da campanha de monitoramento e medições .194 8.9.3.2 Objetivos da campanha de monitoramento ...... 195 8.9.4 MANUTENÇÃO E OPERAÇÃO DAS ESTAÇõES DE MONITORAMENTO . .195 8.9.5 IMPLEMENTAÇÃO DE UMA BASE DE DADOS HIDROLÓGICOS . .195 8.9.6 TREINAMENTO .. 196 8.9.7 PRAZO DE EXECUÇÃO .. 196 8.9.8 CUSTOS .. 196 8.10 MANUAL AMBIENTAL DE CONSTRUÇÃO .. 196 8.11 PuR'!i E APERFEIÇOANIENTO pr T>!r r-nOT.Cr DF Mr'- ' *r nr rCve.!E '- ViSS ...... !` ç` 1«1< 8.1 I I. N' V F -IASCANALI...... 8.1 ! '1 Do RU0I ...... 8 . i ...... 9 8 .1] r ...... 8 .1i .i ...... )() 8.12 . f>III(ADORAS E DE .... .it ...... 8.13 lI- A NIA DE FORTALECIEN I I ...... 1...... 201 8.13.1 1. l. UCIONALIZAÇÃODAPOLITIC ,LSTÂÃOANIBIENTALURBAN ...... 2(11. 8.13.1.1 Objetivo Geral ...... 201 8.13.1.2 Objetivos Específicos ...... 201 8.13.1.3 Etapas ...... 202 8.13.1.4 Atividades ...... 202 8.13.1.5 Custos ...... 203 8.13.1.6 Responsabilidade Institucional ...... 203 8.13.2..203 8.13.2.1 Cronograma .203 8.13.3 ÁREAS DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL E PLANOS DE MANEJO . .204 8.13.3.1 Custos .204 8.13.3.2 Responsabilidade Insttucional .205 8.13.3.3 Cronograma .205

6 8.13.4 PLANO DE CAPACITAÇÃO CONTINUADA PARA A GESTÃO AMBIENTAL URBANA ...... 205 8.13.4.1 Etapas e Atividades ...... 206 8.13.4.2 Custos ...... 207 8.13.4.3 Responsabilidade Institucional ...... 207 8.13.4.4 Cronograma ...... 207 8.13.5 PREPARAÇÃO DE MANUAIS E GUIAS DE PROCEDIMENTOS AMBIENTAIS ...... 208 8.13.5.1 Objetivos Gerais .208 8.13.5.2 Objetivos Específicos .208 8.13.5.3 Produtos .209 8.13.5.4 Custos .209 8.13.5.5 Responsabilidade Institucional .209 8.13.5.6 Cronograma .209

7 Bet 1 -- Melhor com você .

9 POLÍTICAS OPERACIONAIS E SALVAGUARDAS DO BANCO MUNDIAL 210

9.1 INTRODUÇÃO 210 9.2 PRINCIPAIS POLÍTICAS OPERACIONAIS E SALVAGUARDAS 210 9.3 SALVAGUARDAS ACIONADAS PELO PROGRAMA 212 9.3.1 PO/PB 4.01 - AVALIAÇÃO AMBIENTAL 212 9.3.2 PO/PB 4.37-SEGURANÇA DE BARRAGENS 213 9.3.2.1 Represa Vargem das Flores (Barragem existente) 213 9.3.3 PO/PB 4.12 - REASSENTAMENTO INVOLUNTÁRIO 220 9.3.4 PO/PB 4.04 - HABITAT NATURAL 224 9.3.4.1 Avaliação dos Impactos 224 9.3.4.2 Caracterização da Vegetação 228 9.3.4.3 Avaliação 231 9.4 SALVAGUARDAS NÃO ACIONADAS PELO PROGRAMA 233

8

GLOSSÁRIO

ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas ANA - Agencia Nacional de Águas BIRD, Banco, Banco Mundial, - Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento CERH - Conselho Estadual de Recursos Hídricos CETEC - Centro Tecnológico de Minas Gerais CETESB -Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental CIBAPAR - Consorcio Intermunicipal da Bacia do Rio Paraopeba CNRH - Conselho Nacional de Recursos Hídricos CODEMA - Conselho Municipal de Desenvolvimento Ambiental do Município de Betim COPAM - Conselho Estadual de Política Ambiental COPASA - Companhia de Saneamento de Minas Gerais DBO - Demanda Bioquímica de Oxigênio DQO - Demanda Química de Oxigênio ETA - Estação de Tratamento de Água ETE - Estação de Tratamento de Esgoto FEAM - Fundação Estadual de Meio Ambiente IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ICMS- Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços IEF - Instituto Estadual de Florestas IGA - Instituto de Geociências Aplicadas IGAM - Instituto Mineiro de Gestão das Águas INMET/ 5° DISME - Instituto Nacional de Metereologia / 5° Distrito de Metereologia OD- Oxigênio Dissolvido PLAMBEL - Planejamento da RMBH PPAG - Plano Plurianual do Governo do Estado de Minas Gerais RAFA - Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente RMBH - Região Metropolitana de RMSP - região Metropolitana de São Paulo SEGRH- Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos SEMAD - Secretaria do Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentado de Minas Gerais SEMEIA - Secretaria Municipal de Meio Ambiente SINGRH - Sistema Nacional de Recursos Hídricos SISEMA - Sistema Estadual de Meio Ambiente SISNAMA - Sistema Nacional de Meio Ambiente UPRH -Unidade de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos BÊç,ti,,,m:,"`_ Melhor com voce

1 APRESENTAÇÃO O presente Estudo de Avaliação Ambiental refere-se ao Programa de Revitalização Urbana e Recuperação Ambiental da Bacia do Rio Betim, o qual encontra-se em fase de preparação e negociação, com vistas à obtenção de financiamento junto ao Banco Mundial - BIRD. O Termo de Referência que norteou a elaboração deste Estudo foi preparado durante a Missão de Orientação realizada no período de 26 a 29 de maio de 2003, com reunião complementar realizada no dia 16 de junho de 2003. Beti m' Melhor com voce

2 DESCRIÇÃO DO PROJETO

2.1 Localização da Área do Projeto

O município de Betim possui uma área de 346 km2 e situa-se na Zona Metalúrgica de Minas Gerais, fazendo parte da Microrregião 182 - "Belo Horizonte" e da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Tem sua posição determinada pelas coordenadas geográficas de 190 54' 52" Latitude Sul e 440 11' 54" Longitude Oeste e limita-se com os seguintes municípios: Esmeraldas, , , lgarapé, São Joaquim de , Mário Campos, Sarzedo e lbirité. A altitude mínima do município é 711 m (rio Paraopeba) e a máxima 1.100 m (Serra Negra). O município de Betim encontra-se totalmente inserido na sub-bacia hidrográfica estadual do rio Paraopeba, integrante da bacia federal do rio São Francisco. O rio Paraopeba tangencia o município de Betim, no sentido sudoeste-oeste, definindo assim sua divisa com os municípios de São Joaquim de Bicas, lgarapé e Juatuba.

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Figura 1 - Localização do Município de Betim

O rio Betim é um dos principais afluentes do rio Paraopeba e, atualmente, um dos seus principais poluidores.

2 Melhor co ho

O rio Betim nasce no município de Contagem e, em seguida, corta o município de Betim, vindo desaguar à margem direita do rio Paraopeba no local conhecido como "Escada de Peixes", em áreas da Usina Termelétrica de lgarapé, na divisa do município de Betim com o município de Juatuba. Em seu curso superior, na divisa com o município de Contagem, foi implantada, há cerca de 30 anos, a represa Vargem das Flores, de propriedade da COPASA, que utiliza suas águas para o abastecimento parcial dos municípios da RMBH; a área inundada pelo reservatório localiza-se parte no município de Contagem e parte no município de Betim. 2.2 Antecedentes O serviço de saneamento no município de Betim é gerenciado e operado pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais - COPASA, concessionária dos serviços municipais de abastecimento de água e de esgotamento sanitário em quase todos os municípios da RMBH. A COPASA é responsável pelos serviços de saneamento no município de Betim desde 07/10/1971, data de assinatura do contrato de concessão, renovado através de termo aditivo em 1982, por um período de 30 anos e, portanto, com vigência até janeiro de 2012. Levantamentos realizados pela Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM e pelo Instituto Mineiro de Gestão das Aguas - IGAM ao longo do rio Betim, que é o principal corpo hídrico do município, indicam uma elevada deterioração da qualidade de suas águas principalmente no trecho central da cidade. Todos os cursos d'água localizados no interior da mancha urbana apresentam, sem exceção, águas com qualidade imprópria para o contato humano. À medida que se aproxima da região central da cidade, a situação dos cursos hídricos agrava-se ainda mais. Dentre as principais causas da degradação ambiental do rio Betim e seus afluentes, destacam-se: o deficiência do atual sistema de esgotamento sanitário da cidade que atende apenas 68 % da população com rede coletora, não dispõe de unidades de transporte e afastamento e trata apenas 5% dos esgotos domésticos e industriais coletados; assim, não só a população mas também a própria concessionária dos serviços efetuam lançamentos de esgotos brutos nos diversos cursos d'água de Betim, especialmente no rio Betim e em seus afluentes;

o inexistência de tratamento adequado dos fundos de vale - o que dificulta ou, até mesmo, impossibilita as ações de limpeza pública e de esgotamento sanitário em diversas áreas;

o educação ambiental - a inexistência de um programa abrangente de educação ambiental tem limitado o uso eficiente dos serviços de saneamento pela população e a contribuição que a comunidade pode e deve proporcionar para conservar o Meio Ambiente em níveis de qualidade adequados às atuais e futuras gerações;

o expansão urbana descontrolada - ocasionada pela ocupação de áreas sem o parcelamento regular do solo e por invasões;

u lançamento indevido de bota-fora e entulhos - a Prefeitura Municipal de Betim envida todos os esforços no sentido de combater essas irregularidades e suas conseqüências, mas ainda não logrou resolver inteiramente o problema. A partir da década de 90, diversas obras foram implementadas através de convênio entre a Prefeitura Municipal de Betim e a COPASA, aumentado significativamente a cobertura dos serviços de saneamento. A COPASA MG apresentou nos anos de 1.994 e 1.995 uma proposta de ampliação do sistema existente de esgotos sanitários, com o objetivo de estender o atendimento até o limite prático de 95 % da população urbana, mediante sistema integrado de coleta, transporte e tratamento. Nos estudos elaborados pela COPASA MG, em acordo com o Município, foram concebidas diversas alternativas de configuração do sistema global de esgotamento sanitário e escolhida

3 jB-et im, Melhor com voce aquela que era organizada em 9 subsistemas distritais para atendimento de todas as bacias urbanas da cidade (Vide Estudo de Concepção do Sistema de Esgotamento Sanitário de Betim - Esse Engenharia e Consultoria - Emissão: 11-1.994/ Revisão: 03-1.995). Estes estudos apresentam as justificativas para as decisões tomadas no que concerne ao arranjo geral do sistema de esgotamento e foram complementados com estudos de alternativas de tecnologia e de nível das unidades de tratamento a serem implantadas em cada um dos subsistemas (Vide Estudo de Concepção da Estação de Tratamento de Esgotos - Setor Central/lmbiruçu - Esse Engenharia e Consultoria - Emissão: 02-1.999/Revisão: 07-1.999). O Planejamento elaborado previa a implantação de 10 Estações de Tratamento de Esgotos - ETE's, nos setores: Central+lmbiruçu, Teixeirinha, Salomé, Cachoeira, Pintado, Petrovale, Santo Antônio, São João, Cidade Verde. Este estudo propôs a estruturação do sistema em setores para os quais foram avaliadas alternativas de organização e escolhida aquela que se apresentou mais vantajosa, conforme exposto a seguir. u Sistema Central + lmbiruçú (bacia do Rio Betim e seus afluentes: Areias e Imbiruçú) - Foram avaliadas as alternativas de tratar os setores separadamente ou em conjunto, tendo sido escolhida esta última, embora a diferença de custos entre elas não tenha sido significativa. Assim ficou configurado o sistema Central+lmbiruçú, com uma única Estação de Tratamento (ETE Central) a ser construída a jusante da cidade à margem direita do rio Betim, nas proximidades da indústria Metaisider.

• Sistemas Teixeirinha, Salomé e Cachoeira - Foram propostos sistemas isolados para cada um destes setores, constituídos por redes coletoras, interceptores e estações de tratamento. Estes setores estão localizados na periferia oeste/noroeste da cidade em bacias de córregos de mesmo nome, afluentes da margem esquerda do córrego Saraiva, que por sua vez é contribuinte da margem direita do Rio Betim em ponto a jusante da ETE Central. A COPASA já implantou as ETEs Teixeirinha e Salomé.

• Sistema Pintado - Este setor está situado a leste da cidade, nos limites com os municípios de Contagem e lbirité. Para seu atendimento, foi selecionada a alternativa que previa a implantação de 5 ETEs, uma para cada sub-bacia do setor. Este setor é drenado pela bacia do córrego Pintado, nas cabeceiras do ribeirão Sarzedo, afluente da margem direita do rio Paraopeba.

z Sistema Petrovale - Também situado a leste do município e pertencente a bacia do córrego do Quebra, afluente do ribeirão Sarzedo. Foi selecionada a alternativa que previa a implantação de 1 ETE para atendimento de todo setor.

u Sistema São João - Foi selecionada a alternativa que previa a implantação de 5 ETEs, uma para cada bacia do setor. Este setor abrange bacias contribuintes para o córrego São João, afluente do córrego Santo Antônio, que por sua vez é afluente do córrego Bandeirinhas, o qual deságua no rio Paraopeba, à sua margem direita.

• Sistema Santo Antônio - Foi selecionada a alternativa que previa a implantação de 1 ETE para atendimento da parte de montante e outra para atendimento da parte de jusante da bacia. No ano de 2006 estas ETEs seriam desativadas e substituídas por uma única a jusante. Este setor abrange áreas da bacia do córrego Santo Antônio, afluente do Bandeirinhas.

o Sistema Cidade Verde - Foi selecionada a alternativa que previa recuperação da lagoa de estabilização existente que funcionaria até o ano de 2005. A partir desta data seria colocada em funcionamento uma ETE para atendimento de todo o setor. Este Setor abrange áreas da bacia do córrego Lava-pés, afluente do Santo Antônio.

4 Betim, '~ Melhor com voci -

A COPASA, posteriormente ao ano de 1.995, introduziu modificações na configuração de cada setor visando reduzir a quantidade de ETEs, mediante a unificação de alguns setores e bacias, visando redução de custos e adaptação ao crescimento e distribuição espacial da ocupação urbana. O sistema revisto contempla a implantação de 9 ETE's: Central, Teixeirinha, Salomé, Cachoeira, São João; Santo Antônio - Granja São João; Santo Antônio - PTB, Petrovale e Cidade Verde.

2.3 Termo de Ajuste de Conduta Realizados os estudos comparativos das alternativas e escolhida a concepção descrita no item anterior, a COPASA MG iniciou a ampliação do sistema de coleta e de transporte dos esgotos, bem como a implantação das ETEs. O processo de desenvolvimento urbano de Betim, caracterizado por altas taxas de crescimento populacional e uma ocupação descontrolada e fragmentada do espaço, dificultou sensivelmente o cumprimento das programações estabelecidas. A implantação do sistema de esgotos encontrou obstáculos relacionados com a falta de tratamento urbanístico e ambiental dos fundos de vale. A gravidade da situação de saneamento da cidade motivou a tomada de providências por parte do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, que acionou a COPASA MG para que esta empresa, na qualidade de concessionária dos serviços de água e esgotos do Município, cumprisse suas obrigações referentes à complementação dos sistemas locais de esgotamento sanitário e "cessasse os lançamentos de esgotos sanitários ou quaisquer outros efluentes poluidores, sem tratamento, no rio Betim e seus afluentes". Desta ação resultou um 'Termo de Ajuste de Conduta", celebrado, em 23 de março de 2.000, entre o Ministério Público, COPASA MG e o Município de Betim, estabelecendo as medidas a serem tomadas pela COPASA MG, incluindo os prazos e as metas a serem cumpridos. O Termo de Ajuste de Conduta firmado com o Ministério Público Estadual pela COPASA e a Prefeitura Municipal de Betim, em 23 de março de 2000, prevê a retirada dos lançamentos de esgoto "in natura" do rio Betim e de seus afluentes até dezembro de 2005, estando inclusas as obras de implantação das ETEs previstas no Plano Diretor. Ficou evidente, contudo, que o cumprimento por parte da COPASA MG dos compromissos do Termo de Ajuste de Conduta depende de uma programação de intervenções integradas e conjuntas com o Município de Betim, na qual o tratamento urbanístico e ambiental dos fundos de vale se inclui como medida essencial para permitir a implementação das intervenções de esgotamento sanitário, especialmente dos interceptores. No Termo, a COPASA admite ser de sua responsabilidade o esgotamento e o tratamento dos esgotos sanitários do município, e se compromete a implantar, dentro do prazo estipulado, as 29 obras necessárias para a despoluição do rio Betim e seus afluentes: riacho das Areias (córrego lmbiruçu e seus afluentes), e córregos Saraiva, Bom Retiro e Vargem das Flores. Pelo acordo, a COPASA se compromete em investir R$58.010.000,00 em obras com vistas a eliminar o lançamento de esgotos "in natura" nos cursos d'água formadores da bacia do rio Betim. Ao município de Betim caberá a execução das obras de drenagem necessárias para a implantação dos interceptores do córrego Imbiruçu e a preservação das novas vias implantadas. A Prefeitura ficou responsável também pelo trabalho de conscientização da população, no sentido de viabilizar a adesão dos moradores ao sistema de esgotamento sanitário.

2.4 Componentes do Programa Programa teve sua origem e ancora a sua racionalidade na busca de solucionar os mais graves problemas de saneamento ambiental, de controle de cheias e de estruturação urbana da cidade. Acompanhando um modelo de desenvolvimento urbano típico das cidades brasileiras, especialmente daquelas sujeitas a um crescimento acelerado, Betim também se desenvolveu ocupando regularmente as áreas mais favoráveis e abandonando os fundos de vale. Assim, os

5 Melhor com vocÉ terrenos ao longo dos cursos d'água se transformaram em espaços preferenciais para a instalação de moradias da população mais pobre, sem acesso ao mercado formal de terras urbanas. A ocupação descontrolada destas áreas acarretou conseqüências negativas para a estruturação da cidade e para a organização dos serviços de infra-estrutura urbana e submeteu a população aí sediada a riscos sérios relacionados com o saneamento do meio e a com as enchentes, que se agravam à medida que a ocupação dos fundos de vale e a urbanização da bacia hidrográfica respectiva se intensificam. Dentro deste contexto, e em harmonia com as propostas do sistema de esgotamento sanitário, foram projetadas as demais intervenções para tratamento dos fundos de vale urbano, com prioridade para a bacia urbana do rio Betim e de seus afluentes (Riachos Areias e lmbiruçu), considerando a sua dimensão e a sua intensidade de ocupação. Além dos componentes de intervenções físicas, o Programa promoverá ações também no campo de melhoria dos instrumentos de planejamento e gestão, fortalecimento institucional das unidades responsáveis pela implantação e pela operação dos sistemas, educação ambiental, promoção e comunicação social, conforme resumo apresentado no quadro 2.1, a seguir. As intervenções físicas são descritas, em sequência, com maiores detalhes.

6 Quadro 2.1 PROJETO DE REVITALIZAÇÃO URBANA E PROTEÇÃO AMBIENTAL DA BACIA DO RIO BETIM i COMPONENTE / SUBCOMPONENTE / ATIVIDADE CONTEUDO PRELIMINAR j1. DESENVOLVIMENTO E GESTÃO DAS POLtTICAS MUNICIPAIS 1.1. Governança e Planejamento 1.1.1. Elaboração do Plano de Desenvolvimento * Análise e elaboração de instrumentos de planejamento do desenvolvimento do Município de Betim municipal, com enfoque integrado articulando as dimensões social, ambiental, econômica e institucional, e tendo como elementos chave a participação da sociedade civil, o fortalecimento dos mecanismos de governabilidade e o profundo envolvimento das equipes da Prefeitura no desenvolvimento da proposta. Inclui a atualização do Plano Diretor Municipal, que constituiu peça chave do desenvolvimento da ocupação do município e também da sustentabilidade dos objetivos sociais, ambientais e de desenvolvimento urbano apoiados pelo Projeto. Inclui também o desenvolvimento do Plano Diretor Ambiental, abrangendo aspectos tais como a identificação de mecanismos de financiamento da gestão ambiental (articulado com o Plano Diretor e soluções tais como operações urbanas) otimizando alternativas de fontes de financiamento inovadoras apoiadas pela sociedade civil e entidades privadas. Inclui ainda o desenvolvimento de elementos técnicos para apoiar o município para participar da elaboração do Plano de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte. 1.2. Gestão da Prestação de Serviços Locais 1.2.1. Fortalecimento da Gestão da Prestação de * Avaliação e desenvolvimento de propostas para a melhoria da gestão da Serviços Urbanos Locais prestação de serviços urbanos municipais, tais como abastecimento de água, coleta e tratamento de esgotos, coleta e disposição de resíduos sólidos, manutenção da drenagem, limpeza e proteção dos córregos e rios, parques e áreas verdes, iluminação publica, varrição publica. Inclui a realização de diagnósticos da qualidade dos serviços atuais, análise da formas de recuperação de custos adotadas, análise dos arranjos institucionais para prestação dos serviços, desenvolvimento da regulação da prestação de serviços e proposição de alternativas para melhoria da qualidade destes serviços. B.g_et -. ,iffi'. Mehrcm você 1.2.2. Desenvolvimento de um Sistema de * Inclui a construção de um sistema de informações para controle da qualidade dos Informações para Controle de Qualidade dos serviços municipais para uso pelo regulador, prestador e beneficiários destes Serviços Urbanos Locais e para Divulgação serviços. Compreende a identificação de indicadores dos níveis atuais de Pública qualidade destes serviços, a definição de metas de qualidade a serem alcançadas, a definição da forma de acesso às informações segundo o tipo de usuário e os procedimentos para medir e divulgar o alcance das metas. Os serviços urbanos municipais incluem: transporte urbano, sinalização de tráfego, água, esgoto, iluminação publica, feiras e mercados públicos, cemitérios, variação e coleta de .______lixo, segurança pública, etc. 1.2.3. Cadastro dos Serviços de lnfraestrutura * Inclui a complementação dos cadastros físicos da rede de infra-estrutura Urbana municipal, compatibilizando este cadastro com o sistema georeferenciado de informações municipais já implementado pela Prefeitura. Esta complementação inclui infra-estruturas tais como: micro e macro drenagem, ciclovias, áreas de vulnerabilidade e de proteção ambiental, parques e áreas verdes. 1.3. Fortalecimento da Gestão da Política Ambiental e de Recursos Hídricos do Município 1.3.1. Fortalecimento do Sistema de Informações, * Complementação dos serviços de estruturação e implantação de um Sistema de Monitoramento e Avaliação para Gerenciamento Informações Geográficas aplicado ao gerenciamento dos recursos hídricos da dos Recursos Hídricos na Bacia do Paraopeba e bacia do Paraopeba, incluindo: expansão da base de dados; mapeamento Monitoramento do Impacto do Projeto na Melhoria geológico e geotécnico; mapeamento de solos e de adequação de uso do solo; da Qualidade da Água extensão do cadastro de usuários; pontos de captação e de lançamento; carga da base de dados no sistema; desenvolvimento modelos para apoio à decisão para outorga de captação e lançamento; desenvolvimento função para gerenciamento da cobrança pelo uso da água. 1.3.2. Desenvolvimento do Sistema de * Articulado com o Plano Diretor Ambiental, desenvolver um sistema de Informações, Monitoramento e Avaliação da informações, monitoramento e avaliação para a gestão ambiental do município Gestão Ambiental Municipal com o objetivo de aumentar a eficiência das ações da SEMEIA. Este sistema tem que ser integrado ao sistema de informação geográfico já implementado na Prefeitura. Neste componente se inclui também a elaboração de um Programa de Controle da Contaminação Industrial 1.3.3. Implantação do Programa de Educação * Complementação do Plano de Educação Ambiental desenvolvido pela SEMEIA Ambiental e de Mobilização e Comunicação com o objetivo também de responder às demandas do Projeto e implementação Social do Programa de Educação Ambiental, e do Plano de Comunicação e Mobilização Social 2. INCLUSAO SOCIAL 2.1. Oferta de Moradias Adequadas

8 Melhor comc voce 2.1.1. Aquisição de terrenos para Novas Moradias * Desapropriação de dois terrenos para construção de 600 moradias

2.1.2. Construção de Moradias * Construção de 600 moradias para reassentamento

2.1.3. Indenizações e Compensações Financeiras * Indenização de propriedades tituladas e compensação financeira de posses

2.1.4. Reforço e Treinamento da Equipe Social do * Contratação de especialistas sociais e jurídicos para reforçar equipe social do Município município de acordo com a demanda de atividades do reassentamento; Treinamento da equipe do município nos princípios e metodologia do Plano de Reassentamento 2.1.5. Programa de Apoio para a Melhoria das * Execução de reformas críticas em moradias em situação precária, tais como, Moradias precárias conserto de rachaduras, infiltração e umidade, falta de instalações sanitárias. A Prefeitura doa os materiais básicos e a comunidade trabalha em mutirão 2.2. Fortalecimento das Políticas e Ações de Assistência Social do Município

2.2.1. Otimização dos Programas Para Responder * Análise para afinar o ajuste dos Programas às demandas sociais às Demandas Sociais 2.2.2. Melhoria nas Edificações e Equipamentos * Execução de melhorias nas edificações e complementação de equipamentos das das Unidades Regionais da SEMAS SEMAS

2.2.3. Monitoramento e Avaliação dos Programas * Avaliação da gestão dos programas existentes no município de mitigação da de Mitigação da Pobreza pobreza com recursos federais e municipais (bolsa família, bolsa escola, cesta básica, vale gás, etc) incluindo: a clarificação de critérios de seleção; propostas para o fortalecimento dos mecanismos de informação dos beneficiários; a construção de um sistema de informações para otimizar a execução destes programas e permitir o monitoramento e avaliação dos seus impactos, para uso tanto pela Prefeitura como pelos usuários. 3. INFRA-ESTRUTURA MUNICIPAL EPROTEÇÃO AMBIENTAL 3.1. Sistema de esgoto 3.1.1. Expansão e Cobertura de Saneamento * Expansão de cerca de 42 km de rede secundária de coleta e execução de 60 km de coletores e interceptores e uma (1) elevatória. 3.1.2. Tratamento de Esgotos * Execução de uma (1) estação de tratamento de esgoto com capacidade de 500 l/s;

9 Melhor com vocÉ t 3.1.3. Promoção da Adesão à Conexão de Esgoto * Execução do programa de incentivo à adesão (conexão intradomiciliar de esgoto) ao sistema de esgoto 3.1.4. Melhoria da Eficiência na Operação de * Melhoria da eficiência da operação do sistema de esgoto Sistemas de Esgoto 3.2. Tratamento de Fundos de Vale 3.2.1. Controle de Enchentes * Execução de cinco bacias de detenção para regularização de vazão de cheias; 3.2.2. Macrodrenagem * Execução de 15 km de macro-drenagem; 3.2.3. Vias Secundárias e Ciclovias * Execução de seis vias (18 km) ao longo dos córregos recuperados e de ciclovias; 3.2.4. Recuperação da Vegetação Ciliar * Recuperação da vegetação ciliar 3.3. Parques 3.3.1. Implantação de Parques Urbanos | Execução de três parques urbanos totalizando 30 ha 4. GESTÃO, MONITORAMENTO EAVALUAÇÃO DO PROJETO 4.1. Fortalecimento e Capacitação Institucional * Contratação de serviços de consultoria especializados em: (i) contratações; (ii) para Implementação e Monitoramento do Projeto controle financeiro; (iii) preparação dos relatórios gerenciais e monitoramento do Projeto 4.2. Fiscalização e Supervisão de Obras * Contratação de serviços de consultoria para a execução da fiscalização e supervisão de contratos 4.3. Auditoria * Contratação de serviços de consultoria para a execução das auditorias do projeto 4.4. Avaliação * Desenvolvimento e execução da avaliação do projeto, compreendendo: (i) definição de metodologia para avaliação dos impactos principais do Projeto; (ii) levantamento da linha de base no primeiro ano; (iii) realização de uma primeira avaliação no meio termo da implantação do projeto; (iv) realização de uma avaliação final no encerramento do Projeto

10 2.4.1 Esgotamento Sanitário Obedecendo em linhas gerais o planejamento elaborado em 1994 e revisto em 1995, o sistema de esgotamento sanitário da cidade de Betim está estruturado em setores, conforme seguir. descrição a u Setor Central + lmbiruçu - Subsistema principal, abrangendo as áreas urbanas pertencentes à bacia do rio Betim a jusante da barragem de Vargem das Flores até o ponto escolhido sediar para a Estação de Tratamento - ETE Central, incluindo também a parte da sub-bacia do córrego lmbiruçu situada no vizinho município de Contagem. Este Setor abriga atualmente 291.500 habitantes, sendo 250.600 em Betim (72 % da população urbana do Município) e 40.900 em Contagem.

u Setores Periféricos - Subsistemas complementares propostos para atendimento das áreas urbanas periféricas aos setores Central e lmbiruçu, contribuintes para outras sub-bacias que não drenam para a bacia do rio Betim no trecho considerado. São eles: > Teixeirinha, Salomé e Cachoeira - abrangendo áreas a oeste/noroeste da cidade em sub- bacias das cabeceiras do córrego Saraiva, afluente do rio Betim a jusante da ETE Central; > Pintado e Petrovale - abrangendo áreas a leste e sudeste da cidade em sub-bacias de córregos afluentes do rio Sarzedo; > São João, Santo Antônio e Cidade Verde - abrangendo áreas ao sul da cidade em sub- bacias de córregos afluentes do ribeirão Bandeirinhas. O sistema atualmente em funcionamento conta com uma rede coletora na extensão de 443.164 m e 56.855 ligações, representando um atendimento de coleta de cerca de 68 % da população Município. do Na área do Programa, ou seja nos setores Central e lmbiruçu existem atualmente 48.748 ligações de esgoto, com o atendimento de uma população de 195.000 habitantes, ou seja, 78 % da população destes setores. Estão em funcionamento as seguintes estações de tratamento: o ETE Teixeirinha - situada no Bairro Recanto da Lagoa; é constituída de Reatores Anaeróbios de Fluxo Ascendente (RAFA), complementados por unidades de flotação; o sistema foi implantado com a capacidade de tratar a vazão média de 14,87 I/s;

o ETE Salomé - situada no Bairro Salomé; é constituída de Reatores Anaeróbios de Ascendente Fluxo (RAFA), complementados por unidades de flotação; o sistema foi implantado com a capacidade de tratar a vazão média de 8,21 l/s;

u ETE PTB - situada a jusante do Bairro Santa Cruz, na bacia do córrego Santo Antônio, afluente do rib. Bandeirinhas; é constituída apenas de Reatores Anaeróbios de Fluxo Ascendente (RAFA); o sistema foi implantado com a capacidade de tratar a vazão média 4,61 I/s; de Encontra-se em implantação a ETE Cidade Verde (constituída de lagoa), com capacidade média de tratar 4,8 I/s. Encontram-se em fase de licitação para construção as seguintes ETEs o Cachoeira (RAFA + Flotação - 13,8 Vs); o São João (RAFA+Filtros) - 30,0 I/s); o Petrovale (RAFA + Flotação - 6,0 Vs). Melhor com você

Quanto aos esgotos industriais, é importante salientar a existência de Normas específicas, que estabelecem condições e critérios para o lançamento de efluentes líquidos industriais na rede pública coletora de esgotos, as quais são: o ABNT -4 NBR 9800, de abril de 1987; o COPASA -> Norma Técnica T.187, aprovada em agosto de 1998. No que tange ao Programa do Rio Betim, o projeto de ampliação do sistema de esgotamento sanitário prevê a implantação de redes coletoras e interceptoras de esgotos, ligações domiciliares, estação elevatória e estação de tratamento de esgotos nos setores Central + lmbiruçu, que abriga cerca de 72 % da população do município. 2.4.1.1 Rede Coletora de Esgotos Está prevista a implantação de aproximadamente 42 km de rede coletora conforme discriminação por região apresentada no Quadro 2.2.

12 Melhor com você t

Quadro 2.2 Rede Coletora

Região Extensão (m)

CERESP/Morada do Trevo 3800

Rio Betim Montante 7300

Av. Antônio Carlos 200

Av.Marajoara 300

Av. Bibocas 400

Parque das Indústrias 3045

Duque de Caxias 9965

Rua Mira 200

Vila Universal 500

Paulo CamiloNila 400

Vila BEMGE 300

Campina Grande 200

Paulo Camilo 700

PTB 300

Clube Forense 200

Córrego Estiva 1400

Bairro Jardim 4176

Av. José Inácio Filho 900

Av. São Paulo 600

Av.Miosótis 400

Av.Imbiruçu 6600

Av. Acácias 200

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2.4.1.2 Interceptores de Esgotos Os interceptores serão implantados ao longo das margens do rio Betim e de alguns afluentes diretos do riacho das Areias e do próprio rio Betim. Está prevista a implantação de cerca de 60 km de interceptores, conforme descrição do Quadro 2.3, a seguir:

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Quadro 2.3 Interceptores de Esgotos Sanitários

Interceptor Material Diâmetro (mm) Extensão (mn) Interceptor ~~~~~~~~ ~~~ParcialTotal Acácias PVC 200 1.068 1.068 Antônio Carlos PVC 200 3.148,00 FoFo 200 16,00 PVC 250 116,00 3.280 Betim Trecho 1 PVC 250 604,00 PVC 300 811,00 MC 400 1.026,00 MC 500 27,00 FoFo 500 12,00 MC 600 1.043,00 FoFo 600 71,00 MC 700 254,00 3.848 Betim Trecho 2 PVC 200 200,00 FoFo 200 24,00 PVC 250 1.007,00 PVC 300 80,00 PVC 350 574,00 MC 400 786,00 MC 700 2.698,50 FoFo 700 20,00 5.390 Campina Grande PVC 200 665,00 665 Ceresp PVC 200 1.606,00 FoFo 200 13,00 1.619 Clube Forense PVC 200 1.032,00 1.032 Duque de Caxias PVC 150 959,00 FoFo 150 49,00 Estiva PVC 200 1.480,00 PVC 250 1.690,00 FoFo 250 16,00 PVC 300 680,00 PVC 350 335,00 MC 400 192,00 4.393 lmbiruçu PVC 200 506,00 PVC 250 195,00 PVC 300 988,00 PVC 350 365,00 MC 400 669,00 MC 500 4.141,00 FoFo 500 17,00 6.881 José Inácio Filho PVC 200 4.353,00 4.353 Marajoara PVC 200 1.031,00 PVC 250 600,00 1.631 Mira PVC 200 1.183,00 1.183 Miosótis PVC 200 1.294,00 PVC 250 177,00 PVC 300 508,00 1.979 Morada do Trevo PVC 200 1.875,00 1.875 Paulo Camilo PVC 200 3.259,00 PVC 300 403,00 3.662 Paulo CamiloNila Recreio PVC 200 1.209,00 FoFo 200 17,00 PVC 250 767,00 1.993 Parque das Indústrias PVC 150 828,00 899 MBV 150 70,50 PVC 200 1.662,00 1.66 Porto Alegre PVC 200 2.425,00 2.425 PTB PVC 350 196.00 196 Rio Doce PVC 200 1.084,00 FoFo 200 14,00 PVC 250 364,00 1.462 São Paulo PVC 200 2.972,00 2.972 Universal PVC 200 596,00 PVC 250 1.935,00 FoFo 200 7,00 2.538 Vale das Bibocas PVC 150 907,00 PVC 200 818,00 PVC 250 127,0 1.852 Vila Bemge PVC 200 1.289,00 FoFo 200 12,00 1.30 TOTAIS 60.15

15 B, Melhor com vocêP

2.4.1.3 Ligações Domiciliares Dados obtidos na unidade local da COPASA MG revelam que atualmente existem no setor Central + Imbiruçu, excluída a área de Contagem, 62.842 ligações de água e 48.748 ligações de esgoto. Estes números indicam que as ligações de esgoto representam cerca de 78 % das ligações de água. Como o atendimento de água é praticamente universalizado nestes setores, é justo considerar que a adesão atual ao sistema de esgotos é de 78 %. Estipulada uma meta de atingir 90 % de adesão até o final do período de implantação do Projeto, seria necessário implantar a quantidade de ligações a seguir: NL = (0,90 x 303.850/4) - 48.748 = 19.618 ligações. Estima-se, portanto, a necessidade de implantar cerca de 4.000 ligações por ano durante os 5 anos de implantação do Projeto. Ressalta-se que, atualmente, ainda sem a expansão prevista da rede, a Administração Regional da COPASA em Betim implanta em média 120 novas ligações domiciliares por mês. 2.4.1.4 Estação de Tratamento de Esgotos Todo o esgoto (doméstico e industrial) coletado nos bairros que se situam nos setores Central e lmbiruçu será tratado na futura Estação de Tratamento de Esgotos, denominada ETE Central, com eficiência esperada de 95%, em termos de remoção de DBO. Projeções populacionais para o município de Betim realizadas recentemente pela COPASA revelam as seguintes demandas: Quadro 2.4 Capacidade da ETE Central Ano População Adesão Pop. Vazão Média (I/s) Atendida Doméstica Industrial Infiltração Total 2005 316.072 80 % 252.858 281 26 56 363 2015 444.212 95% 422.001 469 31 94 594 2025 577.487 95 % 548.955 610 31 122 763

A capacidade total da ETE, projetada de acordo com estudos elaborados em 1994/1995, é de 1.000 I/s. A COPASA propõe a implantação da ETE em duas etapas, sendo a primeira de 500 I/s. A ETE projetada é constituída de:

o Tratamento Preliminar: gradeamento e desarenação - a ser implantado em uma única etapa; o Unidades de digestão anaeróbia: 8 Reatores Anaeróbios de Fluxo Ascendente, a serem implantados em duas etapas de 4 reatores; o Unidades aeróbias: 4 Reatores de Lodos Ativados (ar difuso) e 4 decantadores secundários, a serem implantados em 2 etapas de 2 unidades; o Unidades de Desidratação e Destinação final dos lodos; u Queimadores de gás.

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Avaliações sobre a eficiência do sistema de tratamento versus qualidade água desejada e requerida no corpo receptor foram feitas com a aplicação do modelo Qual2E e são apresentadas a parte. A área destinada à implantação da ETE abrange cerca de 15 hectares, e situa-se na margem direita do rio Betim, cerca de 10,9 km a montante de sua confluência com o rio Paraopeba, em terras atualmente pertencentes à Fazenda Cachoeira, de propriedade dos herdeiros de Paulo Souza Lima. 2.4.1.5 Estação Elevatória A elevatória prevista deverá recalcar diretamente para a ETE Central os esgotos coletados nas regiões do presídio do CERESP e do condomínio Morada do Trevo, as quais se encontram em cota inferior à área de instalação da ETE.

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INSERIR DESENHO DA ETE COMPLETA

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2.4.2 Reestruturação Urbana e Tratamento dos Fundos de Vale

No Programa de Revitalização Urbana e Recuperação ambiental da Bacia do Rio Betim estão incluídas as seguintes intervenções relacionadas com o tratamento dos fundos de vale: o Implantação de Parques Ecológicos;

u Implantação de macrodrenagem e de bacias de detenção para controle de cheias; o Implantação de vias marginais aos cursos d'água;

o Implantação de tratamento paisagístico e de reflorestamento ao longo do rio Betim, do riacho Areias e de alguns dos afluentes. 2.4.2.1 Parques Ecológicos O Projeto de Revitalização Urbana e Recuperação Ambiental do Rio Betim tem no programa de implantação de parques ecológicos um dos seus maiores trunfos, criando condições para que milhares de habitantes da cidade possam usufruir espaços dignos para a prática do lazer em meio à vegetação remanescente da área urbana. Está prevista a implantação de 03 unidades de Parques Ecológicos, totalizando uma área de aproximadamente 30 ha: 2.4.2.1.1 Parque Ecológico Do Ingá Este parque será localizado entre os bairros Ingá de Baixo, Nossa Senhora das Graças e Bueno Franco, nas proximidades da avenida Edméia Lazzarotti. A área correspondente ao parque é limitada pelos fundos de residências. Atualmente na área, não existe portaria, cercas ou qualquer outro tipo de infra-estrutura, controle de acesso do público e vigilância da área por parte da Prefeitura Municipal de Betim. A degradação por terceiros está presente, principalmente devido à falta de definição dos limites da área de preservação. A principal característica desta área de preservação é representada por um remanescente de mata ciliar exuberante, Matinha do Ingá, formando um corredor paralelo ao curso d'água, com presença de indivíduos adultos da flora, contrastando com a realidade local. Neste trecho, o rio Betim apresenta-se bastante degradado, servindo como corpo receptor dos esgotos domésticos das moradias situadas na bacia a montante. A maior parte do parque é formada por solo arenoso, sendo com isto, alvo de constantes ações clandestinas de extração de areia. Apesar de serem sempre combatidos, os contraventores insistem na prática de retirada da areia, com a conseqüente degradação do local. Atualmente, outro fato degradante é a constante presença de grupos de pessoas que utilizam o local para a prática de atos ilícitos, tais como o uso de drogas. Certamente, a inexistência de uma delimitação física da área e de uma vigilância adequada, favorecem tais ocorrências. O projeto do parque visa a construção de pista de caminhada, quadras poliesportivas, áreas de convivência, instalações sanitárias, áreas destinadas à recreação infantil e à educação ambiental, numa área total de 20 ha. O Projeto do Parque se compatibiliza com o sistema viário proposto para a região. 2.4.2.1.2 Parque Ecológico Do Jardim Perla Este parque será localizado no bairro Jardim Perla, sendo sua área delimitada pelos fundos da Unidade Básica de Saúde do lmbiruçu, pela avenida "A" e por residências já edificadas. Toda sua área, num total de 3 ha, é desprovida de sistema de drenagem pluvial.

19 Melhor com vocx

À similaridade do Parque Ecológico do Ingá, observa-se também a inexistência de portaria, cercas ou qualquer outro tipo de infra-estrutura, controle de acesso do público e vigilância da área. A área já foi alvo de uma significativa degradação por terceiros, quando da ocorrência de invasão na sua porção norte. Atualmente, este fato encontra-se sanado em toda sua extensão. Essa área de preservação situa-se em meia encosta, com presença de indivíduos adultos da flora, formando um bosque. A presença de espécimes exógenas é bastante significativa. A intenção maior de se implantar o parque é a preservação do existente, permitindo à população o privilégio de contemplar a natureza, e dela trazer boas experiências. O projeto do parque visa a construção de pista de caminhada, quadras poliesportivas, áreas de convivência, instalações sanitárias, áreas destinadas à recreação infantil e à educação ambiental. Está prevista também a construção de um anfiteatro para apresentação de peças teatrais e outros eventos. Dentro dos limites do parque há uma nascente, cuja área de entorno será totalmente preservada, bem como a qualidade do terreno, que é brejoso, e sua vegetação característica. 2.4.2.1.3 Parque Ecológico Do Sítio Dos Poções A área destinada ao parque localiza-se aos fundos do Conjunto Residencial Primavera, junto ao rio Betim, no bairro Sítio dos Poções. A área formada por este parque corresponde a áreas contíguas de preservação, formadas por matas ciliares do rio Betim. No centro geométrico do parque há uma nascente que, apesar de ser inacessível, representa um grande atrativo para a população. Não está prevista nenhuma intervenção na área de entorno desta nascente, permanecendo de acordo com suas condições atuais. Não existe portaria ou qualquer outro tipo de infra-estrutura, controle de acesso do público e vigilância da área, sendo a mesma parcialmente cercada. A degradação também se fez presente por invasões maciças em local próximo ao Conjunto Residencial Primavera, na porção noroeste da área, e pela utilização de alguns pontos a sudoeste, como bota fora. No início deste ano foram iniciadas as conversações para a retirada pacífica da população, cuja finalização se deu no mês de maio último. A principal característica desta área de preservação é representada por um remanescente de mata ciliar, áreas de baixada e meia encosta, com presença de indivíduos adultos da flora e características arbustivas de mata de cerrado em regeneração, podendo-se também observar espécimes exógenas. Considerando que a área do parque é drenada pelo rio Betim, é importante salientar que a eliminação dos lançamentos de esgoto bruto a montante, juntamente com a revegetação da mata ciliar, criarão condições ambientais mais adequadas, com uma conseqüente valorização da área e sua reintegração social com o restante da cidade. O parque deverá ocupar uma área de 7 ha, incuindo também a parte junto ao Parque do Ingá. 2.4.2.2 Controle de Cheias Foram realizados estudos hidrológicos e hidráulicos de caráter mais abrangente para as bacias do Rio Betim e Riacho Areias com os seguintes objetivos principais: • Avaliação do funcionamento hidráulico das suas calhas principais, canalizadas ou não, com determinação da posição da linha d'água em toda extensão dos cursos d'água, para vazões resultantes dos diferentes eventos de projeto definidos para o estudo;

o Avaliação dos riscos atuais e futuros de inundação nos seus trechos urbanos, em decorrência de funcionamento inadequado ou insuficiente do sistema de macrodrenagem, identificando pontos de extravasamento e suas causas;

• Proposições de alternativas de controle de cheias e gestão de risco;

20 Bet imn_~ Melhor com voc. r u Dimensionamento das estruturas de macrodrenagem propostas, incluindo canais e bacias de detenção; Estes estudos foram elaborados para a Prefeitura Municipal de Betim pelo Departamento de Engenharia Hidráulica e de Recursos Hídricos da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais e estão contidos em três relatórios cujas cópias estão em anexo. Para os afluentes do Rio Betim e Riacho Areias incluídos no Programa, os estudos hidrológicos e hidráulicos foram realizados pela empresa Planex Consultoria de Planejamento e Execução S/A.

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INSERIR DESENHO: RISCO DE ENCHENTE

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Foto de Inundação: Bairro Nossa Senhora de Fátima/Poções - Rio Betim

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Foto de Inundação :Bairro Cidade Verde próximo ao viaduto Jacintão- Riacho das Areias 1 i i i 1 ii tX~~~~~~~~~~1 Ç7~~~~~~~~~~~~~~~~qZ 9 ~~~~~~,<,_Nl

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2.4.2.2.1 Riacho Areias/Bacias de Detenção As simulações hidrológicas e hidráulicas realizadas indicam que o sistema de macrodrenagem do Riacho das Areias, no município de Betim é insuficiente para drenar vazões com tempo de retorno superiores a 2 anos, nas condições futuras de ocupação urbana da bacia. Esses tempos de retorno são incompatíveis com o modelo de ocupação da planície de inundação do Riacho das Areias já em curso: sistema viário, desenvolvimento de atividades comerciais e habitações. A completa remodelagem do sistema de macrodrenagem do Areias, por meio de intervenções na canalização (aumento da seção transversal) de forma a assegurar o transporte da vazão de tempo de retorno de 50 anos, típica de um sistema como o em foco, revela-se inviável sob diferentes aspectos. Certamente trata-se de urna obra de custo elevado e de difícil justificação técnica, econômica e política, tendo em vista a canalização recente do curso d'água. Ademais, essa solução teria a consequência nefasta de aumentar os riscos de inundação na área central da cidade de Betim onde os problemas de insuficiência do próprio rio Betim já são observados. Em suma, ocorreria um deslocamento do problema, de montante para jusante. Os estudos avaliaram a alternativa de solucionar o problema mediante a implantação de bacias de detenção situadas em locais ainda não ocupados e em condições de acumular, durante as cheias, volume de água suficiente para abater os picos de vazões para jusante. A Prefeitura Municipal realizou estudo comparativo de custos de reformulação do canal do Riacho Areias versus implantação das bacias de detenção, com resultados amplamente favorável para estas últimas. Os estudos de modelagem hidrológica e hidráulica indicam que, com a implantação das bacias de detenção aqui consideradas, são obtidos benefícios significativos sobre o funcionamento hidráulico do sistema de macrodrenagem do Riacho das Areias e grande redução dos riscos de inundação. Grosso modo, esse sistema de macrodrenagem passaria a drenar adequadamente o evento simulado de tempo de retorno T = 25 anos. Entretanto, mesmo com a implantação das bacias de detenção, notam-se casos de inundação localizada para os eventos de tempos de retorno acima citados ou superiores, a saber: o extravasamento causados por interferências de estruturas hidráulicas como pontes e bueiros;

u inundações decorrentes da existência de trechos da planície de inundação que apresentam problemas de drenagem por situarem-se em cotas inferiores às das margens do canal. Assim, a solução aqui preconizada de implantação das bacias de detenção exigirá a implementação de um conjunto de ações visando a obtenção plena dos benefícios citados em condições adequadas de segurança e conforto para a municipalidade, destacando-se: o projeto de conformação dos terrenos e verificação de outros aspectos técnicos (estabilidade dos taludes, controle dos processos erosivos existentes na área, posição do lençol freático);

o projeto das barragens e estruturas de controle hidráulico das bacias de detenção;

o eventual reposicionamento do sistema viário, em alguns trechos, nas áreas sob influência de remanso dos reservatórios, no eixo de implantação da barragem, em particular, no caso de BDT;

o concepção e projeto do decantador, grade para retenção de lixo associada e programa periódico de limpeza do decantador e da própria área de armazenamento de cada bacia de detenção;

oã estabelecimento de um programa de combate à conexão ilícita de esgotos domésticos ao sistema de drenagem pluvial, objetivando a melhoria da qualidade de água dos corpos

24 B Melhor com você t

receptores e a redução de depósito de sedimentos contaminados por esgoto nas bacias de detenção;

u estabelecimento de um programa de coleta de resíduos sólidos e varrição de ruas que reduza a deposição de resíduos nas áreas de armazenamento das bacias de detenção; o estabelecimento de um programa de controle da erosão urbana em pontos da bacia onde ela já se manifesta de forma intensificada e de controle de erosão durante a urbanização de novas áreas; u concepção e implantação de um sistema de alerta a junto ao sistema viário adjacente e logo a montante de BD1 que será acionado sempre que o NA nessa bacia de detenção atinja a cota 825m, de forma a redirecionar o transito local e evitar riscos de inundação de veículos; o concepção e implantação de um sistema de segurança para a população que previna a ocorrência de acidentes relacionados com o repentino funcionamento das bacias de detenção, em caso de ocorrência de precipitações intensas; o implantação de um sistema de controle de vetores de veiculação hídrica e de prevenção de doenças relacionadas com a contaminação por contato direto coma águas poluídas, sobretudo em áreas urbanas próximas aos locais de implantação das bacias de detenção; o implantação de um programa de educação ambiental direcionado para a população que ocupa a bacia do Riacho das Areias, com explicações sobre o funcionamento das bacias de detenção, seu papel no controle de cheias, a importância do esforço em se evitar sua poluição e assoreamento por sedimentos, lixo e esgoto doméstico, bem como sobre os riscos associados a seu funcionamento; o concepção, projeto e implantação de pontes em substituição às existentes, em particular no trecho de canalização trapezoidal; o concepção, projeto e implantação de um sistema complementar para a drenagem de áreas baixas, podendo-se considerar, por exemplo, a adoção de sistemas elevatórios de acionamento automático, construção de trechos de canalização em paralelo ou outros; o Finalmente, como ação prioritária, recomenda-se a concepção, projeto, implantação e operação de uma rede de monitoramento hidrológico e de qualidade de água na bacia em estudo. Essa rede de monitoramento terá inúmeras finalidades, podendo-se listar, entre outras:

- permitir a calibração dos modelos hidrológico e hidráulico empregados, sobre dados hidrológicos observados na bacia, possibilitando:

* a redução de incertezas de modelagem;

* o aprimoramento do dimensionamento das bacias de detenção e outras intervenções estruturais no sistema de macrodrenagem;

* o aprimoramento de metodologias de diagnóstico, de simulação e de dimensionamento no contexto da hidrologia urbana praticada no município;

* a avaliação de efetividade das soluções preconizadas no controle de inundações, bem como aprimorá-las no futuro, se for o caso;

25 Melhor com voce r

> permitir a avaliação das cargas poluentes de origem pluvial e do papel das bacias de detenção na redução desse tipo de poluição; > possibilitar a implantação do sistema de alerta de inundações, numa primeira fase, restrito à BD1, porém, podendo ser estendido a todo o sistema de macrodrenagem, no futuro; > criar condições favoráveis à eventual implantação, no futuro, de um sistema de gestão em tempo real do sistema de macrodrenagem em foco. Os projetos elaborados viabilizam a implantação de 5 bacias de detenção, escolhidas em função da disponibilidade de áreas adequadas, posição em relação aos pontos onde os problemas se manifestam mais intensamente, influência nos hidrogramas e nas linhas d'água do Riacho Areias. Foram estudadas 6 bacias de detenção e projetadas 5 bacias ( a bacia lmbiruçu 1 localizada logo a jusante da bacia lmbiruçu 2 foi eliminada em razão de seu pequeno volume e para compensar houve aumento de volume na lmbiruçu 2). Foram calculados os níveis d'água nas bacias para os tempos de recorrência de 2, 5, 10, 25, 50, 100 e 1.000 anos. Por medida de segurança (as bacias situam-se em área urbana) as cristas das barragens foram estabelecidas com base nas vazões de chuvas de recorrência de 1.000 anos e com um free-bord adicional. As barragens foram planejadas para regularizar apenas as vazões de cheias maiores e, por isso são dotadas de uma abertura no fundo do talvegue (descarga de fundo - seção de controle de vazão), por onde passarão as águas normais dos córregos. Assim sendo as bacias permanecerão normalmente secas e somente terão níveis elevados de água nas cheias. 1 Completando as estruturas de descarga, as barragens são dotadas também de vertedores para extravasar as vazões superiores à capacidade das descargas de fundo. Estes vertedores também foram dimensionados para vazões das chuvas milenares. Serão Implantadas as seguintes barragens e respectivas bacias de detenção na bacia do Riacho Areias: o Barragem BD1 - Parque Areias - situada no Riacho Areias, na área do Parque projetado ao longo e ao sul da AV. Marco Túlio lsaac, logo a jusante da Via Expressa Leste-Oeste; a capacidade de acumulação da bacia, considerando a folga de 1,0 m em relação à crista da barragem, é de 750.000 m3; é a maior e mais importante bacia do sistema; o Barragem BDlmb2 - lmbiruçu - situada no córrego lmbiruçu, na altura da rua "2" com rua Pedro de Toledo; a capacidade de acumulação da bacia é de 530.000 m3; o Barragem BDVex - situada em um talvegue à direita do Riacho Areias e da Av. Marco Túlio lsaac, à noroeste da Via Expressa Leste-Oeste, logo a montante da alça projetada na intercessão das avenidas; a capacidade de acumulação da bacia é de 90.000 m3; o Barragem BDFD - Fernão Dias/Fayal - situada no Riacho Areias, a jusante do Parque Fernão Dias e da Fazenda Fayal; a capacidade de acumulação da bacia é de 173.000 m3;

o Barragem BDAD - (BDPC) - situada em um talvegue à margem esquerda do Riacho Areias, na área do Distrito Industrial Paulo Camilo; a capacidade de acumulação da bacia é de 50.000 m3;

o Os Quadros 2.5 a 2.9 mostram as características principais das bacias de detenção. Considerando o fato de que as simulações hidrológicas e hidráulicas do riacho Areias e das bacias de detenção foram realizadas para seis bacias e o projeto está propondo a implantação de 5 bacias, com modificações de volumes e cotas, a Prefeitura providenciou a execução de novas

26 Melhor com você simulações para verificar a influência destas alterações. Nestas novas simulações será também verificada a influência das canalizações projetadas nos afluentes do riacho Areias.

Quadro 2.5 BACIA DO PARQUE AREIAS - BD-1

Barragem N_íve_s (m) Alturas da Crista(m) Fundo Desc.de Soleira do Crista da do fundo da descarga Fundo Vertedor Barragem BD1 822,0 819,0 827,7 830,7 8,7 11,7

COTA VOLUME Vertedor L= 20 m (m) m3 x 1000 l______1Descarga de fundo 3,00 x 2,00 m 822 19,7 cota: 819,00 m ( Eixo = 820,00m) 823 89,6 824 167,0 Coordenadas do Eixo da Barragem 825 250,8 826 343,0 N = 7.794.461 m 827 444,8 E = 588.259 m 827,7 520,9 828 554,71 829 667,7 830 793,9 830,7 903,6

27 B etimm Melhor com voc

Quadro 2.6 BACIA DO IMBIRUÇU - BD IMB

Crista (m) Barragem _ Níveis (m) Alturas da Fundo Desc.de Soleira do Crista da do fundo da descarga Fundo Vertedor Barragem BD Imb 835,0 830,0 841,2 843,5 8,5 13,5

COTA VOLUME Vertedor - L = 8,00 m (m) m3 x 1000 Descarga de fundo 2,00 x 2,00 m 835 2,8 cota: 830,00 m ( Eixo = 831,00m) 836 18,2 837 45,0 Coordenadas do Eixo da Barragem 838 84,4 839 145,8 N = 7.794.193 m 840 232,4 E = 589.966 m 841 339,9 841,2 363,5 842 463,4 843 599,7 843,5 672,4

Quadro 2.7 Bacia da Via Expressa - BD Vex

Barragem Nívei (m) Alturas da Crista (m) Fundo Desc.de Soleira do Crista da do fundo da descarga Fundo Vertedor Barragem BD Vex 835,0 834,0 841,5 843,5 8,5 9,5

COTA VOLUME Vertedor - L = 5,00 m (m) m3 x 1000 Descarga de fundo 0,50x0,50 m 835 0,0 cota: 834,00 m ( Eixo = 834,50m) 836 1,5 837 4,5 Coordenadas do Eixo da Barragem 838 10,5 839 20,0 N = 7.794.352 m 840 32,9 E = 589.068 m 841 50,0 841,5 60,7 842 73,5 843 104,1 843,5 121,3

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Quadro 2.8 BD FD (BD Fayal)

Barragem Níveis (m) Alturas da Crista (m) Fundo Desc.de Soleira do Crista da do fundo da descarga Fundo Vertedor Barragem BD FD 874,0 873,00 877,3 880,0 6,0 7,00

COTA VOLUME Vertedor - L = 5,25 m (m) m3 x 1000 Descarga de fundo 0,50x0,50 m 874 2,0 cota: 873,00 m ( Eixo = 873,25m) 875 12,0 876 31,5 Coordenadas do Eixo da Barragem 877 64,5 N = 7.794.744 m 877,3 77,3 E = 594.432 m 878 113,0 879 173,0 880 241,2

Quadro 2.9 BD AD ( BD Paulo Camilo)

Barragem Nívei (m) Alturas da Crista (m) Fundo Desc.de Soleira do Crista da do fundo da descarga Fundo Vertedor Barragem BD AD 842,0 840,75 847,2 848,0 6,0 7,25

COTA VOLUME Vertedor - L = 6,00 m (m) m3 x 1000 Descarga de fundo 0,50x0,50 m 842 1,1 cota: 840,75 m ( Eixo = 841,25m) 843 3,6 844 8,7 Coordenadas do Eixo da Barragem 845 17,2 846 29,8 N = 7.792.948 m 847 46,7 E = 590.454 m 847,2 50,6 848 67,5

29 Melhor com voc

2.4.2.2.2 Rio Betim O rio Betim tem um trecho canalizado na área urbana, com a extensão de 3.150 m, sendo 550 m a jusante da confluência com o Areias e 2.600 m a montante. A Prefeitura está, no momento, estendendo a canalização no sentido de jusante, numa extensão de 1.220 m até a passagem sob a rodovia BR-262. As simulações hidrológicas e hidráulicas realizadas indicam que o sistema de macrodrenagem do Rio Betim é insuficiente para drenar vazões com tempo de retorno superiores a 2 anos, no trecho a montante da confluência Areias-Betim, e inferior a 2 anos, no trecho a jusante dessa confluência, nas condições futuras de ocupação urbana da bacia. A capacidade de drenagem do canal do Betim, estimada por simulação hidráulica, é de cerca de 50 m3/s no trecho de canalização existente a montante da confluência com o riacho Areias, e de aproximadamente 60 m3/s, no trecho a jusante. Admitindo-se extravasamentos pouco significativos, apenas em trechos baixos da planície de inundação, obtêm-se, respectivamente, 70 m /s e 120 rn3/s. Esses valores foram estimados desprezando-se os efeitos específicos sobre o escoamento da confluência Areias-Betim, com vistas a centrar a estimativa da capacidade do canal cor relação a presença de pontes e outras estruturas hidráulicas. As vazões acima são pequenas quando se consideram aquelas potencialmente geradas em uma bacia de quase 200 km2 de área, com urbanização densa, mesmo contando-se com o amortecimento de cheias propiciado pelo reservatório de Vargem das Flores e desprezando-se os efeitos de confluência, como relatado. Em consequência, os tempos de retorno estimados para o colapso do sistema de macrodrenagern da bacia hidrográfica do Rio Betim, segundo os estudos hidrológicos e hidráulicos realizados, são incompativeis com os tipos de ocupação das planícies de inundação do Rio Betim e do Riacho das Areias: sistema viário, desenvolvimento de atividades comerciais e bairros residenciais. As simulações realizadas sobre o sistema de macrodrenagem da sub-bacia do Areias sugerem, entre outras medidas, a implantação de bacias de detenção nessa área com vistas ao controle de inundações. Esses estudos indicam que, com a implantação das bacias de detenção, benefícios importantes sobre o funcionamento hidráulico do sistema de macrodrenagem do Riacho das Areias e reduções significativas dos riscos de inundação podem ser obtidos. Os efeitos destas bacias de detenção podem ser sentidos na bacia do Betim, não só, obviamente, no trecho de jusante da confluência, mas também no trecho de montante. No trecho a montante da confluência Areias-Betim, o canal do Rio Betim poderá drenar eventos com tempos de retorno entre 5 e 10 anos. Constatam-se extravasamentos em duas pontes desse trecho para o evento simulado de T = 10 anos, porém, sem que a planície de inundação seja efetivamente ocupada pelo escoamento. A redução do risco de inundação e o melhor funcionamento das estruturas de macrodrenagem nesse trecho devem-se, em grande parte, ao amortecimento das cheias provenientes da sub-- bacia do Riacho das Areias, obtido pela implantação das bacias de detenção. Essa redução nas vazões afluentes do Areias acarreta uma melhoria nas condições de funcionamento da confluência Areias-Betim, reduzindo o remanso sobre o Rio Betim, no trecho considerado, bem como sobre o próprio Areias. Em menor monta, a mudança de cronologia dos eventos também faz com que a situação mais crítica para o sistema, como um todo, resulte em um contexto de vazões menores, quando a afluência do Riacho das Areias é máxima. No trecho a jusante da confluência Areias-Betim, o canal do Rio Betim poderá drenar eventos com tempos de retorno de até 10 anos. Para esse evento, notam-se extravasamentos de pequena importância em pontos baixos da planície de inundação. Esses ganhos devem-se, naturalmente, ao amortecimento das cheias provenientes da sub-bacia do Riacho das Areias, obtido pela implantação das bacias de detenção. Deve-se considerar que esse nível de risco de inundação no Rio Betim, onde se observa uma ocupação urbana mais densa e consolidada da planície de inundação é ainda insatisfatório para os padrões de segurança normalmente requeridos.

30 Melhor com voc #

É possível que em alguns trechos canalizados do Rio Betim intervenções visando a redução da rugosidade do canal e a desobstrução do mesmo (vegetação, depósitos de sedimento e lixo) possam, igualmente, contribuir para a melhoria da capacidade de drenagem da estrutura. Entretanto, medidas desse tipo são praticamente inócuas quando estruturas de controle como pontes ou confluências com cursos d'água de grande capacidade de drenagem, como o Areias, controlam as condições de escoamento. Finalmente, como ação prioritária, recomenda-se a concepção, projeto, implantação e operação de uma rede de monitoramento hidrológico e de qualidade de água na bacia em estudo, conforme descrito anteriormente para a bacia do Riacho Areias. A Prefeitura Municipal já está complementando a canalização do Rio Betim a jusante da confluência com o Areias, com canal projetado para a transportar a vazão estimada para o 3 tempo de retorno de 50 anos (392,50 m /s} e programando a substituição do bueiro quadricelular mencionado por uma ponte sobre o Rio Betim. Estas medidas, juntamente com a melhoria de funcionamento da confluência Areias/Betim, deverão produzir reflexos positivos no escoamento a montante. Embora não avaliada no estudo, uma medida adicional de controle de cheias no Rio Betim poderia ser adotada. Esta medida refere-se à introdução de controle operacional das vazões efluentes da represa de Vargem das Flores de modo a evitar a descarga de vazões superiores à capacidade de escoamento do canal na área urbana. Tal controle poderia, também, ser utilizado para garantir descarga mínima no Rio Betim e, assim, melhorar sua capacidade de autodepuração após lançamento dos esgotos tratados na ETE Central. A Prefeitura Municipal providenciou a revisão das simulações hidrológicas e hidráulicas também para a bacia do rio Betim, visando avaliar a influência de mudanças nas condições de confluência do riacho Areias, a influência das canalizações projetadas para afluentes e a possibilidade de diminuir a frequência das cheias neste curso d'água mediante a implantação de bacias de detenção também na sua bacia. 2.4.2.3 Vias e Canalizações Para os fundos de vale dos córregos afluentes do Rio Betim e Riacho Areias foram projetadas vias urbanas marginais a canais dimensionados para transportar vazões de cheias de períodos de recorrência de 25 anos. Embora não se disponha de estudos de frequência de inundações nestes cursos d'água, informações obtidas dos moradores vizinhos e das unidades operacionais de meio ambiente e planejamento da Prefeitura são suficientes para evidenciar que também estes fundos de vale estão sujeitos a inundações cujos danos não são maiores apenas pelo fato da ocupação das áreas lindeiras ainda não ser tão densa como no Rio Betim e Riacho Areias. Os canais foram projetados em seção aberta de concreto, excetuando-se apenas os canais da Av. Bibocas (seção em gabião) e de Av. Antônio Carlos (com seção mista de gabião e meia cana de concreto). A vazão de projeto foi estimada para o tempo de recorrência de 25 anos ( com exceção do canal do rio Betim a jusante do riacho Areias, projetado tempo de recorrência de 50 anos). Os bordos livres das canalizações permitem absorver vazões de recorrências superiores sem que ocorram inundações das áreas lindeiras. A inclusão das estruturas de macro drenagem no Programa pode ser facilmente justificada pela necessidade de conter os prejuízos e danos provocados pelas enchentes nas áreas urbanas. Alem disso é patente a importância do seu papel de elemento facilitador para a implantação do sistema de interceptores de esgoto e conseqüente saneamento ambiental da cidade. Com relação às alternativas de "tratamento de fundo de vale" compreendendo as intervenções de canalização e de sistema viário, os projetos consideraram as três alternativas a seguir descritas: Li implantação de uma via local possibilitando acessos de manutenção/serviços ao fundo de vale, mantendo-se o ribeirão em leito natural, com a recuperação dos taludes das margens, desassoreamento de seu leito, revegetação e criação de área de preservação ambiental

31 Bet.inm Melhor com voce '

compatível à mancha de inundação definida pelos estudos hidrológicos e seus cursos d'água tributários, remoção das famílias residentes em áreas de risco e/ou na faixa de inundação, e desapropriação dos imóveis existentes na faixa de inundação e daqueles atingidos pela intervenção;

Li implantação de um canal revestido aberto com pistas em ambas as margens sobre o fundo de vale, com desapropriação dos imóveis localizados na faixa de intervenção; o canalização do córrego em canal de concreto fechado com via superposta, com desapropriação dos imóveis localizados na faixa de intervenção. Embora a política de intervenções nos fundos de vale tenha manifestado a prioridade para a manutenção dos cursos d'água em seus leitos naturais, esta solução somente foi adotada no trecho do rio Betim a montante dos Parques Ingá/Poções. Em todos os outros fundos de vale prevaleceu a solução de canalização aberta dos córregos. Esta solução foi justificada pela redução das desapropriações e de remoções de famílias e consequentes reduções de custos e de transtornos para a população. A adoção da primeira alternativa resultaria no acréscimo médio de desapropriações da ordem de de 60.000 m2 de áreas por km de avenida, sendo que em alguns casos com ocupações. Como se trata de áreas integrantes de loteamentos aprovados anteriormente pelo Município, os custos de desapropriação são elevados. A implantação das vias nos fundos de vale, ao par de proporcionar condições de interligação e estruturação das áreas urbanas em que se inserem, permite solucionar diversos problemas oriundos do processo descontrolado de expansão urbana, típico das cidades brasileiras que receberam o impacto do crescimento urbano acelerado. As áreas ao longo dos fundos de vale e talvegues urbanos, em razão de seus elevados custos de urbanização permaneceram, á medida que a cidade se desenvolveu, sem nenhum tipo de tratamento, passando a ser local disponível para ocupação por famílias mais carentes, sem acesso ao mercado imobiliário formal. A urbanização no seu conjunto provoca alterações nos regimes dos cursos d'água urbanos que passam a apresentar picos de cheias muito mais elevados, submetendo a população e as atividades urbanas aos riscos de perdas econômicas e até de vidas humanas. O saneamento ambiental urbano também fica prejudicado pela dificuldade de implantação, integração e operação dos serviços públicos, especialmente os de esgotamento sanitário e de limpeza urbana, com reflexos negativos consideráveis na saúde pública. Este processo, embora não exclusivo da cidade de Betim, nela se intensificou em razão da intensidade de seu crescimento e da fragmentação da sua ocupação espacial. Estas vias, juntamente com as intervenções correlatas de tratamento dos fundos de vale, assumem assim grande importância nas funções de: o proteger os recursos hídricos, o solo e a cobertura vegetal das bacias hidrográficas;

• controlar a expansão urbana nas bacias hidrográficas ainda não impactadas por usos urbanos e industriais, nas áreas de cobertura vegetal e nas áreas inundáveis ou com problemas geotécnicos; o auxiliar na proteção e tratamento ambiental dos fundos de vale;

o assumir a função de leito de infra estruturas urbanas (redes de drenagem e esgotos sanitários) atuando como elemento delimitador do espaço;

u facilitar a prestação de serviços públicos especialmente os de coleta de resíduos sólidos.

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2.4.2.3.1 Tratamento de Fundo de Vale - Rio Betim Este trecho da Avenida Rio Betim inicia-se após a ponte existente sobre o Rio Betim, que serve de ligação da Rua Dr. Gravatá às avenidas Edméia Mattos Lazzarotti e Gabriel Passos, seguindo pelo vale do Rio Betim até a Avenida Amazonas, foi classificado como via arterial 007, no Plano Diretor Municipal, configurando-se como o último trecho do Rio Betim localizado na área central da cidade, que ainda não foi urbanizado. A partir de 250,00m após a ponte supracitada, encontra-se o ponto crítico desta avenida, que é a transposição da linha férrea da FCA. O leito da ferrovia encontra-se atualmente com o greide ligeiramente elevado, transpondo o Rio Betim através de uma ponte mista. Os estudos básicos para transposição da ferrovia, em níveis diferentes, foram elaborados em consonância com as normas adotadas pela Rede Ferroviária Federal -RFFSA, e recomendações da Ferrovia Centro Atlântica - FCA e Companhia Brasileira de Três Urbanos - CBTU. Ao longo de toda a avenida, as vias existentes, adjacentes em ambos os lados, não possuem infra-estrutura completa com exceção da Avenida Amazonas situada no final do trecho em referência. Para permitir a dispersão do tráfego ao término da Avenida Rio Betim, foi projetada uma rotatória alongada na interseção das Avenidas Amazonas e Rio Betim. A implantação da avenida facilitará a ligação da Região de Vianópolis às demais regiões, em especial a área central e aquelas ligadas à Av. Juiz Marco Túlio lsaac, assim como a Contagem e Belo Horizonte; criará transposição da linha férrea segura e adequada ao trânsito; possibilitará a criação de rotas próprias para o tráfego de passagem, oriundo da Região de Vianópolis, do município de Esmeraldas e de áreas circunvizinhas, e para o tráfego de cargas perigosas (ferro gusa, areia e carvão, gerado por indústrias da região), sem passar pelo Centro; permitirá a implantação de ciclovias em conexão com as existentes e propostas para a área, assim como áreas adequadas para deslocamento a pé; colocará a disposição dos moradores do entorno (Decamão, Salomé), vias alternativas com padrão de projeto muito superior ao das existentes, ficando as vias atualmente utilizadas aliviadas de fluxos de tráfego indesejáveis; e permitirá a melhoria das conexões à área do CEAB, às ruas do Rosário e Dr. Gravatá, e às avenidas. Edméia Mattos Lazzarotti e Gabriel Passos. 2.4.2.3.2 Tratamento de Fundo de Vale - Rio Betim 11 Esse trecho de aproximadamente 5 km, localiza-se entre a Rua Cícero Rabelo de Vasconcelos, final da canalização da avenida Edméia Mattos Lazzarotti, jusante do segmento, e a estrada de acesso a represa de Várzea das Flores, jusante da barragem e montante do segmento. O Rio Betim, nesse intervalo, atravessa os bairros Itacolomi, Nossa Senhora de Fátima, Sítio das Poções, Vila das Flores, entre outros, sendo observado ao longo das margens a existência de matas ciliares. A partir da avenida Araguaia, situada a 1,5 km a montante do início do trecho, em direção a jusante esse curso d'água percorre área classificada como AIA-IV, (áreas destinadas a parques urbanos) pelo Plano Diretor Municipal. 2.4.2.3.3 Tratamento de Fundo de Vale - José Inácio Filho Esta avenida sanitária inicia-se na Avenida Edméia Maftos Lazzarotti, encontro dos vales do Rio Betim e Córrego Bom Retiro, com sua diretriz acompanhando o vale do córrego citado, está prevista no Plano Diretor Municipal, como via arterial 022, dando continuidade ao trecho já implantado até a av. Edméia Mattos Lazzarotti, com extensão aproximada de 400,00m, com plataforma total de 30,00m sendo duas pistas de 7,30m, separadas pelo canal central com 10,75m, e passeios laterais com larguras variáveis. A interseção da Avenida José Inácio Filho com a Rua Nossa Sra. das Graças foi tratada geometricamente através de uma rotatória com canalização dos ramos de entrada e saída. A interseção projetada no final do trecho, na rua São João Evangelista e rua Anita pode ser melhorada.

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A implantação da avenida facilitará a ligação da área com as demais regiões, em especial aquelas ligadas à Av. Juiz Marco Túlio lsaac, assim como a Contagem e Belo Horizonte; melhorará a acessibilidade desta área à Área Central; permitirá a implantação de ciclovias em conexão com as existentes e propostas, assim como áreas adequadas para deslocamento a pé. 2.4.2.3.4 Tratamento de Fundo de Vale - Córrego lmbiruçu O primeiro segmento da Av. Sanitária do Córrego lmbiruçu, inicia-se na Avenida Marco Túlio lsaac, com extensão de 0,55km, até a jusante da barragem de retenção. No segundo segmento, após a barragem de retenção, as pistas são separadas contornando a bacia de retenção, com extensão aproximada de 1,40km. Após a bacia de retenção, as pistas novamente se unem, seguindo pelo vale do Córrego do lmbiruçu, com extensão aproximada 1,40km, até conectar-se na Via Expressa. A direita do vale, encontram assentados os bairros , Recreio dos Caiçaras e Vila Andorinha, região semi-urbanizada, em encostas com declividade variando entre 5 a 22%. A esquerda encontra-se assentado o bairro Vila Cristina, em região semi-urbanizada, em encostas com declividades variando entre 5 e 25%. A implantação da avenida facilitará a ligação da área com as demais regiões, em especial aquelas ligadas à Av. Juiz Marco Túlio lsaac, assim como a Contagem e Belo Horizonte; melhorará a acessibilidade desta área à Área Central; permitirá a implantação de ciclovias em conexão com as existentes e propostas, assim como áreas adequadas para deslocamento a pé. Embora não prevista no Plano Diretor como arterial no Plano Diretor Municipal, além de do tratamento do fundo de vale, poderá exercer função importante na interligação viária regional. 2.4.2.3.5 Tratamento de Fundo de Vale - Vale das Bibocas A avenida sanitária do Vale das Bibocas tem seu início no cruzamento da Avenida Sanitária do Rio Betim, esta também em projeto, seguindo sua diretriz pelo vale do Córrego Várzea das flores, em topografia plano-ondulada, até alcançar a Rua Nossa Senhora das Graças, nas proximidades do Conjunto Habitacional Homero G. Lazzarotti. Está prevista no Plano Diretor como via arterial ( via 002 ), permitindo a ligação da rua N. S. das Graças, à av. Edméia M. Lazzarotti melhorando o acesso viário a AIS-1 - 4, e ao Conjunto Habitacional Romero Giuseppe Lazzarotti O trecho inicia-se através de uma ampla interseção, em forma de rotatória alongada, desta avenida com a Avenida Sanitária do Rio Betim. A implantação da avenida facilitará a ligação da área com as demais regiões, em especial aquelas ligadas à Av. Edméia Mattos Lazzarotti; melhorará a acessibilidade desta área à Area Central, criando uma alternativa ao corredor rua do Rosário-Senhora das Graças; permitirá a implantação de ciclovias em conexão com as existentes e propostas, assim como áreas adequadas para deslocamento a pé. 2.4.2.3.6 Tratamento de Fundo de Vale - Porto Alegre Avenida Sanitária Porto Alegre, inicia-se no entroncamento da Av. Edméia Mattos Lazzarotti com Rua Cícero Rabelo de Vasconcelos, em vale semi-aberto com região de topografia ondulada, seguindo ao encontro da Av. Belo Horizonte, numa extensão aproximada de 1.300 metros e está prevista no Plano Diretor como via arterial 023. A interseção desta avenida sanitária com Rua São Paulo (lado direito) e Av. Isabel Siriaco Souza (lado esquerdo), é definida através do projeto de uma rotatória simples com canalização dos ramos de entrada e saída. Para a ligação da Avenida Porto Alegre com a Av. Belo Horizonte, devido a diferença de cotas entre estas, utilizou-se a Rua Bahia para conexão à direita , e as ruas Arcos, Manaus e Júlia Cruz Bahia para conexão à esquerda. Prevê-se ainda um retorno na confluência destas vias. A implantação da avenida facilitará a ligação da área com as demais regiões, em especial aquelas ligadas à Av. Edméia Mattos Lazzarotti; melhorará a acessibilidade desta área à Área Central,

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criando uma alternativa ao corredor Belo Horizonte-São Paulo; permitirá a implantação de ciclovias em conexão com as existentes e propostas, assim como áreas adequadas para deslocamento a pé. 2.4.2.3.7 Tratamento de Fundo de Vale - Miosótis A Avenida Miosótis tem início na rua Londres em vale aberto, seguindo até a rua Sempre Viva, numa extensão de 725 metros. Possui a função de integrar as rua Dakar, rua Chita, rua de Assunção e rua Cóleos e fazer a interligação do bairro Duque de Caxias com o centro da cidade. Está prevista no Plano Diretor Municipal como via arterial 030. O projeto prevê a execução de três passarelas de pedestres e uma ponte na ligação da rua Chita. Para melhorar a circulação de veículos foi projetado retorno na ligação com a rua Sempre Viva. A implantação da avenida facilitará a ligação da área com as demais regiões, em especial aquelas ligadas à Av. Marco Túlio lsaac; melhorará a acessibilidade desta área à Área Central, criando uma alternativa ao corredor da Via Expressa; permitirá o acesso às residências existentes, assim como áreas adequadas para deslocamento a pé. 2.4.2.3.8 Tratamentos de Fundo de Vale - Pedra Azul e Acácias As Avenidas Pedra Azul e Acácias atuam como complemento da Avenida Córrego lmbiruçu facilitando o acesso à Via Expressa e melhorando os fluxos de veículos no sentido bairro centro. A Avenida Pedra Azul tem seu início na Via Expressa, possui uma interseção rotatória na estaca 21 + 9, responsável pela integração das ruas Paracatu e . A Avenida Acácias se localiza entre as Avenidas lmbiruçu (Pista Direita) e Cristina, faz a ligação dos bairros Vila Cristina e Parque das Acácias. Os impactos positivos esperados no tratamento do fundo de vale serão representados pela melhoria de circulação para os moradores da região destes bairros à av. Marco Túlio lsaac, passando pelo lmbiruçú, Recreio dos Caiçaras, Vila Inconfidência. Passarão a ter uma alternativa local às Via Expressa e Av. Tapajós e por conseqüência à região dè comércio existente nesta última. A circulação dos ônibus que atendem ao bairro poderá deixar de ser feitas pelas ruas mais estreitas, evitando-se assim os casos de acidentes e atropelamentos verificados na região. 2.4.2.3.9 Tratamento de Fundo de Vale - São Paulo Situada entre a Alameda Amapá, no bairro Industrial São Pedro e a rua Xingu, no bairro Nossa Senhora de Fátima, o trecho a ser implantado da avenida São Paulo (Av. Manhuaçu) tem uma extensão aproximada de 1200 metros, incluindo duas pistas com canteiro central. Merece atenção especial as interseções com as ruas São Salvador e Artur Trindade, pelo tráfego intenso existente e más condições de visibilidade local. Relativamente ao tráfego, a implantação da avenida facilitará a ligação da área com as demais regiões, em especial aquelas ligadas à Av. Belo Horizonte e a nova Avenida sanitária do Córrego lmbiruçu; melhorará a acessibilidade desta área à Área Central; permitirá a implantação de ciclovias em conexão com as existentes e propostas, assim como áreas adequadas para deslocamento a pé.

2.4.2.3.10 Tratamento de Fundo de Vale - Antônio Carlos Este fundo de vale abriga um curso d'água afluente pela margem esquerda ao Riacho das Areias e atravessa os bairros Jardim Terezópolis e Vila Recreio na porção oriental do município. A área fica nas proximidades da área industrial Paulo Camilo e próximo à industria montadora de automóveis da FIAT. O sistema viário será beneficiado com a implantação de acessos aos principais corredores de tráfego do município, dentre eles: Avenida Marco Túlio Isaac, Rua Campo de Ourique e BR-381. O processo de melhoria urbanística pode ser notado mesmo durante a execução das obras que já estão em fase final de conclusão. Haverá , com certeza, ganho expressivo de qualidade ambiental na área circunvizinha ao fundo de vale.

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2.4.2.4 Tratamento Paisagístico e Reflorestamento Os projetos de tratamento paisagístico e reflorestamento serão implantados, principalmente, ao longo das margens do rio Betim e do riacho das Areias, além de englobarem as áreas destinadas aos Parques Ecológicos do Ingá, do Jardim Perla e do Sítio dos Poções. A área destinada à implantação da ETE Central também deverá ser contemplada por projeto paisagístico específico, com as seguintes recomendações: • os taludes de corte e aterro e áreas no entorno do prédio da administração deverão ser gramados; o áreas ajardinadas com plantas ornamentais; o plantio de árvores, arbustos e forração; o plantio de árvores no entorno da ETE, criando-se desta forma, um cinturão verde ao redor das unidades; o plantio de uma cerca viva, próxima à cerca padrão da COPASA ao redor da área.

2.4.3 Reassentamento Populacional As famílias a serem removidas em razão das obras do Projeto serão contempladas com melhores e mais adequadas condições de habitabilidade, sendo este um dos principais benefícios sociais diretos do projeto. O Plano de Reassentamento Involuntário das famílias atingidas pelas intervenções, em sua íntegra, está apresentado em volume a parte A seguir está apresentado um Quadro Resumo do número de imóveis afetados, e também um Quadro com a apresentação dos resultados obtidos quando da realização de uma pesquisa que atingiu um universo de cerca de 20% das famílias afetadas, e na qual foi perguntada a cada uma dessas famílias, qual a "opção de atendimento" que melhor lhes atenderia.

Quadro 2.10 Quadro Resumo - Número de Imóveis Afetados

Número de Lotes Vagos Afetados 323

Número de Edificações Regulares Afetadas 51

Número de Edificações Irregulares 769 Afetadas

TOTAL 1.143

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Quadro 2.11 Opções de Atendimento

OPÇÕES Sub-bacia Sub-bacia Betim lmbiruçu(%) 11(%)

Indenização 54 44

Adquirir casa no mesmo bairro 18 31

Adquirir casa em outro local 13 6

Não sabe informar 10 13

Adquirir imóvel no interior 3 o

Reassentamento em conjunto 2 6 habitacional

É importante ressaltar que, para a implantação de conjuntos habitacionais haverá a necessidade de obtenção de licença ambiental, uma vez que os mesmos são empreendimentos passíveis de licenciamento. E ainda, caso haja a necessidade de supressão de vegetação, e/ou incidam sobre APPs, deverá ser obtida uma autorização junto ao Instituto Estadual de Florestas - IEF.

2.5 Interface com Projetos do Estado e do Município 2.5.1 Plano Plurianual de Governo do Estado de Minas Gerais - PPAG

O PPAG - 2004 / 2007 se encontra em exame e aprovação pela Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais e entender-se-á pelos quatro futuros anos (três anos do atual quadriênio e um ano do próximo quadriênio). Faz parte do referido PPAG um elenco de 30 Projetos Estruturadores - PEs, que objetivam: o transformar a futura visão governamental, sinalizando, inclusive, as mudanças pretendidas; o introduzir efeito geral multiplicador, gerando, possivelmente, outras iniciativas pertinentes; o articular recursos públicos e privados, atraindo-os e mobilizando-os; u promover ações governamentais concretas, ampliando assim a participação da sociedade como um todo; o apresentar focos, deliberadamente bem definidos (objetivos, ações, metas, prazos, custos e resultados esperados), possibilitando, desta forma, um correspondente gerenciamento adequado, intensivo e efetivo. Vários desses PEs deverão influir, direta e indiretamente, nas ações propostas no Projeto do Rio Betim, dentre os quais: PE-02 - 'Corredores Radiais de Integração e Desenvolvimento"

37 Betim) Melhor com você t,

Objetiva reduzir o custo e aumentar a segurança do tráfego em corredores rodoviários convergentes para a RMBH, basicamente, atuando na duplicação, na adequação e na restauração de trechos críticos ("gargantas"). PE-05 - "Saneamento Básico: mais Saúde para Todos" Objetiva, entre diversas outras ações, incrementar o tratamento de esgotos na RMBH. PE-1 1 = "Saúde em Casa" Objetiva ampliar a oferta e a qualidade da saúde da família. PE-12 - "Regionalização da Assistência à Saúde" Objetiva ampliar a oferta de serviços de saúde à população, por regiões assistenciais: basicamente, ampliação das redes de urgência e implantação de UTIs (neonatal e para adultos). PE-1 5 - "Lares Geraes" Objetiva promover a construção de novas unidades residenciais, tanto na zona urbana, como na zona rural, de forma a reduzir o déficit habitacional do estado; inclui parcerias com entidades privadas e não governamentais. PE-1 7 - "Gestão Ambiental MG Século XXI" Objetiva intensificar a atuação governamental na gestão do meio ambiente, modernizando os "mecanismos de comando e controle", de forma que a referida atuação possa oferecer oportunidades efetivas para o desenvolvimento sustentável do estado; inclui revisão da legislação ambiental e zoneamento ecológico - econômico. PE-21 - "Plataforma Logística de Comércio Exterior da RMBH" Objetiva consolidar a RMBH como um pólo dinamizador do Comércio Exterior, com incremento do aeroporto Tancredo Neves e das estações aduaneiras, ampliando a infra - estrutura de processamento industrial. PE-23 - "Revitalização e Desenvolvimento Sustentável da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco" Objetiva garantir a sustentabilidade das atividades antrópicas desenvolvidas no território mineiro da referida bacia (aumentando a oferta qualitativa e quantitativa de água), a ampliação da base , além da gestão de resíduos sólidos urbanos e de efluentes agropecuários rurais. PE-29 - "Unidade de Parceria Público - Privada - MG" Objetiva viabilizar efetivamente a implantação de PPPs em projetos de infra - estrutura e de serviços públicos, sob a forma de prestação de serviços de longo prazo. PE-30 - "Reestruturação da Plataforma Logística e de Transporte da RMBH" Objetiva a melhoria das condições de transporte e a racionalização de movimentação de bens no tecido urbano da RMBH e nas suas interfaces com os corredores radiais de tráfego; principais ações: anel rodoviário metropolitano, alça de Betim, alça ferroviária sul e trem metropolitano. Como pode ser deduzido, praticamente todos os Projetos Estruturadores acima mencionados, estabelecidos em nível governamental estadual, possuem inserções e interfaces com o Projeto de Revitalização Urbana e Recuperação Ambiental da Bacia do Rio Betim. 2.5.1.1.1 Interações com a componente "Esgotamento Sanitário" PE-23 - Revitalização do rio São Francisco PE-05 - Saneamento Básico PE-1 7 - Gestão Ambiental A coleta, a interceptação e o tratamento dos esgotos domésticos e dos efluentes líquidos industriais, gerados na bacia hidrográfica do rio Betim (municípios de Betim e de Contagem) irão significar, necessariamente, a melhoria qualitativa das águas do referido curso, assim como as águas do rio Paraopeba, principalmente, dos trechos localizados imediatamente a jusante do respectivo exutório, o que permitirá o efetivo atendimento dos trechos hídricos à respectiva classe de enquadramento. Saliente-se, ainda, que o monitoramento dos resultados dessas ações será feito pela própria Concessionária (a montante e a jusante do ponto de lançamento dos efluentes tratados da ETE Central) e pelo Comitê da Bacia Hidrográfica. PE-1 1 - Saúde em Casa

38 Melhor com voc

PE-12 - Assistência a Saúde As ações concernentes ao Saneamento Básico colaborarão eficazmente no atendimento das metas dos PEs supracitados, produzindo, certamente, os seguintes resultados positivos para a Saúde Pública: - redução dos índices de mortalidade infantil; - redução das despesas com medicamentação e internação; - ampliação da expectativa de vida média populacional. 2.5.1.1.2 Interações com a componente "Tratamento de Fundo de Vales" PE-02 - Corredores Radiais PE-30 - Transporte na RMBH A implantação de sistema viário (dentro da melhor técnica de construção e sinalização) deverá permitir facilidades de acesso, por parte da população de Betim, aos referidos "corredores radiais", além de se constituir em melhoria considerável, dentro do contexto do Transporte Metropolitano. PE-1 6 - Lares Geraes O reassentamento das famílias, que atualmente ocupam as áreas ribeirinhas aos cursos d'água, nos trechos onde serão implantadas as vias, certamente significará resultados positivos para a política estadual de redução do déficit habitacional no estado. 2.5.1.1.3 Considerações Gerais Em função das interações positivas, provocadas pelo Projeto do Rio Betim nos diversos Projetos Estruturadores, cabem algumas considerações, objetivando a obtenção de uma certa reciprocidade, expressa, por exemplo, através de ações complementares (ou suplementares). O Município de Betim deverá articular-se com as organizações estaduais encarregadas de gerenciar os Projetos Estruturadores do PPAG visando obter ganhos de qualidade e de eficiência na sua ação. 2.5.2 Ações no Âmbito do Município Além das ações previstas no âmbito do Estado de Minas Gerais, conforme apresentado no item anterior, é importante salientar que o pleito apresentado pela Prefeitura Municipal de Betim, MG, junto ao BIRD, denominado Projeto de "Revitalização Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Betim", foi sistematicamente precedido por ações diversas (diretas e indiretas), efetivadas pela municipalidade, concernentes a um tema maior: "Melhoria da Qualidade de Vida para Betim", para o qual várias ações já foram realizadas, dentre as quais: 2.5.2.1.1 Conselho Municipal de Desenvolvimento Ambiental do Município de Betim - CODEMA

O CODEMA - Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente foi criado pela Lei Municipal NO 1.228, de 23 de outubro de 1.978, alterado pela Lei Municipal No 2.126, de 20 de agosto de 1.991, e passou a ser regido pela Lei No 3.274 e a denominar-se Conselho Municipal de Desenvolvimento Ambiental do Município de Betim. Trata-se de um conselho com poderes deliberativos, constituído paritariamente por representantes governamentais, de entidades da Sociedade Civil e por organizações não governamentais. Está funcionando regularmente exercendo suas funções de órgão deliberativo do Sistema Municipal de Meio Ambiente. 2.5.2.1.2 Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMEIA A atual administração, através da Lei No 3.580, datada de dezembro de 2.001, instituiu a base da Política Municipal de Meio Ambiente, criando a SEMEIA, cujas competências foram regulamentadas no Decreto No 16.660, de 01 de junho de 2001. Assumiu, mediante convênio com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente de Desenvolvimento Sustentável, com aprovação do COPAM - Conselho Estadual de Política Ambiental de Minas Gerais, as atribuições de fiscalizar e

39 Bed J,ff| Melhor com voc4 t licenciar, dentro da base territorial do município, todos os empreendimentos de pequeno e médio porte (Classes 1e 11). 2.5.2.1.3 Consórcio Intermunicipal da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba - CIBAPAR O Consórcio está em funcionamento desde 24/11/1994 e é formado por municípios integrantes da bacia hidrográfica do rio Paraopeba.. Trata-se uma entidade civil, sem fins lucrativos. O município de Betim sempre apoiou, de forma efetiva, o funcionamento deste CIBAPAR, inclusive com contribuições financeiras. no biênio 98/99, Betim foi sede do Consórcio, cujo Presidente era o próprio Prefeito da cidade. 2.5.2.1.4 Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba Quando da criação do Comitê, em 28 de maio de 1.999, através do decreto no 40.39, o município de Betim participou, ostensivamente, de sua implantação. Trata-se de órgão deliberativo e normativo, integrante do Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos, no território da bacia hidrográfica do rio Paraopeba. 2.5.2.1.5 Aterro Sanitário A implantação do Aterro Sanitário, devidamente licenciado pelo COPAM, começou a operar em out/1 996, estando em efetivo funcionamento. Considerando o provável encerramento de sua vida útil nos meados do ano de 2.010, já foram iniciadas ações no sentido de escolha de nova(s) área(s). 2.5.2.1.6 Aterro Industrial A destinação final de efluentes sólidos industriais tem sido um grave problema ambiental para cidades fortemente industrializadas, como é o caso de Betim. Recentemente, a administração municipal, em parceria com a FIEMG, apoiou a implantou um Aterro Industrial, destinado tanto a disposição final de produtos, como também à estocagem de resíduos a serem comercializados, que se encontra devidamente licenciado pelo COPAM, com início de funcionamento previsto para dezembro de 2003. 2.5.2.1.7 Plano Diretor - PD e Lei de Uso e Ocupação do Solo Tanto o Plano Diretor, quanto a Lei de Uso e Ocupação do Solo de Betim, encontram-se bastante atualizados. Estes documentos apresentam capítulos importantes, que permitem a implantação e a gestão de políticas ambientais corretas, obviamente, dentro do contexto que compete ao município. Estão previstas diversas áreas de interesse ambiental e de preservação ambiental, e também, taxas adequadas de uso dos lotes, quanto à projeção da área construída.

2.5.2.1.8 Proteção Ambiental da Bacia Contribuinte da Represa Várzea das Flores Embora o município tenha apenas pequena parte do seu território incluído na bacia contribuinte da represa, esforços positivos sempre foram exercidos no sentido da preservação da mesma, mediante articulação com o vizinho município de Contagem e com o Estado, visando regulamentar o uso e a ocupação do sono na bacia contribuinte e promover a reversão para outras bacias dos esgotos nos núcleos urbanos nela situados, conforme proposições de estudos elaborados pelo Programa de Saneamento Ambiental das Bacias do Arrudas e Onça-PROSAM, implantado pelo Estado, com financiamento do BIRD. Maiores informações sobre as providências tomadas pelo Estado e pelos Municípios de Betim e Contagem para proteção de Vargem das Flores são encontradas no documento " Betim e o Planejamento Metropolitano" apresentado no ANEXO 1.

40 Be.timI Melhor com você

2.6 ANÁLISE DE EFICIÊNCIA TÉCNICA E AMBIENTAL 2.6.1 Principais Ações Propostas De maneira geral, no que diz respeito aos cursos d'água, os efeitos das ações propostas pelo Programa certamente podem ser considerados extremamente positivos, uma vez que proporcionarão a recuperação ambiental em toda a bacia do rio Betim. 2.6.1.1 Esgotamento Sanitário Quanto ao sistema de esgotamento sanitário, está prevista a ampliação do sistema do setor Central+lmbiruçu, objetivando atingir nesta área o atendimento de 95 % com: redes coletoras, interceptores ao longo das margens dos cursos d'água e Estação de Tratamento de Esgotos (ETE Central). A retirada dos lançamentos diretos nos cursos d'água (esgotos domésticos e industriais), e ainda o tratamento em nível adequado destes efluentes, promoverá um ganho relevante na qualidade das águas. As obras a serem implantadas no âmbito do município de Contagem, anteriormente mencionadas, também favorecerão a melhoria da qualidade das águas do rio Betim, inclusive no que diz respeito ao reservatório de Vargem das Flores. Uma avaliação preliminar de qualidade de água na bacia dos rios Betim e Paraopeba, resultante da implantação do Programa, com a aplicação do modelo Qual2E, é apresentada no ANEXO 1II- Qualidade de Água nas bacias do Betim e Paraopeba. O programa propõe intervenções na maior e mais populosa bacia hidrográfica de Betim, beneficiando diretamente 291.500 habitantes, sendo 250.600 em Betim (72 % da população urbana do Município) e 40.900 em Contagem. As ampliações de sistemas previstas pela COPASA nas demais bacías urbanas periféricas de Betim assegurarão a melhoria das condições ambientais para todo o município. As medidas propostas no Programa de incentivo à adesão ao sistema e de melhorias operacionais (operação caça esgoto) promoverão a retirada dos esgotos dos cursos d'água urbanos, garantindo a eficiência do sistema. 2.6.1.2 Tratamento De Fundo De Vale A implantação do sistema de macrodrenagem, com canalizações e bacias de detenção, influirá de forma relevante na minimização, ou até mesmo, na supressão dos problemas relativos a enchentes e erosões das encostas dos cursos d'água, além de promover a recuperação e reflorestamento das matas ciliares. As Bacias de Detenção terão a função principal de atenuar o pico das enchentes, pelo "aprisionamento" do fluxo, quando da ocorrência de chuvas criticas; além disso, serão remanejados pontos de estrangulamento (pontes e bueiros de seções consideradas insuficientes). A implantação dos Parques Urbanos e as melhorias no sistema viário proporcionarão uma melhoria significativa na qualidade de vida da população de Betim, permitindo a abertura de novas áreas para empreendimentos comerciais e prestação de serviços, bem como empreendimentos de natureza imobiliária, e ainda, criando condições para que milhares de habitantes da cidade possam usufruir espaços dignos para a prática de lazer em meio à vegetação remanescente da área urbana. A seguir estão apresentadas três Plantas Gerais da área a ser contemplada pelas ações e intervenções propostas no Programa, sendo cada uma composta por: o Sistema de esgotamento sanitário, com indicação das redes coletoras e interceptores existentes e propostos, e da Estação de Tratamento de Esgotos a ser implantada - ETE Central; o Sistema viário, com indicação da localização das vias existentes, propostas e em obras, e dos 3 Parques Urbanos a serem implantados;

41 Melhor com vocd u Sistema de macrodrenagem, com indicação da localização dos trechos de canalização existentes, propostos e em obras, e das 5 Bacias de Detenção a serem implantadas. Para melhor visualização de seu conjunto, o Programa foi superposto na fotografia aérea do Município. 2.6.2 Aspectos Técnicos das Soluções Os aspectos técnicos das soluções adotadas foram comentados no relatório "Avaliação de Viabilidade Técnica".

42 1~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~1.

LEGENDA: Limnitedos Setome Rede Existente ETE ExientedUNCPALEETIM PREFEITURA DE e u sm Limite de kea de Pmjeto Z Rede Projetada * ETE Projetada SA DE E#oMTAr sA»TARno - - - Linha de Rocelque interceptor Existente * Eetsoso EleaHa PUNTA CERALDo SST1EA Intemuptor Pr*otado SSTEMAE~mSTE E PROETADO

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45 3 MARCO LEGAL E INSTITUCIONAL

3.1 Legislação Ambiental e de Recursos Hídricos 3.1.1 Legislação Federal

3.1.1.1 Constituição Federal A Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 1988, diz, em seu Título 1II ("Da Organização do Estado") que compete à União, aos Estados e aos Municípios: o proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas forma o promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico. Além disso, diz que compete à União e aos Estados legislar, concorrentemente, sobre: o floresta, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos minerais, proteção do meio ambiente e controle da poluição. Igualmente, no seu Capítulo Vil ("Da Ordem Social") diz que: u todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado..... Com relação aos Recursos Hídricos, o principal enfoque dado pela Carta Magna é o seguinte: o todos os corpos d'água passaram a ser de domínio público ou seja: com dominialidade da União e dos Estados e do Distrito Federal. Ainda determina que compete à União: "instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso". 3.1.1.2 Legislação Ambiental A Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional de Meio Ambiente, criou o CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente, órgão consultivo e deliberativo. Posteriormente, o Decreto 99.274, de junho de 1990, estabeleceu o SISNAMA - Sistema Nacional de Meio Ambiente, integrado, essencialmente, pelo CONAMA e pela Secretaria do Meio Ambiente (depois transformada em Ministério do Meio Ambiente, através da Lei n° 8.490, de novembro de 1992). u Principais tópicos contidos na Política Ambiental, pertinentes ao assunto em pauta: o racionalização no uso do solo, do subsolo, da água e do ar; o acompanhamento da situação da qualidade ambiental; u recuperação de áreas degradadas; o a imposição, ao poluidor e ao predador, de recuperar e/ou indenizar os danos causados ao Meio Ambiente; o a competência estendida aos Estados e Municípios na elaboração de normas e padrões, porem observado o prescrito pelo CONAMA.

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Outra legislação federal importante no contexto do Projeto é o Código Florestal (Lei n° 4.771, de 15 de setembro de 1965), principalmente o seu artigo 20, que trata das áreas de proteção permanente as florestas e demais formas de vegetação nas nascentes e ao longo dos cursos d'água. 3.1.1.3 Legislação de Recursos Hídricos Em janeiro de 1995, uma Medida Provisória alterou o nome do Ministério do Meio Ambiente, inserindo-lhe a expressão "Recursos Hídricos", criando então a SRH - Secretaria de Recursos Hídricos, dentro do âmbito do próprio ministério. Em 08 de janeiro de 1997 foi promulgada a Lei 9.433, que instituiu a Política Nacional Recursos de Hídricos e criou o SINGRH - Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos; essa Lei substituiu, parcialmente, o Código das Águas (Lei de Direito de Água do Brasil), promulgado em julho de 1.934. Principais tópicos da Lei das Águas, pertinentes ao assunto em pauta: o criou o Conselho Nacional de Recursos Hídricos - CNRH;

o enfatizou a integração entre gestão de recursos hídricos e gestão ambíental; o criou o Conselho Nacional dos Recursos Hídricos; o a bacia hidrográfica passou a ser a unidade territorial para implementação da política da respectiva gestão;

o a referida gestão passou a ser descentralizada, dela participando, além do poder público, os usuários e a sociedade civil; o enfatizou a necessidade de elaboração dos Planos Diretores de cada bacia hidrográfica, reforçou a necessidade do enquadramento e da outorga, criando a cobrança pelo uso dos recursos hídricos; o salientou a necessidade de não dissociação entre os aspectos quantitativos e qualitativos água; da o a outorga passou a se fazer necessária para todos os usos dos recursos hídricos, que alterem o seu regime, a sua quantidade e a sua qualidade, notadamente: • derivação ou captação; > extração de água subterrãnea; > lançamento de efluentes. u criou os comitês de bacias e as agências de água. Em 17 de julho de 2000 foi promulgada a Lei No 9.984, que dispõe sobre a criação Agência da ANA - Nacional de Águas, entidade integrante do SINGRH e responsável pela implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos. Em termos de administração pública, a lei que instituiu a ANA inova ao dizer que a autarquia dirigida por será uma Diretoria Colegiada, cujos membros terão tempos de mandato, somente podendo ser exonerados de suas funções se ocorrerem motivos especiais, devidamente explicitados no mencionado texto.

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3.1.2 Legislação Estadual A Constituição do Estado de Minas Gerais, promulgada em 1.989 define como competência do Estado a proteção do Meio Ambiente; define também a competência do Estado para legislar sobre: o conservação da natureza; o defesa dos recursos naturais; o proteção do ambiente;

o controle da poluição e

o responsabilidades por danos ao Meio Ambiente. No capítulo relativo ao Meio Ambiente, diz que todos têm direito ao Meio Ambiente ecologicamente equilibrado, incumbindo ao Estado outras atribuições correlatas: o prevenir e controlar a poluição, a erosão, o assoreamento e outras formas de degradação ambiental;

o estabelecer, através de órgão colegiado, com participação da sociedade civil, normas, padrões e medidas para proteção do Meio Ambiente e controle da utilização racional dos recursos ambientais;

o exigir prévia anuência do órgão estadual de controle e política ambiental, para início e desenvolvimento de atividades capazes de causar degradação ao Meio Ambiente;

• promover a educação ambiental; A política ambiental no Estado de Minas Gerais teve início em 1.977, através do Decreto No 18.466 de 29 de abril, quando foi criada a Comissão de Política Ambiental - COPAM, atual Conselho Estadual de Política Ambiental, órgão colegiado paritário de caráter deliberativo, constituído por representantes do poder público e da sociedade civil. Posteriormente, em julho de 1997, a Lei n° 12.581 altera a estrutura da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável - SEMAD, que passa a ser, em nível estadual, o coordenador do SISNAMA e do SINGRH. Na mesma lei, são integrados, à estrutura da SEMAD, os seguintes órgãos: o COPAM - Conselho Estadual de Política Ambiental;

o CERH - Conselho Estadual de Recursos Hídricos;

o FEAM - Fundação Estadual de Meio Ambiente;

o IEF - Instituto Estadual de Florestas;

o IGAM - Instituto Mineiro de Gestão das Águas. O COPAM contou, até 1.983, com o apoio técnico da Superintendência de Ecologia e Engenharia Ambiental da Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais - CETEC. Em 1.983 foi criada a Superintendência de Meio Ambiente - SMA, cujas atribuições incluíam o assessoramento técnico ao COPAM. A partir da estrutura da SMA é que, em 1.988, foi criada a Fundação Estadual de Meio Ambiente - FEAM, implementada a partir de março de 1.989. A evolução do processo de institucionalização da política ambiental no Estado, resultante de discussões e propostas nas esferas do setor público e da sociedade civil, levou, em 1.995, à

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criação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - SEMAD, estabelecendo-se, assim, as condições para a integração das ações dos órgãos executivos do sistema estadual de proteção, conservação e melhoria do meio ambiente. A partir de março de 1.998, os órgãos vinculados à SEMAD assumiram as funções executivas e de assessoramento técnico junto às Câmaras Especializadas e ao Plenário do COPAM. Assim, a estruturação do sistema estadual de meio ambiente se deu através de três agendas: a "agenda marrom" a cargo da FEAM, que tem como atribuição atuar especificamente na prevenção e controle de atividades potencialmente modificadoras do meio ambiente, no tocante às atividades industriais, minerárias e de infra-estrutura, incluindo aquelas de saneamento; a "agenda verde" a cargo do Instituto Estadual de Florestas - IEF, cujas atividades referem-se à coordenação e execução das políticas florestal e de pesca, ao controle do desmatamento e à manutenção de parques e unidades de conservação; a "agenda azul" a cargo do Instituto Mineiro de Gestão das Aguas - IGAM, cuja atuação contempla os temas ligados à gestão de bacias hidrográficas, à proteção de mananciais de abastecimento e ao controle dos recursos hídricos. 3.1.2.1 Agenda Marrom Um dos principais instrumentos de controle da "agenda marrom" é o licenciamento ambiental, o qual foi instituído pela Lei No 7.772 de 08 de setembro de 1.980, que dispõe sobre a proteção, conservação e melhoria do meio ambiente no Estado de Minas Gerais. A referida Lei foi regulamentada pelo Decreto No 21.228, de 10 de março de 1.981, e consolidada pelo Decreto No 39.424, de 05 de fevereiro de 1.998. Conforme apresentado no Capítulo 1II da Lei No 7.772, o licenciamento ambiental é o procedimento pelo qual "a construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimento que utilize recursos ambientais, considerado efetiva ou potencialmente poluidor, bem assim o empreendimento capaz, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, ficam sujeitos ao licenciamento do Conselho Estadual de Política Ambiental - COPAM, por intermédio de suas Câmaras especializadas ou dos órgãos seccionais de apoio correspondentes, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis". O COPAM, no exercício de sua competência de controle ambiental, expedirá as seguintes licenças: I - Licença Prévia (LP), na fase preliminar do planejamento da atividade, contendo requisitos básicos a serem atendidos nas fases de localização, instalação e operação, observados os planos municipais, estaduais ou federais de uso do solo; Il - Licença de Instalação (LI), autorizando o início da implantação, de acordo com as especificações constantes do Projeto Executivo aprovado; e 1I1- Licença de Operação (LO), autorizando, após as verificações necessárias, o início da atividade licenciada e o funcionamento de seus equipamentos de controle de poluição, de acordo com o previsto nas Licenças Prévia e de Instalação. 3.1.2.2 Agenda Verde "A Lei Florestal de Minas Gerais (Lei 10.561 de 27/12/91), de iniciativa do Poder Legislativo do Estado foi recentemente substituída pela Lei n° 14.309, de 19/06/2.002, que dispõe sobre as políticas florestal e de biodiversidade no Estado de M.G. Esta legislação se compatibiliza com o Código Florestal no que respeita às medidas de proteção das florestas e demais formas de vegetação. No concerne à atuação em área de preservação permanente, esta legislação determina: u Art. 13 - A supressão de vegetação nativa em área de preservação permanente somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública ou de interesse social, devidamente caracterizado e motivado em procedimento administrativo próprio, quando não existir alternativa técnica e locacional ao empreendimento proposto. > § 1° - A supressão de vegetação em área de preservação permanente situada em área efetivamente urbanizada dependerá de autorização do órgão municipal competente,

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desde que o município possua conselho de meio ambiente com caráter deliberativo e plano diretor, mediante anuência prévia do órgão estadual competente, fundamentada em parecer técnico. > § 20 - Consideram-se efetivamente urbanizadas as áreas parceladas e dotadas da infra-estrutura mínima, segundo as normas federais e municipais. > § 30 - Para fins do que dispõe este artigo, considera-se:

* 1- de utilidade pública: a) a atividade de segurança nacional e proteção sanitária; b) a obra essencial de infra-estrutura destinada a serviço público de transporte, saneamento ou energia; c) a obra, plano, atividade ou projeto assim definido na legislação federal ou estadual; * Il - de interesse social: a) a atividade imprescindível à proteção da integridade da vegetação nativa, tal como a prevenção, combate e o controle do fogo, o controle da erosão, a erradicação de invasoras e a proteção de plantios com espécies nativas, conforme definida na legislação federal ou estadual; b) a obra, plano, atividade ou projeto assim definido na legislação federal ou estadual; c) a ação executada de forma sustentável, destinada à recuperação, recomposição ou regeneração de área de preservação permanente, tecnicamente considerada degradada ou em processo avançado de degradação. > § 4 - O órgão ambiental competente poderá autorizar a supressão de vegetação em área de preservação permanente, quando eventual e de baixo impacto ambiental, conforme definido em regulamento. > § 5 - O órgão ambiental competente indicará, previamente à emissão da autorização para a supressão de vegetação em área de preservação permanente, as medidas mitigadoras e compensatórias a serem adotadas pelo empreendedor. > § 6 - A supressão de vegetação nativa protetora de nascente somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública. > § 70 - Na implantação de reservatório artificial, o empreendedor pagará pela restrição de uso da terra de área de preservação permanente criada no seu entorno, na forma de servidão ou outra prevista em lei, conforme parâmetros e regime de uso definidos na legislação. > § 8° - A utilização de área de preservação permanente será admitida mediante licenciamento ambiental, quando couber. > § 90 - A área de preservação permanente recuperada, recomposta ou regenerada é passível de uso sustentável mediante projeto técnico a ser aprovado pelo órgão competente. » § 10 - São vedadas quaisquer intervenções nas áreas de veredas, salvo em caso de utilidade pública, de dessedentação de animais ou de uso doméstico.

3.1.2.3 Agenda Azul Em 29 de Janeiro de 1.999 foi promulgada a Lei No 13.199, que dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos e dá outras providências, sendo que de acordo com o Capítulo ViII, Art. 60, tem-se: "Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Lei No 11.504, de 20 de junho de 1994". A Lei No 13.199/99 foi regulamentada pelo Decreto No 41.578, de 08 de março de 2.001.

50 Melhor com vocóc

No Capítulo 1I1da Lei No 13.199 estão descritos todos os direitos de uso de recursos hídricos que são sujeitos a outorga pelo poder público, independentemente da natureza pública ou privada dos usuários, os quais são: o as acumulações, as derivações ou a captação de parcela da água existente em um corpo de água para consumo final, até para abastecimento público, ou insumo de processo produtivo;

o a extração de água de aqüífero subterrâneo para consumo final ou insumo de processo produtivo;

o o lançamento, em corpo de água, de esgotos e demais efluentes líquidos ou gasosos, tratados ou não, com o fim de sua diluição, transporte ou disposição final; o o aproveitamento de potenciais hidrelétricos;

o outros usos e ações que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da água existente em um corpo de água. Conforme o Art. 19, a outorga do direito de uso de recursos hídricos efetivar-se-á por ato do IGAM. De acordo com o apresentado no Capítulo IV, o Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos - SEGRH-MG tem os seguintes objetivos: o coordenar a gestão integrada e descentralizada das águas; o arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hídricos; o implementar a Política Estadual de Recursos Hídricos; o planejar, regular, coordenar e controlar o uso, a preservação e a recuperação de recursos hídricos do Estado; o promover a cobrança pelo uso de recursos hídricos. Integram o SEGRH-MG: o a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; o o Conselho Estadual de Recursos Hídricos - CERH-MG; o o Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM; o os comitês de bacia hidrográfica; o os órgãos e as entidades dos poderes estadual e municipais cujas competências se relacionem com a gestão de recursos hídricos; o as agências de bacias hidrográficas. Ao iGAM, na condição de entidade gestora do SEGRH-MG, compete: o superintender o processo de outorga e de suspensão de direito de uso de recursos hídricos, nos termos desta lei e dos atos baixados pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos; o gerir o Sistema Estadual de Informações sobre Recursos Hídricos e manter atualizados, com a cooperação das unidades executivas descentralizadas da gestão de recursos hídricos, os bancos de dados do sistema;

51 Melhor com você ~ o manter sistema de fiscalização de uso das águas da bacia, com a finalidade de capitular infrações, identificar infratores e representá-los perante os órgãos do sistema competentes para a aplicação de penalidades, conforme dispuser o regulamento; o exercer outras ações, atividades e funções estabelecidas em lei, regulamento ou decisão do CERH-MG, compatíveis com a gestão de recursos hídricos. Aos comitês de bacia hidrográfica, órgãos deliberativos e normativos na sua área territorial de atuação, compete: o promover o debate das questões relacionadas com os recursos hídricos e articular a atuação de órgãos e entidades intervenientes; o arbitrar, em primeira instância administrativa, os conflitos relacionados com os recursos hídricos; o aprovar os Planos Diretores de Recursos Hídricos das bacias hidrográficas e seus respectivos orçamentos, para integrar o Plano Estadual de Recursos Hídricos e suas atualizações; o aprovar planos de aplicação dos recursos arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos hídricos, inclusive financiamentos de investimentos a fundo perdido; o aprovar a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos para empreendimentos de grande porte e com potencial poluidor;

o estabelecer critérios e normas e aprovar os valores propostos para cobrança pelo uso de recursos hídricos;

o definir, de acordo com critérios e normas estabelecidos, o rateio de custos das obras de uso múltiplo, de interesse comum ou coletivo, relacionados com recursos hídricos;

o aprovar o Plano Emergencial de Controle de Quantidade e Qualidade de Recursos Hídricos proposto por agência de bacia hidrográfica ou entidade a ela equiparada, na sua área de atuação;

o deliberar sobre proposta para o enquadramento dos corpos de água em classes de usos preponderantes, com o apoio de audiências públicas, assegurando o uso prioritário para o abastecimento público;

o deliberar sobre contratação de obra e serviço em prol da bacia hidrográfica, a ser celebrada diretamente pela respectiva agência ou por entidade a ela equiparada nos termos desta Lei, observada a legislação licitatória aplicável;

o acompanhar a execução da Política Estadual de Recursos Hídricos na sua área de atuação, formulando sugestões e oferecendo subsídios aos órgãos e às entidades participantes do SEGRH-MG;

o aprovar o orçamento anual de agência de bacia hidrográfica na sua área de atuação, com observância da legislação e das normas aplicáveis e em vigor;

o aprovar o regime contábil da agência de bacia hidrográfica e seu respectivo plano de contas, observando a legislação e as normas aplicáveis;

o aprovar o seu regimento interno e modificações;

52 Bet imUmC Melhor com vocÉ

o aprovar a formação de consórcios intermunicipais e de associações regionais, locais e multissetoriais de usuários na área de atuação da bacia, bem como estimular ações e atividades de instituições de ensino e pesquisa e de organizações não governamentais, que atuem em defesa do meio ambiente e dos recursos hídricos na bacia;

o aprovar a celebração de convênios com órgãos, entidades e instituições públicas ou privadas, nacionais e internacionais, de interesse da bacia hídrográfica;

o aprovar programas de capacitação de recursos humanos, de interesse da bacia hidrográfica, na sua área de atuação;

o exercer outras ações, atividades e funções estabelecidas em lei, regulamento ou decisão do Conselho Estadual de Recursos Hídricos, compatíveis com a gestão integrada de recursos hídricos.

Tem-se ainda que "A outorga dos direitos de uso de recursos hídricos para empreendimentos de grande porte e com potencial poluidor compete, na falta do Comitê de Bacia Hidrográfica, ao COPAM-MG, por meio de suas Câmaras, com apoio e assessoramento técnicos do IGAM, nos termos do artigo 50 da Lei n° 12.585, de 17 de julho de 1997". 3.1.3 Legislação Municipal O município de Betim possui as seguintes Leis e Decretos pertinentes ao assunto em pauta: o Lei NO 1.351, de 05 de agosto de 1.980, que institui o Código Sanitário e de Higiene Pública do Município de Betim, e dá outras providências; o Lei NO 1.744, de 22 de agosto de 1.986, que dispõe sobre o Uso e Ocupação do Solo da Área Central de Município de Betim, e dá outras providências; o Lei Orgânica do Município de Betim, de 21 de março de 1.990; o Lei NO 2.963, de 04 de dezembro de 1.996, que institui o Plano Diretor do Município de Betim; o Lei NO 3.263, de 20 de dezembro de 1.999, que dispõe sobre a Proteção da Área de Interesse Ambiental 1(AIA 1), Bacia Hidrográfica de Várzea das Flores; u Lei NO 3.274, de 20 de dezembro de 1.999, que dispõe sobre a Política de proteção, preservação, conservação, controle e recuperação do Meio Ambiente e de melhoria da Qualidade de Vida no Município de Betim, e dá outras providências. u Lei NO 3.286, de 23 de dezembro de 1.999, que altera dispositivos da Lei NO 2.963, de 04 de dezembro de 1.996; o Decreto NO 15.968, de 15 de junho de 2.000, que Cria o Parque Ecológico Jardim Perla, e dá outras providências; o Decreto NO 16.146, de 12 de julho de 2.000, que Estabelece procedimento para apuração das infrações previstas na Lei NO 3.263, de 20/12/99 e para formalização das sanções a elas aplicáveis; o Decreto NO 16.660, de 01 de junho de 2.001, que regulamenta a Lei NO 3.274, de 20 de dezembro de 1.999;

53 Bet in Melhor com voc4 « o Lei NO 3.651, de 12 de junho de 2.002, que altera dispositivos da Lei NO 2.963, de 04 de dezembro de 1.996. O CODEMA - Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente foi criado pela Lei Municipal No 1.228, de 23 de outubro de 1.978, alterado pela Lei Municipal No 2.126, de 20 de agosto de 1.991, e passou a ser regido pela Lei No 3.274 e a denominar-se Conselho Municipal de Desenvolvimento Ambiental do Município de Betim. Em dezembro de 2.001, através da Lei NO 3.580, foi instituída a Secretaria de Meio Ambiente do Município de Betim - SEMEIA, como uma unidade orgânica subordinada ao Chefe do Executivo Municipal. De acordo com o Decreto N° 16.660, de 01 de junho de 2001, as competências da SEMEIA são: o consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, termos de compromisso destinados a Planejar e desenvolver ações de proteção, preservação, conservação, controle e recuperação dos recursos ambientais; o Formular as normas técnicas e os padrões; bem como zelar pela observância das normas de proteção, preservação, conservação, controle e recuperação dos recursos ambientais; o Incentivar o desenvolvimento, produção e instalação de equipamentos e a criação, absorção e difusão de tecnologias compatíveis com a melhoria da qualidade ambiental; o Administrar o Fundo Municipal de Meio Ambiente; o Exercer o poder de policia nos casos de infração da legislação ambiental, bem como para o estabelecimento de meios que obriguem o degradador público ou privado a recuperar e/ou indenizar os danos causados ao meio ambiente; o Celebrar, em nome do Município, com pessoas físicas ou jurídicas responsáveis pela construção, instalação, ampliação e funcionamento de empreendimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, permitir as necessárias correções de suas atividades, para sua adequação às normas ambientais; o Propor a instituição, entre outras unidades, de parques, reservas, estações ecológicas, áreas de proteção ambiental, áreas de relevante interesse ecológico ou paisagístico; o Participar da elaboração de planos, programas e projetos da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba, notadamente sobre o uso de recursos hídricos; o Adotar medidas perante o setor público e o setor privado para manter e promover o equilíbrio ecológico e a melhoria da qualidade ambiental, dentre outras.

3.2 Situação Institucional 3.2.1 Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos O Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos está organizado da seguinte maneira: 3.2.1.1 Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - SEMAD 3.2.1.1.1 Objetivo: Formular e coordenar a política estadual de proteção e conservação do meio ambiente e de gerenciamento dos recursos hídricos e articular as políticas de gestão dos recursos ambientais, visando ao desenvolvimento sustentável no Estado de Minas Gerais.

54 Melhor com vocfê

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente SEMAD compõe o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - SISEMA de forma integrada com os órgãos vinculados, Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM, Fundação Estadual de Meio Ambiente - FEAM, Instituto Estadual de Florestas - IEF e com os Conselhos de Política Ambiental - COPAM e de Política de Recursos Hídricos - CERH. 3.2.1.1.2 ÓRGÃOS VINCULADOS IEF - INSTITUTO ESTADUAL DE FLORESTAS O Instituto Estadual de Florestas - IEF é um dos órgãos vinculados ao Sistema Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - SISEMA, que tem por missão propor, coordenar e executar as políticas florestais e de gestão da pesca no Estado de Minas Gerais, responsabilizando-se pela "Agenda Verde" do setor. Num trabalho integrado com as diretrizes definidas nos conselhos, tem a responsabilidade de promover a preservação e conservação da flora e da fauna sob os critérios do desenvolvimento sustentável dos recursos naturais renováveis, bem como a realizar pesquisas em biomassa e biodiversidade. Por ser Minas um Estado de intensa vocação florestal, o IEF atua de forma descentralizada nas diversas regiões mineiras, através de escritórios regionais e Florestais, em parceria com as prefeituras municipais na realização do uso sustentado dos recursos naturais. O IEF atua em diversos programas de: fomento florestal, assistência técnica para proteção de solos e mananciais, proteção e recomposição de matas ciliares. Além disso, o IEF administra diversas Unidades de Conservação (Parques Estaduais, Reservas Biológicas, Estações Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental) em Minas Gerais, destinadas principalmente à conservação e preservação da fauna e flora. É também de sua competência a execução e o desenvolvimento de uma a Política de Pesca e Aquicultura Sustentável, além de buscar a recuperação dos recursos pesqueiros em Minas Gerais.

FEAM - FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM integra, no âmbito estadual, o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, como órgão executivo seccional, ao lado do IEF - Instituto Estadual de Florestas e do IGAM - Instituto Mineiro de Gestão das Águas. Desenvolve a "Agenda Marrom", um projeto que busca o controle das atividades industriais minerárias e de infra-estrutura. Por isso, enprega técnicas de avaliação e planejamento ambiental e vem desenvolvendo e aplicando novos instrumentos para a fiscalização e licenciamento das atividades. A Fundação ainda atua diretamente nos empreendimentos de significativo impacto ambiental de âmbito regional e procura, cada vez mais, promover a capacitação das administrações municipais para cuidar das ações de impacto local. A FEAM tem por finalidade propor e executar a política de proteção, conservação e melhoria do meio ambiente no que concerne à prevenção e à correção da poluição ou da degradação ambiental provocada por atividades industriais, minerárias e de infra-estrutura, bem como promover e realizar estudos e pesquisas sobre a poluição, qualidade do ar, da água e do solo. Mediante uma política de descentralização de atividades, o Sistema Estadual de Meio Ambiente vem promovendo o credenciamento de sistemas municipais para exercer atividades de gestão ambiental, incluindo licenciamento de atividades de impacto local. O município de Betim assumiu recentemente esta função, já anteriormente delegada a Belo Horizonte, Contagem e .

IGAM -INSTITUTO MINEIRO DE GESTÃO DAS ÁGUAS

55 Melhor com vocÉ t

O Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM é o órgão responsável pelo planejamento e administração de todas as ações direcionadas à preservação da quantidade e da qualidade dos recursos hídricos em Minas Gerais, responsabilizando-se pela "Agenda Azul" do setor. Conforme os princípios da Política Nacional (Lei Federal 9.433/97) e Estadual (Lei Estadual 13.199/99) dos Recursos Hídricos, a água é um bem finito, vulnerável e de valor econômico. A gestão das águas deve visar a utilização múltipla e ser realizada de forma descentralizada e participativa, considerando-se a bacia hidrográfica como unidade de planejamento e de gestão. Segundo a constituição brasileira de 1988, as águas são de domínio público. São consideradas como de domínio do Estado as águas superficiais ou subterrâneas efluentes, emergentes e em depósito, que banham o território estadual. O IGAM é o órgão estadual responsável pela administração da outorga para uso de água. A outorga é o instrumento pelo qual o usuário recebe uma autorização ou concessão para fazer uso da água e está condicionada às prioridades estabelecidas nos Planos de Recursos Hídricos. Para implementar empreendimentos que utilizem ou interfiram nos recursos hídricos de domínio estadual é necessário solicitar a outorga junto ao IGAM. A legislação estadual de recursos hídricos (Lei Estadual 13.199/99) instituiu os seguintes instrumentos de gestão: I - o Plano Estadual de Recursos Hídricos; Il - os Planos Diretores de Recursos Hídricos de Bacias Hidrográficas; 1II - o Sistema Estadual de Informações sobre Recursos Hídricos; IV - o enquadramento dos corpos de água em classes, segundo seus usos preponderantes; V - a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos; Vi - a cobrança pelo uso de recursos hídricos; Vil - a compensação a municípios pela exploração e restrição de uso de recursos hídricos; VIli - o rateio de custos das obras de uso múltiplo, de interesse comum ou coletivo; IX - as penalidades.

CONSELHOS OS Conselhos são presididos pelo Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, substituído pelo Secretário-Adjunto, no seu impedimento. CONSELHO ESTADUAL DE POLÍTICA AMBIENTAL - COPAM O Conselho Estadual de Política Ambiental - COPAM é um órgão normativo, colegiado, consultivo e deliberativo, atualmente subordinado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - SEMAD. Tem por finalidade deliberar sobre diretrizes, políticas, normas regulamentares e técnicas, padrões e outras medidas de caráter operacional, para proteção e conservação do meio ambiente e dos recursos ambientais, bem como sobre a sua aplicação pela SEMAD, por meio das entidades a ela vinculadas, dos demais órgãos seccionais e dos órgãos locais. Sua estrutura, fundamentada em um sistema colegiado, consagrou a fórmula do gerenciamento participativo, inovando a forma de organização de conselhos governamentais e a própria elaboração de políticas públicas. Exercendo o papel de órgão colegiado do sistema ambiental estadual é responsável pela deliberação e normatização das políticas públicas formalizadas pelo Sistema Estadual de Meio Ambiente - SISEMA (SEMAD, FEAM, IGAM e IEF) na área ambiental. O Copam está organizado em sete Câmaras Especializadas, que têm competência para atuar na elaboração de normas, visando a proteção e a preservação ambiental, na sua respectiva área de atuação.

CONSELHO ESTADUAL DE RECURSOS HIDRICOS - CERH

O Conselho Estadual de Recursos Hídricos - CERH é a instância superior do Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos - SEGRH-MG. Cabe a ele tomar as decisões globais a

56 BJ.«.et im,Su '<. Melhor com vocêe respeito das águas de Minas, ou seja, promover a gestão da política estadual de recursos hídricos, desenvolvida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - SEMAD. Para o exercício das atribuições, definidas no artigo 41 da Lei n° 13.199/99, poderá organizar-se em câmaras técnicas especializadas, que têm a função de atuarem de forma integrada, aprovando e acompanhando a execução do Plano Estadual de Recursos Hídricos, intermediando as relações com os órgãos federais, usuários, empreendedores e órgãos técnicos, atuando como instância superior - nesse caso o CERH - de mediação de conflitos entre os usos da água no Estado de Minas Gerais. Compõem também o SEGRH-MG os Comitês e as Agências de Bacias Hidrográficas, à semelhança dos Comitês e Agências do Sistema Nacional de Recursos Hídricos. Os comitês de bacia hidrográfica são instâncias colegiadas deliberativas e normativas, compostas pelo poder público(estado e municípios da bacia), por usuários e por representantes da sociedade civil organizada, responsável pela efetivação da gestão descentralizada e participativa. Os comitês são integrantes dos Sistemas Nacional (para bacias de domínio nacional) e Estadual ( para bacias de domínio estadual) de Gerenciamento de Recursos Hídricos e foram criados com o a finalidade de democratizar e descentralizar a gestão dos recursos hídricos. Diversos Comitês já foram criados para bacias de domínio estadual em Minas Gerais, entre os quais o Comitê da Bacia do Rio Paraopeba (na qual se insere o município de Betim), criado em 28 de maio de 1.999 (Vide Decreto n° 40.398). O SEGRH-MG deverá contar ainda com a participação das Agências de Bacia. Órgãos Executivos que deverão se encarregar de operacionalizar as políticas e diretrizes estabelecidas pelos Comitês de Bacia. Embora diversos Comitês já estejam em funcionamento no Estado de Minas Gerais, não foi ainda possível criar as suas agências em razão de dificuldades relacionadas com a escolha de seu formato jurídico. A legislação estadual (Lei 13.199/99) permite que o CERH reconheça os Consórcios Intermunicipais e as Associações de Usuários equiparando-os às Agências. Assim é que o Consórcio Intermunicipal da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba, entidade criada anteriormente, está negociando com o CERH o seu reconhecimento e equiparação como Agência de bacia do Rio Paraopeba. Finalmente, é necessário reconhecer que todo arcabouço jurídico institucional do atual Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos recebeu grande contribuição dos estudos e propostas do " Estudo para a Implantação da Agência de Bacia do Rio das Velhas" elaborado pela Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral, no Programa PROSAM, financiado pelo BIRD. 3.2.2 Sistema Municipal de Meio Ambiente O Sistema Municipal de Meio Ambiente é constituído pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMEIA e pelo Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente - CODEMA A partir de um convênio de cooperação técnica, firmado com a FEAM, após minucioso e detalhado processo de avaliação da capacidade técnico-operacional da SEMEIA e aprovação do COPAM, esta Secretaria Municipal assumiu as atribuições de fiscalizar e licenciar todos os empreendimentos de pequeno e médio porte (Classes 1e 11)instalados ou a serem instalados no município de Betim, com o apoio deliberativo do CODEMA. Tal providência certamente permitiu a agilização de grande parcela dos processos de licenciamento, dada a maior proximidade com os empreendedores. Permaneceram, ainda, a cargo do sistema estadual a fiscalização e o licenciamento dos empreendimentos considerados de médio porte (Classe 1II)e de grande porte. Para que o município firmasse este convênio, houve a necessidade de criação da Lei Ambiental Municipal N° 3.274/99, regulamentada pelo Decreto No 16.660/01, além da montagem de uma estrutura técnica compatível com as atividades a serem desenvolvidas. Betim é o 40 município a assinar este convênio com o Estado de Minas Gerais.

57 BgI5V lll1 Melhor com voce t

As responsabilidades relacionadas com as agendas verde e azul permanecem com o sistema estadual. 3.3 Licenciamento dos Componentes e Subcomponentes do Projeto No que diz respeito ao licenciamento para implantação das intervenções propostas no Programa, apenas a Estação de Tratamento de Esgotos está sendo licenciada pelo sistema estadual. Todas as demais foram licenciadas pelo sistema municipal (Secretaria Municipal de Meio Ambiente- SEMEIA e Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente-CODEMA). Quanto à implantação das bacias de detenção e demais usos e ações que alteram o regime dos cursos d'água, encontram-se em andamento, junto ao IGAM, os processos de obtenção de outorga para os referidos direitos de uso. 3.4 Enquadramento Legal - Rio Betim e Rio Paraopeba A Deliberação Normativa No 14/95 do COPAM - Conselho Estadual de Política Ambiental de Minas Gerais, de 28 de dezembro de 1.995, dispõe sobre o enquadramento das águas da Bacia do Rio Paraopeba. De acordo com esta Deliberação Normativa, tem-se o seguinte enquadramento das águas do leito principal do rio Paraopeba e da sub-bacia do rio Betim:

Quadro 3.1 Enquadramento do Rio Paraopeba

TRECHO - Rio Paraopeba - Leito Principal

NO | DESCRIÇÃO CLASSE

1 das nascentes até o barramento do primeiro açude Especial

2 do barramento do primeiro açude até a confluência com o rio 1 Maranhão

3 da confluência com o rio Maranhão até a represa de Três Marias 2

58 Bet im Melhor com voce

Quadro 3.2 Enquadramento do Rio Betim

TRECHO - Sub-bacia do Rio Betim

NO | DESCRIÇÃO CLASSE

76 rio Betim, das nascentes até o limite jusante do Parque do Ingá

(inclui-se o córrego da Lagoa) 1

77 rio Betim, do limite jusante do Parque do Ingá até a confluência com o córrego do Baú, inclusive 2

78 rio Betim, da confluência com o córrego do Baú até a confluência com o rio Paraopeba 3

79 ribeirão Água Suja, das nascentes até a confluência com a represa Vargem das Flores (Município de Contagem)

Conforme o artigo 2 da DN 14/95: "Os cursos d'água da Bacia do Rio Paraopeba não mencionados nesta Deliberação recebem o enquadramento correspondente ao do trecho onde deságuam"; este é o caso dos demais afluentes do rio Betim.

3.4.1 Classificação das Coleções D'água Segundo a Deliberação Normativa No 10/86 do COPAM, de 16 de dezembro de 1.986, que classifica, em nível estadual, as coleções d'água, tem-se: I - Classe Especial - águas destinadas: > ao abastecimento doméstico, sem prévia ou com simples desinfeção; > à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas. Il - Classe 1 - águas destinadas: > ao abastecimento doméstico, após tratamento simplificado; > à proteção das comunidades aquáticas; > à recreação de contato primário (natação, esqui aquático e mergulho); > à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvem rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película; > à criação natural e/ou intensiva (aquicultura) de espécies destinadas à alimentação humana. Ill - Classe 2 - águas destinadas: > ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional; > à proteção das comunidades aquáticas;

59 Bjtim Melhor com você

> à recreação de contato primário (esqui aquático, natação e mergulho); > à irrigação de hortaliças e plantas frutíferas; > à criação natural e/ou intensiva (aquicultura) de espécies destinadas à alimentação humana. IV - Classe 3 - águas destinadas: > ao abastecimento humano, após tratamento convencional; > à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras; > à dessedentação de animais. V - Classe 4 - águas destinadas: > à navegação; > à harmonia paisagística; > aos usos menos exigentes. > Alguns parâmetros referenciais Todos os limites e/ou condições estabelecidos para cada uma das classes de coleções de água estão integralmente apresentados nos artigos 3 a 7 da DN 10/86, sendo que a seguir estão apresentados alguns dos parâmetros referenciais. I - Classe Especial Coliformes totais - ausentes em qualquer amostra. Il - Classe 1 Materiais flutuantes e espumas - virtualmente ausentes Óleos e graxas - virtualmente ausentes Coliformes fecais - < 200 organismos / 100 mL Corantes artificiais - virtualmente ausentes DBO 5,20 < 3 mg/L OD > 6 mg/L Turbidez < 40 UNT Cor<30mg Pt/L pH entre 6,0 e 9,0 Substâncias potencialmente prejudiciais: ferro solúvel < 3,0 mg/L manganês < 0,1 mg/L mercúrio < 0,0002 mg/L chumbo < 0,01 mg/L cioretos < 250 mg/L de Cl cromo hexavalente < 0,05 mg/L índice de fenóis < 0,001 mg/L fosfato total < 0,025 mg/L de P nitrato < 10,0 mg/l de N sulfato < 250 mg/L de SO4 lítio < 2,5 mg/L III - Classe 2 Nota: praticamente, os mesmos limites ou condições da Classe 1, excetuados, entre outros, os seguintes: Cor < 75 mg Pt / L Turbidez < 100 UNT

DBOS, 20 < 5 mg/L OD > 5 mg/L Coliformes fecais - < 1.000 organismos / 100 mL

60 Be Melhor com você x

IV - Classe 3 Materiais flutuantes e espumas - virtualmente ausentes Óleos e graxas - virtualmente ausentes Coliformes fecais - < 4.000 organismos / 100 mL DBO5,20< 10 mg/L OD >4 mg/L Turbidez < 100 UNT Cor < 75 mg Pt / L pH entre 6,0 e 9,0 Substâncias potencialmente prejudiciais: ferro solúvel < 5,0 mg/L manganês < 0,5 mg/L mercúrio < 0,002 mg/L chumbo < 0,05 mg/L cioretos < 250 mg/L de Cl cromo hexavalente < 0,05 mg/L índice de fenóis < 0,3 mg/L fosfato total < 0,025 mg/L de P nitrato < 10,0 mg/l de N sulfato < 250 mg/L de SO4 lítio < 2,5 mg/L V - Classe 4 Materiais flutuantes e espumas - virtualmente ausentes Óleos e graxas - toleram-se efeitos iridescentes Coliformes fecais - < 4.000 organismos / 100 mL Índice de fenóis < 1,0 mg/L OD > 2 mg/L pH entre 6,0 e 9,0 Observações: Para as Classes 2 e 3, os limites estabelecidos de DBO520 poderão ser elevados, desde que os estudos da autodepuração do trecho do curso d'água indiquem que os teores mínimos previstos de OD serão obedecidos em qualquer ponto, considerada uma vazão crítica igual a Q7,10 (vazão média das mínimas de 7 dias consecutivos em 10 anos de recorrência); "Nas águas da Classe Especial não serão tolerados lançamentos de águas servidas, domésticas ou industriais, lixo e outros resíduos sólidos, substâncias potencialmente tóxicas, defensivos agrícolas, fertilizantes químicos e outros poluentes, mesmo tratados" (art. 12 da DN 10/86); Nas águas das Classes 1 a 4 serão tolerados lançamentos de despejos, desde que atendidas as condições apresentadas no art. 15 da DN 10/86, e ainda, o disposto na Deliberação Normativa No 46/01 do COPAM, de 09 de agosto de 2.001; "Não será permitido o lançamento de poluentes nos mananciais subsuperficiais" (art. 14 da DN 10/86); "Resguardados os padrões de qualidade do corpo receptor, demonstrado por estudo de impacto ambiental realizado pela entidade responsável pela emissão, o COPAM poderá autorizar lançamentos acima dos limites estabelecidos no art. 15, fixando o tipo de tratamento e as condições para este lançamento" (art. 17 da DN 10/86).

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3.5 Estrutura Organizacional 3.5.1 Secretaria de Meio Ambiente do Município de Betim - SEMEIA

3.5.1.1 Papel no Programa A SEMEIA desempenhará papel relevante no âmbito do Programa Rio Betim, tanto em sua execução quanto posteriormente à concretização das intervenções previstas. Pela natureza do Programa, a Secretaria estará assumindo a função de Unidade Técnica da execução do Programa, responsável pela supervisão ambiental das obras civis pela obtenção do licenciamento ambiental pertinente e pelas ações previstas de Educação Sanitária e Ambiental, em parceria com entidades internas e externas à Prefeitura. Ressalte-se que a Educação Sanitária e Ambiental constitui ação continuada e função permanente da SEMEIA, extrapolando a etapa de execução do Programa. Posteriormente à etapa de execução, a atuação da SEMEIA será essencial na manutenção dos resultados alcançados com as intervenções, e atuará como organismo operador, consideradas as suas competências legais, não só no campo da educação ambiental e sanitária, mas como coordenador da política ambiental no Município, abrangendo o controle e a fiscalização ambiental, os estudos e projetos, a preservação de áreas verdes, o desenvolvimento ambiental e outras relativas ao setor. 3.5.1.2 Natureza Jurídica - Vinculação Hierárquica Orgão da administração direta, subordinado ao chefe do poder executivo, dotado de autonomia administrativa, orçamentária e financeira. 3.5.1.3 Finalidade Melhorar a qualidade de vida no Município de Betim, mediante a proteção, preservação, conservação, controle e recuperação do meio ambiente. 3.5.1.4 Quadro de Pessoal O quadro de pessoal é composto por 125 funcionários, como segue: Gabinete da Secretária 3 Técnicos 2 Administrativos Divisão de Desenvolvimento Ambiental 3 Gerentes 2 Técnicos 3 Administrativos Divisão de Educação Ambiental 3 Gerentes 9 Técnicos 8 Operacionais Divisão de Fiscalização Ambiental 1 Gerente 9 Técnicos Divisão de Licenciamento Ambiental 5 Gerentes 4 Técnicos 1 Administrativo Divisão de Serviços Ambientais 1 Gerente Função: Limpeza Urbana 1 Gerente

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Função: Destinação Final de Resíduos 3 Gerentes 9 Técnicos 14 Operacionais Função: Serviços Gerais 2 Gerentes 4 Operacionais 3 Administrativos Função: Saneamento 3 Gerentes 3 Técnicos 10 Operacionais Função: Parques e Jardins 2 Gerentes 1 Técnico 2 Administrativos 14 Operacionais

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3.5.1.5 Estrutura Orgânica da Secretaria Municipal de Meio Ambiente

Secretara Muricipal de MeioArrbiente

DMisãodb Diãode i asãode Diisãode Dmsãode Educação Focairação Deseovirrelnrto Licerciarnanto Serviços Artiental AArbertal Antierãal~Atiertã Arrbiersas

Seçãode Estratégias Seçãode Seçãode Educacionais Prograrms e Lirenwio Lirpeza Urbara Projetos deEstnttras . [ Arrbientais Urbams

. Seçáode Seçãode Seçaode Seção de Moblização Avatiação Licniarreto de Destinaçãohnal de Social e Controe Coscio e Residuos

Seçaode _Lizerciarnerwto. SetorCertralde Setorde Ertlhos Indutstrial Tratarmreo de e ColetaSeletiva Resíis Sóiidos

Seção de Seção Licercianto para de Faunae Flora | i

Seçãode Sersços Gerais

Seção de Parquese Jardins

3.5.1.6 Sistema de Limpeza Urbana O Sistema de Limpeza Urbana do município de Betim é executado por empresa terceirizada, sendo coordenado pela Seção de Limpeza Urbana, que está, estruturalmente, vinculada à SEMEIA. Através de parcerias estabelecidas com a Secretaria Municipal de Saúde, a Seção de Limpeza Urbana conta com a colaboração de 300 (trezentos) agentes comunitários, na montagem de um quadro dos principais problemas ambientais, entre os quais os problemas relacionados à Limpeza Urbana. Em termos de fiscalização, existem 20 (vinte) agentes e 13 (treze) mobilizadores sociais.

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3.5.1.6.1 Lixo Doméstico A coleta do lixo doméstico (incluídos o lixo gerado nas atividades comerciais e de serviços) a é totalmente terceirizada, sendo realizada por caminhões compactadores, sem a utilização de unidades de transbordo. Encontra-se em fase adiantada de implantação um tipo de coleta seletiva que induz a segregação, ainda em nível do gerador, de materiais secos e de materiais úmidos. Os serviços de coleta apresentam um nível de atendimento em torno de 98% da população urbana. A disposição final é feita no aterro sanitário do Município. 3.5.1.6.2 Lixo Industrial A coleta é de inteira responsabilidade da indústria geradora e o problema da disposição final será solucionado a partir do funcionamento do aterro industrial privado, cujo início está previsto para dezembro de 2.003. 3.5.1.6.3 Lixo Hospitalar A coleta é por empresa privada especializada, com a utilização de veículos especiais. Recentemente foi concedida licença de operação para um sistema de autoclave para desinfeção de lixo oriundo de unidades de saúde, implantada por iniciativa privada; os resíduos das unidades sediadas em Betim serão tratados, triturados e dispostos na aterro sanitário do Município; resíduos de outros municípios serão tratados, triturados e devolvidos para disposição final nos municípios de orígem. 3.5.1.6.4 Outros Resíduos Urbanos > Entulho de construção civil e material resultante de desaterros: a sua coleta é feita pelo próprio gerador; > Carcaças de animais: recolhidas por veículo da própria Secretaria; > Material de varrição e capina: atualmente, é coletado por veículos da própria Secretaria, no entanto, encontra-se em negociação a coleta (e utilização) de parte desse material por empresa especializada na fabricação de "telas vegetais"; > Material de poda de árvores: é coletado por uma indústria cerâmica, a qual, em troca, fornece tijolos para obras sociais, conforme contrato específico; > Lodos de tanques sépticos: o próprio gerador se responsabiliza por sua retirada e destinação final; > Papel: com a criação de uma associação de catadores, denominada ASCAPEL (Associação de Catadores de Papel do Município de Betim), este material vem sendo devidamente coletado e comercializado; > Lixo leve: há cestos coletores, posicionados estrategicamente nos principais logradouros, cujo conteúdo é coletado pelos caminhões compactadores; em breve, dever-se-á proceder à ampliação da quantidade de cestos (assim como, a substituição de equipamentos avariados), o que pode ser conseguido, por exemplo, através de parceria com empresa(s) publicitária(s).

3.5.1.6.5 Varrição e capina A varrição dos logradouros públicos e a capina de margens de córregos e de áreas verdes são realizadas por empresa devidamente especializada e terceirizada. A freqüência da varrição é função da localização do logradouro, sendo que ruas, avenidas e praças principais são varridas diariamente, e logradouros secundários são varridos duas a três vezes por semana. A capina das margens dos cursos d'água é realizada dias antes do início do período chuvoso (agosto e setembro) e mais uma vez, durante o período chuvoso.

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A capina e limpeza de lotes vagos são de responsabilidade do proprietário do terreno, o qual sofre intimação por parte da fiscalização da SEMEIA, sendo que após a terceira comunicação, aplica-se multa correspondente. 3.5.1.6.6 Disposição final Todo o material coletado é enviado para a Central de Tratamento de Resíduos Sólidos - CTRS, exceto o lixo industrial "contaminado", que se não tiver sido comercializado, pode ser levado para o Aterro Industrial. A CTRS é operada por empresa devidamente especializada e terceirizada, localiza-se ao sul do município, próximo do bairro São Salvador (Regional Citrolândia), nas proximidades da divisa com o município de São Joaquim de Bicas, e é constituída pelas seguintes unidades:

> balança rodoviária eletromecânica de 30 toneladas de capacidade; > aterro sanitário; > sistema de tratamento de chorume; , unidade de compostagem. O Aterro Sanitário encontra-se devidamente licenciado junto ao órgão gestor estadual. A Compostagem orgânica encontra-se em fase de reestruturação, uma vez que a implantação da coleta seletiva "Secos & Umidos" e a instituição da ASCAPEL, levaram à desativação da antiga Unidade de Reciclagem e Recuperação de Lixo. O produto gerado tem sido utilizado na adubação de áreas verdes e no plantio de árvores, ou comercializado. O chorume gerado no aterro sanitário é tratado através de um sistema de "lagoas australianas", intercaladas por um reator UASB. A CTRS tem um perímetro de 2.900m, isolado em 80% por cerca de arame, e nos restantes 20% (próximo à divisa com o bairro São Salvador), com muro de alvenaria; o sistema de vigilância é terceirizado, com funcionários trabalhando em tempo integral. Em virtude do efetivo isolamento da área, e da vigilância constante, não se observa a presença de catadores nem de animais. Tendo em vista que a vida útil da atual CTRS encerra-se em torno do ano 2.010, a municipalidade já se movimenta no sentido de ser implantada uma outra unidade. Quanto ao estudo de alternativas locacionais para a implantação da referida unidade, salienta-se a importância de serem examinadas e estudadas, dentro do possível, alternativas de duas áreas "diagonalmente opostas", para permitir redução dos custos de transporte de resíduo coletado. 3.5.1.7 Áreas de "bota-fora" Os materiais resultantes de desaterros, assim como entulhos de obras da Construção Civil, são enviados para áreas especiais, que estejam necessitando de material inerte, principalmente, para eliminação de voçorocas. 3.5.1.8 Avaliação dos Serviços Coleta de Lixo Doméstico: Embora esteja alcançando percentuais elevados de atendimento, ainda são notadas pequenas questões relacionadas ao lançamento de lixo nas margens de pequenos cursos d'água. 3.5.1.8.1 Coleta Seletiva: O tipo adotado de Coleta Seletiva ("Secos & Úmidos") tem apresentado resultados altamente satisfatórios, tais como: > eliminação da esteira de catação; > encaminhamento direto do material para aterramento ou para compostagem; > aumento da conscientização ecológica dos usuários.

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Obviamente, resultados melhores deverão ser obtidos quando da ampliação da sua implantação, atingindo bairros e comunidades periféricas. Destinação Final de Entulhos: A reciclagem do material inerte resultante de obras de Construção Civil tem se apresentado como uma solução bastante vantajosa, permitindo a fabricação de tijolos, de lajes e de outras peças pré- moldadas. A atual destinação desse material para aterramento de voçorocas talvez possa ser melhor repensada, embora ambientalmente correta. 3.5.1.8.2 Efluentes Sólidos Industriais: A implantação do Aterro Industrial constitui um enorme avanço em termos ambientais, principalmente, por contar com o apoio irrestrito da FIEMG - Federação das Indústrias de Minas Gerais. Todavia, conforme casos semelhantes ocorridos na RMSP, há necessidade de serem buscados aterros clandestinos, operados anteriormente pelas próprias indústrias atuais ou por indústrias já desativadas, pois, evidentemente, caso existam aterros clandestinos, a contaminação do solo e dos lençóis subterrâneos ocorreu e/ou continua ocorrendo. Portanto, torna-se fundamental a realização de pesquisas e investigações nesse sentido, para que se efetue, o mais urgente possível, a denominada "remediação do passivo ambiental", seguido da "revitalização" dos terrenos provavelmente afetados. Recente estudo realizado pela FEAM - Fundação Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais, apontou os seguintes percentuais, concernentes aos resíduos industriais produzidos na RMBH: 47% são reutilizados ou reciclados na própria indústria geradora; 35% são reutilizados ou reciclados em outras indústrias; 18% não têm, comumente, destinação definida. Salientando, todavia, que apenas cerca de 40 empresas geram 90% desse lixo industrial. Capina de Margens e Córregos Visitas técnicas realizadas, durante o mês de outubro do corrente ano, evidenciaram a necessidade de se aprimorar o trabalho de capina das margens dos corpos hídricos, principalmente, no período anterior ao chuvoso (basicamente, setembro). A redução significativa do porte dos arbustos ribeirinhos permite um melhor fluxo das grandes vazões fluviais, pela simples redução do valor do coeficiente de rugosidade dos canais, evitando- se inundações de áreas ribeirinhas.

3.5.1.9 Principais Programas e Projetos Ambientais desenvolvidos pela SEMEIA a) Tal e Prosa - Trate Adequadamente seu Lixo e PROmova a Saúde: objetiva difundir, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, informações sobre o acondicionamento correto e a disposição adequada do lixo e sua importância na promoção da saúde da população; além de: > difundir conhecimentos sobre as alternativas relativas à disposição dos resíduos; > contribuir para a formação de uma consciência sobre a importância da conservação e proteção do meio ambiente; > favorecer a aquisição de conhecimentos, valores, comportamentos e atitudes a partir da reorientação e articulação de experiências educativas para a participação responsável e eficaz na prevenção e solução de problemas ambientais e da gestão da qualidade do meio ambiente; > incentivar os funcionários a identificar formas individuais e coletivas de contribuição capazes de melhorar a qualidade do ambiente e diminuir a pressão sobre os recursos naturais, através de práticas cotidianas tais como: reduzir o gasto com papéis, reutilização de materiais, reduzir gastos com energia, economizar água, entre outros.

67 Beti Melhorcmvoê,

b)Coleta seletiva - Secos & Umidos: objetiva reduzir o volume de lixo coletado pela Prefeitura de Betim e, conseqüentemente, aumentar a vida útil do aterro sanitário, fomentando o acondicionamento correto e a destinação adequada de todos os tipos de resíduos. Visa ainda, garantir renda para famílias carentes que vivem do lixo, associadas a ASCAPEL (Associação de Catadores de Papel do Município de Betim). A coleta seletiva constitui um esquema especial de coleta onde os geradores de resíduos, residências, comércios, serviços e indústrias, são estimulados através de campanhas de Mobilização e Educação Ambiental, a separar os seus resíduos facilitando tanto a coleta quanto a destinação final por parte da Prefeitura Municipal. c) Projeto Lixo e Cidadania - Catadores de Betim em Movimento: Objetiva promover a organização social dos catadores de materiais recicláveis, residentes no município de Betim, enquanto categoria profissional e comunitária, através de ações de inclusão social, resgate e ampliação da Dignidade e Cidadania. Além desses objetivos, este Projeto visa: > Conhecer a realidade social dos catadores de materiais recicláveis, dando visibilidade à importância do trabalho por eles desenvolvido; > Mobilizar e organizar os catadores de materiais recicláveis em uma associação que garanta o seu desenvolvimento humano e social; > Elevar os níveis de escolaridade e de qualificação profissional dos catadores e de seus familiares, visando melhores condições de inserção no mercado de trabalho e geração de renda; > Criar condições para a operacionalização da Associação de Catadores de Papel, Papelão e Materiais Reaproveitáveis de Betim - ASCAPEL; > Desenvolver ações que promovam a melhoria das condições de lazer, cultura, saúde e qualidade de vida dos catadores e de seus familiares. d) Limpeza de Lotes Vagos: Objetiva comunicar aos proprietários de lotes vagos existentes no Município a necessidade de mantê-los limpos, murados e com passeio. e)Unidade de Reciclagem de Entulho - URE O objetivo geral é promover uma mudança no foco ambiental e sanitário, passando a ações preventivas, substituindo o paliativo pelo definitivo, especialmente na questão do entulho, que agride todo o município demandando ações e soluções de várias Secretarias Municipais, especialmente as de Meio Ambiente, Obras e de Governo. Além disso, o Programa de implantação da URE irá promover:

> Melhoria das condições de limpeza do município; > Economia ambiental e financeira com a coleta do entulho irregularmente disposto e com a recuperação de áreas degradadas por esta disposição; > Reaproveitamento de resíduos, até então não valorizados, na produção de novos produtos tais como blocos de concreto, bioquetes, sub-base, intertravados e similares, economizando recursos financeiros e naturais não renováveis; > Atendimento à legislação federal; > Retorno financeiro em ICMS Ecológico. > Ganho ambiental e social, pois a construção do piso e contra piso de casas populares pode ser feita com o agregado produzido na URE. g) Plano de Arborização Urbana:

68 Betwim' Melhor com você t visa arborizar a cidade de forma ordenada, seguindo as normas e estratégias para melhor adequar a árvore ao meio urbano, objetivando agir sobre o lado físico e mental do homem, "atenuando o sentimento de opressão frente às grandes edificações", contribuindo assim, para a melhoria da qualidade de vida da população, além da importância para a estética, harmonia e beleza e recuperação da paisagem. h) Patrulha Ecológica: Visa promover melhor gerenciamento do meio ambiente de Betim. i) Educação Ambiental na Administração Pública: visa a inserção de critérios ambientais, junto aos servidores municipais, objetivando eliminar ou minimizar os impactos gerados no meio ambiente, melhorando o desempenho e a qualidade de vida no ambiente de trabalho. 3.5.2 Companhia de Saneamento de Minas Gerais - COPASA MG Na qualidade de concessionária dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário e em obediência ao convênio firmado com o Município de Betim, a COPASA MG assumirá papel de significativa importância na implantação do Programa. Assim, na fase de execução do Programa Rio Betim, a COPASA deverá aportar ao Programa recursos em montante compatível com os custos das obras relacionadas com suas obrigações de concessionária. Deverá, também, participando da Unidade de Gerenciamento do Programa, a ser criada na Secretaria Municipal de Planejamento, contribuir para a coordenação e a fiscalização da implantação do empreendimento. Posteriormente à execução, a COPASA, enquanto concessionária dos sistemas municipais de água e esgotamento sanitário, continuará exercendo o seu papel contratual, operando e mantendo as obras e sistemas resultantes das intervenções realizadas no bojo do Programa. A COPASA MG é uma empresa pública de saneamento com grande capacitação e atuação no campo ambiental mediante compromisso com as seguintes políticas: o Contribuir para a recuperação e preservação dos recursos hídricos; o Dar tratamento adequado aos esgotos coletados; o Atuar de forma a promover a conscientização individual e coletiva para as ações de educação sanitária e ambiental; o Desenvolver procedimentos para a avaliação do desempenho individual dos seus sistemas produtivos, buscando aprimoramento contínuo de seus processos com vistas à prevenção da poluição e da degradação ambiental; o Incentivar a formação e participar dos Comitês de Bacias Hidrográficas; o Atuar em parceria com órgãos e entidades públicas e privadas. O tema meio ambiente é tratado na empresa em nível de diretoria pela sua Diretoria Técnica de Meio Ambiente, com uma Superintendência encarregada exclusivamente para administrar suas ações no setor. Participa ativamente, com representantes titulares, nos Conselhos Estadual de Política Ambiental- COPAM e de Recursos Hídricos-CERH, em 4 Comitês Bacias Federais e 17 Estaduais. Participa, ainda, efetivamente do Conselho de Empresários para o Meio Ambiente da Federação das Indústrias de Minas Gerais-FIEMG, ocupando atualmente a Vice Presidência de Recursos Hídricos. Para suporte operacional de suas atividades e monitoramento dos recursos hídricos implantou e opera: 285 estações fluviométricas, 188 estações de qualidade de água, 270 estações

69 Melhor com você pluviométricas, 589 estações de controle sazonal de poços profundos e bancos de dados hidrológicos, hidrogeológicos e qualidade de água bruta. Seus laboratórios de análises obedecem metodologias do " Standard methods for the examination of water and wastewater - APHAIAWWA/WEF, 1.999), sendo que o laboratório metropolitano é certificado pela ISSO 9001(2.000). A empresa implantou ainda: Sistema substrato enzimático para análises bacteriológicas, atendendo à Portaria 036 do Ministério da Saúde; Análises de cianobactérias e cianotoxinas Análises de "Cryptosporidium e Giárdia" em água.

A empresa conta com 6 laboratórios regionais, 22 laboratórios distritais, 578 laboratórios de Estação Tratamento de Água e 47 de esgoto. Atua em atividades de controle do uso e ocupação do solo em áreas de proteção nas bacias dos seus mananciais produtores, recuperação de nascentes e matas ciliares com o plantio de espécies vegetais nativas, estudo e reintrodução de espécies vegetais e animais em áreas protegidas, redução de focos de incêndio em áreas protegidas e educação ambiental.

Em anexo é apresentado portfólio completo sobre a COPASA MG e o seu desempenho operacional (ANEXO IV).

3.5.3 Consórcio Intermunicipal da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba-CIBAPAR O CIBAPAR é uma entidade civil sem fins lucrativos, constituída pelos municípios integrantes da bacia do rio Paraopeba. Está funcionamento desde 24/11/1994. É importante salientar que, conforme consta dos Estatutos do CIBAPAR, pretende-se que o mesmo exerça as funções de Agência da respectiva bacia hidrográfica, o que parece ser uma boa solução para a questão. O Consórcio visa a cooperação mútua entre seus partícipes, e destes com a União e o Estado de Minas Gerais, na realização de interesses comuns atinentes ao desenvolvimento sustentável de seus recursos ambientais, notadamente a gestão integrada e descentralizada da Bacia Hidrográfica supramencionada, incumbindo-lhe: I - promover ações de recuperação e preservação do meio ambiente; Il - planejar, executar programas, projetos e ações conjuntos, melhorar e controlar as condições de saneamento e uso das águas da bacia hidrográfica do rio Paraopeba, notadamente quanto aos lançamentos de efluentes e saneamento urbano; 1I1- exercer as funções, competências e atribuições das agências de bacia hidrográfica. Para cumprimento de seus objetivos, o Consórcio poderá: I - celebrar convênios, contratos, inclusive de financiamentos, acordos, ajustes, protocolos, parcerias e demais instrumentos legais com pessoas físicas e jurídicas, de direito público ou privado, nacionais e internacionais; Il - prestar a seus consorciados serviços de qualquer natureza, fornecendo inclusive recursos humanos e materiais; III - adquirir os bens necessários ao desempenho de suas finalidades, os quais integrarão seu patrimônio; IV - receber auxílios, contribuições e subvenções de quaisquer órgãos e entidades de direito público ou privado. O Consórcio possui a seguinte estrutura organizacional: Colégio Deliberativo de Municípios; Conselho Fiscal; Coordenadoria Geral; Ouvidoria; Plenária de Entidades.

70 4 CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL

4.1 Características da Região 4.1.1 Caracterização do Meio Físico A descrição geral das condições do meio físico, abaixo apresentada, foi elaborada a partir de uma compilação de dados, obtidos através de pesquisas bibliográficas e junto a órgãos públicos tais como: CETEC - Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais, INMET/5° DISME, IGA - Instituto de Geociências Aplicadas, IGAM (Instituto Mineiro de Gestão de Águas), Prefeitura Municipal de Betim representada pelos setores de Geoprocessamento, Procuradoria Geral, Planejamento e Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Foram adotadas, também, metodologias espontâneas (Ad Hoc), "método baseado no conhecimento empírico de experts do assunto e/ou da área em questão", Cunha (2002). A partir da busca de informações junto a indivíduos que vivenciam a área e a técnicos responsáveis por disciplinas pertinentes aos temas abordados. Foi feita, também, uma análise cartográfica a partir de mapas geológicos, topográficos, geomorfológicos e de imagens de satélite. A bacia do rio Betim defronta-se com dois problemas de cunho ambiental mais destacados: qualidade das águas do rio Betim e de seus principais afluentes, e erosão e assoreamento do leito desses cursos d'água. 4.1.1.1 Bacias Hidrográficas O município de Betim encontra-se totalmente inserido na área drenada pela sub-bacia hidrográfica estadual do rio Paraopeba, bacia federal do rio São Francisco. O rio Betim é afluente (pela margem direita) do rio Paraopeba, que, por sua vez, é afluente (pela margem direita) do rio São Francisco, lançando-se no reservatório da UHE de Três Marias. A bacia hidrográfica do rio São Francisco possui uma área total de 634.000 km2, com aproximadamente 36,8% dessa área dentro dos limites do Estado de Minas Gerais. O trecho mineiro do rio São Francisco tem extensão de 1.135 km e declividade média de 0,20 m/km. A sub-bacia hidrográfica do rio Paraopeba possui uma área total de 12.090 km2, totalmente inserida no estado de Minas Gerais. Engloba um total de 35 municípios com sede na sua bacia, apresentado uma população urbana de 814.609 habitantes, e rural de 94.877 habitantes (IBGE, 2.000). Seus principais cursos d'água constituintes são: rio Paraopeba, ribeirão São João, rio Brumado, rio Camapuã, rio Maranhão, rio Betim, ribeirão dos Macacos, ribeirão Grande e rio Pardo. 4. 1.1.1.1 Rio Betim O rio Betim é o principal corpo hídrico do Município de Betim. Com suas nascentes no município vizinho de Contagem, o rio Betim atravessa o município no sentido nordeste/sudoeste e deságua no Rio Paraopeba, à sua margem direita. É também o principal corpo receptor dos esgotos domésticos e industriais da cidade de Betim, uma vez que drena uma bacia que abriga cerca de 72 % da sua população. A sua bacia hidrográfica abrange uma área de 252 km2, sendo 55% no território do município de Betim e o restante em Contagem. Os seus afluentes mais importantes são: córregos Água Suja, Morro Redondo, Bela Vista, das Areias/lmbiruçu e Saraiva. Neste curso d'água, a montante da cidade, está situada a represa de Vargem das Flores, que é um importante manancial de abastecimento do sistema metropolitano de abastecimento de água operado pela empresa estadual Companhia de Saneamento de Minas Gerais - COPASA MG. Melhor com você 9I

Considerando as medidas de proteção ambiental desta represa e a necessidade de garantir melhor qualidade de água do manancial, a COPASA MG está promovendo a reversão para bacias adjacentes das contribuições de esgotos sanitários das suas sub-bacias contribuintes, conforme descrito a seguir:

o Os esgotos produzidos no núcleo urbano da sede de Contagem foram transferidos por bombeamento para a bacia do ribeirão da Onça, dentro do Programa PROSAM, que contou com financiamento do BIRD.

u Está em processo de licitação pública a construção de estação de tratamento de esgotos dos núcleos urbanos de Nova Contagem e Retiro, no município de Contagem, sendo que os efluentes líquidos tratados serão bombeados para a bacia do ribeirão das Abóboras, no vizinho município de Esmeraldas.

z Semelhante providência será tomada também em relação aos esgotos do Bairro Icaivera, situado em área do município de Betim contribuinte para a represa Vargem das Flores. A jusante da represa Vargem das Flores está a maior área urbanizada do município de Betim e ainda uma pequena parte da área urbana de Contagem, na bacia do córrego Imbiruçu A maior parte dos esgotos sanitários e industriais produzidos nesta parte de bacia do Rio Betim, incluindo a contribuição da bacia do Imbiruçu em Contagem, deverão ser tratados na ETE Central, cuja implantação está incluída no Programa de Revitalização Urbana e Recuperação Ambiental da Bacia do Rio Betim. Áreas urbanas periféricas, situadas a oeste e noroeste da cidade, nas bacias de afluentes do córrego Saraiva, cuja foz no rio Betim se situa a jusante da ETE Central, terão seus esgotos tratados em três pequenas ETEs (Cachoeira, Teixeirinha e Salomé) já mencionadas anteriormente. Estudos realizados pela Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM e pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM, ao longo do rio Betim, indicam uma elevada deterioração da qualidade da água no trecho central da cidade. Todos os cursos d'água localizados no interior da mancha urbana recebem, à exceção de pequenas bacias periféricas, o impacto de lançamentos de esgotos brutos, sendo que a maior carga de poluição se concentra na bacia do Rio Betim. Considerando que a extensão do trecho do Rio Betim entre a cidade e o Rio Paraopeba é de apenas 11 km, toda carga poluidora recebida é logo transferida para este rio,-e se constitui na sua principal fonte de poluição de origem urbana. O IGAM, através do Projeto Águas de Minas, realiza monitoramento em diversos pontos na Bacia do Paraopeba, sendo dois na bacia do rio Betim, conforme mostrado na Figura 01, a seguir. O primeiro está situado próximo da confluência com o rio Paraopeba (BP 071) e o segundo logo a jusante da represa Vargem das Flores (BP 088). No Relatório de Monitoramento de Águas Superficiais na Bacia do Rio São Francisco, Sub-bacia do Rio Paraopeba, referente ao ano de 2.001 (Projeto Aguas de Minas - IGAM/FEAM), foram registrados resultados que caracterizam o Rio Betim como o curso d'água em piores condições na bacia do Paraopeba. O índice de Qualidade das Águas (IQA) foi classificado como ruim no ponto BP 071 e médio no ponto BP 088, sendo que este último tinha apresentado IQA bom em 2.000. No ponto BP 071, obviamente em função das contribuições de esgotos da cidade de Betim, foram obtidos resultados fora dos limites de classe (classe 3 neste ponto) para os seguintes parâmetros: oxigênio dissolvido, DBO, fosfatos, coliformes totais e fecais, surfactantes aniônicos, amônia não ionizável e nitrogênio amoniacal. No quadro 1, a seguir, apresentam-se resultados de análises realizadas nestes dois pontos em 2.002, comparados com os limites estabelecidos para cada classe de enquadramento do cursos d'água, confirmando a situação de 2.001.

72 Melhor com vocêc

No projeto e no estudo de impacto ambiental da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE Central) foram apresentados estudos de autodepuração do corpo receptor dos esgotos Rio Betim, evidenciando a necessidade de implantar tratamento secundário com eficiência na faixa de 85 a 95%. Esta situação foi confirmada com a aplicação do modelo Qual2E conforme apresentado no ANEXO lii.

73 Melhor com você ,

Figura 01

74 Figura 01

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4.1.1.1.2 Ribeirão Sarzedo O ribeirão Sarzedo tem uma bacia hidrográfica com a área de 180 km2, sendo que apenas 30 km2 ( 17 %) são áreas ao sul do município de Betim. O restante abrange territórios dos municípios vizinhos de Ibirité, Sarzedo e Mario Campos.

75 Melhor com você

Este curso d'água é, também, afluente do rio Paraopeba pela sua margem direita e em sua bacia foi implantada uma represa para fornecimento de água à refinaria de petróleo da Petrobrás (Refinaria Gabriel Passos - REGAP) situada no município de Betim. Seus afluentes principais são os córregos: Ibirité, do Pintado, Capão da Serra e Lambari. Nas encostas da Serra do Rola Moça nascem os afluentes do ribeirão lbirité: Tabuães, Rola Moça e Bálsamo, antigos mananciais de suprimento de água por gravidade para Belo Horizonte, que até hoje permanecem funcionando integrados ao sistema metropolitano de abastecimento de água da COPASA MG. Neste ribeirão existe apenas uma estação de amostragem (BP 086) do projeto "Aguas de Minas", situada próximo de sua foz no rio Paraopeba. Nesta estação foi constatado índice de qualidade das águas médio em todas as campanhas feitas no ano de 2.001. O principal responsável por esta condição foi o parâmetro "coliforme fecais", que se apresentou acima do limite estabelecido na legislação em todas as campanhas. Destacaram-se também com ocorrências acima do padrão as concentrações de fosfato total em três campanhas. Também foi observada a ocorrência de manganês acima do padrão, especialmente no período chuvoso. A contaminação por tóxicos alta resultou do alto índice de fenóis em três campanhas e da concentração de mercúrio de 1,3 mg/l, na terceira campanha, quando o limite legal é de 0,2 mg/l. Esta ocorrência pode estar correlacionada com a presença de garimpos na região.

No que concerne às áreas da bacia do Sarzedo pertencentes ao município de Betim podem ser destacadas as seguintes informações: o Sub-bacia do córrego Pintado - trata-se de bacia ainda com baixo índice de urbanização, tendo como particularidade o fato de nela estarem situadas as instalações industriais da refinaria de petróleo da Petrobrás - REGAP. Este unidade industrial dispõe de sistema próprio de tratamento de esgotos. u Sub-bacia do córrego do Quebra, onde a COPASA deverá implantar uma ETE constituída de Reatores Anaeróbios e Flotação, com a capacidade média de tratar 6,0 I/s. 4.1.1.1.3 Ribeirão Bandeirinhas A bacia hidrográfica do ribeirão Bandeirinhas, com uma área de 48 km2, está situada a sudoeste do município de Betim e se insere integralmente no território deste município. No plano de saneamento da COPASA MG estão previstas quatro estações de tratamento de esgotos, já descritas anteriormente: São João, Santo Antônio (Granja São João), PTB e Cidade Verde.

4.1.1.1.4 Córrego dos Limas O córrego dos Limas deságua no Rio Paraopeba, logo a jusante da confluência do Bandeirinhas. Sua bacia hidrográfica, totalmente inserida no território do município de Betim, tem uma área de 6 km2 e drena áreas urbanas do núcleo urbano de Citrolândia.

4.1.1.1.5 Córrego Mesquita Também afluente do Rio Paraopeba, o córrego Mesquita tem uma bacia hidrográfica de 6 km2 de área. Drena áreas situadas a sudoeste do município.

76 Be Melhor com você t

4.1.1.1.6 Córregos Pimenta e dos Moreiras Estes dois córregos se unem logo antes da sua foz no Rio Paraopeba. Suas bacias hidrográficas tem áreas de 21 km2 (Pimenta) e 25 km2 (dos Moreiras) e drenam áreas do núcleo urbano de Vianópolis, situado a oeste do município de Betim.

4.1.1.1.7 Córrego Serra Negra Ao norte do município de Betim existem áreas pertencentes à bacia hidrográfica do ribeirão Grande, que deságua no Paraopeba no município de Esmeraldas. Estas áreas estão situadas na sub-bacia do córrego Serra Negra, afluente do ribeirão das Abóboras, que por sua vez é afluente do ribeirão Grande. A parte da bacia situada no município de Betim abrange uma área de 43 km2, toda ela com uso rural.

77 Be t imf_ Melhor com vocr #r

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78 Figura O1

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Figura 36 - BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO - UPGRH SF3 SUB-BACIA DO RIO PARAOPEBA co QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS EM 2001 v b

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4.1.1.2 Fisiografia O relevo no município de Betim é predominantemente ondulado (60% da área do município), apresentando-se plano em 35% do território e montanhoso nos 5% restantes. A altitude máxima atinge 1.100 m acima do nível do mar na Serra Negra e a altitude mínima a 711 m no rio Paraopeba. No Centro a altitude média permanece em torno de 860 metros. A região de Betim corresponde ao complexo ambiental denominado Depressão Belo Horizonte, onde existem terrenos antigos, formados por rochas do embasamento cristalino, granito-gnaíssico, bastante intemperizadas. Predominam as colinas policonvexas de forma arredondada, com vales amplos de fundo chato, na maioria das vezes colmatados por sedimentos silto-argilosos. Os solos são muito profundos, sendo bem desenvolvidos (latossolo B textural). Entretanto, são lixiviados e, em geral, apresentam grande acidez, o que dificulta sua utilização para fins agrícolas. Paralelamente, é uma região que apresenta, de modo geral, grande susceptibilidade a erosão e ocorrência de voçorocamento. 4.1.1.3 Geologia O município de Betim, em uma escala macro, e de acordo com o mapeamento geológico da Região Metropolitana de Belo Horizonte, está inserido em uma região de estrutura antiga, datada do período Arqueozóico. Predominantemente nos domínios do Complexo Basal Indiferenciado, constituído de rochas graníticas comumente cortadas por intrusões de rochas básicas, metabásicas e metaultrabásicas. Esta unidade, conforme estudos do CETEC (1994), congrega as rochas mais antigas da região abrangendo cerca de 65% da área do município. Ainda, em uma escala macro, a região tem como objeto de destaque a ocorrência de depósitos aluvionares, datados do Cenozóico, com sedimentos areno-argilosos junto às principais drenagens. Essas unidades litoestratigráficas apresentam as seguintes características: 4.1.1.3.1 Complexo Basal Indiferenciado: Corresponde ao embasamento gnáissico, constituído predominantemente por biotita gnaisses (esses principalmente), gnaisses granitóides, migmatitos, metabásicos e metaultrabásicos. A ação do intemperismo sobre as rochas graníticas favoreceu a formação de um manto de alteração silto-arenoso com espessura variando desde alguns decímetros até seis metros. Segundo os dados do CETEC (1994) as constantes variações na composição e o elevado estágio de intemperismo das rochas graníticas inviabilizam o mapeamento individualizado dos litótipos das mesmas. 4.1.1.3.2 Depósitos Aluvionares: Os aluviões ocorrem nas calhas (ou próximos a elas) da rede de drenagem do município, e são constituídos por depósitos recentes de areia, argila e cascalhos. Tais depósitos são usualmente explorados para a construção civil ou como matéria-prima para a indústria de cerâmica. Os aluviões mais expressivos estão localizados nas calhas de drenagem dos rios Paraopeba e Betim, do riacho das Areias e dos córregos Bandeirinhas, Morrão, Liberato e Pimenta. A espessura dos depósitos aluvionares é na maior parte das vezes métrica. Ao longo das calhas dos rios Paraopeba e Betim, do riacho das Areias e dos córregos Bandeirinhas, Morrão e Liberato é possível identificar diferentes níveis de deposição, decorrentes da ocorrência de sucessivos eventos erosivos deposicionais. As argilas encontradas são geralmente de coloração clara. Em depósitos localizados nas cabeceiras de drenagens ou em níveis mais profundos dos depósitos, nas drenagens principais, encontram-se argilas com coloração cinza a negra, evidenciando um conteúdo rico em matéria orgânica. Tais argilas foram provavelmente depositadas em ambientes que alternavam fases de proliferação de matéria vegetal com fases de deposição de sedimentos, em ambiente de baixa energia, possivelmente em planícies de inundação.

79 Betini) Melhor com você t

No município de Betim há ainda a ocorrência de litologias associadas ao Supergrupo Rio das Velhas, Formação Sabará, Grupo Macaúbas, Formação Juatuba, Coberturas Detríticas, Intrusivos básicos e Intrusivos ultrabásicos. De acordo com o CETEC (1982), o padrão estrutural regional é fundamentado em falhamentos de grandes amplitudes, com zonas de cisalhamentos representando a tectônica rúptil. Já os efeitos da tectônica dúctil estão expressos nos sistemas de dobras das rochas metassedimentares e das rochas gnáissicas. Quanto às atividades minerárias, o município de Betim conta com áreas de extrações de agalmatolito, gnaisse, argila, areia e cascalho. Próximo à área prevista para implantação da futura ETE Central foi constatada a presença de dragas para extração de areia. Próximo à cachoeira do rio Betim, na região da Fazenda Santa Cruz, o gnaisse é lavrado e britado. A degradação ambiental decorrente dessas atividades é evidente, descaracterizando a morfologia original, alterando os perfis de drenagem e provocando o assoreamento dos principais cursos d'água da região. A morfologia dos terrenos, marcada pela incidência de áreas caracterizadas por elevada declividade e grandes desníveis locais, potencializa a ação do escoamento superficial gerado a partir das intensas precipitações ocorrentes, favorecendo a formação de voçorocas em alguns pontos da cidade. 4.1.1.4 Geomorfologia O município de Betim está inserido na depressão periférica do São Francisco. Sua altitude varia entre 711 metros (cota mínima) e 1100 metros (cota máxima). Seu relevo é caracterizado pelo predomínio de colinas policonvexas suaves, superfícies de aplainamento e planícies fluviais. Tais unidades geomorfológicas, segundo dados do CETEC (1994) apresentam os seguintes compartimentos: 4.1.1.4.1 Planícies Fluviais: Abrangem uma área expressiva dentro do município. Trata-se de áreas relativamente planas, constituídas por depósitos arenoargilosos e de cascalho. A ocorrência desses sedimentos deve-se em grande parte à existência de diques de rochas básicas. Como estes não mais resistem à erosão, atuam como verdadeiras barragens nos locais que são cortados pelas vias, retendo os sedimentos a montante. As planícies estreitam-se na travessia dos diques, e, no canal, formam-se cachoeiras ou corredeiras. 4.1.1.4.2 Superfícies de Aplainamento: Trata-se de um modelado que, apesar de se apresentar retrabalhado e localmente dissecado por processos erosivos, é possível delimitar dois trechos expressivos de ocorrência entre as cotas de 800 m e 900 m: - um dos trechos apresenta forma triangular, ocupando o médio e o alto vale do rio Betim. O trecho médio foi quase totalmente ocupado pela sede do município. No alto rio Betim, próximo à represa Várzea das Flores, a superfície está sendo ocupada por sítios e chácaras, e no extremo norte, pelo bairro Icaiveras. A conservação parcial do médio vale do rio Betim deve-se ao nível de base suspenso do rio nesse trecho, condicionado pela grande cachoeira situada próxima à siderúrgica Metal-Sider; - o segundo trecho é fragmentado e situa-se no sul e oeste do município, nos vales do ribeirão Sarzedo, dos córregos Bandeirinhas, Goiabeira e Mesquita e baixos rio Betim e córrego dos Moreiras. A topografia mais ondulada, recortada por vales, imprime a esse trecho uma fisionomia de colinas de topo aplainado. 4.1.1.4.3 Colinas, Cristas, Vertentes Ravinadas e Vales Encaixados: O relevo de colinas, predominantemente côncavo-convexo, foi originado da dissecação fluvial em clima tropical úmido. Essas colinas apresentam vertentes ravinadas e vales encaixados, ocupando

80 B,,tie Melhor com você a maior área do município. Conforme o substrato rochoso, apresentam determinadas particularidades: na parte oeste do município, sobre rochas xistosas, são amplas com vales encaixados e vertentes íngremes. Sobre rochas granito-gnáissicas, as colinas são arredondadas, tipo "meia laranja". Vale ressaltar a susceptibilidade desta unidade quanto à erosão. Sendo os processos de erosão laminar e sulcos mais atuantes nas colinas sobre as rochas xistosas. As colinas gnáissicas, com regolitos mais argilosos e maiores declividades, são mais vulneráveis à processos erosivos por voçorocamento. O relevo do município apresenta, ainda, formas rochosas: Pontões e Momes Gnáissicos, (dispersos por todo o município; apresentam ora aspectos de cristas, ora de morros ou colinas); Colinas em Intrusões Ultrabásicas; Cristas e Colinas do ribeirão Serra Negra; Colinas, Momes e Vales Encaixados dos ribeirões Sarzedo- lmbiruçu. Outra unidade morfológica de destaque é a Serra Negra localizada na porção noroeste do município, ressaltando na paisagem cristas de altitudes relativamente mais elevadas, entre 900 e 1100 metros, superior a média da região. Seu embasamento é constituído pelos anfibolitos e xistos do Grupo , e pelos quartzitos e quartzo xistos do Grupo Maquiné, que por serem mais resistentes ao intemperismo e erosão, permitiram a preservação dessa unidade. 4.1.1.5 Solos As classificações edáficas, apresentadas aqui, seguem as especificações propostas pelo Centro Nacional de Pesquisa de Solos, no que tange aos conceitos, definições e normas adotados para os respectivos agrupamentos de classes. Os solos predominantes no município de Betim, nas classes de nível de generalização mais elevados, são os constantes no quadro a seguir.

81 E~~ Melhor com você

Quadro 4.2 Tipos de Solo e Característica Geral no município de Betim

TIPO DE SOLO CARACTERÍSTICA GERAL

Latossolo Vermelho Horizonte "B" latossólico. Bastante arejados e friáveis, excelentes Amarelo propriedades físicas com o predomínio das cores vermelha e amarela.

Podzólico Vermelho Horizonte "B" textural. Apresentam contraste evidenciado nas Escuro transições entre os horizontes A, B e C, sendo a transição do horizonte A para o B, clara, abrupta ou gradual e marcada por um Podzólico Vermelho aumento no conteúdo de argila. Amarelo

Cambissolo Horizonte "B" incipiente, formado por material que sofreu alterações físicas e químicas em grau não muito avançado, porém suficiente para o desenvolvimento de cor ou estrutura, e no qual mais da metade do volume de todos os sub-horizontes não deve consistir em estrutura da rocha original.

Gley Pouco Húmico Solos Hidromórficos. Solos que, sob influência do lençol freático, encontram-se saturados com água durante algum período do ano ou o ano todo.

Solos Litólicos ou Solos pouco desenvolvidos. Apresentam pequeno desenvolvimento do Neosolos perfil. Enquadram-se os solos com sequência de horizontes AC e AR, não apresentando como regra horizonte B, quando este horizonte é encontrado se apresenta pouco desenvolvido, com menos de 10 cm de espessura.

Afloramentos de Exposições superficiais rochosas, geralmente não intemperizadas, sob Rochas a forma de morros ou paredões. Na maioria das vezes de gnaisse. Não se trata de uma classe de solo, mas de um tipo de terreno.

Fonte: EIA da Estação de Tratamento de Esgotos dos setores Central e Imbiruçu na cidade de Betim / MG ESSE Engenharia e Consultoria, Janeiro 2003

4.1.1.6 Erosão Os processos erosivos são responsáveis por perdas econômicas significativas e severos prejuízos de natureza ambiental. Fatores naturais, tais como o regime pluvial, a morfologia dos terrenos e a geologia, favorecem a deflagração ou o agravamento desses processos. O município de Betim, em geral, não apresenta graves problemas no que se refere ao número de focos erosivos, apesar de apresentar um grande número de focos estabilizados por toda a área, CETEC (1994). Os tipos de erosão mais freqüentes são laminar e sulcos (associadas à perda de solo). Em menor número, e mais localizadas, têm-se as voçorocas, escorregamentos e erosão em bordas de canais. A aceleração dos processos erosivos e o surgimento de novos focos no município estão diretamente relacionados, na maioria das vezes, aos novos parcelamentos, tanto na periferia da cidade quanto em lugares ainda mais afastados com função recreativa: sítios e chácaras. Cabe

82 Melhor com voce t destacar ainda as estradas ou trilhas abertas. Ambos representam cerca de 60% dos trechos mais afetados. Outros focos estão associados a terraplenagem para instalações industriais e para implantação de pequenas represas, de áreas de mineração, e da utilização intensiva de pastagens. A erosão ocasionada pelas chuvas pode ser considerada homogênea para todo o município estando a erosão laminar e sulcos relacionadas à declividade. As áreas com declividade entre 20% e 30% são, portanto, as mais vulneráveis a tais eventos. Quanto às voçorocas, apesar das escassas pesquisas ligadas ao tema, já se pode apontar alguns fatores deflagadores: escoamento sub-superficial (áreas com superfície descontínua, fraturas e falhas, permitem uma maior percolação dos fluxos e são decisivas para a identificação dos locais de ocorrência), espessura e textura do manto de alteração (condição preferencialmente obtida em declividades médias de 10% a 20% e nas áreas de gnaisse), além, é claro, da ação antrópica. No município, tais condicionantes são encontradas, principalmente, nas áreas de colinas gnáissicas, que abrigam 50% das formas ativas. Cabe destacar, que os processos erosivos localizados nas encostas são, em grande medida, responsáveis pelo fornecimento de sedimentos que promovem o entulhamento da rede de drenagem. Salienta-se a presença de focos erosivos nas bordas do canal do rio Betim, cuja ocorrência é, possivelmente, em virtude do desmatamento de suas margens, da movimentação de terra e da extração de areia. Essas intervenções inadequadas vêm comprometendo o fluxo normal do rio, que apresenta intenso assoreamento com formação de barras arenosas nas bordas e no meio do canal fluvial. Destaca-se ainda a presença de uma voçoroca de grandes proporções no bairro Jardim Casabranca. 4.1.1.7 Clima e regime de chuvas O comportamento do tempo e do clima resulta das interações ocorridas entre os fluxos de energia e matéria e o meio terrestre, envolvendo a litosfera, a hidrosfera, a criosfera e a biosfera. As trocas de energia, umidade, massa e momentum, entre a atmosfera e a superfície, geram estados interativos que apresentarão duração e tamanho compatíveis com a intensidade e a freqüência das referidas trocas. Os resultados dessa dinâmica variam de acordo com os processos estabelecidos distintamente nas diversas escalas. Nesse caso, considera-se que as combinações de processos físicos interativos numa escala superior resultam em modificações sucessivas no comportamento da atmosfera nas escalas inferiores. Já as combinações particulares de processos físicos nas escalas inferiores possuem limitada repercussão nas escalas superiores. Considera-se, portanto, que a influência dos elementos da superfície, inclusive a ação antrópica, vai-se tornando mais pronunciada na medida em que se atingem as escalas inferiores. No caso presente, devido à lógica das interações processuais supracitadas, o encadeamento dos tipos de tempo na cidade de Betim, e suas interações com o empreendimento, foram abordados através da consideração do nível escalar regional e, principalmente, do nível local. A influência dos elementos do quadro paisagístico sobre o funcionamento da atmosfera é incontroversa. Por outro lado, a sucessão dos estados atmosféricos exerce sobre os processos ambientais uma influência variável em termos de intensidade, porém sempre visível e também inquestionável. 4.1.1.7.1 Caracterização Regional No que se refere ao clima regional, verifica-se que o regime climático do Estado de Minas Gerais durante os meses quentes (verão) recebe influência da Massa Tropical Atlântica (mTa), da Massa Polar (mPa), Massa Equatorial Continental (mEc), da Frente Polar Atlântica (fPa) e das Calhas Induzidas (Cl) ou linhas de instabilidades. As chuvas de verão no centro-sul do Estado são causadas principalmente pelas atividades frontogenéticas que se originam primordialmente a partir da mPa e seu contato com o ar tropical (mTa). É importante ressaltar que as precipitações ocorrem também associadas a mecanismos

83 - M elhw~a Melhor com vocd convectivos isolados ou mesmo a outros fenômenos de caráter local ou regional (FERREIRA, 1996). Durante os meses frios (inverno), ocorre o resfriamento do continente e o fortalecimento da mPa. Desse modo, a fPa chega a atingir o extremo norte de Minas Gerais, inclusive exercendo influência direta sobre a região em análise. No entanto, a Massa Polar perde umidade durante seu deslocamento sobre o continente, acarretando a escassez de chuvas, que só ocorrem em maiores quantidades nas áreas topograficamente mais elevadas, cujas temperaturas menores, associada à maior umidade relativa, produz a chamada chuva orográfica. RIBEIRO (1975) definiu as "Seqüências Normais de Sistemas Atmosféricos" como sendo o intervalo de tempo decorrido entre passagem de dois sistemas frontais. A análise dessas seqüências é fundamental para se realizar a associação entre a dinãmica atmosférica e o comportamento climático médio de uma região. No que se refere à região centro-sul de Minas Gerais, inclusive à área em estudo, FERREIRA (1996) avaliou cerca de 40 seqüências, concluindo que os períodos iniciam-se, logicamente, com a presença das frentes que, paulatinamente cedem lugar à participação da mPa. Em seguida, a mPa passa a dominar de forma intercalada o aparecimento de Calhas Induzidas (Cl). Quando há fluxo intenso da mPa, ocorrem condições propícias à atuação mais intensa das Cl, que na maioria das vezes surgem no interior das Massas Tropicais, as quais, em seguida voltam a dominar os estados atmosféricos até a aproximação de um novo sistema frontal. Durante os domínios da mPa, os tipos de tempo tendem a se apresentar geralmente úmidos, com umidade relativa em torno de 75 a 90% e elevada nebulosidade, embora a precipitação seja pouco intensa ou ausente. As temperaturas médias diárias ficam entre 118,00C e 27,0°C, de acordo com a época do ano. No caso da atuação da mTa, a umidade relativa tende a ser baixa, com pressões elevadas e constantes, ventos predominantemente de Sudeste e Sul. As temperaturas tendem a ser elevadas e a nebulosidade baixa, com precipitação rara e supostamente de caráter convectivo. Com as incursões da fPa, ocorre aumento da nebulosidade e umidade relativa, declínio de temperatura sobretudo no inverno e ocorrência de precipitação de intensidade variada, principalmente no verão, quando a simples aproximação da frente é suficiente para provocar alterações nos tipos de tempo, podendo repercutir em termos pluviométricos mesmo antes de atingir a região em análise. No caso da ocorrência de Frentes Estacionárias sobre a região, ocorrem chuvas de grande intensidade e constante durante vários dias. Nesses casos, as oscilações diárias de temperaturas são pequenas em virtude da alta umidade relativa e nebulosidade intensa. Finalmente, quando da atuação das Calhas Induzidas, ocorrem chuvas em quantidades diárias variadas, com a nebulosidade variando de baixa a elevada, ocorrendo por vezes, fortes pancadas de chuvas. Com relação à suposta influência do relevo nas tendências gerais de comportamento dos sistemas dinâmicos, a escassez de dados não permite conclusões definitivas. Entretanto é possível antever qualitativamente que o relevo da bacia do rio Paraopeba exerce influência sobre o deslocamento do ar junto às camadas inferiores da troposfera. 4.1.1.7.2 Caracterização Local Inicialmente é importante considerar que a localidade analisada não recebe influência direta do suprimento de umidade dos oceanos (maritimidade), e nem tampouco da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). O clima da região, de acordo com a classificação de Kõppen, é classificado como tropical (Cw), do tipo mesotérmico brando, semi-úmido, apresentando de 4 a 5 meses secos. A média anual de temperatura situa-se entre 200 C e 240 C. A umidade relativa média apresenta-se em torno de 80%, com um índice pluviométrico médio anual de 1.450 mm, sendo as chuvas concentradas principalmente em dezembro e janeiro. Dados fornecidos pelo 5° DISME demonstram que o inverno na região é marcado pela menor cobertura relativa do céu e maiores percentuais de insolação. As temperaturas apresentam uma sensível queda, mantendo os índices de umidade relativa próximos daqueles apresentados no restante do ano, apesar da redução da evapotranspiração.

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No verão, a concentração das chuvas, associada a maiores valores de cobertura do céu, provoca uma redução da insolação relativa. Entretanto, a temperatura é mais elevada e, tendo em vista a forte incidência de radiação solar, a evapotranspiração se incrementa, assegurando a pouca variação nos teores relativos de umidade do ar, que tenderia a se reduzir adiabaticamente. No que se refere à circulação local, demonstra-se a existência de uma direção preferencial dos ventos em sentido E-NE, com uma velocidade média de 16 km/hora. Na verdade, a circulação nesse nível escalar é dominada por fatores ambientais e atmosféricos locais e caracteriza-se pela instabilidade ao longo de períodos cronológicos curtíssimos (horas e dias). No nível mesoclimático destaca-se a posição latitudinal da região, inserida na faixa intertropical, que recebe grande incidência anual de radiação solar, o que acarreta tendência anual a temperaturas elevadas. Além disso, a posição latitudinal está diretamente relacionada às condições de pluviosidade, bastante marcadas pela tropicalidade. Entretanto, os fatores de meso- escala deixam de ser relevantes para a localidade estudada, haja visto que a maior parte do Brasil está inserido na faixa intertropical, o que de certa forma homogeneíza e deixa de ser algo especial para uma área ou outra. 4.1.1.8 Regime dos cursos d'água A distribuição desigual no regime de chuvas associada à topografia irregular de Betim favorece a ocorrência de enchentes e inundações no município durante o período de chuvas. A conjugação desses fatores naturais com outros (deficiências na ocupação urbana, insuficiência de investimentos em infra-estrutura, em serviços urbanos e em manutenção preventiva dos sistemas de drenagem existentes, desmatamentos, impermeabilização excessiva do solo e ações ainda incipientes no campo da educação sanitária e ambiental, entre outros fatores de destaque) têm como conseqüência a potencialização dos riscos de desastres naturais, principalmente durante a época das chuvas intensas. Especialmente na estação chuvosa ocorrem enchentes cujos efeitos mais visíveis são bem conhecidos: o Alagamentos que atingem as vias públicas e impedem, dificultam ou retardam a fluidez do trânsito, implicando maiores custos de operação e manutenção dos veículos e aumento dos tempos de viagem; alagamentos esses que também podem se converter em focos de propagação de enfermidades transmissíveis por insetos ou roedores ou de doenças de veiculação hídrica; o Entre os que habitam áreas de risco - usualmente famílias de baixos rendimentos e precárias condições sanitárias e de habitabilidade - ocorrem prejuízos materiais, desassossego e tragédias ainda mais graves sob a forma de perdas de vidas humanas; o Gastos com ações emergenciais que, por sua natureza, não solucionam as causas do problema e sequer contribuem para reduzir o impacto das futuras inundações; o Deterioração das condições ambientais, decorrente de pelo menos dois fatores: > ampliação da contaminação do meio ambiente provocada pelo transbordamento de águas de qualidade comprometida; > surgimento ou agravamento de processos de erosão do solo. De fato, registros relativos à última década indicam a ocorrência (ou recorrência) de enchentes em diferentes bairros da cidade, com o nível das águas chegando a subir dois metros, provocando destruição do patrimônio público, inundação de casas e barracos, alagamento de avenidas, casas e lojas comerciais, deslizamento de encostas, desabrigo de centenas de famílias e, até mesmo, perdas de vidas humanas. Para estudos que requerem informações sobre as vazões dos rios da bacia do Paraopeba está disponível o Boletim HIDROTEC n° 5, referente à bacia do Alto São Francisco, obra editada em

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convênio pelas seguintes organizações: Universidade Federal de Viçosa, Fundação Rural Mineira- RURALMINAS e Agência Nacional de Águas- ANA. Este Boletim apresenta estudos de regionalização de vazões para as bacias do Alto São Francisco, entre as quais a do rio Paraopeba (região hidrologicamente homogênea 1). Nele são encontrados modelos para cálculo das vazões mais empregadas em estudos de aproveitamento hídrico, tais como: ci Vazão máxima com período de retorno de 50 anos - utilizada em controle de enchentes em áreas agrícolas, por meio de técnicas de dragagem e de pequenas barragens de terra;

o Vazão mínima de 7 dias de duração e período de retorno de 10 anos - utilizada em estudos de qualidade de água e de outorga de direito de uso de água;

Li Vazão média de longo período - máxima vazão possível de ser regularizada em uma bacia;

ci Vazão com intervalo diário e 95 % de permanência - utilizada em sistemas de captação a fio d'água. Para a bacia do Paraopeba, por exemplo, aplicam-se os seguintes modelos: q7,10 = vazão específica mínima (Vs.km ) = 5,428.A-° 5 Q95% = vazão com intervalo diário e 95 % de permanência (m3/s) = 0,005.A0° 993 A = área da bacia em km2.

4.1.2 Caracterização do Meio Biótico

4.1.2.1 Vegetação 1 Flora Do ponto de vista fitogeográfico, a região apresentava originariamente recobrimento de cerrado intercalado com manchas florestais. O desmatamento sistemático reduziu a meros resquícios a cobertura florística natural, encontrada apenas em alguns vales úmidos, sob a forma de matas galerias, e em determinados trechos elevados da zona rural. O cerrado constitui atualmente a vegetação dominante, não apresentando adensamento idêntico a aqueles do norte e oeste de Minas Gerais. Muitas dessas áreas de cerrado foram transformadas em pastos ou aproveitadas para culturas, geralmente anuais, necessitando de práticas especiais de conservação para utilização. A vegetação na Depressão de Belo Horizonte encontra-se muito degradada, restando apenas áreas esparsas de cobertura original. Nessas áreas menos propícias a ocupação, a vegetação remanescente é do tipo cerradão. Segundo Veloso et aí. (1991), o empreendimento encontra-se inserido em ecótono da Floresta Estacional Semi-decidual e savana. Originalmente, a floresta estacional semi-decidual é condicionada pela dupla estacionalidade climática, sendo um tropical com épocas de intensas chuvas de verão, seguidas por estiagens e outra sub-tropical com período seco, que condiciona uma estacionalidade foliar dos espécimes dominantes, os quais têm adaptação fisiológica à deficiência hídrica ou à baixa temperatura. A savana originalmente encontrada na região rural do município se encontra antropizada pelo uso de pastagens, e caracteriza-se por apresentar fisionomia nanofanerítica rala e hemicriptofítica graminóide contínua, sujeita ao fogo anual. Também são encontradas na região alguns trechos de savana gramíneo lenhosa (Veloso op. cit.), denominada vulgarmente de campo. Prevalecem nesta fisionomia, quando natural, os gramados entremeados por plantas lenhosas raquíticas, que ocupam extensas áreas dominadas por Hemicriptófitos e que, aos poucos, quando manejadas por meio de fogo ou pastoreio, vão sendo substituídas por geófitos, que se distinguem por apresentar colmos subterrâneos, mais resistentes ao pisoteio do gado e ao fogo. Na região, a intensa ação antrópica praticamente substituiu as formações originais por áreas industriais, urbanas e pastagens degradadas, agricultura incipiente e reduzidas formações florestais.

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Nas pastagens da região, foram encontrados Melinis menutiflora - capim gordura, Andropogon spp, Braquiária sp. Foram também verificadas algumas manchas de carrapicho - Altemanthera sp, vassoura - Waltheria indica, goiabinha - Myrcia sp, lobeira - Solanum grandiflorum, assa- peixe - Vemonea ferruginea e malva, invasores comuns na região, além de alguns indivíduos de barbatimão - Stryphnodendron sp, pau-santo - Kiemeyera coriacea, coco macaúba - Acrocomia sp e coco jerivá - Arescatrum sp, dentre outros.

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Quadro 4.3 Algumas Espécies Florestais Ocorrentes nas Áreas Rurais

NOME VULGAR NOME CIENTÍFICO Embaúba Cecropia sp Camboatá Cupania sp Folha miúda Qualea grandiflora Araticum Annona coriaceae Fruta Pombo Vitex sp Tambú Aspidosperma sp Ingá Ingá spp Angico Anadenanthera Pindaíba Xylopia sp Murici Byrsonima sp Pombeiro Tapirira quianensis Copaiba Copaifera langsdorffii Sangra D'Agua Croton urucana Jacarandá Tã Machaerium vilosum Canela Nectandra sp Quaresma Tibouchina sp Figueira Ficus sp Cafezinho Faramea sp Maminha de Porca Zanthoxylum sp Açoita Cavalo Luhea sp Farinha Seca Ouratea sp Fedegoso Senna macantrera Pimenta de Macaco Xylopia sp Aroeira Branca Lithrea molleoides Candeinha Eremanthus incanus Pau Santo Kielmeyera lathroebyton Leiteiro Sebastiana sp Sucupira Preta Bowdichia virgilioídes Jacatirão Miconia sp Faveira Albizia polycephala Pimenteira Eugenia sp Guabiroba Campomanesia sp Goiabeira do Mato Psidium sp Pau Terra Qualea sp lpê Tabebuia crysotricha Fonte: Relatório de Controle Ambiental da Avenida Sanitária Ribeirão Betim - PLANEX S/A Consultoria de Planejamento e Execução, Junho 2002

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4.1.2.2 Fauna A existência da fauna está intimamente correlacionada com o tipo e situação sucessional da vegetação existente. Aspectos expressivos da vegetação, como área, capacidade de suporte alimentar e de abrigo além do nível de ação antrópica, demonstram a existência de condições favoráveis ou não para estabelecimento de uma fauna variada. As ações antrópicas verificadas no município determinaram uma profunda modificação das formações florestais originais, que foram substituídas em grande parte pelo complexo industrial, urbano e agrícola. Constata-se que a eliminação e degradação das formações florestais originais concorreram para o afastamento parcial da fauna, que migrou para outras localidades à procura de condições favoráveis à reprodução e à alimentação. Para a execução deste levantamento expedito da fauna foram realizadas observações, principalmente na área de formação semi-decidual remanescente, e coletadas informações com habitantes e trabalhadores da região, além de checagem em trabalhos similares feitos por esta mesma equipe na região, após o que foram elaborados os seguintes quadros:

Quadro 4.4 Espécies de Maior Potencial de Ocorrência Na Mastofauna NOME VULGAR NOME CIENTíFICO FAMiLIA Mico Cebus sp Cebidae Esquilo Sciurus ingrami Sciuridae Paca Aganti paca Hydrochoeridae Tatu Galinha Dosypus sp Dosypodidae Tatu Peba Dosypus unicinctus Dosypodidae Gambá Didelphis sp Didelphídae Rato do Mato Bolomys spp Cricetidae Rato do Mato Oryzumys spp Cricetidae Coelho do Mato Sylvilagus brasiliensis Leporidae Fonte: Relatório de Controle Ambiental da Avenida Sanitária Ribeirão Betim - Trecho 2 PLANEX SIA Consultoria de Planejamento e Execução, Junho 2002

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Quadro 4.5 Espécies de Maior Potencial de Ocorrência na Herpetofauna NOME VULGAR NOME CIENTíFICO | FAMíLIA Cascavel Crotalius sp Viperidae Calango Tropidurus sp lguanidae Cobra Verde Philodryas olfersi Colubridae Sapo Comum Bufo cucifer Bufonidae Perereca Hyla sp Hylidae Fonte: Relatório de Controle Ambiental da Avenida Sanitária Ribeirão Betim PLANEX S/A Consultoria de Planejamento e Execução, Junho 2002 Quadro 4.6 Espécies de Maior Potencial de Ocorrência na Avifauna NOME VULGAR NOME CIENTíFICO FAMíLIA Urubu Comum Corayyps atratus Cathartidae Pardal Passer domesticus Ploceidae Tico-tico Zonotrichia sp Fringillidae Tiziu Volatinia jacarina Frinqillidae João-de-barro Furnarius rufus Furnariidae Rolinha Columbrina talpacot Columbridae Sanhaço Cinzento Thranpis sayaca Thraupídae Bem-te-vi Pitngus sulphuratus Tyrannidae Coruja Buraqueira Spetyto cunicularia Stringidae Gavião Carrapateiro Milvago chimachina Falconidae Pássaro Preto Gnorimopsar chopi Icteridae Anú Preto Crotophaga ani Cuculidae Pica-pau Picummus sp Picidae Sabiá Tordus sp Turtidae Fonte: Relatório de Controle Ambiental da Avenida Sanitária Ribeirão Betim PLANEX SIA Consultoria de Planejamento e Execução, Junho 2002

4.1.3 Caracterização Sócio-econômica 4.1.3.1 População A população do município de Betim, assim como a de Belo Horizonte, vem ampliando seu total urbano. Segundo dados da Prefeitura Municipal de Betim, cerca de 70% da população do município não é natural do local, ou seja, nasceram em outros municípios e migraram para Betim por motivos diversos, dentre os quais se destaca o fator econômico, notadamente a procura por emprego.

90 B M elh Melhor com voci

Quadro 4.7 Evolução Populacional

Ano População |Taxa cresc. Urbana Rural Total |____ 1970 17.536 20.279 37.815 1980 76.801 7.382 84.183 8,33 1991 162.143 8.791 170.934 6,656 2000 298.258 | 8.417 T306.675 6,71 Fonte: IBGE

O quadro 4.7 evidencia o grande crescimento populacional de Betim nos últimos 30 anos, resultante do processo de industrialização da Região Metropolitana de Belo Horizonte, especialmente no sentido oeste (municípios de Contagem e Betim) neste período. Exposição mais detalhada da inserção de Betim no contexto metropolitano é apresentada no ANEXO 1. No quadro 4.8, a seguir, apresenta-se a projeção populacional de Betim e do setor Central+Imbiruçu, até o ano de 2.025, de acordo com recente revisão dos estudos populacionais do Município, elaborada pela empresa Praxis Projetos e Consultoria Ltda, contratada pela COPASA. Estas novas projeções serviram de base para os dimensionamentos dos projetos e encontram-se no ANEXO II.

Quadro 4.8 Projeção Populacional

Ano Popu lação b/a Betim(a) Central+ % lmbiruçu(b) 2.000 306.675 221.632 72,27 2.005 380.475 272.098 71,52 2.010 467.497 327.059 69,96 2.015 566.792 385.268 67,97 2.020 673.385 444.388 65,99 2.025 786.401 503.389 64,01

4.1.3.2 Níveis de renda Em termos de qualidade de vida, no fator renda, a maior parte da população tem uma renda familiar na faixa de 1 a 5 salários mínimos (S.M.). A regional que abriga a população de menor classe social é o PTB, e valores de renda acima de 15 salários concentram-se nas regionais Centro e Citrolândia.

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Gráfico 4.1 Distribuição da Renda Média dos Domicílios no Município de Betim (%)

Renda média dos domicílios 2%

40 13% * até 1 S.M. 16% * 1 a 5 S.M. o 5 a 10 S.M. rlo10 a 15 S.M. 65% o mais de 15

4.1.3.3 Emprego No Quadro 4.9 apresenta-se a distribuição de população ocupada por setores econômicos nos anos de 1.991 e 2.000. Quadro 4.9 População Ocupada por Setores Econômicos SETORES N° DE PESSOAS (1.991) N° DE PESSOAS(2.000) Agropecuário,extração vegetal e pesca 1.352 2.035 Industrial (1) 23.985 38.256 Comércio de Mercadorias 6.908 17.525 Outros Serviços (2) 26.293 51.757 TOTAL 58.538 109.573 Fonte: (IBGE) (1) Inclui indústria de transformação, construção e outras atividades industriais. (2) Inclui prestação de serviços, social, administração pública, comumicação, transportes, serviços auxiliares de atividades econômicas e outras atividades. Segundo os dados dos censos demográficos realizados pelo IBGE em 1980 e 1999, os setores secundário e terciário ocupavam 95,36% da população economicamente ativa em 1980, passando para 99,2% em 1999. O número de pessoas ocupadas no setor primário entrou em declínio após a década de 70, quando o processo de industrialização pesada ganhou fortes incentivos. Durante a década de 90 a população empregada de Betim cresceu a uma taxa de 8,71% ao ano, sendo que para os setores secundário e terciário, no mesmo período, as taxas de crescimento anual foram de 10,71% e 8,53%, respectivamente. Durante a década de 90 o setor que mais empregou foi o secundário; no entanto, de 1996 em diante a capacidade de gerar empregos desse setor começa a declinar, de modo que o setor terciário em 1999 já concentrava mais de 50% da população economicamente ativa de Betim, como pode ser visualizado no gráfico 4.2 e no quadro 4.10.

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Gráfico 4.2 % de Emprego por Setor Econômico em Betim

População Ocupada por Setor

80% 60% - E Primário 40% * Secundário 20% O Terciário 0% 1 2 3 1980 1996 1999

Quadro 4.10 % de Emprego por Setor Econômico em Betim

Setores Econômicos 1980 1996 1999

Primário 4,60 0,90 0,80 Secundário 51,90 57,30 47,40 Terciário 43,50 41,80 51,80 Fonte: IBGE

Dos 942 estabelecimentos do setor industrial, 231 são do ramo da construção civil, 181 da metalurgia e 137 de produtos alimentares. Betim tem um Parque Industrial muito diverso, sendo que os setores que mais empregam são os ligados à produção de automóveis, seguidos dos gêneros metalurgia, mecânica, química e transformação de minerais não metálicos. O setor terciário, que envolve o comércio de bens e serviços no município, é o maior gerador de empregos desde 1998, e a cada ano surgem centenas de novos estabelecimentos. Em relação ao comércio varejista, são 2.831 estabelecimentos, sendo que destes, cerca de 30% são do ramo de alimentação / bebida / fumo, seguidos do ramo de tecidos / vestuário / armarinho (17%) e madeira / material de construção / pintura (7%). No comércio atacadista, dos 211 estabelecimentos existentes, o ramo de maior participação é o de alimentos, com 36%. O ramo de madeira / material de construção / pintura possui 10% dos estabelecimentos e o de combustíveis / lubrificantes aparece com 5%. Os serviços que mais se destacam são alojamento / alimentação

93 BAetim' Melhor com vocd

com 43% dos estabelecimentos, e manutenção / instalação, que atinge 25% (Dados da CEMIG- Seplan- 1999). A arrecadação municipal mostrou-se crescente no período que compreende os anos de 1.995 até 1.999. A arrecadação de ICMS subiu, de R$ 606,5 milhões em 1.995 para R$ 965 milhões em 1.999, assim como outras fontes de renda pública, que no ano de 1.999 somaram R$ 17 milhões, refletindo a atração de Betim por novos investimentos. Ainda que a economia de Betim, com um PIB de R$ 3,6 bilhões, dados mais recentes de 1997, continue dependente da Fiat e da Petrobrás, já é expressiva a participação de outras empresas na arrecadação da cidade. Em 1.994, a Fiat e a Petrobrás responderam por 88% do VAF de Betim, com o recolhimento de R$ 1,85 bilhão. As outras empresas participaram com os 12% restantes, um total de R$240 milhões. Nos dados de 1.998, a Fiat e a Petrobrás garantiram 61% do total, recolhendo R$ 2,8 bilhões. Em contrapartida, as demais companhias aumentaram sua participação no VAF para 39%, com R$ 1,7 bilhão. Segundo a Prefeitura, a cidade recebe cerca de 20 mil pessoas por ano em busca de oportunidades. Betim abriga uma das três incubadoras tecnológicas em operação no país (ITEBE) do Programa Petrobrás. Consiste num ambiente onde, graças a acordos entre empresas privadas e governamentais, são oferecidas facilidades tais como apoio administrativo, técnico e comercial para pequenas empresas que lidam com tecnologia. Betim possui ainda um porto seco (Estação Aduaneira do Interior - EADI - GRANBEL) que movimenta em média US$ 1,5 bilhão em cargas/ano (importação/exportação). 4.1.3.4 Escolaridade Segundo dados de 1999, fornecidos pela Secretaria de Estado da Educação, o município de Betim conta com ensino fundamental, médio e superior. No ensino fundamental predominam os estabelecimentos públicos municipais. No ensino médio predominam os estabelecimentos públicos estaduais. São oferecidos cerca de 10 cursos de nível técnico, sendo predominante o ensino do magistério de 10 grau, observando-se aí grande participação dos estabelecimentos particulares. No ensino superior tem-se a oferta de diversos cursos, pela universidade particular PUC/Betim: administração de empresas, arquitetura, ciência da computação, ciências, ciências biológicas, ciências contábeis, comunicação social, direito, educação física, enfermagem, engenharia, filosofia, fisioterapia, geografia, historia, letras, matemática, medicina veterinária, pedagogia, psicologia, relações internacionais, serviço social e turismo. De forma específica, em Betim predominam estabelecimentos da rede municipal de ensino (60), além de escolas estaduais (30), escolas particulares (16), creches (35) e diversas organizações não governamentais que atuam no sentido de reeducação. De maneira geral, constatou-se que em função das altas taxas de crescimento demográfico local e também em razão da ampliação do acesso à escola, o município de Betim tem apresentado uma crescente demanda de vagas na educação. Nesse sentido, tem-se como fator determinante, a elaboração de políticas de atendimento escolar nas diversas modalidades de ensino. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Educação, os cicios de ensino vêm sendo implantados gradativamente, a partir da Resolução SEED n° 01/98. Em 2001, portanto, conclui-se a implantação do 2° ciclo, com a formação das turmas de 11 anos. De acordo com os dados apresentados no Estudo de Impacto Social, elaborado especificamente para o Projeto Rio Betim, em setembro/2003, a taxa de alfabetização de adultos no município de Betim é de 91,45%. 4.1.3.5 Indice de Desenvolvimento Humano - IDH A análise da qualidade vida do município de Betim passa primeiramente pela classificação quanto ao IDH criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de analisar e comparar as condições de vida da população, cuja escala varia de Oa 1. De acordo com esta escala, quanto mais próximo de 1 os indicadores estiverem, maior é o IDH do município ou seja, este possui uma boa qualidade de vida.

94 Melhor comc vocM

Em Minas Gerais, as condições de vida do município foram analisadas pela Fundação João Pinheiro (1996) em sua publicação "Condições de vida nos municípios de Minas Gerais" através da qual foi possível obter os dados referentes ao IDH do município de Betim e estabelecer a sua análise. Portanto, de acordo com a Fundação João Pinheiro (1996) o município de Betim apresentou os seguintes índices:

Quadro 4.11 Índice de Desenvolvimento Humano - IDH

Ano IDH-Geral IDH-Lon evidade IDH-Educação IDH-Renda Betim MG Betim MG Betim MG Betim MG 1970 0,424 0,440 0,409 0,498 0,498 0,488 0,366 0,335 1980 0,660 0,709 0,569 0,640 0,579 0,575 0,832 0,912 1991 0,695 0,697 0,674 0,689 0,790 0,751 0,622 0,652 2000 0,775 0,773 0,779 0,759 0,885 0,850 0,660 0,711

Observa-se que em 1970 o município encontrava-se em Baixo Desenvolvimento Humano, uma vez que os índices apresentados situavam-se entre 0,366 e 0,498. No entanto, a partir de 1980, houve uma melhoria desses índices fazendo com que Betim passasse a fazer parte dos municípios de Médio Desenvolvimento Humano. Em relação ao IDH O Município de Betim está situado em nos níveis 1382 e 1.187Q, respectivamente em Minas Gerais e no Brasil. 4.1.3.6 Saúde pública Segundo informações da Prefeitura Municipal, a saúde pode ser considerada como um dos problemas mais sérios de Betim. A rede pública de Saúde, no Município, é composta por 20 Unidades Básicas de Saúde (UBS), quatro Unidades de Atendimento Imediato (UAI), três unidades de referência, um Hospital Público Regional e uma Maternidade Municipal. Juntos somam 553 leitos disponibilizados para a população. Na regional lmbiruçu, há três unidades básicas que contam com o trabalho da AVEIANM1, consultas médicas e odontológicas. Já na Regional Centro, tem-se quatro unidades básicas, sendo uma de atendimento imediato, duas unidades de referência em saúde mental e uma unidade de vigilância à saúde, além de um centro de convivência para a DST/AIDS e um centro de referência em especialidades. Apesar de toda esta estrutura, os problemas com longas filas e a falta de atendimento são comuns no Município. O investimento no setor vem ocorrendo de forma maciça, mas não consegue acompanhar a demanda pelos serviços públicos. Analisando o parâmetro saúde, foram escolhidos os índices que refletem a taxa de Esperança de Vida ao Nascer, ou seja, o número médio de anos que se espera que uma pessoa viva e a Taxa de Mortalidade Infantil, significando o número de crianças que, em cada mil nascimentos, morrem antes de completar 01 ano de vida. Tais índices constituem-se em elementos importantes para, num primeiro momento, estabelecer a análise da saúde, de maneira específica, e das condições de vida, de modo geral, no município em questão.

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Quadro 4.12 Esperança de Vida ao Nascer e Taxa de Mortalidade Infantil em Betim e no Estado de Minas Gerais

LOCAL Esperança de Vida ao Nascer Taxa de Mortalidade Infantil (em anos) (por mil nascidos vivos) 1970 1980 1991 2000 1970 1980 1991 2000 Betim 49,50 59,20 65,47 71,76 145,10 97,50 36,91 23,60 Minas Gerais 54,90 63,40 66,36 70,55 116,80 78,90 35,39 27,75

Fonte: Dados básicos: IBGE - Censo Demográfico, 1970; 1980 e 1991 Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP) e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) Com relação à Esperança de Vida ao Nascer, o município apresentou, no período considerado (1970-1980-1991), índices relativamente próximos à média do estado de Minas Gerais. Tanto no município, quanto no estado, esses índices evoluíram gradativamente durante todo o período. Aliados à evolução positiva das taxas de esperança de vida ao nascer os índices de mortalidade infantil apresentaram, ao longo do período analisado, valores decrescentes. O município de Betim tem um histórico marcado por altas taxas de mortalidade infantil, principalmente nos anos anteriores a 1970, quando foram verificadas 145,1 mortes a cada mil crianças nascidas vivas. Em 1980 os índices chegaram a 97,5 mortes a cada mil crianças nascidas vivas, um valor acima da média do estado (78,9). Em 1991 a redução foi bastante significativa (51,9), apresentando-se um pouco superior à média verificada no estado (49,2 mortes a cada mil crianças nascidas vivas). A redução da Taxa de Mortalidade Infantil foi alcançada, certamente, em razão da melhoria substancial dos serviços de saúde, tanto em termos de equipamento físico, quanto estrutural e humano.

4.1.4 Uso e Ocupação do Solo

O Plano Diretor Municipal de Betim apresenta objetivos claros no sentido de ordenar o pleno desenvolvimento e funções sociais da cidade e garantir o bem estar de seus habitantes. Os objetivos estratégicos estão voltados para a integração das empresas na vida da uma cidade que se tornou essencialmente industrial, reordenando o uso e a ocupação do solo sem perder de vista os recursos ambientais e os equipamentos urbanos. As vias de caráter interestadual e regional e o assentamento de atividades econômicas que demandam proximidade dos grandes eixos de transportes, a necessidade de aproximar as moradias dos grandes núcleos de emprego, e a definição e proteção das áreas rurais, apresentam-se como as grandes diretrizes para articular o Município através de uma rede bem estruturada de sistema viário. O objetivo de tornar a cidade culturalmente rica e diversificada inclui desde a distribuição eqüitativa de equipamentos comunitários de educação, saúde, lazer, cultura e abastecimento, até a ampliação dos equipamentos urbanos de energia elétrica, água, esgoto, drenagem, comunicação e pavimentação. O Plano Diretor aborda problemas específicos do município como a despoluição de cursos d'água, recuperação de áreas de cobertura vegetal expressiva, proteção e recuperação de áreas sujeitas a problemas geotécnicos e geomorfológicos. Na Bacia de Várzea das Flores, área de proteção de mananciais, a função primordial da propriedade é a preservação da quantidade e da qualidade da água.

96 Melhor com você '

De grande importância é a preocupação com a gestão administrativa da cidade, através da capacitação permanente dos técnicos da Prefeitura, articulação com outros municípios na resolução de problemas comuns, enfatizando a manutenção do processo de informações com ampla divulgação e implantando efetivamente o processo de planejamento urbano contínuo. Do Macrozoneamento surgem as diretrizes, detalhadas e complementadas na legislação urbana, em especial na Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo, que possibilita a qualquer momento a delimitação de Áreas de Interesse Social, Urbanístico ou Ambiental, além daquelas previstas no próprio Plano Diretor. A lei de uso e ocupação do solo, contudo, abrange apenas a área central da cidade e, tendo sido aprovada bem antes do Plano Diretor, tem sofrido constantes alterações para promover a necessária compatibilidade entre estes instrumentos de gestão urbana. O zoneamento delimita as zonas: urbana, de expansão urbana e rural. Apenas nas zonas urbana e de expansão urbana são permitidos usos urbanos. Na zona rural são permitidas divisões em módulos rurais de 20.000 m2, destinadas às atividades agro-pecuárias, de lazer e agro-industriais, estas dependendo de licenciamento ambiental; as zonas urbana e de expansão urbana são subdivididas em: u A Zona de Atividades Incômodas, ZAI - onde são permitidas atividades industriais, comerciais, de prestação de serviços e institucionais; corresponde aos Distritos Industriais já implantados, à faixa ao longo da BR-381 e da via de Contorno, às áreas lindeiras à MG-050 e à Via Expressa; essa delimitação proíbe atividades que possam gerar convivência com áreas de uso coletivo, garantindo a proteção da população, e possibilitando às atividades industriais de porte, maior independência no escoamento dos seus produtos e na importação de insumos, diminuindo custos de transporte, ao mesmo tempo que assegura o bem estar da população. u Zona Residencial Mista, ZRM - usos permitidos: residenciais, comerciais, prestação de serviços e institucionais, permitindo-se ainda usos industriais compatíveis com o uso residencial. z Áreas de Interesse Social - AIS.I - destinadas a programas habitacionais para a população de baixa renda; AIS.11 - áreas de população de baixa renda onde houver interesse de regularização urbanística e fundiária. u Áreas de Interesse Urbanístico - AIU.1 - áreas que deverão ser preservadas pelo seu valor histórico e cultural; AIU.11 - áreas que deverão ser revitalizadas ou reestruturadas pelo seu valor para a convivência e sociabilidade da população ou pelo seu estado de degradação; AIU.111 - áreas necessárias à ampliação do sistema viário; AIU.IV - áreas necessárias à implantação de equipamentos públicos. z Áreas de Interesse Ambiental - AIA.1 - áreas necessárias à preservação de mananciais para abastecimento de água, em especial a bacia de Vargem das Flores; AIA.1I - áreas de proteção de recursos naturais e paisagísticos, tais como, solo, nascentes e cursos d'água, fauna e flora; AIA.III - áreas que apresentam riscos à segurança e ao assentamento humano; AIA.IV - áreas destinadas a parques urbanos. A preocupação com o aumento significativo da densidade demográfica na zona urbana está caracterizada no Plano Diretor com o estabelecimento de diretrizes de adensamentos demográfico e a previsão de áreas para parques urbanos e de controle ambiental. A estruturação do sistema viário vem a ser da máxima importância porque, além dos objetivos básicos de escoamento de bens e pessoas, a atividade de transportes está no centro do cicio vicioso: uso do solo gerando atividades, que geram transporte, que estimulam o uso do solo... A estratégia utilizada para o sistema viário pode, otimizar sócio-economicamente uma cidade, através do controle bem engendrado da acessibilidade.

97 Betimi Melhor com vocô

A classificação funcional das vias é o primeiro passo, pois as características geométricas regem a velocidade e o comportamento do fluxo de tráfego ou mesmo do indivíduo. Vias arteriais, devem oferecer condições de escoamento rápido com rigoroso controle de acesso, sinalização adequada e o mínimo de atrito lateral possível (objetos ou situações nas áreas lindeiras que levem a alterar o ritmo adequado do fluxo de tráfego, ou prejudicar a segurança). Assim sucessivamente, as características das vias que venham a ser classificadas como municipais, coletoras, locais, de pedestres e ciclovias, terão suas funções explicitadas pelas suas características construtivas, capazes de induzir a uma utilização adequada. Vias locais e de pedestres, por exemplo, deverão ser ambientadas de tal forma de que a velocidade do fluxo seja naturalmente obedecida pelos usuários. Assim é que o Plano Diretor define estrategicamente qual a classificação funcional das vias existentes e planejadas, prevê o Plano Municipal de Circulação e Transportes, e ainda faixa "non aedificandi" à margem da ferrovia e ao longo das vias municipais, possibilitando a implantação de futuro metrô. Objetivamente, estão também definidas no Plano Diretor, soluções relativas aos transportes que já são claramente necessárias tais como: priorizar a execução das transposições da via férrea, garantir a acessibilidade aos portadores de deficiência física nos passeios e logradouros públicos, e definir áreas para terminais urbanos e intermunicipal. Além da abertura que possibilita a qualquer momento a delimitação de Áreas de Interesse Social, Urbanístico ou Ambiental, o Plano Diretor estabelece áreas cuja urgência social já pede ações específicas e que prevalecerão sobre as normas do Macrozoneamento e da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo, tais como: áreas necessárias à preservação da Bacia Hidrográfica de Várzea das Flores, áreas de risco ao assentamento humano, preservação de áreas de valor histórico e cultural, e áreas destinadas a parques urbanos. O Plano Diretor enfatiza ainda a policentralidade da cidade através do desenvolvimento de uma rede de centros principais, com diretrizes específicas para o seu crescimento, já nomeando e priorizando os seguintes centros: Área Central, Teresópolis, lmbiruçu, PTB, Alterosas (duas seções), Citrolândia, Vianópolis e Bandeirinhas. A policentralidade, como já prevê o próprio Plano Diretor, virá através da diversificação de atividades e criação de programas de fortalecimento e revitalização, com a valorização e estímulo das vocações naturais de cada região. Assim já estão definidas para cada um dos centros acima, ações relativas à reconhecida aptidão e tendência das regiões citadas. A preocupação com os núcleos isolados faz parte das diretrizes sobre a policentralidade, prevendo-se a estruturação do sistema de transporte e dos equipamentos coletivos tais como abastecimento (víveres, energia e água), saúde (rede físico-assistencial), educação (prioridade, pela ordem, para ensino fundamental, educação infantil e de segundo grau juntamente com os cursos técnicos e profissionalizantes), cultura, esporte, lazer, turismo, e até mesmo os serviços funerários. O Plano Diretor prevê que o Poder Executivo deve formular o Plano Municipal de Habitação, promovendo programas de humanização das favelas com o resgate da cidadania, construção de conjuntos habitacionais, e remoção de famílias de baixa renda das áreas de risco através do incentivo de cooperativas habitacionais autogestionárias, permanecendo sempre a preocupação com a segurança pública (incluindo a determinação de locais para armazenamento de cargas perigosas, instalação de unidades do Corpo de Bombeiros, e programas de iluminação pública). O Poder Executivo deve formular ainda o Plano Municipal de Esporte, Lazer e Turismo (priorizando equipamentos nas áreas de maior demanda e integrando ações com os aspectos culturais), e o Plano Municipal de Cultura (ao menos um equipamento em cada regional, associado aos equipamentos de lazer), atendendo às demandas diferenciadas por idade, sexo e condições físicas. Serão ainda formulados os Planos Municipais: do Sistema de Esgoto, contendo diretrizes para o acompanhamento da demanda e seu tratamento, em especial aqueles das bacias do Riacho das Areias, Rio Betim, Córrego Bandeirinhas e Córrego Goiabinha; do Sistema de Drenagem, prevendo o tratamento ambiental de córregos não canalizados e a transformação das avenidas não pertencentes ao Sistema Viário Estrutural em rede de ciclovias; da Limpeza Urbana, com

98 Melhor com você=' extensão da coleta domiciliar e estabelecimento de critérios para a evolução do serviço; da Energia Elétrica e Iluminação Pública, e dos Telefones Públicos, através dos programas anuais de expansão, elaborados em conjunto com as concessionárias. Enfim, são definidos os instrumentos do Plano Diretor para a sua viabilização e operacionalização. Os instrumentos que dizem respeito mais direto a viabilização financeira são: o Sistema Tributário Municipal; a Contribuição de Melhoria, quando a população e a iniciativa privada são parceiras da Prefeitura, desde a concepção das ações até o financiamento; a Captação de Recursos Externos, onde o município será parceiro de outros municípios e/ou das instâncias estadual e/ou federal, ou, ainda, junto aos organismos nacionais e/ou internacionais, dependendo da sua capacidade de endividamento; Orçamentos e Planos de Investimento, com o município exercitando o planejamento baseado na demanda por serviços e na capacidade financeira a longo prazo, sempre regido por critérios técnicos que devem estar atrelados às políticas contidas no Plano Diretor. Os instrumentos mais ligados à viabilidade sócio-econômica são: a Legislação Urbanística, representada pela Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo e Código de Edificações e Obras; Planos Setoriais e Política de Terras Públicas, com tempo de vigência de 5 anos; Parcelamento e Edificação Compulsórios objetivando a defesa da função social da propriedade; Transferência do Potencial Construtivo, permitindo a proteção de imóveis tombados e garantia dos direitos dos proprietários; Aprovação dos Empreendimentos de Impacto, com identificação das repercussões negativas, danos ao meio ambiente, sobrecarga aos serviços prestados na área, e outros aspectos que empreendimentos, públicos ou privados, podem causar ao serem implantados. O Plano Diretor prevê que tais empreendimentos devem ser submetidos ao parecer do Conselho do Plano Diretor; Consórcio Imobiliário, quando a iniciativa privada torna-se parceira do Município no parcelamento e na urbanização de áreas de interesse social - AIS; mediante cessão do seu imóvel ao município. O proprietário original recebe em troca imóveis urbanizados no mesmo valor do imóvel cedido, antes das benfeitorias realizadas pelo Poder Público; Cadastro Técnico Multifinalitário, que trata do processamento de dados e do geo-processamento, instrumento capaz de agilizar sobremaneira a utilização dos outros instrumentos, devendo ser mantido e atualizado tanto física, quanto tecnicamente, e estar disponível para a utilização de todas as Secretarias Municipais em suas atividades de planejamento, programação, acompanhamento e monitoração dos serviços públicos. O Plano Diretor prevê que a sua gestão tenha caráter participativo, através de um Conselho composto por cidadãos provenientes das várias áreas de conhecimento da cidade, como funcionários do próprio Poder Publico; representantes de concessionárias, entidades de classe e de bairros, garantindo assim a viabilidade técnica e social das decisões e pareceres a serem fornecidos. Nas suas disposições finais e transitórias o Plano Diretor estabelece o prazo para que o município estude e decida sobre a relocação do Terminal de Imbiruçu, visando a segurança da população. Por todas estas considerações, relacionadas com a importância do planejamento como instrumento de viabilização de qualidade 'de vida urbana, e face ao impacto urbano a s°er promovido pelas intervenções do Programa, é indispensável que seja nele incluído uma revisão completa do planejamento urbano e ambiental do Município.

99 Quadro 4.13 Matriz Projetos x Plano Diretor

ITE PROJETO REFERENCIA CARACTERÍSTICAS ATENDIMENTO AO PLANO DIRETOR M Avenida Av. Edméia M. Avenida sanitária com Avenida marginal ao rio Betim, prevista no sistema viário da cidade na categoria 1 Sanitária Rio Lazzarotti - Rio duas pistas, canal de Via Arterial (Via 007), configurando-se como o último segmento desta via Betim l.Entre a Betim. central e interceptores localizado na área central da cidade. Deverá solucionar o problema da ponte da rua Dr. de esgotos sanitários. transposição da linha férrea da Ferrovia Centro Atlântica - FCA. Gravatá e a Av. Não interfere com norma específica do Plano Diretor e na Lei de Uso do Solo Amazonas. está zoneada como Setor Especial 3 ( destinado ao desenvolvimento de projetos Extensão = especiais, tais como: implantação de sistema viário, eixos de transporte 1.000 m O ferroviário, transporte de massa e programas habitacionais, todos de iniciativa do Poder Público. Não há ocorrência de cobertura vegetal em seu trajeto. A obra se encontra em implantação. Avenida Ligação da Av. Avenida sanitária com Av. projetada para dar seqüência à Av. Edméia Lazzarotti no sentido norte até a 2 Sanitária (Rio Edméia M. duas pistas (Via A) e região a jusante da barragem Vargem das Flores. Não está prevista no sistema Betim) Il --Rua Lazzarotti aos uma pista (Via B), viário arterial da cidade. A via foi projetada ao longo do fundo de vale do rio Cícero Rabelo bairros N.S. pontes para travessias Betim, mantendo-se o leito natural do rio. Nos pontos de travessia do sistema Vasconcelos até Fátima, Sítio das do rio Betim, viário sobre o rio foram projetadas pontes. Foram projetadas retificações e a jusante da Poções, e retificações e proteções proteções em segmentos do rio internos ao Parque Ingá. Nas interferências das represa de Várzea das do rio. chegadas dos afluentes foram projetadas canalizações. O projeto da via interfere Várzea das Flores, até o Interceptores de com a área de interesse ambiental IV de no 6, relativa aos parques urbanos do Flores. Extensão Bairro Itacolomi. esgotos sanitários. Ingá e Poções. O projeto da via se compatibiliza com os projetos dos parques, = 5.000 m embora nem toda a área da AIA IV no 6 tenha sido incorporada aos parques projetados. No trecho de interferência com os parques a via se abre em duas: Via A (a oeste) e Via B (a leste). Os interceptores sanitários foram projetados ao longo do fundo de vale fora das faixas das vias. Desapropriações previstas: 28 terrenos vazios e 207 edificações irregulares. Betii Melhor com vocÉ Quadro 4.13 (Continuação) ITE PROJETO REFERÊNCIA CARACTERiSTICAS ATENDIMENTO AO PLANO DIRETOR

Avenida Bairros Ingá de Av. sanitária com duas A via faz parte do sistema viário arterial do município (Via 022), deverá ligar a 3 Sanitária José Baixo, Bom pistas, canal central e Av. Edméia M. Lazzarotti ao Bairro Taquaril e Bom Retiro. Fará articulação com Inácio Filho Av. Retiro e Taquaril. duas travessias e o sistema rodoviário estadual (MG 050/060). Foi projetada ao longo co fundo de José Inácio Filho Interceptores de vale contribuinte da margem direita do Rio Betim. O canal proposto deverá (Bairro Ingá de Bacia: Betim esgotos sanitários. conduzir as águas pluviais incidentes na bacia, controlando as enchentes nas Baixo à Rua áreas adjacentes. O tratamento proposto permitirá a implantação dos Anita Garibaldi interceptores de esgotos sanitários. O fundo de vale não foi objeto de norma (Bairro Bom específica no Plano Diretor e a sua ocupação atual é mais densa nas Retiro - Taquaril). proximidades da Av. Edméia Lazzatotti. Existem trechos ao longo do talvegue Extensão = 2500 com áreas laterais ainda não urbanizadas, com ocorrência de cobertura vegetal, m que permanecerá externa à via proposta. Estão previstas as seguintes desapropriações nesta obra: 129 terrenos vazios, 29 edificações regulares e 29 edificações irregulares. Avenida Bairro Nova Tratamento de fundo Trata-se de via sanitária proposta para a recuperação de fundo de vale em áreas 4 Sanitária do Baden e Vila de vale do Córrego já loteadas. Embora não faça parte do sistema viário principal da cidade, poderá Córrego lmbiruçu Andorinha. lmbiruçu, com extensão exercer papel importante no tratamento do fundo de vale do lmbiruçu e desde jusante do aproximada de 3.560 m promovendo a melhoria da restrita acessibilidade dos bairros adjacentes. Na Córrego Bacia: Betim - Implantação de obras confluência com a Via Expressa atravessa áreas de indústria/comércio/serviços Imbiruçu, na Sub-bacia: de canalização do de grande porte, para logo em seguida, margear área de urbanização mais confluência com Areias/lmbiruçu córrego (1.960 m), de densa pela a leste e áreas livres a oeste. Articulam-se a ela as vias Pedra Azul o Córrego das vias e de interceptores e Acácias, propostas no Programa. Interliga a Via Expressa Leste Oeste com a Areias (Bairro de esgotos sanitários . Av. Marco Túlio Isaac, marginal do Riacho Areias. No seu trecho de jusante as Nova Baden),até pistas se separam contornando a bacia de contenção BDlmb integrante do o bueiro a sistema de bacias de detenção proposto no Programa. Está prevista a montante, sob a implantação de canalização de córrego e dos interceptores de esgotos Via Expressa, no sanitários. Bairro Vila O seu trecho de jusante e a bacia de detenção atingem áreas caracterizadas no Andorinha.Eexte Plano Diretor como ` Área de Interesse Ambiental IV - AIA_IV" de no 4 ( áreas nsão = 3560 m previstas para implantação de parques urbanos). São atingidas, também, neste trecho e no extremo norte, áreas regulamentadas como "Área de Interesse Social II - AIS II"de no 17, 9 e 10 (áreas ocupadas por população de baixa renda onde houver interesse de regularização urbanística e fundiária). Não existe cobertura vegetal significativa na faixa das obras. Desapropriações previstas: 31 terrenos vazios e 387 edificações irregulares.

101 Melhor com você O'

ITE PROJETO REFERÉNCIA CARACTERISTI ATENDIMENTO AO PLANO DIRETOR

Avenida Sanitária São Bairro N. S. de Av. Sanitária Via sanitária proposta para a recuperação de fundo de vale. Não integra o 5 Paulo Rua Xingu Fátima, Bairro com duas pistas, sistema viário principal da cidade, mas alem de favorecer a implantação dos (Bairro N. S. de Fátima, Niterói Bairro canal central e sistemas de drenagem e esgotamento sanitário, proporcionará melhoria sensível passa pelo Bairro Industrial São interceptores de na acessibilidade local. Interfere com duas AIS II, as de números 13 e 14. A Niterói até a Alameda Pedro. esgotos faixa não urbanizada disponível para a via é geralmente estreita. Existe no trecho Amapá (Bairro Bacia: Betim sanitários de jusante, na marginal oeste, terreno livre (Sitio Amoras). Industrial São Pedro). Desapropriações previstas: 31 terrenos vazios e 71 edificações irregulares. Extensão = 1.460 m Avenida Sanitária Vale Bairro Bueno Av. Sanitária Via sanitária a ser implantada ao longo do vale das Bibocas contribuinte da 6 das Bibocas Inicia na Franco com duas pista, margem direita do rio Betim, pertencente ao sistema viário da cidade (Via 002), Rua N. S. das Graças canal central e na categoria de via arterial. Foi proposta no projeto a implantação do segmento do Bairro Bueno Franco Bacia: Betim interceptores de entre a Av. Betim e a Av. N. S. das Graças. Com relação ao Plano Diretor, está e termina na Av. esgotos quase toda em área zoneada como AIS-1 ( área de interesse social 1 - n04 - Edméia M. Lazzarotti sanitários. áreas destinadas a programas habitacionais de baixa renda. Na interseção com no Bairro Bueno Franco a Av. Rio Betim ocorre interferência com a AIA-IV de n° 6 - Parque Urbano do Extensão = 840 m Ingá A faixa disponível no fundo e vale é ampla e está liberada. Não há ocorrência de cobertura vegetal significativa nas áreas marginais ao córrego. Desapropriações previstas: 23 terrenos vazios. Avenida Sanitária Porto Bairro Espírito Av. Sanitária Via sanitária pertencente ao sistema viário arterial da cidade (Via 023), a ser 7 Alegre Inicia na Av. Santo. com duas pistas, implantada em fundo de vale contribuinte da margem esquerda do rio Betim. Foi Edméia M. Lazzarotti e Bacia: Rio Betim canal central e proposta no Programa a implantação do segmento: Av. Edméia Lazzarotti/ Rua termina na Rua da interceptores de da Bahia. A sua faixa não foi objeto de norma específica do Plano Diretor e não Bahia, adjacências do esgotos oferece disponibilidade para ampliação lateral do tratamento do fundo de vale. Bairro Espírito Santo. sanitários. Não há ocorrência de cobertura vegetal no seu percurso. Desapropriações Extensão = 1.100 m previstas: 25 terrenos vazios e 9 edificações irregulares. Av. Sanitária Pedra Vila Cristina Av. Sanitária Via local não pertencente ao sistema viário arterial da cidade. Tem função 8 Azul Bacia: rio Betim com duas pistas, importante no tratamento do fundo de vale e na melhoria da acessibilidade local. Conecta com a Av. Sub-bacia: canal central e Sua faixa de implantação não é objeto de regulamentação específica pelo Plano Imbiruçu e segue na Areias/ interceptores de Diretor e não oferece disponibilidade para ampliação lateral do tratamento do direção da Via lmbiruçu esgotos fundo de vale. Existe interferência com cobertura vegetal, em alguns pontos, e Expressa. sanitários. com edificações, minimizadas pelo projeto com a separação das pistas no seu Extensão = 890 m trecho próximo à Via Expressa. Desapropriações previstas: 56 terrenos vazios.

102 Betim c Melhor com voc, Quadro 4.13 (Continuação)

ITE PROJETO REFERÊNCIA CARACTERiSTICAS ATENDIMENTO AO PLANO DIRETOR M Av. Sanitária Bairros Industrial Av. Sanitária com duas pistas, canal Via local não pertencente ao sistema viário arterial da cidade. Tem 9 Parque das São Luis, Parque central e função importante no tratamento do fundo de vale e na melhoria da Acácias das Acácias e interceptores de esgotos sanitários. acessibilidade local. Sua faixa de implantação interfere com área Conecta com a Recreio dos zoneada como AIS-I de no 3 (área de interesse social 1- destinada Av. Imbiruçu e Caiçaras. a programas habitacionais para população de baixa renda. Na segue até a rua Bacia: rio Betim seqüência do fundo de vale, alem do final da via, está situada a Pains na direção Sub-bacia: AIA-IV de no 3 (área de interesse ambiental para implantação do do Parque das Areias/ Parque das Acácias). Seu pequeno trajeto está condicionado pela Acácias. Imbiruçu urbanização existente na sua face norte. Existem áreas livres no Extensão 260 m seu lado sul. Não há ocorrência de cobertura vegetal significativa no seu trajeto. Desapropriações previstas: 12 edificações irregulares. Av. Sanitária Bairro Duque de Av. Sanitária com duas pistas, canal Via projetada para acesso ao Bairro Duque de Caxias. Está prevista 10 Miosótis- Caxias. central e interceptores de esgotos no Plano Diretor como via arterial (Via 030). Não interfere com Entra as ruas Bacia: rio Betim sanitários. nenhuma norma específica do Plano Diretor. A faixa disponível não Londres e Sub-bacia: oferece condições de afastamento em relação ao fundo de vale. Sempre Viva. Areias. Desapropriações previstas: 4 edificações regulares e 9 irregulares Estensão = 728 m Av. Sanitária Vila Recreio. Av. Sanitária com duas pistas, canal A via já se encontra implantada. Não faz parte do sistema viário 11 Antonio Carlos Bacia: rio Betim central e interceptores de esgotos arterial, mas tem importância no tratamento do fundo e vale e na Av. sanitária Sub-bacia: sanitários melhoria da acessibilidade local. Interliga-se às vias arteriais Campo implantada entre Areias. Florido e Belo Horizonte. A sua faixa de implantação não sofre a Vila Recreio e restrições normativas do Plano Diretor municipal. a Av. Marco T. Isaac. Extensão = 600 m Parques Matinha do Ingá Guaritas de entradas, edifício da Os parques foram projetados em área classificada pelo Plano Ecológico do - Bairro Ingá de administração, Diretor como "área de interesse ambiental IV - de no 6' destinada a 12 Ingá e do Sítio Baixo - Conjunto Edifício do Centro de Educação implantação de parques urbanos. A cobertura vegetal existente foi Poções. Habitacional Sitio Ambiental, Lanchonetes, Sanitários, preservada no projeto. dos Poções. quadras esportivas, parques de Bacia: Rio Betim. diversão, ciclovias internas, passarela e áreas verdes. ______Area total: 26 ha 103 Melhor com você W

Quadro 4.13 (Continuação)

ITEM 1PROJETO REFERÊNCIA CARACTERÍSTICAS ATENDIMENTO AO PLANO DIRETOR

Parque do Jardim Perla Bairro Pela. Guaritas de entrada, O parque foi projetado em área classificada pelo Plano Diretor como "área 13 Bacia: rio Betim prédio de apoio do de interesse ambiental IV - de no 2" destinada a implantação de parques Sub-bacia: Areias. parque, quadra urbanos. A cobertura vegetal existente foi preservada no projeto. poliesportiva, quadra de peteca, estacionamento e duas praças de estar. Área: 3,5 ha Estação de Tratamento Margem direita do Tratamento Preliminar, A ETE foi projetada em área rural, à margem direita do rio Betim, a jusante 14 de Esgotos Rio Betim, nas Reatores Anaeróbios de da cidade, a 750 m dos limites da área urbana. Sanitários - ETE proximidades da Fluxo Ascendente e Lodos Central Metaisider Ativados com ar difuso Bacias de Detenção Bacia: rio Betim Bacias de detenção com As bacias de detenção dp Riacho Areias (BD-1) e do lmbiruçu (BDImb) 15 Sub-bacia: Areias/ drenagem de fundo e estão localizadas em áreas previstas para parques urbanos pelo Plano lmbiruçu vertedor. Diretor AIA-IV de no 4. A bacia de detenção BD-Fayal tem pequena superposição na área de interesse ambiental AIA-lI de no 2.

104 MUNICiP!O DE BETIM

DIRETOR - AEXO Y,,` jv ,--- ; , 4 .PLANOD t s e içõ;r

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INSERIR DESENHOS DO PLANO DIRETOR

(10 DESENHOS) Melhor com voct

4.1.5 Análise da Situação de Qualidade das Águas do Rio Betim e do Rio Paraopeba É importante ressaltar que, tanto o rio Paraopeba, quanto o seu afluente - o rio Betim, são rios "estaduais", isto é, são cursos d'água de dominialidade do estado de Minas Gerais, pois ambos banham apenas o território mineiro. O Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM, através do Projeto Águas de Minas, realiza, desde 1.997, o monitoramento da qualidade das águas superficiais no estado de Minas Gerais, o qual foi dividido em nove bacias federais distintas: o Bacia do Rio São Francisco;

o Bacia do Rio Pardo;

o Bacia do Rio Doce;

o Bacia do Rio Paraíba do Sul;

o Bacia do Rio Paranaíba;

• Bacia do Rio Grande;

o Bacia do Rio ; o Bacia do Rio Piracicaba / Jaguari;

o Bacias do Leste. Em função da grande área da bacia do rio São Francisco, da diversidade das condições naturais e econômicas da sua região, e visando uma melhor descrição das diferentes características da mesma, sua avaliação foi feita em cinco sub-bacias distintas, a saber: o São Francisco Sul - abrange a área que se estende das nascentes do rio São Francisco até a confluência com o rio Abaeté, abrangendo as Unidades de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos - UPGRHs SF1 e SF4; o Pará - referente à UPGRH SF2; o Paraopeba - referente à UPGRH SF3; o Velhas - referente à UPGRH SF5; o São Francisco Norte - que inclui, além do próprio rio São Francisco a jusante do rio Abaeté, as sub-bacias dos rios Paracatu, e Ve~de Grande, abrangendo as UPGRHs SF6, SF7, SF8, SF9 e SF10. De acordo com o Relatório de Monitoramento das Águas Superficiais na Bacia do Rio São Francisco em 2001 - Sub-Bacia do Rio Paraopeba, editado em dezembro de 2.002, foi monitorado um total de 242 pontos de amostragem na bacia hidrográfica do rio São Francisco. Deste total, 18 pontos foram localizados na sub-bacia hidrográfica do rio Paraopeba, perfazendo nesta, uma densidade de 1,49 pontos de amostragem por cada 1.000 km2 de sua área. É importante salientar que a densidade de pontos de monitoramento adotada na sub-bacia do rio Paraopeba, assim como em outras sub-bacias avaliadas, é superior à meta inicialmente estabelecida pelo Projeto Águas de Minas, que corresponde à mesma adotada pela União Européia (uma estação de monitoramento por 1.000 km2). Isto se deve ao fato de que, nessas

115 Melhor com você

regiões, são dominantes as pressões ambientais decorrentes de atividades industriais, minerárias e de infra-estrutura, exigindo, portanto, uma caracterização mais particularizada da qualidade das águas. As amostragens e análises são realizadas a cada trimestre, perfazendo um total anual de 4 (quatro) campanhas de amostragem por ponto.

Dentre os 18 pontos de monitoramento localizados na bacia do rio Paraopeba, serão tratados, com maior detalhamento, os pontos localizados no rio Betim (BP088 e BP071) e dois dos pontos localizados no leito principal do rio Paraopeba, sendo um a montante (BP070) e outro a jusante (BP072) da foz do rio Betim. BP088 - rio Betim a jusante do Reservatório de Várzea das Flores Conforme preconizado na Deliberação Normativa No 14/95 do COPAM, este ponto de monitoramento localiza-se no denominado Trecho 77, onde o rio Betim é enquadrado como Classe 2. BP071 - rio Betim próximo de sua foz no rio Paraopeba Conforme preconizado na Deliberação Normativa N2 14/95 do COPAM, este ponto de monitoramento localiza-se no denominado Trecho 78, onde o rio Betim é enquadrado como Classe 3. BP070 - rio Paraopeba a jusante da foz do ribeirão Sarzedo Conforme preconizado na Deliberação Normativa No 14/95 do COPAM, este ponto de monitoramento localiza-se no denominado Trecho 3, onde o rio Paraopeba, no seu leito principal, é enquadrado como Classe 2. BP072 - rio Paraopeba a jusante da foz do rio Betim Conforme preconizado na Deliberação Normativa N° 14/95 do COPAM, este ponto de monitoramento localiza-se no denominado Trecho 3, onde o rio Paraopeba, no seu leito principal, é enquadrado como Classe 2. Gráfico 4.3 BACIA DO RIO PARAOPEBA

Resultados que não atenderam ao limite de Classe

100% __ 80% 64%m 61 b 1% 57% 60% ______

40% _ _ _ __ 24'.

20% -r .3 _1 ___ 20% - __ __-_^ç 0o--__ - ri[1 7%6% 6W. 4 4

0~0 nC W N °OQ~ sa 00 n n

116 Melhor comcê você

A partir dos resultados levantados em 2.001, verificou-se que o Índice de Qualidade das Águas apresentou-se com valor médio ao longo de todo o rio Paraopeba, condição similar ao observado em 2000. No entanto, no ponto BP072, rio Paraopeba a jusante da foz do rio Betim, verificou-se IOA ruim na primeira campanha e médio nas demais campanhas, resultante dos despejos provenientes do rio Betim. A contagem de coliformes fecais ultrapassou os padrões legais na maioria das análises realizadas na sub-bacia do rio Paraopeba, constituindo um indicador de relevância sobre a degradação das águas da região, por lançamentos de esgotos sanitários. A situação mais crítica ocorreu no rio Paraopeba a jusante da foz do rio Betim (BP072) e a condição mais favorável foi observada no rio Paraopeba a jusante da foz do rio Pardo (BP078). O teor de surfactantes aniônicos, que estão associados aos despejos de esgoto doméstico, também superou o limite de classe estabelecido na legislação (0,5 mg/L LAS) no rio Paraopeba a jusante da foz do rio Betim (BP072), onde se detectou, em termos de LAS, valores em torno de 1,24 mg/L. O rio Betim apresentou as piores condições da bacia do rio Paraopeba em 2.001, indicando pressões decorrentes do lançamento de esgotos sanitários e outros despejos orgânicos. O IQA foi ruim no rio Betim próximo de sua foz no rio Paraopeba (BP071) e médio no rio Betim a jusante do Reservatório de Vargem das Flores (BP088). Deve-se destacar que, de acordo com os resultados das análises realizadas em 2.000, o rio Betim a jusante do reservatório de Vargem das Flores (BP088) apresentou índice de qualidade bom. O parâmetro oxigênio dissolvido apresentou média anual de 1,7 mg/L no rio Betim próximo de sua foz no rio Paraopeba (BP071), em conseqüência da elevada demanda bioquímica de oxigênio. Contudo, a concentração de oxigênio dissolvido apresentou certa tendência de aumento a partir da terceira campanha de 2.001, certamente em função da diminuição da DBO. A situação mais crítica de coliformes fecais ocorreu no rio Betim próximo de sua foz no rio Paraopeba (BP071), enquanto a condição mais favorável foi observada no rio Betim a jusante do reservatório de Vargem das Flores (BP088). Verificou-se que o teor de surfactantes aniônicos atingiu o valor de 1,76 mg/L LAS no ponto BP071, ultrapassando em 3,5 vezes o limite estabelecido na legislação. A contaminação por tóxicos foi alta nos dois pontos analisados no rio Betim, devido a altas concentrações de amônia não ionizável, sendo que no ponto a jusante do reservatório de Vargem das Flores (BP088) a concentração atingiu valor seis vezes maior que o estabelecido na legislação. Também foram verificadas elevadas concentrações de nitrogênio amoniacal no rio Betim próximo de sua foz no rio Paraopeba (BP071). No item referente à Avaliação Ambiental 2.001, o Relatório do Projeto Águas de Minas apresenta como ação de controle da degradação do rio Betim, a necessidade de se "promover gestão junto à Prefeitura e Promotoria Pública do município de Betim para adequação do sistema de tratamento de esgotos sanitários do referido núcleo urbano". Inclusive, conforme também apresentado no já referido Relatório, tem-se: "A situação da qualidade das águas do Rio Betim, sub-bacia do Rio Paraopeba, permanece com estado de degradação preocupante, apresentando índice de qualidade m.uito ruim no trecho próximo de sua foz no Rio Paraopeba (BP071). Além disso, observou-se um certo grau de comprometimento no trecho a jusante do Reservatório de Vargem das Flores (BP088), que passou a apresentar índice de qualidade médio." Salienta-se que o valor do IQA verificado no ponto de monitoramento BP071 foi o mais baixo dentre todos os 18 pontos monitorados na sub-bacia do rio Paraopeba, tendo se apresentado próximo ou até mesmo inferior à metade do valor dos demais. No Quadro 4.14 estão relacionados os 35 municípios com sede na bacia do rio Paraopeba e suas respectivas populações:

117 Melhor com voct

Quadro 4.14 Municípios com sede na Bacia do Rio Paraopeba

MUNICIPIO POPULAÇÃO (IBGE, 2000) TOTAL URBANA RURAL 7.429 3.136 4.293 Betim 306.675 298.258 8.417 Bonfim 6.866 2.556 4.310 26.614 19.373 7.241 3.780 3.549 231 Caetanópolis 8.571 7.400 1.171 Casa Grande 2.264 1.013 1.251 41.256 39.458 1.798 102.836 99.515 3.321 4.905 3.626 1.279 Crucilândia 4.477 2.251 2.226 13.114 8.390 4.724 Esmeraldas 47.090 38.181 8.909 Florestal 5.647 3.840 1.807 2.437 1.515 922 lbirité 133.044 132.335 709 lgarapé 24.838 22.977 1.861 Inhaúma 5.195 3.464 1.731 Itatiaiuçu 8.517 5.039 3.478 6.109 2.831 3.278 Juatuba 16.389 15.929 460 10.567 9.123 1.444 4.424 3.455 969 Materlândia 4.846 1.852 2.994 4.469 1.569 2.900 Ouro Branco 30.383 26.303 4.080 Paraopeba 20.383 17.283 3.100 Pequi 3.717 2.556 1.161 4.274 1.584 2.690 1.791 673 1.118 4.646 2.862 1.784 São Brás do Suaçuí 3.282 2.718 564 São Joaquim de Bicas 18.152 13.716 4.436 São José da 3.225 1.541 1.684 Sarzedo 17.274 14.738 2.536 TOTAL 909.486 814.609 94.877

118 Melhor com voce

Observa-se que a população total do município de Betim (306.675 habitantes) representa 33,7% da população total na bacia do rio Paraopeba, que é de 909.486 habitantes. Portanto, há de se considerar ainda a grande representatividade deste município no que tange à qualidade das águas do rio Paraopeba, uma vez que todo o município encontra-se inserido nesta sub-bacia. Tendo em vista todos os resultados e fatos acima apresentados, constata-se o quão relevante, e até mesmo urgente, é a necessidade de implantação de medidas que visem a recuperação da qualidade das águas do rio Betim. Certamente as obras a serem implementadas no município de Contagem favorecerão a melhoria da qualidade das águas do rio Betim a jusante do Reservatório de Várzea das Flores, ou seja, a montante da área central do município de Betim. Ao longo do seu curso no interior do município de Betim, principalmente no que diz respeito à área central, o rio Betim apresentará melhoras extremamente significativas no que diz respeito à qualidade de suas águas, uma vez que todas as obras e intervenções previstas no Programa visam esta finalidade. No alto trecho do rio Betim (cujos territórios estão localizados, em grande parte, no município de Contagem e, em pequena parte, no próprio município de Betim), a situação se apresenta relativamente boa, devido ao fato de ser área de preservação de manancial do reservatório Várzea das Flores. Todavia existem alguns pequenos problemas, entre os quais: a contribuição, ainda existente, de esgotos domésticos, oriunda do bairro Nova Contagem (a COPASA fará a reversão para a bacia de outro afluente do rio Paraopeba). No médio e no baixo trechos, devido ao lançamento "in natura" dos esgotos domésticos e industriais nos cursos receptores (tanto no curso principal, como em seus afluentes), as suas águas apresentam-se altamente degradadas. Essa situação se reflete também, acentuadamente, nas águas do rio Paraopeba, em longo trecho, situado imediatamente a jusante do respectivo exutório. No ANEXO IV - Qualidade de Água nos Rios Betim e Paraopeba encontram-se informações mais detalhadas obtidas do "Programa Águas de Minas" e a aplicação do modelo Qual2E para diversos cenários futuros sem e com tratamento dos esgotos de Betim.

4.1.6 Vegetação e Áreas de Preservação

O Plano Diretor de Betim, como foi mencionado no item 4.1.4, estabeleceu 4 categorias de áreas de interesse ambiental, cujas localizações e dimensões estão mostradas nos mapas inclusos.

Foi estabelecida uma área de interesse ambiental 1(AIA-I), para proteção da bacia hidrográfica da represa Vargem das Flores, com 75 ha. Para proteção de recursos naturais e paisagísticos foram demarcadas 14 áreas (AIA-lI), num total de 1.630 ha. As áreas que apresentam riscos à segurança e ao assentamento humano (AIA-11I) não foram objeto de mapeamento. O As áreas previstas para implantação de parques urbanos, num total de 8, somam 400 ha e, apesar da redução prevista para a implantação das bacias de detenção Areias (BD-1) e lmbiruçu (BD Imb), permanecem ainda 336 ha.

A Prefeitura de Betim realizou um levantamento e caracterização das áreas de peservação ao longo dos cursos d'água nos trechos impactados pelas intervenções propostas no Projeto Betim e mapeou as áreas já afetadas pela ocupaçãom urbana e a vegetação ainda existente.

No capítulo 9, que trata das políticas operacionais e salvaguardas do Banco Mundial é apresentado o resultado deste trabalho, bem como as avaliações conseqüentes.

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5 AVALIAÇÃO AMBIENTAL DOS COMPONENTES DO PROJETO

5.1 Componente de Esgotamento Sanitário 5.1.1 Considerações Preliminares O baixo atendimento populacional urbano pelo sistema de esgotamento sanitário tem sido o grande responsável pela poluição dos cursos d'água da bacia hidrográfica do rio Betim, determinando a forte degradação da qualidade de suas águas e, conseqüentemente, afetando a Qualidade Ambiental da região. Além disso, embora, em termos potamográficos, a sub-bacia hidrográfica do rio Betim seja pouco expressiva dentro do contexto da bacia hidrográfica maior do rio Paraopeba, a sua contribuição, em termos de poluição (essencialmente, carga orgânica e organismos patogênicos), apresenta-se altamente significativa. Alguns fatos devem ser salientados: i. a cidade de Betim constitui a maior aglomeração urbana da bacia hidrográfica do rio Paraopeba (cerca de 298.258 habitantes, totalizando 36,6% de toda a população urbana da bacia - Censo IBGE, 2000); ii. trata-se de uma cidade altamente industrializada, integrada na RMBH, onde se concentra uma economia bastante próspera e ainda em pleno desenvolvimento econômico (O município de Betim possui a segunda maior arrecadação do estado de Minas, suplantada apenas pela Capital); iii. o crescimento urbano de Betim tem se apresentado muito elevado (cerca de 7,85% ao ano, conforme Censo do IBGE de 2.000); os bairros existentes têm sido adensados e implantados novos loteamentos; iv. o território do município encontra-se totalmente inserido na bacia hidrográfica do rio Paraopeba, afluente direto do rio São Francisco; v. a sub-bacia hidrográfica do rio Betim inclui territórios do vizinho município de Contagem, onde se localizam suas nascentes.

5.1.2 Situação Existente A concessionária do sistema de esgotamento sanitário da cidade é a COPASA, companhia estadual de saneamento básico. Existem poucos trechos de interceptores e cerca de 95% dos efluentes domésticos coletados não são tratados, sendo a disposição final feita "in natura". No alto curso do rio Betim, encontra-se a represa Vargem das Flores, cujo reservatório se estende, parte pelo município de Contagem, e parte pelo município de Betim; suas águas, as quais apresentam-se facilmente potabilizáveis (a custos operacionais muito baixos), representam 10% (dez por cento), aproximadamente, de todo o consumo de água potável do sistema da RMBH. No município de Contagem, onde também a COPASA é concessionária, existem áreas urbanas pertencentes à bacia do rio Betim, cujas contribuições de esgoto estão atualmente sendo objeto das seguintes providências: o uma boa parcela, oriunda principalmente do núcleo urbano inicial da cidade de Contagem, contribuinte para a represa Vargem das Flores, está sendo revertida para a bacia contígua do ribeirão Onça, afluente do rio das Velhas em Belo Horizonte, cuja ETE encontra-se em implantação; u outra parcela, oriunda dos bairros Nova Contagem e Retiro, tem seus esgotos lançados, sem tratamento, no córrego Agua Suja, contribuinte da represa Vargem das Flores; a COPASA está promovendo a contratação das obras de tratamento destes esgotos e da sua reversão para a bacia do ribeirão das Abóboras, no município de Esmeraldas;

120 Melhor com você t o uma terceira parcela, que não contribui diretamente para a represa (pertence à sub-bacia hidrográfica do córrego lmbiruçu, que se lança no riacho das Areias, afluente do rio Betim, em trecho situado a jusante do barramento), deverá ter seu sistema de interceptores interligado ao sistema do setor Central+lmbiruçu, componente do Programa em análise. Quanto às águas pluviais, é importante salientar a ocorrência da prática indevida, porém comumente adotada, de interligação dos esgotos pluviais às redes coletoras de esgotos sanitários, trazendo sempre enormes problemas operacionais ao sistema. Com isto, quando da ocorrência de chuvas intensas, mesmo daquelas de baixa duração, as redes e os interceptores têm sido, freqüentemente, sobrecarregados, havendo, em certos casos, o transbordamento de esgotos nos tampões dos PVs, provocando graves problemas para os logradouros públicos e a conseqüente contaminação dos cursos d'água. Além disto, a operação da futura ETE poderá ser extremamente prejudicada pela excessiva vazão afluente à mesma. Salienta-se ainda que, quando da retirada da contribuição dos esgotos sanitários diretamente aos trechos urbanos dos cursos d'água (o que acontecerá após a implantação dos interceptores), ocorrerá uma substantiva diminuição da vazão dos mesmos, que será verificada principalmente nos períodos não chuvosos. Este fato tornará ainda mais imperiosa a necessidade de preservação das áreas de recarga dos aqüíferos. Na bacia contribuinte a montante da represa Vargem das Flores, as condições de recarga são relativamente muito boas, pois, desde há muito tempo, a região vem sendo bem preservada, embora tenham ocorrido ocupações populacionais indevidas. Providências recomendadas nos estudos do PROSAN permanecem válidas para garantir condições satisfatórias de recargan nesta bacia. Todavia, na bacia contribuinte a jusante do barramento, o forte adensamento urbano e a acentuada devastação da cobertura vegetal de varias áreas, determinaram a baixa permeabilidade do solo e a conseqüente baixa recarga dos aqüíferos, através da infiltração das águas pluviais no terreno. Excetuam-se algumas poucas áreas de preservação e/ou áreas de interesse ambiental, assim como áreas tipicamente rurais, com pastagens, plantações e vegetação arbórea. A situação acima enseja elevados fluxos no período chuvoso (outubro a abril) e baixas vazões no período seco (maio a setembro). Felizmente, os trechos do rio Betim, localizados imediatamente a jusante do barramento da represa Vargem das Flores, devem estar recebendo, pelo menos, o fluxo conseqüente da necessidade de se manter o porcentual de 70% (setenta por cento) da vazão Q7,10, conforme expresso no correspondente ato de concessão da Outorga.

No que diz respeito aos efluentes líquidos industriais, de acordo com o Relatório de Impacto Ambiental - RIMA - da Estação de Tratamento de Esgotos dos setores Central e lmbiruçu na cidade de Betim / MG, elaborado pela empresa ESSE Engenharia e Consultoria, em janeiro de 2003, ressaltam-se os seguintes aspectos: ci dentre as 31 indústrias existentes nos setores Central e lmbiruçu, 04 delas, que inclusive possuem tratamento próprio dos seus efluentes líquidos, são responsáveis pela geração de 90% do volume total de esgotos produzido. São elas: Fiat Automóveis S/A, Teksid do Brasil, Frigobet e Frangoleto; o a maioria das indústrias restantes (10% do total de volume de esgotos), não geram esgotos de processo industrial e sim esgoto doméstico, uma vez que o consumo se destina à demanda de água para limpeza, sanitários e cantinas; o o Parque Industrial de Betim, embora conte com um número expressivo de indústrias, é constituído em sua maioria por empresas de pequeno porte. Dentre as maiores empresas, destaca-se a Refinaria Gabriel Passos, Asia Brown Boveri S/A, a FIAT Automóveis e a

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TEKSID do Brasil (antiga F.M.B.), sendo que destas, somente as duas últimas encontram-se nos setores Central e lmbiruçu; o a maior concentração industrial encontra-se no setor lmbiruçu, mais precisamente no Distrito Industrial Paulo Camilo e nas suas imediações, seguindo o eixo da BR 381; o as principais atividades industriais praticadas em Betim encontram-se nos ramos de combustível, metalurgia, mecânica, elétrico, cerâmico e alimentício, além do setor de auto- peças e componentes para veículos que abastecem a FIAT.

Porém, há que se considerar os resultados das análises realizadas através do programa "Águas de Minas", os quais indicaram a presença de elevada toxicidade nas águas do rio Betim, causada, provavelmente, por lançamentos indevidos de efluentes líquidos industriais, sem a necessária adequação de qualidade (*), na rede coletora de esgotos da concessionária. (*) - de acordo com a Norma Técnica T.187/2 da COPASA (e normalização da ABNT, NBR 9800), os efluentes líquidos industriais devem ser adequados ou tratados antes de serem lançados na sua rede pública coletora de esgotos, caso apresentem algum parâmetro fora dos limites estabelecidos na referida Norma. Será necessário implementar programa específico de controle de poluição industrial, utilizando como instrumento de ação o licenciamento corretivo das atividades e monitoramento de efluentes industriais, para assegurar qualidade dos cursos d'água urbanos. Outro campo de preocupação quanto ao saneamento ambiental urbano refere-se à possibilidade de existência de passivos ambientais em áreas industriais desativadas, cuja remediação pode tornar-se extremamente necessária (por exemplo: antigos depósitos de produtos químicos, produtos descartados lançados no sub-solo, etc.). Ainda em relação a estas prováveis áreas de contaminação industrial, devido aos efeitos perversos, notadamente, sobre os lençóis subterrâneos, ações mais concretas devem ser iniciadas, tais como (recomendadas pelo consórcio GTZ - CETESB / SP): o realização de pesquisas e cadastramento dos estabelecimentos industriais, em atividade e/ou desativados há algum tempo (limite desejável em torno de 30 anos), incluindo a sua localização, tipo de atividade e principais produtos utilizados; o elaboração de manuais, práticos e objetivos, contendo informações e esclarecimentos pertinentes, para ampla divulgação entre todas as empresas industriais; o elaboração de parâmetros desejáveis para os diversos tipos de solo e para os lençóis subterrâneas, suscetíveis da referida contaminação, para efeito de comparação e avaliação.

Finalmente, atenção especial deverá ser dirigida aos esgotos de alguns estabelecimentos prestadores de serviços, tais como oficinas mecânicas, grandes garagens, e postos de vendas de combustíveis e de lubrificantes.

Outras considerações importantes: i. persiste, tanto no município de Betim, como no município de Conrt--m, uma baixa taxa de "adesão ao si rte dos proprietári- eorca de 50 a uuJo); a não intçrlW- -es pred7 --tos motivada por razões fundamentalmente econômiUab, pOoz at;m ovs cuuu6 rafL- a construção do ramal predial, há ainda custos correspondentes a taxas e emolumentos, cobrados pela concessionária. E importante salientar que no caso da bacia do rio Betim este problema não é tão grave pois a adesão atual, mesmo sem a cobertura total da rede coletora, é de 78 %. Permanecem, no entanto, válidas as preocupações quanto às bacias urbanas periféricas; ii. muitas edificações residenciais (e, mesmo, edificações de outra natureza - comércio, indústria e prestação de serviços diversos) lançam seus efluentes domésticos e

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industriais, diretamente, no terreno (superficialmente, sobre o solo, ou nas suas camadas sub-superficiais), utilizando tanques sépticos, seguidos ou não, de filtros anaeróbios e/ou sumidouros e os correspondentes sumidouros ou, até mesmo, utilizando "fossas rudimentares". Certamente, a implantação de redes coletoras reduzirá, de forma bastante acentuada, tal procedimento sanitário; iii. acrescente-se a tudo isto o fato do município apresentar elevadas taxas de desenvolvimento econômico e de crescimento populacional, conforme já mencionado em item anterior.

5.1.3 Ações em Curso e Recentemente Encerradas Várias ações encontram-se, atualmente, em curso ou foram recentemente finalizadas, todas objetivando, direta ou indiretamente, a melhoria acentuada da situação existente, relativa ao sistema e esgotamento sanitário da bacia. 5.1.3.1 Ações da Concessionária o Ampliação da rede coletora; o realização de análises relativas a uma efetiva e real contribuição de esgotos para o sistema, com base no consumo verificado (hidrometrado) no sistema de abastecimento de água; o elaboração dos Projetos dos interceptores, localizados às margens dos cursos d'água (rio Betim e seus afluentes: riacho das Areias, córrego lmbiruçu (incluindo a parte da bacia em Contagem) e córrego Saraiva) e em diversos fundos de vale; o elaboração do Projeto da Estação de Tratamento de Esgotos da bacia do rio Betim - ETE Central e das estações dos sistemas dos demais setores periféricos; o elaboração do Projeto e licitação das obras de tratamento e de reversão dos esgotos coletados em áreas urbanas da bacia de Vargem das Flores: bairros Nova Contagem e Retiro, em Contagem, e Icaivera, em Betim; o promoção de adesão ao sistema mediante as seguintes medidas: (i) isenção da taxa de ligação de esgoto (preço atual R$ 180,00) para unidades residenciais com área inferior a 44 m2); (ii) construção e financiamento do ramal interno (localizado dentro do lote). O valor médio atual do ramal é de R$144,00. Nos bairros de perfil social menos frágil o usuário poderá dividir este valor em até 24 meses sem acréscimo. Nas áreas muito vulneráveis este valor é reduzido para R$72,00, podendo também ser parcelado em até 24 meses sem acréscimo. A adoção desta estratégia vem em resposta ao fato que na maioria das vezes a população tem dificuldades em executar o ramal dentro do padrão da empresa, ainda que seja, relativamente simples esta operação. E também ao fato de não disporem de recursos suficiente para realizarem esta tarefa em curto espaço de tempo.

5.1.3.2 Ações da Administração Muni^irnal o elaboração de textos legais coc; o ccstinados a aumcn l --. gções H ramais prediais às redes coletoras; publicação de decretos municipais que determinam a obrigatoriedade da ligação das edificações à rede coletora de esgotos sanitários; não concessão do "Habite-se" para novas edificações que não estejam ligadas à rede coletora existente; o criação de programas destinados a incentivar, através de financiamento direto ao usuário, as mencionadas ligações ( kit reboco);

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o apoio irrestrito ao seu CODEMA, qualificando-o como órgão consultivo e deliberativo, simultaneamente; o apoio a ações da concessionária buscando colaborar na redução e/ou eliminação dos lançamentos finais inadequados de esgotos domésticos e industriais.

Ações do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba

Li início de implantação de um SIG (Sistema de Informações Georeferenciadas), referente a toda a bacia do rio Paraopeba; o elaboração de estudos destinados a mensurar a poluição orgânica dos cursos d'água da bacia do rio Paraopeba e a sua correspondente capacidade de autodepuração (Programa QUAL- 2E); estes estudos, embora realizados ainda em nível preliminar (nível acadêmico), constituem algo fundamental, principalmente no que se refere ao balizamento da questão; o estudos iniciais visando a implantação de um Cadastro de Usuários da Água e a futura Cobrança pelo seu uso.

Ações da Sociedade Civil u realização de estudos, por parte de particulares, objetivando a melhoria de informações sobre a qualidade da água do reservatório Vargem das Flores. 5.1.4 Ações Propostas o elaboração de Projetos Executivos, de forma a complementar o rol dos Projetos existentes, buscando o atendimento a todos os núcleos urbanos contidos no município de Betim, dentro da bacia hidrográfica do rio do mesmo nome; o construção de redes coletoras de esgotos domésticos, buscando-se atingir o coeficiente de atendimento a cerca 95% da população urbana contida na bacia hidrográfica do rio Betim; o construção de interceptores em fundos de vale, de forma a não ser permitido o lançamento de esgotos domésticos no rio Betim e nos seus afluentes; salienta-se que, após o término de cada um dos trechos de interceptor e a conclusão da correspondente rede coletora contribuinte, a qualidade das águas dos trechos a montante do ponto de lançamento provisório do interceptor deverá estar sensivelmente melhorada, principalmente, em termos de DBO, DQO, SS, OD, cor e turbidez; o construção de emissários, de forma a interligar os interceptores de ambas as margens à ETE; o construção da ETE Central; No que concerne à justificativa das soluções adotadas face às alternativas possíveis, a COPASA se baseou em estudos elaborados em 1994/1995 para estabelecer a concepção básica do sistema de esgotamento a ser implantado no Município, conforme descrito anteriormente no 2.2. item Ertço Crt'-< '.'eis no "F . 'istema d ** ~orc r- LLuc, ern 1Si4 e revisto eClii 1995. A tecnologia adotada para o tratamento dos esgotos resultou de comparação de 5 alternativas analisadas no "Estudo de Concepção da Estação de Tratamento de Esgotos dos Setores Central e lmbiruçu-Betim-MG" e respectivo projeto, também elaborados pela Esse Engenharia e Consultoria Ltda, para a COPASA, em 1.999 e 2.001. Foram consideradas as seguintes alternativas:

Alternatíva 1: RAFA + Lodos Ativados (Aeradores Superficiais);

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Alternativa 2: Aeração Prolongada; Alternativa 3: RAFA + Filtro Aerado de Alta Taxa; Alternativa 4: RAFA + Filtro Biológico Convencional; Alternativa 5: RAFA + Lodo Ativado (Ar Difuso).

O estudo destas 5 (cinco) alternativas abrangeu o pré-dimensionamento das partes componentes de cada uma, feita para o ano 2015 e verificada para 2025 (fim de plano) e o correspondente estudo econômico-financeiro. É interessante frisar que a diferença do equivalente populacional entre 2015 e 2025 foi de apenas 18%, tendo-se constatado que as unidades físicas de 2015, seriam suficientes para atender o fim de plano, em 2025, necessitando apenas de um incremento no consumo de energia elétrica e de produtos químicos.A alternativa escolhida foi a Alternativa 5, ou seja, RAFA + Lodo Ativado com sistema de aeração por ar difuso. Todas as alternativas acima incluíram, obviamente, o mesmo nível de tratamento requerido pelo corpo receptor e em conformidade com a norma ambiental DN 010/86. Para tanto, foi feito o Estudo de Autodepuração que consta do documento "Sistema de Esgotos Sanitários - Betim, Estudo de Concepção, Memorial, Volume 1", 1994 em seu item 8.12 - Estudo de Autodepuração. A ETE com tratamento em nível secundário, eficiência de 85% a 95%, proporcionará uma média de OD e OD crítico de mistura em conformidade com a norma ambiental citada. Deve-se observar que, além disso, no Paraopeba, estas condições serão ainda melhores, com as médias situadas em valores bem acima dos padrões normativos. Na ausência do tratamento, praticamente todo o trecho do ribeirão Betim (a jusante da ETE) até o rio Paraopeba estaria fora dos padrões. Os estudos levaram à conclusão que, embora todas as alternativas sejam potencialmente interessantes do ponto de vista técnico e com custos que não diferem muito entre si, a alternativa de Reatores Anaeróbios seguidos de lodos ativados é a que apresenta aspectos positivos mais relevantes na análise técnica. Os critérios definidores para a escolha da alternativa adequada balizaram-se em aspectos técnicos, tendo em vista que os custos de implantação e operação não apresentam diferenças vultosas de valor.

Quadro 5.1 Características Principais das Alternativas Analisadas para a ETE Central-lmbiruçu

ALT. TECNOLOGIA Demanda de Potência Volume de Área Consumida Lodo a ser (m2/hab) (W/h) Disposto (Uhab) I Reatores Anaeróbios + Lodos Ativados 0,20 2,50 0,01 (Aeradores Superficiais) 11 Aeração Prolongada 0,23 5,20 0,06 III Reatores Ana,eróbios + Filtros Biológicos O 5,20 Não Ac -- !,- e f 1", Taxa (Biofor) i_f IV Reatores Anaeróbios + Filtros BioiU()os 0,11 C,2*4 L,u3 Convencionais V Reatores Anaeróbios + Lodos Ativados 0,20 2,80 0,01 (Ar difuso)

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A opção pela Alternativa V é justificada devido ao pós-tratamento ser efetuado pelo processo de lodos ativados com aeração por ar difuso, onde se pode ter um tanque de aeração mais profundo, ocupando menos área superficial. Vantagens operacionais relacionadas com a facilidade controle da do aeração e a não produção de aerossóis típicos da aeração mecânica superficial foram decisivas na escolha.

A seqüência básica do processo da fase líquida é a seguinte:

Tratamento Tratamento Tratamento Decantaçã Preliminar = Anaeróbio Aeróbio > o > Rio Betim (RAN) (RLA) Secundária

Os lodos resultantes do tratamento serão encaminhados a equipamento de desidratação (redução da umidade a valores inferiores a 5%). Posteriormente, o material será encaminhado à destinação sua final, o aterro a ser implantado na própria área da ETE, sendo depositado em células que só receberão lodo; os sólidos originados no tratamento preliminar também serão depositados no aterro, porém, em células independentes das de lodo. Todo o biogás produzido nas unidades de tratamento anaeróbio, nos RANs, será conduzido até parte externa, a através de tubulação em aço carbono, e então queimado, nas duas unidades de queimadores a serem implantadas em etapa única. A estação foi projetada para uma vazão média de cerca de 1.000 l/s e a sua implantação foi prevista conforme descrição a seguir: o Tratamento Preliminar: gradeamento e desarenação - a ser implantado em uma única etapa; o Unidades de digestão anaeróbia: 8 Reatores Anaeróbios de Fluxo Ascendente, a serem implantados em duas etapas de 4 reatores; o Unidades aeróbias: 4 Reatores de Lodos Ativados (ar difuso) e 4 decantadores secundários, a serem implantados em 2 etapas de 2 unidades; o Unidades de Desidratação e Destinação final dos lodos; o Queimadores de gás. Para a indicação do grau de tratamento da estação de tratamento dos esgotos sanitários dos setores Central e lmbiruçú foram realizados estudos de autodepuração do rio Betim. Os resultados destes estudos mostram que a estação com tratamento em nível secundário, para as simulações efetuadas com a eficiência da ETE variando no intervalo de 85% a 95% em termos de remoção de matéria orgânica, proporcionará, em condições críticas de vazão uma média de OD da mistura e OD crítico em conformidade com os padrões estabelecidos pela DN 010/86 para o lançamento de efluentes e qualidade das águas. Na ausência do tratamento, praticamente todo o trecho do rio Betim (a jusante da ETE) até o rio Paraopeba estaria fora dos padrões. A/-t'r~~-n c t ,r feita com n '-- v --- lo Q0j,I'r7 (Pêv^ 1"1u -- necessidade F de tratamento secundario para assegurar qualidade do corpo receptor conforme exigências da legislação ambiental. Estão previstos dois pontos de monitoramento da eficiência da ETE, ambos posicionados receptor, no curso um localizado imediatamente a montante e o outro localizado imediatamente a jusante do ponto de lançamento do efluente final tratado. Caso se faça necessário, vazão mínima do corpo receptor poderá ser garantida mediante regulação da descarga de fundo da barragem de Vargem das Flores, unidade cuja operação está a cargo da própria COPASA.

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Para a implantação da ETE estão sendo providenciados pela COPASA o licenciamento ambiental e a outorga junto ao Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos.

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INSERIR PROJETO DA ETE EM ETAPAS

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5.1.5 Ações Necessárias No intuito de garantir o sucesso das medidas a serem implantadas no âmbito do componente de esgotamento sanitário, julga-se necessário complementar as intervenções físicas propostas com as seguintes medidas: o implementação do programa melhorias operacionais no sistema de esgotos, especialmente do programa "caça esgoto", para evitar ligações cruzadas (esgoto em água pluvial e água pluvial em esgoto), ligações clandestinas, lançamentos clandestinos e correção de problemas de funcionamento do sistema; o reforço das ações de incentivo à adesão ao sistema com implementação de programa especifico de promoção de ligações, conforme modelo já adotado pela COPASA em áreas de baixa renda na RMBH; o implementação de programa de controle de poluição industrial, mediante ação conjunta da SEMEIA e da COPASA ; intensificação, por parte da SEMEIA, da fiscalização/cobrança, junto às indústrias, da necessidade de regularização da destinação final dos efluentes líquidos industriais, os quais devem ser lançados na rede pública coletora de esgotos, ou então, devidamente tratados individualmente; intensificação, por parte da COPASA, da fiscalização/cobrança, junto às indústrias, da prévia adequação da qualidade dos efluentes líquidos industriais, quando necessário, antes do lançamento na rede pública coletora de esgotos; utilização do licenciamento corretivo e monitoramento da qualidade dos efluentes industriais; • reavaliação das concessões relativas a extração de areia no município, principalmente às margens do rio Betim, nas proximidades do local de implantação da ETE Central; o implantação da unidade de tratamento de resíduos da estação de tratamento de água existente na bacia do rio Betim (ETA de Vargem das Flores, situada a jusante do barramento); o ampliação da quantidade e da extensão das áreas verdes e a recomposição de matas de topo e de matas de meia encosta, no intuito de se preservar as áreas de recarga. Além disto, quanto ao tecido urbano, embora existam, no Plano Diretor, prescrições razoáveis no que se refere a ocupação da área de cada lote, faz-se fundamental que sejam exigidas e fiscalizadas, tanto em edificações residenciais, como em edificações comerciais e industriais, a manutenção de taxas de elevada permeabilidade em faixas não edificadas da gleba.

5.1.6 Considerações Sócio-Ambientais Conseqüentes

5.1.6.1 Aspectos positivos sobre os corpos d'água o redução dos aspectos visuais da poluição dos cursos d'água (notadamente no rio Betim e em seus seguintes afluentes: riacho das Areias e córrego do lmbiruçu); a coloração das águas deverá se apresentar bastante clara, não se registrando a presença de sólidos flutuantes; n redução dos odores d~saoradáveis emanados dos corrpos hídriros. pois deverá se redu7ir a (.: 'idadeL' , ._iSh h gás metano; o redução de lançamentos de esgotos na rede pluvial; o alteração da qualidade da água, principalmente: > aumento do teor de oxigênio dissolvido (OD) > redução da demanda bioquímica de oxigênio (DBO);

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> redução da demanda química de oxigênio (DQO); > redução da turbidez; > redução do número de organismos patogênicos; o alteração da fauna e da flora aquáticas, caracterizada, principalmente, pelo ressurgimento da ictiofauna; o conforme anteriormente comentado, a implantação de redes coletoras certamente reduzirá, de forma bastante acentuada, a disposição final dos esgotos domésticos nas camadas do solo; sabe-se que esta prática pode provocar a contaminação do solo e, indiretamente, a contaminação dos cursos d'água, tanto pela deficiente qualidade das unidades de tratamento, quanto pela inadequada operação das mesmas; • possibilidade de enquadramento, em todos os seus trechos, do rio Betim e dos afluentes na classe 3, conforme determina a legislação ambiental pertinente (DN COPAM NO 14/95); o possibilidade de enquadramento do rio Paraopeba, no trecho imediatamente a jusante do exutório com o rio Betim, na classe 2, conforme determina a legislação ambiental pertinente (DN COPAM No 14/95). Nota: outras ações indiretas, porém motivadas pelo Programa a ser implementado, reduzirão possibilidades as de eventuais contaminação e eutrofização do reservatório Vargem das Flores; exemplo de uma ação indireta: a COPASA, através de reversão por recalque dos esgotos do bairro Nova Contagem, localizado a montante da represa. 5.1.6.2 Aspectos Positivos sobre a Saúde Pública o Redução dos índices de mortalidade infantil, para os quais, além dos problemas de alimentação adequada, certamente contribuem as doenças de veiculação hídrica (cólera, febre tifoide, febre paratifoide, desinteria, amebiase, esqistossomose, hepatie infecciosa); o aumento, em médio-longo prazo, da expectativa média de vida da população local, uma vez que a ausência de enfermidades entéricas melhora significativamente as condições de saúde, reduzindo, inclusive, a incidência de outras doenças, comumente fatais, classificadas como "oportunistas"; o redução, em médio prazo, dos índices de absenteísmo ao trabalho por parte da população local, por razões semelhantes às citadas no item acima; o redução das internações hospitalares; estima-se, aproximadamente, em 65% o porcentual de internações em estabelecimentos de saúde, ocasionados por doenças de veiculação hídrica; o redução dos gastos públicos na área da saúde, em função da diminuição das internações, das despesas com remédios e das despesas com o pessoal e com equipamentos da área de saúde;

Li redução das despesas médicas e das despesas com medicamentos nos orçamentos familiares. 5.1.7 Impactos Ambientais O Um programa de implantação de redes coletoras, interceptores, elevatórias e estação tratamento de de esgotos possui algumas especificidades que condicionam os impactos ambientais decorrentes, quer da sua execução, quer da operação, em razão de características próprias de cada empreendimento. A rede coletora e o interceptor de esgotos sanitários constituem projetos de execução fácil e rápida, e têm caráter duradouro e benéfico, não sendo prevista a sua desmobilização. Por outro lado, as obras necessárias à implantação de elevatória e ETE, embora de duração mais longa, serão executadas em áreas bem delimitadas, restringindo a área impactada.

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Com efeito, os principais impactos ambientais resultantes da execução de projetos dessa natureza incidem direta ou indiretamente sobre a situação socioeconômica da população, notadamente nos aspectos relacionados às condições públicas e de qualidade de vida, vez que os componentes dos meios físico e biótico encontram-se em geral já bastante modificados pelo processo de urbanização. No que diz respeito à área destinada para implantação da ETE Central, a mesma pertence aos herdeiros do Sr. Paulo Souza Lima, denominada Fazenda Cachoeira. A propriedade é ocupada com pecuária de corte, sendo que parte de sua área está arrendada, por tempo indeterminado, para a empresa Dragagem Avelar, para fins de exploração de areia. 5.1.7.1 Fase de Implantação A seguir, são apresentados os impactos decorrentes da implantação das Redes Coletoras, Interceptores, Elevatória e Estação de Tratamento de Esgotos propostos no Programa. 5.1.7.1.1 Redes coletoras e interceptores De maneira geral, a simplicidade das obras de implantação de redes coletoras e interceptores fundamentam-se no próprio tipo de instalação, que exige apenas a abertura de valas dispostas nas vias públicas para o assentamento das tubulações e posterior reaterro e recomposição das áreas afetadas. A rigor, a atividade de abertura de valas implica na ocorrência de alguns impactos ambientais que podem ser classificados como de baixa magnitude, caracterizando-se por transtornos para a população residente nas áreas diretamente afetadas e onde as redes coletoras e os interceptores estarão sendo implantados. Basicamente, referem-se às interferências no trânsito de pedestres e veículos nos logradouros públicos, e ao acesso às residências e aos estabelecimentos comerciais. É preciso ressaltar, contudo, que tais impactos são localizados e de curta duração, se restringindo à época das obras, cessando na medida em que são fechadas as valas. Um complicador para a execução deste conjunto de obras diz respeito ao trajeto dos interceptores, sendo que para a implantação de alguns trechos, haverá a necessidade de desapropriação e remoção de população, ações estas que foram objeto de estudo específico e detalhado no Plano de Reassentamento Involuntário. Entre os impactos negativos resultantes da implantação dos interceptores/rede coletora estão: ci interferências restritas ao tráfego de máquinas e operários ao local; o aumento do nível de ruídos e emissão de poeira, proveniente das obras; a danos à pavimentação (se existente), quando da abertura e recomposição das valas; o transtornos ao trânsito de pedestres e veículos, e ao acesso às residências e estabelecimentos comerciais, já que parte das pistas (quando existentes) deverá ser temporariamente interditada;

Li possibilidade de erosão do terreno pela retirada da camada superficial do mesmo, nos trechos onde serão implantados os interceptores/redes coletoras; o riscos de danos a propriedades de terceiros, no período de implantação das redes coletoras e dos interceptores; o necessidade de desapropriação; o transtornos sociais para as famílias a serem removidas (afastamento de amigos, possibilidade do aumento da distância do local de trabalho, do local de estudos e do local dos estabelecimentos de saúde, etc.). Além dos impactos benéficos anteriormente apresentados, referentes aos corpos d'água e à saúde pública, conseqüentes da implantação dos interceptores/rede coletora, tem-se ainda a geração temporária de empregos durante a fase da execução das obras.

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5.1.7.1.2 Estação de Tratamento de Esgotos e Elevatória Os impactos decorrentes da implantação da ETE Central e da elevatória podem ser classificados como de média magnitude e abrangência local, circunscritos às áreas de intervenções e temporários, visto que se restringem à época da execução das obras. A área diretamente afetada pela implantação da ETE não possui habitantes residentes. Trata-se de uma área ainda com características rurais, apesar de situar-se na zona de expansão do município de Betim. Na área onde será construída a ETE existe uma exploração de areia implantada há cerca de oito anos. A maior parte da área prevista para a instalação da ETE já foi degradada pela atividade de extração de areia. A cobertura vegetal predominante na área onde será implantada a ETE é composta por pastagens de brachiaria, com remanescentes de vegetação arbórea e algumas manchas de mata ciliar. Não são esperados impactos negativos de grande importância sobre a flora e a fauna, uma vez que a área apresenta-se já tão descaracterizada. As manchas de mata ciliar localizam-se à margem do rio Betim e serão totalmente preservadas quanto da implantação da ETE. No entanto, parte da cobertura vegetal existente deverá ser removida, principalmente, no local onde serão implantadas as unidades de tratamento preliminar. Entre os impactos negativos decorrentes da implantação destas unidades estão: o desapropriação das áreas destinadas à implantação da ETE e da estação elevatória; u aumento do nível de ruídos e emissão de poeira; o possibilidade da ocorrência de erosão durante as obras de terraplanagem, com o conseqüente assoreamento dos cursos d'água; o aumento do tráfego de maquinário pesado na região, especialmente os caminhões que serão utilizados para o transporte do volume de terra excedente e ou de empréstimo. No que tange à implantação da ETE, os impactos devidos ao aumento do nível de ruídos e emissão de poeira podem ser considerados desprezíveis, tendo em vista: o a distância entre as obras e a área residencial (cerca de 750 m); o a localização das obras, dentro de um vale com remanescentes de vegetação arbórea formando uma possível barreira física e vegetal, que atua na redução da propagação ruídos. dos Além dos impactos benéficos anteriormente apresentados, referentes aos corpos d'água e à saúde pública, conseqüentes da implantação da ETE, tem-se ainda a geração temporária de empregos durante a fase da execução das obras. 5.1.7.2 Fase de Operação A fase de operação do sistema proposto corresponderá ao período posterior à implantação das obras e ao início de operação da estação de tratamento de esgotos. Trata-se, principalmente, de um impacto benéfico, dada a melhoria significativa das condições sanitárias locais. 5.1.7.2.1 Redes Coletoras e Interceptores A construção e conseqüente funcionamcnto das rcdcs colktoras C(d- ;,L,Lrccptores confi -[.t:.-- se como uma etapa importante no saneamento do município de Betim. Entre os impactos positivos pode-se ressaltar: o redução do lançamento de esgotos sanitários na rede pluvial; o melhoria das condições sanitárias hoje existentes nos locais beneficiados, evitando-se a proliferação de vetores e principalmente mau cheiro, bem como o aspecto desagradável dos cursos d'água e também das vias públicas;

132 Melhor com você o melhoria da qualidade da água dos córregos que cortam a cidade e imediata redução das doenças de veiculação hídrica. Os impactos negativos decorrentes do funcionamento das redes coletoras/interceptores resumem- se a eventuais problemas de entupimento e ou ruptura da tubulação, cabendo à COPASA zelar pela manutenção do sistema. O aumento do custo, decorrente das tarifas de esgoto a serem cobradas dos novos usuários da rede coletora (comumente, dobra-se o valor mensal da "conta d'água") constitui também um aspecto negativo, especialmente para as famílias de menor renda; Tarifas sociais deverão ser aplicadas, bem como outras medidas de subsídio para as ligações. 5.1.7.2.2 Estação de Tratamento de Esgotos e Elevatória Dentre os impactos negativos resultantes do funcionamento da ETE podem ser citados: o geração de resíduos sólidos retidos nas grades e desarenadores; o possibilidade de geração de odores no tratamento preliminar, devido a problemas operacionais; o geração de gás nos reatores anaeróbios; o possibilidade de perda de sólidos no efluente tratado, promovendo a poluição do rio Betim; o descargas eventuais de esgotos para manutenção de unidades da ETE. Quanto à estação elevatória, os impactos decorrentes da operação estão condicionados ao funcionamento dos conjuntos moto-bombas, onde eventuais problemas e ou falta de energia elétrica podem acarretar extravasamentos, possibilitando o lançamento de efluentes no curso d'água e a conseqüente poluição do mesmo. O nível dos ruídos provenientes do funcionamento dos conjuntos moto-bombas deverá ser compatível com as normas aplicáveis, podendo ainda ser minorado em função de proteção acústica adequada ao respectivo compartimento, se necessário for. Outro impacto negativo é o fato de ser relevante a geração de maus odores no interior da elevatória.

5.2 Componente Tratamento de Fundos de Vale 5.2.1 Avenidas Marginais e Canalizações

5.2.1.1 Considerações Técnicas e Ambientais

As vias componentes do Programa foram projetadas visando os seguintes objetivos:

o Complementação do sistema viário urbano promovendo a necessária integração e articulação da estrutura urbana de Betim; o passagem dos interceptores de esgoto, permitindo a condução dos efluentes domésticos e industriais urbanos até o ponto de tratamento e disposição final; o prestação de serviços públicos à população de suas áreas de influência (transporte público, coleta de lixo); o Tratamento dos fundos de vale urbanos e controle das inundações das áreas ribeirinhas. o Proteção dos cursos d'água de intervenções não permitidas e impedimento de ocupação de áreas ribeirinhas.

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Os critérios para selecionar as vias a serem incluídas no Programa decorreram destes objetivos e, assim, as opções ficaram limitadas a vias de fundo de vale, preferencialmente integrantes do sistema viário principal da cidade e situadas em regiões carentes de acessibilidade. Não é o caso, contudo, das características dos projetos a serem implantados, as quais merecem avaliação de soluções alternativas, objetivando principalmente preservar e promover condições ambientais das margens dos cursos d'água, nas faixas de preservação permanente, conforme determina o Código Florestal (Lei Federal n° 4.771, de 15 de setembro de 1965) e a Lei Estadual no 14.309, de 19/06/2.002, que dispõe sobre as políticas florestal e de biodiversidade no Estado de M.G.

Os estudos consideraram três alternativas de tratamento dos fundos de vale: (i) Manutenção dos cursos d'água em seus leitos naturais, absorvendo os acréscimos de vazão, decorrente da urbanização nas bacias, nos talvegues com seções transversais compatíveis com o regime de escoamento e com as cheias; construção das vias fora destas áreas; (ii) Canalização dos córregos em seções abertas de concreto e implantação das vias lateralmente aos canais; (iii) Canalização dos córregos em seções fechadas de concreto e implantação das vias superpostas aos canais.

A primeira alternativa opta por um conceito de macrodrenagem urbana que privilegia as intervenções mais adaptadas às condições naturais em relação às que predominaram nas últimas décadas, ou seja, aquelas que consistiam na implantação de canais retificados de concreto, com o objetivo de afastar rapidamente as águas do meio urbano. A concepção desta primeira alternativa adota providências de tratamento dos fundos de vale e cursos d'água urbanos capacitando-os a absorver as cheias, compatibilizando o espaço reservado para o escoamento das águas com os demais usos e sistemas urbanos, preservando a vegetação ciliar e minimizando as intervenções de caráter estrutural, provocadoras de acréscimo de velocidade de escoamento das águas e, conseqüente, aumento dos picos de vazão a jusante. Trata-se, portanto de solução mais adequada sob ponto de vista ambiental, como reconhecem os próprios estudos elaborados para os projetos. Embora considerando mais vantajosa ambientalmente a primeira alternativa, os projetos não a viabilizaram na prática, a não ser no trecho do rio Betim entre os Parques Ingá/Poções e a represa Vargem das Flores. Os demais fundos de vale foram tratados com a segunda alternativa, que configura o conceito tradicional de macrodrenagem urbana, mas que permitiu trabalhar em faixas mais estreitas e reduzir as desapropriações e remoções de famílias. A justificativa apresentada se alicerçava nas dificuldades e acréscimos de custos requeridos para a implementação da primeira alternativa, que exigia desapropriações de faixas da ordem de 100 m a 120 m de largura, em área já parcelada e muitas vezes já ocupadas. A Prefeitura Municipal manifestou, contudo, a intenção de aprofundar os estudos na fase de finalização dos projetos, de modo a verificar novamente a questão e buscar possibilidades de viabilizar a primeira alternativa naqueles fundos de vale onde a ocupação urbana ainda a permitir. H,` ciin considerar Eirn2rnc I o 'dro9rad . :es ribeiri-V -ar a r, necessidade c,i- , [,o salvaguardas do Banco Mundial. O assunto é tratado com maior profundidade no capítulo 9, Políticas Operacionais e Salvaguardas do Banco Mundial. As informações sobre os dados técnicos das vias e canais encontram-se no "Relatório de Avaliação Técnica". As avaliações dos projetos das avenidas deverão abordar, especialmente, os aspectos a seguir comentados.

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5.2.1.1.1 Avenida Betim 2

Esta avenida foi projetada em dois segmentos, o primeiro denominado Via A a leste do Rio Betim margeando o Parque do Ingá, também proposto no Projeto Betim. O segundo. Via B, a oeste do Rio Betim, dando continuidade à rua Cícero Vasconcelos até a Av. Araguaia, Av. Flamboyant, N. S. das Graças e finalizando na Via 002 (Estrada de Vargem das Flores). O segmento A deve ter suas características técnicas reavaliadas entre duas alternativas. A primeira seria a manutenção do projeto proposto com a modificação do Plano Viário na região, confirmando a vantagem de assumir o trajeto proposto como substituto do previsto no Plano Diretor (Vias 029 e 002). Esta opção apresenta a vantagem de evitar grandes remoções de famílias, comparativamente com a prevista no Plano Diretor. A segunda seria projetar a Via A com as características de via local, mantendo as vias previstas no Plano Diretor para futura implantação. Quanto ao Parque do Ingá seria conveniente incluir a área que ficou externa à via como parque, mesmo que apenas com a finalidade de preservação da área.

A Via B poderia ser mantida com as características propostas uma vez que está mais adaptada ao planejamento viário do Plano Diretor. Ambas as vias não apresentam grandes impactos na APP do rio Betim e devem, nas revisões manter esta condição ou melhorar.

A via deverá se configurar em elemento de indução de desenvolvimento urbano no sentido norte. Esta é uma situação compatível com o planejamento atual do Município, seja no que diz respeito às diretrizes de adensamento do Plano Diretor (zona de média densidade demográfica), seja quanto à dotação de malha viária para a região pelo mesmo Plano (Vias 002, 024 e 029).

5.2.1.1.2 Avenida José Inácio Filho

Constitui esta avenida um segmento (Via 022) da malha viária arterial do Município e apenas será necessário avaliar a vantagem de implantar desde já a faixa adicional prevista na sua classificação viária. O projeto prevê apenas duas faixas de tráfego por sentido e ciclovia, mas admite posterior implantação da faixa adicional. Quanto ao impacto na APP , será estudada a viabilidade de manter o talvegue em condições naturais e o afastamento das vias, respeitando os limites legais para sua preservação.

5.2.1.1.3 Avenida Imbiruçu Esta via, embora não pertecendo ao sistema viário arterial do Município, oferece grande melhoria de acessibilidade à população da região. Esta situação permite propor a reavaliação das características técnicas de seu projeto, de modo a adequá-las à sua função de via coletora articulada com o sistema arterial da região. C _C;fentoCx'-. 030 (Ligação Avenida Marco Túlio lsaac / Avenida Tapajós) e tem seu extremo final na Via 009. Constitui-se em via concorrente com arteriais propostas quais sejam, as Vias 009, 031 e 033. As conexões com o sistema viário arterial adjacente devem ser projetadas de modo a manter as características funcionais da via. A avaliação da possibilidade de manter o canal do córrego em condições naturais e de afastar as vias, respeitando o limite legal da APP, deve ser feita. No caso, a urbanização lindeira já está muito próxima ao córrego, fato que acarreta dificuldade para compatibilizar esta solução com o

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objetivo de evitar grandes remoções de população.

5.2.1.1.4 Avenida São Paulo

Esta via tem seu início na Av. Rio Betim 2 (Ramo B), descrita anteriormente, e termina em vias do sistema viário urbano existente. Em seu trecho inicial intercepta a via 029 (Av. Belo Horizonte/Artur Trindade, do Sistema Viário Arterial Municipal.

Pelas características de inserção no meio físico, a via proposta se mostra com um potencial de atendimento a uma população com baixo índice de acessibilidade, de suma importância. É conveniente destacar ainda que a via proposta interfere com duas áreas de interesse social - AIS - Il, ou seja, áreas ocupadas por população de baixa renda com interesse de regularização fundiária. Este aspecto, por si só, já demonstra a importância de implantação desta via não só como revitalização urbana e recuperação ambiental, mas também, com forte cunho social. Quanto à alternativa de manter o canal natural e diminuir o impacto na APP, considera-se de difícil viabilização face à quantidade de famílias a serem removidas. A ocupação urbana já se aproximou bastante das margens do córrego. Sugere-se, assim, a manutenção do atual projeto.

5.2.1.1.5 Avenida Das bibocas

Trata-se de um segmento (entre a Av. Edméia Lazzarotti e a R. N.S. das Graças) de uma importante via do sistema arterial municipal, a Via 002. Considerando a sua importância no sistema viário será necessário avaliar a necessidade de compatibilizar suas características técnicas e operacionais com a sua função. No caso da Av. Bibocas há grande probabilidade de se viabilizar a preservação total da faixa marginal do córrego e a manutenção deste em seu leito natural, considerando a atual disponibilidade de área livre.

5.2.1.1.6 Avenida Porto Alegre

A avenida Porto Alegre é um segmento da via arterial 023 do sistema viário municipal. Seu r -> , 1A5-iiiaSUlA- C , r-r .Àar c ibus t

O espaço livre hoje disponível para permitir a manutenção do córrego em seu leito natural e o afastamento das vias laterais não é suficiente para evitar grandes remoções de população.

5.2.1.1.7 Avenida Pedra Azul

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O segmento da via em Projeto tem seu início na Junto da Via Expressa Leste - Oeste, sem, no entanto, conectar-se a ela, e seu extremo final na Avenida lmbiruçu. Pelas características de inserção no meio físico, a via proposta deverá melhorar a acessibilidade na área do entorno, mas trata-se de uma via de função meramente local.Sua importância na oferta de acessibilidade e tratamento do fundo de vale não pode ser desconsiderada. Sua avaliação se recomenda quanto à adaptação das suas características técnicas e operacionais à função e à viabilidade de preservar a faixa marginal do córrego, mantendo-o no seu leito natural.

5.2.1.1.8 Avenída das Acácias

Sãó válidas para esta avenida as mesmas considerações feitas para a avenida Pedra Azul.

5.2.1.1.9 Avenida Miosótis

O segmento da via em Projeto tem seu início na rua de Londres, existente e, seu extremo final na conexão das ruas Sempre Viva e De Beirute. Considera-se importante, senão necessário, avaliar a conveniência de estender o projeto desta via até a Avenida Marco Túlio lsaac (Via 007), Via Arterial do Plano Diretor. Observar que o trecho proposto para prolongamento está classificado como Via Arterial no Plano Diretor, Via 030 - Ligação Avenida Marco Túlio lsaac 1 Avenida Tapajós. Caso seja constatada a inconveniência de atendimento à esta sugestão, fica a ressalva de que é importante que o extremo final da via em projeto considere sua conexão com uma via arterial, inclusive no que diz respeito ao sistema de drenagem pluvial. Pelas características de inserção no meio físico, a via proposta deverá melhorar a acessibilidade na área do entorno. Como se pode observar claramente, trata-se de uma via de características estritamente locais, com importância que não deverá extrapolar sua área de interesse imediato sendo, no entanto, de suma importância, pelo seu aspecto de saneamento, revitalização urbana e recuperação ambiental. Há que se considerar, portanto, que ela não está contemplada no Plano Diretor, ou seja, não se trata de uma via arterial. Cuidados devem ser tomados no desenvolvimento do projeto para que sua função seja caracterizada por melhoria da acessibilidade local e não como mais uma via de passagem. Isto posto, deve-se atribuir à via em projeto, uma função de via local, articulando-a com a demais vias locais.

5.2.2 Bacias de Detenção

5.2.2.1 Considerações Técnicas O rio Betim tem suas nascentes no vizinho município de Contagem, atravessa o município de Betim e lança-se no rio Paraopeba, afluente de 1a ordem do rio São Francisco. Em seu alto curso, há a represa Vargem das Flores, de propriedade da COPAE&,. cemnenhn 4 est r'r ''l c1 A < básico, " '- -a ra-- o ahJ+- - (:,Lt,,uQ ivi-t, , ,dna de Belo Hc O rio Betim tem os seguintes principais afluentes, os quais cortam também a malha urbana do município de Betim: u Riacho das Areias, pela margem esquerda; o Córrego do lmbiruçu, afluente do riacho das Areias, pela margem direita; o Córrego do Saraiva, pela margem direita.

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Com exceção do córrego do Saraiva, os demais apresentam problemas de inundações de suas margens, quando da ocorrência de chuvas relativamente críticas, conseqüentes da desordenada ocupação do solo urbano, da remoção acentuada da vegetação, da extração de assoreamento areia e do dos seus leitos. Existem também alguns problemas de estrangulamento do fluxo hídrico, provocados por bueiros de seção insatisfatória. Dessa forma, mesmo alguns trechos já canalizados se apresentam com seção considerada insuficiente. Estudos realizados pelo Departamento de Engenharia Hidráulica e de Recursos Hídricos da EEUFMG, apontam no sentido do agravamento da questão, ensejando possibilidades de inundações com recorrência de menos de 2 anos, nos canais existentes do rio Betim e do riacho Areias. Os mencionados estudos indicaram as seguintes alternativas para solucionar os problemas dos canais existentes do riacho Areias: o aumento da seção transversal dos trechos canalizados, permitindo o maior "transporte" do fluxo das enchentes; o implantação de Bacias de Detenção, estruturas capazes de reduzir o pico do fluxo das enchentes. A primeira alternativa significaria uma completa remodelagem do sistema de macrodrenagem, por meio de intervenções na canalização (aumento da seção transversal), de forma a assegurar o transporte da vazão correspondente ao tempo de concentração de 50 anos (conforme tecnicamente recomendável); isto, além de significar custos muito elevados, tornar-se-ia muito difícil de ser justificado técnica, econômica e politicamente, tendo em vista, principalmente, o fato de ter sido uma obra recentemente implantada. Por outro lado, este aumento de transporte do fluxo poderia determinar sérios problemas a jusante, com enormes riscos de inundação, por exemplo, da área central da cidade. A segunda alternativa, de custos globais bem inferiores, está sendo então adotada, pois, na mancha urbana, ainda existem algumas áreas passíveis de inundações periódicas. Os reservatórios assim formados, quando da ocorrência de chuvas intensamente críticas, permitirão o "aprisionamento" temporário do escoamento fluvial; o conseqüente retardo do pico das enchentes, devidamente calibrado, permitirá o "funcionamento" satisfatório das canalizações já implantadas. Todavia, as áreas inundáveis deverão sofrer desapropriação (ou restrição de uso), pois as mesmas são de propriedade de particulares (com exceção da bacia BD-1 a ser implantada junto à Av. Marco Túlio lsaac*). Esta sendo proposta, portanto a implantação das seguintes bacias de detenção, já descritas anteriormente no item 2.4.2.2: BD-1 - no riacho das Areias; BD-lmb - no córrego Imbiruçu; BD-Vex - em córrego sem nome, afluente do riacho das Areias; BD-FD2 - no córrego do Parque Fernão Dias; BD-PC - em outro córrego sem nome, afluente também do riacho das Areias. Observações: 1. seria altamente deseiàvel ar que 2,-r- i-undáâvG- I f'"r'- -trrrccial, quan,4- fincionÇ - ---r c - cialmenI

) do ki *uas ness t sal nc-.sidade se prenr-I ,siLilidade de ocorrência de chuvas muito intensas e de curta duração. Remoção de pontos de estrangulamento Os estudos detectaram alguns pontos de estrangulamento, representados por pontes e bueiros, cujas seções transversais dificultam o fluxo das águas das enchentes. Alguns desses obstáculos

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deverão ser apenas parcialmente remanejados, enquanto que outros deverão ser totalmente substituídos. Essas estruturas estão devidamente identificadas e analisadas no estudo elaborado pelo Departamento de Hidráulica e de Recursos Hídricos da EEUFMG.

Operação da descaraa da Represa Varaem das Flores Conforme anteriormente apresentado, no alto trecho do rio Betim, há um represamento, cujo reservatório pertence à COPASA, que utiliza suas águas para o abastecimento de parte da RMBH. O lago formado se insere parte em território do município de Contagem, parte em território do município de Betim. Segundo informações prestadas pelo pessoal da Defesa Civil do município de Betim, haveria necessidade de se operar adequadamente a descarga do reservatório, criando, em períodos pré- críticos, um "volume de espera", destinado a amortecer o eventual pico das enchentes de montante, protegendo, adequadamente, as áreas ribeirinhas, localizadas a jusante. Tal procedimento, se realmente, mostrar-se efetivo, deverá ser proposto à Concessionária, para que sejam adotadas as medidas necessárias.

Controle do processo de urbanização Toda a questão acima descrita tem sido, precípuamente provocada pela desordenada ocupação do solo urbano (e rural) do município, agravado, provavelmente, pela remoção de cobertura vegetal em algumas áreas da referida bacia contribuinte. Portanto, evidenciam-se as seguintes proposições pertinentes quanto à gestão do uso e ocupação do solo: o aumento das características de infiltrabilidade de áreas verdes, existentes na mancha urbana; tais como a construção de pequenos barramentos galgáveis em seus talvegues normalmente secos; o criação de diversas áreas verdes em bairros ainda não completamente adensados; • alteração da legislação de "Uso e Ocupação do Solo", no sentido da ampliação das exigências de áreas verdes e de áreas de infiltração nos terrenos edificáveis.

5.2.2.2 Considerações Sócio-Ambientais Consequentes 5.2.2.2.1 Aspectos posítivos Certamente, a redução significativa dos riscos de enchentes e as conseqüentes inundações trarão melhoria considerável da Qualidade de Vida, tanto das populações ribeirinhas, como da população urbana em geral. Os custos materiais e sociais decorrentes de inundações de logradouros e de edificações (residenciais, comerciais, institucionais e industriais) são de enorme monta, e normalmente, pouco avaliados; no caso de perdas de vida, os seus efeitos são, obviamente, ainda mais spntidos. esc( issão d as, c: dasL- seco, como por exemplo, através da implantação de espaços de laqr, c,n quadrms e campos esportivos, há de se considerar a possibilidade de dois ganhos significativos, um pelo lado social, e outro, no sentido de se evitar a "invasão" dessas áreas. 5.2.3 Parques Urbanos e Projeto de Paisagismo e Reflorestamento Tendo em vista que não haverá a necessidade de desapropriação e remoção de população, a implantação dos Parques Ecológicos do Ingá, do Jardim Perla e do Sítio dos Poções, só trará

139 Melhor com você aspectos positivos para a população de Betim e para o município como um todo, com a criação de condições para que milhares de habitantes da cidade possam usufruir espaços dignos para a prática do lazer e esporte em meio à vegetação remanescente da área urbana. Além disto, conforme anteriormente comentado, todos os conceitos adotados quando da elaboração dos projetos dos parques obedeceram aos critérios estabelecidos pela Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura. O projeto de paisagismo e reflorestamento a ser implantado ao longo das margens do rio Betim e do riacho das Areias, também tende a trazer só aspectos positivos, uma vez que contribuirá irrestritamente para a manutenção dos cursos d'água e melhoria da qualidade de suas águas, ao favorecer a não ocorrência de erosões ao longo de suas margens e o assoreamento de seus leitos.

5.2.4 Impactos Ambientais

5.2.4.1 Fase de Implantação

A seguir, são apresentados os impactos decorrentes da implantação das obras e intervenções englobadas no componente tratamento de fundos de vales, previstas no Programa. Podem ser mencionados os seguintes: o intervenções ambientalmente não desejáveis nos leitos dos cursos d'água (afetando a qualidade de suas águas e a sua biota) e na vegetação ciliar, em função da sua necessária retificação; o desapropriação das áreas contidas nas respectivas faixas de implantação das avenidas; • aumento do nível de ruídos e emissão de poeira; Li transtornos ao trânsito de pedestres e veículos, e ao acesso às residências e estabelecimentos comerciais; o transtornos causados pela remoção de casas comerciais, que estiverem contidas nas respectivas faixas de implantação das avenidas; o transtornos causados a casas comerciais, que estiverem contidas nas faixas vizinhas, as quais não serão removidas, tais como a redução temporária das atividades; o aumento do tráfego de maquinário pesado na região, especialmente os caminhões que serão utilizados para o transporte do volume de terra excedente e ou de empréstimo; o necessidade de supressão de alguns indivíduos arbóreos remanescentes.

O impacto de degradação da fauna foi considerado insignificante, tendo em vista que está intimamente associado à retirada dos poucos indivíduos remanescentes da mata ciliar, que, atualmente, não tem condição de abrigar e alimentar as espécies silvestres ainda ocorrentes no município. Também a ictiofauna não possui condições de sobrevivência atualmente, nas águas poluí<. : 'r jr!'

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As camadas de vasa podem ser deslocadas e arrastadas pela correnteza, quando da ocorrência de enchentes. No caso de remansos, essa remoção torna-se mais dificultada, pois as velocidades se apresentam muito baixas, tendo em vista a dependência quanto à tensão de arraste e à rugosidade do fundo. Saliente-se que somente uma tênue película superficial da vasa (com espessura em tomo de 4 mm) é acessível ao oxigênio dissolvido no seio da massa líquida acima; as camadas inferiores da vasa abrigam, portanto, apenas organismos que promovem a digestão anaeróbia, com elevada produção de metano e gás sulfídrico. Dessa forma, quando da dragagem, a ser realizada logo no início da construção da canalização, atenção especial deverá ser dedicada a disposição final do material retirado dos fundos dos cursos hídricos, pois o material da vasa pode se encontrar altamente contaminado.

5.2.4.2 Fase de Operação A operação da obra que abrange as avenidas marginais gera uma série de modificações no meio ambiente original, introduzindo, principalmente: o a poluição do ar; o aumento dos níveis de ruídos e de vibrações; o problemas de segurança da comunidade (usuária ou não da via). No que diz respeito à operação das bacias de detenção observa-se alguns impactos prováveis, que se referem à possibilidade de perda de receita decorrente das restrições do uso do solo urbano, a instabilidade de margens e contaminação de solos e águas decorrente de deposição irregular de lixo e entulho. Há de se considerar ainda a possibilidade, embora remota, de ocorrência de chuvas cujo Tempo de Recorrência se apresente superior ao previsto (1.000 anos para vertedores) nos Projetos das Bacias de Detenção, o que pode acarretar a inundação de algumas áreas ribeirinhas, e ainda, a possível ocorrência de colapso do maciço. Quando ocorre o colapso do maciço de uma barragem, tem-se: o a montante do barramento, é gerada uma onda negativa, que se desenvolve no interior do próprio reservatório; o a jusante do barramento. é gerada uma onda positiva, que se desenvolve pelo talvegue do curso hídrico e pelas áreas ribeirinhas. A onda negativa pode provocar a destruição de estruturas (pontes, ancoradouros e edificações) localizadas nas proximidades do perímetro do espelho d'água. A onda positiva gera vazões e NAs, que atingem, na grande maioria das vezes, valores muitos elevados, bem superiores àqueles máximos "naturais", observados e/ou estimados; desta forma, populações e edificações ficam sujeitas a inundações, mesmo quando localizadas em cotas superiores àquelas consideradas de proteção. 5.3 Avaliação dos Impactos Ambientais

1- de Av. ienta nstitui j.r- ~-`ado C .onstruc,- Considerado EFEI-iO conmo qualquer tútor dU j,,iiwie uJ. unia iiitervenção QiI,,frc, > ressaltar que a sua mensuração traduz o IMPACTO, utilizando-se, para tanto, critérios específicos que visam avaliar, sob o ponto de vista qualitativo e quantitativo, as reais intervenções e a magnitude de cada uma delas. Assim, a metodologia de Avaliação dos Impactos Ambientais adotada no presente estudo, teve como premissa básica associar os efeitos ambientais às etapas de projeto da engenharia

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(planejamento, construção e operação) e, posteriormente, apresentar as medidas minimizadoras, mitigadoras e/ou compensatórias aos impactos identificados. Para mensuração dos efeitos ambientais, foram utilizados os critérios de avaliação de impactos descritos a seguir: REFLEXO SOBRE O AMBIENTE:: P- Positivo (representa um ganho para o ambiente); N- negativo (representa um prejuízo para o ambiente); D- de Difícil Qualificação (não há elementos técnicos disponíveis para sua qualificação). RELAÇAO: D - Direta (decorre de uma ação do empreendimento); 1- Indireta (é conseqüente de outro impacto). REVERSIBILIDADE:: R - Reversível (pode ser revertido); 1- Irreversível (não pode ser revertido, mesmo com medidas mitigadoras). PERIODICIDADE: T - Temporária (ocorre uma única vez, durante um certo período); P - Permanente (depois de instalada, não tem fim definido): C- Cíclico (repete-se ciclicamente durante a implantação/operação do empreendimento). TEMPORALIDADE: C - Curto Prazo (o impacto ocorre imediatamente após a ação que o causou); M - Médio Prazo (o impacto inicia-se após um certo período a partir da ação que o causou): L - Longo Prazo (o impacto inicia-se após um longo período a partir da ação que o causou). ABRANGENCIA ESPACIAL: L - Local (impacto cujos efeitos se fazem sentir apenas nas imediações ou no próprio sítio onde se dá a ação); R - Regional (impacto cujos efeitos se fazem sentir além das imediações do sítio onde se dá a ação); E - Estratégico (impacto cujos efeitos têm interesses coletivos ou se fazem sentir em nível nacional). MAGNITUDE RELATIVA: reflete o grau de comprometimento da qualidade ambiental da área atingida pelo impacto, e constituir-se-á um elemento valorado, ou seja, serão adotados os valores 1, 2 ou 3 para Magnitudes Baixa, Média ou Alta, respectivamente.

A partir dos critérios acima definidos para a avaliação dos possíveis impactos levantados, foi elaborada uma matriz, contendo os critérios e os efeitos (os quais foram classificados e mensurados), as etapas de projeto e as respectivas ações ambientais, aqui entendidas como medidas minimizadoras, mitigadoras e/ou compensatórias.

142 QUADRO 5.2 - AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS COMPONENTE DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

IMPA< .TAIS CRITERIOS DE AVALIAÇÃO ETAPA DO AÇAO AMBIENTAL ______\_____ EMPREENDIMENTO Refi. Rel. Rev. Per. Temp. Abrang. Mag. Interferêncie e máquinas Implantação do Execução de Programa de e operários mplantação sistema proposto Comunicação e Mobilização Social; do sistema to nível de N D R T C L 1 instalação de tapumes de proteção e ruído com Li" de poeira, passarelas; aspersão de água por proveniente das obras caminhão pipa Transtornos ao tr inito de pedestres, Implantação das redes Execução de Programa de veículos, acns- residências e coletoras/interceptores Comunicação e Mobilização Social; estabelecim-nt -;ais N D R T C L 1 instalação de tapumes de proteção e passarelas Possibilidad do terreno Implantação das redes Adoção de medidas que impeçam a pela retirad i superficial coletoras/interceptores formação de fluxo preferencial pela do mesmo, onde serão N D R T C L 1 vala implantadas redes coletoras/ir, _ Riscos de ( edades de L 2 Implantação das redes Observar as normas de construções terceiros, n ---plantação N D R T C coletoras/interceptores pertinentes das rede e dos interceptor_ Desapropri Implantação do Plano de Reassentamento N D 1 P L L sistema proposto Involuntário e indenizações ... ______.______adequadas _ Relocação e transtornos N D I P L L 3 Implantação das redes Plano de Reassentamento sociais para N D L coletoras/interceptores Involuntário e indenizações adequadas Supressão na área da Implantação da ETE Limitação do desmatamento ETE Centra N D R T c L 1 estritamente ao necessário. Betim Melfhor com você A' QUADRO 5.2 - AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS COMPONENTE DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO (Continuação)

IMPAC; 'S AMBIENTAIS CRITERIOS DE AVALIAÇÃO ETAPA DO AÇAO AMBIENTAL EMPREENDIMENTO Refi. Rei. Rev. Per. Temp. Abrang. Mag. Aumento d' -rle maquinário Implantação da ETE e Execução de Programa de pesado na r 'cm utilizados N D R T C L 1 elevatória Comunicação Social no transpor i (volume de terra parac ',,ta-fora) Movimento de t. para empréstimo Implantação da ETE e Reconstituição e bota-fora urbano-paisagística N D R T C L 1 elevatória das áreas utilizadas. Disposição adequada do volume de terra excedente em área adequada Possibilidade da ocorrência de N D R L Implantação da ETE Adoção de medidas que impeçam a erosão dura"n' as obras de T C 1 formação de fluxo preferencial terraplanag m Eventuais p ';,mas de entupimento N D R P C L 1 Operação das redes Adequada manutenção do e/ou ruptur sistema, tubu~ N DOLão 1 coletorasfinterceptores pela COPASA Aumento tadfas a serem Operação das redes Adoção de tarifas sociais cobradas e/ou outras d usjs,írins da rede N I R P C L 2 coletoras/interceptores medidas pertinentes coletora Geração dc P D R T L Implantação e PC D R LT 1 Operação do sistema proposto Redução d le esgotos Operação do sistema na rede pluvial P D 1 P c E 2 proposto Melhoria das coiijições sanitárias e P D Operação do sistema redução das doenças de veiculação D I C E 2 proposto hídrica Melhoria da oni 'idade da água dos C E Operação do sistema cursos d'ác P D P proposto

144 Betim' Melhor com você

QUADRO 5.2 - AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS COMPONENTE DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO (Continuação)

IMPP '!TAIS CRITERIOS DE AVALIAÇAO ETAPA DO AÇAO AMBIENTAL ______EMPREENDIMENTO Refi. Rei. Rev. Per. Temp. Abrang. Mag. Geração 'os retidos Acondicionamento e transporte nas gradc lores e do N D 1 P c L 1 adequado dos resíduos coletados e lodo pro, s reatores Operação da ETE disposição em aterro (localizado na anaeróbios própria área da ETE) Geração odores nas D R L Operação da ETE Manutenção adequada do sistema unidades de traim ~n),to preliminar N D R P L L 1 Produção de gá-r r1erado nos reatores N D _ COperação da ETE Queima do gás anaeróbios _ D Perda de s~ -",ipnte líquidO N D R P COperação da ETE Aferição dos procedimentos de tratado e c poluição do N D R P c R 2 operação da ETE curso d'áag Descargas A ~~ cgotos para N Operação da ETE Programação das descargas, quando manutenç- 'a ETE N D 1 C R 2 possível, e comunicação do fato à população situada a jusante; ______m anutenção preventiva Possibilid. de maus N D R P C L 1 Operação da Operação adequada do sistema odores na :a 1 elevatória Possibilidc amento de Operação da Manutenção adequada do sistema, e efluentesrr N D R 2 elevatória comunicação do fato à população ______situada______a jusante

145 melhor com voce J

QUADRO 5.2 - AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS COMPONENTE DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO (Continuação)

IMI'.` .', il `',rAIS CRITERIOS DE AVALIAÇÃO ETAPA DO AÇÃO AMBIENTAL EMPREENDIMENTO Refl. Rel. Rev. Per. Temp. Abrang. Mag. Aumento afego de maquinário Implantação das obras Execução de Programa de pesado e frários e numento do e intervenções Comunicação e Mobilização Social; nível de iuiuO com emissão de N D R T C L 1 previstas poeira, proveniente das obras instalação de tapumes de proteção e passarelas; aspersão de água por caminhão pipa Transtornos ao trânsito de pedestres, Implantação das obras Execução de Programa de veículos, acesso às residências e e intervenções Comunicação e Mobilização Social; estabelecimentos comerciais N D R T C L 1 previstas instalação de tapumes de proteção e passarelas Transtorn' isados pela remoção Implantação das de casas c N'iais obras Plano de Reassentamento N D R P C L 3 e intervenções Involuntário e indenizações previstas adequadas Desaprop N D 1 L L 3 Implantação das obras Plano de Reassentamento e intervenções Involuntário e indenizações previstas ' adequadas Transtorn jsados r a redução N Implantação das obras Execução temporár itividad( de casa de Programa de R T L L 2 e intervenções Comunicação e Mobilização Social comerciais previstas Supressão de alguns indivíduos N D R T C L 1 Implantação das obras Limitação do desmatamento arbóreos remanescentes da mata e ciliar intervenções estrtamente ao necessário. previstas Recuperação da mata ciliar Intervenç ambientalmente não N D R P M L 1 Obras de retificação Monitoramento da qualidade das desejáveis ti-s leitos dos cursos dos cursos d'água d'água águas. Implantação do Projeto de _ Paisagismo e Reflorestamento

146 Beti- ) Melhor com você t

IMPACB t arXBIENTAIS CRITERIOS DE AVALIAÇAO ETAPA DO AÇAO AMBIENTAL EMPREENDIMENTO Refi. Rei. Rev. Per. Temp. Abrang. Mag. Aumento d v go de maquinário Implantação das obras Execução de Programa de pesado na a sSnrem utilizados N D R T C L 1 e intervenções Comunicação Social no transpo' a a (volume de previstas terra para e' - hota-fora) Movimento empréstimo Implantação das obras Reconstituição urbano-paisagística e bota-fora N D R T C L 1 e intervenções das áreas utilizadas. previstas Disposição adequada do volume de terra excedente em área adequada Aumento cl ruído com Operação das Implantação do Projeto de emissão de pc, N D R P C L 1 avenidas marginais Paisagismo e Reflorestamento. Monitoramento da qualidade do ar. Monitoramento dos veículos Ocorrência '> r ='ns Operação das Adoção preferencial de pavimentos N D R P C L 1 avenidas marginais asfálticos, e correta conservação dos

______mesmos. Monitoramento dos veículos Ocorrência --rlaaço de áreas Operação das BDs Execução do Plano Emergencial de ribeirinhas colapso do maciço N 1 R C C R 2 Defesa Civil. Implantação de Sistema das barrag_ de Alerta Problemas e segurança da Operação das Conservação da sinalização comunidade (u ;uária ou não da via) N D R P C L 2 avenidas marginais destinada a orientação de pedestres e veículos Destinação final adequada da `vasa" Remoção dai ' ` (camadas de Obras de canalização lodos sedi-n' ' fundos dos N D R T M R 2 dos cursos d'água de acordo com o seu grau de cursos hídr; - contaminação

147 Betim_ Melhor com vot '

QUADRO 5.2 - AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS COMPONENTE DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO (Continuação)

IMP, -" TAIS CRITERIOS DE AVALIAÇAO ETAPA DO AÇÃO AMBIENTAL EMPREENDIMENTO Refi. Rei. Rev. Per. Temp. Abrang. Mag. Redução d '? (,i, entes P D I P M R 2 Operação das BDs Geração d. 'egos P D R T C L 1 Implantação e P D RT O L 1 ~~~~~~~operaçãodas obras e ______intervenções previstas Redução do lançamento de água pluvial na rede de esgotos Implantação e P D E 2 Operação do sistema de micro-drenagem Redução d i crorrência de doenças infecto-cont,l -as (leptospirose) Implantação e ' D 1 P c E 2 operação das obras e intervenções Melhoria di Hidade previstas da água dos 2 Operação cursos d'á- das obras e D _ E intervenções previstas Melhoria vida da população v Implantação e-- D 1 P C R 2 operação das obras e

______previstas______148intervenções

148 6 AVALIAÇÃO AMBIENTAL GLOBAL DO PROJETO

6.1 Necessidade do Projeto

O mais importante indicador da importância e da necessidade do Projeto é a avaliação do desenvolvimento do Município na hipótese de não se implantar o Projeto. Esta avaliação foi feita para Betim e a conclusão incontestável é que a situação sem Projeto apresenta prejuízos de tal ordem que a sua consideração somente se justifica como elemento de convicção e justificativa das proposições feitas. Este é o caso do sistema de esgotos sanitários. Não há como admitir que uma cidade com o deficit atual de atendimento público de esgotamento sanitário possa conviver com esta situação, agravada ainda mais pelo acréscimo populacional e de atividades urbanas previsto em altas taxas. Não investir na ampliação deste sistema seria condenar a população a viver em gravíssimas condições sanitárias e ambientais. Tal situação é tão inconcebível que o próprio Ministério Público Estadual, em defesa da população, atuou no sentido de obrigar a empresa concessionária do serviço a providenciar, em acordo com a Administração Municipal, para que o sistema fosse ampliado. A concepção de organização do sistema resultou de estudos técnicos e econômicos elaborados pela COPASA, a partir de 1.995 e apresenta, assim, o requisito necessário para garantir a melhor solução. A COPASA é seguramente uma das mais experientes empresa pública concessionária de serviços de saneamento do Brasil. Atua na maioria e nos mais importantes municípios do Estado de Minas Gerais, incluindo sua capital. Apresenta, assim, condições de garantir a qualidade dos projetos e da administração do sistema a ser implantado. O Projeto está propondo a execução de programas específicos para melhorar ainda mais as condições operacionais e de eficiência do sistema: incentivo à adesão da população ao sistema, eliminação de conexões cruzadas e controle da contaminação industrial.

Uma unidade do sistema, a estação de tratamento, poderia em tese ter sua implantação postergada. Esta decisão, contudo levaria a uma situação insustentável quanto ao impacto na qualidade de água do rio Betim (corpo receptor dos esgotos) e do próprio rio Paraopeba. Avaliações de qualidade de água nestes rios, para vários cenários, foram feitas e os resultados indicaram a necessidade de tratamento dos esgotos em nível secundário, sem o que não se atingiriam os padrões de classe para ele estabelecidos pela regulamentação ambiental estadual e federal.

Deixar de implantar as vias propostas acarretaria problemas e prejuízos consideráveis, não exclusivamente relacionados com a carência de acessibilidade. Todas as vias estão lançadas em fundos de vale e nesta posição exercem, alem das funções de articulc.çno e integração viárias e ncccsr a serviços públicos, c, f ,ncções muito importantes:

;ra a imi s deE de v Ide pã-sagem c dc- _ . possa considerar viável sua passagem em terrenos livres, a concessionária dos serviços requer a disponibilidade de acesso aos seus equipamentos mecanizados de manutenção dos sistemas; Melhor com voce w

o Limite físico entre as áreas privadas e públicas; no caso de Betim é necessário considerar que as áreas marginais aos córregos, salvo poucas exceções, fazem parte de loteamentos aprovados a muitos anos atrás e são, por conseguinte, lotes de propriedade privada ainda não ocupados por deficiência de infra-estrutura; à medida que a cidade se desenvolve a demanda por locais de moradia aumenta e dificilmente a Administração Municipal conseguirá evitar que tais terrenos sejam ocupados; mesmo que os terrenos fossem desapropriados e sua ocupação fosse proibida, a sua invasão pela população mais carente de recursos para ter acesso ao mercado formal de imóveis ocorreria, conforme tem ocorrido sistematicamente em toda aglomeração metropolitana. Por outro lado, as características do sistema viário a ser implantado e a sua posição no fundo de vale devem guardar relação com a sua função. Caso não tenham função viária significativa, as vias poderão ter características físicas e operacionais de vias locais e poderão se afastar dos cursos d'água. Esta consideração conduz à necessidade de reavaliar a conceituação viária dos projetos, objetivando adequar suas características técnicas às suas funções. Medida esta já decidida pela Administração Municipal.

As bacias de detenção foram propostas para reduzir os picos de cheias no Riacho Areias, evitando, assim, a necessidade de reformular os canais existentes neste curso d'água. Não construí-las significaria admitir inundações com recorrência de 2 anos, segundo estudos elaborados para ao Município pelo Departamento de Recursos Hídricos da Universidade Federal de MG. A alternativa de ampliar a capacidade dos canais foi comparada com a implantação das bacias e se configurou menos atrativa pelos seus custos e transtornos públicos provocados. As bacias apresentam ainda a vantagem de melhorar as condições de funcionamento da confluência Areias/Betim e de reduzir os picos de cheias no trecho de jusante do rio Betim.

Resta avaliar as canalizações dos afluentes do Betim e do Areias incluídas no Projeto. Embora se constatem inundações em alguns pontos destes afluentes, a implantação das canalizações propostas poderia ser evitada, mantendo-se as calhas dos córregos em condições naturais com pequenas correções localizadas. Esta alternativa exige o afastamento das vias marginais deixando livre espaço suficiente para absorver as vazões de cheias. A adoção deste conceito de projeto requer faixas da ordem de 100 a 150 de largura ao longo dos fundos de vale. Seus benefícios estão relacionados com a preservação das áreas ao longo dos cursos d'água e a manutenção de velocidades de escoamento fluvial mais baixas, evitando o aumento dos picos de cheias para jusante. As dificuldades e impactos negativos relacionam-se ao custo de aquisição dos terrenos (que pode ou não ser compensado pela eliminação dos canais em concreto) e ao aumento de relocações de famílias.

6.2 Impactos Positivos Consequentes A implantação do Projeto deverá acarretar os seguintes impactos positivos, sob os aspectos ambiental e sócio-econômico:

iv,,jnoria da qualida(c( p.jecto dos corpc i de odores f -sólidos fl - ;áreas ribeii o g 'erão a pr. ciliav, u redução da tur em função da red- margens d`- u a fauna e a flora aquática serão naturalmente recompostas, observando-se o ressurgimento da ictiofauna.

150 Melhor com voce t o redução acentuada das despesas governamentais com Saúde Pública; o redução significativa da ocupação dos leitos hospitalares; o redução das despesas familiares com assistência médica e com medicamentos; o aumento da força de trabalho, com redução do absenteísmo e com aumento da disposição efetiva para o trabalho; o aumento da expectativa de "vida média"; o minimização dos custos e prejuízos comumente conseqüentes de inundações de áreas ribeirinhas; o melhoria acentuada do fluxo de veículos e do trânsito de pedestres com a implantação adequada e correta das vias e de suas conexões com as ruas adjacentes; o as famílias reassentadas disporão de residências mais adequadas e mais salutares; • as residências e as edificações comerciais do entorno das faixas de tratamento dos fundos de vale terão melhores condições externas ambientais; o maior disponibilidade de áreas de lazer e de esportes.

6.3 Impactos Negativos Consequentes A implantação do Projeto deverá acarretar os seguintes impactos negativos: o a presença de ações relativas às obras determina uma série de contrariedades: barulhos, poeiras, trânsito de operários e tráfego de veículos e maquinários pesados, etc;

• a remoção involuntária de famílias deve provocar alguns pequenos efeitos adversos: "quebra" de vizinhança, afastamento das escolas freqüentadas pelos filhos e das unidades de saúde, etc.; o a ocupação das áreas de preservação ao longo dos cursos d'água para implantação do sistema viário; o Riscos decorrentes da barragens a serem construídas para as bacias de detenção.

Os três últimos impactos relacionam-se a Salvaguardas do Banco Mundial e são tratados com maiores detalhes no capitulo de Salvaguardas. 6.4 Condições de Sustentabilidade As ações propostas apresentam, certamente, todas as condições futuras de sustentabilidade ambiental. No caso das vias a serem implantadas e das ruas adjacentes, as mesmas serão conservadas e r idas pela própria munir;;-'` - caso do sistema de esgolrmc- 'nitái io, a concessionC.'^ encarregará dt r utenção e operação, i n dade de tratamrn' p uidando

Jade dos efluentc r f respeite a clas- c-do respci: àtor. A auministração das áreas aiagdvti uas BDs deverá pertenGer, nt_,ç,,iiA. nte, à SUMDL_ - Superintendência Municipal da Defesa Civil - (*), evidentemente, compartilhando essa atribuição com outro órgão da administração municipal, caso sejam previstas atividades temporárias nas referidas áreas. Por exemplo, com a Secretaria de Esportes, caso venham a ser implantados parques, campos e quadras esportivas nas mesmas. Evidencia-se a necessidade de serem

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evitadas invasões e outras ocupações clandestinas, além de ser impedida a deposição de lixo ou de entulhos. Esta observação é válida para todas as BDs, mesmo aquelas localizadas em regiões, aparentemente, "protegidas". (*) A SUMDEC é um órgão municipal, incumbido de coordenar as ações relativas a Defesa Civil, vinculado diretamente a Secretaria Municipal de Governo e interligado, funcionalmente, ao CEDEC - Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, órgão do governo do estado. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente envidará esforços no sentido de se fazer o monitoramento correto e adequado da qualidade das águas da bacia do Betim, complementando ações pertinentes da FEAM e do IGAM, já em pleno curso; no caso dos trechos afetados do rio Paraopeba, o Comitê complementará as ações, também já em curso, pelo IGAM e pela FEAM. Estão sendo previstas, dentro do contexto do Projeto, ações destinadas ao fortalecimento institucional das secretarias municipais, da Defesa Civil municipal e do próprio Comitê. Estão também sendo previstas, dentro do contexto do Projeto, ações relativas à ampliação da Educação Ambiental. O Plano de Gestão Ambiental proposto deverá garantir as condições de sustentabilidade do Projeto.

7 MEDIDAS DE MITIGAÇÃO

7.1 Componente de Esgotamento Sanitário 7.1.1 Considerações Gerais sobre as Obras Propostas Considerando-se a implantação das redes coletoras e dos interceptores, o primeiro ponto a merecer destaque é referente aos serviços preliminares e que englobam a instalação do canteiro de obras, a abertura e manutenção de acessos que interligam as frentes de serviços ao mesmo, a construção de instalações mínimas necessárias ao desenvolvimento dos trabalhos técnicos e administrativos da obra, bem como ao atendimento do pessoal empregado. Neste grupo de procedimentos ainda pode-se chamar a atenção para as obras de segurança que incluem a construção de tapumes, guarda-corpos, passagens temporárias em cruzamentos de ruas e a adequada sinalização dos locais em obras que ofereçam perigo à passagem de pedestres e ao trânsito de veículos. Os serviços iniciais de campo consistem na limpeza do terreno para remoção de obstruções naturais, demolição e remoção de pavimento asfáltico, poliédrico ou passeio cimentado porventura existentes nas áreas destinadas à implantação das redes. O início efetivo das obras, entretanto, está condicionado à locação dos eixos das valas a serem escavadas e à elaboração das respectivas "notas de serviços". A partir da locação e nivelamento das redes coletoras e interceptores, desenvolve-se o processo de escavação, que poderá ser mecânica ou eventualmente manual, em função das particularidades do terreno, proximidade com construções e/ou cronograma de obras. O processo compreende a remoção de qualquer material abaixo da superfície natural do terreno, até as cotas especificadas no projeto, com separação dos materiais reempregáveis e a remoção imediMt2 d^- n,o utilizáveis. O mptrr1 n--'^'- de reaproveitamr'-- ,X-- epositado rn só lado d- =mprom-i tles e - amento dc-- tamh." -,,-se nti2lnd * de rai a escavação, c;-, _ites

Nos Cd us iJ a escavação ating,. U L, um obstáculo a J,s obras, deve-se ter o cuidado de manter o terreno permanentemente drenado, impedindo que a água se eleve no interior das valas, pelo menos até que o material que compõe a junta da tubulação atinja o ponto de estabilização.

152 Melhor com você t

Quando se fizer necessário, o esgotamento das valas deverá ser executado com o auxílio de bombeamento, contínuo ou intermitente. Toda vez que a escavação, em virtude da natureza do terreno, possa provocar desmoronamentos, ou em valas com profundidades superiores a 1,50 m, é obrigatório o escoramento adequado das mesmas, garantindo desta forma, sua incolumidade e segurança dos trabalhadores envolvidos, possibilitando também o normal desenvolvimento dos trabalhos sem danos, mesmo a terceiros. Levando-se em consideração que o início das obras será precedido de planejamento, aí incluída a avaliação da necessidade de elaboração do projeto específico de escoramentos, observa-se que os mesmos podem ser do tipo "pontaleteamento", descontínuo e/ou contínuo. No primeiro, a superfície lateral da vala é contida por pranchões de madeira, espaçados e travados horizontalmente com estroncas; já no escoramento descontínuo, a superfície lateral da vala é contida por pranchões de madeira, mantidos firmes por longarinas em toda a sua extensão e travadas por estroncas. Por fim, no escoramento contínuo, a superfície lateral da vala é contida por pranchões de madeira, encostados uns nos outros, mantidos firmes por longarinas, em toda a sua extensão, e travados por estroncas espaçadas conforme especificações próprias. Antes de se lançar o primeiro elemento da tubulação, o fundo das valas é previamente regularizado, garantindo aquela perfeita estabilidade. Vale lembrar que, nos trechos onde o terreno apresenta boas condições, o assentamento se faz sobre o fundo de vala perfeitamente apiloado; nos demais casos, onde o solo não apresenta características de suporte adequadas, as tubulações são assentadas sobre um berço composto de areia e brita, como forma de garantir a estabilidade das mesmas. Em paralelo ao avanço deste processo, inicia-se ao longo da rede coletora a execução das ligações prediais que interligam o ramal predial à rede pública de coleta de esgotos sanitários. Ressalte-se que as tubulações são assentadas no sentido de jusante para montante. Sempre que os trabalhos são suspensos, o último tubo de assentamento é tamponado, evitando-se a entrada de elementos estranhos. Os poços de visita, geralmente em alvenaria, dão acabamento às redes e são executados conforme projeto. Na seqüência, procedem-se os testes de estanqueidade, a verificação das cotas da geratriz superior da tubulação e, quando se faz necessário, a correção do nivelamento. A próxima operação compreende o reaterro da vala, que é executado com material apropriado, usualmente procedente da própria escavação, em camadas sucessivas que são devidamente compactados com grau de umidade adequado. Em paralelo, à medida que avança o reaterro e a compactação, inicia-se a retirada do escoramento. Quando o reaterro atinge o nível inferior da última camada de estroncas, as mesmas são afrouxadas e removidas as peças de contraventamento, as estroncas e as longarinas, bem como os elementos auxiliares de fixação, sendo sucessivamente retiradas as demais camadas de contraventamento. As estacas e elementos verticais de escoramento são removidos logo que o reaterro atinja um nível suficiente. Finalmente, inicia-se a limpeza final da obra, quando toda a área afetada deve ser limpa e varrida, removendo-se das vias públicas todos os detritos e entulhos resultantes da mesma. Os serviços complementares de urbanização, com plantio de grama em placas, recomposição de meio-fio, r r'f Vo poliédrica, asfáltica c: r cs erão ser realizadr,;

_ra a r

Com relação às medidas a serem tomadas quanou eu implantação das umu, G impactos negativos no meio físico, recomenda-se o seguinte: u Que sejam observados os horários de transporte de equipamentos pesados, para que se façam fora dos horários de pico de trãnsito e durante o dia;

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o Que as obras de terraplenagem quando executadas tenham a sua proteção vegetal implantada no menor prazo possível para se evitar as erosões, e conseqüentemente o assoreamento dos cursos d'água; o Que todo rejeito e bota-fora da obra seja devidamente disposto em local indicado e regulamentado pela Prefeitura de Betim; o Que os locais de empréstimo de terra sejam recompostos e protegidos, podendo com a urbanização, suavizar os impactos na geomorfologia local e a recuperação das áreas verdes; o Que seja mantido, através de caminhões pipa, a aspersão de água nos locais de maior movimentação de veículos, evitando a formação de poeira que venha prejudicar os habitantes das áreas circunvizinhas.

7.1.2.2 Meio Biótico Terrestre o Limitar o desmatamento (arbóreo, arbustivo e raspagem de pasto) estritamente ao necessário para áreas a serem terraplenadas ou ocupadas pelo projeto, permitindo-se a regeneração da vegetação; o Instituir medidas de proteção contra queimadas, procedendo-se à construção de aceiros para que não ocorram focos de fogo, que à partir do canteiro de obras possam atingir suas áreas de influência; o Localizar as caixas bota-fora em áreas indicadas e regulamentadas pela Prefeitura; o Desenvolver um projeto paisagístico de interesse para a melhoria da qualidade ambiental na área da ETE e para a proteção da flora e da fauna. 7.1.2.3 Meio Biótico Aquático Os impactos ambientais sobre o ecossistema aquático durante a fase de implantação das obras são muito reduzidos, restringindo-se a eventuais aportes de material sólido decorrentes da obra de terraplenagem. As medidas mitigadoras já apresentadas no item anterior, constituem-se, portanto, nas ações recomendadas para a minimização destes impactos.

7.1.3 Recomendações para a Fase de Operação

7.1.3.1 Considerações Iniciais Quanto aos impactos negativos decorrentes do funcionamento das redes coletoras/interceptores, conforme anteriormente apresentado, oD mesmos resumem-se a eventuais, problemas de entupimento e ou ruptura da tubulação, cabendo à COPASA zelar pela manutenção do sistema. Além disto, há a questão do sobre-custo dernrrente do aumento das tarifas a cr-rn- cobradas dos u- . coletoran;. (comu;,. - lor mensal dc "? '. tnmh4m c --,o negati'c r as famín' todavia, c,." -a a ado,ç. 'u oL.; n,«ui- mizem este fato. Os impa;m -- trentes o:.- fase de c '-E 7 Ímio qw ' ' ciente for a operac _< .sjulgadas in,. ir o grau uo. :ação em caráter geral, citam-se as seguintes: o operação da ETE segundo os critérios estabelecidos no projeto, visando obter o máximo de eficiência, e ainda, respeitando as formas de disposição final dos lodos desidratados e dos materiais retidos nas grades e desarenadores;

154 Melhor com você u disponibilização de pessoal convenientemente treinado e conhecedor das tarefas de sua responsabilidade; o realização das manutenções periodicamente.

7.1.3.2 Meio Físico Tendo em vista que, no trecho a jusante do local previsto para a implantação da ETE, o rio Betim foi enquadrado na classe 3, salienta-se a não adequação do uso de suas águas para recreação de contato primário, sendo necessária a conscientização da população a esse respeito. É interessante esclarecer à população que embora a qualidade da água tenha melhorado e os problemas de mau cheiro praticamente eliminados, ainda assim, haverá muitas restrições relativas ao seu uso, tais como: irrigação de hortaliças, recreação e lazer que tenham contato direto com o meio líquido (natação, esqui e surfe), dentre outros. Durante o funcionamento da ETE e da elevatória, descargas eventuais de esgoto bruto são prováveis de acontecer durante paralisações das unidades de tratamento, quer seja para reparos de acidentes ocorridos inesperadamente, ou como trabalhos de manutenção em caráter preventivo. Recomenda-se que as descargas sejam programadas, quando possível, e que as pessoas ou entidades que façam uso da água, situadas a jusante do ponto de lançamento, sejam comunicadas e orientadas, com informações sobre o período de sua ocorrência e dos riscos provenientes dessa operação. Conforme anteriormente mencionado, os lodos resultantes do tratamento, após desidratados, serão encaminhados ao aterro a ser implantado na própria área da ETE, sendo depositado em células que só receberão lodo; os sólidos originados no tratamento preliminar também serão depositados no aterro, porém, em células independentes das de lodo. No sentido de se evitar falhas nos sistemas de eliminação de gases produzidos nos reatores UASB por meio dos queimadores, recomenda-se que sejam estabelecidos programas de manutenção preventiva de todo o sistema de coleta, transporte e queima de biogás. Recomenda-se que, na área onde se localizam os reatores anaeróbios e os queimadores, sejam colocadas placas de sinalização e segurança para evitar a ocorrência de acidentes nesta área. 7.1.3.3 Meio Biótico Terrestre Implantar e manter um reflorestamento heterogêneo nas áreas disponíveis não ocupadas pelas obras, conforme apresentado no projeto paisagístico da ETE. 7.1.3.4 Meio Biótico Aquático O impacto ambiental sobre o ambiente aquático mais relevante na fase de operação da ETE é o lançamento dos efluentes tratados no rio Betim. Porém, trata-se de um impacto essencialmente positivo, pois reflete a retirada dos lançamentos "in natura" atualmente existentes em toda a bacia do rio Betim. Quanto ao impacto decorrente das descargas eventuais, recomenda-se que as mesmas sigam uma escaln previamente programada, qi nrw'1 'c'. 7.- i 1'- rioeconômirc

!ência r ;Jioec rad.

a cm todas r 'o, evitr .ncic -r! - 'Aaosa pL. .<- 'iIçãc -e, gases, emanação de odores, áreas com aspecto repugnante, etc, que depreciem a imagem deste Empreendimento na região;

155 Bj.e tini, Melhor com você "

o Que as áreas urbanizadas sejam bem cuidadas e com boa manutenção, para que atendam as suas finalidades, visando a minimização de impactos e a integração do Empreendimento ao meio no qual está localizado; o Que as eventuais descargas sejam programadas e que, quando de sua necessidade, as populações ribeirinhas e demais pessoas ou entidades que façam uso da água, situadas a jusante do ponto de lançamento, sejam comunicadas e orientadas, com informações sobre o período de sua ocorrência e dos riscos provenientes dessa operação; • Quando do término da descarga acidental ou para manutenção, a mesma população deverá ser comunicada do fato, liberando-se com isso os eventuais usos da água ocorrentes no trecho afetado; o Que seja promovida uma integração com a população através das Entidades e Associação de Classes das Escolas e das Municipalidades entre outros. Esta integração poderá ser feita, por exemplo, através de visitas, palestras, divulgação e audiovisual; o Implementação de Programa de Comunicação e Educação Ambiental. 7.1.4 Componente de Tratamento de Fundos de Vale No que diz respeito às bacias de detenção, o impacto causado pela perda de receita, proveniente, por exemplo, do IPTU, em função das restrições que serão impostas ao uso e ocupação do solo nas áreas das bacias, será compensado através da economia de recursos decorrente da redução dos eventos de inundações. Quanto aos impactos de instabilidade das margens e a contaminação dos solos e águas pela deposição irregular de lixo e entulho, os mesmos poderão ser evitados pela realização do Plano de Monitoragem. Quanto aos impactos decorrentes das avenidas marginais, tem-se: Poluição do ar As medidas mitigadoras assumem duas formas: Li redução da poluição na fonte; o medidas de planejamento. a) Redução da poluição na fonte A redução da poluição na fonte está praticamente fora do domínio público municipal, restringindo a fiscalização de acordo com o novo Código Nacional de trânsito. As emanações das descargas dos veículos dependem: o da evolução tecnológica dos veículos, tanto no que diz respeito aos motores, quanto aos filtros e combustíveis; o do controle da regulagem dos automóveis e, principalmente, dos caminhões e ônibus. No primeiro caso (evolução tecnológica), a Resolução CONAMA no 18/86 institui o PROCONVE (Programa de Controle d, Poluição do A.- VCÍL - ",L-,U res), que rH paulatina c" tos, ano C Já o c motor( e, pel- usuáriz . , a fiscal-. atua; emissão de f uma.. su'ficiente para £ b) Medidas de Plane Todas as medidab _ pianejamento se relacionam , eiigenharia de tráfego, toií..i. de: o restrição ao uso das vias por todos os veículos ou apenas para alguns, medida impopular com grande interferência na cinética do trânsito urbano;

156 Melhor com você -' o controle dos cruzamentos, inclusive com uso de semáforos sincronizados, reduzindo a necessidade de paradas e conseqüentes acelerações e desacelerações, aumentam as emissões da descarga dos veículos; o remanejamento de tráfego, oferecendo rotas alternativas para o tráfego de passagem (origem e destino fora da área-foco). Além disto, medidas recomendadas no paisagismo deverão ser as de maior impacto positivo. Deverá ser adotado o máximo possível de áreas verdes, minimizando os impactos negativos no microclima e possibilitar uma melhor remoção dos efluentes atmosféricos. Uma cortina arbórea, seguindo os critérios da CEMIG (empresa responsável pela eletrificação e iluminação das vias públicas no município), servirá como barreira contendo ruído, e poluição atmosférica proveniente das vias. Ruídos As medidas mitigadoras também assumem duas formas: o redução da poluição na fonte; o medidas de planejamento. a) Redução de Ruído na Fonte A redução de ruído na fonte foge dos objetivos diretos da engenharia rodoviária, embora seja um objetivo de monta para a sociedade, e que deve ser perseguido pela indústria automobilística. A medida que as autoridades rodoviárias podem atuar, apenas, sobre o estado de conservação dos veículos (quanto pior o estado, mais cresce a emissão dos ruídos), torne-se importante a manutenção de uma fiscalização atuante, por parte dos poderes públicos, sobre os veículos mais antigos. b) Controle da propagação e atenuação dos ruídos A propagação e a atenuação dos ruídos podem ser controladas mediante três tipos de medida: u de projeto (ou planejamento) das vias; o construção de barreiras interpostas entre as vias e as áreas a proteger; o alterações das características dos ambientes que recebem o ruído. As barreiras, por sua vez, têm sido usadas com bastante freqüência em todo o mundo, nos locais em que não interferem com os fluxos de tráfego locais (pedestres e veículos). A construção da barreira arbórea proposta no projeto paisagístico contribui consideravelmente com a transposição do ruído das vias paras as habitações do entorno. Vibrações As medidas mitigadoras que podem ser adotadas dependem de fatores locais e que se relacionam com o que se quer proteger. Em geral, pavimentos asfálticos bem conservados geram menos vibrações do que as pistas em terra, ou pavimentadas com blocos de concreto ou paralelepípedos. Disposição final da "vasa" Somente quando dLa r- :- ck - v-erial da vasa c c . - suas ccrrc,c análises físico-químihn- -ái _ ser defind' n a ser d--- -- resíduo, a qu^! -,terro Sani` ial, ou

1de bot -'

,..1 Pla; a Ei lisODUÇÃO Este programa de monitoração tem por objetivo principal a verificação da eficiência e eficácia das medidas adotadas nas fases de implantação e operação da ETE Central, bem como das atividades relacionadas à minimização dos impactos negativos deste Empreendimento. OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DA ETE

157 Melhor m --

Cumpridos os programas de pré-operação das diversas unidades, quando do início da operação normal da ETE, deverão ser mínimos os ajustes para o funcionamento adequado de cada unidade e do sistema como um todo, dentro da eficiência planejada. Na operação normal da ETE, é fundamental o acompanhamento e monitoramento da performance de cada operação unitária de modo a se conhecer a relação entre os diversos parâmetros intervenientes no processo, e assim orientar as medidas necessárias para assegurar que cada fase do tratamento se desenvolva da maneira mais eficiente, conforme foi idealizada e projetada. O manual de operação deverá incluir a descrição, as premissas básicas de projeto e as mais recentes técnicas da operação das unidades de processo, assim como os sistemas e medidas corretivas relacionadas aos problemas de processo. A manutenção, e até mesmo a melhoria de performance do sistema dentro dos padrões planejados, poderá ser alcançada através de uma boa supervisão técnica e administrativa, com uma correta coleta e manipulação dos dados e informações operacionais, através de adequado controle laboratorial. O controle dos equipamentos e acessórios deverá ser feito através de manuais de manutenção, no qual cada equipamento será abordado segundo suas funções e premissas mínimas de manutenção, segundo basicamente prescrições dos fabricantes, relacionando possíveis problemas com as respectivas medidas corretivas. A implementação de um adequado programa de manutenção é um ponto de grande importância para se evitar falhas nos equipamentos e conseqüentes interrupções no funcionamento normal da unidade como um todo. Procedendo, desta maneira, os responsáveis pela operação da ETE, terão todos os meios para garantir que os objetivos deste Empreendimento sejam plenamente alcançados, assegurando que o efluente lançado no rio Betim estará dentro das características compatíveis com o nível de tratamento estabelecido pelo sistema projetado. O monitoramento da qualidade do efluente final da ETE deverá ser feito permanentemente, com coletas de amostras no canal do efluente final para determinação dos teores de Demanda Bioquímica de Oxigênio e dos Sólidos em Suspensão. MEIO FíSICO Com o objetivo de avaliar os níveis de ruído na área de entorno da ETE Central, quando da sua entrada em operação, deverão ser realizadas medições do nível de ruído. Caso o nível de ruído se apresente fora dos limites estabelecidos pela legislação em vigor no município de Betim, recomenda-se que seja estudada uma proteção acústica no prédio dos sopradores. MEIO BIÓTICO Fase de Implantação Sobre o Ecossistema Terrestre Os impactos considerados relevantes são ocasionados pelas interações das ações de terraplenagem e urhpnização sobre o mp;½ rIncr A tcrr<-r- ---rá ser monitclk es fases dc par e F --da para além H ' n-ce ' s -- cobernu:a v(, ' t't1s área- i f Assii.. a realização o* fotográfico C recc .a de talude,. A ... U configurat --~tos r,- monitorac. que scf_j;i --.sas ti.. de prc>, : U , revegetação oe touas as áreas descaracterizauaO, uiilização de espWbies nativas e piÀ,wdio de espécies que possam beneficiar a fauna regional. Finalmente, recomenda-se a realização de um acompanhamento fotográfico periódico do empreendimento, durante a fase de obras, indicando a condição do canteiro, do corpo receptor e da área de entorno. Sobre o Ecossistema Aquático

158 Melhor com você

Como os impactos ambientais sobre o ecossistema aquático, na fase de implantação deste Empreendimento, são eventuais e localizados e considerando-se que as obras de terraplenagem e urbanização já deverão ser monitoradas com relação aos seus efeitos sobre o ambiente terrestre, não se verifica a necessidade de um monitoramento específico com respeito ao ambiente aquático.

Fase de Operação Sobre o Ecossistema Terrestre Continuidade no monitoramento da conservação da vegetação natural da área do Empreendimento. Acompanhamento contínuo do desenvolvimento da vegetação nativa reintroduzida, referente ao projeto de revegetação implantada na fase anterior. Sobre o Ecossistema Aquático Embora os efeitos do lançamento de esgotos tratados no rio Betim sejam benéficos para a comunidade aquática, é recomendável que seja feito um acompanhamento das eventuais transformações a serem sofridas por este ecossistema. Deve-se proceder da mesma forma com relação aos efeitos provocados pelas descargas eventuais. Assim sendo sugere-se a adoção das seguintes medidas de monitoramento: a) Acompanhamento dos efeitos provocados pelo lançamento de esgotos tratados Pontos de Coleta: o No rio Betim, a montante e a jusante do lançamento do efluente tratado. u Parâmetros e freqüência: o pH, temperatura, turbidez, cor, condutividade, oxigênio dissolvido, DBO, série de sólidos, amônia, nitrato, fósforo, óleos e graxas, coliformes termotolerantes (análises mensais). u Este programa de monitoramento deverá ser executado ao longo de um ano. Ao final deste período deve ser feita uma avaliação global dos resultados e estimada a conveniência ou não de prosseguimento do programa. b) Acompanhamento dos efeitos provocados pelas descargas eventuais o Pontos de Coleta: os mesmos ao item anterior o Parâmetros e freqüência: o pH, temperatura turbidez, cor, condutividade, oxigênio dissolvido, DBO, série de sólidos, amônia, nitrato, fósforo, óleos e graxas, coliformes termotolerantes (análises eventuais). Sugere-se que este acompanhamento seja efetivado durante o período que cubra pelo menos cinco descargas de grande porte, após o qual deverá ser feita uma avaliação sobre os efeitos da descarga sobre o ecossistema aquático. c) Acompanhamento da qualidade da água do lençol freático na área do aterro ccItrolado

r liz iocal próxih-

o "" .~~~~~~-,cL"JrIUU, -issolvidco, D- amônir. . Sc,ro, óleos e graxas, colik vcerantes (análises t 7.2.2 Plano de Monitoramento das Avenidas Marginais No que tange aos impactos devidos a causas geotécnicas, tais como: escorregamentos 1 deslizamentos / quedas de blocos, erosões / ravinamentos / voçorocamentos e recalques em fundações, o monitoramento deve ser permanente, realizado rotineiramente em conjunto com as atividades decorrentes da fase de manutenção / conservação da via.

159 Melhor com voce

Quanto aos impactos relacionados a doenças endêmicas, devido ao surgimento de áreas favoráveis à proliferação de vetores endêmicos (ratos, insetos, etc.), o monitoramento também deve ser permanente, sendo que nas proximidades de aglomerações urbanas o monitoramento atinge sua importância máxima, dando indicações de atividades preventivas à geração de focos de doenças endêmicas. Quanto à poluição do ar, o monitoramento deve ser permanente, com maior freqüência nos períodos de inversão térmica. Devem ser considerados os seguintes aspectos principais: pela sua própria natureza, a poluição atmosférica transcende a limitação física da área de influência da via; a poluição atmosférica assume aspectos críticos em zonas urbanas das vias onde várias fontes de poluição (via, indústria, etc.) são responsáveis pela degradação da qualidade do ar; o monitoramento da qualidade do ar requer alta especialização técnica e, por isso, deve ser realizado em convênio com o órgão ambiental responsável; e, finalmente, do ponto de vista do órgão rodoviário, o monitoramento e a fiscalização constantes das emissões gasosas dos veículos automotores usuários do empreendimento (controle da "fonte rodoviária" de degradação da qualidade do ar). No que tange ao monitoramento da poluição das águas (incluindo a alteração do regime hídrico), o mesmo deve ser permanente ou periódico. O monitoramento da qualidade das águas na área de influência de uma via envolve: a necessidade de identificação e classificação das águas segundo o seu uso (abastecimento, irrigação, recreação, etc.); a verificação periódica de possíveis alterações no uso das águas e do espaço (solos, recursos naturais, etc.) em suas bacias de captação; e, ainda, quando possível, do seu regime/balanço hídrico; a verificação permanente de possíveis disposições inadequadas de lixo, esgotos, efluentes de oficinas e outros equipamentos e serviços ao longo da via; a necessidade de cuidados e dispositivos especiais em áreas críticas da via, do ponto de vista de acidentes, sobretudo, com cargas perigosas em relação às águas de abastecimento. Quanto à poluição sonora e vibrações, os impactos estão diretamente relacionados com o funcionamento dos veículos (motor, escapamentos, etc.), com o movimento dos veículos (atritos das rodas com os eixos, dos pneus com o pavimento, etc.) e com outras causas ocasionais (buzinas, frenagens, etc.). O monitoramento deve ser permanente, e deve compreender: fiscalização permanente do estado de conservação dos veículos; controle da propagação e a atenuação dos impactos, abrangendo medidas de acompanhamento e avaliação constantes da eficácia das medidas implantadas no projeto e a identificação de modificações e complementações que se façam necessárias. Quanto ao risco de acidentes, o monitoramento deve ser permanente, e visar a identificação dos pontos negros de acidentes na via visando à sua eliminação. `!o que diz respeito à l , -S inadequad- / -aço Iindc' ^os, o monitL anente, c -s dc f; s legais e tú . , k.to para a u a insta' .. 1aa via. -o de moni> -icamente a fase c' anto de operal. o. O obje4 crificar a execute c,. ssáriob a S .mcrw U .

LE; campo, deverão ser analib".i-, --m freqüência mínima s G , seguintes aspectos: erosão do leito e solapamento das margens dos canais, nas curvas e degraus, no ponto de lançamento final de efluentes, sob pontes e outras estruturas; averiguação dos níveis de risco de enchentes no trecho a jusante do empreendimento; uso e ocupação do solo, com o objetivo de verificar a regularidade e a propriedade do provável adensamento populacional, no entorno da avenida, bem como bota-foras e depósitos irregulares de lixo;

160 dBj"etim Melhor com vocêe conservação da sinalização destinada a oOs barramentos deverão ser adequadamente observados, de forma a se evitar eventuais progressões de trincas, fraturas, escorregamentos, deslizamentos, quedas de blocos, erosões, ravinamentos, voçorocamentos e de carreamento de material do maciço, que possam vir a prejudicar o exercício de suas funções hidrológicas. O monitoramento deverá ser permanente, com inspeções periódicas realizadas por especialistas ou, até mesmo, por não especialistas, pessoal este vinculado à SUMDEC, a quem deverá competir as devidas correções e reparações. Quanto aos impactos relacionados a doenças endêmicas, devido ao surgimento de áreas favoráveis à proliferação de vetores endêmicos (ratos, insetos, etc.), o monitoramento também deve ser permanente, sendo que nas proximidades de aglomerações urbanas o monitoramento atinge sua importância máxima, dando indicações de atividades preventivas à geração de focos de doenças endêmicas. Quanto à poluição das águas (incluindo a alteração do regime hídrico), o monitoramento deve ser permanente ou periódico. O monitoramento da qualidade das águas na área de influência de uma via envolve: a necessidade de identificação e classificação das águas segundo o seu uso (abastecimento, irrigação, recreação, etc.); a verificação periódica de possíveis alterações no uso das águas e do espaço (solos, recursos naturais, etc.) em suas bacias de captação; e, ainda, quando possível, do seu regime/balanço hídrico; a verificação permanente de possíveis disposições inadequadas de lixo, esgotos, efluentes de oficinas e outros equipamentos e serviços ao longo da via; a necessidade de cuidados e dispositivos especiais em áreas críticas da via, do ponto de vista de acidentes, sobretudo, com cargas perigosas em relação às águas de abastecimento. No que diz respeito à ocupação e/ou uso inadequados e/ou ilegais do espaço lindeiro e de seus acessos, o monitoramento deve ser permanente, e revestido de características de fiscalização das normas legais e técnicas, preconizadas, tanto para acessos à via, quanto para instalações na área lindeira à via. O plano de monitoragem realizará periodicamente vistorias "in loco" tanto na fase de implantação quanto de operação do empreendimento. O objetivo das vistorias é o de verificar, planejar e fazer que se execute obras ou serviços necessários a proteção do empreendimento e da população local. Em campo, deverão ser analisados, com freqüência mínima semestral, os seguintes aspectos: o erosão do leito e solapamento das margens, no ponto de lançamento final sob pontes e outras estruturas; o trecho a jusante do empreendimento, para averiguação dos níveis de risco de enchentes; o uso e ocupação do solo, com o objetivo de verificar a regularidade e a propriedade do provável adensamento populacional, no entorno da avenida, bem como bota-foras e depósitos il- u lares de lixo; -ncervação da si: t <. rj- iftX

-rando que as L ionadas e l,Jo de escoarr --os por chuv' -o Tempo r'e Recorril- Y e ainda, n rL

ade de ocorrênc, as L,i FIs superior 2 '- Lado, assim como a pbsivel ocorrência de colaps.u , íuiiÇço, evidencia-se a neo -,W> de serem estudadas, definidas e demarcadas as correspondentes "Planícies de Inundação" nos trechos a jusante de cada bacia de detenção; trata-se de definir o lugar geométrico dos pontos a serem atingidos pelas águas do curso, delineados para enchentes de vários tempos de recorrência, o que permitirá melhor conhecimento do problema. Além disso, deverá ser elaborado um Plano Emergencial de Defesa Civil, que venha a contemplar todas as ações destinadas a atenuar e minimizar os efeitos da possível inundação de algumas

161 Melhor com você t

áreas ribeirinhas e sobre a população urbana, direta e indiretamente afetada (plano de evacuação, plano de resgate, locais de abrigadouro, pontos de pronto atendimento médico e assistencial, alterações do trânsito, equipamentos de apoio, etc.). Obviamente, este Plano Emergencial, a ser elaborado pela Defesa Civil, para cada uma das BDs, deverá estar perfeitamente entrosado e de acordo com as técnicas, padrões e recomendações da SEDEC - Secretaria Federal de Defesa Civil e do CEDEC - Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, assim como incorporar a participação efetiva dos componentes do 20° Batalhão do Corpo de Bombeiros, sediado na vizinha cidade de Contagem (a 22 km de distância, e a cerca de 30 a 45 minutos, em relação ao centro de Betim). Sugere-se que o(s) Plano(s) Emergencial(ais) contenham, basicamente, o seguinte: áreas localizadas a montante, suscetíveis de serem afetadas pela onda negativa; áreas localizadas a jusante, a serem provavelmente atingidas (delimitação das planícies de inundação) e os correspondentes graus de destruição a serem causados (função das vazões, cotas e velocidades máximas estimadas); planos de evacuação da população a ser provavelmente atingida (função do tempo de desenvolvimento da onda); efeitos "cascata" sobre os reservatórios de jusante (função do hidrograma da cheia). Outro aspecto particularmente interessante se refere à verificação da necessidade de implantação de um Sistema de Alerta, preferencialmente automatizado e controlado por processo computadorizado, correlacionando precipitações pluviométricas e níveis críticos da linha d'água. Devendo ser previstas estações de monitoramento da quantidade de água (fluxo das vazões), de forma a se ter informações em tempo real do regime hídrico do rio Betim e do riacho das Areias. Provavelmente, essas estações poderão também auxiliar o monitoramento da qualidade das águas. Salienta-se ainda, que nos estudos elaborados pelo Departamento de Hidráulica e de Recursos Hídricos da EEUFMG, referentes à implantação das BDs, foi recomendada uma melhor operacionalização da descarga da barragem Vargem das Flores, de forma a se manter, em períodos considerados críticos, um certo "volume de espera" no reservatório, volume este capaz de amortecer, igualmente, o pico das enchentes a jusante do maciço. Devido a natureza das ações supramencionadas, a coordenação e o efetivo controle do "funcionamento" desses amortecedores de pico devem pertencer, a nível estratégico, à SUMDEC. Certamente, precauções semelhantes às que serão adotadas para o monitoramento das BDs, devem ser adotadas relativamente ao reservatório Vargem das Flores, de propriedade da COPASA. Inclusive, quando da realização de visita técnica à Represa Vargem das Flores, constatou-se, por simples observação direta, a existência de diversas tubulações, cravadas no maciço, ao longo de todo o comprimento do barramento e devidamente visitáveis através de sua extremidade superior; tratam-se de piezômetros, destinados a medir as diversas pressões' hidrostáticas existentes c, -e, estas verificaçJGc cdve1 - - sendo realizadas, p- ^ . , t o longo dos 30 tua existência. Ser- -e caso, o monitc scr- Jo efetivado d; ,.te pela COPASA.

162

8 PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL - PGA Com base na avaliação empreendida no Relatório de Avaliação Ambiental e nos condicionantes das licenças e autorizações ambientais até o momento concedidas concebeu-se o Plano de Gestão Ambiental do Programa de Revitalização Urbana e Recuperação Ambiental do rio Betim. O PGA contempla os programas ambientais e sociais que buscam tanto mitigar efeitos negativos das intervenções físicas quanto maximizar os efeitos positivos do programa além das ações de controle e monitoramento. O quadro 8.1 relaciona os programas concebidos e os respectivos custos associados. Quadro 8.1 Programas Ambientais e Custos Associados

PROGRAMAS CUSTOS (R$1,00) 1 Sistema de Gestão Ambiental Incluso nos custos de administração e gerenciamento do programa. 2 Comunicação Social 300.000,00

3 Educação Ambiental 500.000,00

4 Desapropriação e Relocalização - PDR Custos Inseridos no PDR 5 Controle da Contaminação Industrial 500.000,00 6 Eliminação de Ligações Cruzadas Custos Internos da COPASA

7 Operação da Barragem de Várzea das Flores 85.000,00 8 Operação e Segurança das Bacias de Detenção 180.000,00

9 Medidas Mitigadoras e de Compensação Ambiental Incorporados aos custos das Obras 10 Fortalecimento Institucional 1.160.000,00

11 Manual Ambiental de Construção nrorpnrndos aos cuhtOc de, O Monito't

Revi- _ '-em c,**

T2TAL 3.

A seguir sàãc,. . kzJ. OS prc

8.1 Sistema de Gestão Ambiental O Programa de Revitalização Urbana e Recuperação Ambiental do rio Betim terá como Mutuário, perante o Banco Mundial, a Prefeitura Municipal de Betim e como organismo de coordenação geral a Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação - SEPLAN

163 Uma Unidade de Gerenciamento do Programa - UGP será implantada no âmbito da SEPLAN, e contará com o concurso de Unidades Técnicas, na figura de outros organismos da administração municipal afetos aos setores envolvidos com o Programa. A gama de responsabilidades e atribuições da Unidade de Gerenciamento do Programa e das Unidades Técnicas envolvidas é ampla e variada e pressupõe o cumprimento tanto de diretrizes, processos e procedimentos típicos da Administração Municipal quanto de orientações e exigências do Banco Mundial, enquanto agente financiador do Programa. Dentre as diversas atribuições da UGP, citam-se: controlar e avaliar resultados das ações desenvolvidas no âmbito do Programa, compatibilizando e articulando as ações e os agentes envolvidos na execução do Programa e demais órgãos e entidades públicas e privadas intervenientes ou parceiras; representar a Prefeitura Municipal nas questões relacionadas às ações administrativas, técnicas e financeiras resultantes do Programa, atuando como unidade de interface com o Banco Mundial durante a sua execução; acompanhar, supervisionar e avaliar a execução físico-financeira do Programa; assegurar o cumprimento das diretrizes e das estratégias fixadas para consecução dos objetivos e metas do Programa; gerenciar os recursos alocados ao Programa e propor alterações na programação financeira durante a sua execução, de acordo com prioridades estabelecidas; elaborar diretamente ou gerenciar a elaboração dos estudos e dos projetos pertinentes ao programa; promover a elaboração e a compatibilização dos planos operativos anuais do Programa; promover, por meio da Secretaria Municipal de Administração, as licitações pertinentes à execução do Programa, de acordo com a legislação pertinente e com as diretrizes e normas do Banco Mundial sobre o assunto, e solicitar as contratações resultantes; promover e coordenar, em colaboração com os organismos municipais pertinentes, as ações de divulgação do Programa e de interação com a comunidade abrangida, assegurando a manutenção de entendimentos e diálogo permanente com organismos e entidades representativas da sociedade local, estabelecendo parcerias que assegurem a efetividade do Programa. gerencinr contratos dre Ohrmc e ' fr'^' no 2 ' - bal d-- nções, no c - i-,or[, uada de 'tados. Inclu; . rfacces . 'iment com as Unidades TL Lc'a agentes inter .: s produzir e divulgnr c4.9dos e inrformações qu-' 4 -4 - e qucl:tEas sobre o andamento da ex~_-~ s intervenções, observ. :mas, es procedimentos e os instrumentos o Je e acompanhamento & ra o Frograma. Para cumprimento de suas atribuições e responsabilidades, a UGP deverá contar com todas as condições físicas, técnicas e humanas para cumprir o seu relevante papel, e ainda, dispor de serviços especializados, a serem especialmente contratados, para suporte ao gerenciamento do Programa. A figura a seguir apresenta o Arranjo Proposto para Gerenciamento e Execução do Programa.

164 MUTUÁRIO Prefeitura Municipal de Betim

_ORGANISMO DE COORDENAÇÃO GERAL DO PROGRAMA Secretaria Municinal de Planeiamento e Coordenacão

Coordenação Executiva 1Gerenciamento da Execução P

Co-Gestão Financeira Processamento de Licitações e 1 Secretaria Municipal da Fazenda / _ Contratos Divisão de Tesouraria Sec. Mun.de Administração 1>----o

101 Coordenador Executivo e Administrativo A 01 Coordenador Setorial Dara Aauisicãoo 01 Coordenador Setorial Financeiro 01 Coordenador Setorial de Gestão Sócio - Ambiental > E J_1; R ORGANISMO CO-EXECUTOR E N COPASA - Comoanhia de Saneamento de Minas Gerais c R UNIDADES TÉCNICAS DE EXECUÇÃO _Secretaria Municinal de Obras e Servicos Públicos 1 A Suoerintendência Municioal de Habitacão 1 M Secretaria Municioal de Meio Ambiente Secretaria Municioal de Assistência Social

' PERADO,K OS Sl:

-triaadeObrasc'-

Administrações Reriy . .ngidas) -i etai ia Munic, -. z( . Secretaria Municipal de Assistência Social TRANRRFTIM - Fmnraca Míini,inIl ria Tran~nnrta A Tr:ncitn

I POPULAÇAO ABRANGIDA PELO PROGRAMA

165 A UGP contará com 1 Coordenador Executivo, que responderá diretamente à SEPLAN, responsável pela coordenação geral e administrativa do programa, e com uma equipe técnica formada por 3 profissionais, na sua maioria pertencentes aos quadros dos organismos municipais diretamente envolvidos com o Projeto. Então a UGP será assim composta: 1 Coordenador Executivo, que responderá diretamente à SEPLAN, responsável pela coordenação geral e administrativa do programa; 1 Coordenador Setorial para Aquisições, que será responsável pela parte de Licitações e Contratos; 1 Coordenador Setorial Financeiro, que será responsável pelo Fluxo Financeiro no programa; 1 Coordenador Setorial de Gestão Sócio - ambiental que será responsável pela coordenação dos projetos das áreas ambiental e social do Programa. Terá a função de interlocução com as unidades técnicas e com os demais órgãos da prefeitura atuantes na parte ambiental e social. Este coordenador será também responsável pela área de Fortalecimento Institucional dos órgãos diretamente envolvidos no programa. Essa coordenação deverá ser constituída por profissional a ser contratado pela Prefeitura Municipal de Betim especialmente para a função. Participam também da execução do Programa a Companhia de Saneamento de Minas Gerais - COPASA, como organismo co-executor e quatro unidades técnicas: Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos, Superintendência de Habitação, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Secretaria de Assistência Social. O princípio da multisetorialidade considerado para composição da equipe da UGP tem por finalidade promover a articulação e integração entre os agentes envolvidos. As unidades técnicas terão as seguintes atribuições: A Secretaria Municipal de Obras será responsável pela execução das obras de infra- estrutura do Programa envolvendo as ações de implantação de macrodrenagem, sistema viário, esgotamento sanitário e parques urbanos, assim como a construção dos conjuntos habitacionais para as famílias a serem reassentadas. Fica a cargo desta secretaria a contratação de empresa(s) responsável (is) pela Supervisão Geral das Obras. A Superintendência Municipal de Habitação que tem por competência legal coordenar a elaboração e a implementação da Política Municipal de Habitação, como 9 responnave! rala Pvrticão das dci'orrt f' ' '- io dC r 1-- e Neg

F ,ks- ae -, -iale da p, J do Pi«- auxi'i,nr _ ia reassenta- 'míliasr A. .: I t,al de ML sponsáà. a . .imrfv, c. i promc,aáa f-rthlecimcnto da gestão ambient - Como parceiros/colaboradores, destaca-se a COPASA - Companhia de Saneamento de Minas Gerais, que deverá alocar profissionais especializados em esgotamento sanitário para acompanhamento e supervisão das obras previstas no Programa, de forma a assegurar a sua qualidade técnica, como operadora futura, por delegação da PMB, das instalações e equipamentos fruto dos investimentos.

166 O Sistema de Gestão Sócio-ambiental - SGSA integra-se ao Sistema de Gestão do Programa acima apresentado, constituindo-se de: Coordenação Setorial de Gestão Sócio-ambiental, responsável pela coordenação das ações sócio-ambientais do Programa devidamente articulados com as demais coordenações e com as unidades técnicas executoras; Unidades Técnicas Executoras - Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMEIA com a função de implementação dos sub-componentes referentes ao Plano de Controle da Contaminação Industrial - PCCI, a Educação Ambiental e dos projetos de fortalecimento institucional específicos da secretaria e Secretaria Municipal de Habitação com a responsabilidade de implantação do Plano de Desapropriação e Relocalização de Famílias e Negócios - PDR Supervisão Ambiental de Obras responsável pela fiscalização, acompanhamento orientação e das ações ambientais relativas ao Manual Ambiental de Construção - MAC e às medidas mitigadoras referentes às obras indicadas nas licenças ambientais; Funções e Competências Gerais de cada área: a) Coordenação Setorial de Gestão Sócio-ambiental será responsável pela coordenação das ações relativas ao: Plano de Desapropriação, Indenização de Imóveis e de Relocalização de Famílias PDR - Plano de Controle da Contaminação Industrial - PCCI; Programa de Educação Ambiental; Manual Ambiental de Construção - PAC. Revisão e aprovação dos projetos de infra-estrutura referentes à macrodrenagem sistema e viário com enfoque: (i) na preservação, na medida do possível, dos cursos d'água e das áreas de preservação permanente; (ii) a utilização do espaço implantação para de parques lineares; (iii) preservação e/ou recuperação da vegetação ciliar ao longo das drenagens. Revisão e aprovação dos projetos relativos aos sistemas de esgotamento sanitário compatibilizados com os sistemas viário e de macrodrenagem. Revisão e aprovação dos projetos de parques lineares A CSGA será responsável, também, por garantir o cumprimento dos requisitos sócio- ambientais previstos: no PDR, nos ccr-ratos com a, nos estudos de im, te L,- ^ l,Fiq("- ge nas ri-o

-!e~ instc'r - Jes er -cVi 'de F' regiulamentos d. -(Yto M A CSGA deverá ser constituiía puí profissionai st;ni Cuii, efr_lcd em gerenciamento ambiental nas fases de preparação e/ou de implantação de obras de saneamento, macrodrenagem e sistema viário e com conhecimento de planos de relocalização de famílias.

167 Deverá contar, também, com especialista social, pelo período de execução do PDR, com experiência na preparação de planos de relocalização e conhecimento da realidade local. b) Unidades Técnicas Executoras representadas por: Secretaria Municipal de Meio Ambiente responsável pela execução dos subcomponentes de: Educação Ambiental; Plano de Controle da Contaminação Industrial - PCCI; Projetos de Fortalecimento Institucional: (i) gestão ambiental urbana; (ii) parques lineares e áreas de preservação - criação e planos de manejo; (iii) Capacitação Continuada da Gestão Ambiental; (iv) Manuais Técnicos Ambientais; (v) Sistema de Informações Ambientais para o Licenciamento e Fiscalização. Monitoramento Ambiental As ações relativas à SEMEIA serão realizadas pela equipe técnica própria com apoio de consultores individuais e/ou empresas de consultoria de acordo com o estabelecido em cada Termo de Referência. Secretaria Municipal de Obras responsável pela elaboração e implementação do Plano de Operação e Segurança das Bacias de Detenção Secretaria Municipal de Habitação responsável pela implantação do Plano de Desapropriação e Relocalização de Famílias e Negócios - PDR Companhia de Saneamento de Minas Gerais - COPASA responsável pela elaboração e implementação dos seguintes programas: (i) Eliminação de ligações cruzadas; e (ii) operação da barragem de Várzea das Flores c) Supervisão Ambiental de Obras que deverá ser exercida no âmbito do contrato com empresa supervisora de obras ou empresa gerenciadora do programa. A supervisão será responsável por verificar e atestar que todas as atividades relativas ao meio ambiente envolvidas na construção das obras estão sendo executadas dentro dos padrões de qualidade ambiental recomendados nas especificações de construção e montagem, no Manual Ambiental de Construção - PAC e nas Licenças Ambientais. Funções e Competências Específicas. Coordenação de Gestão Sócio-ambiental

Al'rm das responsabilidades nrr ' descritas, s'n nr, ' - * 'd ;,ação de Gestão SY

--se permanerc,ais n coordE - >-ranc,

a elabc ;t- 1dc a adoç. urbana,

- o programa , - Mo institucional da.

t as quústõceb e,ú L.nc , mento ambienta: tr, as ações de macrodrenagem, sistema viário, saneamento e de implantação de parques urbanos; articular-se com a FEAM/MG, IEF e SEMEIA no que diz respeito aos processos de licenciamento ambiental dos componentes e sub-componentes do Programa;

168 aprovar, no ambito da UGP, os projetos de infraestrutura urbana - macrodrenagem, sistema viário, saneamento e parques urbanos, garantindo a inserção dos conceitos de preservação ambiental e de gestão ambiental urbana; garantir que as ações sociais do PDR sejam realizadas no tempo previsto e aprovar o início das intervenções físicas nas áreas; garantir que as ações de comunicação social relativas à convivência com as obras estejam devidamente articuladas com o planejamento de obras, acompanhar a execução do Manual Ambiental de Construção - MAC em conjunto com a Supervisão Ambiental de Obras; decidir sobre ações e procedimentos de obras, de modo a evitar, minimizar, controlar ou mitigar impactos potenciais; apresentar periodicamente à Coordenação da UGP, avaliação sobre a eficiência dos programas ambientais relacionados às intervenções físicas previstas e sobre os ajustes necessários; aprovar, em conjunto com a Secretaria Municipal de Obras, as penalidades às empresas construtoras, no caso de não atendimento dos requisitos ambientais, ou seja, na situação de configuração de não - conformidades significativas e não resolvidas no ãmbito das reuniões quinzenais de planejamento de obras. aprovar, em conjunto com a Secretaria Municipal de Obras, no caso de ações que tragam impactos ambientais significativos ou de continuidade sistemática de não- conformidades significativas, a paralisação das obras no trecho considerado de modo a possibilitar a adoção, a tempo, de medidas corretivas. preparar e apresentar relatórios periódicos de supervisão ambiental à Coordenação Executiva da UGP e ao Banco Mundial. Os relatórios de supervisão devem ser, no mínimo, mensais. cuidar, também, dos questionamentos da sociedade civil, incluindo as Organizações Não-Governamentais - ONGs e outras partes interessadas nas obras e nos programas ambientais do empreendimento. Supervisão Ambiental de Obras De acordo com o arranjo institucional proposto para gerenciamento e execução do Programa, a função de supervisão das obras deverá ser realizada por Emoresa Su, c x isc,; . r :.d.'.a no ãmbito L dc Obras. E''^s atividades da Empresa ' ^ra de Obras deverá cor- ii ambiental de c; , m,-,:,a s,

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(J iW,u,>, ., uu,> ConsiIuy-. _;lnjuntb ~. incluem desde aspectos considerados nas diretrizes para localizaçãcà e oC,l c canteiros até ações ao gerenciamento de resíduos, de saúde e segurança nas obras, articulando-se com outros programas como o de Comunicação Social.

169 A supervisão ambiental deve trabalhar em coordenação permanente com os demais integrantes da gestão ambiental do empreendimento, executando inspeções técnicas nas diferentes frentes de obra ou atividades correlatas em desenvolvimento. À Supervisão Ambiental cabe: Acordar e aprovar e revisar o planejamento ambiental de obras, por meio de reuniões quinzenais com a coordenação ambiental do programa e os responsáveis ambientais de cada construtora / lote de obras; implementar inspeções ambientais, para verificar o grau de adequação das atividades executadas, em relação aos requisitos ambientais estabelecidos para as obras e programas ambientais a elas ligados; verificar o atendimento às exigências dos órgãos ambientais relativas ao processo de licenciamento do empreendimento e às recomendações das entidades financiadoras internacionais; inspecionar periodicamente, e sem aviso prévio, as distintas frentes de serviço no campo, para acompanhar a execução das obras e sua adequação ou não aos programas de gestão ambiental; avaliar as atividades das equipes ambientais das empresas construtoras; sugerir ações e procedimentos, de modo a evitar, minimizar, controlar ou mitigar impactos potenciais; propor, no caso de não atendimento dos requisitos ambientais, ou seja, na situação de configuração de não - conformidades significativas e não resolvidas no âmbito das reuniões quinzenais de planejamento, penalidades contra a empresa construtora. avaliar, no caso de ações que tragam impactos ambientais significativos ou de continuidade sistemática de não-conformidades significativas, a necessidade de paralisação das obras no trecho considerado de modo a possibilitar a adoção, a tempo, de medidas corretivas. Nesse caso, a supervisão deve preparar relatório sintético à coordenação de gestão sócio-ambiental, informando das questões envolvidas e da proposição de paralisação. avaliar periodicamente a eficiência dos programas ambientais relacionados às intervenções físicas previstas e propor os ajustes necessários; preparar e apresentar relatórios periódicos de supervisão ambiental ao empreendedor e às entidades financiadoras nacionais e internacionais. Os relatórios de supervisão devem ser, no mínimn, mensais.

8.2 romunicação t

8.2.-. Favcr' . ,I; nUaçao dos pt .. ios no Revit,, e Recuperação A m a parti da s

8.2.,~. específicos Divulgar junto à imprensa informações básicas sobre o Programa - em que consiste, objetivos e benefícios, etc.; Demonstrar a importância da realização das intervenções para a população de Betim de modo geral e, mais especificamente, para a comunidade diretamente afetada pelas obras;

170 Desenvolver campanhas relativas a questões ambientais, a partir de visitas e outras atividades desenvolvidas junto às comunidades-alvo; Criar e manter uma imagem favorável do Programa, dando visibilidade responsabilidades aos papéis e assumidos pela Prefeitura, enquanto mutuária junto ao Mundial, pela Banco SEPLAN, como organismo coordenador e pelos organismos municipais tidos como Unidades Técnicas do Programa, e ressaltar a importância da ação integrada desses organismos e da parceria com as comunidades abrangidas. Divulgar e manter diálogo com as comunidades afetadas sobre os transtornos que serão causados pelas obras, tendo em vista motivar a colaboração dos envolvidos e incentiva-los para a busca de soluções paliativas; Divulgar periodicamente os resultados obtidos pelo programa, como forma reconhecimento de obter o da comunidade e assegurar a transparência das governamentais. ações

8.2.3 Atividades As ações do Plano de Comunicação serão organizadas em três módulos, ser que devem desenvolvidos de forma integrada para o alcance dos objetivos propostos. 8.2.3.1.1.1 Módulo 1- Marketing Institucional Envolve a realização de atividades referentes à divulgação do Programa veículos junto aos de comunicação (rádio, televisão, revistas e jornais) da cidade. A divulgação do Programa deverá se estender pelo período de execução - 5 anos, inicialmente no sentido de lançamento do Programa; em seqüência com notícias sobre o andamento das intervenções e etapas concluídas e sobre os resultados já alcançados, a opinião dos beneficiados e a melhoria da qualidade de vida conquistada. A comunicação com a população deve ser continuada. 8.2.3.1.1.2 Módulo II - Comunicação sobre a Realização das Obras a) Comunicação direta junto às comunidades-alvo veiculação de informações sobre o início e sobre o andamento das intervenções físicas previstas, por meio do Site da PMB, de releases enviados à imprensa, folhetos distribuídos de nos locais diretamente afetados, de outdoors, etc; deverá veicular, com antecedência mínima de cinco dias útoi<, os transtornos a serem CUr^ ', o!-'--r -'- -- n diretamente o co qrja' -alvo, O'

s nra t .sdur.-r i as ia qui; . [.- ' -mativos, er-, p destina, sobre a C , benefícios que delas advirão; os conteúdos, ainda que não aprofundados, visam esclarecer dúvidas mais freqüentes. b) Divulgaçãojunto às entidades envolvidas Contatos pessoais e por meio de correspondências com goveí,arie as Organizações Não- :ais, Associações de M&JíX dos bairros e outr._ Comunitárias -d--sv. existentes na áreas de intervenção para obter o seu apoio de na divulgação informações para facilitar a compreensão do Programa e para antecedência, divulgar, com os transtornos que serão causados pelas intervenções na área.

171 8.2.3.1.1.3 Módulo 1I1- Divulgação Específica de Resultados As informações sobre a evolução física e sobre a execução financeira do Programa, bem como a divulgação dos indicadores de qualidade fixados para o seu monitoramento e avaliação, serão veiculadas para a imprensa, comunidades-alvo, população em geral, funcionários da PMB e outros públicos interessados, como forma de ressaltar, periodicamente, os benefícios auferidos.

8.2.4 Resultados esperados Comunidades alvo e população em geral envolvidas e cônscias da importância do Programa, dos benefícios dele advindos e da necessidade de sua mobilização, visando a sustentabilidade dos investimentos realizados; Comunidades alvo e população em geral informada, de forma transparente, sobre o investimento de recursos públicos no Programa; Transtornos causados pelas intervenções físicas do Programa minimizados a partir da prévia informação e da preparação das comunidades afetadas para a busca de medidas paliativas para a sua superação.

8.2.5 Cronograma O Programa de Comunicação Social deverá ser implementado durante todo o período de implantação do Programa: O módulo de marketing institucional deverá ser mais intenso no mês anterior ao início das obras e será mantido em um nível mínimo durante os 5 anos do programa. O módulo de comunicação sobre a realização das obras deverá ser executado durante todo o programa, de acordo com a evolução das obras. O módulo de divulgação dos resultados será executado durante todo o programa até um mês após o encerramento das obras;

8.2.6 Orçamento Estão reservados, no âmbito do Programa de Revitalização Urbana e Recuperação Ambiental do rio Betim , recursos financeiros da ordem de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) para fazer face aos custos de implantação do Plano de Comunicação Social.

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de va1orcX, c ^ ; do meio hídrico preservado, das áreas verdes e de preservação ambiental e da infra-estrutura sanitária e de drenagem, no conjunto de questões pensadas, assumidas e dotadas de relevância para a população municipal; A Educação Ambiental Extensiva está voltada para a população em geral. A

172 veiculação das mensagens ambientais será efetivada através dos meios de comunicação de massa, buscando-se expor e justificar, para toda a população da cidade, a relevância da preservação das áreas verdes e do meio hídrico municipal. E, nada melhor do que colocar uma questão num contexto onde a abertura para a recepção de mensagens é a tônica da situação. 2. o segundo, denominado Educação Ambiental Local, voltada para a população do entorno das intervenções, consiste em subordinar e transformar a preocupação sanitária e ambiental em prática, tendo como eixo central a realidade vivida e experimentada na dimensão do dia-a-dia. Neste segundo pilar, a questão do saneamento básico, da preservação das áreas verdes e do meio hídrico é segmentada em dois pontos básicos: o da transformação do valor/saber em prática concreta e o da convocação à atuação prática num lugar privilegiado e redutível às experiências dos cidadãos - o lugar vivido. Encontra-se programado, também, o Monitoramento Sócio-Ambiental voltado para a mensuração quali-quantitativa da percepção social do significado do Projeto Rio Betim ao longo do tempo e para o acompanhamento sistemático dos valores, conceitos, avaliações e práticas da coletividade, e suas respectivas mudanças em função das ações de educação ambiental. O quadro esquemático apresentado a seguir mostra a correlação dessas ações, assim como os respectivos públicos-alvo e instrumentos previstos em cada uma das metodologias adotadas.

8.3.2 Educação Ambiental Extensiva

8.3.2.1 Objetivo geral Promover a preservação dos recursos ambientais do município, especialmente das áreas de preservação ambiental (unidades de conservação, áreas verdes, parques, etc.) e dos recursos hídricos além de divulgar as boas práticas sanitárias, como valores que façam parte e orientem as ações dos cidadãos de todo o território municipal.

8.3.2.2 Público-alvo 621 abr ',

ta1ac:

ó.3.3Educação A . .1

8.3.3.1 Objetivo geral Promover a sensibilização ambiental das comunidades localizadas no entorno das intervenções do Projeto Rio Betim, orientar a população no uso correto dos recursos ambientais e da infra-estrutura implantada, assim como a sua capacitação para ao desenvolvimento c', m mbiernais próprias. o' tt^ -' s. 8.3.3.2 Público-alvo O público alvo da educação ambiental local encontra-se segmentado em dois grupos, a saber:

173 Comissões locais a serem compostas por representantes de escolas, associações de bairro, conselhos regionais populares, organizações ambientais, grupos empresariais, lideranças e outros; Comunidades do entorno imediato das intervenções do Programa;

8.3.4 Monitoramento Sócio-ambiental

8.3.4.1 Objetivo geral Acompanhar, continuadamente, a recepção e adesão das comunidades e grupos em relação aos valores, conceitos, informações e práticas democratizados pelo processo de educação ambiental e as avaliações em relação às intervenções do ProGrama Rio Betim.

8.3.4.2 Público-alvo Todos os segmentos e grupos envolvidos pelo presente Programa de Educação Ambiental, ou seja: População municipal em geral; Público escolar; Comissões Locais das Regionais; Comunidades das regionais focalizadas pelo Projeto Rio Betim; Comunidades do entorno imediato das intervenções.

8.3.5 Estimativa de Custos A estimativa de gastos com esse programa está na ordem de R$ 500 mil.

8.3.6 Cronograma A execução do Programa deverá ser realizada durante toda implementação do Projeto Rio Betim. Prevê-se, inicialmente o detalhamento da concepção do Programa e a contratação de empresa de consultoria especializada

8.3.7Responsável Institucional -rden _

j-

_ecretarias de Habitaçao Secretaria de Educação Administrações Regionais das rep;res de abrangência do Programa

174 GRUPO GESTOR

EDUC 7ENTAL EDUCAÇÃO AMBIENTAL LOCAL

|E1 Infantil | População l Comissões em geral IFundamental Comunidades do Locais das entorno I2 . imediato Regionais das intervenções Médio Mensaigens Vídeos educa!ivas: V Cartilha tipo B Eventos " TVs / Cartilha tipo B / Rádios Ambientais: " Mapa da bacia v` Rádlios / Capacitação V Rua de lideranças da Água V Visita pedagógica (apresentaçõe porta a porta / Revistas r/ r Elaboração s teatrais e musicais, Á- de diagnóstico jogos, por Regional gincanas, 1/TrAhqlhn. r

MONITORAMENTO SóCIO-AMBIENTALI mento dos resultados 8.1.1.1.11 do Programa de Educação Ambiental IXZI Acões | Pesquisas qualitativas e zI1 Públicos-alvo quantitativas Instrumentos L AVALIAÇÃO E ADAPTAÇÃO DO PROGRAMA 175 8.4 Programa de Eliminação de Ligações Cruzadas

8.4.1 Objetivos O Programa de Eliminação de Ligações Cruzadas pretende alcançar os seguintes objetivos: * evitar que continuem chegando aos cursos d'água esgotos domésticos e industriais após ter sido concluído o sistema de coleta e de transporte de esgotos até a ETE; * evitar que o sistema de esgotamento sanitário (redes, interceptores e ETE) tenha seu funcionamento prejudicado pela sobrecarga de águas pluviais nele indevidamente introduzidas. 8.4.2 Atividades Este é um programa já desenvolvido pela COPASA, sob o nome de "Programa Caça Esgoto", em todos os seus sistemas com a finalidade de assegurar seu bom funcionamento e eficiência, bem como a eficácia no controle da poluição dos cursos d'água. Consta das seguintes atividades: * Cadastramento de todas as redes coletoras e interceptores; * Pesquisa e eliminação das ligações cruzadas (esgoto ligado em rede pluvial e água pluvial ligada em rede de esgoto) nas redes dos sistemas públicos; * Pesquisa e eliminação de ligações cruzadas nas ligações domiciliares; * Pesquisa e eliminação de lançamentos clandestinos de esgotos em cursos d'água, talvegues e terrenos vagos; * Pesquisa e conserto de redes rompidas; * lnterligaçãn dn segrnentos de redes interr--m 4-

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P.4.4 Pi cgramação de T,rz-b.' O Programa será desenvolvido e custeado exclusivamente pela COPASA, por se tratar de encargo de sua responsabilidade como empresa concessionária dos serviços locais de água e esgotos. Os custos do Programa não estão, por conseguinte, incluídos no Projeto.

;- atividades dever? - ;senvolvidas por -t, L^3otamento e a ' programação deve ser estabelecida pela COPASA dentro dos seguintes limites: * Data limite para início coincidente com o início das obras do respectivo interceptor;

176 * Data limite para término: 6 meses após a conclusão das obras do interceptor. respectivo

8.5 Desapropriações e Relocalizações

Para atender as exigências da política de reassentamento do Banco Mundial e planejar o reassentamento das famílias atingidas pelas intervenções do programa, foi elaborado um plano de reassentamento involuntário com os seguintes objetivos: * reduzir e aliviar impactos negativos nas populações afetadas pela desapropriação terras, das

* recuperar a qualidade de vida da população e da comunidade; * restabelecer ou melhorar a renda e as condições de vida da população deslocada; * desenvolver e implementar o reassentamento a partir de um projeto de desenvolvimento sustentável; * restabelecer ou melhorar a renda e as condições de vida da população deslocada. O Plano de Reassentamento, cujo documento completo se encontra a parte, síntese apresentada tem uma no capítulo de Salvaguardas (cap. 9) e o seu resumo executivo ANEXO VII. no

8.6 Programa de Controle da Contaminação Industrial 8.6.1 Objetivos Apesar de atualmente as grandes indústrias dos ramos automobilístico, de petróleo, metalurgia, etc. contarem de com sistemas próprios de tratamento de efluentes líquidos devidamente licenciados pela Fundanráo Estadual dP i4pro Amhirn+'- - FEAM., n?rn h^ -. com cadasti,-'

jaciz.o rural,. liamento dos c,, verificancu 1; ,»amento ac k&'J. definidos pela 1c ambiental vigen;, ' a aplicação medidas coercitivas c, aos não cumpridores das exigências ambienmua. A 1a etapa do Plano será focada na Bacia do rio Betim Considerando que a experiência existente em nosso país e em outros da a América Latina respeito do controle da contaminação industrial, indica que a estratégia controle de comando e tem demonstrado utilidade, mas tem suas limitações, pela dificuldade com recursos humanos de contar capacitados, equipamentos de mediçk~G. proccdimentos alcançar para uma ação efetiva, o PCCI propõe ações de incentivo por meio da informação industriais dos processos aos de redução de perdas (eco-eficiência) e se prevê também informá-los sobre o acesso a financiamentos a partir da obtenção de linhas de créditos instituições financeiras. em

177 Portanto, na concepção do PCCI pretende-se que as industrias poluidoras venham a participar das ações do programa de modo voluntário. Entretanto, o poder público municipal deverá aplicar a legislação pertinente, e, se for o caso, promoverá articulação com os organismos ambientais estaduais (IGAM, IEF e FEAM) nas ações que fogem de sua alçada. O Plano de Controle de Contaminação Industrial deverá ser composto pelas seguintes etapas: (i) Treinamento do pessoal da SEMEIA e outros organismos envolvidos no PCCI; (ii) Conhecimento dos poluidores por meio do levantamento e priorização das industrias potencialmente poluidoras; (iii) Acordos de adequação à legislação vigente entre indústrias e SEMEIA. (iv) Divulgação do Programa (v) Promoção de informação aos industriais sobre eco-eficiência. (vi) Implantação e monitoramento das ações (vii) Divulgação dos Resultados. As principais metas do Programa são: Em 10 ano: - diagnóstico das condições de contaminação industrial, com um cadastro das fontes principais de contaminação. Em 20 ano: controle de 20% das indústrias que contribuem com 80 % da carga orgânica e inorgânica contaminantes e que ainda não possuem sistemas de controle de efluentes líquidos. Em 30 ano: controle de 40% das indústrias que contribuem com 90 % da carga orgânica e inorgânica contaminantes e ter um cadastro dos postos de gasolina e daquelas fontes que apesar de serem de menor potencial poluidor são em grande numero. Em 50 ano: controle de 100% das indústrias que contribuem com 90 % da carga orgânica e inorgânica contaminantes e ter implantado o programa referente às descargas dos pc'oc'tos d, pnolina e das ptqciec-n- Hnrialto potenci>'' r"l-9 0 - 9~~ fr -nane

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8.6.2.1 Controle e Fiscalização do Cumprimento das Normas Ambientais Revisão da Norma Ambiental Vigente: Revisão das normas, regulamentos e deliberações municipais que regulam o controle de contaminação industrial e compatibilização com as normas federais e

Cadastro das fontes potenciais de Contaminação Industrial: Inicialmente deverá ser realizado levantamento das fontes potencialmente poluidoras com base em informações secundárias a serem obtidas em órgãos

178 públicos ou entidades representativas como a Secretaria de Industria e Comércio de Betim, CEMIG, COPASA, Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG, etc. Com base nesse 10 levantamento deverá ser programada a realização cadastro de das indústrias caracterizadas como potencialmente poluidoras. Este cadastro deverá ser realizado por equipes especializadas que por meio de questionários aplicados irão identificar as fontes de poluição, informações obtendo sobre o tipo de indústria, material produzido, quantidade produzida, matéria prima utilizada, processo utilizado, resíduos resultantes, tipo tratamento de de efluentes, local de lançamento e características do lançamento, entre outras. O cadastro deverá ser em base eletrônica, com possibilidade de atualização através da equipe da PMB ou pela própria indústria. No prazo de 1 (um) ano se pretende ter um diagnóstico das condições de contaminação industrial das indústrias que descarregam efluentes líquidos município no de Betim e a elaboração do cadastro das principais fontes contaminação. de Revisão do Programa de Controle de Contaminação Industrial Baseado no cadastro será preparada a curva ABC, para ajudar na tomada decisão, de de acordo com o indicado no Anexo / e com isto possibilitar um refino proposta na inicial de: (i) no prazo de 2 anos controlar aproximadamente 20% industrias das que contribuem com 80 % da carga organica e inorganica contaminante; (ii) no prazo de 3 anos, controlar 40% das indústrias contribuem que com 90 % da carga orgânica e inorgânica contaminantes, ter um cadastro dos postos de gasolina instalados na área do programa e ter iniciado o programa de adequação destas fontes de contaminação às normas vigentes de descarga e (iii) no prazo de 5 anos ter 100% do cadastro das indústrias contribuem que com 90 % da carga orgânica e inorgânica contaminantes e o cadastro dos postos de gasolina instalados na área do programa. -emenv^- ntrc! -a cacd. i- priori. "s c. -eriormentt -oosta, será Um rpt específir earc' r , ustria cit ndo ir: s' cnteC :o ou n.F tos d.r -e,quação pol -- os es",- indicador de que se tem esta empresa controlada e cunipiiuU o 'áoposto no klr, anterior.

8.6.2.2 Capacitação de Pessoal Pessoal da SEPr- Deverão ser realizados cursos de capacitação para técnicos e fiscais envolvidos no controle e fiscalização ambiental. Pessoal das Indústrias

179 Deverá ser elaborado material didático, a partir de traduções e adequações de curso de eco-eficiência. Pretende-se utilizar material - Desenvolvimento Industrial Ecologicamente Sustentável - elaborado pela ONUDI - Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial.

8.6.2.3 Divulgação do Programa Será feita divulgação do programa através de diversos meios (internet, jornais, TV, etc.) para garantir transparência no processo, bem como a elaboração de relatórios anuais a serem divulgados no primeiro mês de cada ano e no site a ser criado para a SEMEIA. 8.6.3 Produtos Esperados

8.6.3.1.1.1.1.1.1 Ao fim do Ano 1 Cadastro das principais indústrias poluidoras (inclusive postos de combustíveis). 05 funcionários da SEMEIA capacitados.

8.6.3.1.1.1.1.1.2 Ao fim do Ano 2 Total de 20% indústrias controladas. 05 funcionários da SEMEIA capacitados.

8.6.3.1.1.1.1.1.3 Ao fim do Ano 3 Controle das 20% indústrias do ano anterior + 20% indústrias. 40% industriais capacitados (Cursos de Ecoeficiência). 05 funcionários da SEMEIA capacitados.

`1.1.1.1.-. itro:,

i.1.1.1. a. J Controle d, s anth Total = 100% indústrias controlacdas.

8.6.4 Custo Previsto O Custo referente à implantação do PCCI, incluindo treinamento de pessoal, cadastro de indústrias, contratação de crn ":ra, aquisição de eq! - - +s e cursos de c,_,uJiit,ção de empresários e i ; de R$ 500.00,uv lm,il reais) 8.6.5 Responsabilidade Institucional A responsabilidade institucional pela implementação do PCCI será da SEMEIA.

180 8.6.6 Cronograma

Item DESCRIÇÃO ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 1 Revisão das normas

2 Cadastro de indústrias potencialmente poluidoras

3 Revisão do Programa

4 Implementação do programa de controle

5 Capacitação do pessoal da SEMEIA 1 11 _ l- - - -

6 Capacitação dos industriais (conceitos de Eco-eficiência)

4 Divulgação do Programa

ANEXO I

Construção da Curva ABC para ajudar na tomada de decisão em um programa de controle de contaminação industrial.

1 - Preprrar uma tabela de contribuint^- imnr-rt^nr, em termos de d ^------e - '.árias (err as cargas '-éia da a - X Be+ uaç ultant c, p se -, in. ii a conç-ih - - e m?- crgâr -- k nova tal ordem d, s que contribuem com maior % de carga. A tabela oevera ter os seguintes dauos: ,luúníro ou nome do estabelecimento - atividade - vazão - DBO5 kg/dia - % de contribuição. 4 - Se agrega uma coluna mais na tabela que seria a % acumulada de contribuição. r Fnt o se rode construir u--- r'--c- mada Curva /l cdjidenauas. como numero de industriíc i; u_zs X) vcrsus % acu-rmu . "À,:, de DB05 (eixo dos Y)

181 8.7 Operação da Barragem de Várzea das Flores

A barragem da represa Várzea das Flores é operada pela COPASA, atualmente, com a finalidade de obter suprimento para seu sistema metropolitano de abastecimento de água. A represa constitui, no entanto, mesmo sem controles operacionais específicos, um forte elemento de redução dos picos de cheia para jusante no rio Betim, incluindo seu trecho urbano no qual a perspectiva de melhoria de controle de cheias pelas obras do Projeto está limitada ao tempo de recorrência de 10 anos. A Prefeitura está interessada em diminuir ainda mais a frequência de cheias nesta região central urbana e já contratou o Departamento de Recursos Hídricos da Universidade Federal de Minas Gerais para estudar as possíveis soluções para a questão. No escopo dos estudos está incluída a avaliação da viabilidade de contar com maior capacidade de regularização de cheias por parte da represa Várzea das Flores e a proposição das medidas operacionais requeridas para este fim. Simultaneamente deverão ser estudadas as condições para que se cumpra a legislação de outorga do uso dos recursos hídricos, qual seja a obrigação de liberar para jusante no mínimo 70 % da vazão mínima de 7 dias e recorrência de 10 anos. À COPASA pode interessar até liberar vazão maior, uma vez que isto melhora as condições de autodepuração do rio Betim, curso d'água que receberá o efluente tratado pela ETE Central de seu sistema. O estudo já está sendo elaborado, devendo ser concluído em março de 2004, pelo que seus custos não foram incluídos no Projeto. 8.8 Operação e Segurança das Bacias de Detenção 8.8.1 Introdução O Projeto propõe a construção de 5 bacias de detenção na bacia hidroorMfirA do Rinr'ho Arei~' o '

vol' - pela aa no r(- -w'verá e vas, cadaa ._ . o escoamrn, k, uliante p,- tempo, defasando os picos de cheias, evitando encnentes a jusante.

8.8.2 Objeti 'o- Os estua;& a , cnvolvidos pá,u ,o do Prog"-,,-- Segurança das bacias de detenção objetivam: * Garantir condições adequadas de funcionamento do equipamento para que as vazões efluentes sejam compatíveis com a capacidade dos canais a jusante, reduzindo a frequência das inundações conforme previsto nos projetos;

182 * Avaliar a possibilidade de utilização das áreas com atividades de lazer nos períodos de estiagem, quando as bacias deverão permanecer vazias, estabelecendo as necessárias normas operacionais e de segurança para esta situação; * Garantir segurança dos maciços das barragens para evitar riscos para a população de jusante; * Estabelecer sistema de alerta para todas as contingências que envolvam riscos para a população.

8.8.3 Atividades Está prevista a realização das seguintes atividades para a elaboração do Plano de Operação e segurança das Bacias de Detenção: * Painel de segurança de Barragens a ser realizado no final de elaboração dos projetos executivos, de modo a assegurar que foram adotadas técnicas e procedimentos compatíveis com os níveis de segurança requeridos, recomendando as providências a adotar, incluindo o programa de alerta para situações de emergências, se for o caso; * Elaboração de programa de monítoramento operacional das bacias, com a finalidade de verificar o ajustamento dos parâmetros de cálculo adotados nos projetos das bacias e aperfeiçoar metodologias, procedimentos e parâmetros para as medidas operacionais e de segurança a serem implantadas; * Elaboração de programa de monitoramento de qualidade de água e contaminação do solo nas bacias, para obtenção de subsídios para avaliar a possibilidade de utilização das áreas das bacias em atividades de lazer; recomenda-se que nos 3 primeiros anos as bacias operem apenas na sua função de controle de cheias, vedando-se o acesso da população para qualquer atividade nas áreas inundáveis das bacias; somente após monitorar convenientemente o funcionamento das bacias seria tomada a decisão quanto ao seu uso alternativo na época das estiagens; * # U de Plano de °I. , incluindo c caso - e para sc, 'a, se fo-

sperac! C ~stes estud. seguinte- * Funcionamento eficiente das bacias nc ccr-:;e das cheias ajusant; * Segurança da população residente a jusante e dos usuários das árcas das bacias, no caso de ser admitida a sua utilização temporária como área de lac:-r;

8.8.5 Custo

O Programa tem seu custo estimado em R$ 85.000,00 (oitenta e cinco mil reais).

183 8.8.6 Cronograma

Os trabalhos de levantamento de dados e painel de segurança serão realizados no ano de 2.004. A formatação final do Plano será realizada em 2.005.

184 Plano de Monitoramento da Qualidade das Águas

8.8.7 Introdução

O Plano de Monitoramento das Águas da bacia do Rio Betim foi concebido de uma forma para subsidiar a avaliação de sua eficácia no tocante à qualificação das águas e, paralelamente, sua integração na rede de monitoramento das águas municipais, da Bacia do Paraopeba e do Monitoramento dos Órgãos responsáveis pelo Estado (Projeto Águas de Minas). Sua importância se fundamenta no acompanhamento contínuo e sistemático das características físico-químicas e bacteriológicas das águas inscritas nas bacias envolvidas para a obtenção de dados e informações que subsidiem a avaliação dos resultados do programa no curso do tempo. Paralelamente, agregados à ao monitoramento da do médio Paraopeba, os dados resultantes desta iniciativa comporão o acervo de conhecimento necessário para o planejamento de ações voltadas para a sustentabilidade do programa e otimização do cenário hídrico da bacia do Paraopeba.

8.8.8 Objetivos O presente Plano de Monitoramento das Águas tem por objetivo fornecer indicações da qualidade das águas circulantes na bacia hidrográfica do Rio Betim. O monitoramento assume também um caráter preventivo, na medida em que serão diagnosticadas as modificações na qualidade das águas advindas da transformação dos ambientes. Tais diagnósticos permitirão a oportuna adoção/adequação de medidas de controle para eventuais problemas. Assim através dos dados obtidos com este Plano, será possível avaliar a eficácia das ações preconizadas pelo Projeto de Revitalização Urbana e Recuperação Ambiental da Bacia do Rio Betim para a reabilitação da qualidade das águas circulantes e, ao mesmo tempo, estabelecer as ações de recuperação d? s'iLhri-41de das águas.

S.8.9 Re -. : i

A respcn ~-ntação c - a Ambiente - SL,

Outras instituições dcwerão participar na prociç,- c; ir-ímações, di.- monitoramento dns á,: ts no âmbito deste Prcq- - c!nhs FEAM, IG/ - Cl BAPAR.

185 8.8.10 Escopo do Plano e Metodologia das Atividades

8.8.10.1 Definição da localização das estações de amostragem A localização das estações será definida segundo os seguintes critérios a seguir relacionados. A Rede Integrada de Monitoramento das Águas do município de Betim será constituída pelas ações de monitoramento já em operação pelo IGAM e pela FEAM no programa Aguas de Minas, que já possui dois pontos de medição de qualidade das águas na bacia do rio Betim. O Projeto Águas de Minas vem permitindo a identificação das tendências da situação de qualidade das águas do Estado de Minas Gerais. Esta avaliação permite associar a componente quantidade aos indicadores de qualidade em nível sazonal, ao longo do tempo e espacial, contribuindo dessa forma, para a divulgação das informações, de maneira a auxiliar de forma bastante significativa as ações de gestão e de tomada de decisão. O desenvolvimento dos trabalhos possibilita ao Sistema de Meio Ambiente do Estado de Minas Gerais e aos órgãos vinculados, particularmente ao IGAM e à FEAM, identificarem e implementarem estratégias de aperfeiçoamento de seus instrumentos gerenciais Destaca-se sua importância para o acompanhamento por seus usuários do quadro geral sobre a qualidade das águas das principais bacias hidrográficas do Estado, Agenda Azul e da efetividade das ações de controle das fontes de poluição e degradação ambiental da Agenda Marrom. A operação conjunta da macro-rede e das redes dirigidas permite o afinamento progressivo das estratégias gerencias das Agendas Azul e Marrom, com maior comunicabilidade dos resultados e clareza no processo de planejamento do Estado de Minas Gerais, bem como para um acompanhamento direto da sociedade.

8.8.1 0.2 Ai bacia dc' a bacia c *emplar' cstrat*-r

-tim. suas dc: *entk - icar seuc X iwsco à. ,-rincipalmente do Ms,_," 'Antagem e in9,G do Beti,a córrego lmbiruçu. Portanto prevê-se um ponto de monitoramento no córrego lmbiruçu, logo na divisa com o município de Contagem.

As águas efluentes de Betim serão monitoradas nos pontos assinalados abaixo:

186 ' três pontos no Rio Betim; um logo a montante da confluência com a Riacho das Areias; e os outros dois pontos são próximos à ETE, um a montante e outro a jusante do ponto de lançamento dos efluentes da estação; ( dois pontos no Riacho das Areias, um logo a montante da confluência com o rio Betim e outro a montante da Confluência do Córrego lmbiruçu; / um ponto no córrego lmbiruçu divisa com o Município de Contagem, já citado anteriormente. Os pontos foram escolhidos pela equipe da Prefeitura de Betim e pelo consultor ambiental do Banco Mundial.

8.8.10.3 Índices e parâmetros a serem Monitorados Durante o primeiro ano do monitoramento será feita uma coleta mensal em cada bacia hidrográfica já definida, com análise dos parâmetros que compõe o IQA- índice de qualidade das Águas e a Contaminação por Tóxicos. O /OA foi desenvolvido pela National Sanitation Foundation, dos Estados Unidos, através de pesquisa de opinião junto a vários especialistas da área ambiental. Os dados da mencionada pesquisa definiu um conjunto de nove parâmetros considerados mais representativos para a caracterização da qualidade das águas. Das metodologias para o cálculo do IQA, sugere-se a metodologia do IQA multiplicativo que é calculado pela seguinte fórmula: Sendo: qi = qualidade do parâmetro i obtido através da curva média específica de qualidade;

wi = peso atribuído ao parâmetro. 9 IQA=nqi i=l IQA PESO (wi) j-,,ERATURA!

0, 0,12 MIP/1C c - OD(- C MANDA EKL,_. -DBO (rTj/L) 0,1 1 .- -cx ~~~~~~~~~~0,10 0,10 \flng/L) IO,OP

187 Para o cálculo do IQA é utilizado um software desenvolvido pelo CETEC -Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais. Os valores do índice variam entre O e 100, conforme especificado a seguir: |Nível de qualidade| Faixa Excelente 90

Assim definido, o IQA reflete a interferência por esgotos sanitários e outros materiais, nutrientes e sólidos.

A contaminação por tóxicos é avaliada considerando-se os seguintes parâmetros: amônia, arsênio, bário, cádmio, chumbo, cianetos, cobre, cromo hexavalente, índice de fenóis, mercúrio, nitritos, nitratos e zinco. Em função das concentrações observadas, a contaminação é caracterizada como Baixa, Média ou Alta. A denominação Baixa refere-se à ocorrência de concentrações iguais ou inferiores a 1,2 vezes os limites de classe de enquadramento do trecho do curso d'água onde se localiza a estação de amostragem. Os limites de classe adotados são os definidos pelo Conselho Estadual de Política Ambiental - COPAM na Deliberação Normativa No 10/86. A contaminação Média refere-se à faixa de concentração entre 1,2 a 2,0 vezes os limites mencionados, enquanto que a contaminação Alta refere-se às concentrações superiores ao dobro dos limites. A pior situação identificada no conjunto total de resultados, para qualquer parâmetro tóxico, define a faixa de contaminação do ano de realização das campanhas de amern.-Q rr m.

Con- àoà classe

_ão <2P

F- - - _wasse defi;;U n; - ; ;-nativa C:

188 CONTAMINAÇÃO POR TOXICO

AMÔNIA (COMO NH3) ARSÊNIO BÁRIO CÁDMIO CIANETOS CHUMBO COBRE CROMO HEXAVALENTE FOSFATOS FENóIS MERCúRIO NITRITOS NITRATOS ZINCO

8.8.11 Produtos Ao final do primeiro ano serão obtidos dados para o diagnóstico da qualidade dos corpos d'água dos Cursos d'água, do ponto de vista de suas características físico-químicas e bacteriológicas. Para o monitoramento dos anos subseqüentes será produzida a análise do diagnóstico com o fim de se obter uma seleção de parâmetros para cada ponto rm-,'+

. <.i", . , da r-,' de daw- ar

corporação e i. dados/r,i,.,. processo d. .,nitoramento W '. à Rc'-, Águas do r 'aopeba, e c- n al de In8- .- Hídricos.

189 8.8.13 Cronograma de Atividades

CRONOGRAMA AÇÃO MESES 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Diagnóstico 1 WT t r

Monitoramento 2 - - . __;; Monitoramento 3 Monitoramento 4 Monitoramento 5

8.8.14 Custos

Estima-se um custo total de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) para a execução do monitoramento de qualidades de água durante os 5 anos de implantação do Projeto.

8.9 MONITORAMENTO HIDROLóGICO

8.9.1 Introdução

O Programa de Monitoramento HIdrI1`

* F jamento e Con-. ma de Monitr - do Sistc

staç? tOc - o, MC to dos Dac , t ;ão ' -mação do Sistn--. -,iento da Dreri~,, ctim passa, necessariamente, pelo entendime ,mica funcional dr' nagem. A - -_^ncia atualmen- ` -rência de dn-» jicos, com o úú,ouJevo de simular o ca w ao sistema con _ J.J&cionando a- interdependência do conjunto. A área de planejamento é compreendida pelo território das bacias hidrográficas do rio Betim, córregos lmbiruçu e Areias, abrangendo o município de Betim. A rede de macrodrenagem do Projeto foi objeto de modelagem preliminar do sistema de drenagem compreendendo os principais afluentes do Rio Betim.

190 8.9.1.1 Objetivos O objetivo geral da Campanha de Monitoramento é de fornecer subsídios para a simulação matemática do comportamento do Sistema de Drenagem de Betim, cujos objetivos específicos são os seguintes:

* Minimizar as insuficiências hidráulicas do sistema de drenagem de águas pluviais; * Reduzir o assoreamento na rede drenagem de águas pluviais;

* Reduzir os impactos negativos do sistema de drenagem de águas pluviais quanto: > À erosão urbana; > Aos riscos geológicos; > Ao carreamento de lixo para o sistema de drenagem e para os meios receptores; > À saúde pública; * Melhorar a articulação entre o planejamento urbano e o sistema de drenagem de águas pluviais;

* Modernizar a gestão da drenagem de águas pluviais por meio da: > institucionalização de meios administrativos voltados para gestão plena do serviço de regularização das cheias, coleta e destinação dos escoamentos oriundos das precipitações pluviais; > dotação de instrumentos técnicos modernos para a gestão do sistema (modelos matemáticos, rede permanente de monitoramento hidrológico, base de dados hidrológicos, sistema de informação geográfico); > melhoria da concepção de desenvolvimento do sistema de drenagem; > adeauLnco das fontes de recursos finanr'iroq nnc objetivos fixadrn nrol

* Jncorpora- i- +racá-)c r)s daer d- monitora- ",cia hio ,ui i . ParaopcLa , Nacion 1,ur 0 Definiç. .- tivL

c atividades do F i. 'rcr:toramento i c cnvovick fases principais:

1- Planejamento e Concepção do Programa de tvlonitoramento FbiiijÂi,wnte do Sistema de Drenagem - Conceitos, Objetivos e Horizonte Final; - Concepção do Programa; - Tipos de Estações;

191 - Quantificação;

- Plano da Qualidade;

- Etapalização do Programa;

- Cronograma Geral (Projeto, Implantação e Manutenção).

2-Projetos das Estações e Infra-estrutura Necessária - Localização das Estações; - Alternativas de Instalação e Equipamentos; - Planejamento das Etapas de Implantação e Cenários Futuros; - Operação das Estações em Conformidade com as Etapas; - Estrutural / Civil; - Instalações Elétricas; - Lógica; - Automação; - Manutenção; - Riscos de Acidentes, Proteção e Segurança; - Cronograma de Implantação e Manutenção; - Laboratório de Monitoramento; - Banco de Dados Hidrológicos.

3-lmplementação, Manutenção e Operação EstrL,t - Lógica; - Elétrica; Calibrajs-. -s.

atamento dos:E. nplemc rk,t- c H1i - Elaboraç&. c 1 do BanceG 'DH,; - Estruturu' - Elabora-,. ; ,.; s para Verificaçã de Dados; - Análises Estatísticas; - Simulações Iniciais e Resultados Preliminares.

5-Operação Inicial do Sistema Completo

- Ajustes iniciais;

192 - Campanha de Medições Intensivas (Hidrometria Fluvial) - Geração das Curvas-Chave para cada Estação; - Reinstalação quando necessário; - Recalibração; - Coleta e Processamento de Dados.

6-Início da Operação Efetiva - Coleta de Dados; - Automatização; - Tratamento e Análise da Consistência de Dados; - Inspeção conforme Programa da Qualidade; - Inserção no BDH; - Avaliação dos Resultados Obtidos / Replanejamento.

7-lmplementação do Programa de Manutenção - Estrutural; - Elétrica; - Lógica; - Recalibração.

8-Recomendações para Implantação das Etapas Posteriores

Camnanha de Mc C -- rá rs dc mátic " a hidt - i, aCAmpan1. " 3fc, in- -nmsistema i de opfc--'ado e telecr ` ma de- dre-,. , «aguas pluviais, en .. Campanha de . s mpo pcklo -guintes itens:

*s. campanl,ha cY. cus objc- * Cefinição dos serviços e pa campanha de mo; * Frojctos bhsico e exccutivo>>s t i d monitc,a:",; * Definição dos equipamentos de medição e de sua instalação; * Operação das estações de monitoramento;

193 * Especificações técnicas para a realização de todos os serviços relativos à campanha de monitoramento, incluindo-se os equipamentos, as estações e a operação da rede de monitoramento e medições de descarga; * Concepção, projeto e implantação de uma base de dados hidrológicos. Após a conclusão da Campanha de Monitoramento, a operação e a manutenção das estações de monitoramento permanente continuarão a ser executadas pela Empresa contratada por um período de 5 anos, ao fim do qual serão transferidas à Secretaria de Meio Ambiente (SEMEIA). A duração total do Programa de Monitoramento Hidrológico será de 05 anos. A campanha de monitoramento terá uma duração total de 60 meses, contando-se as atividades de definição, projeto, aquisição da instrumentação, instalação, testes, medições de descarga, operação, implementação do Banco de Dados Hidrológico e tratamento dos dados.

8.9.3 Campanha de monitoramento e medições

8.9.3.1 Definição da campanha de monitoramento e medições

Durante essa etapa dos estudos, a Empresa contratada conceberá a campanha de monitoramento que deverá ser constituída pelo monitoramento pluviométrico e fluviométrico. A campanha de monitoramento terá duração de 60 meses. Para a concepção da campanha de monitoramento, deverão ser considerados os seguintes aspectos: * Estabelecer a função Q= f(h) nas seções de controle selecionadas;

* C½nceLv: a oreração du,- para tc' ma mais próxi .o de desca

* Iversidade de caractc: n resposta hidrológ' - - acis

*;idades de funcioi Lulico do si' gem existeriw g ividades elevadas, pib.. degraus, confiLÁ,í,> - s, estreith -- orrências de resspltt

* k; ~ s2se com o sistn .ç. natural (nu c>.-

* Ab ` e caracterização dt gráficas element, * O histórico de ocorrência de inundaçbcs na área de estudo; * As estações de monitoramento existentes e em funcionamento na área de estudo. Especificações e critérios de natureza operacional deverão, igualmente, ser considerados no projeto da rede de monitoramento. Ao final dessa etapa, além dos documentos descritos nos itens subseqüentes, a Empresa contratada fornecerá um mapa da rede de monitoramento, na escala de 1:50.000, indicando a localização e tipo, quanto às variáveis

194 medidas e quanto ao período de operação, de todas as estações que integrarão a campanha de monitoramento, bem como informações referentes ao Banco Hidrológico. de Dados A definição das características da rede de monitoramento será dada na simulação promovida pela Escola de Engenharia da UFMG. 8.9.3.2 Objetivos da campanha de monitoramento Os objetivos da campanha de monitoramento serão os seguintes: * Possibilitar a compreensão do funcionamento hidrológico e hidráulico do sistema macrodrenagem; de * Permitir a calibração e a validação do modelo matemático de simulação do sistema de macrodrenagem para condições reais de funcionamento do sistema; * Permitir o diagnóstico permanente do sistema de drenagem através da continuidade da operação de um número mínimo de estações de monitoramento permanente; * Permitir, futuramente, o monitoramento de eventos pluviométricos em tempo real; * Permitir, futuramente, a telegestão do sistema de drenagem em tempo real; * Operação do Banco de Dados Hidrológico.

8.9.4 Manutenção e Operação das Estações de monitoramento Empresa contratada deverá operar e efetuar a manutenção periódica, preventiva e corretiva, das estações de monitoramento permanente, bem como realizar a validação dos dados, durante um período de 5 anos após o término da campanha monitoramento. de c'J d>4 - os de f ¢ Empr-- - stação ramento tem; 215 dias e -` IA. O rep, o da estacç e-r reali7-,,r dias a- da PML. remu,, unitários preços da ES

C.r.5 Implementação doI'r- -ce Dados HidroIógrC - objetivos da bs- J; f (ED!-'' uS seguiliL,. .ar os c -s dur 1 +ornmentc r jert - permaneun,! ,; -ncIur' da -mrnanha dc r-,. * Arquivar os dados históricos das fichas de manutenção preventiva e corretiva das estações de monitoramento; * Calcular, a partir dos dados armazenados na BDH, as variáveis necessárias ao Plano Diretor de Drenagem Urbana;

195 * Calcular índices e editar relatórios e histogramas sobre a fidedignidade das estações de monitoramento, distinguindo as séries de dados em período seco e período chuvoso; * Realizar análise da consistência e validação dos dados; * Arquivar os dados históricos sobre a análise de consistência e validação dos dados através das fichas de validação; * Realizar, periodicamente, o controle de qualidade dos dados, possibilitando a detecção de anomalias; * Realizar o tratamento dos dados para o diagnóstico permanente do funcionamento do sistema de drenagem; * Possibilitar a definição de configurações da rede de drenagem e das estações de monitoramento.

8.9.6 Treinamento A Empresa a ser contratada deverá proceder ao treinamento de técnicos da SEMEIA (ou indicados por este órgão) para a leitura, a manutenção e a operação das estações. Este treinamento deverá ter duração suficiente para a apreensão dos conhecimentos necessários ao desempenho autônomo da equipe local.

8.9.7 Prazo de Execução O monitoramento hidrológico, no contexto do Projeto de Revitalização Urbana e Recuperação Ambiental da Bacia do Rio Betim, será realizado durante 60 meses, porém suprindo a PMB na aquisição de tecnologia em acervo técnico e equipamentos o que r mitirá a contirnrJc-Hr H-o+--

- trUa a,U> jo mi' raiantaar LEU'l !,OS.l

L.,u Ivianual An ' , [iiaioria dos impa., C.-ii..1 W la implantaçãc . nora âmbitc c P--r.9ma é inerentc X _JC (--,rnreendend n ' de ruído e poeira e da emissão de gases de motores; (ii) interdi.ãc ;,,,,wia de vias, ua calçadas e acessos a edificações;(iii) desvios de tráfego; (iv) circulação de pessoas que não mantém relações de vizinhança com o local; (v) trânsito de veículos pesados; (vi) danos a equipamentos públicos; (vii) tratamento e destino final de resíduos sólidos e líquidos, etc.

196 Esses impactos podem ser manejados com critérios e métodos adequados de construção. A Prefeitura incluirá nos editais de obras a obrigatoriedade de execução de diretrizes e procedimentos construtivos ambientalmente adequados, constantes de manual ambiental de construção, minorando sensivelmente os transtornos acima citados O Manual Ambiental de Construção, constante do ANEXO X, contempla diretrizes e procedimentos referentes aos seguintes itens: * Gerenciamento Ambiental - UGP * Supervisão Ambiental de Obras * Equipe Ambiental das Construtoras * Requerimentos Ambientais para Contratação de Empresas * Planejamento Ambiental de Obras * Implantação e gerenciamento das Obras > Canteiro de Obras > Planos de Gerenciamento de Riscos e Ações de Emergência na Construção > Educação ambiental dos trabalhadores e Código de conduta na Obra > Saúde e segurança nas Obras > Gerenciamento e disposição de resíduos > Controle de ruído > Controle de emissão de material particulado t Pátio de equipamentos

I-+rfPrências com in'r- d' -1 de Trá: de Ser\! * -.,ivas z Obras especiais s Obras comuns

FJ, -e e Recuperac- -mpréstimoc r

O 1l j íani& do preseri: -. em m. r 1 ; - para projetco ` 'eitJr-n -ora C

197 8.11 Revisão e Aperfeiçoamento de Projetos de Macrodrenagem e de Sistema de Vias e Canalizações. A concepção dos projetos de macrodrenagem e do sistema de vias e canalizações será aperfeiçoada de modo a avaliar a melhor alternativa sob os aspectos hidrológicos e hidráulicos e incluir os conceitos de: (i) preservação, sempre que possível, dos leitos naturais dos cursos d'água; (ii) preservação das APPs e matas ciliares ao longo dos cursos d'água; e (iii) utilização do espaço para ampliação de parques lineares. Os projetos de engenharia referentes às bacias de detenção deverão, também, ter ajustes de modo a otimizar sua capacidade e melhorar os aspectos operativos. As principais questões relativas às revisões e aperfeiçoamento das intervenções são abordadas a seguir: 8.11.1 Sistema de vias e canalizações A concepção do sistema de vias e canalizações baseou-se na implantação de vias locais com melhoria e ampliação da capacidade de acessibilidade de diversos bairros de Betim e de vias estruturais previstas no âmbito do Plano Diretor da cidade. A análise de alternativas privilegiou, de forma geral, a concepção de canalização dos córregos em seções abertas de concreto com vias laterais, em detrimento da alternativa de vias locais mais afastadas das margens procurando manter o curso d'água em leito natural e com revegetação e criação de área de preservação ambiental compatível à mancha de inundação. A análise dos estudos hidrológicos realizados, dos estudos sobre as APPs e da ocupação do entorno dos cursos d'água e APPs, por meio de imagens de satélite, permitem, no entanto, as seguintes avaliações: (i) Os trechos de intervenção possuem situações diferenciadas de uso e ocupação e de preservaã-ico da vegetação qtue possil1lr;'- S qJ,l ) (dc alternativas (lif(`, 'r' `'o - s ii A..- licionaliil:, t ' .;k.X L LIC al ,tins d v1Tis1 hidráàlI t ' 'f 1 m11an1er o 1S ncreto.

e-se P ' Q. o :iperfeiç,c, de*1e' 1'` ' '` :`1 bitU.I . . (losl curso(1 gt - 1... --ntc as alci, ue Al'Pl e w leito com carac._ Essa ,e ,; verifica especialmente no es Bibocas; b) promover alteraçõcs na geometria viária de modo a preservar bolsões existentes de vegetação em APPs além de btuscar inanter o curso d'água sob leito natural, mais adequado do p(u)rode vista I t? cituaçãos das ave ' ' " -t() Alegre, São P,,,

( ' ' ' lis sitUlacões deve-. manteri o leito li io cas,, " . Essa co~,.e can aoc .. iicret(.

(iv .\ c '< ,-`"*'*s corrr ; sormel (Ic -' ettada se is 1 hidrológicos e lidráulicos visando a conteinçuo de clícias. (v) As áreas de APPs a serem mantidas devem ser recuperadas e, se possível, tomarem-se parques urbanos lineares ou localizados.

198 Com relação à avenida Betim 2, na parte de seu trecho que atravessa os Parques Ingá e Poções, deve-se buscar uma geometria viária que evite ao máximo impacto sobre áreas de inundação natural e sobre a vegetação existente. O trecho da via Betim 2 do Parque Ingá e Poções até a barragem de Vargem das Flores atravessa áreas hoje pouco ocupadas, pressionando a sua urbanização futura. Nesse trecho deve-se prever a adoção de regras rígidas de uso e ocupação tratando a região como área de proteção ambiental. 8.11.2 Macrodrenagem do rio Betim - Montante

A avaliação da situação existente e os estudos realizados demonstraram a necessidade de análise global da bacia do rio Betim, englobando: (i) a proposição de canalização de diversos afluentes em conjunto com o sistema de vias marginais; (ii) as intervenções previstas para a bacia do riacho Areias; (iii) a possibilidade de outras ações com vistas ao controle de cheias na bacia. Assim, a Prefeitura de Betim contratou novos estudos hidrológicos e hidráulicos com a UFMG com o seguinte escopo: • Avaliação dos efeitos da canalização dos córregos Bibocas, Porto Alegre, José Inácio, São Paulo sobre o funcionamento do sistema de macrodrenagem do Rio Betim; • Estudo de regras operativas da Barragem de Vargem das Flores com análise das possibilidades de amortecimento e controle de cheias e de descarga mínima para o rio Betim; • Implantação de bacias de detenção no trecho entre o Parque Ingá e a Barragem de Vargem das Flores com o efeito de controle de cheias. Esses estudos permitirão, no detalhamento dos projetos básicos/executivos de macrodrenagem e de canalização dos cursos d'água, a adoção de ajustes na sua concepção inicial ampliando os benefícios ambientais e sociais do Projeto Rio Betim. 8.11.3 Custos

C), --- '-' rmvir5o e aperf^-r--^ r4 rrnr'rnpção dt'< jntre -rnr -9,) de -a Prefeitur-.

dadc Unidadc C - amento do Projeto - 8.11.5 Cronograma A- - ic-^c complementaçU'- verão ser r ',-os mes . ~ t Ude execução uL do início, nr em andamen1<, icitação das rec:

199 8.12 Medidas Mitigadoras e de Compensação

Os Relatórios de Controle Ambiental elaborados para a obtenção dos licenciamentos ambientais (licenças de instalação) das avenidas, canalizações, interceptores e bacias de detenção, bem como o EIA/RIMA elaborado para obtenção da licença prévia da Estação de Tratamento de Esgotos ETE-Central propuseram uma série de medidas mitigadoras, todas elas referendadas pelas respectivas licenças já emitidas. O Estudo de Impacto Social elaborado para o Projeto de Revitalização Urbana e Recuperação Ambiental da Bacia do Rio Betim, também, recomendou medidas mitigadoras. Todas elas são previstas no Manual Ambiental de Construção elaborado e apresentado no ANEXO X. Os seus custos estão incorporados aos custos das obras e serão implementadas conforme cronograma das obras. Quanto às medidas de compensação, embora não exigidas nos licenciamentos, O Projeto está prevendo as seguintes:

* Revegetação paisagística na área da ETE; * Revegetação paisagística ciliar ao longo das avenidas marginais ao riacho Areias e ao rio Betim; * Implantação dos Parques Urbanos, com preservação e recuperação de vegetação, de Ingá, Poções e Jardim Pela; Todos estas medidas serão realizadas com custos já previstos nas obras e de acordo com o seu cronograma. Finalment- r"-- sendo proposta uma m 4 r' de compensação rn1"+i-n ` ^'ção de tua situada 2 'e Várzea S .o não de tratame! 'nça no r de estação c ; .e utiliza cóVdc. --- se a implantação daà t--eiro ano de iffipi"1- -,, com os seus custos a cargo da COPASA, empresa operadora da ETA.

200 8.13 Programa de fortalecimento Institucional O Programa de Fortalecimento Institucional é constituído de ações de fortalecimento para a Secretaria de Meio Ambiente - SEMEIA. São previstas, também, ações voltadas a reorganização dos serviços de fiscalização municipal. O Programa de Fortalecimento da Gestão Ambiental de Betim compreende os seguintes projetos e custos associados: Institucionalização e Plano(s) de Manejo de Parques e Unidades de Conservação Capacitação continuada Manuais Técnicos e Guias de Procedimentos Ambientais Sistema de Informações Ambientais

Projeto Custos (R$ 1,00) 01 Política de Gestão ambiental urbana 200.000,00 02 Áreas de Preservação e Planos de Manejo 250.000,00 03 Capacitação Continuada 300.000,00 04 Manuais Técnicos e Guias de Procedimentos 280.000,00 Ambientais 05 Sistema de Informações Ambientais 130.000,00 1.160.000,00

A seguir são apresentados os diversos conteúdos dos subprogramas a serem desenvolvidos e implantados.

olítici Urbe Compr(ewou a c,, v< c'e Plano Muni4. articulJ.. de Desenvolvimento do Município também objeto do presente Programa de ReviIa",a. Urbana e Recuperação Ambiental do Rio Betim .13.1.1 C Promcvc'- a mnclc-- t ca e Gestão Amb1t Ji1l-,,íiunicípio Formular o Plano Munic {--l de Meio Ambiente em conl J--adc com os planos set-r'- Agend,- ` ! occ1, o Fiano de Desenvolvir--- ; dnce'tim,dt.ce e r- Municipalização da Gestão Ambiental (resoluções Conselho Nacional do MvJo Amui1r1W - CONAMA, e Conselho Estadual de Política Ambiental - COPAM). 8.13.1.2 Objetivos Específicos Formulação da Política Ambiental Urbana de Betim

201 Estabelecimento das diretrizes de atuação ambiental do poder público Fortalecimento do órgão de gestão de meio ambiente. Elaboração e implementação do Zoneamento Ambiental do Município Consolidação das Unidades de Conservação Ambiental (UCs) e dos demais espaços naturais protegidos. Incentivo à pesquisa e desenvolvimento de tecnologias voltadas para melhoria da qualidade ambiental urbana. Estabelecimento de diretrizes e parâmetros ambientais para o uso e ocupação do espaço urbano, em consonância com o Plano de Desenvolvimento do Município. Inserção ambiental da infra-estrutura urbana .

8.13.1.3 Etapas Para elaboração e consolidação do Plano prevê-se 03 etapas: 1a etapa - Elaboração de Proposição de Plano Municipal de Meio Ambiente; 2a etapa - Divulgação e Discussão da proposta de Plano; 38 Etapa - Consolidação do Plano.

8.13.1.4 Atividades Elaboração da Proposição de Plano Municipal de Meio Ambiente Para apoio à SEMEIA na elaboração da proposta do Plano prevê-se a contratação de consultoria técnica. Nesse sentido, a UGP/Rio Betim deverá preparar os respectivos termos de referência e documentos de licitação; Estão previstas as seguintes atividades: DiagnósticoAmbiental /+i,:nlização e e4rnnr-''r fl'Dr-ÓnóstiçO Amrhr'i.nr+ r4n Srr- -4rk.ir do '!- nn o físico, b D. Levantamento, ipais c,C nas c' r-nrincipaitL (tipolo(* acter

.idcterização dos asbp -I _ institucionais oa e " -, al no n,ii,iÍi, . Proposição de Política Ambiental A proposição de política ambiental deverá considerar os seguintes objetivos da gestão ambiental urbana: (i) C:-,-ço público amplkL c - '* od e territ; ; aproveitado; (ii) água n.g limpa rara o futuro; Ç,, n r, ar mais l;,- todos; (iv) melhor qua!; 'o da paisagem urbana; cn i riscos naturaic: menores riscos sobre a saúde pública; (viii) maicr cr-e c--uVbrio amhier'r maior eco-eficirnc;Y U-, .,oa e produtividade C O Plano deverá detinir os: Princípios e critérios da gestão ambiental urbana Os objetivos da gestão ambiental

202 As estratégias de gestão ambíental envolvendo: a coordenação ambiental interinstitucional, sistema de Informações ambientais, planos institucionais de gestão ambiental, estrutura descentralizada e dinâmica participativa, fortalecimento da SEMEIA, etc. Gestão setorial ambiental de Infra-estrutura urbana. Divulgação e discussão do Plano A Proposta do Plano deverá passar por processo de análise e discussão com as instâncias interessadas, segmentos do poder público e sociedade civil organizada, e ser submetido à avaliação do Conselho Municipal de Meio Ambiente. Para a preparação do Plano deverão ser realizados, no mínimo, 2 eventos com participação da sociedade local: 01 workshop sobre gestão ambiental urbana e diagnóstico ambiental de Betim ao início da fase de elaboração do Plano e 01 audiência pública quando da proposta preliminar. Consolidação do Plano Com base nos resultados das avaliações de implantação da Proposta deverão ser realizadas uma revisão do Plano e a sua institucionalização e consolidação. 8.13.1.5 Custos Os custos previstos para elaboração do Plano estão estimados em R$ 200.000,00 considerando, tanto a consultoria a ser contratada quanto a realização dos workshop e audiências pública.

8.13.1.6 Responsabilidade Institucional Responsabilidade pela coordenação do Plano será da SEMEIA 8.13.2

8.1l.. . Os estLL oração ccicaZ Betim c 1 sír r^ --- s cor- rCn1-p p Ct- Desetn'- pio de CxCrX emprésu~i"U2

203 Item DESCRIÇÃO Ms 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mêes 5

__~~~ ______1 _ Mês6

1 Diagnóstico Ambiental

2 Workshop Gestão Ambiental Urbana

3 Elaboração do Plano - Versão Preliminar _ _ _ _ -11 _

4 Audiência Pública

5 Consolidação do Plano

8.13.3 Áreas de Preservação Ambiental e Planos de Manejo Compreende a definição das áreas de preservação ambiental na bacia do rio Betim e a elaboração dos respectivos instrumentos de gestão. Em especial, prevê-se a: a) consolidação das áreas já existentes na bacia do rio Betim, b) consolidação dos parques urbanos lineares já previstos no âmbito do Programa de Revitalização Urbana e Recuperaçso Arnhinnt,l do Rio Betim; e c> c c,;iação de unidac, de acord < n ~~~Ns~cional c?,I-7r^7f( --'o Fay, -'.,, de Várzea c_ d) elaboração dos planos de manejo das unidades de conservação a serem cria,!._

Os estudos c' - ' _sizados com ! - senvovi e na Política r' C Urbana a ser í do Plano Diretor dc Ambiente de bb1

8.1 3 Estão previstos R$ 2&0.000,Ou (au2elIiub e oitenta nlí reaib) plcd a eoriubLUU, elaboração e institucionalização dos instrumentos de consolidação das áreas de preservaçãoa mbiental e Unidades de Conservação.

204 8.13.3.2 Responsabilidade Institucional A entidade responsável pela implantação do programa é a SEMEIA. 8.13.3.3 Cronograma Os estudos deverão ser realizados a partir do 2° ano de execução do contrato, após a conclusão do Plano de Desenvolvimento do Município e do Plano Diretor de Meio Ambiente.

8.13.4 Plano de Capacitação Continuada para a Gestão Ambiental Urbana Os esforços de capacitação continuada para a gestão ambiental urbana deverão abranger dois públicos distintos: (i) os dirigentes, gerentes, técnicos, pessoal operativo e de apoio administrativo que compõem o quadro de pessoal da SEMEIA; (ii) as equipes gerenciais, técnicas e operacionais dos demais organismos municipais da administração direta e indireta envolvidos com as questões ambientais, como Secretaria de Municipal de Obras e Serviços Públicos, Secretaria Municipal de Habitação e Secretaria Municipal de Assistência Social além do Conselho Municipal de Meio Ambiente - CONDEMA e outros. Para a consecução dos objetivos do Programa de Capacitação é necessária a prévia consolidação do quadro de recursos humanos da SEMEIA. As ações de capacitação diretamente voltadas para a força de trabalho da SEMEIA tomará por base as competências do órgão e os resultados organizacionais pretendidos, a sua estrutura organizacional e as atribuições inerentes às suas unidades, os cargos e funções previstas, o perfil requerido para seu preenchimento, o número de ocupantes de cada cargo ou função. O conceito de Capacitação a ser adotado na concepção do Plano em foco deve ir muito de um conjunto do ' -ri(--?v'nto, d, rn7-'------de f unit prcc- omo uma e olvim-: e deS e d - ,io trac isina ,G k _ mais, rrísap Cli mentm -. r-ç_n c ,nização, envolvendo as c] geração, absvw-ç1`-^semi, cober produzido, de foro,< *;ansformar a SEMEI,-. "a Organização d; Aprendizagem, atenta à Gestãc cdo Conhecimento como for nnçar seus objetivo- e metas. A partir desta visão de Capacitação, buscam-se, com o deser, m,cnto de um Plano de Capacitação, resultados em duas vertentes: o desenvolvime-i!o organizacional e a valorização profissional da força de trabalho que nela atua.

No que diz respeito à gcstão einpresarial, as ações d, oapack.açáo buscam conceUx j consolidar os princípios, as estratégias e os mecanismos inerentes ao modelo requerido para a organização. O Plano de Capacitação Continuada a ser concebido deve prever a utilização de métodos e técnicas de promoção da aprendizagem que valorizem: a participação ativa do

205 profissional envolvido, tais como os recursos da auto-instrução, a tecnologia da informação e da comunicação, e a aprendizagem coletiva; Enquanto geradoras de conhecimentos, as ações de capacitação a serem planejadas devem priorizar a pesquisa, o intercâmbio de experiências, a experimentação, a aprendizagem por meio da análise e da busca de soluções para problemas reais de atuação da SEMEIA e a aprendizagem no ambiente de trabalho. A parceria com outras organizações do setor de meio ambiente, de âmbito municipal, estadual, federal ou mesmo internacional. constitui mecanismo importante para desenvolvimento do Plano de Capacitação da SEMEIA. Universidades, centros de educação profissional e entidades de pesquisa e desenvolvimento em gestão ambiental são exemplos de parcerias necessárias. Por meio de instrumentos legais pertinentes, a AGENDA JF poderá atuar em articulação com tais entidades, promovendo ações conjuntas, intercambiando tecnologia e gerando conhecimentos.

8.13.4.1 Etapas e Atividades a) Formação, Instalação e Preparação de Grupo de Trabalho multidisciplinar e para concepção, acompanhamento e avaliação de resultados do Plano de Capacitação Continuada em Gestão Ambiental Urbana, incluindo profissionais da SEMEIA, componentes da UGP/Rio Betim e outros, conforme necessidade; b) Concepção Global de Plano Plurianual de Capacitação Continuada em Gestão Ambiental, abrangendo a força de trabalho da SEMEIA e dos demais organismos correlatos ao setor, considerando o prazo de 3 anos para sua implementação. O processo de concepção do Plano deve contar com a participação efetiva de dirigentes e gerentes da SEMEIA e com a assessoria de consultores especialistas em capacitação profissional e em gestão ambiental. As ações previstas serão resultado de análise das necessidades e carências da SEMEIA no campo da gestão ambiental. A priori, o quadro de competências da SEMEIA e o escopo do Programa Rio Betim apontam para a priorização de conteúdos afetos a: definição e gestão de políticas públicas para o meio ambiente, plhnpjampnto urbano e rqro4%Ò ambiental urh')r-- cxecu` - I-nráo ambic,-^,- - mbienta 'K - ão p pesquiCc 2stral!2r a recursos 1nanciais. L ccnteú_ i ~ _rentesao g ;. .acional,i in; funções planejamento, controle, acompanhc ;J e avaliação de pessSz ^os materiais, d - financeiros, de recu, .iJjicos. 'lulo de exem-k, c a intenção c' '-des, algur, t" .vidades de capacitaz com as diretri; . xpressas: (i) oficinas de trabalho; estágios; ^I*) cursos de culia e ti 1 _wdÇa,ia-- (iv) desenvolvimento de pesquisas e estudos de casos; (v) seminários, mesas redondas, etc;

206 O documento resultante desta Etapa deverá conter os objetivos, os resultados esperados, a metodologia, a indicação de temas, conteúdos, estratégias de desenvolvimento das ações e a previsão de mecanismos de avaliação e indicadores de resultados. c) Elaboração de Plano Anual de Capacitação Continuada em Gestão Ambiental, considerando os objetivos, as estratégias, a caracterização das ações, o público ser abrangido, alvo a os resultados esperados, o detalhamento dos custos e o cronograma de execução pertinente. O Plano Anual deverá prever o monitoramento contínuo das ações realizadas e a avaliação de resultados parciais a cada 6 meses. As avaliações semestrais de resultados, com as recomendações pertinentes, do e a revisão diagnóstico de necessidades de capacitação originalmente realizado alimentarão elaboração a do Plano para o ano subseqüente, As avaliações incluirão o processo aprendizagem, de o desempenho funcional dos participantes, o desempenho organizacional e o desenvolvimento organizacional comparado com o período anterior de avaliação. d) Implementação do Plano Anual de Capacitação Continuada Execução do plano de capacitação continuada no âmbito da PMB. e) Monitoramento e Avaliação de Resultados Semestrais Monitoramento e avaliação dos resultados semestralmente. 8.13.4.2 Custos Estão previstos recursos da ordem de R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) para elaboração e execução do Plano de Capacitação

8.13.4.3 Responsabilidade Institucional A responsabilidade pela implementação do Plano será da SEMEIA. Está prevista a criação de Grupo de Trabalho multidisciplinar para a concepção, acompanhamento e avaliação de resultados do Plano.

ANO.

rnaçc .. alho .L--

1:!aboração de -,o r- -1 apacitação

3 IConcepção dos Planos Anua .* _

niplemenzm Ç(,o dos Plan- F

5 Monitoramento e Avaliação dos Resultados

207 8.13.5 Preparação de Manuais e Guias de Procedimentos Ambientais A partir da Resolução CONAMA 237/97, os órgãos ambientais municipais passaram a ter a competência, ouvidos os órgãos federal e estadual, quando couber, de emitir o certificado de licenciamento ambiental para empreendimentos e atividades de impacto ambiental local e daquelas que lhe forem delegadas pelo Estado, por instrumento legal ou convênio. A Deliberação Normativa COPAM 029/98 estabeleceu diretrizes para a cooperação técnica e administrativa com os órgãos municipais de meio ambiente visando o licenciamento e a fiscalização de atividades de impacto ambiental. Com base nestes dois instrumentos legais, o Estado de Minas Gerais e a Prefeitura de Betim celebraram o Convênio de Cooperação Administrativa e Técnica visando o licenciamento, pelo Município, de atividades de impactos local (classificados em 1e 11de acordo com Deliberação Normativa Copam 01/90). À Prefeitura, por meio da SEMEIA, organização pública municipal responsável pela análise dos processos de licenciamento, cabe atuar em busca da capacitação e instrumentação técnica com vistas ao adequado cumprimento dessa atribuição. Nesse sentido, prevê-se a elaboração de Manuais e Guias de Procedimentos Ambientais, que possibilitem o aperfeiçoamento e ordenamento dos procedimentos técnico- administrativos referentes ao licenciamento e promovendo, também a sua transparência para a sociedade. 8.13.5.1 Objetivos Gerais Aperfeiçoar, ordenar o processo de avaliação ambiental de empreendimentos com caráter de impacto local, incluindo a infra-estrutura urbana, de forma a promover a melhoria da gestão do meio ambiente no Município de Betim. Melhorar a capacidade de resposta (prazos e consistência técnica) dos processos de licenciamento, com base na padronização (manualização) de avaliações, ordenamento nrmcessos, iro5nH r^:- de aut,-n .amr sba

us cc atuc-.-, de -(-- !e an. entos r s C açao a aso, in., r ;1ecere divu' diretrizes, rn "mentos ,c pdnejamento, impleniL; _:o, controle e, empreendi potencialmente poluidores na cidade de Betim. Estabelecer e divulgar os pru , ntos técnico-adr ,:- a documentaç< nr-Lessária para o processo d- ,nc,amento ambiental, b .os c,:térios pala apresentação dos estudos ambikntais de atividades potenciaii;' p&Iuidoraw (rara uso interno e para inst uçu,3 c'- públcl ' ucu_rio do si z 1-,_. -- ;, ; t . Identificar as principais atividades potencialmente poluidoras no município (inclusive as atividades não listadas na Deliberação Normativa 01/90). Tornar os procedimentos de licenciamento ambiental uma rotina para a instalação de atividades potencialmente poluidoras.

208 Promover o licenciamento ambiental simplificado como instrumento de controle ambiental para empreendimentos de pequeno porte e baixo potencial poluidor. 8.13.5.3 Produtos Estão previstos inicialmente a elaboração e consolidação de 4 Manuais e Guias: Manual de Procedimentos Técnico-administrativos para o Licenciamento Ambiental, Guia de Avaliação Ambiental de Empreendimentos de Pequeno Porte Manual de Práticas Ambientais para o Planejamento, Implantação e Operação de Empreendimentos de Infra-estrutura Urbana Manual de Práticas Ambientais para o planejamento, Implantação e Operação de atividades Minerárias

8.13.5.4 Custos Estão previstos cerca de R$ 320.000,00 (trezentos e vinte mil reais) para a elaboração e divulgação do 4 manuais.

8.13.5.5 Responsabilidade Institucional A SEMEIA será a entidade responsável pela implantação do Programa. 8.13.5.6 Cronograma

Item DESCRIÇÃO ANO 1 ANO 2 ANO 3

1 Manual de Licenciamento Ambiental 2 Guia de Avaliação Ambiental de Projetos de Pequeno Porte j _- -re Práticas Ambicnt -nto, Imn,

209 ------B Bim C Melhor com voce

9 Políticas Operacionais e Salvaguardas do Banco Mundial 9.1 Introdução

As políticas operacionais do Banco Mundial são vitais em seus esforços para promover a redução da pobreza e o desenvolvimento sustentável. Um subconjunto dessas políticas necessita que impactos ambientais os potencialmente prejudiciais e determinados impactos sociais dos projetos de investimento do Banco Mundial sejam identificados, evitados ou minimizados onde for possível, além de mitigados e monitorados. Embora o Banco tenha estabelecido políticas ambientais e sociais há mais de 20 anos, a sua criou pela Direção primeira vez o conceito de política de salvaguarda em 1997 para enfatizar a importância deste conjunto específico de políticas operacionaís com a finalidade de atingir os seus objetivos sociais e ambientais e melhorar a qualidade de suas operações. 9.2 Principais Políticas Operacionais e Salvaguardas

Quadro 9.1

Políticas Operacionais e Salvaguardas Aplicadas ao Projeto

PO/PB 4.01 Avaliação ambiental (X) 1 PO/PB 4.04 Habitat natural (X) PO 4.09 Gestão de pragas (_)

PO 4.36 Atividades flores:- ,34.37 Segurança de r, - 11.03 Propriedade cultuial PO/PB 7.50 Projetos em vias rna cgáveis internacionais PO/PB 7.60 Projetos nas ár(~c cm itígio (X) - Scjã:'ard.. acionadas pelo pro(,~

210 Bettim ' Melhor com você `

Quadro 9.2

Políticas Operacionais e Salvaguardas - Exigências

POLíTICA PRINCIPAIS REQUISITOS CONSULTAS PÚBLICAS

PO/PB-4.01 - Avaliação Fazer uma triagem prévia dos impactos potenciais e escolher o Consultar os grupos afetados e as Ambiental instrumento apropriado para avaliar,minimizar e reduzir os efeitos ONGs o mais cedo possível adversos. potencialmente (para os projetos nas categorias A e B).

PO/PB 4.04 - Habitat Não financiar projetos que degradem ou convertam os habitats críticos. Consultar a comunidade local sobre Natural Apoiar projetos que afetem os habitats não críticos somente no caso planejamento, desenho de não haver alternativas disponíveis e se existirem medidas de mitigação. e monitoramento dos projetos. PO 4.09 - Gestão de Apoiar as abordagens integradas Consultar a comunidade local sobre planejamento, desenho Pragas para gestão de pragas. Identificar os pesticidas que podem ser financiados pelo projeto e desenvolver o plano apropriado para gestão e monitoramento dos projetos. de pragas com o objetivo de tratar dos riscos. PO/PB 4.12 - Assistir as pessoas desalojadas em Consultar os reassentados e a Reassentamento Involuntário seus esforços para melhorar ou pelo menos restaurar a sua qualidade Comunidade hospedeira; incorporar as de vida. visões expressas nos planos de reassentamento; listar as opções propostas pelos reassentados.

PO 4.20 - Povos Identificar os impactos prejudiciais Consultar os povos indígenas durante Indigenas . . todo o ciclo do projeto. e desenvolver um plano para abordá-los. Projetar benefícios que r s as preferír:--s a exk rient. c~ão. I\ .Je intr comer,_.I de m. tropicais úmidt No caco de gra: isr - icas r de segurança poi h ,arraripns | Investigar e inven > aqencias, Oi, universitários rde Cultural :entos culturais potencialmente ai!tados. Incluir medidas de mitigação quando houver impactos prejudiciais ao pp patrimônio cultural físico. 2 ,` ma consulta pública. E i C, 7.50 - Vias Verificar se existem acor '>s com os Navegáveis necessária a notificação dos Internacionais proprietários ribeirinhos e garantir proprietários rbeirinhos. que os estados ribeirinhos sejam informados e não façam objeções às intervenções do projeto. PO/PB 7.60 - Projetos Garantir que os pretendentes às Nenhuma consulta pública. Os nas áreas em litígio áreas disputadas não façam objeções pretendentes serão informados. ao projeto proposto.

211 Melhor com você '

Embora as políticas de salvaguarda do Banco Mundial incorporem princípios comuns, há diferenças entre elas e no sistema como um todo. Por exemplo, a política de avaliação ambiental abrange todos os impactos significativos sobre o meio ambiente, porém seus efeitos sociais precisam ser esclarecidos. Outras políticas diferem em suas disposições quanto à consulta pública e a divulgação de informações, aos instrumentos de empréstimo aos quais se aplicam, à clareza sobre isenções e ao nível de orientação das equipes.

9.3 Salvaguardas Acionadas pelo Programa

9.3.1 POIPB 4.01 - Avaliação Ambiental

A avaliação ambiental (AA) é parte integrante dos estudos de preparação do programa. A AA é um processo cuja dimensão, profundidade e tipo de análise depende da natureza, escala e impacto ambiental potencial do projeto proposto. A AA avaliou os potenciais riscos ambientais do projeto na sua área de influência; examinou alternativas ao projeto; identificou maneiras de melhorar a seleção, localização, planejamento, concepção e execução do projeto, propôs medidas para a evitar, minimizar, mitigar ou compensar os efeitos ambientais adversos, realçou os impactos positivos; incluiu o processo de mitigação e gestão

dos impactrnc' -4vpm,.ses durantn 9nv-^- J- i

com; O projeto pro- sificado na aa. Is adversos significativ. caráter sensível. Es.- -dem afetar uri_ _a do que os locais ou insi. . ,ões onde ocorrerem as ati;, t f~íc,cas. Para as intervenções do Programa, foram realizados estudes' de impacto ambiental, re!h- "Ç de impacto ambiental, rc ' de controle ambientol e 'rs trole anbiental. A AA do p eL.: examinou ot ambienht is nprr- 'as, comparou-os com c- , .s'ft,vas viáveis (' de sem o projeto), eU ' 'ou medidas nc ' -a evitar, minimiz. ;ftcos.aros imr 'os advcrsc- -. _r o desempenho da gestão ambiental do Programa. Foi elaborado um amplo plano de gestão ambiental envolvendo: sistema de gestão ambiental durante a implantação do empreendimento e programas de: (i) comunicação social; (ii) educação ambiental; (iii) controle da contaminação industrial; (iv) eliminação de ligações cruzadas; (v) operação e manutenção da barragem existente; (vi) operação e segurança das bacias de detenção; (vii) medidas mitigadoras e compensatórias; (viii) monitoramento ambiental; (ix) fortalecimento da gestão ambiental municipal; além de (x) manual ambiental de construção onde constam as principais diretrizes e regras ambientais a serem adotadas na execução das obras das intervenções previstas.

212 Melhor com você

9.3.2 PO/PB 4.37 - Segurança de Barragens

Durante a vida de qualquer barragem, cabe ao seu proprietário a responsabilidade de assegurar que sejam tomadas todas as medidas adequadas e fornecidos recursos suficientes para sua segurança, independentemente das suas fontes de financiamento ou do estágio da construção. Como há graves conseqüências quando uma barragem não funciona adequadamente ou quando se rompe, o Banco se preocupa com a segurança das novas barragens que financia e das barragens existentes, das quais dependem diretamente projetos por ele apoiados. O Banco estabelece distinção entre barragens pequenas e grandes. As barragens pequenas têm normalmente menos de 15 metros de altura. Nesta categoria incluem-se, por exemplo, as represas agrícolas, barragens locais para retenção de sedimentos,e pequenos diques. As barragens grandes têm 15 metros ou mais de altura. As barragens entre 10 e 15 metros de altura são consideradas grandes quando apresentam complexidades especiais de projeto-por exemplo, cheias de projeto excepcionalmente grandes, localização em zonas de elevada atividade sísmica, fundações complexas e de difícil execução, ou retenção de materiais

9.3.2.1 Represa Vargem das Flores (Barragem existente)

A montante da área objeto do Projeto, existe um barramento, cujo reservatório acumula água para abastecimento humano; trata-se da represa de propriedade da COPASA - Companhia de Saneamento do Estado de Minas Gerais. A política de salvaguardas do Banco é acionada no caso de possível falha de uma barragem existente. Como a altura do macico ultrapassa o limite de 15m, a renrepa é considerarda dp nIto ris-n 'qrou um rel l seguranm evisom ,era

Flr-ros da F-

* Curso de água - Rio ELtim * Volume de acumru- -, = "- mi,hoes de m3 * Área do espelho = 5,5 km2 * Tipo do maciço - barragem de terra * Altura do maciço = 25,5 m * Comprimento da crista do maciço = 380 m * Capacidade máxima de extravazão = 285 m3/s.

213 Be.timL Melhor com você I

O maciço foi construído na década de 70 e a responsabilidade pela sua operação e segurança é da COPASA MG. Esta empresa monitora suas condições de segurança mediante a observação de resultados de leituras dos seguintes instrumentos instalados:

* Piezômetros tipo Casagrande: 3; * Medidores de nível d'água: 9 * Medidores de vazão: 4.

O sistema de instrumentação da COPASA foi instalado com dupla finalidade: verificar as hipóteses de cálculo e avaliar a segurança da barragem. De acordo com estudos elaborados para estabelecimento do programa de monitoramento da barragem, elaborado pela empresa DAM Projetos de Engenharia, são normalmente obedecidas as seguintes orientações:

* o instrumentos de monitoramento devem ser lidos mensalmente, sendo obrigatórias leituras antes e depois da estação chuvosa;

* são previstas, também, leituras e inspeções gerais em situações extraordinárias como, por exemplo, durante e após esvaziamento rápido da represa e após períodos longos de chuvas intensas;

* a observação de qualquer leitura anômala deve ser informada imediatamente ao engenheiro responsável, que determinará medidas específicas de para observações adicionais.

Os inst ^'- - , rificados menm Ç - 1. i-os ser---- xo dc- limites r,uxirmu- Iecidos pelo r or&mento, Cc- "c&r n, quadro 9.3, a -

214 BeQt mi" Melhori com você

Quadro 9.3 Resultados das Medições

-E-t.l.OS DE meoo~ço UE 3 ( ~~~~~tVsUGe r>^ IC:LRoB RFEULTADOS DE MEDICCES 200i3 MUtb-S U1MNA. VJ22 C. TUDO *o 1 3.1S1 CDCTA MAXIMA ADMIbSZVIL

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_ _,, ..1_ . _ _ i. . -.-215 BetIM~ Melhor comc vocêê

Periodicamente a COPASA MG contrata empresas especializadas para efetuar avaliações da segurança da barragem, podendo ser citados os contratos a seguir descritos.

DAM Engeharia de Projetos - data: dezembro de 1995 - objetivo: inspeções de campo e verificação de dados de monitoramento e verificação da segurança do aterro e da barragem na sua atual fase de vida útil. As inspeções e avaliações feitas não demonstraram qualquer sinal de instabilidade da barragem e das demais estruturas auxiliares. Não foi avaliado o comportamento face a abalos sísmicos.

ENG` CONSULTOR Plínio Pereira Patrão - ( R. Dr. Calado 55-3D - 3080 Figueira da Foz - Portugal) - data: novembro de 1996 - objetivo: elaboração de estudos de estabilidade complementares para a verificação da influência de abalos sísmicos na segurança da barragem. Os estudos apresentaram os seguintes resultados:

* os estudos e análises complementares, baseados em amostras indeformadas e ensaios geotécnicos adicionais, demonstram que a barragem apresenta condições de estabilidade estática e resistência a efeitos sísmicos aceitáveis;

* de acordo com os resultados dos ensaios, os materiais de fundação não são suscetíveis de à liquefação para os sismos prováveis na região da barragem;

* a aceleração crítica calculada para a barragem pelas análises pseudo-estáticas permitem dizer que a mesma poderia ser submetida a uma aceleração de 0,15 g (correspondente a um sismo de magnitude Richter 6,0 e intensidade Vi - Vil, aproximadamente), sem sofrer danos significativos; * a , ,ragem Vargem das Flores, por apresentar condições de estabilidade estática e sísmica acíitaveis, não necessita de qualquer alteração ou rebaixamento do nível do reservatório; * recomenda-se, por outro lado, o acompanhamento das atividades sísmicas na região e dos níveis freáticos e piezométricos no maciço da barragem, mediante a leitura periódica do instrumentos de auscultação instalados.

Com relação à variação dos níveis d'água no lago e às vazões captadas pela COPASA neste manancial, os quadros 9.4, 9.5 e 9.6 mostram as ocorrências dos últimos 3 anos. A Prefeitura Municipal de Betim já contratou com o Departamento de Recursos Hídricos da Universidade Federal de Minas Gerais a continuidade dos estudos hidrológicos e hidráulicos das bacias urbanas de Betim e incluiu no objeto destes estudos a avaliação da viabilidade e, caso esta se confirme, dos procedimentos operacionais requeridos para possibilitar a utilização da represa de Vargem das Flores no sistema de proteção de cheias do rio Betim a jusante e também para garantir vazões mínimas no rio Betim, aumentando sua capacidade de autodepuração nos períodos de seca.

216 B,et imti Melhor com você

As mudanças operacionais requeridas não implicarão obrigatoriamente perdas de capacidade de fornecimento de água para abastecimento público. Estes estudos servirão de subsídio para que a Prefeitura possa negociar com a COPASA as providências necessárias para implantar os equipamentos de controle operacional (entre os quais se salienta a recuperação ou substituição da comporta de descarga de fundo, hoje fora de funcionamento) e implementar sistema operacional compatível com estes propósitos.

217 Bet imSmC Melhor com você

Quadro 9.4

COTAS DO LAGO SISTEMA VARGEM DAS FLORES

MESES 2003 2002 2001 MAX. MIN. MAX. MIN. MAX. MIN. JAN 837,64 836,08 837,78 837,43 838,75 838,15 FEV 839,16 837,67 838,92 838,04 838,79 838,62 MAR 838,98 838,76 839,01 838,79 838,88 838,52 ABR 838,94 838,76 838,84 838,75 838,69 838,30 MAIO 838,81 838,67 838,75 838,41 838,30 837,96 JUN 838,78 838,55 838,41 838,22 837,94 837,62 JUL 838,56 838,29 838,22 837,87 837,60 837,22 AGO 838,28 837,92 837,82 837,40 837,21 836,80 SET 837,92 837,46 837,38 836,76 836,78 836,52 OUT 837,44 836,94 836,78 836,39 836,57 836,42 NOV 836,90 836,26 836,42 835,76 836,58 836,38 DEZ 836,28 835,79 837,26 836,60 COTA DO VERTEDOR = 838,78

Quadro 9.5

ALTURA DA LAMINA NO VERTEDOR

MESES 2003 2002 2001 MAX. MIN. MAX. MIN. MAX. MIN. JAN -1,14 -2,70 -1,00 -1,35 -0,03 -0,63 FEV 0,38 -1,11 0,14 -0,74 0,01 -0,16 MAR 0,20 -0,02 0,23 0,01 0,10 -0,26 ABR 0,16 -0,02 0,06 -0,03 -0,09 -0,48 MAIO 0,03 -0,11 -0,03 -0,37 -0,48 -0,82 JUN 0,00 -0,23 -0,37 -0,56 -0,84 -1,16 JUL -0,22 -0,49 -0,56 -0,91 -1,18 -1,56 AGO -0,50 -0,86 -0,96 -1,38 -1,57 -1,98 SET -0,86 -1,32 -1,40 -2,02 -2,00 -2,26 OUT -1,34 -1,84 -2,00 -2,39 -2,21 -2,36 NOV -1,88 -2,52 -2,36 -3,02 -2,20 -2,40 DEZ -2,50 -2,99 -1,52 -2,18

218 Melr mvoê

Melhor com você

Quadro 9.6

VAZÔES MÉDIAS CAPTADAS (I/s)

MESES 2001 2002 2003 JAN 987 1236 903 FEV 1119 1237 1086 MAR 1060 1323 1123 ABR 957 1300 1142 MAIO 875 1153 937 JUN 779 1094 983 JUL 796 1127 995 AGO 922 1227 1083 SET 884 1165 1145 OUT 908 1154 1216 NOV 1013 815 949 DEZ 1066 981

219 BeCt i,i m Melhor com você

9.3.3 PO/PB 4.12 - Reassentamento Involuntário

Para atender as exigências da política de reassentamento do Banco Mundial e planejar o reassentamento das famílias atingidas pelas intervenções do programa, foi elaborado um plano de reassentamento involuntário com os seguintes objetivos:

* reduzir e aliviar impactos negativos nas populações afetadas pela desapropriação das terras, * recuperar a qualidade de vida da população e da comunidade; * restabelecer ou melhorar a renda e as condições de vida da população deslocada; * desenvolver e implementar o reassentamento a partir de um projeto de desenvolvimento sustentável; * restabelecer ou melhorar a renda e as condições de vida da população deslocada;

O levantamento realizado a partir das linhas de off-set dos projetos, apresentou resultados: os seguintes

Quadro 9.7

Quantidade de Imóveis Afetados

Imóveis Afetados Quantidade Lotes Vagos 323 Edificações Regulares Afetadas * 51 Edificações Irregulares Afetadas** 769 TOTAL 1143 * Edificações Regulares as com registro em cartório; ** Edificações Irregulares são as que não possuem documentação

220 BetimL1 - - 74Cz~ ~-- Melhor com você 7

Apresentam-se a seguir os critérios adotados para indenizações com compensação:

Quadro 9.8

Valor de Avaliação % de Valor de Indenização com Compensação Compensação

Até R$ 6.000,00 _R$8 500,00 R$60011,00 a R$ 42.8% R$1 0.000,00 7.000,00 R$7.0011,00 a R$ 31.3% R$10.500,00 8.000,00 R$8.001,00 a R$ 25% R$111.250,00 9.000,00 R$9.001,00 a R$ 22% R$12.200,00 10.000,00 Acima de R$ 22% e arredondamento 10.001,00

Este valor não pode exceder R$ 15 000,00

221 Bei i Melhor com voce .P

A seguir apresenta-se a participação de cada uma das fontes de recursos financeiros.

Quadro 9.9

Item ATIVIDADES Valor Total Prefeitura BIRD (R$) (R$) (R$) 1.0 Pagamento Indenizações com 10.219.000,00 10.219.000,00 compensação

2.0 Construção Moradias do 7.200.000,00 1.600.000,00 5.600.000,00 Reassentamento

4.0 Despesas Judiciais 205.000,00 205.000,00

5.0 Despesas Custeio - Projetos 528.720,00 264.300,00 264.300,00 (3% sub-total)

TOTAL 18.152.720, 00 12.288.360,00 5.864.360,00

222 Bet I- Melhor com você t

O quadro a seguir apresenta as desapropriações por intervenções do programa:

Quadro 9.10

QUADRO -DESAPROPRIAÇõES POR OBRA

TERRENOS VAZIOS IMÓVEIS REGULARES IRREGULARES Número de Terrenos N° de Edificações N° de Edificações OBRAS Vazios, independente

do tamanho Regulares Irregulares AVENIDAS Av. Sanitária José Inácio Filho 129 29 29 Av. Sanitária Vale das Bibocas 23 1 o Av. Sanitária Porto Alegre 25 9 Av. Sanitária São Paulo 31 71 Av. Sanitária Betim 2 ^-' 28 207

Av. Sanitária lmbiruçú 31 387 Av. Sanitária Pedra Azul 56 o Av. Sanitária Acácias 12 Av. Miosótis 4 9 INTERCEPTORES Av. Sanitária Estiva 15 Av. Clube Forense 9 Av. Sanitária Universal 15 Av. Sanitária Marajoara Não tem previsão de desapropriação Av. Parque das Indústrias Não tem previsão de desapropriação Av. Córrego Duque de Caxias 1Beirute Não tem previsão de desapropriação Rua Mira (Bairro Jardim Petrópolis) Não tem previsão de desapropriação Rua Paulo Camilo (Vila Recreio) Não tem previsão de desapropriação Rua Bemge Não tem previsão de desapropriação BACIAS DE DETENÇÃO Bacia PC_ Paulo Camilo 6 Bacia BD_VEX - Via Expressa Não tem previsão de desapropriação Desapropriações lançadas na obra de implantação da Avenida Bacia BD-IMB - lmbiruçú Imbiruçú Bacia BD-FY Fayal Não tem previsão de desapropriação Bacia - BD1 INão tem previsão de desapropriação PARQUES Parque Ecológico Jardim Peria 9 qAREA INSTITUCIONAL -Desapropriações lançadas na obra de Parque Ecológico dos Poções implantação da Avenida Betim -Trecho II Parque Ecológico da Matinha do Ingá Desapropriações lançadas na obra de implantação da Avenida Betim -Trecho 11

TOTAL | 323 51 769

223 Bet 1m~" Melhor comc vocêe

9.3.4 PO/PB 4.04 - Habitat Natural

9.3.4.1 Avaliação dos Impactos

A conservação de habitats naturais, como outras medidas que protegem e melhoram o ambiente, é essencial para o desenvolvimento sustentável a longo prazo. Conseqüentemente, o Banco, apóia a proteção, manutenção e reabilitação dos habitats naturais e as suas funções nos seus estudos econômicos e setoriais. O Banco apóia e espera que os mutuários tratem cuidadosamente a gestão dos recursos naturais, a fim de assegurar oportunidades para o desenvolvimento ambientalmente sustentável.

A política de Salvaguardas do Banco considera como habitat natural crítico aqueles:

* protegidos legalmente; * propostos oficialmente para serem protegidos;

* desprotegidos mas com alto valor ambiental 1

Pelo fato de existirem intervenções em áreas de preservação permanente (faixas de 30 m de cada lado do leito sazonal dos cursos d'água, declaradas de preservação permanente pelo Código Florestal e pela Legislação de política florestal e de biodiversidade do Estado de Minas Gerais), foi realizado um trabalho para identificar as espécies vegetais presentes nas margens dos córregos onde serão implantadas as avenidas sanitárias e foram recomendadas medidas de recuperação da área após término das obras. O trabalho constou de interpretação de imagens de satélite e de visitas às áreas para caracterização da cobertura vegetal e identificação das espécies existentes. Foram utilizadas imagens IKONOS (Pan Shared, resolução espacial lm, obtida em Julho de 2000) cedida pelo geoprocessamento da Prefeitura Municipal de Betim.

Este trabalho, cujos resultados são apresentados no quadro 9.1 1, possibilitou realizar uma avaliação dos prováveis impactos resultantes das intervenções propostas no Programa nestas áreas e na sua vegetação atual. Para a caracterização das áreas foram adotados os seguintes critérios:

* Área de preservação permanente (APPs): caraterizadas de acordo com o Código Florestal;

1 ver a definição do Banco em P.O. 4.04, Anexo A, Parágrafo l.(b) 224 Betim 'u Melhor com você * Áreas Antropizadas: áreas já ocupadas por atividades urbanas típicas como: sistema viário, casas, quintais de casas, equipamentos urbanos, lotes já cercados e áreas com sinais de ação humana e sem vegetação; * Áreas com vegetação herbácea-arbustiva: áreas com exclusividade ou predominância de vegetação de gramíneas e de arbustos de pequeno porte; * Áreas com vegetação arbórea-arbustiva: áreas com exclusividade ou predominância de vegetação arbórea e de arbustos de maior porte;

225 Betimt'~ Melhor com voce

Quadro 9.11

CARACTERIZAÇÃO DAS APPs

EMPREENDIMENTO ÁREAS EXISTENTES (m2) APPs Antropizada (b/a) Veg. Herbácea/ (cia) Veg. Arbórea 1 (dia) ______Arbustiva Arbustiva I (a) (b) % (c) %_ T (d) r_% AV. BETIM 2 52.254 11.440 21,9 16.305 31,2 24.509 46,9 PARQUE. INGA 115.809 1.537 1,3_ 59.000 50,9 55.272 47,7 PARQUE POÇÕES 52.320 8.094 15,5 4.048 7,7 40.178 76,8 AVENIDA SÃO PAULO 101.945 67.238 66,0 29.438 28,9 5.269 5,2 AVENIDA PORTO ALEGRE 88.418 43.387 49,1 34.712 39,3 10.319 11,7 AVENIDA BIBOCAS 64.875 2.699 4,2 53.130 81,9 9.046 13,9 AVENIDA JOSE INACIO 122.788 55.270 45,0 11.752 9,6 55.766 45,4 AVENIDA MIOSOTIS 40.475 25.541 63,1 14.934 36,9 o 0,0 AVENIDA IMBIRUÇU 159.198 102.066 64,1 42.716 26,8 14.416 9,1 AVENIDA ACACIAS 12.849 4.947 38,5 7.902 61,5 o 0,0 AVENIDA PEDRA AZUL 56.874 42.532 74,8 |o 0,0 14.342 25,2 BD IMBIRUÇU 86.402 43.877 50,8 34.869 40,4 7.656 8,9 BD PAULO CAMILO 44.678 o 0, o 0,0 44.678 100,0 BD FAYAL 56.436 3.464 6,1 52.972 93,9 o 0,0 BD VIA EXPRESSA 22.871 o 0, 20.091 87,8 2.780 12,2 BD1 -AREIAS 68.512 33.493 48,9 35.019 51,1 _o 0,0 TOTAL 1.146.704 445.5851 38,9 416.8881 36,4 284.231 24,8

226 Betii Melhor com vocá

Quadro 9.12

Intervenções nas APPs

EMPREENDIMENTO Área Total Area Antropizada (m2) Vegetação Herbácea-Arbustiva (m2) Vegetacão Arbórea- Arbustiva (m2) APPs (m2) Exist. Preserv. Afetada (d/a) (d/b) Exist. Preserv. Afetada (gLa) (g/e) Exist. Preserv. Afetada (jla) Olh) (a) (b) ( c) (d) % % (e) (f) (g) % % (h) (i) ) |/ % % AV. BETIM 2 52.254 11.440 6.496 4.944 9, 43,213 16.305 7.359 8.946 17,1 54,9 24.509 7.655 16.854 32,31 68,8 PARQUE. INGÁ 115.809 1.537 o 1.537 1,3 100 59.000 54.000 5.000 4,3 8,' 55.272 55.272 o 0,0 0,0 PARQUE POÇÕES 52.320 8.094 o 8.094 15,5 100 4.048 3.048 1.000 1,! 24,7 40.178 40.178 o 0,0 0,0 AV. SÃO PAULO 101.945 67.238 33.112 34.126 33,5' 50,754 29.438 3.460 25.978 25,5 88,2 5.269 2.306 2.963 2,9 56,2 AV. PORTO ALEGRE 88.418 43.387 29.387 14.000 15,8 32,268 34.712 8.256 26.456 29,9 76,2 10.319 4.266 6.053 6,8 58,7 AV. BIBOCAS 64.875 2.699 2.131 568 0,9 21,045 53.130 7.164 45.966 70,9 86,5 9.046 1.477 7.569 11,7 83,7 AV. JOSÉ INÁCIO 122.788 55.270 36.819 18.451 15,C 33,383 11.752 3.532 8.220 6, 69, 55.766 22.949 32.817 26,7 58,8 AV. MIOSÓTIS 40.475 25.541 17.289 8.252 20,4 32,309 14.934 5.974 8.960 22,1 60,0 o o o 0,0 0,0 AV. IMBIRUÇU 159.198 102.066 40.367 61.699 38,8 60,45 42.716 10.002 32.714 20,5 76,6 14.416 7.524 6.892 4,3 47,8 AV. ACÁCIAS 12.849 4.947 4.947 (_ 0,0 o 7.902 3.902 4.000 31,1 50,6 o o o 0,0 0,0 AV. PEDRA AZUL 56.874 42.532 9.473 33.059 58,1 77,727 o o o 0,( 0, 14.342 7.842 6.500 11,4 45,3 BDIMBIRUÇU 86.402 43.877 2.759 41.118 47,6 93,712 34.86 5.069 29.800 34,5 85,5 7.656 o 7.656 8,9 100,0 BD PAULO CAMILO 44.678 o o o 0,0 o o o o 0,( 0, 44.678 14.726 29.952 67,0 67,0 BD FAYAL 56.436 3.464 o 3.464 6,1 100 52.972 3.420 49.552 87,8 93,5 o o o 0.0 0,0 BD VIA EXPRESSA 22.871 o (_ o 0,0 0 20.091 2.573 17.518 76,6 87,2 2.780 o 2.780 12,2 1000

BD 1 -AREIAS 68.512 33.49' 1.493 32.00( 46,7 95,542 35.01 _ 35.019 51,1 100,C o o o 0,0 0,0 TOTAL 1.146.704 445.585 184.273 261.3121 22,8 58,645 416.888 117.759 299.12 26, 71,81 284.231 164.195 120.036 10,5 42,2

227 Ebet i Melhor com você #

A avaliação dos resultados do quadros 9.11 e 9.12 conduzem às seguintes conclusões:

* A área total caracterizada como APP com interferência do Programa é da ordem de 114,7 ha, ou seja 0,6 % da soma da área urbana e de expansão urbana da cidade; esta área já está praticamente toda loteada mediante projetos de parcelamento aprovados há muitos anos atrás, mas se encontra apenas parcialmente (39%) ocupada por atividades urbanas que a descaracterizaram; é uma área muito pressionada para sua ocupação face à sua situação na malha urbana; será fatalmente ocupada regular ou irregularmente se não forem tomadas providências específicas de controle e tratamento dos fundos de vale; apenas medidas regulatórias são insuficientes para sua proteção, como se pode constatar pela quantidade de famílias que vivem hoje em áreas de favelas em sítios semelhantes e até muito piores e inseguros em todos os municípios da aglomeração metropolitana;

* A área com cobertura vegetal nas APPs é de 70,1 ha (61,2 % do total da APP), sendo 41,7 ha de vegetação herbácea-arbustiva (36,4 % do total da APP) e 28,4 ha de vegetação arbórea-arbustiva (24,8 % do total da APP );

* As intervenções do Programa, no seu conjunto, afetam 42 ha de vegetação, sendo 72 % das áreas com vegetação herbácea-arbustiva e 42 % das áreas com vegetação arbórea-arbustiva; * Finalmente, considerando o impacto na vegetação de maior porte (arbórea-arbustiva), a interferência atinge 12 ha, o que representa 10,5 % da área das APPs.

9.3.4.2 Caracterização da Vegetação

Foram realizados, também trabalhos de caracterização das espécies arbustivas predominantes nas áreas de APPs. As áreas situam-se às margens dos cursos d'água, onde estão sendo propostas intervenções de tratamento urbanístico e de saneamento, de acordo com o Projeto de Revitalização Urbana e Recuperação Ambiental da Bacia do Rio Betim. Os córregos encontram-se degradados e bastante poluídos, por receberem grande carga de efluentes, principalmente esgoto doméstico, lançado in natura, proveniente da ocupação urbana desordenada, em área de preservação permanente.

Nos levantamentos efetuados foram observadas ocorrências de intervenções locais que alteraram a paisagem natural, tais como retirada da vegetação nativa e construção de moradias próximas aos cursos d'água, introdução de espécies vegetais exótica, deposição de entulho e lixo nos cursos d'água, retificações do curso d'água em alguns pontos, erosão e assoreamento.

A vegetação de galeria, objeto deste levantamento, são as formações florestais às margens de linhas de drenagem, localizadas nos fundos dos vales ou nas cabeceiras de drenagem (Ratter et aí., 1973). Essa fisionomia não apresenta queda de folhas evidente durante a estação seca, sendo quase sempre margeada por faixas de vegetação não florestal (Ribeiro & Walter, 1998).

228 Bj,eu,tai Melhor com você 0`

Esta vegetação desempenha importantes funções, sendo seus principais benefícios: reter grandes quantidades de sedimentos contribuindo para manter a qualidade das águas, manter a estabilidade dos barrancos, fornecer habitat e alimento para a fauna.

Foram identificadas 17 espécies arbóreas, 6 herbáceas e 3 arbustivas pertencentes a 17 famílias. Destacam-se as espécies mamona (Ricinus communis), leucena (Leucaena leucophefala) e Sangra d' água (Croton urucurana), com ampla distribuição na maioria das áreas visitadas.

Constatou-se, durante a visita, a ocorrência de espécies típicas de mata mesófila, semidecíduas e decíduas como o ingazeiro (Inga uruguensis) e sangra d'água (Croton urucurana).

Existem também espécies nas áreas que oferecem frutos para a fauna aérea e terrestre, como a goiabeira (Psidium guajava) e o angico (Anadenanthera macrocarpa). A presença de espécie arbórea como Inga sp indica locais sujeitos a enchentes sazonais.

Apesar das áreas estarem degradadas, a vegetação local dá suporte à fauna e se destaca na qualidade e quantidade de espécies vegetais arbóreas e arbustivas no sub-bosque, típicas de áreas de regeneração natural, dificilmente encontradas em locais onde a regeneração se deu por plantios artificiais. Como exemplo pode-se citar a embaúba (Cecropia pachystachya). Destaca-se a presença de um número elevado de espécies pioneiras.

229 JLM--

Melhor com você

Quadro 9.13

Espécies Pertencentes à Mata de Galeria Local

Nome Vulgar Espécie Família Porte Lobeira Solanum lycocarpum Solanaceae Arbóreo Pimenta de macaco Xylopia aromatica Annonaceae Arbóreo Flamboyant Delonix regia Leguminosae Arbóreo Embaúba Cecropia pachystachya Cecropiaceae Arbóreo Guaparuvu Schizolobium parahyba Legum inosae Arbóreo Sangra d'água Croton ucucuruna Euphorbiaceae Arbóreo Leucena Leucaena leucocephala Leguminosae Arbóreo Lírio do brejo Hedychium coronalium Zingiberaceae Herbáceo Unha de gato Macfadyena unguis-cati Bignoniacae Herbáceo Cedro Cedrela fissilis Meliaceae Arbóreo Grama batatais Paspalum notatum Poaceae Herbáceo Cinamomo Melia azedarach Meliaceae Arbóreo Goiabeira Psidium guajava Myrtaceae Arbóreo Inga Inga uruguensis Leguminosae Arbóreo Acrocot Palmae Copaífc Legumino CcwlicluQ .. .;ra .... Ipomea c- Convolvula... v áceo VcdUiia Wedelia pêí i,ia ComposiLta._ Hrbáceo Mamona Ricinus communis Euphorbiaceae Arbustivo Braquiara Brachiaria sp. Poaceae Herbáceo Assa- peixe Cacalia aplica Asteraceae Arbustivo Mangueira Mangífera indica Anacardiaceae Arbóreo Licuri Syagrus coronata Palmae Arbóreo Banana Musa ssp. Museacea Arbustivo Eucalipto Eucalyptus sp Myrtaceae Arbóreo Chorão - ereto Salix nigra Salicaceae Arbóreo

230 BetimMehrcm vo Melhor com voce

9.3.4.3 Avaliação

Inicialmente é necessário considerar que a legislação que protege estas áreas estabelece procedimentos para que as mesmas possam ser utilizadas no desenvolvimento urbano, considerando a sua inserção em áreas urbanas. A Administração Municipal tomou as medidas requeridas legalmente para permitir as intervenções previstas, mediante licenciamentos ambientais, autorizações do órgão florestal competente e outorga de uso de água. Assim agindo o Município procurou garantir a legalidade de suas ações. Está, no entanto, providenciando revisão, na fase final de elaboração, dos projetos cujos impactos são mais significativos, buscando otimizar os traçados das vias propostas, de modo a minimizar os impactos na vegetação ciliar das APPs. Estes estudos deverão cuidar para que modificações não ocorram em detrimento de outra salvaguarda tão ou mais importante que esta, qual seja a remoção de famílias de suas atuais moradias.

Algumas considerações gerais sobre a política geral de preservação da vegetação pelo Município são importantes na abordagem mais ampla do tema. São Elas:

* O Plano Diretor do Município estabelece zoneamento para áreas de interesse ambiental num total de 2.100 hectares, o que representa cerca de 21 % da área urbana; * Dentre as áreas de interesse ambi-ntal s?lientam-sp P. AIA-IV dpc'imrfrs ^ Prriic X"hanos, num total de 400 hectarcs; não esL c;,k c'j -- , l ,;icaçãc- _das ao patrimônio público nos processos d.: -ccL,to Uw'--,no; as c:, ' pela bacias de detenção BD Areias e BD ImK., ;J rcsE v. - ma redu - ^, • Encontram-se implantados e em processo de im , tc..c os parqu.. C cl - - Dias, Parque das Acácias e Felisberto Neves; * O Projeto está propondo a implantação dos Parques: Ingá, Poções e Jardim Perla; * O Projeto está propondo um programa de recuperação de vegetação ciliar. Finalmente há que considerar que estão previstas no Plano de Gestão Ambiental do Programa várias medidas de reforço da Política Municipal de Meio Ambiente e de estudos de novos instrumentos de gestão ambiental, entre os quais se salientam pela sua relação com a proteção de áreas de recarga e de vegetação, o Plano Diretor Municipal de Meio Ambiente e o Programa de Áreas de Preservação Ambiental e Planos de Manejo. O Plano Diretor de Meio Ambiente tem os objetivos gerais de: * Promover a melhoria da Política e Gestão Ambiental Urbana do município;

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* Formular o Plano Municipal de Meio Ambiente em conformidade com os planos setoriais, Agenda 21 Local, o Plano de Desenvolvimento Municipal de Betim, e em atenção à Municipalização da Gestão Ambiental (resoluções Conselho Nacional do Meio Ambiente -CONAMA, e Conselho Estadual de Política Ambiental - COPAM). O Programa de Áreas de Preservação Ambiental e Planos de Manejo compreende a definição das áreas de preservação ambiental na bacia do rio Betim e a elaboração dos respectivos instrumentos de gestão. Em especial, prevê-se a: a) consolidação das áreas já existentes na bacia do rio Betim, b) consolidação dos parques urbanos lineares já previstos no âmbito do Programa de Revitalização Urbana e Recuperação Ambiental do Rio Betim; c) o estudo de criação de unidades de conservação, de acordo com a legislação do SNUC - Sistema Nacional de Unidades de Conservação (APAs, ARIEs, etc.), em especial: (i) a montante da ocupação urbana no riacho das Areias (montante da barragem de detenção Fayal); (ii) trecho a montante da ocupação urbana do rio Betim e a barragem de Várzea das Flores; e d) elaboração dos planos de manejo das unidades de conservação a serem criadas.

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9.4 Salvaguardas não acionadas pelo Programa

As seguintes salvaguardas foram analisadas, entretanto não possuem relação com o Programa:

PO 4.09 Gestão de pragas PO 4.20 Povos indígenas PO 4.36 Atividades florestais PO 11.03 Propriedade cultural PO/PB 7.50 Projetos em vias navegáveis internacionais PO/PB 7.60 Projetos nas áreas em litígio

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Equipe Técnica

Prefeitura Municipal de Betim Cleide Isabel Pedrosa Rogério Drumond Cleunice Xavier Formigli Alves

Consultoria Benício de Assis Araújo Marilene Cristina Lopes Benício de Assis Araújo Júnior Gustavo Lage Nascimento Luis Fernando Araújo Sebastião Virgilio A. Figueiredo Fernanda de Castro Figueiredo

OBS:O trabalho foi acompanha do pelo Consultor do Banco Mundial o Sr.Alexandre Fortes