FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: O Conhecimento Estético e Artístico da Arte na sala de aula. Autor Aparecida Fatima Forte de Oliveira Escola de Atuação CEEBJA – Guimarães Município da escola Paranavaí Núcleo Regional de Paranavaí Educação Orientador Marcos Cesar Danhoni Neves Instituição de Ensino Universidade Estadual de Maringá Superior Disciplina/Área (entrada no Arte PDE) Produção Didático- Sim pedagógica Relação Interdisciplinar Sim (matemática, física, biologia, informática) (indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho) Público Alvo Alunos (indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: professores, alunos, comunidade...) Localização CEEBJA Newton Guimarães (identificar nome e endereço Rua: Bahia, nº da escola de Centro implementação) Apresentação: Com o aparecimento dos meios tecnológicos ganhando (descrever a justificativa, a cada dia mais espaços, é natural que os artistas objetivos e metodologia contemporâneos buscam novas soluções e formas de utilizada. A informação expressão nesses novos sistemas, pesquisando várias deverá conter no máximo possibilidades de união entre arte e computadores. Com 1300 caracteres, ou 200 a articulação do conhecimento estético e artístico da Arte palavras, fonte Arial ou Fractal se materializa nas representações artísticas, que Times New Roman, busca recursos na tecnologia e no lúdico para se tamanho 12 e espaçamento consolidar, diferente da arte tradicional. É um ensino que simples) deve ser fundamentado, pois amplia os conhecimentos e experiências do aluno, aproximando-o das diversas representações artísticas do universo cultural historicamente constituído pela humanidade. Palavras-chave (3 a 5 Arte Fractal, Fractal, Artístico, Estético. palavras)

Produção Didático-Pedagógica

Imagem da autora, 2011

O conhecimento Estético e Artístico da Arte Fractal na Sala de Aula.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE PARANÁ GOVERNO DO ESTADO

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

Professor PDE: Aparecida Fatima Forte de Oliveira

Área PDE: Conhecimento na Disciplina de Arte

NRE: Paranavaí

Professor Orientador IES: Marcos César Danhoni Neves

IES vinculada: Universidade Estadual de Maringá – UEM

Escola de Implementação: CEEBJA Newton Guimarães – EJA

Público objeto da intervenção: Alunos

FORMATO: Unidade Didática

TEMA: O Conhecimento Estético e Artístico da Arte Fractal na sala de Aula.

JUSTIFICATIVA:

São impressionantes as transformações cada vez mais velozes que ocorrem nos movimentos e períodos artísticos, principalmente a partir do século XX. Com a revolução provocada pela informática iniciaram-se notáveis mudanças que refletiram indiscutivelmente na arte. Os processos de criação na sala de aula são articulações entre saberes historicamente construídos dentro de determinada cultura. As transformações e experiências com novas técnicas e materiais na criação artística

na pintura, escultura, arquitetura, dança, teatro, música e também na produção da Arte Fractal, rompem com tradições seculares e expressam ideias inteiramente novas a cada momento. A construção do conhecimento da arte se efetiva na relação entre o estético e o artístico que se materializam nas representações artísticas. Estes conhecimentos são interdependentes entre si. O ensino da arte deve ser teoria, metodológica e instrumentalmente fundamentado, pois amplia os conhecimentos e experiências do aluno, aproximando-o das diversas representações artísticas do universo cultural historicamente constituído pela humanidade. (PARANÁ, 2008) Na produção dos fractais, objeto de estudo do presente trabalho, além da necessidade de fórmulas e cálculos matemáticos necessita-se também do computador para gerar as belas imagens dos fractais. O resultado é obtido na tela do computador, sendo mais um rico e interessante suporte usado nos meios expressivos da arte, que acompanha uma linguagem universal. A arte acolhe essas conquistas positivamente procurando encontrar significado para tudo o que está a sua volta. Atualmente a arte é considerada uma área do saber, uma disciplina com origem, história, assim como em qualquer outro ramo do conhecimento. Com o aparecimento dos meios tecnológicos ganhando a cada dia mais espaços, é natural que os artistas contemporâneos buscam novas soluções e formas de expressão nesses novos sistemas, pesquisando várias possibilidades de união entre arte e computadores. Mas antes de todo este processo no ensino da Arte Fractal, deverá buscar o conhecimento estético em outros campos do conhecimento como a matemática, ciência e tecnologia. Mas para a forma de organização e estruturação do trabalho artístico é necessário buscar referências: na produção artística de artistas como Escher, Vasarely, Pollock; na própria natureza; nas raízes históricas e sociais que subsidiam a produção, o saber ci’entifico e o nível técnico. Todos alcançados na experiência com materiais, na AF seria pelo menos o domínio básico dos recursos tecnológicos, no caso o computador. Além desses conhecimentos os artistas, ao produzirem suas obras artísticas, deverão considerar a sensibilidade no processo criativo que será de fundamental importância para a qualidade artística e estética da Arte Fractal. Assim, será produzida uma grande interferência tanto pessoal como subjetiva em suas produções, atribuindo a elas cores a partir das tonalidades presente nas gradações

de cores modificando formas de suas geometrias existentes nos programas, dando um novo significado, através das emoções, sentimentos e sensibilidade, resultando em efeitos harmoniosamente belos. Ao apreciar uma imagem, o aluno interage com o contexto, que envolve a localização no tempo histórico e no espaço, o tema, o motivo, os significados, a crítica e a estética que contribuem e auxiliam na compreensão das produções artísticas. No momento da apreciação de uma obra de arte esses aspectos interagem fluidicamente, entendendo que ela foi percebida, sentida e o significado de sua forma e da produção artística é automaticamente relacionada à sua vivência e percepções. Segundo Ana Mae Barbosa, é imprescindível para que os conteúdos de arte na escola tenham sucesso no resultado, é importante esclarecer sobre a importância da história da arte, da estética e do fazer artístico como interrelação da forma e do conteúdo. (BARBOSA, 2002) Frente à disponibilidade de novas tecnologias, o professor necessita incorporar na sua prática pedagógica o uso de novas ferramentas. E o recurso de que temos acesso hoje são fontes excelentes como apoio pedagógico para o processo ensino/aprendizagem. Não que ele, o recurso tecnológico, por si só garanta ferramenta de apoio. Praticamente todas as atividades propostas, acompanham indicações de sites interessantes tanto para pesquisas teóricas, quanto para audições e vídeos.

OBJETIVOS GERAIS:

- Oportunizar o conhecimento estético e artístico da Arte Fractal, possibilitando com que esta arte faça parte do cotidiano do educador e, principalmente, do educando, deixando de ser uma mera atividade do fazer por fazer, tingida de incompreensível e distante da realidade; - Promover reflexões sobre o ensino da arte, que deverá estar em consonância com a contemporaneidade, utilizando-se de recursos tecnológicos e outros para o estudo e produção da Arte Fractal; - Promover a transdisciplinaridade: arte e geometria num ensino caracterizado hoje essencialmente pela divisão cartesiana do conhecimento.

PROCEDIMENTOS:

 Conteúdo: Teorizar, conhecer e discutir a Arte Fractal, a evolução tecnológica como recursos na produção artística, relacionando características de imagens repetitivas, auto semelhanças e com dinamismos nas obras de artistas como Pollock, Escher e Vasarely, fazendo uma relação com os respectivos movimentos e períodos de cada artista, possibilitando ao aluno um diálogo com o mundo em determinada época.

 Objetivos específicos: - Realizar estudos teóricos sobre os fractais, com um olhar especial sobre os conhecimentos estético e artístico de cada produção; - Sentir e perceber as formas, cores, texturas e outros elementos da Arte Fractal; - Utilizar da tecnologia e outros recursos, para gerar a produção da Arte Fractal; - Construir vários objetos como p.ex. o caleidoscópio para apreciar diferentes e múltiplos efeitos; - Destacar obras de artistas de diferentes épocas, que desenvolveram trabalhos com estilos e características da Arte Fractal; - Realizar reflexões as novas práticas em mídias digitais através dos novos conceitos estéticos; - Explorar possibilidades de criação por meio do uso destas novas ferramentas digitais.

 Encaminhamento metodológico: Na DCE de Arte no encaminhamento metodológico são essenciais três momentos da organização pedagógica:

- Teorizar, fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos.

- Sentir e perceber, são as formas de apreciação, fruição e leitura e acesso à obra de arte.

- Trabalho Artístico, é a prática criativa o exercício com os elementos que compõe uma obra de arte. (PARANÁ, 2008)

Ao trabalhar com o aluno o conceito de Arte Fractal dentro da área das artes visuais, como uma forma artística que aprofunda e transforma sua visão de mundo, podemos fazer uma vivência do conteúdo através dos seguintes questionamentos:

a) Você sabe o que é Fractal? b) Onde podemos encontrar os fractais? c) Você já tinha visto algumas imagens da Arte Fractal? d) Você sabe como gerar uma imagem da AF parte? e) Devido à forma de como a AF é gerada, você considerada como Arte? Por quê? f) O que você gostaria de saber sobre a AF?

Para um melhor entendimento dos conteúdos, sugerimos o encaminhamento metodológico abaixo descrito:

Fractal: Um fenômeno visual

A geometria fractal é um ramo da Matemática e que vem tendo enorme aplicação em outras áreas como na medicina, biologia, meteorologia etc. A geometria fractal constitui-se de formas caracterizadas pela repetição de um determinado padrão com ligeiras e constantes variações. Essa geometria foi nomeada pelo matemático francês, de origem judaica polonesa, (1924), na década de 70 do século XX, que foi aplicada em ciência tecnologia e arte gerada por computador. Em nosso cotidiano defrontamo-nos com os fractais naturais, basta somente observarmos as montanhas, nuvens, rios e seus afluentes, os sistemas de vasos sanguíneos etc. A palavra “fractal” vem do latim, adjetivo fractus do verbo frangere

que significa “quebradiço” ou “irregular”. Os fractais estão praticamente em quase tudo que nos rodeia, nas formas do micro e macrocosmos, na flora, fauna no relevo das regiões, nos fenômenos da natureza e na formação do universo. A geometria fractal pode ser útil para descrever diversos fenômenos da natureza, onde não podem ser utilizadas as geometrias tradicionais (geometria euclidiana) como explica Mandelbrot, ”nuvens não são esferas, montanhas não são cones, continentes não são círculos, um latido não é contínuo e nem o raio viaja em linha reta” (MANDELBROT, 1993). Existem indicações de que os fractais já eram conhecidos antes do século XX, Mandelbrot considerado o pai dos fractais, somente desenvolveu a noção de fractal. Para entender melhor pegamos p. ex. a couve-flor, (FIGURA 1) arrancando em vários pedaços. Certificaremos que cada parte se parece com a hortaliça inteira. Nota-se que a forma do todo é semelhante a si mesma em todos os níveis de escalas.

Figura 1: Couve-flor Fonte: Foto da autora, 2011

A natureza apresenta-se em nível de complexidade infinita e completamente diferente das formas mais simples da geometria euclidiana. Foi através dessa complexidade das formas naturais, é que Mandelbrot, sentiu-se motivado a estudar as formas naturais que a geometria euclidiana não consegue explicar. Com a abordagem do estudo da geometria fractal desenvolveu-se uma nova ciência, a Teoria do Caos. De acordo com a teoria um objeto fractal é qualquer coisa cuja forma seja totalmente irregular, interrompida ou descontínua. Podemos enumerar na natureza infinitos exemplos de fractais tais como: samambaias, brócolis, caracóis, couves-flor, sistema de brônquios, contornos das nuvens, costas litorânea, estruturas de pedras, desenhos das montanhas, galáxias,

na astronomia, fenômenos climáticos etc. As imagens abaixo utilizadas foram retiradas do portal Dia-a-Dia da Educação” e outras da própria autora.

Figura 2: Pavão macho Figura 3: Galáxia Fonte: Fotos Portal dia-a-dia, 2011

Figura 3: Caracóis Figura 4: Cactus Fonte: Fotos da autora, 201 Fonte: Foto da autora, 2011

Os fractais e a arte

Quando nos referimos à geometria fractal estamos também nos referindo ao estudo dos fractais, que está intimamente ligado a uma ciência chamada “Caos”. Com a existência do belo nos fractais, a arte tem o privilégio de possibilitar e desenvolver o senso estético com estudo da arte aplicado à construção de fractais com ajuda de programas de computadores. Não se deve esquecer, porém, que a criação artística exige, por parte do artista, emoção, sensibilidade e criatividade.

Ambas, Geometrias Fractal e Caos se desenvolveram principalmente pelo rápido aprimoramento das técnicas computacionais; a primeira teve e tem poderoso propulsor o seu inegável apelo estético, daí sua entrada no domínio das artes (BARBOSA, 2005, p.09).

Nos fractais clássicos como o conjunto de Cantor, criado por George Cantor, possivelmente seja o primeiro objeto reconhecido como fractal durante o século XIX. A curva de Koch, também conhecida por Floco de neve de Koch, possibilitou Mandelbrot calcular a distância da costa litorânea da Grã Bretanha. A curva de Koch

é considerada um sistema infinito, isto é, se repetirmos esse processo ao infinito ele tornar-se-á cada vez mais detalhado. Estes fractais juntamente com a Cesta ou Triângulo de Sierpinski, por intermédio de interações, obtemos figuras indistinguíveis das anteriores numa escala menor, o que caracteriza uma auto-semelhança. Observe as etapas das interações da curva de Koch (Floco de Neve Koch de) abaixo:

Figura 6 Figura 7 Figura 8 Figura 9 Fonte: Portal dia-a-dia educação

Figura 10 Figura 11 Figura 12 Figura 13 Fonte: Portal dia-a-dia educação

Figura 14

O caos colorido de Pollock, seguindo o ritmo da natureza

Jackson Pollock (1912-1956), um pintor norte americano nascido na cidade de Cody, estado de Wyoming. Em suas obras utilizava a técnica conhecida como “dripping” que significa gotejamento. Esta técnica consiste em respingar tintas sobre determinadas superfícies (suporte gigante ao chão), obtendo traços escorridos e espalhados. Suas obras possuem um caos colorido e calculado, onde os pingos de tintas, em distintas composições, formam um caleidoscópio de texturas e emoções variadas. Além das mãos, ele utilizava também pedaços de madeiras e escovas de dente. Com gestos instintivos, seguindo o ritmo da natureza, molhava as mãos na tinta, de maneira estranha e inquietante, lembrando os pintores do período da Pré- história, que empregavam esta mesma técnica, nas paredes das cavernas. O próprio Pollock afirmava que pintava suas obras e que estas eram baseadas no ritmo da natureza. Demonstrava essa realidade através de traços contorcidos de cores que se entrelaçavam em formas espirais, redemoinhos de tintas como retrata em sua

obra “Blues Poles Number11” (Figura 14) de 1952. Esta obra foi analisada com ajuda de computador pelo físico Richard P. Taylor no qual foi comprovada esta questão. Usava como suporte para sua pintura papel impermeável, pois era muito difícil encontrar tela de pano, devido à dimensão imensa que utilizava.

Figura: 14

Pollock, Blues Poles Number11, 1952. Fonte: http://nga.gov.au/Pollock/index.cfm

Sugestões de sites sobre a vida e obras de Pollock.

http://artsearch.nga.gov.au/Detail.cfm?IRN=36334 http://pt.wi kipedia.org/wiki/Jackson_Pollock http://serurbano.wordpress.com/2008/09/09/jackson-pollock/

http://www.storm-magazine.com/novodb/arqmais.php?id=518&sec=&secn=

Mas como gerar um programa de computador para produzir Arte Fractal?

Não é difícil! Ao contrário, é muito simples e divertido. Primeiro, podemos inventar uma equação qualquer, aplicar a interação e, finalmente, conseguir as suas próprias imagens. Esta descoberta chamou a atenção de artistas nos últimos anos. Mas não devemos esquecer que a maioria das equações produzem imagens banais, sendo geralmente necessário um grande número de tentativas para chegar a um resultado satisfatório para a produção do artista (JANOS, 2005, p.91).

Mas é possível gerar fractais, sem ter noção de cálculos da matemática?

Graças aos programas de computador como: Fraqtive, Nfract -1.0, e Ultrafractal, Chaos Pro, Mysticfractal etc. é possível produzir a Arte Fractal sem requerer qualquer conhecimento de cálculos de matemática, esses programas possibilitam gerar imagens de grande impacto visual, que até podem ter um acabamento final, manipulados pelo Clip-art, photoshop.

Figura: 14 Mandelbrot Fonte: http://thechroniclesofacreep.blogspot.com/2010/10/rip-benoit-mandelbrot.html. Acesso em: 10 mai. 2011.

Figura: 15 Conjunto de Mandelbrot Fonte: Portal dia-a-dia educação

Sugestões de sites:

http://arthurdisegna.blogspot.com/2010/05/arte-dos-fractais.html

http://www.fractal.art.br/

Os fractais abaixo foram produzidos por intermédio do programa Fraqtive, baixado pelo site BAIXAKI (www.baixaki.com.br) na internet. Todos, seguramente, poderão criar os seus fractais com estes conjuntos de Benoit Mandelbrot, conhecido também como conjunto de Julia (Figura 15).

Figura: 16 Figura: 17 Figura: 18 Figura: 19 Fonte: Imagens da autora, 2011.

Artistas da Arte Fractal

Atualmente existem vários artistas contemporâneos adeptos do movimento tecnológico da Arte Fractal (daqui por diante, AF). Fractais gerados por programas de computadores. Um dos artistas que se destacam em nível internacional é a artista Kerry Mitchell. Segundo ela, AF é um gênero relacionado aos fractais, formas ou conjuntos caracterizados pelas auto semelhanças (pequenas partes da imagem são semelhantes à imagem inteira) e por uma infinita quantidade de detalhes, em todas as escalas. Fractais são tipicamente criados em computadores digitais através de um processo numérico iterativo. No Brasil o artista precursor da AF foi Domenico Calabrone (1928-2000) escultor, pintor, gravador, designer de joias, cenógrafo na década de 80 interessa-se pela Arte Fractal. Existe também o Grupo Fractarte. Logo abaixo temos obras da AF, que estão disponíveis no portal dia a dia da educação do estado do Paraná.

Figura: 20 Figura: 21 Figura: 22 Figura: 23 Fonte: Portal dia-a-dia educação

O professor Arlindo Machado apresenta a opinião da artista norte-americana Kerry Mitchell no “Manifesto da Arte Fractal” sobre a relação da AF e da tradicional:

A artista fractal Kerry Mitchell define ainda em seu “Manifesto da Arte Fractal” três itens cruciais para se criar a arte fractal, para ela, os artistas fractais são tão capazes quanto os tradicionais, da mesma forma que um fotógrafo consegue expressar ideias e emoções através do jogo de luz e sombras o artista fractal é capaz de passar as mesmas sensações, uma vez que eles partilham da mesma tradição de artes visuais que os pintores. Disponível em: . Acesso em: 21 jun. 2011.

Destacamos aqui um projeto de pesquisa sobre imagens fractais liderado pelo professor Dr. Arlindo Machado. Este estudo é direcionado às imagens técnicas, produzidas por intermédio da tecnologia fotográfica e de cinemas. De acordo com o professor, a vantagem dos fractais é que é possível representar o caos presente na natureza e em tudo que nos cerca, inserindo em um universo de paisagens regulares e euclidianas: o caos e a irregularidades. O artista da AF quando se propõe a produzir e a criar com o uso da tecnologia, nunca sabe ao certo qual será o resultado. Quem dita às regras, o caminho, é o fractal. Mesmo diante deste fato, caótico, AF não se afasta da arte tradicional. Ambas possuem características similares em relação ao resultado final.

A arte fractal ainda apresenta uma característica interessante que já era presente em correntes artísticas mais clássicas, um espectador que possua o arquivo com o parâmetro original do fractal e um programa para rende rizar a imagem passar da posição de mero contemplado, para autor, ele é capaz de alterar as formas, as cores e o jeito que o fractal ira se comportar, este lado interativo é uma propriedade bastante única da arte digital, porem, este lado da interatividade ainda tem muito que evoluir ainda [...] Disponível em: . Acesso em: 21 jun. 2011.

Sugestões de sites para conhecer outras obras e artistas da AF:

http://www.fractal.art.br/links.html

http://www.fractarte.com.br/

Obras Artísticas com características de fractais

Muitos artistas, em determinado período artístico, produziram em suas obras características dos fractais com motivos repetidos e auto semelhanças. Também tiveram a ousadia que acabaram por evidenciar a ruptura com os conceitos tradicionais da arte, colocando pela primeira vez a questão do fim da estética acadêmica. Entre eles podemos citar Escher, Jackson Pollock, Victor Vasarely e outros. Artistas do movimento abstrato como Wassily Kandinski, com o abstrato informal, realizava a aplicação espontânea de tinta à tela. Por outro lado, Piet Mondriam, com o abstrato formal, utilizava cores básicas e formas geométricas euclidianas. Ambos possuíam regras absolutamente claras tanto para construir ou pintar suas obras. Matematicamente todos os elementos eram construídos com total precisão. Na AF as produções artísticas só são possíveis graças a equações matemáticas, geradas através de programas de computadores.

ESCHER: O Gênio da ilusão de Ótica

Maurits Cornelis Escher, artista popular conhecido como o mestre da ilusão de ótica. Nasceu na Holanda em 1898, na cidade de Lewardens, era filho de um engenheiro hidráulico. Como outros gênios da humanidade não era um aluno brilhante, pois reprovou duas vezes. Em seus desenhos e gravuras destacava padrões geométricos repetitivos, demonstrando efeitos óticos e de espelhamento, além da reprodução em 3D realizada sobre uma superfície bidimensional. Desde criança Escher foi incentivado a aprender arte. Escher era ligado à carpintaria. Daí o

surgimento de seu gosto por trabalhar com madeira, que mais tarde foram úteis em seus trabalhos com Xilogravuras. Escher em suas gravuras nos deixa perplexos perante uma mesma imagem em que a realidade bidimensional e tridimensional se mistura. Com grande maestria criava gravuras que fazem com que um determinado ser assuma, simultaneamente, a forma bi e tridimensional. É o que poderemos observar nesta obra ímpar: Espelho Mágico (1946) e a interpretação do artista, em seguida:

Figura: 24

Escher, Espelho mágico (1946).

Sobre um chão ladrilhado está na vertical um espelho, donde nasce um animal de fábula. Pedaço a pedaço, ele aparece até que, animal completo, anda para a direita. A sua reflexão dirige-se para a esquerda, porém, prova ser igualmente real, pois atrás do espelho, ela aparece como realidade. Primeiro andam numa fileira, atrás uns dos outros, depois aos pares e, por fim, encontram-se as duas correntes numa fila a quatro. Ao mesmo tempo perdem a sua plasticidade. Como peças dum <> juntam-se, e preenchem reciprocamente os espaços intermédios e unem-se com o chão, sobre o qual está o espelho (ESCHER, 1994, p.11). Fonte: http://www.blogdacompanhia.com.br/2011/02/mc/. Acesso em: 24 jun. 2011.

Em suas obras, Escher expressa muito bem o seu encantamento pela ideia de infinito. Utilizou diagramas para explorar a possibilidade de representação do infinito, sobre uma superfície finita. Nestes estilos de criações em padrões, utilizava desenhos de pássaros, lagartixas, peixes, répteis, como exemplo a obra “Evolução

II” (1939).

Figura: 25 Escher, Evolução II (1939) Fonte: http://patisampaio.no.sapo.pt/development.htm. Acesso em: 24 jun. 2011

Inspiração na Obra de Escher, usando espelhos planos

Figura: 26 Figura: 27 Figura: 28 Figura:29 Figura:30 Fonte: Foto da autora, 2011.

Buscando uma relação com conhecimentos físicos, no caso, o espelho plano, ajudará os alunos a desenvolverem melhor a partir dos princípios clássicos da reflexão (prismas). O estudo da reflexão da luz em espelhos planos fornecerá propriedades básicas das imagens fornecidas por estes espelhos. Por mais que os alunos utilizem espelhos no seu dia a dia, há muita dificuldade em compreender duas características básicas das imagens fornecidas pelos espelhos planos: a propriedade de objeto e a imagem serem simétricos e enantiomorfos entre si. O objeto e a imagem nos espelhos planos são enantiomorfos por apresentarem uma inversão na forma da imagem da direita para a esquerda com relação ao objeto.

Figura: 31 Fonte: Foto da autora, 2011.

Fractais Gráficos (texturas gráficas)

Estes fractais gráficos foram criados a partir de pesquisas ao redor do ambiente do nosso dia a dia como ondas, folhas, nuvens, xadrez, detalhes em desenhos de embalagens, tecidos etc. O segredo é perceber e apreciador o que está ao seu redor, reproduzir pequenos detalhes do desenho e repeti-los com o mesmo ritmo, até os espaços serem totalmente preenchidos com caneta hidrográfica hora preenchendo com linhas retas, onduladas, espirais ou pintando com preto obtendo o efeito óptico que se deseja. Se quiser poderá acrescentar outras cores (policromáticas, contrastes). O resultado da produção é este abaixo: Observe as semelhanças e repetições das imagens.

Figura: 32 Figura: 33 Figura: 34 Figura: 35 Figura: 36 Figura: 37 Figura: 38 Figura: 39 Fonte: Foto da autora, 2011.

Figura: 40 Figura: 41 Figura: 42 Fonte: Foto da autora, 2011.

Vasarely: A Op Art estonteante e multidimensionais

Figura: 43 Figura: 44 Vasarely, Vegas (1957) Fonte: Foto da autora,2011 Fonte: http://www.op-art.co.uk/victor-vasarely/. Acesso em 24 jun. 2011.

Victor Vasarely (1908 – 1997) nasceu na Hungria, e mais tarde se mudou para Paris passando a fazer parte do grupo de artista da Op Art (Arte Óptica) e dos surrealistas que lá trabalhavam e estudavam. Suas obras são construídas por variações de círculos, quadrado e triângulos, por vezes com graduação de cores puras, para criar imagens abstratas e ondulantes.

Vasarely também foi um dos fundadores da Arte Cinética, pintor e escritor. O que mais atrai em suas obras é o emprego das figuras geométricas euclidianas, e o uso racional das cores branco e preto com padrões em xadrez, como p. ex. as obras “Vegas”, dando um jogo visual que gera vertigem no primeiro olhar, que é sem dúvida uma de suas marcas registrada. Mas além de serem geométricas outras obras, são também policromáticas, multidimensionais, que são caracterizadas pela impressão 3D, concedida as esferas e por cores contrastantes.

Sugestões de sites para saber mais detalhes da vida e obra do artista:

http://commons.wikimedia.org/w/index.php?title=Victor+Vasarely&uselang=pt

http://pintarpalavras.blogspot.com/2008/07/victor-vasarely-nascido-vsrhelyi-gyz.html

http://www.espacoarte.com.br/artistas/519-victor-vasarely

http://www.colband.com.br/ativ/nete/cida/arte/plas/plast98/h2-a.htm

http://estetica.awardspace.com/arte_op/op_artistas.html

http://tribarte.blogspot.com/2011_05_01_archive.html

Nestes links podemos encontrar conhecimentos sobre a vida e as obras de Vasarely com características multidimensionais em 3D, e também com outras características já vistas como p. ex. as obras “Vegas” em branco e preto. Crie cartões fractais seguindo as orientações abaixo: 1. Dobre um pedaço de folha de sulfite ao meio. 2. Faça cortes de comprimento de 2 cm a uma distância de cada meio e também de cada lado. 3. Dobre ao longo do segmento produzido pelas extremidades dos dois cortes. 4. Repita o processo de cortar e dobrar enquanto for possível. 5. Ao final, abra as dobras e empurre o fractal. Observe o passo a passo abaixo:

A ludicidade com fenômenos ópticos

Através de brinquedos como o caleidoscópio, mágiscópio, e outros, é possível a exploração de efeitos visuais simétricos, a multiplicação da imagem tanto no caleidoscópio como no magiscópio. Atividades envolvendo estes curiosos brinquedos possibilitam a interação do aluno com conceitos que existem em outros campos do conhecimento, resultando numa aprendizagem mais rápida e sólida. Ambas as imagens são chamadas Fractalscope, isto é, imagens com efeito do caleidoscópio adicionado. Observe as imagens:

Figura: 44 Figura: 45 Figura: 46 Figura: 47 Fonte: Fotos da autora, 2011

Figura: 48 Figura: 49 Figura: 50 Figura: 51 Fonte: Fotos da autora, 2011.

Acesse o site abaixo e responda a essas questões:

1.O que é um Caleidoscópio? 2.Para que serve um Caleidoscópio? 3.Quais as origens do Caleidoscópio? 4.Que materiais são necessários para construir um Caleidoscópio?

Acesse o site abaixo, e fique por dentro de todas estas questões: http://pt.scribd.com/doc/23628026/caleidoscopio

Magiscópio

Figura 52 Figura 53 Figura 54

Observe as figuras 52, 53 e 54 para confeccionar o seu Magiscópio.

Material 1 rolo de papelão de 40 cm de comprimento e com orifício com diâmetro de 2,5 cm para encaixar o prisma por dentro. 3 espelhos planos de 35 cm x 4cm de comprimento. 1 tubo de ensaio (encher com água, miçangas, lantejoulas, pedaços de plásticos coloridos). Fita adesiva para unir os espelhos, formando um prisma. 1 círculo com um orifício no centro. 1 círculo de papel (fosco) que pode ser vegetal, para colar no fundo do rolo. Procedimento - Junte os três espelhos por suas bordas, passe a fita adesiva para formar um prisma triangular. - Corte um triângulo de papel celofane ou papel vegetal transparente do mesmo tamanho que a extremidade do prisma formado e cole-o aos vidros à moda de tampa. - Coloque o prisma dentro do tubo de papelão, de modo que o rolo sobre 0,5 cm na extremidade que tem o papel vegetal. - Acomodem, no espaço entre o rolo e o papel vegetal, objetos transparentes coloridos. - Corte um papel vegetal um pouco maior que a extremidade do prisma e, dobrando o excedente, segure-o fita adesiva no rolo.

- Decore a parte externa do rolo, deixando seu magiscópio bem colorido. - Coloque-se frente a uma janela e observe o prisma pela extremidade aberta. - Gire o seu magiscópio e observe as imagens. - Descreva o que observa e relacione-o com os fractais.

ATIVIDADES/TÉCNICAS Pesquisa de campo Formem dois grupos. Primeiro grupo: - Observar e anotar objetos na sala de aula, pátio da escola. Associe-os as suas formas as da geometria euclidiana. - Identificar e listar os objetos, associando as suas formas as das figuras euclidianas conhecidas. - Organize em uma tabela, para apresentar aos colegas da sala de aula. Segundo grupo: - Elencar uma lista de fractais na natureza, observando com atenção as suas formas repetidas e de auto similaridade. - Fotografar tudo que considerar que seja fractal. Em seguida faça uma seleção seguindo os conceitos em estudo. - Após a tiragem e a seleção das fotos dos fractais, sugerir a transposição das mesmas para a TV pendrive. - Pesquise no dicionário Aurélio, o conceito de Fractal. - Monte um filme, no programa Window movie maker com as fotos e conceitos pesquisados. - Apresente o vídeo na sala de aula. - Após a apresentação realizar discussões e debate, sobre todo o processo estudado e produzido.

Atividade: Vivenciando o Caos colorido de Pollock

Material Galhos secos de árvores 01 pedaço grande de papel Kraft (para cada grupo)

Tintas de várias cores

Procedimento: Dividir a sala em dois grupos. Estender no chão do pátio da escola um grande pedaço de papel para cada grupo. Cada aluno pegará um galho de árvore para realizar sua pintura, cujo tema deverá ser uma das quatro estações do ano. Serão dois trabalhos coletivos, cabendo a cada aluno uma parte da obra. Após secar, expor no mural da escola.

Atividade: Fotografia Fractal

Material 02 a 04 espelhos planos. (opcional) Objetos pequenos Máquina fotográfica digital.

Procedimento: Inspirados na obra “Espelho mágico” de Escher, será proposto aos grupos formado na sala de aula a seguinte atividade: Com os materiais relacionados acima organize os objetos e os espelhos planos, formando ângulo para criar várias montagens artísticas. Em seguida fotografe as criações, com maiores números de repetições dos objetos possíveis. Observe o ângulo do objeto que deverá estar no centro dos espelhos planos utilizados durante a produção. Elabore um painel com as fotos impressas.

Atividade: A multidimensão de Vasarely e o cartão fractal

Figura: 55 cartão Fractal Figura: 56 Fonte: Portal dia-a-dia educação

Material 02 a 03 folhas de papel com gramaturas mais grosso (Canson ou 40 quilos), no tamanho A4 ou A3. Tesoura Régua

Lápis Borracha

Dobre a folha ao meio. Faça dois cortes de comprimento a uma distância de ¼ de cada lado. Dobre ao longo do segmento produzido pela extremidade dos dois cortes. Repita o processo de cortar e dobrar enquanto for possível. Ao final abra as dobras e empurre o fractal.

Atividade: Confecção do caleidoscópio

Material 03 espelhos (13 cm x 4 cm) 01 rolo de papel com orifício de 5cm de diâmetro Papel vegetal ou similar (5 cm x 5 cm) Objetos transparentes coloridos (plásticos, lantejoulas, miçangas, vidros, Fita adesiva ou crepe Tesoura

Procedimento - Junte os três espelhos por suas bordas, passe a fita adesiva para formar um prisma triangular. - Corte um triângulo de papel celofane ou papel vegetal transparente do mesmo tamanho que a extremidade do prisma formado e cole-o aos vidros à moda de tampa. - Coloque o prisma dentro do tubo de papelão, de modo que o rolo sobre 1,5 cm na extremidade que tem o papel vegetal. - Acomodem, no espaço entre o rolo e o papel vegetal, objetos transparentes coloridos. - Corte um papel vegetal um pouco maior que a extremidade do prisma e, dobrando o excedente, segure-o fita adesiva no rolo. - Decore a parte externa do rolo, deixando seu caleidoscópio bem bonito. - Coloque-se frente a uma janela e observe o prisma pela extremidade aberta. - Gire o prisma. - Descreva o que observa e relacione-o com as atividades anteriores.

Sugestões de sites:

http://castelinhodoaltodabronze.blogspot.com/2009/08/ana -reutiliza-sacolinhas-de.html http://tripcaleidoscopica.blogspot.com/2010/02/oficinas -de-caleidoscopio.html http://www.artistasgauchos.com.br/portal/?nid=2053http://www.artistasgauchos.com.br/p ortal/?nid=2053 http://www.artistasgauchos.com.br/portal/?nid=2053v

Imagens de vídeo captadas no interior de um Magiscópio:

http://www.youtube.com/watch?v=HOWx1pV1zXQ http://www.youtube.com/watch?v=JUJ -EGQpjHk

Curiosidades sobre o caleidoscópio:

O caleidoscópio originou-se na China. Foi aperfeiçoado na Inglaterra por David Brewster, em 1817. Era comercializado como brinquedo, mas também interessava às pessoas que desenhavam padrões para tecidos e tapetes. Com a produção dos desenhos simétricos, muito utilizados nas estamparias. O caleidoscópio era feito com dois espelhos planos, posicionando formando ângulos de 45 e 60 graus, e caquinhos de vidros coloridos refletidos nos espelhos. (NEVES; PEREIRA, 2006)

Figura: 57 Estampa de tecido Figura: 58 Tapete Fonte: Foto da autora, 2011.

Recursos

Discussões, conversação, livros didáticos, Portal Dia-a-dia Educação, bateriais alternativos para confecção de caleidoscópios e outros brinquedos, máquina digital, computadores e Softwares específico para gerar AF.

Avaliação

Na disciplina de Arte, a avaliação acompanha todo o processo de construção da pesquisa e é referencial para a retomada da ação, sempre considerando os conhecimentos estéticos e artísticos da AF. Para isso é primordial que o professor leve em consideração os critérios para avaliar como, p. ex., a vivência e a produção de diferentes trabalhos artísticos, o desenvolvimento da sensibilidade, a apreensão de produtos artísticos que o indivíduo construiu em suas práticas sociais ao longo do tempo e espaço histórico, o desenvolvimento e o aprimoramento dos órgãos dos sentidos para compreensão, criação, produção e fruição do trabalho artístico e a valorização da função social do artista, sua obra e seu tempo e espaço histórico, para a coletividade e para si próprio. (PORTAL SÃO FRANCISCO, 2011). A avaliação em Arte é diagnóstica e processual. Diagnóstica por ser referência do professor para o planejamento das aulas e de avaliação dos alunos. Processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. (PARANÁ, 2008) Em resumo, para a concretização e sucesso deste trabalho, o ponto de partida será os conhecimentos artísticos construídos historicamente pelo homem e expressos pelo professor como conteúdo artístico. Após este primeiro momento, levaremos em consideração a apreensão dos conteúdos pelos alunos a partir da sistematização e mediação dos mesmos pelo professor na relação ensino aprendizagem.

3. Orientações/recomendações ao professor

As atividades sugeridas têm como objetivo investigar e recuperar, por meios de questões predefinidas, um pouco da realidade que, às vezes, esquecemos preocupados com os preparativos do cotidiano de nossos alunos. Dentro desse cotidiano, existem diferentes origens culturais e assuntos diversos. Nosso objetivo é explorar as questões oferecidas e, mais que isso, mobilizar reflexões e discussões que garantam aos alunos a relação entre o conhecimento estético e artístico da AF e também dos temas que as obras representam ou fazem lembrar. Necessário ressaltar a busca da função social da arte mostrando que os artistas percebem o

mundo e o interpreta de acordo com seus sentimentos e pensamentos. É importante que eles entendam a possibilidade e a importância de se atribuir significados a fatos e acontecimentos que se relacionam aos nossos contextos históricos e culturais, como, p. ex., relacionar o artista e sua arte com a cultura dos alunos. A partir desse ponto de vista, o professor estará exercendo o papel de agente transformador nos objetivos propostos durante o decorrer dos conteúdos e das atividades propostas.

4. Proposta de Avaliação do Material Didático

O professor de arte é considerado um alfabetizador artístico/estético, o mediador entre arte e o aluno. Na elaboração desta Produção Didática- Pedagógica com os fractais, foi reunido um conjunto de atividades que possibilitam caminhos para educar artística e esteticamente nossos alunos, de forma a contemplar sempre o fazer artístico, o conhecimento histórico (teorizar) e a apreciação estética (sentir e perceber) que são os três momentos de organização do encaminhamento metodológico que estão articulados durante o processo da avaliação de Arte, de acordo com a DCE de Arte do Estado do Paraná. A avaliação estará acompanhada de fundamentação teórica, apoiando o trabalho prático com ênfase na experimentação e ao mesmo tempo compreender a arte como área de conhecimento, como manifestação original do ser humano, é essencial que os alunos pesquisem para obter novas técnicas para a sua produção artística. Outra proposta de avaliação é fazer com que além de identificar, analisar é conhecer a tecnologia como recursos e materiais expressivos, onde os alunos representem ideias e sentimentos por intermédio das criações por intermédios das criações artísticas geradas na tela do computador, e que também possam reconhecer e utilizar regras de organização dos elementos expressivos ou formais (linhas, cores, formas, ponto, texturas etc.). A função da avaliação é de propiciar ao professor que verifique o alcance do seu próprio trabalho e, se necessário reformulá-lo, pois a avaliação é um processo que integra a aprendizagem e o ensino, devendo haver diálogo permanente entre professor e o aluno. Cabe ao professor, considerar a avaliação como um instrumento, que ajuda o aluno a aprender, ou seja, deve ser usada para promover a aprendizagem.

Referências

ARANTES, Priscila. @rte e Mídia. São Paulo: Editora Senac, 2005.

BAIRON, S. Multimídia. São Paulo: Editora Global, 1995.

BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da arte. 2.ed. São Paulo: Perspectiva, 1996.

BARBOSA, Rui Madsen. Descobrindo a Geometria Fractal para a sala de aula. 3 ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2005.

CAMPOS, Neide Pelaez A construção do olhar estético-crítico do educador. Florianópolis:Ed. Da UFSC, 2002.

GIANNOTTI, Marco Breve História da Pintura Contemporânea. São Paulo: Claridade, 2009.

JANOS, Michel Geometria Fractal. Rio de Janeiro: Ciência Moderna Ltda, 2008

MANDELBROT, B. Fractais: Uma forma de arte a bem da ciência. Tradução: Cláudio da Costa. In: PARENTE, A. (org.). Imagem Máquina: A era das tecnologias do virtual. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1993. p. 195-200.

NEVES, Marcos Cesar Danhoni; PEREIRA, Ricardo Francisco. (Org.). Divulgando a ciência: de brinquedos, jogos e do vôo humano. Maringá - Pr: Massoni, 2006.

OSTROWER, Fayga. Criatividade e processo de criação. 8. ed. Petrópolis: Vozes,1977. 47-48p.

OSTROWER, Fayga. A sensibilidade do intelecto: visões paralelas de espaço e tempo na arte e na ciência. Rio de Janeiro: Campus, 1998.

PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. DIRETRIZES CURRICULARES DE ARTE PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.

PEREIRA, Kátia Helena Como usar artes visuais na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2007.

REVISTA CIÊNCIA HOJE. CAOS: A ciência e a arte do acaso. SBPC, v. 14, n.80, mar/abr. 1992, 56p. São Paulo

REVISTA SCIENTIFIC AMERICAN. Ordem no caos de Jackson Pollock. Ano 1- nº8, v1 n.8, pag.84 – 89 jan.2003

Referências de sites: https://www.fractalus.com/info/manifesto.htm. Acesso em: 16 jun. 2011. http://fractalartgallery.com/what_is_fractal_art.htm. Acesso em: 12 mai. 2011. http://www.infinite-art.com/copyright.html. Acesso em: 20 mai. 2011. https://www.fractalus.com/kerry/. Acesso em: 20 mai. 2011. http://www.sobredotado.com/arte-digital-mainmenu-42/wallpapers-2d-mainmenu- 46/146-a-arte-fractal. Acesso em: 06 jul. 2011.

http://www.fractal.art.br. Acesso em: 16 jun. 2011. http://www.skytopia.com/project/fractal/mandelbulb.html. Acesso em 21 jun. 2011. http://www.juliotorres.ws/textos/fractais/FRACTAIS-A-LinguagemDoCaos.pdf. Acesso em 22 jun. 2011. http://www.matematicauva.org/monografias/2007_fractais_jose_cledes.pdf. Acesso em: 22 jun. 2011. http://www.slideshare.net/diego_naves/teoria-do-caos-e-arte-fractal. Acesso em: 21 jun. 2011.