Exibição E Salas De Cinema Em Brasília De 1960 a 1965

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Exibição E Salas De Cinema Em Brasília De 1960 a 1965 Universidade de Brasília Faculdade de Comunicação Programa de Pós-Graduação Daniela Marinho Martins OS FILMES DA MINHA VIDA: Exibição e salas de cinema em Brasília de 1960 a 1965 Brasília, DF 2013 Universidade de Brasília Faculdade de Comunicação Programa de Pós-Graduação em Comunicação Daniela Marinho Martins OS FILMES DA MINHA VIDA: Exibição e salas de cinema em Brasília de 1960 a 1965 Dissertação apresentada ao Programação de Pós- Graduação em Comunicação da Universidade de Brasília/UnB como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre. Orientador: Prof. Dr. Gustavo de Castro e Silva Brasília, DF 2013 Daniela Marinho Martins OS FILMES DA MINHA VIDA: Exibição e salas de cinema em Brasília de 1960 a 1965 Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade de Brasília e defendida sob avaliação da Banca Examinadora constituída por: ______________________________________ Prof. Dr. Gustavo de Castro e Silva Orientador Universidade de Brasília – UnB ______________________________________ Profª. Drª. Tânia Siqueira Montoro Membra Interna Universidade de Brasília – UnB ______________________________________ Prof. Drª. Josimey Costa da Silva Membra Externa Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN “Por exemplo? Bem, por exemplo, o que significa ser um homem? Numa cidade. Num século. Em transição. Em uma massa. Transformado pela ciência. Sob o poder organizado. Sujeito a mecanismos de controle tremendos. Num estado decorrente da mecanização. Após o último fracasso das esperanças radicais. Numa sociedade que não era comunidade nenhuma e depreciava a pessoa. Em virtude do multiplicado poder dos números, que tornavam a pessoa desdenhável. Que consumia bilhões em despesas militares contra inimigos externos, mas não gastava para ter ordem dentro de casa. O que abriu caminho para a selvageria e a barbárie em suas próprias cidades grandes. Ao mesmo tempo, a pressão de milhões de pessoas que descobriram o que esforços e pensamentos unidos em comum acordo podem conquistar. Enquanto megatoneladas de água formam organismos no fundo dos oceanos. Enquanto as marés dão polimento às pedras. Enquanto os ventos escavam os rochedos. A beleza da supermaquinaria descortina uma vida nova para a humanidade inumerável. Você lhes negaria o direito de existir? Pediria a eles que trabalhassem e passassem fome, enquanto você desfruta valores antiquados? Você - você mesmo é filho dessa massa e irmão de todo o resto. Ou então é um ingrato, um diletante, um idiota. Pronto, Herzog, pensou Herzog, já que você está pedindo um exemplo, aí está como são as coisas”. (Saul Bellow) Dedico este trabalho ao Professor Marcos de Souza Mendes por ter me contaminado com a paixão pela memória audiovisual brasiliense. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente à Capes pelo suporte dado ao longo de toda essa trajetória de pesquisa. Ao Lucas Nakamura que dispensou longas de suas horas para me acompanhar na pesquisa de campo realizada no Correio Braziliense, trabalho esse que se estendeu ao longo do ano de 2012. À Cândida Beatriz Alves e Thamires Castelar pelas horas de estudos na Biblioteca Central da Universidade de Brasília e pelos intervalos que renderam frutíferas conversas acerca das nossas metodologias de pesquisa. A minha mãe pelo apoio afetivo, muito necessário para se passar por essa jornada. Ao meu orientador, Prof. Dr. Gustavo de Castro e Silva, pela sabedoria, atenção e paciência. A Amanda Ourofino, Júlia Zamboni, Patrícia Colmenero, Verônica Brandão por, além de terem sido colegas neste Programa de Pós-Graduação, foram companheiras e amigas. À minha prima Ana Luiza Marinho, que se dispôs com coração a me ajudar na revisão deste texto. E, finalmente, agradeço ao Centro Cultural Banco do Brasil, por ceder um DVD com vídeo gravado do debate Por que os filmes não chegam aos expectadores? , que foi fundamental para o desenvolvimento desta pesquisa. RESUMO O cinema é por excelência a arte da modernidade. Em Brasília, cidade símbolo do Brasil moderno, o Cinema ganharia espaço em seus primeiros anos: exemplo disso é o Cine Brasília, inaugurado junto com a cidade. Diante de tal perspectiva, esta dissertação tem como objetivo revelar o circuito exibidor brasiliense entre 1960 a 1963. Assim, ilustra parte da vida cultural e social brasiliense da época. Para tal, foi realizado um mapeamento da programação de exibição cinematográfica de Brasília a partir da coleta de dados do jornal Correio Braziliense. Foram analisadas 819 edições do impresso desse período e sistematizada a programação cinematográfica diária. Diante dessas informações, foi traçado um panorama acerca das salas de cinema e o do circuito alternativo de exibição da Capital em seus primeiros anos. Palavras-chave: Brasília, Exibição Cinematográfica, Correio Braziliense, Salas de Cinema, Cinema. ABSTRACT Cinema is the art of modernity par excellence. In Brasilia, a city that stands as the symbol of modern Brazil, Cinema gained its space during the city's early years: for instance, the cinema room Cine Brasília was inaugurated alongside with the city. Faced with this prospect, this dissertation aims to reveal the movie screening circuit of Brasília from 1960 to 1963. It thus shows part of Brasilia's cultural and social life from the period. The movies that played in Brasilia at the time were mapped by collecting information of the newspaper Correio Braziliense. 819 printed editions from the period were analyzed and the daily screening schedule was systemazied. With this information, it was drawn an overview of the Capital's cinema rooms and alternative film circuit from its early years. Key Words: Brasília, Cinema Exhibition, Correio Braziliense, Cinema Room, Cinema. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Mosaico de imagens retiradas do livro Palácios e Poeiras: 100 anos de cinemas no Rio de Janeiro (1996). Da esquerda para direita, o interior do Cine-Teatro Íris; escadas no interior do Cine-Teatro Íris; hall do Cinema São Luiz; Sala de espera da Metro; interior da sala da Metro-Passeio. .............................................................................................................. 59 Figura 2 – Anúncio da empresa Majestic que aluga equipamentos e filmes cinematográficos. .................................................................................................................................................. 74 Figura 3 – Imagem publicada no Segundo Caderno do jornal do dia 10 de junho de 1965. Ao fundo, percebe-se o Teatro Nacional. ....................................................................................... 74 Figura 4 – Matéria publicada em 23 de abril de 1960 sobre a Inauguração do Cine Brasília. 75 Figura 5 – Anúncio publicado no jornal de 19 de abril sobre a pré-estreia do filme Psicose (1960) no Cine Brasília. ........................................................................................................... 77 Figura 6 – Anúncio veiculado antes da inauguração do Cine Teatro Cultura. ......................... 85 Figura 7 – Anúncio das poltronas Kastrup publicadas no Segundo Caderno do Correio Braziliense do dia 21 de abril de 1961 ..................................................................................... 86 Figura 8 – Foto publicada na coluna Sociais de Brasília da pré-estreia de um filme italiano no Cine Teatro Cultura. ................................................................................................................. 87 Figura 9 – Imagem da reportagem publicada em 10 de agosto de 1961 sobre o movimento estudantil realizado em frente ao Cine Teatro Cultura ............................................................. 88 Figura 10 – Imagem de reunião de trabalhadores no Cine Bandeirante. Apesar da imagem dar pouca dimensão do espaço, ela nos traz o significado do espaço para a região. Foi a única imagem encontrada do cinema no Correio Braziliense. .......................................................... 96 Figura 11 - Anúncio do Cine Paranoá publicado no jornal de 27 de dezembro de 1960 ....... 103 Figura 12 – Publicada em 14 de julho de 1965 da Miss Sueli Leite Tavares, em frente ao Cine Paranoá. .................................................................................................................................. 104 Figura 13: Anúncio do Cine Grátis veiculado no Correio Braziliense do dia 10 de julho de 1960. ....................................................................................................................................... 117 Figura 14 – Reportagem sobre o novo prédio da Aliança Francesa escrita por Ivonne Jean e publicada em 10 de fevereiro de 1963. ................................................................................... 126 Figura 15 – Imagem da nota veiculada a respeito da inauguração do Cine Clube de Brasília em 22 de junho de 1961. ......................................................................................................... 132 Figura 16 – Trecho do jornal de 1º de dezembro de 1963, em que foi veiculada a programação do Festival de Arte Cinematográfica ...................................................................................... 139 Figura 17 – Anuncio veiculado no dia 07 de dezembro de 1965 sobre a conferência realizada por Paulo Emilio Sales Gomes na abertura do Festival de Arte Cinematográfica. ................ 140 Figura 18 – Daniela Smutna, conhecida como Dana, atriz convidada para promover o Festival Tcheco. Na legenda da foto o texto: “’Vivo em Brasília os dias mais humanos de minha excursão’, são palavras da bela
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