PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE SANTA JUSTA

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Consulta Pública 2017

PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO PARA O RISCO DE RUTURA DA BARRAGEM DE SANTA JUSTA

ÍNDICE

Índice de Tabelas ...... 3

Índice de Figuras ...... 4

Lista de acrónimos ...... 5

Referências legislativas ...... 6

Registo de atualizações ...... 7

Registo de exercícios ...... 8

PARTE I – ENQUADRAMENTO ...... 9

1. Introdução ...... 10

2. Finalidade e objetivos ...... 12

3. Caracterização sumária da barragem ...... 13

4. Caracterização do vale a jusante ...... 15

4.1 Caracterização de cenários ...... 15

4.1.1 Cenário – rotura por erosão interna “piping” do corpo da barragem ...... 17

4.2 Caracterização Demográfica ...... 19

4.3 Caracterização das Infraestruturas...... 21

5. Critérios para a ativação ...... 22

PARTE II - Execução ...... 24

1. Responsabilidades ...... 25

1.1 Dono de Obra ...... 25

1.2 Serviços de Proteção Civil ...... 26

1.3 Agentes de Proteção Civil ...... 28

1.4 Organismos e Entidades de Apoio ...... 29

2. Sistema de Alerta e Aviso ...... 31

2.1 Sistema de Alerta ...... 31

2.2 Sistema de Aviso ...... 32

2.2.1 Sistema de Aviso na ZAS ...... 33

2.2.2 Sistema de Aviso a jusante da ZAS ...... 34

3. Organização...... 36

3.1 Sectorização operacional ...... 36

3.2 Estruturas de suporte operacional ...... 38

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3.2.1 Zonas de Concentração e Reserva (ZCR) ...... 40

4. Áreas de Intervenção ...... 41

4.1 Reconhecimento e avaliação ...... 44

4.1.1 Equipas de Reconhecimento e Avaliação da Situação ...... 44

4.1.2 Equipas de Avaliação Técnica...... 46

4.2 Logística ...... 48

4.2.1 Apoio logístico às forças de intervenção ...... 48

4.2.2 Apoio logístico às populações ...... 50

4.3 Comunicações ...... 53

4.4 Informação pública ...... 54

4.5 Evacuação e/ou Confinamento...... 55

4.6 Serviços médicos e transporte de vítimas ...... 59

4.7 Socorro e salvamento ...... 59

4.8 Serviços mortuários ...... 60

PARTE III – Inventários e Listagens ...... 61

1. Inventário de meios e recursos...... 62

2. Lista de contactos ...... 62

3. Lista de distribuição ...... 62

3.1 Serviços de Proteção Civil ...... 62

3.2 Comissão Distrital de Proteção Civil (CDPC) de Bragança ...... 62

3.3 Agentes de Proteção Civil ...... 63

3.4 Organismos e Entidades de Apoio ...... 65

ANEXOS……………………………………………………………………………………………………....66

Anexo I – Cartografia de suporte às operações de emergência de Proteção Civil ...... 67

Anexo II – Programa de medidas a implementar para a prevenção e mitigação dos riscos identificados e para a garantia da operacionalidade do Plano ...... 68 i. Programa de medidas a implementar para a prevenção e mitigação dos riscos identificados ...... 68 ii. Programa de medidas a implementar para a garantia da manutenção da operacionalidade do Plano ...... 70

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Índice de Tabelas

Tabela 1 - Características gerais da Barragem de Santa Justa ...... 13

Tabela 2 - Contactos e funções dos responsáveis da Barragem de Santa Justa ...... 14

Tabela 3 - População presente e População residente nos concelhos e ...... 19

Tabela 4 - Número de Edifícios e de Alojamentos existentes nos concelhos e freguesias ...... 20

Tabela 5 - Infraestruturas existentes no vale a jusante da Barragem de Santa Justa ...... 21

Tabela 6 - Critérios para a ativação do PEExt da Barragem de Santa Justa ...... 22

Tabela 7 - Responsabilidades do Dono de Obra ...... 25

Tabela 8 - Responsabilidades dos Serviços de Proteção Civil ...... 26

Tabela 9 - Responsabilidades dos Agentes de Proteção Civil ...... 28

Tabela 10 - Responsabilidades dos Organismos e Entidades de Apoio ...... 29

Tabela 11 - Entidades a alertar e notificar face aos diferentes níveis de alerta do PEI ...... 32

Tabela 12 - Conjunto de ações de aviso à população potencialmente afetada no vale a jusante da ZAS ...... 34

Tabela 13 - Localização das Zonas de Concentração e Reserva ...... 40

Tabela 14 - Áreas de Intervenção ...... 41

Tabela 15 - Equipas de Reconhecimento e Avaliação da Situação ...... 44

Tabela 16 - Equipas de Avaliação Técnica ...... 46

Tabela 17 - Apoio logístico às forças de intervenção ...... 48

Tabela 18 - Apoio logístico às populações ...... 50

Tabela 19 - Comunicações ...... 53

Tabela 20 - Informação pública ...... 54

Tabela 21 - Evacuação e/ou Confinamento ...... 55

Tabela 22 - Serviços médicos e transporte de vítimas ...... 59

Tabela 23 - Socorro e salvamento ...... 59

Tabela 24 - Serviços mortuários ...... 60

Tabela 25 - Meios e Recursos ...... Erro! Marcador não definido.

Tabela 26 - Lista de contactos ...... Erro! Marcador não definido.

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Índice de Figuras

Figura 1 - Enquadramento Territorial da Barragem de Santa Justa ...... 10

Figura 2 - Mapa de inundação da Barragem de Santa Justa ...... 16

Figura 3 - Divisão do vale a jusante em Zonas de Intervenção ...... 37

Figura 4 - Esquematização das estruturas de suporte operacional no vale a jusante ...... 39

Figura 5 - Implementação da Barragem de Santa Justa e Onda de Inundação ...... 67

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Lista de acrónimos

AHB Associação Humanitária de Bombeiros AM Autoridade Marítima ANPC Autoridade Nacional de Proteção Civil APA Agência Portuguesa do Ambiente APC Agentes de Proteção Civil ARS Administração Regional de Saúde CB Corpo de Bombeiros CCOD Centro de Coordenação Operacional Distrital CDOS Comando Distrital de Operações de Socorro CDPC Comissão Distrital de Proteção Civil CDSS Centro Distrital de Segurança Social CM Camara Municipal CNOS Comando Nacional de Operações de Socorro CPX Exercício de Posto de Comando CVP Cruz Vermelha Portuguesa DGADR Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural DIOPS Dispositivo Integrado das Operações de Proteção e Socorro EAT Equipa de Avaliação Técnica EDP Energias de EM Estrada Municipal EN Estrada Nacional ERAS Equipa de Reconhecimento e Avaliação de Situação FA Forças Armadas FEB Força Especial de Bombeiros INE Instituto Nacional de Estatística INEM Instituto Nacional de Emergência Médica IP Itinerário Principal IPMA Instinto Português do Mar e da Atmosfera JF Junta de LIVEX Exercício com Forças no Terreno LIVEX Live Exercise LNEC Laboratório Nacional de Engenharia Civil OEA Organismos e Entidades de Apoio OEM Organismos e Entidades de Apoio PDEPC Plano Distrital de Emergência de Proteção Civil PEExt Plano de Emergência Externo PEI Plano de Emergência Interno PMEPC Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil POC Posto de Observação e Controlo ZAS Zona de Auto Salvamento ZCAP Zona de Concentração e Apoio à População ZCL Zona de Concentração Local ZCR Zona de Concentração e Reserva ZInt Zona de Intervenção ZRnM Zona de Reunião de Mortos

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Referências legislativas

Legislação Estruturante

 Lei 65/2007, de 12 de novembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei 114/2011, de 30 de novembro – Enquadramento institucional e operacional da proteção civil no âmbito municipal, organização dos serviços municipais de proteção civil e competências do comandante operacional municipal  Lei 27/2006, de 3 de julho, com as alterações introduzidas pela Lei Orgânica 1/2011, de 30 de novembro, e pela Lei 80/2015, de 03 de agosto, que a republicou – Lei de Bases da Proteção Civil  Decreto-Lei 344/2007, de 15 de outubro – Regulamento de Segurança de Barragens  Decreto-Lei 134/2006, de 25 de julho, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei 114/2011, de 30 de novembro, e pelo Decreto-Lei 72/2013, de 31 de maio – Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS)  Resolução da Comissão Nacional de Proteção Civil 30/2015, de 07 de maio - Fixa os critérios e as normas técnicas para a elaboração e operacionalização de planos de emergência de proteção civil  Despacho 3551/2015, de 9 de abril – Sistema de Gestão de Operações

Legislação Concorrente

 Lei 58/2005, de 29 de dezembro, alterada e republicada pelo Decreto-Lei 130/2012, de 22 de junho – Lei da Água: medidas de proteção contra cheias e inundações; medidas de proteção contra secas; medidas de proteção contra acidentes graves de poluição; medidas de proteção contra rutura de infraestruturas hidráulicas  Resolução do Conselho de Ministros 52/2016, de 20 de setembro - Aprova os Planos de Gestão das Regiões Hidrográficas

Legislação Diversa

 Resolução do Conselho de Ministros 87/2013, de 11 de dezembro – Aprova o Plano Nacional de Emergência de Proteção Civil  Resolução 32/2016, de 21 de Outubro – Aprova o Plano Distrital de Emergência de Proteção Civil de Bragança  Resolução 17/2014, de 29 de Abril - Aprova o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Alfândega da Fé

Outras Referências  Plano de Emergência Interno da Barragem de Santa Justa;

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Registo de atualizações

Atualizações do Plano de Emergência Externo para o Risco de Rutura da Barragem de Santa Justa

Data da Data de Versão Alteração Entidade aprovadora Observações alteração aprovação

1 PEExt de Santa Justa … … …

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Registo de exercícios

Registo de Exercícios do Plano de Emergência Externo para o Risco de Rutura da Barragem de Santa Justa

Agentes, Tipo de exercício Meios e Organismos e Ensinamentos Objetivos Cenário Local Data Recursos Entidades recolhidos envolvidos CPX LIVEX envolvidos

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PARTE I – ENQUADRAMENTO

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1. Introdução

O Plano de Emergência Externo para o Risco de Rutura da Barragem de Santa Justa (adiante referido como PEExt ou simplesmente Plano) é um plano especial de emergência de proteção civil, destinando- se, nos termos da lei, a fazer face à generalidade das situações de acidente grave ou catástrofe, decorrentes da rutura da barragem, que se possa desenvolver no âmbito territorial e administrativo dos municípios de Alfândega da Fé, e , no Distrito de Bragança

Figura 1 - Enquadramento Territorial da Barragem de Santa Justa

Este Plano é um instrumento flexível e dinâmico, de permanente atualização, que define a organização da resposta e as orientações e responsabilidades relativamente ao modo de atuação dos vários organismos, serviços e estruturas a empenhar nas operações de proteção civil. Simultaneamente, clarifica o modo como são mobilizados e coordenados os meios e os recursos indispensáveis na gestão das ações de proteção e socorro, no âmbito do Dispositivo Integrado das Operações de Proteção e Socorro (DIOPS) e caracteriza a onda de inundação gerada, face a diferentes cenários.

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O diretor do Plano é o membro do governo responsável pela área da proteção civil com possibilidade de delegação, em caso de ausência ou impedimento. Compete ao diretor assegurar a direção, coordenação e controlo do PEExt e das medidas excecionais de emergência, com vista a minimizar a perda de vidas e bens e os danos ao ambiente, assim como a assegurar o restabelecimento, tão rápido quanto possível, das condições mínimas para a normalidade.

O PEExt foi elaborado de acordo com as diretivas emanadas pela Comissão Nacional de Proteção Civil (Resolução 30/2015, de 7 de maio), embora simplificado, seguindo o disposto no artigo 50º da Lei 27/2006, de 3 de julho (Lei de Bases da Proteção Civil, na redação republicada pela Lei 80/2015, de 3 de agosto) e no artigo 54º do Decreto-Lei 344/2007, de 15 de outubro (Regulamento de Segurança de Barragens).

Neste contexto, o PEExt articula-se com o com o Plano Distrital de Emergência de Proteção Civil de Bragança e com os Planos Municipais de Emergência de Proteção Civil de Alfândega da Fé, Vila Flor e Torre de Moncorvo os quais descrevem, nos respetivos níveis territoriais e de forma genérica a atuação das estruturas de proteção civil e referenciam as responsabilidades, o modo de organização e o conceito de operação, bem como a forma de mobilização e coordenação dos meios e recursos indispensáveis na gestão do socorro.

Assim, o presente documento constitui um conjunto de orientações detalhadas e especificas que se aplicam à análise das consequências, aos sistemas de alerta e aviso e à organização das operações de emergência a efetuar face ao risco de rutura da barragem.

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2. Finalidade e objetivos

O presente PEExt regula a forma como é assegurada a coordenação institucional e a articulação e intervenção das organizações integrantes do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro e de outras entidades públicas ou privadas a envolver nas operações. Deste modo, constitui-se como uma plataforma que se encontra preparada para responder, organizadamente, a situações de acidente grave ou catástrofe provocados pela rutura da barragem de Santa Justa, definindo as estruturas de Direção, Coordenação, Comando e Controlo, tendo em vista o cumprimento dos seguintes objetivos gerais:

 Definir a unidade de direção, coordenação e comando das operações de proteção civil a desenvolver no vale a jusante da barragem;  Providenciar, através de uma resposta concertada, as condições e os meios indispensáveis à minimização dos efeitos adversos;  Coordenar e sistematizar as ações de apoio, promovendo maior eficácia e rapidez de intervenção das entidades intervenientes nas operações de proteção civil;  Assegurar a criação de condições favoráveis ao empenhamento rápido, eficiente e coordenado de todos os meios e recursos disponíveis, nos municípios afetados pela onda de inundação e nos municípios adjacentes, bem como de outros meios e recursos do distrito de Bragança, sempre que a gravidade e dimensão da ocorrência o justifique;  Definir as orientações relativamente ao modo de difusão do alerta, notificação, mobilização e atuação das várias estruturas, serviços, agentes de proteção civil (APC) e organismos e entidades de apoio (OEA) a empenhar em operações de proteção civil no vale a jusante da barragem;  Definir e operacionalizar as orientações e os mecanismos a utilizar para o rápido aviso à população, de modo a comunicar ao público as informações necessárias relacionadas com medidas de evacuação e com condutas de autoproteção a adotar;  Minimizar a perda de vidas e bens, atenuar e/ou limitar os efeitos do acidente grave ou catástrofe e restabelecer, o mais rapidamente possível, as condições mínimas de normalidade das áreas afetadas a jusante da barragem;  Aplicar as medidas necessárias à proteção e salvaguarda da população, bens e ambiente, designadamente quanto à rápida evacuação das zonas inundáveis;  Habilitar as entidades envolvidas no PEExt a manterem o grau de preparação e de prontidão necessário à gestão de um acidente grave ou catástrofe;  Inventariar os meios e recursos disponíveis.

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3. Caracterização sumária da barragem

A Barragem de Santa Justa, na Bacia Hidrográfica do Douro, localiza-se na freguesia de Eucísia, concelho de Alfândega da Fé. A sua albufeira abrange território do concelho de Alfândega da Fé (freguesia de Eucísia).

As principais características da barragem estão sumarizadas na Tabela 1.

Tabela 1 - Características gerais da Barragem de Santa Justa

Características gerais da Barragem de Santa Justa Coordenadas 41°19'49.09"N / 7° 1'36.14"W Tipo de Barragem Aterro Zonado Data de Construção 2005 Utilizações a que se destina Regadio Posto de Observação e Controlo (POC) Existente Barragem (s) a Montante Inexistente Barragem (s) a Jusante Barragem da Valeira Altura máxima da Barragem 39,3 m Nível Pleno Armazenamento (NPA) 105 m Volume total armazenado à cota do NPA 3 476 dma3 Volume útil da albufeira 2 657 dma3 Área superficial da albufeira para o NPA 28.0 ha Perímetro da albufeira para o NPA Nível Mínimo de Exploração (NmE) 245 m Nível Máximo de Cheia (NMC) 260,6 m Comprimento do coroamento 284 m Largura do coroamento 8 m (Fonte: PEI, Barragem de Santa Justa)

A Barragem de Santa justa está sujeita às disposições do Regulamento de Segurança de Barragens, estando classificada, em função da ocupação humana expressa em termos de residentes e de bens e ambiente existentes na região do vale a jusante, na Classe I (maior gravidade).

A exploração da barragem é assegurada por Direção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes, estando os seus responsáveis indicados na Tabela 2.

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Tabela 2 - Contactos e funções dos responsáveis da Barragem de Santa Justa

Contactos e funções dos responsáveis da Barragem de Santa Justa Técnico Responsável do PEI Telefone Email

Nome Vitor Manuel Freitas 218 442 360 [email protected] Função Técnico Superior Substituto do Técnico Responsável do PEI Telefone Email

Nome Eduardo Pedro Matos Gomes 218 442 352 [email protected] Função Técnico Superior Outros representantes do Dono de Obra Telefone Email Nome Associação de Beneficiários do Vale da Vilariça (A.B.V.V.) 278 535 115 [email protected] Morada Zona Industrial, Santa Comba de Vilariça 5360-170 (Fonte: PEI, Barragem de Santa Justa)

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4. Caracterização do vale a jusante 4.1 Caracterização de cenários

O cenário considerado para o PEExt de Santa Justa, corresponde ao cenário de rotura por erosão interna “piping” do corpo da barragem.

O Vale a jusante da barragem de Santa Justa, prolonga-se ao longo de 22 Km, até ao Rio Douro, sensivelmente a 2 Km a jusante da foz do Rio Sabor.

Na base do vale predomina uma ocupação agrícola baseada em prados, olival, vinha, floresta e hortícolas. Para além das habitações e instalações agrícolas existentes, o principal aglomerado populacional situado próximo e a quotas mais baixas é Santa Justa.

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Figura 2 - Mapa de inundação da Barragem de Santa Justa

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4.1.1 Cenário – rotura por erosão interna “piping” do corpo da barragem

A onda de inundação é rápida e intensa (profundidade máxima acima dos 10 m e velocidade máxima superior a 6 m/s) na maior parte das seções ao longo da Ribeira de Santa Justa e do 1º troço da ribeira da Vilariça.

Tem caraterísticas intermédias (profundidade máxima entre os 7 m e os 15 m e velocidade máxima entre cerca de 2 m/s e 4 m/s) até um pouco a jusante da Ponte da Junqueira, a montante da qual se estimam as maiores alturas de inundação.

Até ao rio Douro a velocidade é mais amortecida, sendo que nas seções de vale um pouco mais estranguladas a velocidade de escoamento tende a ser pontualmente mais elevada bem como a altura de água a montante das mesmas.

Relativamente às edificações em risco de afetação em caso de rotura que impliquem perda de vidas humanas, (segundo informações do PEI), destacam-se as seguintes:

 Ruina em reabilitação, para turismo, habitação ou armazém (cerca de 0,5 km a jusante da barragem);

 Duas habitações situadas em Santa Justa (cerca de 1,5 Km a jusante da barragem) junto às margens da ribeira de Santa Justa, uma a montante (margem esquerda) e outra a jusante (margem direita) da estrada principal, que no mesmo local, atravessa a ribeira de Santa Justa;

 Quatro habitações junto à ponte da Junqueira (cerca de 12 Km a jusante da Barragem).

Para o enquadramento acima descrito, o número de habitantes possivelmente afetados em caso de uma eventual rotura, foi estimado em: a) 1 a 3 na zona de Santa Justa;

b) 0 a 8 na zona da Quinta do Barracão;

c) 3 a 4 na zona da Junqueira.

De referir que às edificações localizadas fora, mas próximo, cerca de 2 m acima da cota de inundação prevista, corresponderão 8 pessoas em situação de risco, tendo em conta as possíveis limitações inerentes à modelação da rotura e onda de rotura.

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Em conclusão, a elevada extensão do Vale até à confluência com o rio Douro (mais de 20 Km) com significativa atividade agrícola (mais de 700 há, na faixa inundada), aliado à rapidez (7,6 m/s) e altura de propagação de onda de cheia, determinam uma situação de risco com provável perda de vidas humanas, em número inferior a 25, na pior das hipóteses.

Ao nível dos prejuízos matérias, decorrentes de uma eventual rotura da barragem, (de acordo com o PEI) destacam-se os seguintes:

1) Danos em infraestruturas agrícolas existentes ao longo do vale (armazéns que constituem casas de arrumação de máquinas e equipamentos, estações de bombagem, redes de rega enterradas, etc.):

2) Perdas ao nível das produções agrícolas de culturas anuais (arvenses, hortícolas) e permanentes (prados, olival, vinha, pomares), que deverão ser elevadas uma vez que é grande a extensão de terrenos potencialmente afetados (acima dos 700 ha). Os prejuízos serão consequência da duração e intensidade da inundação (altura de água x velocidade de escoamento) que deverão provocar forte erosão de solo, arranque e arrastamento de culturas de pequeno porte ou mesmo de porte arbóreo e destruição de pequenas infraestruturas;

3) Afetação de infraestruturas rodoviárias, com especial atenção a cerca de 2,5 Km do Itinerário Principal IP2 (entre o Km 48 e o Km 50) e à ponte da Junqueira, ligando várias estradas principais e secundárias: Estrada Nacional EN 102, a EN 215 e para a Estrada Municipal EM 622.

o A perturbação da circulação rodoviária deverá estender-se muito para além da duração do tempo de inundação, pois a altura da água e a grande velocidade do escoamento deverão ser suficientes para causar estragos cuja reparação exigirá tempo, bem como uma razoável mobilização de recursos financeiros, técnicos e humanos.

4) O risco de afetação de linhas elétricas de importância regional é determinado apenas pelo efeito erosivo do escoamento das fundações dos respetivos postes que, em várias zonas, se situam na zona inundável do Vale da Vilariça.

5) O risco de afetação de linhas elétricas de importância local (habitações, e instalações agrícolas dispersas) é maior, sendo determinado, não só pelo efeito erosivo do escoamento das fundações dos respetivos postes, como também pela possibilidade de submersão dos mesmos.

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4.2 Caracterização Demográfica

De acordo com os Censos 2011, verifica-se que na área de inundação dos municípios de Alfândega da Fé, Torre de Moncorvo e Vila Flor, o município de Vila Flor é aquele que apresenta o maior número de presentes e residentes (Tabela 3).

No que se refere à população residente e presente nas freguesias que são alvo do plano, verifica-se que a união de freguesias de Vila Flor e Nabo, do município de Vila Flor são as que apresentam os números mais elevados de população nestas condições.

Tabela 3 - População presente e População residente nos concelhos e freguesias Concelho Freguesia Nº População Presente Nº População Residente Lugar Alfândega da Fé 4909 5104 União das Freguesias de 305 357 Eucísia, Gouveia e Valverde Santa Justa 30 28 Torre de Moncorvo 2829 2891 Cabeça Boa 437 428 Foz do Sabor 70 70 Adeganha 334 343 Nozelos 60 60 Horta da Vilariça 311 310 Vila Flor 6485 6697 União de Freguesias Vila Flor 2413 2392 e Nabo (Fonte: INE, 2011; PEI; SMPC)

Relativamente ao número de alojamentos e de edifícios verifica-se que as freguesias de Cabeça Boa, Adeganha e União de freguesias de Eucísia, Gouveia e Valverde são as que apresentam maior número de edifícios e alojamentos (Tabela 4).

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Tabela 4 - Número de Edifícios e de Alojamentos existentes nos concelhos e freguesias Concelho Freguesia Nº Edifícios Nº Alojamentos Lugar Alfândega da Fé 3648 3865 União das Freguesias de 341 341 Eucísia, Gouveia e Valverde Santa Justa 6 5 Torre de Moncorvo 1356 1879 Cabeça Boa 348 355 Foz do Sabor 45 40 Adeganha 315 347 Nozelos 45 40 Horta da Vilariça 313 315 Vila Flor 4811 5232 União de Freguesias Vila Flor 206 206 e Nabo (Fonte: INE, 2011, PEI; SMPC)

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4.3 Caracterização das Infraestruturas

A abordagem feita neste ponto visa conseguir caracterizar as estruturas existentes a jusante da barragem e que podem ser, total ou parcialmente, afetadas pela onda de inundação para o caso da rutura da barragem.

Tabela 5 - Infraestruturas existentes no vale a jusante da Barragem de Santa Justa Infraestruturas existentes no vale a jusante da Barragem de Santa Justa  IP2 Rodoviária  EN 102, EN 215  EM 622, 623, 623-1  Rio Sabor Fluvial  Rio Douro Águas  Condutas Redes Elétrica  Linhas Elétricas Comunicações  Postes de Comunicação  Posto de Combustível da Postos de Abastecimento de Combustível BP  Quinta de Santa Luzia do Alojamento e Restauração Carrascal Edifícios públicos  Cemitério Santa Justa

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5. Critérios para a ativação

Perante a iminência ou ocorrência de um acidente grave ou catástrofe decorrente da rutura da barragem de Santa Justa a competência para ativação/desativação do Plano recai sobre a Comissão Distrital de Proteção Civil (CDPC) de Bragança.

Para efeitos do disposto no parágrafo anterior, e atenta a especificidade da ocorrência que poderá determinar a ativação do Plano, a Comissão Distrital de Proteção Civil poderá reunir com a presença do seu presidente ou o seu substituto legal e os membros presentes, sendo a declaração de ativação sancionada, assim que possível, presencialmente ou por outro meio de contacto, pelo plenário.

A ativação do PEExt é imediatamente comunicada pelo Comandante Operacional Distrital de Bragança aos Serviços Municipais de Proteção Civil do distrito e ao Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) e aos Comandos Distritais de Operações de Socorro dos distritos limítrofes de Bragança. As comunicações deverão ser efetuadas pela via mais rápida.

A publicitação da ativação/desativação do PEExt será efetuada através dos órgãos de comunicação social e do sítio da Autoridade Nacional de Proteção Civil (http://www.prociv.pt).

Em termos gerais, e independentemente dos critérios de ativação a seguir referidos, o PEExt será ativado em caso de iminência ou ocorrência de acidente grave ou catástrofe que afete todo ou parte da estrutura da barragem, podendo causar a sua rutura.

Especificamente, a ativação do PEExt encontra-se articulado com os níveis de alerta do PEI de Santa Justa e poderá ser ativado nas seguintes situações:

Tabela 6 - Critérios para a ativação do PEExt da Barragem de Santa Justa

Alerta Laranja (Nível 2) do PEI de Santa Justa - Ocorrência de cheias com elevado período de retorno ou situação com alta probabilidade de acidente  Ocorrência de condições meteorológicas e consequente cheia;

 Deteção de anomalias graves no corpo da barragem, nas suas fundações, nos seus órgão de segurança ou no sistema de observação;

 Situação envolvendo uma alta probabilidade de acidente em que se admite não ser possível controlar a situação.

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Alerta Vermelho (Nível 3) do PEI de Santa Justa - Iminência de rutura de barragem ou Rutura da barragem  Situação de acidente grave ou catástrofe inevitável em que ocorre (visivelmente) ou se prevê com certeza, e a curto prazo, a rutura da barragem ou da ocorrência de graves consequências no vale a jusante. A este nível correspondem as seguintes situações:  A estrutura encontra-se em rutura;

 Situação incontrolável;

 Acontecimentos associados a uma extremamente elevada probabilidade de acidente – catástrofe iminente;

 Situação com consequências graves para pessoas e bens no vale a jusante.

De notar que, dependendo da gravidade e/ou severidade da ocorrência, os pressupostos operacionais contidos no Plano poderão, de imediato ser postos em prática por decisão do Diretor do Plano.

Após a consolidação das operações de proteção civil e com o início das operações de reposição da normalidade a CDPC de Bragança desativa o PEExt, comunicando aos mesmos destinatários e pela mesma via utilizada aquando da ativação.

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PARTE II - Execução

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1. Responsabilidades

No âmbito do PEExt, as diversas entidades intervenientes estão sujeitos a um conjunto de responsabilidades que visam criar as condições favoráveis ao rápido, eficiente e coordenado reforço, apoio e assistência, tanto na resposta imediata, como na recuperação a curto prazo de um determinado acidente grave ou catástrofe que ocorra na Barragem de Santa Justa.

As estruturas de intervenção das entidades intervenientes são empregues sob direção das correspondentes hierarquias, previstas nas respetivas leis orgânicas ou estatutos, sem prejuízo da necessária articulação operacional com o Posto de Comando da operação.

As atribuições das entidades intervenientes encontram-se tipificadas de modo genérico nos Planos de Emergência de Proteção Civil de âmbito geral (distrital de Bragança e municipal de Alfândega da Fé, Torre de Moncorvo e Vila Flor). Assim, neste capítulo apenas são apresentadas as responsabilidades das entidades com funções de carácter específico ou que não foram consideradas/concretizadas no âmbito dos planos gerais de emergência de proteção civil. A todas as entidades intervenientes cabe realizar uma avaliação permanente da situação e assegurar a elaboração de relatórios de situação, imediatos, periódicos ou finais, enviando-os ao Posto de Comando.

1.1 Dono de Obra

As responsabilidades do Dono de Obra encontram-se consagradas no PEI e são cometidas ao Técnico Responsável pelo PEI ou seu substituto, o qual concretiza as suas funções de acordo com o nível de alerta.

Tabela 7 - Responsabilidades do Dono de Obra Responsabilidades

 Proceder ao aviso à população presente na zona de autossalvamento do vale a jusante (ZAS), através da emissão de sinal de descarga ou de evacuação; Dono de Obra  Proceder ao alerta aos Serviços de Proteção Civil e à APA;  Articular com a APA o controlo de caudais, caso aplicável;  Acompanhar a situação com vigilância permanente a partir do Posto de Observação e Controlo (POC) da barragem;

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Responsabilidades

 Promover a evacuação das pessoas presentes na barragem para um local seguro e condicionar o seu acesso;  Apoiar técnica e operacionalmente o Diretor do Plano, disponibilizando meios e recursos para a mitigação das consequências dos cenários de acidente no vale a jusante;  Disponibilizar elementos para integrar as EAT;

1.2 Serviços de Proteção Civil

Tabela 8 - Responsabilidades dos Serviços de Proteção Civil

Responsabilidades

 Garantir a rápida montagem, no Teatro de Operações (TO), de um Posto de Comando Operacional que permita assegurar, em permanência, o comando e controlo da situação, integrando o apoio Autoridade Nacional técnico necessário à tomada de decisão, a fornecer pelas entidades de Proteção Civil / especializadas; Comando Distrital  Assegurar a articulação permanente entre os patamares distrital e de Operações de municipal visando a unidade de comando, controlo, comunicações e Socorro de Bragança informações face a um acidente grave na barragem; (ANPC  Difundir comunicados aos órgãos de comunicação social, destinados a divulgar informação relacionada, em particular, com as medidas de / CDOS de evacuação e as condutas de autoproteção a adotar pela população; Bragança)  Garantir a alimentação dos elementos da CDPC e do CCOD, caso necessário;  Coordenar as ações relacionadas com comunicações de emergência;  Assegurar a articulação permanente com o patamar distrital, com as Juntas de Freguesia e restantes agentes e organismos/entidades de Câmaras Municipais apoio do patamar municipal, visando a avaliação permanente da (CM) situação;  Assegurar a difusão local, em parceria com as Juntas de Freguesia e APC, dos comunicados e avisos à população, das medidas preventivas,

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Responsabilidades

das orientações de segurança e dos procedimentos a executar para fazer face à situação;  Montar e operacionalizar a(s) Zona(s) de Concentração e Reserva de âmbito municipal que se revelem necessárias para apoio às ações operacionais;  Assegurar a instalação das Zonas de Concentração e Apoio à População (ZCAP), incluindo o registo da população deslocada;  Evacuar e transportar a população afetada desde as Zonas de Concentração Local (ZCL) para as ZCAP;  Assegurar, na ZCAP, a logística de apoio à população afetada, em articulação com os organismos e entidades de apoio com responsabilidades próprias neste âmbito;  Assegurar a sinalização relativa a cortes preventivos de vias de acesso à envolvente da área inundada;  Operacionalizar as Zonas de Reunião de Mortos (ZRnM);  Assegurar o apoio psicológico da população afetada;  Disponibilizar elementos para integrar as EAT;  Assegurar a articulação permanente com as Câmaras Municipais da área afetada visando a avaliação permanente da situação;  Assegurar a difusão local, em parceria com as Câmaras Municipais da área afetada, dos comunicados e avisos à população, das medidas preventivas, das orientações de segurança e dos procedimentos a executar para fazer face à situação;  Colaborar na montagem e operacionalização da(s) Zona(s) de Juntas de Freguesia Concentração e Reserva de âmbito municipal que se revelem (JF) necessárias para apoio às ações operacionais;  Colaborar na evacuação e transporte da população afetada para as ZCAP, caso se justifique, tendo especial atenção aos munícipes com incapacidades físicas ou outras que levem à necessidade do emprego de meios especiais;  Colaborar na instalação das Zonas de Concentração e Apoio à População, incluindo o registo da população deslocada;

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Responsabilidades

 Colaborar na instalação de sinalização relativa a cortes preventivos de vias de acesso à área inundada;

1.3 Agentes de Proteção Civil

Tabela 9 - Responsabilidades dos Agentes de Proteção Civil

Responsabilidades

 Assegurar as ações de socorro e salvamento na área afetada;  Colaborar na montagem do Posto de Comando;  Colaborar na operacionalização das Zonas de Concentração e Reserva;  Colaborar em ações de evacuação e transporte da população afetada Corpos de em articulação com as CM e os restantes APC; Bombeiros (CB)  Colaborar em ações de aviso à população, quando solicitado para o efeito;  Disponibilizar elementos para integrar as ERAS;  Colaborar nas ações de emergência médica;  Controlar os acessos à envolvente à área inundada e realizar cortes preventivos de vias, mediante solicitação do Posto de Comando;  Estabelecer perímetros de segurança em torno de zonas evacuadas;  Proteger a propriedade privada contra atos de saque na envolvente e Forças de Segurança (GNR) na área inundada;  Colaborar nas ações de movimentação da população afetada;  Colaborar nas ações de aviso à população, quando solicitado para o efeito;  Efetuar a montagem de Posto(s) Médico(s) Avançado(s), se necessário;  Assegurar a triagem e o apoio psicológico a prestar à população Instituto Nacional de Emergência Médica afetada, com vista à sua estabilização emocional; (INEM)  Garantir a prestação de cuidados médicos de emergência na Zona de Concentração e Apoio à População;

Hospitais, Centros de  Colaborar no apoio psicológico à população afetada; Saúde e demais  Adotar medidas de proteção da saúde pública nas áreas atingidas; serviços de saúde

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Responsabilidades

 Colaborar nas operações de regresso das populações;

 Desempenhar funções de aviso à população localizada na área Autoridade inundável, nos espaços sob sua jurisdição; Marítima/  Executar reconhecimentos fluviais e/ou subaquáticos; Polícia Marítima  (AM/PM) Efetuar levantamentos hidrográficos de emergência;  Assegurar a segurança das orlas fluviais, nos espaços sob sua jurisdição;  Colaborar na desobstrução expedita de vias de comunicação, com recurso a maquinaria pesada; Forças Armadas  Disponibilizar elementos para integrar as EAT; (FA)  Disponibilizar cozinhas e/ou refeitórios de campanha, caso necessário;  Colaborar na montagem das ZCAP;

1.4 Organismos e Entidades de Apoio

Tabela 10 - Responsabilidades dos Organismos e Entidades de Apoio Responsabilidades

 Disponibilizar cozinhas e/ou refeitórios de campanha, caso Cruz Vermelha necessário; Portuguesa (CVP)  Colaborar na montagem das ZCAP;  Facultar apoio específico à decisão operacional, designadamente Agência Portuguesa do quanto ao regime de caudais; Ambiente (APA)  Coordenar a gestão de caudais nos troços de montante da bacia hidrográfica, visando atenuar os picos de caudais; Instituto Português do  Facultar informação meteorológica de apoio às operações; Mar e da Atmosfera (IPMA)  Realizar cortes preventivos de vias rodo e ferroviárias, mediante Infraestruturas de solicitação do Posto de Comando; Portugal, S.A. (IP, S.A.)  Disponibilizar elementos para integrar as EAT;  Avaliar danos e verificar a transitabilidade das vias rodo e

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Responsabilidades

ferroviária; Laboratório Nacional  Estabilizar estruturalmente os edifícios e as obras de arte que de Engenharia Civil tenham sido afetados pela onda de inundação; (LNEC)  Disponibilizar elementos para integrar as EAT; EDP Energias de  Disponibilizar elementos para integrar as EAT; Portugal, S.A. (EDP) Outras entidades  Disponibilizar elementos para integrar as EAT; gestoras de redes/sistemas Centro Distrital de  Coordenar o apoio logístico à população afetada; Segurança Social de Bragança (CDSS) Associações  Colaborar no apoio logístico às forças de intervenção, Humanitárias de designadamente aos seus Corpos de Bombeiros; Bombeiros (AHB)  Disponibilizar meios de transporte para apoio a ações de evacuação; Escuteiros  Colaborar na confeção de alimentação;

Administração Regional  Colaborar nas ações de emergência médica; de Saúde do Norte (ARS)

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2. Sistema de Alerta e Aviso

2.1 Sistema de Alerta

Na iminência ou ocorrência de um acidente grave na Barragem de Santa Justa, com consequências para o vale a jusante (situações classificadas como de “Alerta, Nível 3 e 4” no Plano de Emergência Interno da Barragem), o dono de obra notifica a ANPC/CDOS de Bragança e os SMPC de Alfândega da Fé, Torre de Moncorvo e Vila Flor, assim como a Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

Tal notificação é produzida através de telefone fixo, existindo a redundância de a notificação poder ser efetuada recorrendo à rede móvel.

A notificação é acompanhada dos seguintes elementos de informação essenciais ao conhecimento da situação: identificação do emissor da informação, tipo de acidente, nível de alerta do PEI, ações já desencadeadas, outras informações consideradas pertinentes).

Em face da informação recebida do dono de obra, o CDOS e as Câmaras Municipais desencadeiam, nos respetivos níveis, um conjunto de notificações operacionais, com o objetivo de intensificar as ações preparatórias para as tarefas de mitigação da ocorrência.

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Tabela 11 - Entidades a alertar e notificar face aos diferentes níveis de alerta do PEI Entidades a Alertar/Notificar Nível de Alerta CDOS CM Alertar através de chamada e posterior envio de SMS

 CCOD de Bragança; Alerta Laranja  Juntas de Freguesia; (Nível 2)  CDPC de Bragança;

 Corpos de Bombeiros de Alfândega  Entidades intervenientes nos da Fé, de Torre de Moncorvo e de PMEPC de Alfândega da Fé, Vila Flor; de Torre de Moncorvo e de  Forças de Segurança;

 APA; Vila Flor; Alerta Vermelho (Nível 3)  Entidades intervenientes no PEExt;

O nível de Alerta Vermelho (nível 3), e eventualmente o nível de Alerta Laranja (nível 2) do PEI de Santa Justa, obriga à convocação imediata do CCOD de Bragança e à convocação da CDPC de Bragança.

2.2 Sistema de Aviso

O Dono de Obra é responsável, numa situação de acidente grave ou catástrofe, por proceder ao aviso à população localizada no vale imediatamente a jusante da barragem (Zona de Auto Salvamento, ZAS). Por outro lado, compete às Câmaras Municipais o aviso à restante zona do vale afetada pela onda de inundação, com o apoio das Juntas de Freguesia.

Desta forma este ponto subdivide-se em dois tipos distintos de sistemas de Aviso:  Sistemas de aviso na ZAS – que transpõe o sistema de aviso considerado no PEI.  Sistema de aviso a jusante da ZAS.

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2.2.1 Sistema de Aviso na ZAS

Na ZAS encontram-se implementados dispositivos de aviso sonoro acionados remotamente a partir do Posto de Observação e Controlo (POC) da barragem ou através de envio de SMS feito pelo dono de obra.

Encontram-se instalados na ZAS, 6 (seis) unidades de aviso sonoro:

 Sirene 1 – Barragem (0 Km);  Sirene 2 – Santa Justa (+ 1,4 Km);  Sirene 3 – Senhora das Angustias (+ 1,5 Km);  Sirene 4 – Picanheira (+ 2 Km);  Sirene 5 – Senhora da Rosa (+ 2,4 Km)  Sirene 6 – Junqueira (+ 2,1 Km)

Em caso de iminência ou ocorrência de acidente na barragem, as unidades de aviso sonoro emitirão os respetivos sinais sonoros:

 Sinal sonoro de evacuação

O sinal de início de aviso para evacuação deverá ter a duração mínima de 2 minutos, sendo composta por emissões sonoras de 2 segundos separados por um intervalo de 3 segundos.

 Sinal sonoro de fim de aviso de evacuação O fim de aviso de evacuação deverá ser composto por uma emissão sonora com a duração de 30 segundos.

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 Sinal sonoro de aviso de descarga Da mesma forma que é estabelecida uma associação entre a mensagem de aviso de evacuação e um tipo de sinal característico, também a mensagem de aviso de descarga deverá associar-se ao sinal acústico composto por uma emissão sonoro contínua de 2 minutos.

2.2.2 Sistema de Aviso a jusante da ZAS

Em face da informação recebida do dono de obra, as Câmaras Municipais e as Juntas de Freguesia, com o apoio da Guarda Nacional Republicana e Corpos de Bombeiros, desencadeiam um conjunto de ações de aviso à população potencialmente afetada no vale a jusante da ZAS, com o objetivo de informar acerca da natureza do acidente grave e da conduta de autoproteção mais adequada a adotar.

Tabela 12 - Conjunto de ações de aviso à população potencialmente afetada no vale a jusante da ZAS Entidade Mecanismo de aviso  Aviso direto à população, através de: o Contacto porta a porta o Viatura com megafone Câmaras Municipais/  Página de internet das Câmaras Municipais e das Juntas de Freguesia Juntas de Freguesia  Canais da Câmaras Municipais e das Juntas de Freguesia nas redes sociais (facebook e twitter)

 Aviso direto à população, através de: Forças de Segurança o Contacto porta a porta

o Viatura com megafone

 Aviso direto à população, através de: Corpos de Bombeiros o Contacto porta a porta

o Viatura com megafone

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Por outro lado, dado que o aviso à população é uma ação crucial para minorar o número de vítimas, e que é difícil que qualquer dos meios selecionados abranja toda a população potencialmente afetada, serão também considerados os sistemas previstos nos respetivos PMEPC.

Sem prejuízo dos sistemas de aviso direto que, à escala municipal, serão utilizados, o CDOS desencadeará um conjunto de ações complementares, designadamente:

 Contactos com a comunicação social (conferências de imprensa e comunicados de aviso);  Página de internet da ANPC (www.prociv.pt);  Canais da ANPC nas redes sociais (facebook e twitter).

Para que o alcance dos sistemas de aviso seja audível por toda a população no vale a jusante da ZAS, o sistema de aviso direto à população é operacionalizado de acordo com o definido na Área de Intervenção de Informação Pública (II-4.4)

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3. Organização

3.1 Sectorização operacional

A resposta operacional desenvolve-se na área afetada pela onda de inundação causada pela rutura da barragem, que é designada por Zona de Intervenção (ZInt).

A ZInt encontra-se dividida em dois sectores, o primeiro dos quais corresponde à Zona de Auto Salvamento (ZAS), definida no PEI. A jusante da ZAS definem outro sector (ZIntA), tendo em consideração a distância à barragem e/ou o tempo de chegada da onda de inundação, facilitando, assim, a gestão de toda a emergência.

Como tal, a setorização do vale a jusante da Barragem de Santa Justa define-se da seguinte forma:

 ZAS (Localiza-se entre a barragem de Santa Justa e a ponte da Junqueira)  ZIntA (Localiza-se a partir da ponte da Junqueira até à foz com o Rio Douro)

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Albufeira

Até à Ponte da

Junqueira ZAS

ZIntA

Da Ponte da Junqueira até à Foz com o Rio Douro

Figura 3 - Divisão do vale a jusante em Zonas de Intervenção

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3.2 Estruturas de suporte operacional

Em cada uma das zonas atrás indicadas (ZAS, ZIntA) são definidas um conjunto de estruturas de suporte operacional, localizadas na margem direita e margem esquerda, designadamente:

 Zonas de Concentração e Reserva (ZCR), destinadas à localização temporária dos meios e recursos disponíveis sem missão imediata e nos quais se mantém um sistema de apoio logístico às forças de intervenção (ver II-3.2.1);

 Zona de Concentração Local (ZCL), destinadas a locais temporários para onde a população se deverá dirigir de imediato após o sinal de aviso de um possível acidente grave ocorrido na barragem (ver II-4.5);

 Zonas de Concentração e Apoio à População (ZCAP), destinadas a locais de alojamento temporário onde a população evacuada ou desalojada, permanecerá até ao término da ocorrência e ser possível regressar às suas habitações (ver II-4.2.2);

 Zonas de Reunião de Mortos (ZRnM), destinadas a locais de recolha e reunião de vítimas mortais (ver II-4.8);

A Figura seguinte esquematiza a distribuição das estruturas acabadas de referir.

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MARGEM DIREITA (MD) MARGEM ESQUERDA (ME) Albufeira

ZCAP1_MD ZCR_MD1 ZCR_ME1 ZCL1_MD ZAS ZCAP1_ME ZCL1_ME ZRnM_MD1 ZRnM_ME1 ZCAP2_MD

ZIntA

ZCAP3_MD ZCL2_MD ZCR_MD2 ZCL2_ME ZCR_MD2 ZCAP2_ME ZRnM_MD2 ZCAP4_MD ZCL3_MD ZRnM_ME2 ZCL3_ME

Figura 4 - Esquematização das estruturas de suporte operacional no vale a jusante 39

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3.2.1 Zonas de Concentração e Reserva (ZCR)

A localização das Zonas de Concentração e Reserva (ZCR) encontra-se definida na tabela 13:

Tabela 13 - Localização das Zonas de Concentração e Reserva Zonas de Intervenção Rio ZAS Coordenadas Coordenadas ZIntA (WGS84) (WGS84) ZCR – Margem Direita Campo de 41º20’37.46’’N ZCR – 41°19'28.51"N

(MD) futebol de 7º2’27.42’’W Ascendi, S.A. 07° 4'33.71"W Vilarelhos

ZCR – Junta ZCR – Margem 41º18’45.37’’N 41º14´01.57´´N de Freguesia Quinta da Esquerda (ME) 7º0’39.04’’W 07º05´13,87´´ W de Eucísia Terrincha

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4. Áreas de Intervenção A organização da resposta assenta num conjunto de Áreas de Intervenção específicas, destinadas a enquadrar as principais ações a adotar no vale a jusante da Barragem de Santa Justa.

Sem prejuízo do disposto nos Planos Gerais de Emergência de Proteção Civil, esquematizam-se na Tabela seguinte as entidades com responsabilidades específicas em cada uma das Áreas de Intervenção.

Tabela 14 - Áreas de Intervenção Áreas de Intervenção Entidade Coordenadora Entidades Intervenientes Posto de Comando Distrital . ANPC/CDOS de Bragança; ERAS (PCDis) . Corpos de Bombeiros (CB); . Câmaras Municipais (CM); Reconhecimento e . Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC); Avaliação Posto de Comando Distrital . Entidades gestoras de redes/sistemas (de acordo com a avaliação EAT (PCDis) pretendida); . Forças Armadas (FA); . Dono de Obra; . ANPC/CDOS de Bragança; . Associações Humanitárias de Bombeiros (AHB); Apoio logístico Centro de Coordenação . Câmaras Municipais (CM); Logística às Forças de Operacional Distrital (CCOD) . Corpos de Bombeiros (CB); Intervenção . Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) . Escuteiros

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Áreas de Intervenção Entidade Coordenadora Entidades Intervenientes . Forças Armadas (FA); . Juntas de Freguesia (JF); . Câmaras Municipais (CM); Apoio . Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) Centro Distrital de Segurança Logístico às . Forças Armadas (FA); Social (CDSS) de Bragança Populações . Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM); . Juntas de Freguesia (JF); . Autoridade Marítima (AM); . ANPC / CDOS de Bragança; Comunicações ANPC / CDOS de Bragança . Corpos de Bombeiros (CB); . Guarda Nacional Republicana (GNR); . ANPC/CDOS de Bragança; . Autoridade Marítima (AM); Centro de Coordenação . Câmaras Municipais (CM); Informação Pública Operacional Distrital (CCOD) . Corpos de Bombeiros (CB); . Guarda Nacional Republicana (GNR); . Juntas de Freguesia (JF); . Associações Humanitárias de Bombeiros (AHB); GNR/AM, de acordo com a área . Autoridade Marítima (AM); Evacuação e/ou Confinamento de incidência territorial da . Câmaras Municipais (CM); emergência . Corpos de Bombeiros (CB); . Juntas de Freguesia (JF)

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Áreas de Intervenção Entidade Coordenadora Entidades Intervenientes . Guarda Nacional Republicana (GNR); Instituto Nacional de . Câmaras Municipais Serviços Médicos e Transporte de Emergência Médica, I.P. (na área . Corpos de Bombeiros (CB); Vítimas do pré-hospitalar) e ARS (na . Hospitais, Centros de Saúde e demais serviços de saúde; área hospitalar) . Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM); . ANPC/CDOS de Bragança; Autoridade Nacional de . Autoridade Marítima (AM); Proteção Civil (ANPC) / . Câmaras Municipais (CM); Socorro e Salvamento Comando Distrital de . Corpos de Bombeiros (CB); Operações de Socorro (CDOS) . Força Especial de Bombeiros (FEB); de Bragança / AM . Guarda Nacional Republicana (GNR); . Câmaras Municipais (CM); Serviços Mortuários Ministério Público . Corpos de Bombeiros (CB); . Guarda Nacional Republicana (GNR);

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4.1 Reconhecimento e avaliação

4.1.1 Equipas de Reconhecimento e Avaliação da Situação

Tabela 15 - Equipas de Reconhecimento e Avaliação da Situação

EQUIPAS DE RECONHECIMENTO E AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO

Instruções Específicas: a) Pessoal

. Cada ERAS é constituída por 2 (elementos a designar de acordo com a missão específica que lhe for atribuída);

. Inicialmente encontram-se planeadas ao nível distrital, no mínimo, duas ERAS terrestres e uma ERAS aérea para toda a área inundada;

. O chefe da ERAS é o elemento mais graduado da equipa.

b) Equipamento . Por forma a garantir o cumprimento da sua missão, as ERAS estão dotadas de: i. Meios de transporte com capacidade tática (preferencialmente); ii. Equipamento de comunicações rádio e móvel; iii. Equipamento de Proteção Individual (EPI); iv. Primeiros socorros; v. Equipamento informático (computador ou tablet); vi. Equipamento fotográfico; vii. Equipamento de georreferenciação; viii. Cartografia.

c) Função

. As ERAS recolhem informação especifica sobre as consequências do evento em causa, nomeadamente no que se refere a:

i. Locais com maior número de sinistrados; ii. Locais com maiores danos no edificado; iii. Núcleos habitacionais isolados; iv. Estabilidade de vertentes; v. Estabilidade e operacionalidade das infraestruturas;

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vi. Eixos rodoviários de penetração na(s) ZS; vii. Elementos estratégicos, vitais ou sensíveis (escolas, hospitais, quarteis de bombeiros, instalações das forças de segurança); viii. Condições meteorológicas locais; ix. Contabilização do número de pessoas que se encontram nas ZCL.

d) Acionamento:

. As ERAS são acionadas à ordem do PCDis, que trata a informação recebida pelas equipas.

Procedimentos: Margem Direita / Esquerda

PCDis

Aciona equipa

ERAS 1MD ERAS 1ME (terrestre (terrestre ZIntA) ZIntA)

Chefe equipa: Chefe equipa:

 Elemento de  Elemento de Comando; Comando;  Bombeiro com  Bombeiro com curso ERAS; curso ERAS; 

ELABORAM RELIS

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4.1.2 Equipas de Avaliação Técnica

Tabela 16 - Equipas de Avaliação Técnica

EQUIPAS DE AVALIAÇÃO TÉCNICA

Instruções Específicas: a) Pessoal

. Cada EAT é constituída, no mínimo, por 2 (elementos a designar de acordo com a missão específica que lhe for atribuída);

. As EAT serão compostas preferencialmente por elementos provenientes das CM, com formação na área da engenharia civil. No caso das infraestruturas de dimensão significativa, as Equipas deverão, na medida dos recursos disponíveis, integrar um representante do LNEC, ou de outras entidades consideradas relevantes;

. Em caso de necessidade poderão ser mobilizados para as EAT, e/ou outros especialistas designados para o efeito, por entidades constantes do Plano, ou por outras com as quais eventualmente estejam estabelecidos protocolos;

. Inicialmente encontram-se planeadas a nível distrital, no mínimo, 4 EAT terrestres;

. O chefe das EAT é o representante da ANPC.

b) Equipamento

. Por forma a garantir o cumprimento da sua missão, as EAT deverão ser dotadas de:

o Meios de transporte com capacidade tática (preferencialmente); o Equipamento de Comunicações Rádio e Móvel; o Equipamento de Proteção Individual (EPI); o Kit de alimentação e primeiros socorros; o Equipamento informático (computador ou tablet); o Equipamento fotográfico; o Equipamento de georreferenciação; o Equipamento diverso (ex. cordas, tinta ou lata de spray para marcar o edificado ou a infraestrutura); o Cartografia.

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c) Função:

. As EAT recolhem informação específica sobre a estabilidade e operacionalidade das estruturas e redes afetadas pelo evento em causa.

d) Acionamento:

. As EAT são acionadas à ordem do PCDis, que trata a informação recebida pelas equipas;

. As EAT municipais, caso sejam constituídas, devem articular-se com as EAT distritais.

Procedimentos:

Margem Direita / Esquerda PCDis

Aciona equipa

EAT 1MD EAT 2ME EAT 3MD EAT 4ME (terrestre – ZIntA) (terrestre – ZIntA)) (terrestre - ZAS) (terrestre - ZAS)

Chefe CMDT PCMTM Chefe CMDT PCMTM Chefe equipa: COM Chefe equipa: COM

Equipa-BVTM Equipa-BVTM

 BVTM  BVTM  BVAF  BVAF  BVVF

ELABORAM RELIS

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4.2 Logística

4.2.1 Apoio logístico às forças de intervenção

Tabela 17 - Apoio logístico às forças de intervenção

APOIO LOGÍSTICO ÀS FORÇAS DE INTERVENÇÃO Instruções Específicas:

. Nas primeiras 24 horas, as AHB de Alfândega da Fé, Torre de Moncorvo e Vila Flor apoiam logisticamente a sustentação das operações desenvolvidas pelo seu CB;

. Após as primeiras 24 horas, as necessidades logísticas são suprimidas pelas Câmaras Municipais de Alfândega da Fé, Torre de Moncorvo e Vila Flor que contactarão com os fornecedores ou entidades detentoras previstos nos respetivos PMEPC.

Alimentação e Alojamento

. O fornecimento/distribuição de alimentação e água potável ao pessoal envolvido nas operações de socorro que se localize na:

. ZAS deverá ser efetuada pelos serviços da(s) CM de Alfândega da Fé, apoiando-se em caso de necessidade nas JF abrangidas no PEExt e na Santa Casa da Misericórdia de Alfândega da Fé.

. ZIntA deverá ser efetuada pelos serviços da(s) CM de Torre de Moncorvo e Vila Flor, apoiando-se em caso de necessidade nas JF abrangidas no PEExt.

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. Independentemente, do apresentado acima, para a distribuição de alimentação ao pessoal envolvido em operações de socorro poderão ser montados, por exemplo, pelas FA, CVP e Escuteiros, cozinhas e refeitórios de campanha, localizados em:

. Quinta da Terrincha;

. Horta da Vilariça;

. Junta de Freguesia de Sampaio;

. Sede da Junta de Freguesia de Eucísia;

. Sede da Junta de Freguesia de Vilarelhos;

. Agrupamento de escolas do concelho de Alfândega da Fé

. Santa Casa da Misericórdia de Alfândega da Fé;

Material Sanitário

. A Junta de Freguesia de Vilarelhos e Eucísia disponibilizam as instalações da sua sede na ZAS de modo a auxiliar as várias entidades envolvidas;

. Os JF Horta Vilariça e JF Cabeça Boa disponibilizam as suas instalações na ZAS de modo a auxiliar as várias entidades envolvidas na ZInt1 de modo a auxiliar as várias entidades envolvidas;

Maquinaria e outros equipamentos

. A disponibilização de meios e recursos para a desobstrução de vias de comunicação, operações de demolição, escoramento de infraestruturas, remoção de detritos/lamas, drenagem e escoamento de águas, é efetuada na:

. ZAS pela entidade CM de Alfândega da Fé e BV de Alfândega da Fé;

. ZIntA pelas entidades CM de Torre de Moncorvo, BV de Torre de Moncorvo, CM de Vila Flor e BV de Vila Flor.

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4.2.2 Apoio logístico às populações

Tabela 18 - Apoio logístico às populações

APOIO LOGÍSTICO ÀS POPULAÇÕES

Instruções Específicas:

Zona de Concentração e Apoio à População (ZCAP)

. A organização da ZCAP é efetuada de acordo com o definido para o PDEPC de Bragança. As entidades em cada uma das valências de gestão da ZCAP são:

Organização da ZCAP Centro de Apoio Psicossocial Coord: CDSS Alimentação e  CDSS; agasalho  INEM; Coord: CDSS  ARS;  CM; Segurança

 GNR;  CVP;  ANPC  FA; (GNR)  CM  CB´s;  AHBV; Centro de Cuidados  JF; Básicos de Saúde

Coord: CDSS  CDSS; Centro de Registo/  CVP; Referenciação/Pesquisa  ARS; Coord: CDSS  Centros de  CDSS; Saúde  CVP;

. A montagem das ZCAP são da responsabilidade, na:

. ZAS, pela(s) CM Alfândega da Fé e JF de Vilarelhos e Eucísia;

. ZIntA, pela(s) CM Torre de Moncorvo e JF Torre de Moncorvo, Horta da Vilariça e Cabeça Boa;

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. A localização das ZCAP poderá ser a indicada nos respetivos PMEPC;

Zonas de Intervenção Rio ZAS Coordenadas (WGS84) ZIntA Coordenadas (WGS84)

 41°20'47.56"N  41º13´46.96´´N  ZCAP1_MD Junta de  ZCAP3_MD Horta da Freguesia de Vilarelhos 07° 2'19.36"W Vilariça 07º06´35,58´´ W

Margem Direita (MD)

 ZCAP2_MD Igreja de  41°19'14.48"N  41°19'28.51"N  ZCAP4_MD Ascendi Lodões 07° 4'53.91"W 07° 4'33.71"W

 41°18'45.14"N  41º14´01.57´´N  ZCAP1_ME Junta de  ZCAP2_ME Quinta da Margem Esquerda (ME) Freguesia de Eucísia Terrincha 07° 0'39.03"W 07º05´13,87´´ W

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. A CVP e as FA na medida das suas possibilidades e disponibilidades, apoiam na montagem das ZCAP;

. A segurança nas ZCAP será efetuada de acordo com os procedimentos definidos para as AI da Manutenção da Ordem Pública dos PMEPC Alfândega da Fé, Torre de Moncorvo e Vila Flor;

. Os serviços locais de Segurança Social de Bragança asseguram a constituição de equipas técnicas para receção, atendimento e encaminhamento da população nas ZCAP, de acordo com o definido para o PDEPC de Bragança;

. A distribuição de bens essenciais será assegurada pela Ação Social da CM de Torre de Moncorvo, na medida das suas disponibilidades, podendo ser apoiadas pelo banco Solidário;

. As Juntas de Freguesias participantes no presente plano constituem as equipas de recenseamento e registo da população afetada, que se efetua de acordo com o indicado no PDEPC de Bragança.

Alimentação, Água Potável e Agasalhos

. As IPSS e BV de Torre de Moncorvo, deverão satisfazer as necessidades das populações desalojadas e/ou deslocadas, quanto às necessidades de alimentação, água potável e agasalhos, para as ZCL e ZCAP;

Transporte

. O transporte da população desalojada e/ou deslocados da ZCL para a ZCAP é efetuado de acordo com o fixado na Área de Intervenção de Evacuação e Confinamento.

Distribuição de Material Sanitário

. A distribuição de material sanitário ficará a cargo das CM Alfândega da Fé, Torre de Moncorvo e Vila Flor e das JF presentes neste plano, as quais poderão requerer a entidades de apoio para esta tarefa.

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4.3 Comunicações

Tabela 19 - Comunicações

COMUNICAÇÕES

Instruções Específicas:

. Através do Plano de Comunicações (anexo ao presente Plano), elaborado pelo PCDis são identificados os recursos e procedimentos que permitem à Estrutura de Comando dispor dos meios de telecomunicações que garantem o efetivo exercício das funções de Comando e Controlo;

. O Plano de Comunicações aplica-se à interligação das estruturas de decisão de nível distrital:

ERAS + EAT ZCL CDPC ZCAP SALOGE/CDOS ZAS ZRnM

ZCR CCOD

ERAS + EAT ZCL Dono de ZCAP Obra PCDis ZIntA ZRnM

ZCR CMPC PCMun

. As entidades sem meios próprios de comunicação poderão contar, de acordo com as suas disponibilidades, com a colaboração da ANPC/CDOS de Bragança de forma a assegurar os requisitos mínimos de troca de informação, mediante moldes a definir para cada caso concreto e sempre em função da situação em curso.

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4.4 Informação pública

Tabela 20 - Informação pública

INFORMAÇÃO PÚBLICA

Instruções Específicas:

. Aquando da ativação do nível de alerta laranja ou vermelho do Plano de Emergência Interno e como forma de garantir a homogeneidade na passagem de informação à população, o CCOD emitirá um comunicado de aviso à população, em articulação com o Diretor do Plano e com as Câmaras Municipais. Para tal, utilizará o modelo de comunicado constante da Parte III-3.3;

. Em paralelo, as Câmaras Municipais, apoiadas pelas Juntas de Freguesia e pelos Corpos de Bombeiros e Forças de Segurança, desencadeiam os procedimentos de aviso direto à população previstos em II-2.2, os quais são operacionalizados do seguinte modo:

Zonas de Rio Intervenção Margem Direita (MD) Margem Esquerda (ME) ZIntA  GNR

 CB de Torre de Moncorvo  GNR

 JF Horta da Vilariça e Cabeça  CB de Torre de Moncorvo

Boa  SMPC de Torre de Moncorvo

 CB de Vila Flor  JF de Torre de Moncorvo

 SMPC de Vila Flor

. A ANPC/CDOS de Bragança, assegurará a realização periódica de briefings aos OCS, os quais conterão o POSIT global referente à totalidade da ZInt. O Diretor de Plano poderá nomear um porta-voz para as relações com os OCS;

. A ANPC/CDOS de Bragança, em conjunto com as CM de Alfândega da Fé, Torre de Moncorvo e Vila Flor disponibilizaram linhas telefónicas para prestar informações à população. Além disso deverão ficar disponíveis, através dos respetivos sítios de internet da ANPC e das CM, todas as informações pertinentes;

. Nos espaços sob jurisdição da Autoridade Marítima, esta entidade assegura o aviso à população, com o apoio das Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia.

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4.5 Evacuação e/ou Confinamento

Tabela 21 - Evacuação e/ou Confinamento

EVACUAÇÃO E/OU CONFINAMENTO

Instruções Específicas:

Ao sinal de aviso de evacuação, a população deverá dirigir-se para as ZCL, onde é prestada a primeira ajuda. Caso necessário, a população evacuada transita para a(s) ZCAP.

Zonas de Concentração Local (ZCL)

. A localização das ZCL é a definida na Tabela seguinte:

Zonas de Intervenção Rio ZAS Coordenadas (WGS84) ZIntA Coordenadas (WGS84)  41º13´46.96´´N  ZCL2_MD Horta da Vilariça  41°20'47.56"N  ZCL1_MD Junta de freguesia de 07º06´35,58´´ W Margem Direita Vilarelhos 07° 2'19.36"W (MD)  41°19'28.51"N  ZCL3_MD Ascendi 07° 4'33.71"W

 41º14´01.57´´N  ZCL2_ME Quinta da Terrincha  07º05´13,87´´ W Margem Esquerda  41°18'45.14"N  ZCL1_ME Junta de Freguesia de (ME) Eucísia 07° 0'39.03"W  41°16'9.15"N  ZCL3_ME Junqueira 07° 4'55.24"W

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Evacuação

. Na Margem Direita do rio, a:

. ZCL1_MD é gerida pela CM de Alfândega da Fé e JF de Vilarelhos;

. ZCL2_MD é gerida pela CM de Torre de Moncorvo e JF da Horta da Vilariça e Cabeça Boa;

. ZCL3_MD é gerida pela CM de Vila Flor e JF de Sampaio;

. Na Margem Esquerda do rio, a:

. ZCL1_ME é gerida pela CM de Alfândega da Fé e JF de Eucísia;

. ZCL3_ME é gerida pela CM de Torre de Moncorvo e JF de Torre de Moncorvo;

. ZCL3_ME é gerida pela CM de Torre de Moncorvo e JF de Torre de Moncorvo;

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. Os itinerários de evacuação mais adequados a utilizar para a transição da população da ZCL para a ZCAP são:

MD ME Zonas de Intervenção ZCL ZCAP Itinerários ZCL ZCAP Itinerários ZCL1_MD ZCAP1_MD ZCL1_ME ZCAP1_ME ZAS Na JF de Vilarelhos No Edifício da Junta de Freguesia da Eucísia JF Vilarelhos JF Vilarelhos JF Eucísia JF Eucísia

Fundo da Aldeia da Horta ZCL2_MD ZCAP3_MD ZCL2_ME ZCAP2_ME da Vilariça na EM623 no Na Quinta Terrincha junto à estrada Horta da Horta da Quinta da Quinta da cruzamento para a Quinta nacional. Vilariça Vilariça Terrincha Terrincha ZIntA do Couquinho. ZCAP2_ME ZCL3_MD ZCAP4_MD ZCL3_ME Na Quinta Terrincha seguindo pela estrada No edifício da Ascendi S.A. Quinta da Ascendi Ascendi Junqueira nacional. Terrincha

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. A movimentação coletiva a partir das ZCL poderá ser garantida com meios de transporte a fornecer pelas AHB, por empresas públicas ou privadas de transportes ou por outros meios proporcionados pela Área de Intervenção de Logística;

. No caso de evacuação por via fluvial, a AM e CB’s, disponibilizam embarcações para as evacuações;

. O transporte da população desalojada e/ou deslocada entre a ZCL e a ZCAP deverá ser efetuado com os meios próprios das CM e JF e será, em regra, acompanhado por pessoal do Município. Se necessário, as Forças de Segurança poderão solicitar ao PCDis a existência de acompanhamento médico, por parte do INEM;

. O regresso das populações às áreas anteriormente evacuadas deve ser controlado pela GNR, tendo em vista a manutenção das condições de tráfego, e só quando estiverem garantidas as condições de segurança;

Confinamento . A população deverá permanecer no local onde se encontra, caso esteja situada na zona adjacente à área inundável ou em locais dentro da zona inundável mas que não são atingidos pela onda de inundação.

Cortes de circulação . A GNR procede ao corte das seguintes vias:

Vias cortadas ao trânsito Zonas de Intervenção MD ME

EM 587 EM 587 ZAS

IP 2 IC 5

EN 102 IP 2

EM 622 EM 611

EM 623 EM 622 ZIntA EM 623-1 EM 623

EN 102

EN 215

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4.6 Serviços médicos e transporte de vítimas

Tabela 22 - Serviços médicos e transporte de vítimas

SERVIÇOS MÉDICOS E TRANSPORTE DE VÍTIMAS

Instruções Específicas:

. Os procedimentos a adotar para a Área de Intervenção da Emergência Médica e para a Área de Intervenção do Apoio Psicológico são os indicados no PDEPC de Bragança;

. A localização dos postos/áreas de triagem é identificada pelo COS e deverá estar tão perto quanto possível das zonas mais afetadas dentro da Zona de Sinistro, respeitando as necessárias distâncias de segurança.

4.7 Socorro e salvamento

Tabela 23 - Socorro e salvamento

SOCORRO E SALVAMENTO

Instruções Específicas:

. As ações de busca, socorro e salvamento poderão ser apoiadas por meios aéreos da ANPC, de acordo com a necessidade de disponibilidade das aeronaves e das condições meteorológicas;

. O GIPS-GNR assegura o reforço especializado à 1ª intervenção nas missões de proteção e socorro, designadamente nos domínios da busca e salvamento;

. A intervenção inicial cabe prioritariamente às forças mais próximas do local da ocorrência ou àquelas que se verifique terem uma missão específica mais adequada, nomeadamente na:

. Margem Direita do rio, na:

. ZAS, o socorro e salvamento é efetuado pelos BV de Alfândega da Fé;

. ZIntA, o socorro e salvamento é efetuado pelos BV de Vila Flor e BV de Torre de Moncorvo;

. Margem Esquerda do rio, na:

. ZAS, o socorro e salvamento é efetuado pelos BV de Alfândega da Fé;

. ZIntA, o socorro e salvamento é efetuado pelos BV de Torre de Moncorvo apoiando-se em caso de necessidade nos BV de Alfândega da Fé;

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4.8 Serviços mortuários

Tabela 24 - Serviços mortuários

SERVIÇOS MORTUÁRIOS

Instruções Específicas:

. Os procedimentos a adotar para a Área de Intervenção dos Serviços Mortuários são os indicados no PDEPC de Bragança;

. A localização das Zonas de Reunião de Mortos (ZRnM) encontram-se definidas nos respetivos PMEPC;

Zonas de Intervenção Rio ZAS Coordenadas (WGS84) Coordenadas ZIntA (WGS84) ZRnM1 Ascendi ZRnM2 Centro Margem Direita Douro - Estradas 41°19'29.21"N de Saúde de 41°10'28.25"N

(MD) Do Douro 07º4’35.76’’ W Torre de 07° 2'47.38"W Interior, S.A. Moncorvo

ZRnM2 Centro ZRnM1 Centro Margem 41°20'44.12"N de Saúde de 41°10'28.25"N de Saúde de Esquerda (ME) 6°57'46.89"W Torre de 07° 2'47.38"W Alfândega da Fé Moncorvo

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PARTE III – Inventários e Listagens

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1. Inventário de meios e recursos Componente reservada. 2. Lista de contactos Componente reservada.

3. Lista de distribuição

3.1 Serviços de Proteção Civil

Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) ANPC – Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) ANPC – Comando Distrital de Operações de Socorro da Guarda (CDOS Guarda) ANPC – Comando Distrital de Operações de Socorro de Vila Real (CDOS Vila Real) ANPC – Comando Distrital de Operações de Socorro de Viseu (CDOS Viseu) Câmara Municipal de Alfândega da Fé Câmara Municipal de Bragança Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta Câmara Municipal de Câmara Municipal de Câmara Municipal de Câmara Municipal de Câmara Municipal de Torre de Moncorvo Câmara Municipal de Vila Flor Câmara Municipal de Câmara Municipal de

3.2 Comissão Distrital de Proteção Civil (CDPC) de Bragança

Presidente da CDPC CODIS de Bragança Instituto da Conservação da Natureza e Florestas - Bragança Instituto da Segurança Social - Bragança

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Direção Regional de Educação do Norte Guarda Nacional Republicana – Comando Territorial de Bragança Polícia de Segurança Pública – Comando Distrital de Bragança Serviço de Estrangeiros e Fronteiras – Delegação de Bragança Instituto Nacional de Emergência Médica – Delegação do Norte Unidade Local de Saúde do Nordeste Federação dos Bombeiros do Distrito de Bragança Regimento de Infantaria – RI 19 de Chaves Infraestruturas de Portugal Presidentes de Camara designados pela Associação Nacional de Municípios Portugueses

3.3 Agentes de Proteção Civil

CB de Alfândega da Fé CB de Bragança CB de Carrazeda de Ansiães CB de Freixo de Espada à Cinta CB de Izeda CB de Macedo de Cavaleiros CB de Miranda do Douro Corpos de Bombeiros CB de Mirandela CB de Mogadouro CB de Sendim CB de Torre de Dona Chama CB de Torre de Moncorvo CB de Vila Flor CB de Vimioso CB de Vinhais GNR Comando Territorial de Bragança PSP Comando Distrital Bragança Forças Armadas EMGFA AM/PM Capitania do Porto do Douro

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Comando local da Polícia Marítima do Douro INEM Instituto Nacional de Emergência Médica

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3.4 Organismos e Entidades de Apoio

Dono de Obra Substituto do Dono de Obra Outros representantes do Dono de Obra Ministério Público Instituto dos Registos e Notariado Policia Judiciaria Serviço de Estrangeiros e Fronteiras Centro Distrital de Segurança Social de Bragança Cruz Vermelha Portuguesa

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ANEXOS

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Anexo I – Cartografia de suporte às operações de emergência de Proteção Civil

Figura 5 - Implementação da Barragem de Santa Justa e Onda de Inundação (Fonte: PEI)

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Anexo II – Programa de medidas a implementar para a prevenção e mitigação dos riscos identificados e para a garantia da operacionalidade do Plano

i. Programa de medidas a implementar para a prevenção e mitigação dos riscos identificados

Para além das estratégias gerais e específicas definidas para o risco de Rutura de Barragens, elencadas nos Planos de Emergência de Proteção Civil, de âmbito geral, as medidas de mitigação definidas neste Plano, definem objetivos específicos de horizontes de tempo a curto e médio prazo, nomeadamente:

Medida Entidade responsável

 Informar a população do vale a jusante, potencialmente afetado por Dono de Obra um acidente grave ou catástrofe na barragem, acerca do risco existente. SMPC´s

Dono de Obra  Agendar ações de formação para a população, no que diz respeito ao aviso, evacuação e medidas de autoproteção a adotar, SMPC´s

 Estabelecer os procedimentos de avaliação, que permitam decidir Dono de Obra com rapidez da necessidade da evacuação das populações e a sua deslocação para as Zonas de Concentração Local. SMPC´s

 Elaborar listagens da população presente nas ZInt e a deslocar, para as diferentes ZCL e/ou ZCAP tendo em conta a unidade das SMPC´s estruturas familiares.

Dono de Obra  Assegurar que toda a população em perigo é avisada atempadamente e que se desloca em segurança para as ZCL, tendo em conta os SMPC´s tempos e alcance da onda de inundação. GNR

 No caso do sistema de aviso sonoro, verificar se o sinal se encontra Dono de obra ao alcance efetivo da população em risco.

 Identificar os constrangimentos, nomeadamente em meios e recursos, que dificultem ou impossibilitem operações de Proteção SMPC´s Civil.

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Medida Entidade responsável

 Verificar se os percursos definidos para a evacuação pedonal da SMPC´s população se encontram operacionais e se as ZCL estão acessíveis.

Dono de Obra  Implementar a sinalização dos percursos de evacuação e garantir que os mesmos se encontram em boas condições. SMPC´s

 Atualizar o levantamento dos grupos críticos (idosos, crianças e SMPC´s pessoas com mobilidade reduzida) localizados na zona de risco.

ANPC  Verificar se os meios para transporte das populações são suficientes tendo em conta as estimativas do número de pessoas a deslocar. SMPC´s

 Verificar se os itinerários para deslocar as populações das ZCL para SMPC´s as ZCAP se encontram operacionais ou se continuam a ser os mais adequados. GNR

 Verificar se as vias que constituem os corredores destinados exclusivamente à circulação de viaturas envolvidas na gestão da GNR emergência se encontram operacionais ou se continuam a ser as mais adequadas.

SMPC´s  Verificar se os meios de transporte estão adequados para assegurar a evacuação de feridos para estruturas hospitalares. GNR

SMPC´s  Verificar se os locais para reunião de mortos definidos continuam a cumprir os requisitos necessários. GNR

 Verificar se os meios e recursos existentes no município, continuam SMPC´s a ser os necessários na gestão das operações de emergência.

 Efetuar o levantamento das entidades ao nível municipal suscetíveis de fornecer os bens de primeira necessidade/dia (alimentação, água, SMPC´s agasalhos, etc.) a fornecer à população e pessoal envolvido na gestão da emergência.

 Verificar se os meios de transporte continuam a ser os necessários SMPC´s para assegurar a distribuição dos bens de primeira necessidade às

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Medida Entidade responsável

populações e do pessoal envolvido na gestão e operações de emergência.

 Organizar ações de formação para as entidades intervenientes. ANPC

ANPC

SMPC´s  Realizar exercícios de teste às comunicações entre a ANPC, as Câmaras Municipais e o dono de obra. GNR

CB´s

ii. Programa de medidas a implementar para a garantia da manutenção da operacionalidade do Plano

De modo a garantir a permanente operacionalidade do PEExt de Santa Justa, manter a prontidão dos agentes e entidades nele envolvidos e recolher lições para a sua melhoria e atualização permanentes, serão realizados exercícios com periodicidade máxima de dois anos, nos termos do disposto no n.º 3 do Artigo 8.º da Resolução n.º 30/2015 de 07 de maio. Os referidos exercícios poderão envolver o teste à totalidade ou apenas a parte do Plano. Estes serão alternadamente do tipo CPX (Command Post Exercise) ou LIVEX (Live Exercise). Caberá à Comissão Distrital de Proteção Civil, de acordo com a alínea d) do n.º 2 do Artigo 38.º da LBPC, a sua promoção.

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