A Simbologia Presente Nos Estilos De Karate-Dō a Simbologia Presente Nos Estilos De Karate-Dō

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A Simbologia Presente Nos Estilos De Karate-Dō a Simbologia Presente Nos Estilos De Karate-Dō A simbologia presente nos estilos de Karate-Dō A simbologia presente nos estilos de Karate-Dō CDD. 20.ed. 796.84 Brandel José Pacheco LOPES FILHO*/** *Instituto de Geriatria ** e Gerontologia, Ponti- http://dx.doi.org/10.1590/1807-55092015000300395 Alberto de Oliveira MONTEIRO fícia Universidade Ca- tólica do Rio Grande do Sul. **Escola de Educação Física, Universidade Federal do Rio Grande Resumo do Sul. O objetivo deste estudo é interpretar os diferentes signifi cados existentes nos emblemas/símbolos de estilos e escolas de Karate-Dō, analisando seus elementos internos e sua importância dentro dessa prática. Para sua realização, foram realizadas três etapas distintas: 1) catalogação e investigação dos estilos e escolas de Karate-Dō com maior representatividade histórica, cultural e política; 2) identifi cação dos símbolos utilizados por cada um desses estilos e escolas; e 3) análise de cada um desses símbolos. Essa análise torna-se importante para uma compreensão mais profunda dos diferentes signifi cados envolvidos na prá- tica do Karate-Dō, pois, apesar de seguirem um conjunto de valores comum a todos os Budō, as escolas possuem sua própria visão de mundo, utilizando seus símbolos para reforçar ou externar tais conceitos. A maior parte dos símbolos analisados demonstra um aprofundamento cultural em seus grafi smos, sendo reconhecidos alguns elementos até de aspecto espiritual ou religioso. Esse simbolismo, em si, mostra um aspecto relevante para a compreensão do próprio fenômeno multicultural nomeado Karate-Dō. PALAVRAS-CHAVE: Karate; Artes marciais; Esporte; Cultura japonesa; História. Introdução O mundo é permeado por símbolos das mais instituições ou estilos. No entanto, cada um desses variadas formas: podem ser mais claros e objetivos, elementos visuais parece possuir signifi cados diversos. como brasões familiares e bandeiras, ou podem se Com base nessas informações, o objetivo deste estu- apresentar de forma mais sutil, como ocorre no caso do é interpretar os diferentes signifi cados existentes nos de mitos e lendas culturais. Independente de sua emblemas/símbolos de estilos e escolas de Karate-Dō, apresentação, tais símbolos representam aspectos analisando seus elementos internos e sua importância da natureza humana, suas crenças e emoções, sejam dentro dessa prática. Esse trabalho se justifi ca por elas positivas ou negativas1. aprofundar-se em um tema pouco explorado em Os desportos e as práticas corporais, de maneira publicações de artes marciais: a simbologia presente geral, também são permeados por diversos símbolos nos diferentes estilos de Karate-Dō. Tais aspectos são e elementos. Os Jogos Olímpicos, por exemplo, são importantes de serem investigados, pois remetem à representados pela bandeira dos Cinco Anéis, além de própria cultura envolvida na criação e desenvolvimento possuir um logotipo específi co a cada edição, que repre- das práticas corporais nomeadas como artes marciais2. senta o país onde ocorre o evento naquele momento. O texto apresenta diversas palavras de origem japo- As próprias federações esportivas e outras instituições nesa, essenciais para o estudo aqui proposto. Portanto, de caráter similar adotam uma marca que as represente, adotou-se a romanização padronizada pelo sistema He- muitas vezes elaboradas por profi ssionais de Design ou pburnb (ヘボン) para a transcrição fonética do idioma Publicidade, para que sejam reconhecidas, obtenham japonês, seguindo as normativas internacionais propos- representatividade e causem identifi cação. tas por Ross3. Isso se faz necessário para que a tradução Um processo muito semelhante ocorre com os dife- e interpretação dos termos estejam em conformidade rentes estilos, ou mais precisamente, com as diferentes com as normas de adaptação estrangeira. Muitas das escolas de Karate-Dō. À exceção do uso da escrita kanjia palavras não estarão de acordo com a acentuação e regras para nomeá-lo, não há um símbolo universal para essa ortográfi cas da Língua Portuguesa, e sim, representando prática corporal, apenas os símbolos adotados por o que seria uma pronúncia da Língua Japonesa. Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Jul-Set; 29(3):395-407 • 395 Lopes Filho BJP & Monteiro AO. Método Para a realização desse estudo, foram realizadas três Identifi cados os estilos e escolas mais relevantes etapas distintas: 1) catalogação e investigação dos estilos para o estudo, foi realizada a segunda etapa, que e escolas de Karate-Dō com maior representatividade consistia no levantamento dos símbolos que cada histórica, cultural e política, com base na literatura um utiliza para sua identifi cação, caso o façam. Para consultada; 2) identifi cação dos símbolos utilizados tanto, buscamos as publicações pertinentes a cada por cada um desses estilos e escolas; e 3) análise, com estilo, seja na forma de livros ou nas páginas de “in- base na literatura, de cada um desses símbolos. De ternet” ofi ciais das instituições, também submetidas tal forma, foi possível fazer um levantamento e uma à análise documental4. Não só os símbolos isolados distinção entre os diversos estilos, elementos e símbolos foram reunidos, mas fotografi as em que praticantes que permeiam a vasta cultura do Karate-Dō. de Karate-Dō aparecem os utilizando, seja em suas Na etapa de catalogação, buscou-se conhecimento do vestes ou em decoração de eventos. maior número possível de estilos existentes em fontes A última etapa consistiu na análise dos símbolos como livros, artigos e páginas na “internet” de institui- e fotografi as encontrados e selecionados, que resul- ções e Federações ligadas ao Karate-Dō. Destacamos taram em 167 imagens. Para sua análise foi utilizada aqui as páginas da World Karate Federation (WKF), da a Metodologia Visual de Gillian Rose5, que aponta World Union of Karate-Do Federations (WUKF) e da três aspectos para sua avaliação: 1) os locais onde foi World United Karate Organization (WUKO), as quais produzida a imagem; 2) a imagem em si; 3) onde esta possuem diversos estilos fi liados. Com base nesse ma- imagem é vista e, por consequência, por quem é vista. terial foi desenvolvido um desenho procedimental que Com base nesse método, surgem diversas perguntas: forneceu o referencial teórico para o trabalho e realizada Quando foi produzida a imagem? Quem a produziu? a seleção dos estilos a serem investigados. As informações Qual sua fi nalidade? Qual a função das cores esco- coletadas foram submetidas à análise documental que, lhidas? Quais conteúdos basearam sua produção? Ela segundo Bardin4, consiste em realizar operações de faz parte de uma série? Tal etapa é fundamental, pois desmembramento do texto em unidades de signifi cado, confi amos que “as imagens revelam, a seu modo, o buscando desvendar seus diferentes sentidos. interior e o exterior dos sujeitos”6 (p.34). Resultados e discussão Cenário histórico e político-institucional desenvolvimento desta arte marcial, culminando na prática que hoje conhecemos9. Assim sendo, não se- A origem do Karate-Dō - Caminho das Mãos ria possível aprofundar-se nos conteúdos estudados Vazias - se constitui em um grande processo multi- aqui sem uma breve revisão de tal processo. cultural, confundindo-se, muitas vezes, com lendas Como ocorreu nos inúmeros feudos na história e ditos populares7. Como exemplo, algumas dessas humana, os camponeses de Okinawa (Heiminc) estórias nos contam que as técnicas teriam sido se encontravam em uma posição social desprivi- inspiradas em movimentos de animais (uma carac- legiada, sendo afl igidos pela cobrança de tributos terística do Wushu chinês); outras defendem que exigidos pela nobreza10. O não pagamento dessas o Karate-Dō teria surgido no território geográfi co dívidas culminava em atos de agressão por parte japonês, como prática originada nos antigos Jutsu dos Peichind, a classe militar guerreira de Okinawa (técnicas guerreiras tradicionais do Japão), o que não responsável pela cobrança dos impostos11. Devido é corroborado pelas fontes históricas8-9. a esse contexto, os Heimin criaram formas de com- As origens do Karate-Dō remontam à Okinawa bater a casta guerreira, surgindo, assim, o que veio do século XIV, na época a principal ilha do Reino a ser denominado como Te (ou Ti, na pronúncia independente de Ryūkyū, vassalo da China, que mais nativa de Okinawa), uma técnica de combate mais tarde foi incorporado ao Japão Continental. Devido rudimentar11-12. Em um texto histórico9, fornecido a essas características, é assumido que o intercâm- pela Prefeitura de Okinawa, é afi rmado que o Te bio cultural ocorrido entre estas três localidades “existia desde tempos antigos em Okinawa”, ante- (Okinawa, China e Japão) foi fundamental para o riores à vassalagem chinesa. 396 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2015 Jul-Set; 29(3):395-407 A simbologia presente nos estilos de Karate-Dō Posteriormente, o Te foi sendo apropriado pelos passa a ser Kendō, por exemplo)8-9,16. O Karate-Dō próprios Peichin, que a mesclaram com práticas de nem mesmo consta na lista da instituição referente a luta provenientes da China a partir do século XIV essas antigas técnicas guerreiras; aparece diretamente d.C., graças a visitas diplomáticas chinesas, as quais com sua nomenclatura atual18. Conforme observado, culminavam em trocas culturais. Isso deu origem ao a situação do Karate-Dō enquanto Budō, à época de Tōdee (pronúncia de Okinawa) ou Karate (pronúncia seu registro ofi cial, desenrolou-se de forma um tanto japonesa), que signifi cava literalmente “Mãos Chine- diferente das demais práticas. Isso, aliado a toda sua sas”9,13-14. Outro fato que infl uenciou seu desenvol- história prévia, reforça a característica multicultural vimento, neste período, foi a vinda do Clã Shimazuf da arte e coloca-se contrário a certos entendimentos, de Satsuma, em 1609 d.C., samurai provenientes de os quais posicionam o Karate-Dō como uma “genuína Kyūshū (Japão)7,9. Neste período, as províncias de construção cultural japonesa”, conforme já salientado Okinawa mais importantes na história do Karate-Dō pelo antropólogo Kevin Tan8 (p.169). foram Naha, Shuri e Tomarig, que deram origens aos As escolas de Okinawa (Naha-Te, Tomari-Te e estilos da época: Naha-Teh, Shuri-Tei e Tomari-Tej, Shuri-Te) foram exportadas para o Japão e, posterior- respectivamente9.
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