Colaboradores Oferta De Natal Aos Nossos Melhores Amigos Balance

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Colaboradores Oferta De Natal Aos Nossos Melhores Amigos Balance /\N0 IV - N» 81 15 DE DEZEMBRO DE 1973 NOTO HÜNDO THE PORTUGUESE COMMUNITY NEWSPAPER Desejamos Jornal português de informaçâo, cultura e turismo Pestas Feilzes aos nossos arhigos Director e Editor P.O.Box 160 - Station “P” - Toronto - Ontario M5S 2S7 Second Class Mail Registra- tion Number 2390 e fiéls leitores. Antonio J. P. Fernandes Tel. 531-3160 Oferta de Natal aos nossos melhores amigos Balance de uma luta inutil. Valera a pena continuar? Existera presentemente no Canadd, pelo menos 8 jomais çâo. Esta circunstância atraiu alguns corvos que pretende- ciativas locals) na sua maioria formados por hippies, homo- portugueses e o “Novo Mundo” ê um deles. A ptimeira vis- ram sugar o pouco sangue que existia. Embora nem todos ti- sexuals , prostitutas, etc, procuram tirar partido dos jomais ta parecem ser muitos, mas considerando o numéro de portu- vessem tivessem tido sucesso, alguns ainda deixaram feri- étnicos para explorar as comunidades de imigrant es. Dessas gueses que assim residem e a capacidade econdmica de ca- das que nunca mais sararam. Todos pensavam que o jomal organizaç'bes recebemos diàriamente panfletos, comunica- da um, nâo nos parece que sejam muitos. Cada um apresen- era uma vaca e saiu-lhes um bobe. Por mais que o espremes dos, etc. corn o pedido de traduçâo e publicaçâo gratuita, ta-se com a sua caracteristica distinta, conforme a capaci- sem, nada saia. alegartdo que sâo de interresse para a Comunidade. Vivem dade material e intelectual dos respectivos responsâveis , No entanto, graças à colaboraçâo voluntâria e desinte- de parasitismo corn o dinheiro dos contribuintes - vârios sendo a influência exterior comum a todos eles. Por essa ressada de uns quantos amigos, no segundo ano de publi- milhôes de dolares estragados todos os anos -e pensam que razâo, ao pretendermos falar do “Novo Mundo”, somos for- caçâo o rendimento em publicidade e subscriçBes subiu pa- as comunidades etnicas compram os jomais. çados a fazèr referências a s dificuldades geralmente enfren- ra $17.068.00 e as despesas para $13.856.00, tende osaldo Para garantir ao anunciante um minimo de leitores que tadas pelos jomais chamados étnicos, embora nos concen- positive sido utilizado para çompensar os prejuizos do ano CARTA AO DIRECTOR tremos na vida do “Novo Mundo” que é a que nos diz res - anterior. Entretanto, ninguém teve salârios fixos. Foram a- aaaesBBEBaoBZ peito e a que conhecemos melhor. penas pagas comissOes a angariadores de publicidade. rr y? O “Novo Mundo” nasceu em Abril de 1970, fundado por Assim, considerando os salérios que nâo puderam ser LUTAR PARA FAZER BEM? desabafo de um amigo seis portugueses cheios de entusiasmo e ilusBes, entusias- pages, ao tempo gasto pelos nossos colaboradores e ao nu- mo esse que nâo durou muito tempo, porque o jomal dava méro de pessoas envolvidas na produçâo e distribuiçâo do muito trabalho, nâo dava lucros e para ser lido tinha que ser jomal - muitos até dispendiam o seu préprio dinheiro - po- PARA QUE? PARA QUEM? Porque te conheço ha'muitos anos, desde quando ini- dado. Assim, o desinteresse e o abandono por parte de cin- demos afirmar que o “Novo Mundo” causou prejuizos supe- ciamos a nossa vida na Briosa Marinha de Querta Portu- co desses entusiastas. Para que o jomal sobrevivesse, hou- rioies a $30.000.00 por ano.Parece-nos, portante, que chega POR ALVARO TKIGO ^uesa e porque, por capticho do destino, nos viemos a em- ve necessidade de 'ecorrer a outros amigos, quer financeira- de carolice estiîpida. contrar nesta cidade de Toronto em 1964, onde tivemos mente, quer corn trabalho. No primeiio ano, cerca de 20 pes- Mesmo assim tentâmes um terceiro ano de publicaçâo que A minha paixào por livres e jornais vem desde os ocasiâo de consolidar, aqui, em terras estranhas, a ja soas estiveram énvolvidas na produçao e distribuiçâo do jor- nos trouxe um rendimento de $26.073.00 em publicidade, as- rimeiros unos do minha odolescência, quando corn grande amizade que nos unia, a tal ponto que quase te nal . Nenhum recebeu salârio ou qualquer compensaçâo mo- sinaturas e venda de livres e uma despesa de $35.203.00, de- 0 anos ( e jd Id vôo uns 30 ) lia jornais como “ 0 considéré meu irmao, nao resisto h necessiade deste de- netâria. Houve um rendimento de $8,179.00 em assinaturas e divo a uma distribuiçâo gratuita do jomal para todos os por- ’apagaio”, “0 Diabrete” e o “Mosquito”. sabafo, movido por desgosto e saudade, pelo desapareci- publicidade e urna despesa de $10,775.00 corn ^equipamento, tugueses, esperando que depois muitos deles pagassem a as- Desde essa ép’oca, jd a tornar-se remota, sempre mento do “Novo Mundo” renda de casa, transporte pelo correio, impressâo, telefone, assinatura anual. Os resultados estâo à vista. 388 assinan- enho lido. Livres de mistérioe de imaginaçSo; jor- Ambos tentâmes aqui a nossa chance, em demanda de Transportes, impostos, etc. tes num ano. ais noticiosos e técnicos; revistas especializadas uma ocupaçâo que se ajustasse tanto quanto possivel as Estes nûmeros justificam perfeitamente o desinteresse da Em Agosto de 1972 pedimos assistência financeira aos •m reportagens ou fantasias, envolvido sempre, em- nossas habilitaaoes. Ambos irabalhamos no ‘‘duro” como maioria dos colaboradores, por verificarem que o seu trabalho Governos Provincial e Federal Canadiano, sob a forma de a maioria dos nossos compatriotas. Foram ardues ospri- nâo era, apreciado pelo publico em gérai, nem podiam sette- salârios pages a portugueses desempregados e qualificados lora como mero leiror, no mundo da palavra escrita. meiroé tempos, mas, a pouco e pouco, tudo se foi moditi- munerados. 56 a carolice, a teimosia e os ideais de alguns ira produzirem o jornal, fazendo traduçôes e adaptando in- Estando neste pais havia umas escassos semanas, cando e a vida que a prîncîpio nos parecia penosa e cheia permitiram que o jornal continuasse a ser publicado, aiuda.. , >ft[i!açc')es uteis aos imigrantes portugueses. O projecto ha- pareceu o “Novo Mundo” . de espinhos, começou a sor-nos mais risonha e a trazer do a Co.Tîunidade sem esta retribuir. f via tfiki.eciao o intéresse de vâNoé m .nistris canao.anos,mas Lormbro-'Tii‘ s .a oca.siSo, senti um cerfo gf, aquîlo que ia dando alento para a luta do dia a dia,- ou Iniciamos o segundo ano de publicaçâo, procurando en- acabou por serfgjeitado devido a inforrnaçôes destavorâveis üsîasmo.E no entonto eu nao Iera sômente os jornai' sejam, os malfadados dolares. contrar outros meios de auxilio financeiro. Um deles foi a prestadas por^seudo-liders na Comunidade, segundo escla- Dortugueses de Lisboa e do Porto; ou as gazetas d venda de livres, iniciativa fatal pelas consequências que Se bem que compartilhassemos muitas das nossas opi- recimento prestadopelo préprio Departamento da Mâo de trovincia ou das Juntas da Freguesia; ou os Boletin niôes, nos mais variados assuntos que tivemos ocasiao dai resultaram. Obra e Imigraçâo. le Clube; ou as folhas Ja Pardquia. De curiosidade Continua na pâg. 3 A pedido da Direcçâo da Escola de Português do First O apoio da Comunidade aos jornais pode traduzir-se pe- nsacidvel, jd apreciara o “Hamburger Abendblatt ”, Portuguese Canadian Club compramos os livres escolares, loé ndmeros seguintes; Durante o ano de 1973, corn uma tendo-nos depois sido recusado o pagamento. Conseguimos campanha de angariaçâo de assinantes, recebemos 388 as- ) “Franhfurter Algemeine Zeitung” e “der Spiegel” ainda vender alguns, sujeitando-nos aos prejuizos de uma sinaturas pagas, incluindo novas e renovâdas, depois de Mais tarde foram mesmo “le Monde”, “L’Express Colaboradores concorrência desleal apoiada por aquele Clube e os restan- termes enviado, gratuitamente, vârias dezenas de milhares ; “L’Aurore” que tinham merecido a minha atençào. tes tiveram que ser oferecidos aos assinantes que tinhajn de jomais para todas as casas de portugueses no Canada^ E foi antes de começar a comprar o “Time”, ou o filhos em idade escolar. Quanto 'as vendas avulso, raramente atihgem os 50 exem- desde Prosseguindo na tentativa de vender livres para auxiliar ‘Macleans’s, ou “The Globe and Mail” que comprei plares por ediçâo. S6 quando se fala de Padres e vigaris- ) “Novo Mundo”. o jomal, s6 encontramos dificuldades. A Escola de Portu - tas se consegue vender mais jomais. O assunto, porém é gués do First Portuguese Canadian Clyb nâo nos comprava Gostei desse jornal. Naturalmente, tinha que o 0 noscimento do 'Novo Mundo’ muito melindroso e depois sofremos as consequêhcias. livres porque o Vice-Presidente do Clube também vendia •onsiderar como um jornal quinzenal, da Comunidade O Govemo canadiano nâo auxilia os jomais étnicos. FERREIRA DE CASTRO- Escritor - Lisboa livres e se algum dos professores ousasse sugerir aos alu- Portuguese do Canada e feito por amadores. possi - FERNANDO NAMORA - Escritor - Lisboa Entretanto os politicos e os departamentos govemamentais^ nos a compra de livres no “Novo Mundo”, séria logo despe- /cimente sem quaisquer outros recursos do que os Pe. DINIZ DA LUZ - S. Miguel- Açores os hospitals, agendas do United Appeal, Clubes, Organi- dido e perdia os $3,00 por hora. As escolas dos outros clu- DR. JOSÉ EDUARDO DE MELLO-GOUVEIA zaçBes de individuos subsidiados pelo govemo, tais como la boa vontade, da capacidade de trabalho e do en- bes também s6 queriam os livres se fossem oferecidos, logo Consul de Portugal em Toronto OFY (oportùnidades para jovens, LIP ( programas de ini- usiasmo - carolice, em resume. tomou-se impossivel continuar a remar contra a mar^. por - DR. LUIS AUGUSTO MARTINS Continua na pâg. 2 No entanto, passado algum tempo, comecei a sen- Antigo Consul de Portugal em Toronto que o “Novo Mundo” nâo tinha fundos para ser uma insti- ir-me decepeionado. Quanto a mim desejaria que o GILBERTO TEIXEIRA - Jomalista - Funchal -Madeira tuiçâo de beneficência.
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