Desembargadores Da Justiça No Rio De Janeiro

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Desembargadores Da Justiça No Rio De Janeiro PODER JUDICIÁRIO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DESEMBARGADORES DA JUSTIÇA NO RIO DE JANEIRO Colônia e Império Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro Diretoria-Geral de Comunicação e de Difusão do Conhecimento Departamento de Gestão e Disseminação do Conhecimento Museu da Justiça – Centro Cultural do Poder Judiciário DESEMBARGADORES DA JUSTIÇA NO RIO DE JANEIRO Colônia e Império Relação do Rio de Janeiro (1751-1808) Casa da Suplicação do Brasil (1808-1833) Relação da Corte (1833-1890) 2018 TJERJ R 585 Rio de Janeiro (Estado). Tribunal de Justiça. Desembargadores da Justiça no Rio de Janeiro: Colônia e Império / Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. – Rio de Janeiro, RJ: Tribunal de Justiça, 2018. 176 p. : il. ; 16 cm. Conteúdo: Relação do Rio de Janeiro (1751 – 1808) – Casa da Suplicação do Brasil (1808 – 1833) – Relação da Corte (1833 – 1890). Bibliografia e Índice. ISBN 978-85-60435-01-2 1. Poder Judiciário – História – Rio de Janeiro (Estado). 2. Poder Judiciário – Rio de Janeiro (Estado) – Catálogos. 3. Rio de Janeiro (Estado) – Tribunal de Justiça - História. 4. Período Colonial (1500 – 1822) – Brasil. 5. Império (1822 – 1889) – Brasil. I. Souza, Milton Fernandes de (Apres.). II. Rio de Janeiro (Estado). Tribunal de Justiça. Diretoria-Geral de Comunicação e de Difusão do Conhecimento. Museu da Justiça – Centro Cultural do Poder Judiciário. III. Título. CDU 342.56(815.3) Des. Milton Fernandes de Souza COORDENAÇÃO GERAL IDEALIZAÇÃO PRESIDENTE Museu da Justiça – Centro Cultural Comissão de Preservação Diretoria-Geral de Comunicação do Poder Judiciário da Memória Judiciária e de Difusão do Conhecimento Sílvia Monte Des. Décio Xavier Gama José Carlos Tedesco DIRETORA Des. Elmo Guedes Arueira DIRETOR-GERAL Des. Antônio Izaias da Costa Abreu PESQUISA HISTÓRICA E TEXTOS Des. Ronald dos Santos Valladares Departamento de Gestão e Serviço de Acervo Textual, Audiovisual Des. Orlando de Almeida Secco Disseminação do Conhecimento e de Pesquisas Históricas (SEATA) Marcus Vinícius Domingues Gomes Gilmar de Almeida Sá DIRETOR CHEFE DE SERVIÇO Museu da Justiça – Centro Cultural Equipe do Poder Judiciário Fabio dos Santos Teixeira Sílvia Monte Argemiro Eloy Gurgel DIRETORA Fernanda Coutinho Monteiro Priscila Santos Vieira PRODUÇÃO EDITORIAL Serviço de Agenda Cultural (SEAGC) Sergio Ricardo von Sydow CHEFE DE SERVIÇO IDENTIDADE VISUAL Serviço de Identidade Visual (SEIVI) Luiz Felipe Barreto CHEFE DE SERVIÇO IMPRESSÃO Serviço de Programação e Produção Gráfica (SEGRA) Eduardo Brandão Capri CHEFE DE SERVIÇO REVISÃO DE PORTUGUÊS Carlos Henrique Costa (DGCOM/DECCO/ DICAC /SEDIF) APRESENTAÇÃO Decorridos vinte e sete anos da publicação com as composições dos tribunais do período do “Catálogo de Desembargadores da Justiça do republicano com sedes no Distrito Federal, antigo Estado do Rio de Janeiro (1751-1991)”, elaborado Estado do Rio de Janeiro, Estado da Guanabara; na gestão do então presidente do Tribunal de e atual Estado do Rio de Janeiro. A conclusão das Justiça, Desembargador Jorge Loretti (1991-1992), edições possibilitará a elaboração, em formato a Comissão de Preservação da Memória Judiciária de verbetes, do Dicionário Histórico-Biográfico propôs a atualização das informações pertinentes da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro. aos períodos do Brasil Colônia e Império. A publicação atual representa uma Devido aos avanços tecnológicos e à vasta importante contribuição do Museu bibliografia produzida a partir da década de da Justiça – Centro Cultural do Poder 1990, foi possível ao Museu da Justiça – Centro Judiciário para o conhecimento da história Cultural do Poder Judiciário dispor de novas do Judiciário Fluminense, permitindo aos fontes de consulta para elaborar a presente edição. historiadores e pesquisadores o acesso às novas informações reunidas e ordenadas. Dando continuidade às pesquisas, o projeto almeja realizar, no futuro, nova publicação Desembargador Milton Fernandes de Souza Presidente Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro APRESENTAÇÃO 5 SUMÁRIO 09 Introdução 13 Relação do Rio de Janeiro (1751-1808) 37 Casa da Suplicação do Brasil (1808-1833) 79 Relação da Corte (1833-1890) 141 Bibliografia e Fontes 149 Índice Onomástico SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO A presente publicação tem como ponto Devido à complexidade do projeto – de partida o “Catálogo de Desembargadores conferir e investigar novas informações da Justiça do Estado do Rio de Janeiro acerca dos desembargadores que atuaram (1751-1991)”, desenvolvido no âmbito do na justiça fluminense em 264 anos de antigo Departamento-Geral de Arquivo justiça de segundo grau –, optou-se e Documentação Histórica e divulgado em por sua divisão em etapas. De modo 1991. No referido trabalho encontram-se que, neste momento, apresenta-se nomes, datas de ingresso e períodos o resultado das pesquisas referentes de atuação dos desembargadores que aos tribunais dos períodos colonial e compuseram os diferentes tribunais imperial. Posteriormente, serão objeto que funcionaram no território que hoje de exame as composições dos tribunais constitui o atual Estado do Rio de Janeiro. do período republicano, com o objetivo final de elaboração de um dicionário Com o passar dos anos, tornou-se completo da magistratura fluminense. necessária a sua atualização, para a inclusão tanto dos magistrados que Quanto à redação dos nomes dos ingressaram posteriormente quanto magistrados, optou-se por acompanhar de dados oriundos de novas fontes de a grafia e assinatura contidas nos livros pesquisa, o que levou a Comissão de de registros de posses, que fazem parte Preservação Memória Judiciária a propor do acervo do Museu da Justiça – Centro à presidência do Tribunal de Justiça a Cultural do Poder Judiciário. Procurou-se presente atualização daquela obra. também organizar as planilhas pela ordem INTRODUÇÃO 9 cronológica de posse dos magistrados um controle mais efetivo das atividades nos respectivos tribunais, na medida exercidas na região centro-sul, em especial em que as fontes disponíveis assim na extração do ouro das Minas Gerais. permitiram, atendendo a solicitação Daí a instalação desse e de outros órgãos da Comissão de Preservação Memória com vistas a garantir os direitos, em Judiciária. Nesta primeira parte, o leitor especial os da Coroa, numa região encontrará informações básicas sobre os de intenso crescimento econômico e magistrados que atuaram nos tribunais: social. Neste cenário, a cidade do Rio Relação do Rio de Janeiro, Casa da de Janeiro, que dispunha do principal Suplicação do Brasil e Relação da Corte. porto da região, foi escolhida para receber o novo tribunal e, mais adiante, em 1763, Para que “os povos da parte sul do elevada à sede do Vice-Reino do Brasil. Estado do Brasil pudessem seguir nela as suas causas, e requerimentos, sem padecer Com a vinda da Corte portuguesa em grandes demoras, despesas e perigos...”, 1808, a Relação do Rio de Janeiro teve como previsto no regimento contido no ampliadas as suas competências e foi alvará de 13 de outubro de 1751, a Relação transformada em Casa da Suplicação do do Rio de Janeiro foi criada em 1751 e Brasil, tendo chegado a constituir, por breve instalada no ano seguinte, com o mesmo período, o mais alto grau de jurisdição nível hierárquico da Relação da Bahia no Império Luso-brasileiro. No ano em Salvador, até então único tribunal de seguinte, o alvará de 6 de maio restringiu segunda instância na América Portuguesa. a jurisdição do Tribunal às apelações oriundas da Relação da Bahia e do antigo À época, o empreendimento colonial distrito da Relação do Rio de Janeiro. português na América exigia da metrópole 10 DESEMBARGADORES DA JUSTIÇA NO RIO DE JANEIRO: COLÔNIA E IMPÉRIO A Casa da Suplicação do Brasil foi secundárias – foram consultadas. O formalmente extinta em 1828, quando período de mais de vinte e cinco anos foi restaurada a Relação do Rio de Janeiro, que separa esta publicação do primeiro apesar de ter funcionado, de fato, até catálogo trouxe consideráveis avanços 1833. Seu regulamento, de 3 de janeiro tecnológicos, que possibilitaram acessar do mesmo ano, restringiu sua jurisdição à fontes indisponíveis no início dos anos cidade (Município Neutro) e às províncias 1990, como acervos disponíveis via rede do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Para mundial de computadores, como os do este tribunal adotou-se a denominação de Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Relação da Corte, termo muito utilizado Portugal, e a Hemeroteca Digital Brasileira, nos documentos da época e que permite da Fundação Biblioteca Nacional. diferenciá-la da antiga Relação de 1751. O presente trabalho e todos os seus Relíquias do acervo do Museu da possíveis desdobramentos têm por objetivo Justiça – Centro Cultural do Poder primordial a preservação da memória Judiciário, como os livros de Posses de da Justiça do Rio de Janeiro, não como Ministros da Relação do Rio de Janeiro um mero culto à magistratura, mas para (1752 a 1808) e da Casa da Suplicação trazer luz sobre agentes que exerceram e Relação da Corte (1808 a 1847), e papeis relevantes para a história brasileira, outros, já digitalizados e disponíveis oferecendo elementos preciosos a pesquisas para consulta “on-line”, constituíram que contribuam para a compreensão fonte primordial para estas pesquisas. do desenvolvimento jurídico-político do nosso país até os dias atuais. Em acréscimo a este indispensável material, novas fontes – primárias e INTRODUÇÃO 11 A CADEIA VELHA. ÓLEO SOBRE TELA: J. CAPUTO RELAÇÃO DO RIO DE JANEIRO (1751-1808) A criação de um segundo tribunal Instalada no prédio que até então
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