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Universidade do Minho Escola de Ciências imioso José Carlos Nunes Aires egião de Argozelo, V tos da R Análise Paragenética de Mineralizações de Sn, W e Sulfuretos da Região de Argozelo, Vimioso aragenética de Mineralizações Sn, W e Sulfure Análise P José Carlos Nunes Aires UMinho|2017 outubro de 2017 Universidade do Minho Escola de Ciências José Carlos Nunes Aires Análise Paragenética de Mineralizações de Sn, W e Sulfuretos da Região de Argozelo, Vimioso Dissertação de Mestrado Mestrado em Geociências Ramo: Valorização de Recursos Geológicos Trabalho realizado sob orientação do Professor Doutor Carlos Augusto Alves Leal Gomes outubro de 2017 Agradecimentos A realização desta dissertação só foi possível devido à colaboração de inúmeras pessoas, dirijo desde já os meus agradecimentos: Ao Professor Doutor Leal Gomes, na qualidade de meu orientador, pelo grande apoio em todo o meu percurso académico, pela disponibilidade prestada, compreensão, incentivo, pelos ensinamentos transmitidos, das pertinentes e enriquecedoras sugestões e pela revisão dos conteúdos aqui abordados. A empresa EDM, e aos seus anteriores responsáveis pela prospeção, Eng. Mário Guedes e Doutor Carlos Rosa e ainda aos geólogos Daniela Lobarinhas e Pedro Santos por todas as facilidades concedidas no acesso de informação, testemunhos de sondagens e no acompanhamento de alguns trabalhos de reconhecimento no terreno onde é devido um agradecimento muito especial ao geólogo Pedro Santos. Sem a ajuda da EDM este trabalho não teria sido possível. Aos técnicos do laboratório do Departamento de Ciências da Universidade do Minho, Dr. António Azevedo, Sr. Saúl Sendas e a Srª Dr. Elisabete Vivas por toda ajuda prestada durante o decurso de todo o meu percurso académico e particularmente nos trabalhos de apoio laboratorial a esta dissertação. Aos meus pais Eliseu e Fernanda Aires, por me proporcionarem a oportunidade de frequentar o ensino superior e me apoiarem sempre que precisei. Por último, agradeço aos meus colegas de curso pelo apoio incondicional, por todas as horas de estudo, pelos momentos de convívio e que certamente serão amigos que levarei para o resto da vida. iii iv Análise Paragenética de Mineralizações de Sn, W e Sulfuretos da Região de Argozelo, Vimioso Resumo: A região mineira de Argozelo insere-se no antiforma Chaves – Miranda do Douro e faz parte da província metalogénica estano-tungstífera do NW da Península Ibérica. A geologia local carateriza-se pela existência de afloramentos xistentos do Silúrico e rochas xistentas a grauvacóides do Devónico, intruídas por filões de quartzo, por vezes mineralizados em cassiterite, volframite, bismuto e scheelite. Não se conhece uma relação parental para as mineralizações, mas especula-se que em profundidade se possa encontrar uma fonte granítica para a origem dos fluidos mineralizados. Os filões de quartzo apresentam direções aproximadas de N-S e N25°E com inclinações para Oeste superiores a 50° variando de alguns centímetros até alguns decímetros. A jazida é hidrotermal, possivelmente condicionada pela atividade magmática decorrente da instalação de um granito em profundidade, a qual terá originado fluidos responsáveis pelas mineralizações venulares e ainda processos/mineralizações epigenéticas. Estes processos são semelhantes aos que se manifestam no prolongamento de um corredor WNW-ESE e na proximidade, especialmente nas minas de Paredes e da Ribeira. A paragénese essencial das mineralizações inclui quartzo com cassiterite, volframite, scheelite e com sulfuretos, predominando a pirite e a arsenopirite. Em microcopia de minérios determinaram-se os principais tipos paragenéticos e as fases de mineralização. Observam-se duas gerações de cassiterite, uma em salbanda de veios dilatacionais e outra em cavidades miarolíticas nucleares, duas gerações de scheelite, uma inicial, rara, em veios de segregação metamórfica dobrados nas proximidades dos veios dilatacionais, enquanto que a outra, se observa nos veios de quartzo relacionados com dilatação e/ou cisalhamentos. Existe ainda uma mineralização de bismuto intimamente relacionadas com a deposição da arsenopirite em veios dilatacionais e uma ou duas gerações de volframite, a primeira resultante da scheelite por remobilização de W da scheelite em núcleos de veio de quartzo e a segunda presente também em veios de quartzo alongada, estirada a estilolítica, podendo marcar estruturas em “crack-seal”. Palavras-chave: Paragénese mineral, Argozelo, Sulfuretos, Mineralizações, Estanho, Tungsténio. v vi Paragenetic Analysis of Sn, W and Sulfide Mineralizations from the Region of Argozelo, Vimioso Abstract: The mining region of Argozelo is part of the antiform Chaves-Miranda do Douro and is part of the tin-tungsten province of NW Iberia. The local geology is characterized by the presence of schistent outcrops of the Silurian and shale rocks and grauvacoid from the Devonian, intruded by quartz filaments, sometimes mineralized in cassiterite, wolframite, bismuth and scheelite. A parental relationship is not known for mineralizations but it is speculated that in depth a granitic source can be found for the origin of mineralized fluids. The quartz filaments present N-S and N25 ° E approximate directions with West slopes greater than 50 ° ranging from a few centimeters to a few decimetres. The deposit is hydrothermal, possibly conditioned by the magmatic activity of the deposit of a granite in depth, which will have originated fluids responsible for venular mineralizations and also epigenetic processes and mineralizations. These processes are similar to those seen in the extension of a WNW-ESE corridor and in the vicinity, especially in the Paredes and Ribeira mines. The essential paragenesis of mineralizations includes quartz with cassiterite, volframite, scheelite and with sulphides, with pyrite and arsenopirite predominating. The main paragenetic types and the mineralization phases were determined in microporous minerals. Two generations of cassiterite are observed, one in salband of dilatational veins and the other in nuclear miarolithic cavities, two generations of scheelite, an initial one, rare, in veins of metamorphic segregation folded in the vicinity of the dilatational veins, while the other is observed in quartz veins related to dilation and / or shear. There is also a mineralization of bismuth closely related to the deposition of arsenopyrite in dilatational veins and one or two generations of tungsten, the first resulting from the scheelite by W remobilization of the scheelite in quartz vein nuclei and the second also present in veins of quartz elongated, stretched to stylolite, and can mark crack-seal structures. Keywords: Mineral paraagenesis, Argozelo, Sulphides, Minerals, Tin, Tungsten. vii viii Índice Capítulo I – Introdução e enquadramento ............................................................................... 1 1.1 - Enquadramento Geográfico ......................................................................................... 2 1.2 - Geomorfologia Regional .............................................................................................. 2 1.3 - Enquadramento Geológico ........................................................................................... 4 Capítulo II – Tectónica e metamorfismo da região de Trás-os-Montes ............................ 17 2.1 - Tectónica da região de Trás-os-Montes ................................................................... 17 2.2 - Tectónica local pré-varisca e varisca ........................................................................ 18 Capítulo III – Análise da jazida de Argozelo ........................................................................ 21 3.1 - Região Mineira de Argozelo ...................................................................................... 21 3.2 - Análise comparativa de resultados de prospecção .................................................. 22 3.3 - Compartimentação do campo mineiro de Argozelo ............................................... 29 3.4 - Sondagens .................................................................................................................... 31 3.5 - Sondagem analisada .................................................................................................... 34 3.6 - Modelação da informação geológica ........................................................................ 34 3.7 - Amostragem para litogeoquímica ............................................................................. 37 3.7.1 - Metodologia ......................................................................................................... 37 3.7.2 - Resultados de análise química ........................................................................... 37 Capítulo IV – Estudo mineralógico e paragenético ............................................................. 41 4.1 - Síntese paragenética (fases de mineralização) ........................................................ 52 4.2 - Correlação entre episódios deformacionais e fases de mineralização .................. 55 Capítulo V – conclusões .......................................................................................................... 61 Referências Bibliográficas ...................................................................................................... 64 ix Índice de Figuras Figura 1. Localização de Argozelo (extraído da plataforma Google Earth, dia 21-10-2017). ......... 2 Figura 2. Carta geomorfológica do sector NE de Portugal continental extraída