Universidade De São Paulo Faculdade De Economia, Administração E Contabilidade De Ribeirão Preto Departamento De Administra
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO DE ORGANIZAÇÕES MIRNA DE LIMA MEDEIROS Indicações geográficas, turismo e desenvolvimento territorial: uma análise sistêmica da indicação de procedência do queijo minas artesanal do Serro Orientador: Prof. Dr. João Luiz Passador RIBEIRÃO PRETO 2015 Prof. Dr. Marco Antonio Zago Reitor da Universidade de São Paulo Prof. Dr. Dante Pinheiro Martinelli Diretor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto Profa. Dra. Sonia Valle Walter Borges de Oliveira Chefe do Departamento de Administração MIRNA DE LIMA MEDEIROS Indicações geográficas, turismo e desenvolvimento territorial: uma análise sistêmica da indicação de procedência do queijo minas artesanal do Serro Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Administração de Organizações da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, como requisito para obtenção do título de Doutora em Ciências. Orientador: Prof. Dr. João Luiz Passador Versão Corrigida. A original encontra-se disponível na FEA-RP/USP. RIBEIRÃO PRETO 2015 Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte. Medeiros, Mirna de Lima Indicações geográficas, turismo e desenvolvimento territorial: uma análise sistêmica da indicação de procedência do queijo minas artesanal do Serro. Ribeirão Preto, 2015. 271 p.: il. ; 30 cm Tese de Doutorado, apresentada à Faculdade de Administração, Economia e Contabilidade de Ribeirão Preto/USP. Área de concentração: Administração de Organizações. Orientador: Passador, João Luiz. 1. Administração. 2. Política Pública. 3. Indicação Geográfica. 4. Desenvolvimento Territorial. 5. Queijo do Serro. 6. Soft System Methodology. Dedico esse trabalho a todos que se opõem à pasteurização da vida (acadêmica, social, cultural, ...) AGRADECIMENTOS Assim como Bauer (1999) entendo que a estrada de qualquer trabalho é a estrada de toda a vida de seu autor e, sendo assim, é também um pouco a estrada de todos aqueles que um dia por ela atravessaram. Devido a essa razão, de antemão peço desculpas e agradeço aos que não se encontram nominados abaixo. Cabe, entretanto, destacar algumas pessoas mais que especiais que participaram direta ou indiretamente nessa jornada doutoral. Ao meu orientador, Professor João Luiz Passador, não apenas pelos conselhos referentes a tese, mas também, e principalmente, pela confiança, pela amizade, por comprar as minhas brigas, embarcar em novas searas, e por me “dar asas” para buscar ser uma melhor professora e ser humano. À Professora Cláudia Souza Passador, coordenadora do GPublic/USP, pela amizade e compartilhamento de muitas alegrias, discussões, agonias e oportunidades acadêmicas e extra acadêmicas. Aos Professores Carla Arena Ventura e Júlio Cunha que compuseram a banca de qualificação e contribuíram para o aperfeiçoamento deste trabalho. A Professora Flávia Trentini que mesmo não podendo comparecer à banca de qualificação, fez questão de ajudar e apontar melhorias possíveis àquela altura do processo. Ao Professor Alexandre Nicolella que, ao compartilhar sua experiência com trabalhos junto a cadeia produtiva do leite, deu dicas e também foi o primeiro a apontar algumas questões delicadas e desafiadoras inerentes ao setor. Aos Professores Leonardo Terra, Lilian Ribeiro, Luna Ferrolla e Roberta Alves pelas contribuições diretas no delineamento do trabalho, além dos incentivos e “broncas” durante todo o processo. Ao grupo de estudos em Economia da Cultura, em especial Arjo Klamer e Aldo do Carmo, que possibilitaram uma rica discussão com relação a presente tese durante visita realizada na Erasmus University Rotterdam. Ao corpo técnico, administrativo, docente e discente da Universidade de São Paulo, em especial da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto e da Escola Técnica e de Gestão, cujo apoio e convivência foi imprescindível ao amadurecimento e consecução do presente trabalho. Aos amigos que se mantêm desde a época: Da escola (Débora Bastos; Monique Fiquene; Natália Duarte; Rafaella Andrade e Suellen Vilanova); Do primeiro intercâmbio (Bent & Yvonne Andersen; Knud & Eller Sommer; Steen & Mariane Andersen; Torben & Britta Rasmussen); Da Faculdade (Ana Carolina Pontes; Danielle Fernandes; Débora Goulart; Fernanda Campos e minha “mãe-emprestada” Prema Tecla Campos; Fernanda Zica; Leandra Barros; Ludmila Mendonça; Mariana Zaidan; Paula Melo; e Ramon Barros); Do segundo intercâmbio (Juan & Margaritta Speratti; Alexandra Cubilla; Carlos Sena; Latifi Orue; Letizia Benitez; Liz Aquino; Rocio Acosta; Henrique da Mota; Luiz Otávio Arantes; e Tiago Rodrigues); Do Mestrado (Claudimar Amaro & Fernanda Rey; Leonardo Terra; Luna Ferolla; Maira Gabriela; Rutinéia Micheletto; Stella Corrêa; Vanessa Muller); Do MBA (Eugênia Vilhena; José Dutra; Roberta Santana; Joana Vasconcelos; José Clóvis Lima; José Antonio Visintin; e demais colegas); Do doutorado (Marcelo Martins; Elida Oliveira; Gabriela Bianchi; Juliana Souza; Kariane Nunes; Lilian Ribeiro; Luciana Coitinho; e Verônica Santana); e Da mudança para Ponta Grossa/PR (em especial, Maísa Carneiro; Christine Bowens; Roberta Alves; Suzana Moro; Simone Beinlich; Sueli Santos; Thaisa Rodrigues; Valéria Albach; Graziela Horodyski; Altair Santos; Patrícia e Luciane Ecave); e que espero que continuem se mantendo para sempre! Agradeço pelas confluências da vida que permitem que, em muitos momentos, os tempos e espaços que nos fizeram convergir se mesclem e nessa heterogeneidade se criem momentos únicos e ainda surjam novas amizades. Poderia comentar de “baleias”, “capricas”, “quintais”, “patotas”, “rapais”, “fredericas”, “lulus”, “divas”, e muitas outras questões, mas cada um de vocês sabe que, à sua maneira e lugar, tem sua porção de contribuição nessa conquista e está marcado em meu coração. Aos colegas de trabalho, e aos que extrapolam os horizontes do trabalho, do Centro de Estudos em Gestão e Políticas Públicas Contemporâneas (Gpublic/USP); da Fundação Educacional de Ituverava e da Universidade Estadual de Ponta Grossa, meu muito obrigado por compartilhar, além dos “ossos do ofício”, muitas alegrias e amizades. Aos meus alunos e, em especial aos meus orientados, com quem aprendo e me alegro ante a cada conquista. À minha família, em especial meus pais, Terezinha Lima e Corcino Medeiros dos Santos, e minha irmã Mariana de Lima Medeiros. Certamente os que mais sofreram com as ausências e mudanças de humor (que não foram poucas, eu sei!!!), mas também os que mais me incentivaram e de certa forma embarcaram em minha paixão. E, por fim, mas com muitíssimo apreço, ao grupo do facebook/whatsapp do “#Salveoqueijoartesanal”, a todas as pessoas da Região do queijo serro e a todos que trabalham com indicações geográficas ou pela disseminação do queijo artesanal de leite cru com quem tive a oportunidade de conversar ou apenas ouvir. Principalmente aos entrevistados que muito enriqueceram esse trabalho ao compartilhar sua realidade, opiniões e, em alguns casos, deliciosos pedaços de queijo e goles de café. “A pessoa conscientizada tem uma compreensão diferente da história e de seu papel nela. Recusa acomodar-se, mobiliza-se, organiza-se para mudar o mundo” (FREIRE, 2013). RESUMO MEDEIROS. M. L. Indicações Geográficas, turismo e desenvolvimento territorial: uma análise sistêmica da indicação de procedência do queijo minas artesanal do Serro. 2015. 271f. Tese (Doutorado) - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, São Paulo, 2015. Indicações Geográficas (IG) são institutos da propriedade intelectual aplicáveis a bens e serviços que se caracterizam pelo local de onde são originados (coletados, produzidos ou fabricados), envolvendo questões ambientais, históricas e socioculturais particulares. Segundo a normatização brasileira, podem ser de dois tipos: indicações de procedência (IP) ou denominações de origem (DO). Às IGs são atribuídas diversas vantagens entre as quais destacam-se seu uso co0mo instrumento de proteção legal (do produtor e do consumidor); como instrumento mercadológico de diferenciação e incremento de valor ao produto registrado e a produtos relacionados; como mecanismo de preservação (do patrimônio natural, cultural e histórico, tangível e intangível); e como mecanismo de desenvolvimento social e econômico. Nesse último sentido, o desenvolvimento do Turismo aparece muitas vezes como atividade emergente. A essa atividade é atribuída capacidade de amplificação de questões tais como a geração de emprego e renda e permanência da população no meio rural; de reforço à indicação geográfica; ou ainda como desencadeador do interesse pela obtenção da IG. As indicações geográficas são colocadas como políticas públicas de proteção intelectual que visam o desenvolvimento sustentável, mas há que se considerar as complexas relações e pluralidade de atores existentes nos sistemas territoriais decorrentes de sua propositura. Assim sendo, o presente trabalho se propôs a analisar o sistema territorial conformado pela implementação de uma indicação geográfica. A proposta se realizou por meio do estudo de caso de uma região que possui indicação de procedência de queijo (Região do Serro, em Minas Gerais) com uma abordagem sistêmica embasada na soft system methodology (SSM). Tal metodologia