ANAIS DO IV ENCONTRO NACIONAL DE HISTÓRIA DOS ESTADOS UNIDOS Vol
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Anais do IV Encontro Nacional de História dos EUA 0 2017 – São Paulo (SP) ANAIS DO IV ENCONTRO NACIONAL DE HISTÓRIA DOS ESTADOS UNIDOS Vol. 3, nº. 1, Maio de 2018 Anais do IV Encontro Nacional de História dos EUA 2017 – São Paulo (SP) UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL ANAIS DO IV ENCONTRO NACIONAL DE HISTÓRIA DOS ESTADOS UNIDOS VOL. 3, Nº.1, MAIO DE 2018 Anais do IV Encontro Nacional de História dos EUA 2017 – São Paulo (SP) Reitor Vahan Agopyan Vice-reitor Antonio Carlos Hernandes Coordenadora da Pós-Graduação em História Social Mary Anne Junqueira Presidentes da Comissão Organizadora Mary Anne Junqueira e Sean Purdy Organizadores do evento: Carla Viviane Paulino (USP/UFMT) Iberê Moreno Rosário Barros (PUC-SP/UAM) Carlos Alexandre da Silva Nascimento (USP) Jaqueline Stafani Andrade (USP) Emilio Alapanian Colmán (USP) Lucas Maia Felippe Bacas (USP) Flávio Thales Ribeiro Francisco (USP/UFABC) Michel Gomes da Rocha (USP) Gabriela Xabay Gimenes (USP) Renan Reis Fonseca (USP) Henrique Rodrigues de Paula Goulart (USP) Rodolpho Hockmuller Menezes (USP) Comissão Científica: Carla Viviane Paulino (USP/UFMT) Gabriela Xabay Gimenes (USP) Carlos Alexandre da Silva Nascimento (USP) Henrique Rodrigues de Paula Goulart (USP) Emilio Alapanian Colmán (USP) Lucas Maia Felippe Bacas (USP) Flávio Thales Ribeiro Francisco (USP/UFABC) Michel Gomes da Rocha (USP) Arte da capa Pollyana Ferreira Rosa (USP – E-mail para contato: [email protected]) Apoios Anais do IV Encontro Nacional de História dos EUA 3 2017 – São Paulo (SP) E59a Encontro Nacional de História dos Estados Unidos (4: 2017: São Paulo, SP) Anais do IV Encontro Nacional de História dos Estados Unidos, realizado nos dias 26 e 27 de abril de 2017 [recurso eletrônico]/ Coordenação de Mary Anne Junqueira e Sean Purdy. – São Paulo: Universidade de São Paulo, 2017. 332p. Texto em Português. 1. História dos Estados Unidos; 2. IV ENEUA Anais do IV Encontro Nacional de História dos EUA 4 2017 – São Paulo (SP) APRESENTAÇÃO Temos a alegria de publicar os Anais do IV Encontro Nacional de História dos Estados Unidos, realizado na Universidade de São Paulo entre os dias 26 e 27 de abril de 2017. Após ser sediado no Rio de Janeiro em três ocasiões, o evento foi promovido, pela primeira vez, na Universidade de São Paulo. Reunindo pesquisadores de todo o Brasil, o IV ENEUA contou com mesas-redondas que discutiram uma grande variedade de assuntos relativos à História e Relações Internacionais dos Estados Unidos. Foram realizadas 3 conferências, 20 mesas-redondas, nas quais 68 pesquisadores apresentaram seus trabalhos. Parte dessas apresentações foi reunida nestes Anais em forma de artigos, organizados em ordem alfabética por autor. O IV ENEUA foi fruto da dedicação e dos esforços de estudantes de graduação, pós-graduação e professores pesquisadores do Departamento de História do núcleo de São Paulo. Entre eles, estão: Emilio Colmán, Flavio Francisco, Gabriela Xabay, Henrique Goulart, Lucas Bacas, Michel Rocha e Rodolpho Hockmuller. Um agradecimento especial a Prof.ª Dr.ª Mary Anne Junqueira, que nos auxiliou a superar os recorrentes obstáculos que surgiram em nossa frente. Agradecemos o apoio institucional da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, especialmente os funcionários do Departamento de História e da Secretaria de Pós-Graduação do Programa de História Social. O evento não teria êxito sem a participação de todos os pesquisadores que proporcionaram as mais frutíferas discussões. Contamos com a presença de vocês em Londrina em agosto 2018! Comissão Organizadora. Anais do IV Encontro Nacional de História dos EUA 5 2017 – São Paulo (SP) SUMÁRIO AUTOR/TÍTULO PÁGINA Bárbara Câmara Aragon 8 Antes de feminista, latina: a construção da identidade latina no feminismo dos Estados Unidos contemporâneo Carlos Alexandre da Silva Nascimento 15 Produzindo mitos: a imagem do soldado afro-americano na revista The Crisis na Primeira Guerra Mundial Celbi Vagner Melo Pegoraro 34 Walt Disney no Brasil – Fatos e Propaganda na Imprensa Brasileira em 1941 Cristiane Toledo Maria 52 Cinema e resistência no capitalismo contemporâneo: um estudo da obra de Michael Moore Danielle Misura Nastari 61 Lincoln Kirstein: o enviado de Nelson Rockefeller à América do Sul e sua importância para a formação da coleção de arte brasileira do Museu de Arte Moderna de Nova York no início dos anos 1940 Emmanuel dos Santos 76 A Revolução de Fevereiro nas páginas do The New York Times: a nova Rússia e a entrada dos EUA na Primeira Guerra Mundial Fabio Luciano Francener Pinheiro 86 O filme Lincoln de Steven Spielberg (2012) e os historiadores Gabriela Siqueira Bitencourt 105 Experiência urbana na virada do século XX: Nova York em três romances norte-americanos Gabriele da Silva Araujo 114 Família, Conservadorismo e Cinema: uma análise do filme Atração Fatal (1987) João Gilberto Neves Saraiva 119 O homem que sabia português e tantas outras línguas: apontamentos da trajetória de Tad Szulc (1926-2001), correspondente do The New York Times na América Latina Anais do IV Encontro Nacional de História dos EUA 6 2017 – São Paulo (SP) Jorge Edson P. G. da Silva 140 A representação do 11 de setembro na obra “The Amazing Spider Man #36” Leonardo Ribeiro Gomes 156 A Coleção de Pôsteres Históricos da National Agricultural Library dos Estados Unidos Lucas de Faria Junqueira 175 Oliveira Lima nos Estados Unidos: impressões políticas e sociais (1896-1898) Luiz Octavio Gracini Ancona 191 A representação da Guerra do Vietnã e a crítica política no filme Nascido para Matar, de Stanley Kubrick Marco de Almeida Fornaciari 200 Sobrevivendo ao teste do tempo: Samuel Huntington, Sid Meier’s Civilization e o choque de civilizações Marina Helena Meira Carvalho 212 Propagandas comerciais e a relação entre atores brasileiros e norte-americanos em tempos de Segunda Guerra Mundial: notas iniciais Michelly Cristina da Silva 223 A literatura policial na história: o Quarteto de Los Angeles, de James Ellroy Neyde Figueira Branco 243 A Indústria Cultural na perspectiva do filme Verdades e mentiras de Orson Welles Raija Maria Vanderlei de Almeida 251 Disney e Pocahontas: a reconstrução de um mito Rejane Carolina Hoeveler 272 Nacionalismo e cosmopolitismo: clivagens da direita nos Estados Unidos dos anos 1970 Roberta Fabbri Viscardi 284 A fratura do sonho americano em O Grande Gatsby de F. Scott Fitzgerald Rodolpho Hockmuller Menezes 293 Homeland e a representação da Guerra ao Terror na televisão Anais do IV Encontro Nacional de História dos EUA 7 2017 – São Paulo (SP) Tais Brito 299 March 19th, 1944: basquete universitário e a Jim Crow no Sul dos Estados Unidos Tiago Gomes da Silva 310 A Prohibition Unit e a Lei Seca Victor Callari 324 A narrativa da nação na série/documentário “America: the story of us” Anais do IV Encontro Nacional de História dos EUA 8 2017 – São Paulo (SP) Antes de feminista, latina: a construção da identidade latina no feminismo dos Estados Unidos contemporâneo Bárbara Câmara Aragon Graduanda em História Universidade Federal Fluminense (UFF) [email protected] Palavras-chave: América Latina. Estados Unidos. Feminismo. Identidade. O cenário estadunidense nos anos 60 do século XX foi caracterizado por momentos de extrema tensão política e social devido aos acontecimentos relacionados à Guerra Fria, Oriente Médio, Vietnã, Cuba e as lutas contra as leis segregacionistas em relação aos negros. Na mesma época, a América Latina passava por diversos governos autoritários e ditatoriais nos quais o Estados Unidos marcaram sua presença intervencionista de alguma forma. Tais acontecimentos despertaram em diversos nichos sociais a consciência de suas identidades e consciência política. Dentre eles surgem os movimentos negros, chicanos, feministas e muitos outros. Os três citados serão importantes neste trabalho de certa forma, todos possuindo ligação entre si. Cinzia Arruza descreve que, nos movimentos sociais norte-americanos dos anos 60, aonde quer que as mulheres estivessem dentro dessa luta, elas tropeçavam no sexismo presente no interior das organizações. Dessa forma, encontrando o escárnio e o sarcasmo como resposta às suas reivindicações e contribuições nos movimentos, especialmente os operários, a única saída para essas mulheres foi o divórcio entre o movimento feminista e os demais movimentos. Nesse contexto, um pouco mais tarde, já nos anos 70, emergiu dentro da pequena burguesia e nas classes médias, o nascimento e a consolidação de um novo movimento feminista norte americano, organizado em pequenos grupos de mulheres dedicadas à prática da autoconsciência como aponta Arruza. O movimento feminista nessa época se encontrava na chamada “segunda onda feminista”, diversas atividades de reivindicação pela igualdade de gênero baseada em pautas que, diferentemente da primeira onda que abordava especialmente a questão do sufrágio, nesse período passaram a discutir outras questões que abrangiam conceitos como sexualidade, família, mercado de trabalho, direitos reprodutivos, desigualdades sociais em seus diversos recortes de classe e raça, e desigualdades legais. Anais do IV Encontro Nacional de História dos EUA 9 2017 – São Paulo (SP) Diante dos movimentos emergidos nessa fase, como já dito, as consciências afloraram. A mais notável foi a que gerou um dos maiores lapsos do movimento negro, quando nos Estados Unidos houve diversas manifestações buscando abolir as leis de Jim Crow instituídas desde 1876 na região sul estadunidense. Nesse contexto, as mulheres negras sofriam constantes opressões machistas dentro do movimento negro, sendo silenciadas e controladas quando se pronunciavam, afastadas pela ideia sexista de que a liberação se tratava apenas a do homem negro. Porém, mesmo no seio do movimento feminista, que buscavam como uma forma de refúgio e lugar de compreensão, se deparavam com um feminismo ainda majoritariamente branco que limitava suas pautas apenas no que se referia a libertação de uma mulher entendida ali, universalmente como caucasiana, de classe média, que muitas vezes eram incapazes de admitir seu próprio racismo, acreditando que por serem oprimidas pelos homens, elas não seriam capazes de assumir um papel dominante na perpetuação do racismo.