TESE RODRIGO BOMFIM OLIVEIRA.Pdf
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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE HUMANIDADES, ARTES E CIÊNCIAS PROGRAMA MULTIDISCIPLINAR DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CULTURA E SOCIEDADE RODRIGO BOMFIM OLIVEIRA CULTURAS JUVENIS NA TELA: REPRESENTAÇÕES NO CINEMA BRASILEIRO CONTEMPORÂNEO Salvador 2014 2 RODRIGO BOMFIM OLIVEIRA CULTURAS JUVENIS NA TELA: REPRESENTAÇÕES NO CINEMA BRASILEIRO CONTEMPORÂNEO Tese apresentada ao Programa Multidisciplinar de Pós- Graduação em Cultura e Sociedade do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências da Universidade Federal da Bahia, como requisito parcial para obtenção do grau de Doutor. Orientador: Prof. Dr. Carlos Alberto Bonfim Salvador 2014 3 O48 Oliveira, Rodrigo Bomfim. Culturas juvenis na tela: representações no cinema brasileiro contemporâneo / Rodrigo Bomfim Oliveira . – Salvador, BA : UFBA, 2014. 191 f. : il. ; anexo. Orientador: Carlos Alberto Bonfim. Tese (Doutorado) – Universidade Federal da Bahia- UFBA. Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências. Referências: f. 171-180. Inclui glossário. 1. Cinema brasileiro. 2. Cultura. 3. Juventude. 4. Linguagem cinematográfica. 5. Cinema – Aspectos sociais. 6. Representação social. I. Título. CDD 791.43 4 5 Este trabalho é dedicado a: Antônio Carlos José de Oliveira (Tonhão/painho), que partiu dessa dimensão durante sua realização e me deu ―régua e compasso‖, deixando exemplos e saudades eternas; Luna Maria (meu bebê), que veio ao mundo no início da empreitada do doutorado, com contato com o pai quatro dias por semana durante os créditos, em 2010. Meu motivo maior; Luciana (meu amor), companheira, mulher, parceira, cúmplice e primeira leitora de tudo que aqui está. Sem eles do meu lado, esta tese não existiria. 6 AGRADECIMENTOS O momento de agradecimentos, talvez, seja um dos mais difíceis de ser redigido ao final de um trabalho acadêmico. Aparentemente, são poucas linhas, às vezes, numa primeira leitura, uniformizadas e cumpridoras de uma formalidade. Mas, ao concluir esta tese, sinto que não é bem assim. É o momento de refletir sobre um caminho percorrido, em que tive muitas contribuições, muitos incentivadores, amigos. Agradeço a Deus, ao abstrato, enfim, àquilo que não se vê, pelo dom da vida e pela passagem nessa dimensão; Ao meu orientador, Carlos Bonfim, que com sua competência sempre me fez crescer com perguntas diretas e pertinentes, através de uma relação cordial, respeitando meus limites e meu tempo próprio nos momentos mais difíceis, evidenciando outros modos e lógicas acadêmicas; À professora Marinyze Prates, primeira interlocutora desta pesquisa e que me acolheu tão bem no grupo de pesquisa Cultura e Subalternidades, fazendo com que eu crescesse intelectualmente com leituras diversas. À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia – FAPESB, pelo apoio; Agradeço aos meus alunos e ex-alunos - hoje centenas, acumulados ao longo de dez anos de carreira acadêmica na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Compartilhei com eles boa parte das angústias no mestrado e aprendi muito com as ricas discussões cotidianas para encarar o doutorado. Aos professores do Programa Multidisciplinar em Cultura e Sociedade da UFBA, em especial à Edilene Matos, Marilda Santana, Paulo Cesar Alves, Leonardo Boccia, Igor Rossoni e Renato da Silveira que, compartilhando seus conhecimentos, me ajudaram a compreender o viés multidisciplinar do mundo; À Dona Sônia Amaral (in memorian), à Taís Viscardi e à sua filha Valentina, pela generosidade em me receber sempre em suas casas, todas as semanas durante os créditos das disciplinas; Aos colegas e amigos do Departamento de Letras e Artes da UESC, do curso de Comunicação Social, especialmente Malu, Karen, Antônio e Betânia; À minha avó Hilda, que aos seus 85 anos mantém-se ativa e leitora voraz de tudo que aparecer; À Jane, mainha, por me fazer sempre acreditar que tudo é possível e por ter me apresentado aos livros desde muito pequeno; À Tonhão, painho, que me ensinou muito sobre a vida e seus desdobramentos, sobretudo a ser correto e solidário com o próximo. Partiu durante a escrita desta tese e não viu seu final, mas sempre enviou forças positivas durante o percurso e está vibrando com a conclusão desta etapa. 7 À minha filha, Luna Maria, que animou meu espírito com sorrisos espontâneos nos momentos mais complicados, eles tornaram tudo isso mais tranquilo. À Luciana, meu amor, pela compreensão e por ter sido uma mãezona no primeiro ano de Luna, além das críticas e indicações certeiras de uma leitora atenta, mesmo sendo de outra área. À Eliana Albuquerque, querida Nane, pela amizade, pelas dificuldades compartilhadas, pelas horas de ônibus (Ilhéus/Itabuna/Salvador), pelas sessões de cinema, por compartilharmos nossos mundos distantes etariamente, mas não espiritualmente. Pela solidariedade com que elucidou minhas dúvidas e por não me deixar desanimar nos momentos mais difíceis. Obrigado, amiga! Ele é nosso! Aos colegas da Turma 2010 do Póscultura, especialmente a Andréa Betânia Silva, Ronan e Francisco Nunes (Xicco), por todos os aprendizados, sofrimentos e loucuras partilhadas. Obrigada pela convivência fraterna, pelo bom humor e pela deliciosa feijoada coletiva – a nossa Fecult! 8 Rechaço totalmente as histórias, pois para mim engendram apenas mentiras, e a maior mentira consiste em que elas produzem um nexo onde não existe nexo algum, Mas, no entanto, precisamos destas mentiras pois que carece totalmente de sentido organizar uma série de imagens sem mentiras, sem a mentira de uma história. (Wim Wenders) 9 OLIVEIRA, Rodrigo Bomfim. Culturas juvenis na tela: representações no cinema brasileiro contemporâneo. 2014. 191 f. Tese (Doutorado) – Instituto de Humanidades, Artes e Ciências, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2014. RESUMO Esta tese tem como objetivo principal investigar as representações da juventude no cinema brasileiro contemporâneo. Tem como elemento de estudo seis filmes ficcionais de longa metragem da safra recente do cinema nacional. São eles: Linha de passe (2008), O céu de Suely (2006), Sonhos roubados (2009), As melhores coisas do mundo (2010), Desenrola (2011) e Apenas o fim (2008). Para isso, explora as imbricações entre o cinema nacional e as recorrentes representações de diversas histórias ficcionais protagonizadas por jovens; retoma algumas marcas históricas ligadas às interpretações sobre a categoria social juventude e destaca a emergência dos jovens enquanto atores sociais protagonistas a partir de meados do século XX, bem como, as apropriações de determinados aspectos do ―ser jovem no mundo‖ pelas indústrias culturais. Por fim, para compreender os modos como o cinema atual do Brasil tem representado esses sujeitos, a presente pesquisa lança um olhar mais atento aos filmes, ressaltando a diversidade de vivências juvenis na tela. A metodologia de estudo utilizada percorre caminhos multidisciplinares. Já a investigação dos filmes é feita de acordo com os procedimentos da análise fílmica, pelo fato desse ferramental possibilitar uma abertura maior para exames de aspectos próprios da linguagem cinematográfica em diálogo com a cultura e com a sociedade. Os resultados obtidos contemplam a ideia inicial deste trabalho e revelam que o cinema brasileiro contemporâneo, além de ser um importante produto de fruição cultural, é também um poderoso replicador de imaginários forjados para/sobre a juventude. Com isso, não apenas contribui para consolidar vivências juvenis construídas midiaticamente, mas se localiza como a própria juventude atual, caracterizada pela infinidade de suas (multi) visões e leituras. Dessa forma, este cinema apresenta uma cartografia plural, imprecisa e difusa sobre o jovem. Palavras-chave: Cultura. Juventudes. Representação. Cinema brasileiro contemporâneo. 10 ABSTRACT This thesis has as its main goal to investigate the youth representation in Brazilian contemporary cinema. It has as study objectives six full-length feature movies of recent national film industry. They are: Linha de passe (2008), O céu de Suely (2006), Sonhos roubados (2009), As melhores coisas do mundo (2010), Desenrola (2011) e Apenas o fim (2008). In this regard, it explores the tiny relations between the national cinema and the recurring representations of several fictional stories played by young people; it reviews some historical marks regarded to the youth as a social category and highlights the youth uprising protagonism as social actors at the middle of 20th century, as well as, the appropriations of certain aspects of ―being young in the world‖ adopted by the cultural industries. Finally, in order to comprehend the ways in which the Brazil‘s current cinema has represented those subjects, the present study launches a discerning look to those movies, by pointing out the diversity of youth living experiences on screen. The used study methodology goes through some multidisciplinary paths. The movies‘ investigation, by the way, is done in accordance with the film analyses‘ procedures, by the fact that its tools allow a greater openness towards some self-aspects of film language in dialogue with culture and society. The results obtained entail this work‘s original idea and reveal that the Brazilian contemporary cinema, besides being an important cultural enjoyment product, it is also a powerful spreader of imaginaries to/about the youth. By these means, it does not only contributes to consolidate youth living build up by the media, but it takes place somehow as today‘s youth, characterized by its infinity (multi) visions and interpretations. Therefore, this cinema