Untitled (Human Mask), Mostra O Poder Transforma- O Saber Raso Da Indexação

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Untitled (Human Mask), Mostra O Poder Transforma- O Saber Raso Da Indexação 2 3 4 5 Ministério da Cidadania e GetNet apresentam CURADORIA DE MARCELLO DANTAS FAROL SANTANDER 8 DE OUTUBRO DE 2019 A 5 DE JANEIRO DE 2020 Convidamos a todos para um passeio pela cultura de cinco continentes por meio da exposição ETNOS – Faces da Diversidade. A mostra apresenta 150 máscaras que expressam a multiplicidade da representação facial como instrumento de reconhecimento da identidade humana. Ao considerar que as máscaras nos dão a possibilidade de falar uma linguagem universal que não depende de idiomas, a exposição nos convida a refletir sobre a existência de uma comunicação não verbal que se estabelece, primordial- mente, por meio de símbolos. A sensação de mistério e encantamento propor- cionados pela evidência de uma linguagem capaz de prescindir do discurso, desconstrói convicções e concepções prévias e nos estimula à formulação de perguntas para as quais podem existir várias e distintas respostas. Um olhar atento e curioso para a multiplicidade de expressões que o ser humano se habilitou a produzir desde tempos ancestrais até a contempora- neidade foi o que nos conduziu para a construção desse projeto tão singular que agora trouxemos ao Farol Santander em São Paulo. PATRICIA AUDI Vice-Presidente de Comunicação, Marketing, Relações Institucionais e Sustentabilidade Santander 8 ETNOS FACES DA DIVERSIDADE MARCELLO DANTAS 12 MÁSCARAS – ANCESTRALIDADES EM CONSTRUÇÃO MARIA CATARINA DUNCAN 24 EXPOSIÇÃO EXHIBITION 99 TEXTOS EM INGLÊS ENGLISH TEXTS 10 ETNOS FACES DA DIVERSIDADE MARCELLO DANTAS CURADOR “Os mitos são sonhos públicos; os sonhos são mitos privados”. Joseph Campbell O que diferencia uma etnia de outra não são os cor- de mil faces,2 sobre o papel que tais instrumentos pos, não são os anseios de felicidade e nem o ins- desempenham na vivência dos mitos (algo próximo tinto de vida e de amor. O que diferencia uma etnia do que são as imagens no inconsciente coletivo). de outra são as visões de mundo, as culturas e, para Campbell nos revela que existe uma unidade mítica capturá-las, há um atalho. Em praticamente todos dentro da diversidade exterior, como se, por meio os grupos étnicos, encontramos o uso de artefatos de distintas portas, pudéssemos chegar ao mesmo faciais: máscaras, adornos ou pinturas. Elas reme- Olimpo mítico. O passaporte para alçar esses voos tem a poder, transgressão, anonimato, sexualidade, são as máscaras. sabedoria, guerra, humor, demônios, morte. A más- Com sua leitura no horizonte, apresentamos cara carrega o símbolo de quem somos e do que uma extensa coleção de exemplares em uso na queremos incorporar ao vesti-la. Os primeiros exem- atualidade: das máscaras ritualísticas africanas às plares encontrados datam de mais de 9.000 anos do Teatro Nô japonês, dos artefatos do Carnaval de atrás; elas são uma das manifestações criativas mais Veneza e da Colômbia a peças coreanas, chinesas e ancestrais do homem, e, curiosamente, se manifes- de culturas ameríndias. Justapondo essas trajetórias taram em todo o mundo de forma autóctone, sem longínquas no tempo, há igualmente máscaras de necessariamente serem influenciadas em cascata. As fetiche, de contraventores contemporâneos, e vá- máscaras são a mais antiga evidência de nosso de- rias oriundas da cultura pop, como do cinema e do sejo de transcender e de nos conectarmos com uma cosplay. A premissa é que elas participem de rituais dimensão mítica. vivos na atualidade – no sentido mais amplo daquilo A ideia de ETNOS é reconhecer, por meio das que hoje pode ser reconhecido como ritual. A diver- máscaras, a diversidade cultural em que hoje con- sidade existe dentro do tempo contemporâneo, que vivemos no planeta e, ao mesmo tempo, identificar, é simultâneo – na sucessão de tempo, ela não apre- dentro de tanta diferença, algo em comum em nossa senta desafio algum. essência humana – um mote tão desafiador quanto Por vários motivos, a vida urbana moderna se sutil. Uma inspiração é a abordagem do mitólogo Jo- destituiu de grande parte dos rituais que conectavam seph Campbell, autor de O poder do mito1 e O herói o indivíduo a seus grupos de origem. A apresentação 12 13 de uma criança à sociedade, a entrada na vida adulta, Estado Islâmico, e suas execuções televisionadas. humanos e comportamentos que desafiam nosso en- onde for. Mas no presente essas buscas se conecta- o casamento, a morte, o trabalho coletivo nas lavou- A máscara empodera indivíduos, os liberta de even- tendimento do que é um símio. ram. Nunca a diversidade foi algo tão visível para tan- ras, os ciclos da natureza: nada, ou muito pouco, des- tuais amarras e os conecta a ideais que podem levá- Mas o que há em cada exemplar desse heterogê- tos, e nunca foi tão evidente o desafio e a oportuni- sas ocasiões para exercitar papéis simbólicos restou. -los a cometer atrocidades. neo conjunto reunido em ETNOS que seja capaz de dade de se conviver num lugar tão repleto de signos. Em oposição a essa carência de sentido, começaram O mundo do cinema encontrou o das máscaras interligar toda e qualquer cultura? As máscaras mos- a surgir novas ritualísticas nas últimas décadas, como em 1898, apenas três anos depois da invenção dos traram um caminho para reconhecer a necessidade diferentes formas de role playing e usos simbólicos irmãos Lumière, com a primeira imagem etnográfica humana de experimentar outro estado de consciên- NOTAS na mídia de massas, tais como os super-heróis, o re- em movimento – e nunca mais se separaram. Alfred cia e de espírito, de exercer um poder validado por 1. CAMPBELL, Joseph. O poder do mito. São Paulo: Palas-Athena, 2014. nascimento dos ritos de Carnaval e outras festas pa- Cort Haddon, autor do registro pioneiro, levou uma seu grupo. São um artifício que toda a humanidade 2. CAMPBELL, Joseph. O herói de mil faces. São Paulo: Pensamento, gãs, além de muitas modalidades de comunhão de câmera ao Estreito de Torres, em Papua-Nova Guiné, encontrou, não importa a sua origem no planeta ou 1989. grupos à distância no mundo digital – por exemplo, e eternizou a performance de um aborígene portan- realidade cotidiana. Se, por um lado, elas permitem o uso de máscaras nas redes sociais. As máscaras ri- do uma máscara em um ritual. Esse filme é uma das incorporar códigos reconhecidos pela sua cultura de tuais se perpetuam. pérolas da pesquisa dessa exposição. Esse símbolo origem, quanto mais nos tornamos diversos e misci- A máscara também tem o atributo fundamen- tornou-se universal na cultura midiática e conformou genados mais aprendemos a reagir a esses códigos. tal de ocultar a face de seu portador. Na era digital, uma nova linguagem partilhada, com manifestações Essa reação nos certifica de que a diversidade se inte- a relação entre máscara e identidade ganha mais produzidas e consumidas globalmente. O cinema e as riorizou em nós. complexidade. Com o reconhecimento facial e a inte- máscaras se encontraram nesse momento e nunca Passamos a entender que as máscaras são oni- ligência artificial, o rosto é lido como um conjunto de mais se separaram. Surgiram heróis, super-heróis e presentes e que criam uma linguagem universal de si dados que diferencia cada indivíduo, um reconheci- vilões, preciosamente mascarados para caracterizar mesmas. Uma linguagem que não depende dos idio- mento permanente que suprime o anonimato e revê o mito que desejavam invocar. A história do cinema mas e que permite que nos comuniquemos por sím- o sentido de privacidade. Por trás de cada um desses no século XX atualiza a narrativa das máscaras, mas- bolos que não haviam, até então, se universalizado. objetos reside o único espaço de privacidade que ain- carados e do desmascarar. A beleza de uma linguagem não verbal como a das da nos resta, o exíguo espaço que separa um rosto As máscaras também encarnaram ritos da música máscaras é que ela abre nossa cabeça para a formu- de uma máscara. Nesse contexto, o simples ato de pop, com artistas como Da¬ Punk, Björk, Kiss e Goril- lação de perguntas para as quais não temos respos- se mascarar pode ser subversivo – símbolo de revol- laz, que encontraram nelas uma maneira de transitar tas. O artefato físico da máscara é a evidência dessa ta e de não conformidade. O artefato torna-se uma entre o universo pop e a criação de códigos que sua linguagem. O que existe na sutil conexão entre essas arma, um recurso para quebrar um controle imposto, música suscita, mas que suas faces não simulam. diversas manifestações culturais é algo que pertence alheio ao consentimento pessoal. Em mais de 20 paí- Artistas visuais como Pascale Marthine Thayou, somente à percepção humana. ETNOS quer mostrar ses da Europa, Américas e Oceania, o uso de máscaras Miguel Moreira e Silva, Beau Dick e Pierre Huyghe tam- conexões que permitem entendermos a nós mesmos em manifestações públicas já é ilegal. Para além do bém fizeram o uso da máscara como artifício criati- dentro dessa nova paisagem em que a diversidade anonimato, a simbologia da máscara aciona medos vo, invocando uma reinterpretação de mitos sob uma nos une mais do que a identidade. Em que o que não profundos: um mascarado em um aeroporto hoje ótica atual, e entendendo a máscara como um agente conhecemos nos empodera mais do que aquilo que representa ameaça tão iminente quanto uma bom- que traduz, como poucos, a força que uma obra pode nos é familiar. Em que as perguntas sem respostas ba. Ocupam nosso imaginário alguns atos brutais de ter sobre quem é imantado por ela. O filme de Huyghe, nos levam a lugares muito mais interessantes do que nossa História recente, relacionados à figura de car- Untitled (Human Mask), mostra o poder transforma- o saber raso da indexação. rascos, de membros de grupos extremistas como o dor que uma máscara de Teatro Nô japonês exerce O ser humano não se basta, e essa busca por ou- Setembro Negro, da Ku Klux Klan, e Jihadi John, do sobre um macaco, que, ao utilizá-la, incorpora gestos tra dimensão é algo que sempre se manifestou, seja 14 15 MÁSCARAS ANCESTRALIDADES EM CONSTRUÇÃO* MARIA CATARINA DUNCAN CURADORA INDEPENDENTE Os espelhos estão cheios de gente.
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