LEVANTAMENTO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO MUNICÍPIO DE MANGARATIBA, E DAS SUBESTAÇÕES E LINHAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM SEUS TERRITÓRIOS.

Edson Maia da Costa Moura

Rio de Janeiro

2021 EDSON MAIA DA COSTA MOURA

LEVANTAMENTO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO MUNICÍPIO DE MANGARATIBA, RIO DE JANEIRO E DAS SUBESTAÇÕES E LINHAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM SEUS TERRITÓRIOS.

Trabalho de Conclusão de Curso, TCC, apresentado ao Curso de Graduação em Ciências Biológicas modalidade Biotecnologia e Produção, da UEZO como parte dos requisitos para a obtenção do grau de Bacharel em Ciências Biológicas.

Orientação(a): Profª. Dra. Vanderlaine Amaral de Menezes.

Rio de Janeiro

2021 FICHA CATALOGRÁFICA

M184, Edson Maia da Costa Moura.

LEVANTAMENTO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO MUNICÍPIO DE MANGARATIBA, RIO DE JANEIRO E DAS SUBESTAÇÕES E LINHAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM SEUS TERRITÓRIOS.

46 f.: il.; 30 cm.

Orientadora: Profª. Dra. Vanderlaine Amaral de Menezes.

Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação Ciências Biológicas modalidade Biotecnologia e Produção, – Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, 2021.

Palavras Chaves: Linhas de Transmissão. Energia Elétrica. Cunhambebe. Unidades de Conservação. Áreas Protegidas. Subestações Elétricas.

LEVANTAMENTO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO MUNICÍPIO DE MANGARATIBA, RIO DE JANEIRO E DAS SUBESTAÇÕES E LINHAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM SEUS TERRITÓRIOS.

Elaborado por Edson Maia da Costa Moura Discente do Curso Ciências Biológicas modalidade Biotecnologia e Produção da UEZO Este trabalho de Graduação foi analisado e aprovado com Grau: ......

Rio de Janeiro, ______de ______de 2021.

______Presidente, Prof. Dra. Vanderlaine Amaral de Menezes

______Membro, Prof. Dr. Ronaldo Figueiró Portella Pereira

______Membro, Prof. Dr. Albert Luiz Suhett

Maio de 2021

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho à minha família. AGRADECIMENTOS

À minha mãe Eliane e ao meu já falecido pai Marcone, por todo esforço para me dar uma excelente educação e me proporcionar a possibilidade de chegar até aqui, além de todo o apoio desde sempre. À minha noiva Barbara por estar ao meu lado durante essa fase bastante trabalhosa sempre me apoiando. À Prof. Dra. Vanderlaine pela dedicação na minha orientação. Aos Professores Albert Luiz Suhett, Aline Fonseca da Silva Soares e Ronaldo Figueiró Portella Pereira por aceitarem fazer parte da banca de avaliadores. Ao Danilo Mendes dos Santos, Bárbara Souza de Amorim Lasmar Duarte, à Diretora de Projetos e Planejamento da SMMA de Mangaratiba Raquel Brasilino, Laio Xavier de Vargas e a Suelen Martins, por toda a consultoria e apoio na confecção do trabalho.

RESUMO

O Município de Mangaratiba está localizado na Costa Verde do Estado do Rio de Janeiro. Esse município faz divisa com Itaguaí, e Rio Claro e apresenta um ponto estratégico econômico em termos de turismo e industrial por estar localizado entre a Baía de Sepetiba e a Baía da Ilha Grande. Dessa forma, é necessário um sistema de energia elétrica de qualidade para abastecer as necessidades da região. O território de Mangaratiba conta com seis Unidades de Conservação (UC), dentre elas duas ainda não vigentes, que visam a proteção e o controle do uso dos recursos nos remanescentes do bioma de Mata Atlântica. Além da proteção e mitigação dos impactos na sua fauna e flora principalmente para as espécies ameaçadas de extinção e a proteção da fauna e flora marinha na porção da Baía de Sepetiba e mitigação dos impactos ambientais das empresas e indústrias localizadas nessa região, além da promoção de pesquisas e turismos. O presente trabalho visou levantar os registros de Unidades de Conservação do município e das linhas de transmissão e das subestações de energia elétrica que estão inseridas nessas áreas protegidas. A metodologia empregada para o registro das Unidades de Conservação partiu de consulta à Base de Dados Geoespaciais do INEA (GEOINEA) e consultoria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente do município. As linhas de transmissão e subestações foram levantadas a partir de consultoria com a empresa prestadora do serviço de distribuição de energia elétrica da região. Com isso foi possível verificar a existência de sete linhas de transmissão e uma subestação em zona de amortecimento e realizar um paralelo entre o benefício e os pontos negativos dessas instalações destinadas ao serviço de energia elétrica em relação a população local e as Unidades de Conservação.

Palavras chaves: Linhas de Transmissão. Energia Elétrica. Cunhambebe. Unidades de Conservação. Áreas Protegidas. Subestações Elétricas. ABSTRACT

The Municipality of Mangaratiba is located on the Green Coast of the State of Rio de Janeiro. This municipality shares a border with Itaguaí, Angra dos Reis and Rio Claro and presents a strategic economic point in terms of tourism and industry as it is located between Sepetiba Bay and Ilha Grande Bay. Thus, it is necessary to have a quality electric power system to supply the needs of the region. The territory of Mangaratiba has six Conservation Units (UC), including two not yet in force, aimed at protecting and controlling the use of resources in the remnants of the Atlantic Forest biome. Besides the protection and mitigation of impacts on its fauna and flora, mainly for endangered species and the protection of marine fauna and flora in the Sepetiba Bay portion and mitigation of the environmental impacts of companies and industries in that region, in addition to the increase in research and tourism. The present work aimed to raise the records of Conservation Units of the municipality and of the transmission lines and substations of electric energy that are inserted in these protected areas. The methodology applied for the registration of Conservation Units came from consulting the INEA Geospatial Database (GEOINEA) and consulting the Municipal Secretariat for the Environment of the municipality. The transmission lines and substations were raised through consultancy with the company that provides the electric energy distribution service in the region. With that, it was possible to verify the existence of seven transmission lines in Conservation Units and one substation in buffer zone and to make a parallel between the benefit and the negative points of these installations destinated to the electric power service in relation to the local population and the Conservation Units.

Keywords: Transmission Lines. Electricity. Cunhambebe. Ponservation Units. Protected Areas. Eletrical Substations.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Esquema Simplificado do Sistema de Energia Elétrica.15 Figura 2 - Ponto turístico “Mirante Imperial”, Serra do Piloto, Mangaratiba.20 Figura 3 - Mapa de Localização do Município de Mangaratiba.20 Figura 4 - Limites do PEC e sua ZA.25 Figura 5 - Limites da APA Mangaratiba.27 Figura 6 - Sobreposição PEC – APA de Mangaratiba.28 Figura 7 - Limites do PNMPU.29 Figura 8 - Limites da APA Marinha Boto-Cinza.30 Figura 9 - Limites do Parque do Sahy.32 Figura 10 - Limites da APA Guaíba/Guaibinha.33 Figura 11 - Localização da SE Muriqui.34 Figura 12 - SE Muriqui na ZA do PEC.35 Figura 13 - Zoom da localização da SE Muriqui em relação as UCs de Mangaratiba.36 Figura 14 - LTs no interior do município de Mangaratiba37

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Grupos das Unidades de Conservação e Seus Subtipos.13 Tabela 2 - Classificação das SEs pelo nível de tensão (kV).23 Tabela 3 - UCs do município de Mangaratiba.24 Tabela 4 - Classificação da SE Muriqui.34 Tabela 5 - LTs no território de Mangaratiba.38

SUMÁRI

1. INTRODUÇÃO11

2. REVISÃO DA LITERATURA13

2.1 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO13

2.2 ZONAS DE AMORTECIMENTO14

2.3 SEGUIMENTOS DO SETOR ELÉTRICO14

2.4 LINHAS DE TRANSMISSÃO (LT)15

2.5 SUBESTAÇÕES ELÉTRICAS17

3. OBJETIVOS18

3.1 OBJETIVO GERAL18

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS18

4. METODOLOGIA19

4.1 ÁREA DE ESTUDO19

4.2 LEVANTAMENTO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO MUNICÍPIO DE MANGARATIBA22

4.3 COMPILAÇÃO DOS REGISTROS DE SUBESTAÇÕES DE ENERGIA ELÉTRICA EM UCS NO MUNICÍPIO DE MANGARATIBA22

4.4 COMPILAÇÃO DOS REGISTROS DE LINHAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM UCS NO MUNICÍPIO DE MANGARATIBA23

5. RESULTADOS24 5.1 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO EM MANGARATIBA24

5.1.1 PARQUE ESTADUAL CUNHAMBEBE (PEC)24

5.1.2 ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE MANGARATIBA26

5.1.3 PARQUE NATURAL MUNICIPAL DA PEDRA DO URUBU29

5.1.4 APA MARINHA BOTO-CINZA30

5.1.5 PARQUE DO SAHY E APA GUAÍBA/GUAIBINHA31

5.2 SUBESTAÇÕES EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO34

5.3 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO36

6. DISCUSSÃO39

7. CONCLUSÃO41

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS42 11

1. INTRODUÇÃO

O investimento no setor de energia elétrica, assim como a oferta energética estão intimamente ligados ao crescimento socioeconômico de um país, uma vez que a energia elétrica é parte fundamental da infraestrutura básica de qualquer negócio (COSTA & OLIVEIRA, 2004). Segundo Thimóteo et al. (2015) pela sua capacidade de um grande volume de matéria-prima e o potencial de produção em grande escala, o Brasil é visto como uma potência no setor energético, apresentando diversas alternativas para sua produção. Atualmente, vários benefícios e confortos da vida do ser humano são dependentes da energia elétrica, como televisores, máquinas de lavar, computadores, celulares, entre outros. Não é somente em situações de lazer ou para facilitar o dia a dia, que a energia elétrica se torna indispensável, já que há enfermos necessitando todos os dias de aparelhos movidos a eletricidade garantindo sua sobrevivência. Um exemplo presente nos momentos atuais é a pandemia do novo Coronavírus que vem assolando a humanidade nos anos de 2020 e 2021. Os respiradores pulmonares são peças-chave no tratamento dos acometidos pelo vírus e que desenvolvem os sintomas mais graves da doença (RACHE et al., 2020). Segundo Rosa (2016) a qualidade de vida considerada digna na atual conjuntura nacional é comprometida quando não há acesso à energia elétrica, visto que esta é parte do direito existencial mínimo. Além disso, o Novo Código Florestal (2012) determina como de utilidade pública, obras destinadas a energia (BRASIL, 2012). Mas, apesar de sua importância para o bem-estar humano, e mesmo com um manejo consciente, as redes de energia elétrica em áreas protegidas causam impactos diretos na vegetação, solo e faunas locais. Oliveira & Zaú (1998) e Tumina et al. (2018) apontam diversos impactos advindos da implantação e operação de linhas de transmissão e subestações de energia elétrica. As áreas protegidas são fundamentais para a conservação da biodiversidade e de importância local vital para a abordagem de sua gestão (COELHO JUNIOR, 2020). O Bioma de Mata Atlântica possui, atualmente, somente 8% de sua área original desde quando o Brasil foi encontrado pelos portugueses (CORRÊA, 1995). Este Bioma está totalmente degradado, visto que a maioria de seus fragmentos cobre uma área menor que 50 ha (RIBEIRO et. al., 2009). De acordo com Goldemberg & Lucon (2007) os órgãos ambientais competentes a realizar licenciamento ambiental são vistos como barreiras na execução de grandes projetos, sendo tratados como formalidade ignorando a base legal por trás. Todavia, respeitadas as condições pertinentes aos trâmites do licenciamento ambiental, é possível a redução dos 12

impactos ambientais gerados por esses empreendimentos e, ainda, a compensação justa através do estudo de impacto ambiental. 13

2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

A massa territorial e suas águas jurisdicionais que apresentam características ambientais relevantes e que por determinação do Poder Público tem seus limites definidos com o intuito de instaurar uma gestão de proteção qualificada, objetivando a proteção de seus recursos naturais é determinada como Unidade de Conservação (UC) (SNUC, 2000). O Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC (2020) segmenta as unidades de conservação que integram sua base em dois grupos: 1) Proteção Integral - que objetivam a preservação da área que constitui a UC permitindo somente o uso indireto dos recursos naturais quando não há exceção prevista na legislação vigente; 2) Uso Sustentável - possuem um regime de proteção mais brando, permitindo o uso sustentável de parte dos recursos naturais da UC. Além dessa divisão, há ainda os subtipos que compõem esses grupos (Tabela 1).

Tabela 1 - Grupos das Unidades de Conservação e Seus Subtipos. Proteção Integral Uso Sustentável Estação Ecológica Área de Proteção Ambiental Reserva Biológica Área de Relevante Interesse Ecológico Parque Nacional Floresta Nacional Monumento Natural Reserva Extrativista Refúgio de Vida Silvestre Reserva de Fauna Reserva de Desenvolvimento Sustentável Reserva Particular do Patrimônio Natural Fonte: E. M. C. Moura.

Os Parques Nacionais são um subtipo de UC de Proteção Integral que objetiva a preservação dos ecossistemas naturais de forte interesse ambiental, possibilitando a realização de atividades voltadas ao turismo ecológico e educação ambiental, assim como atividades voltadas para o estudo científico de sua fauna e flora (SNUC, 2000). Quando a competência é de gestão Estadual, UCs dessa classe recebem a alcunha de Parque Estadual (SNUC, 2000). Por outro lado, as Áreas de Proteção Ambiental (APA) estão inseridas no grupo das UCs de uso sustentável podendo apresentar, quando respeitados os limites constitucionais, ocupação humana munida de atributos importantes para a qualidade de vida e bem-estar das 14

populações humanas (SNUC, 2000). Este tipo de UC é recente tendo sido implementada no início da década de 1980 a partir da Lei Federal nº 6.902, de 27 de abril de 1981 (INEA, 2015), tem como propósito salvaguardar a diversidade biológica e regular o processo de ocupação, além de garantir o uso sustentável de seus recursos naturais (SNUC, 2000).

2.2 ZONAS DE AMORTECIMENTO

Com ressalvas para Área de Proteção Ambiental e Reserva Particular do Patrimônio Natural, todos os outros subtipos de UCs devem apresentar uma Zona de Amortecimento (ZA) e, caso necessário, corredores ecológicos (SNUC, 2000). As ZAs não são consideradas como parte integrante da UC, mas como adjacência a estas, onde ações humanas que impactariam negativamente a Unidade estarão sujeitas ao controle por parte do Órgão Ambiental gestor, sob o cumprimento de normas e restrições (SNUC, 2000).

2.3 SEGUIMENTOS DO SETOR ELÉTRICO

A Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (ABRADEE) (2018) segmenta o setor de energia elétrica em quatro subsetores, são eles: Geração, transmissão, distribuição e comercialização. A geração, transmissão e distribuição (Figura 1) fazem parte da estrutura física do sistema de energia elétrica e tem sua definição dada pelo Manual de Controle Patrimonial do Setor Elétrico (MCPSE) (ANEEL, 2015), como:

Geração – Consiste na transformação em energia elétrica de qualquer outra forma de energia, não importando sua origem, e as linhas e subestações do sistema de transmissão de conexão (ANEEL, 2015, Glossário 9.1, G, Geraração). Transmissão – Consiste no transporte de energia elétrica do sistema produtor às subestações distribuidoras, ou na interligação de dois ou mais sistemas geradores. Compreende também o transporte pelas linhas de subtransmissão ou de transmissão secundária que existirem entre as subestações de distribuição. Pode ainda compreender o fornecimento de energia a consumidores em alta tensão, mediante suprimentos diretos das linhas de transmissão e subtransmissão (ANEEL, 2015, Glossário 9.1, T, Transmissão). Distribuição – Consiste no provimento do livre acesso ao sistema para os fornecedores e consumidores, e permitir o fornecimento de energia a consumidores, bem como, quando for o caso no suprimento de energia elétrica a outras concessionárias e permissionárias (ANEEL, 2015, Glossário 9.1, D, Distribuição). 15

Figura 1 - Esquema Simplificado do Sistema de Energia Elétrica.

Fonte: ABRADEE, 2021.

2.4 LINHAS DE TRANSMISSÃO (LT)

As LTs são pedra fundamental do Sistema Interligado Nacional (SIN), uma vez que é através dessas redes que a energia elétrica é transportada para os subsistemas elétricos, por longas distâncias, até que por fim chegue ao consumidor final (ANEEL, 2017). Esse fator é determinante para o alto interesse no investimento do aperfeiçoamento dos sistemas de LTs, visto a alta procura energética no território Nacional (ANEEL, 2017). As LTs apresentam seguimentos denominados faixa de servidão. Segunda a Norma de Transmissão Unificada – NTU – 012 (ENERGISA, 2018) as faixas de servidão, são:

Faixa de terra ao longo do eixo da Linha de Transmissão, homologado junto órgão ambiental competente, cujo domínio permanece com o proprietário, com restrições ao uso, declarada de utilidade pública e instituída através de instrumento público extrajudicial, decisão judicial ou prescrição aquisitiva, inscritos no cartório de registro de imóveis (ENERGISA, 2018, p. 6).

De acordo com Oliveira & Zaú (1998) as faixas de servidão podem apresentar propriedades variáveis relacionadas às características do ambiente e da própria LT. A variação da altura das torres do sistema determina o tipo de corte que será realizado na vegetação, podendo variar de uma poda rasa até a completa supressão dos indivíduos arbóreos. 16

17

2.5 SUBESTAÇÕES ELÉTRICAS

Segundo Muzy (2012) as subestações de energia elétrica (SE) são um complexo formado por equipamentos industriais que controlam as características e protegem o sistema elétrico, além de controlar os níveis de tensão e servir de ponto de entrega energética aos consumidores industriais. Essa regulação na tensão acontece por todo o percurso do sistema elétrico entre as usinas e as cidades, os transformadores podem elevar a tensão elétrica no início da transmissão diminuindo a perda da energia ao longo do trajeto, ou rebaixar a tensão para viabilizar a distribuição de energia pela cidade (MUZY, 2012). 18

3. OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

• Compilar os registros de Unidades de Conservação e a ocorrência de subestações e linhas de transmissão em Unidades de Conservação no município de Mangaratiba.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Mapear as Unidades de Conservação no Município de Mangaratiba; • Identificar e caracterizar as subestações presentes em Unidades de Conservação no município de Mangaratiba. • Identificar as linhas de transmissão que ocorrem em Unidades de Conservação no município de Mangaratiba. 19

4. METODOLOGIA

4.1 ÁREA DE ESTUDO

Mangaratiba faz parte da Região da Costa Verde do Rio de Janeiro, juntamente com os municípios de Angra dos Reis, e Itaguaí (TCERJ, 2004) e está associado a Mesorregião Metropolitana do estado (IBGE, 2017). O nome do município dá-se a partir da junção de “mangara” e “tiba”, duas palavras de origem indígena que querem dizer respectivamente “ponta da banana” e “local onde existe abundância” (TCERJ, 2004). O território começou a ser explorado por volta do ano de 1534, entretanto essa exploração não obteve um progresso rápido devida à resistência dos índios Tamoios (TCERJ, 2004). O município Mangaratiba fazia parte do município de Angra dos Reis desde 1764 (TCERJ, 2004) e após a criação do município de Itaguaí em 05 de junho de 1818, passou a ser parte integrante deste município conquistando sua independência somente em 11 de novembro de 1831 (TCERJ, 2008). Mangaratiba apresenta uma área territorial de 367,606 Km² com densidade populacional de 102,29 hab/Km² (2010) (IBGE, 2017). Mangaratiba (Figura 3) está em uma posição favorável para atividades turísticas, uma vez que se encontra entre as Baías da Ilha Grande e de Sepetiba (TCERJ, 2008), casas de veraneio e sedes de distritos, assim como outras localidades (Figura 2) fazem parte da cena turística da região (TCERJ, 2008). O distrito de Itacuruça é utilizado por empresas de turismo marítimo como base para a realização de passeios de relevância mundial, conhecidos como “Ilhas Tropicais”, devido a sua localização na Baía de Sepetiba (TCERJ, 2008).

20

Figura 2 - Ponto turístico “Mirante Imperial”, Serra do Piloto, Mangaratiba.

Fonte: E. M. C. Moura.

Figura 3 - Mapa de Localização do Município de Mangaratiba. 21

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 2017.

22

4.2 LEVANTAMENTO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO MUNICÍPIO DE MANGARATIBA

Para obtenção dos limites UCs presentes no território do município de Mangaratiba, foram levantadas quais eram as UCs presentes nos limites do município a partir de consulta à Base de Dados Geoespaciais do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) (GEOINEA). O GEOINEA é um canal digital que proporciona a consulta e obtenção de dados geoespaciais referentes ao Estado do Rio de Janeiro (GEOINEA, 2021). A segunda etapa consistiu na obtenção dos arquivos em .KML e .KMZ junto a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Mangaratiba, a qual disponibilizou os limites das UCs nos formatos supracitados. Os mapas foram gerados a partir da manipulação dos arquivos dos limites das UCs no Software QGIS Version 3.18 (64 bits). O QGIS é um sistema da Open Source Geospatial Foundation para manipulação e geração de geoinformação. O Plano de Manejo e a consultoria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Mangaratiba, foram os meios utilizados para o entendimento e levantamento das informações específicas de cada UC.

4.3 COMPILAÇÃO DOS REGISTROS DE SUBESTAÇÕES DE ENERGIA ELÉTRICA EM UCS NO MUNICÍPIO DE MANGARATIBA

Os dados foram obtidos através de consultoria com funcionários da concessionária de energia elétrica detentora da SE Muriqui. A classificação dos dados baseou-se no esquema de classificação de Muzy (2012), sendo as SEs classificadas quanto ao nível de tensão (NT), relação entre os níveis de entrada e saída (TES), quanto a função ao sistema elétrico global (FS), quanto ao tipo de instalação (TI), quanto ao tipo de construtivo de equipamentos (CE) e conforme a modalidade de comando (MC) (Tabela 2). Contudo, a característica “tipo de construtivo de equipamentos” não foi utilizada por se tratar de material privado. 23

Tabela 2 - Classificação das SEs pelo nível de tensão (kV). Caractirística Avaliada

NT TES FS TI CE MC

Baixa Manobra Transmissão Externa Convencionais Com Operador

Média Elevadora Subtransmissão Interna Cabine Semiautomatizada Metálica ou Blindada Alta Abaixadora Distribuição - - Telecomandada

Extra------Alta Fonte: E. M. C. Moura.

4.4 COMPILAÇÃO DOS REGISTROS DE LINHAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM UCS NO MUNICÍPIO DE MANGARATIBA

Os traçados, bem como os dados das LTs foram obtidos através de consultoria com funcionários da concessionária de energia elétrica da região e a partir de consulta à base de dados Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A partir dos arquivos em .KML dessas LTs foi possível mensurar em quantos Km cada LT está afetando as UCs do município.

24

5. RESULTADOS

5.1 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO EM MANGARATIBA

O município de Mangaratiba conta com quatro UCs vigentes e duas já demarcadas, mas que ainda não entraram em vigor (Tabela 3).

Tabela 3 - UCs do município de Mangaratiba. UC Regime Administração Vigente Parque Estadual Proteção Integral Estadual Sim Cunhambebe APA de Uso Sustentável Estadual Sim Mangaratiba Parque Natural Municipal da Pedra Proteção Integral Municipal Sim do Urubu APA Marinha Uso Sustentável Municipal Sim Boto-Cinza Parque do Sahy Proteção Integral Municipal Não APA Uso Sustentável Municipal Não Guaíba/Guaibinha Fonte: E. M. C. Moura.

5.1.1 PARQUE ESTADUAL CUNHAMBEBE (PEC)

O PEC é administrado pela Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas (DIBAP), órgão subordinado ao Instituto Estadual do Ambiente (INEA), que por sua vez é vinculado à Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) (INEA, 2015) (Figura 4). O nome do Parque foi escolhido como uma forma de homenagear o líder indígena, Cacique Cunhambebe e como representação dos ideais de união entre diferentes partes da sociedade em vista da necessidade de preservação dos recursos ambientais contidos no PEC (INEA, 2015). Sua criação data de 13 de junho de 2008 a partir do Decreto Estadual – DE nº 41.358, através de ação do Governo do Estado do Rio de Janeiro definida pelo Art. 1º do referenciado Decreto (RIO DE JANEIRO, 2008). 25

A localização geográfica do PEC está entre as coordenas 22° 46’ 10’’S e 23° 03’ 01’’S e 44°2140’’W e 43° 52’ 60’’W (Graus, minutos e segundos), abrangendo a divisa dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo (INEA, 2015). O PEC compreende os municípios de Angra dos Reis, Itaguaí, Mangaratiba e Rio Claro na Costa Verde do Estado do Rio de Janeiro com uma área total por volta de 38.053,05 ha (RIO DE JANEIRO, 2008), apresentando um perímetro de aproximadamente 463 km e uma Zona de Amortecimento de 3Km configurando-o como a segunda maior UC de Proteção Integral do Estado do Rio de Janeiro, somente atrás do Parque Estadual dos Três Picos (INEA, 2015). Esses municípios e seus distritos representam importantes núcleos populacionais (INEA, 2015).

Figura 4 - Limites do PEC e sua ZA.

Fonte: E. M. C. Moura.

A região apresenta clima tropical superúmido, com média anual de temperatura de 23º C podendo chegar até os 5º C em regiões mais elevadas (INEA, 2015). Destacam-se as espécies existentes da vegetação, cedros (Cedrela odorata, Cedrela fissilis), angicos (Piptadenia sp.), canela-branca (Cryptocaria moschata), jatobá (Hymenaea coubaril), peroba (Aspidosperma sp), canela-preta (Nectandra mollis), jequitibá (Cariniana 26

estrellensis), e espécies ameaçadas de extinção, como palmito-juçara (Euterpe edulis) e xaxim (Dicksonia sellowiana) (INEA, 2015). De acordo com o plano de manejo do PEC (2015), a fauna local é composta por diferentes espécies, inclusive por espécies ameaçadas de extinção como: Muriqui (Brachyteles arachnoides), jaguatirica (Leopardus pardalis mitis), onça-parda (Puma concolor) e a paca (Cuniculus paca) (INEA, 2015, p. 1-6).

5.1.2 ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE MANGARATIBA

Assim como o PEC, a Área de Proteção Ambiental de Mangaratiba (Figura 5) também é administrada pelo INEA, tendo ligação com a Gerência de Unidades de Conservação de Uso Sustentável (GEUSO), parte que integra a DIBAP (INEA, 2015). De forma estratégica o Governo do Estado instituiu a criação da APA a partir do Decreto nº 9.802, de 12 de março de 1987 para se certificar da formação de um contínuo florestal, ao qual apresenta expressiva porção da Mata Atlântica, estendendo-se desde o Parque Nacional da Serra da Bocaina até a Rebio Tinguá (INEA, 2015).

27

Figura 5 - Limites da APA Mangaratiba.

Fonte: E. M. C. Moura.

A APA de Mangaratiba é sobreposta pelo PEC em aproximadamente 62% de sua área total, dessa forma a APA atua como ZA do PEC (Figura 6) (INEA, 2015). Está localizada entre as coordenadas 22º 51’ 08” S e 44º 11’ 40” W e 23º 06’ 09” S e 43º 53’ 00” W estando circundada por importantes sedes municipais e núcleos populacionais do município de Mangaratiba e de municípios vizinhos, sendo eles: Conceição de Jacareí, Praia Grande, Muriqui, Coroa Grande (Itaguaí), Guatucaia e Portogalo (Angra dos Reis) (INEA, 2015).

28

Figura 6 - Sobreposição PEC – APA de Mangaratiba.

Fonte: E. M. C. Moura.

A área total da APA é de 25.239,59 ha percorrendo um perímetro de 281,99 km, com clima classificado como tropical úmido pela classificação Köppen-Geiger, apresentando fortes precipitações durante o ano e sem uma estação seca bem definida (INEA, 2015). É dominada predominantemente pelo bioma de Mata Atlântica, apresentando Floresta Ombrófila Densa Montana e Submontana, ainda na localidade de Itacuruçá é encontrado o bioma Manguezal (INEA, 2015). A fauna local apresenta espécies ameaçadas e vulneráveis (INEA, 2015), como as UCs se sobrepõe a sua fauna e flora é compartilhada e apresentam semelhanças na lista de indivíduos ameaçados, segundo o Plano de Manejo da APA (2015) destaca-se dentre os anuros a espécie Cycloramphus eleutherodactylus, presente na lista das espécies ameaçadas do Estado do Rio de Janeiro.

29

5.1.3 PARQUE NATURAL MUNICIPAL DA PEDRA DO URUBU

O Parque Natural Municipal da Pedra do Urubu – PNMPU (Figura 7) é uma UC de proteção integral que leva esse nome por seu principal ponto turístico, que ao longo do tempo recebeu o nome de “Pico da Pedra do Urubu” pela presença frequente dessas aves (PREFEITURA DE MANGARATIBA, 2020).

Figura 7 - Limites do PNMPU.

Fonte: E. M. C. Moura.

O PNMPU é totalmente sobreposto pela APA de Mangaratiba e por isso recebe uma gestão em conjunto ao INEA apesar de ser uma UC municipal, cumprindo o determinado pelo SNUC (PREFEITURA DE MANGARATIBA, 2020). O Parque foi criado com o objetivo de conservar, proteger e recuperar os ecossistemas locais e os espécimes da fauna da flora remanescentes, além de outros aspectos ambientais, além de estimular o turismo, valorizando a paisagem local e promovendo atividades educacionais (PREFEITURA DE MANGARATIBA, 2020). 30

O Parque foi criado em 13 de outubro de 2016, através da Lei Municipal nº 1024, sua área compreende um espaço territorial de 215,7 ha, perfazendo um perimtro de 7.240m entre as coordenadas Lat. 22°57'48.82"S Long. 44° 2'6.58"O e Lat. 22°58'57.48"S Long. 44° 2'41.84"O (PREFEITURA DE MANGARATIBA, 2020).

5.1.4 APA MARINHA BOTO-CINZA

A APA Marinha Boto-Cinza (Figura 8) recebe esse nome pela presença do boto-cinza (Solatia guianensis) em suas águas (PREFEITURA DE MANGARATIBA, 2019). A UC foi criada em 08 de outubro de 2014 com o objetivo de proteger, ordenar, garantir e disciplinar o uso racional dos recursos ambientais da região, inclusive suas águas, bem como ordenar o turismo recreativo, as atividades de pesquisa, a pesca e promover o desenvolvimento sustentável da região, uma vez que as atividades industriais somadas a expansão urbana desordenada têm gerado uma série de questões ambientais, sociais e territoriais (PREFEITURA DE MANGARATIBA, 2019).

Figura 8 - Limites da APA Marinha Boto-Cinza.

Fonte: E. M. C. Moura.

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A APA conta com uma área de 24.760 ha localizada na porção oeste da Baía de Sepetiba entre as coordenadas 22°59’01,10” S e 44°02’56,92” O/ 23°05’48,70” S e 44°00’24,55” O e 22°54’54,62” S e 43°52’49,22” O/ 23°03’28,90” S e 43°49’17,08” O, pontos superior e inferior esquerdo e superior e inferior direito respectivamente (PREFEITURA DE MANGARATIBA, 2019). Segundo o Plano de Manejo da APA (2019) cerca de 10,8% da fauna catalogada na Baía de Sepetiba encontra-se em categorias elevadas de risco de extinção. Dentre os conjuntos de espécies a ictiofauna é a comunidade da qual se tem maior conhecimento, estão presentes 193 espécies, a avifauna conta com 49 espécies, o boto-cinza é a espécie em maior número dentre os mamíferos e ainda há alguns representantes do pinípedes (PREFEITURA DE MANGARATIBA, 2019). A flora marinha da região também sofre ameaças através de espécies exóticas, descaracterização de substratos por empreendimentos e aumento das concentrações de elementos tóxicos (PREFEITURA DE MANGARATIBA, 2019). Até o momento foram catalogadas 110 espécies de fitoplanctons e 205 espécies dentre os fitobentos (PREFEITURA DE MANGARATIBA, 2019).

5.1.5 PARQUE DO SAHY E APA GUAÍBA/GUAIBINHA

O Parque do Sahy (Figura 9) e a APA Guaíba/Guaibinha (Figura 10) ainda estão em processo de aprovação para serem implementadas. De acordo com informações adquiridas em consultoria com a SMMA de Mangaratiba O Parque do Sahy tem como finalidade apoiar a pesquisa além de estimular o turismo, uma vez que a área onde o Parque será implantado é um sítio arqueológico. Já a APA Guaíba/Guaibinha está em uma área estratégica formando um contínuo em conjunto com a APA Marinha Boto-Cinza tendo como objetivo minimizar o impacto ambiental dentro da Baía de Sepetiba.

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Figura 9 - Limites do Parque do Sahy.

Fonte: E. M. C. Moura.

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Figura 10 - Limites da APA Guaíba/Guaibinha.

Fonte: E. M. C. Moura.

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5.2 SUBESTAÇÕES EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO

O município conta com uma subestação, localizada na Rodovia BR-101 próximo ao KM 38,5 entre as coordenas 22°56'11.45"S/44° 0'24.51"O e 22°56'6.57"S/ 44° 0'21.31"O (Figura 11). A tabela 4 apresenta a classificação da SE Muriqui.

Figura 11 - Localização da SE Muriqui.

Fonte: E. M. C. Moura.

Tabela 4 - Classificação da SE Muriqui. Característica Avaliada Classificação NT 138/69 138/13,8 TES Abaixadora FS Subtransmissão Distribuição TI Externa MC Telecomandada Área 12.369,90 m² Fonte: E. M. C. Moura.

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A SE Muriqui se encontra na ZA do PEC (Figura 12) não afetando o interior de nenhuma UC, propriamente dita, do município de Mangaratiba (Figura 13). Apesar de estar intervindo na ZA de um Parque Estadual o controle dos impactos ambientais gerados pela SE, a mitigação destes e a compensação ambiental são vistas pela SMMA de Mangaratiba, devido ao município ser capacitado a realizar o licenciamento ambiental de atividades dessa classe de impacto em seu território. Caso Mangaratiba não fosse capacitado a licenciar a classe de impacto a qual a SE está inserida, essa função seria transferida ao INEA.

Figura 12 - SE Muriqui na ZA do PEC.

Fonte: E. M. C. Moura.

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Figura 13 - Zoom da localização da SE Muriqui em relação as UCs de Mangaratiba.

Fonte: E. M. C. Moura.

5.3 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Há um total de 7 LTs dentro do território de Mangaratiba (Fig. 14). Todas as LTs estão passando no território das UCs do Município de Mangaratiba.

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Figura 14 - LTs no interior do município de Mangaratiba

Fonte: E. M. C. Moura.

A tabela 5 apresenta o nome dado a cada LT, a tensão a qual ela opera, as UCs que está afetando, a extensão que passa no município de Mangaratiba, quilometragem inserida em UC no município e a porcentagem que cada LT passando em UC.

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Tabela 5 - LTs no território de Mangaratiba. LT Tensão UC Extensão no Município Km em UC % em (kV) (Km) UC 500 A 500 PEC - APA Mangaratiba 0,8 0,8 100

138 A 138 PEC - APA Mangaratiba 19,7 11,51 58,40

138 B 138 PEC - APA Mangaratiba 15,13 15,05 99,47

138 C 138 PEC - APA Mangaratiba 13,35 6,39 47,86

138 D 138 PEC - APA Mangaratiba 18,73 10,94 58,41

138 E 138 PEC - APA Mangaratiba 32,03 15,66 48,89

69 A 69 APA Mangaratiba – 7,61 2,48 32,58 PNMPU Fonte: E. M. C. Moura.

As LTs 500A, 138A, 138B e 138C, 138D e 138E ultrapassam os limites do município de Mangaratiba, dessa forma o controle dos impactos é realizado pelo INEA, visto o sistema de enquadramento/licenciamento ambiental desse órgão ambiental. A Linha 69A está totalmente inserida nos limites do município sendo de competência municipal a análise e controle de seus impactos. Há, aproximadamente, 107,35 Km de LTs no município de Mangaratiba e 62,83 Km desse total, passam áreas demarcadas para as UCs.

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6. DISCUSSÃO

Segundo Montagna et al. (2012) as UCs têm grande importância como veículo de pesquisa visando o aprimoramento de estratégias de conservação de espécies, além de serem pontos estratégicos na conservação da biodiversidade e na implementação de acordos ambientais (STOLL-KLEEMANN, 2010). As UCs do município de Mangaratiba empenham um papel fundamental na proteção dos remanescentes do bioma de Mata Atlântica, da Baía de Sepetiba e das espécies ameaçadas de extinção. Segundo Myers et al. (2000), a Mata Atlântica brasileira apresenta mais de 8000 espécies endêmicas, entre plantas e vertebrados, sendo considerada um dos 25 hotspots mundiais de biodiversidade. Mangaratiba tem grande parte do seu território destinado às seis UCs. A demarcação dessas UCs objetiva em grande parte a redução dos impactos ambientais provenientes da expansão urbana e industrial, mas também desempenham papel importante na pesquisa científica e no turismo ecológico. Dentre essas UCs o PEC é a de maior relevância, uma vez que é parte fundamental para a consolidação do corredor Tinguá-Bocaina e incorpora uma parcela considerável da biodiversidade encontrada no bioma de Mata Atlântica além de ser uma peça importante na conscientização ambiental e na difusão de pesquisas científicas (INEA, 2015). As SEs e LTs formam o alicerce para a distribuição de energia para a região, contudo esses empreendimentos geram impactos ambientais, principalmente quando ocorrem em Unidades de Conservação. Tendo em vista que as UCs ocupam grande parte do território de Mangaratiba, mais de 50% da extensão total de LTs no município passam em território demarcado como de UC, elevando o risco de acidentes ambientais. Oliveira & Záu (1998) apontam como impactos advindos da instalação e operação das LTs na vegetação e solo a fragmentação de trechos de mata com a formação de ilhas, os efeitos de borda decorrentes da derrubada de áreas florestadas durante a implantação e operação das LTs, o estabelecimento de corredores sob as linhas de transmissão de energia, aceleração de processos erosivos do solo devido aos processos de terraplanagem durante a etapa de implantação, apresentando ainda consequências diretas para o trânsito de animais de pequeno porte, promovendo quedas de árvores de grande porte, facilitando as invasões de plantas e animais de amplo espectro diminuindo a velocidade de sucessão natural, entre outros impactos. Esses impactos quando não mitigados completamente podem levar a danos irreversíveis (ABREU et al., 2002). A 40

forma pela qual as LTs vem sendo edificadas é alvo de questionamento, visto a largura das faixas de servidão e o nível de impacto na vegetação (ABREU et al., 2002). Todavia, a alternativa ao uso de LTs para o transporte de energia elétrica, seria a utilização de redes subterrâneas, porém essas também apresentam baixa segurança ambiental (OLIVEIRA & ZAÚ, 1998). Turmina et al. (2018) identificaram 8 impactos negativos ao meio ambiente oriundos da fase de implantação e operação das SEs, sendo a redução da vegetação local classificado como impacto de grande relevância, uma vez que tem a capacidade de levar a outros tipos de impactos ambientais como aumento do escoamento superficial, erosão do solo e o deslocamento da fauna. Pereira (2014) ressalta que apesar de haver uma gama maior de impactos negativos em relação aos impactos positivos, não significa que esses empreendimentos não devam ser implementados, todavia é necessário um programa robusto de medidas mitigatórias para que tais impactos sejam amenizados. Turmina et al. (2018) e Pereira (2014) descrevem alguns impactos positivos relacionados a implantação e operação de LTs e SEs. Nesse âmbito é possível perceber a relação, muitas vezes interdependente, entre a importância das UCs, o uso dos seus recursos e o impacto causado em seu território em função do desenvolvimento e bem-estar social. O conceito de que UCs são espaços que devem permanecer imaculados ou que tal proteção é mera formalidade para impedir a implementação de certos empreendimentos está ultrapassado, visto que as políticas empregadas na exploração dos recursos das UCs brasileiras preveem atividades que contribuem para o desenvolvimento do país além de visarem a qualidade de vida (GURGERL et al., 2009). Uma vez que o município de Mangaratiba é composto de distritos relevantes economicamente em virtude das atividades turísticas somando-se a isto o bem-estar da população local, torna-se indispensável um sistema de distribuição de energia elétrica eficiente para o abastecimento da região. Para tal, são fundamentais o licenciamento ambiental e a ação dos órgãos competentes, os quais atuam na fiscalização e controle dos impactos gerados por esses empreendimentos.

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7. CONCLUSÃO

Há, aproximadamente, um total de 107,35 Km de LTs de divididos entre sete LTs diferentes dentro do município de Mangaratiba, sendo que aproximadamente 58,53% desse traçado está inserido dentro de UCs. A SE Muriqui está fora de UC, contudo ainda está em uma área protegida. O grande interesse econômico e turístico na região aumenta a necessidade de um serviço de energia elétrica de qualidade para atendimento da população local, o qual é suprido por essas LTs e a SE Muriqui. É possível concluir que as UCs do município de Mangaratiba desempenham papel fundamental de proteção da biodiversidade local, tanto terrestre quanto marítima principalmente nos pontos onde são afetadas por esses empreendimentos, além de estimular a pesquisa e o turismo ecológico. A ação dos órgãos ambientais fiscalizadores e o cumprimento das medidas cabíveis relacionadas ao licenciamento ambiental dos empreendimentos destinados ao setor elétrico em conjunto com a implantação de medidas mitigadoras e compensatórias baseadas nesses impactos, são fortes ferramentas frente ao combate aos impactos ambientais que possam ser gerados em áreas protegidas como as UCs, visto a necessidade social e econômica que envolve o setor de energia elétrica. Esta monografia poderá ser utilizada como base para os estudos futuros relacionados as UCs e a malha energética presente em Mangaratiba. 42

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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