, 20 de fevereiro de 2018.

SPE-TBG-MAM-CTE-004/2018 Ao INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ - IAP Att. Dr. Luiz Tarcísio Mossato Pinto Diretor Presidente - Paraná

Assunto: Solicitação de Autorização Ambiental Florestal Processo nº: 13.889.664-1 – UHE Tibagi Montante

Senhor Presidente,

A TIBAGI ENERGIA SPE S.A. (Tibagi Energia), Sociedade de Propósito Específico constituída com o objeto social específico de desenvolvimento, construção, operação e manutenção da UHE Tibagi Montante, inscrita no CNPJ/MF sob o n° 23.080.281/0001-35, vem por meio desta requerer a Autorização Ambiental Florestal para supressão das áreas do reservatório da UHE Tibagi Montante, apresentando os seguintes documentos, em anexo: 1. RAF – Requerimento de Autorização Florestal; 2. Prova de publicação da súmula do pedido de Autorização Ambiental Florestal de corte publicada no dia 19/02/2108 no Diário Oficial do Paraná e no Diário dos Campos de ; 3. Declaração de Utilidade Pública para a UHE Tibagi Montante; 4. Matriculas dos imóveis objeto do requerimento; 5. Mapa da localização das propriedades; 6. Comprovante de recolhimento da taxa ambiental; e 7. Duas cópias impressas e em meio digital do Inventário Florestal.

Certos de boa acolhida desta, colocamo-nos a disposição para quaisquer esclarecimentos. Atenciosamente

TIBAGI ENERGIA SPE S.A. Alexandre Piló Ribeiro Penna

Avenida Getúlio Vargas, no. 874, 10º andar, Funcionários, Belo Horizonte, Minas Gerais CEP 30.112.020. Telefone/Fax: (31) 3069-0770 ● [email protected]

ANEXO I - RAF – REQUERIMENTO DE AUTORIZAÇÃO FLORESTAL

Avenida Getúlio Vargas, no. 874, 10º andar, Funcionários, Belo Horizonte, Minas Gerais CEP 30.112.020. Telefone/Fax: (31) 3069-0770 ● [email protected] REQUERIMENTO DE AUTORIZAÇÃO FLORESTAL DOCUMENTO DESTINADO À FORMALIZAÇÃO DO REQUERIMENTO PARA TODAS AS MODALIDADES DE AUTORIZAÇÃO FLORESTAL RAF

01 – USO DO IAP 01 PROTOCOLO SID

SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS DIRETORIA DE CONTROLE DE RECURSOS AMBIENTAIS 02 – IDENTIFICAÇÃO DO REQUERENTE 02 RAZÃO SOCIAL (PESSOA JURÍDICA) OU NOME (PESSOA FÍSICA) TIBAGI ENERGIA SPE SA 03 CNPJ OU CPF/MF 04 INSCRIÇÃO ESTADUAL (PESSOA JURÍDICA ) OU RG (PESSOA FÍSICA ) 23.080.281/0001-35 002611498.00-50 05 NACIONALIDADE 06 ESTADO CIVIL 07 RAMO DE ATIVIDADE (PESSOA JUR. ) OU PROFISSÃO (PESSOA FÍSICA ) 35.11-5-01 - Geração de energia elétrica 08 ENDEREÇO COMPLETO 09 BAIRRO Avenida Getúlio Vargas, 874 16º andar sala 1601 Funcionários 10 MUNICÍPIO/UF 11 CEP 12 TELEFONE P/CONTATO Belo Horizonte 30112-020 31 3069 0770 03 – IDENTIFICAÇÃO DO IMÓVEL 13 DENOMINAÇÃO DO IMÓVEL (NOME, Nº DO LOTE, ETC) 14 ÁREA TOTAL DO IMÓVEL (EM HECTARES) Imóveis rurais atingidos pela UHE Tibagi Montante que serão parcialmente utilizados para a formação do reservatório. Área a ser desmatada: 215,9 ha 15 NO CADASTRO NO INCRA 16 NO TRANSCR. OU MATRÍCULA NO C.R.I. 17 LIVRO 18 FOLHA (S)

19 CART. REG. IMOVEIS DA COMARCA DE: 20 LOCALIZAÇÃO (GLEBA, DISTRITO, ETC.) Tibagi 21 MUNICÍPIO Tibagi UF PR 04 – REQUERIMENTO

AO SENHOR DIRETOR PRESIDENTE DO INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ CURITIBA – PARANÁ

O REQUERENTE SUPRACITADO, COM DOMÍNIO LEGALIZADO E COMPROVADO, REQUER PELO PRESENTE:

22 MODALIDADE DE AUTORIZAÇÃO FLORESTAL X DESMATE CORTE ISOLADO DE NATIVAS APROVEITAMENTO MATERIAL LENHOSO MANEJO DE BRACATINGA MANEJO FLORESTAL SUSTENTADO CORTE DE PALMITO OUTRO (DESCREVER) 24 ÁREA REQUERIDA (EM HECTARES) 25 PARA FINS DE : (DESCRIÇÃO DA FINALIDADE) O DESMATE DESTINA-SE A FORMAÇÂO DO RESERVATÒRIO DA UHE TIBAGI 215,9 ha MONTANTE. COM APROVEITAMENTO DE E/OU RETIRADA DE 26 VOLUME DE LENHA( m3 ) 27 VOLUME DE MADEIRA ( m3 ) 28 Nº DE ÁRV. DE ARAUCARIA 29 Nº DE ÁRV. DE FOLHOSAS 18.662,1 36.511,69 3.618 320.650

POR OUTRO LADO, DECLARA(M) QUE ESTA(ÃO) CIENTE(S) E COMPROMETIDO(S) A: NA PARTE DO TERRENO QUE LHE(S) CABE(M) DENTRO DAS DIVISAS DE FATO, RESPEITADAS COM OS DEMAIS CONDÔMINOS, ASSUMIR(EM) A RESPONSABILIDADE POR DANOS QUE CAUSAR(EM) EM TERRAS OU MATAS DE OUTROS CONDÔMINOS, DE CONFORMIDADE COM O ARTIGO 627 DO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO, ISENTANDO DE QUAISQUER RESPONSABILIDADE O INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ. OBSERVAR AS DETERMINAÇÕES DO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO – LEI Nº 4.771/65 E, NÃO DERRUBAR AS MATAS ÀS MARGENS DOS RIOS, AO REDOR DAS LAGOAS, DOS RESERVATÓRIOS D’ÁGUA, NO TOPO E ENCOSTAS DE MORROS, MONTANHAS E SERRAS, E A ESTAR(EM) CIENTE(S) DE QUE NO CASO DE INFRINGÊNCIA SOFRERÁ(ÃO) AS PENALIDADES DE LEI E AINDA OBRIGAR-SE-Á(ÃO) A RESTAURAR ESSAS ÁREAS CASO SEJAM DANIFICADAS POR QUAISQUER CAUSAS. CUMPRIR(EM) A FINALIDADE ACIMA MENCIONADA PARA ÁREA REQUERIDA SOB PENA DE, NÃO O FAZENDO, VIR(EM) A SER RESPONSABILIZADO(S) POR PERDAS E DANOS CONFORME PRESCRITO NO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO, SEM PREJUÍZO DAS PENALIDADES PREVISTAS NA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL.

NESTES TERMOS PEDE DEFERIMENTO

30 LOCAL E DATA Tibagi, 20 de fevereiro de 2018 31 ASSINATURA PROPRIETÁRIO 1 32 ASSINATURA PROPRIETÁRIO 2

33 ASSINATURA PROPRIETÁRIO 3 34 ASSINATURA PROPRIETÁRIO 4

VIA ÚNICA A SER ANEXADA AO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

VERSO DO REQUERIMENTO DE AUTORIZAÇÃO FLORESTAL 05 – ISENÇÃO DE TAXA AMBIENTAL PARA INSPEÇÃO FLORESTAL

DECLARAMOS PARA FIM DE ISENÇÃO DE TAXA AMBIENTAL RELATIVA A INSPEÇÃO FLORESTAL NO IMÓVEL SUPRACITADO, QUE MANTEMOS RESIDÊNCIA FIXA. E, PARA QUE SURTAM SEUS JURÍDICOS E LEGAIS EFEITOS, FIRMAMOS O PRESENTE.

35 LOCAL E DATA

36 ASSINATURA DO REQUERENTE

06 – DECLARAÇÃO DE POSSE

NÓS ABAIXO ASSINADOS, DECLARAMOS NA QUALIDADE DE CONFRONTANTES / CONDÔMINOS, PARA OS DEVIDOS FINS, QUE RECONHECEMOS A POSSE MANTIDA PELO REQUERENTE CUJA OCUPAÇÃO, MANSA, PACÍFICA É EXERCIDA SOBRE A ÁREA INFORMADA, CONFORME CROQUI / MAPA APRESENTADO EM ANEXO, SENDO AS DIVISAS DEFINIDAS E RESPEITADAS, INEXISTINDO QUAISQUER LITÍGIOS POSSESSÓRIOS, DIVISÓRIOS OU DOMINIAIS. E, PARA QUE SURTAM SEUS JURÍDICOS E LEGAIS EFEITOS, ASSINAM O PRESENTE

37 LOCAL E DATA

38 NOME LEGÍVEL CONFRONTANTE / CONDÔMINO – NORTE 42 NOME LEGÍVEL CONFRONTANTE / CONDÔMINO – SUL

39 IDENTIDADE RG Nº 40 CPF Nº 43 IDENTIDADE RG Nº 44 CPF Nº

41 ASSINATURA 45 ASSINATURA

46 NOME LEGÍVEL CONFRONTANTE / CONDÔMINO – LESTE 50 NOME LEGÍVEL CONFRONTANTE / CONDÔMINO – OESTE

47 IDENTIDADE RG Nº 48 CPF Nº 51 IDENTIDADE RG Nº 52 CPF Nº

49 ASSINATURA 53 ASSINATURA

07 – DETALHAMENTO DO ROTEIRO DE ACESSO AO IMÓVEL

Eixo da UHE Tibagi Montante (em laranja)

Rodovias (em amarelo)

Acesso por estradas secundarias não pavimentadas

08 – IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO (SE HOUVER) 54 NOME DO TÉCNICO RESPONSÁVEL 55 QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

LAMAISSON MATHEUS DOS SANTOS ENGENHEIRO FLORESTAL

56 NO REGISTRO NO CREA 57 REGIÃO 58 POSSUI PENDÊNCIAS TÉCNICAS OU LEGAIS? 91659/D PR SIM NÃO X TIPO 09 – RECEPÇÃO DE DOCUMENTOS 59 POSSUI DÉBITOS AMBIENTAIS? SIM NÃO 60 FORMA DE ENTREGA DA LICENÇA

61 ESCRITÓRIO REGIONAL DO IAP DE :

62 DOCUMENTOS E TAXA AMBIENTAL CONFERIDOS POR: (NOME, CARIMBO E ASSINATURA) 63 DATA

ANEXO II – PUBLICAÇÃO DA SÚMULA DO PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL FLORESTAL DE CORTE

Avenida Getúlio Vargas, no. 874, 10º andar, Funcionários, Belo Horizonte, Minas Gerais CEP 30.112.020. Telefone/Fax: (31) 3069-0770 ● [email protected] 40 2ª feira | 19/Fev/2018 - Edição nº 10131

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 SÚMULA DE REQUERIMENTO DE RENOVAÇÃO DA LICENÇA DE OPERAÇÃO 1)CONTEXTO OPERACIONAL A Empresa Kultum e Rurato LTDA torna público que irá requerer ao IAP, a A Empresa dedica-se a participação em empresas industriais, comerciais, a- Renovação da Licença de Operação para Fabricação de Produtos do Laticinio grícolas, financeiras e de prestação de serviços, podendo atuar diretamente. instalada RUA IVAIPORA,197,DISTRITO DE JACUTINGA - IVAIPORA- PR. 12072/2018 2)BASE DE PREPARAÇÃO E APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRA- ÇÕES CONTÁBEIS. SÚMULA DE REQUERIMENTO DE LICENÇA SIMPLIFICADA A Lei nº 9249/95, dentre outras determinações, eliminou a adoção de qualquer Sao Gabriel Transportes EIRELI - ME, CNPJ: 15.488.297/0002-34 torna público sistema de correção monetária de balanço para fins fiscais e societários, a partir do Exercício Social de 1996. que irá requerer à Secretaria Municipal do Meio Ambiente de , a Dessa forma, o Balanço Patrimonial de 31 de dezembro de 2017 e as Demons- Licença Simplificada para exercer atividade de transportes rodoviarios de cargas, trações de Resultado, das Mutações doPatrimônio Liquido, da Demonstração do exceto produtos perigosos, interestaduais, intermunicipais e internacionais a ser Resultado Abrangente e dos Fluxos de Caixa, estão sendo apresentado de acordo implantada Rua Aracy Tanaka Biazetto, 9930 - barracao 11, Cascavel/ PR. com as praticas contábeis emanadas da legislação societária e não contemplam 12559/2018 os efeitos da inflação do período.

SÚMULA DE REQUERIMENTO DE RENOVAÇÃO DA LICENÇA DE 3) RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS OPERAÇÃO a) Apuração do resultado As despesas e receitas são apuradas de acordo com o regime de competência Vamapal Ind. e Com. de Lã de Vidro Ltda torna público que irá requerer ao IAP, a b) Aplicações Financeiras Renovação da Licença de Operação para fabricação de lã de vidro instalada João São demonstradas ao custo, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do Fraga Neto, 861 - Jardim Brasil, São José dos , Estado do Paraná. balanço 12240/2018 c) Investimentos Os investimentos em sociedades estão demonstrados pelo custo da aquisição, SÚMULA DE RECEBIMENTO DE LICENÇA PRÉVIA acrescidos do resultado positivo da equivalência patrimonial das empresas Viação Garcia ltda torna público que recebeu do IAP, a Licença Prévia para coligadas. Viação Garcia Ltda a ser implantada Rua Manoel Ramires, nº 2768 na cidade de d)Imobilizado O imobilizado está demonstrado pelo custo de aquisição. Estado do Paraná . e) Os ativos Realizáveis e os Passivos Exigíveis com prazo de até 360(Trezentos 11975/2018 e sessenta) dias estão classificados como Circulante. 4)Capital Social AUTORIZAÇÃO FLORESTAL O Capital Social na data do balanço é de R$ 102.240,00(cento e dois mil, TIBAGI ENERGIA SPE S.A. CNPJ 23.080.281/0001-35 torna público que irá duzentos e quarenta reais), representado por 42.600(quarenta e duas mil e requerer ao IAP, a Autorização Florestal para corte devegetacao para a implantacao seiscentas) ações ordinárias nominativas no valor de R$ 2,40(dois reais e da UHE Tibagi Montante a ser construida no rio Tibagi, a 363 km da sua foz, no quarenta centavos) cada uma. municipio de Tibagi, Parana.

12499/2018

Jair AgottaniStadler Silvio A. Schactai Ribeiro Diretor Presidente Diretor Tesoureiro Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação, Limpeza Pública, Limpeza Urbana, Ambiental e de Áreas Verdes de Curitiba – SIEMACO

Rua Duque de Caxias, 191, Bairro São Francisco, Curitiba, PR – Tel.: (41) 3304-2417 EDITAL DE COMUNICAÇÃO DESCONTO E RECOLHIMENTO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL Newton Osvaldo Fritz J air Vida EXERCÍCIO 2018 Diretor Secretário TC CRC PR 11379/0-0 O presidente da entidade supra, no uso das atribuições que lhe conferem o Estatuto Sindical e a Legislação vigentes, COMUNICA a todos os empregadores dos empregados 12367/2018 em empresas de Asseio e Conservação, Limpeza Publica, Limpeza Urbana e em Geral, Ambiental, Áreas Verdes, Zeladoria e Serviços Terceirizados, dos Municípios de Adrianópolis, SÚMULA DE REQUERIMENTO DE RENOVAÇÃO DA LICENÇA DE ; Almirante Tamandaré; Antonina; Antonio Olinto; Araucária; ; ; Bocaiúva do Sul; Campina Grande do Sul; ; Campo Largo; OPERAÇÃO CampoMagro; Colombo; ; ; Curitiba; ; Fazenda Rio PEDREIRA DALMINA LTDA inscrita no CNPJ sob numero 11.769.289/0001-24 Grande; ; Guaraqueçaba; Guaratuba ; Itaperuçu; Lapa; Mallet; ; torna público que irá requerer ao IAP, a Renovação da Licença de Operação para ; ; Paranaguá; ; ; Piên; Pinhais; ; Extracao e Britagem de Basalto instalada na Rod BR 277 Km 457, Municipio de Pontal do Paraná; ; Porto Vitória; Quatro Barros; ; Rio Branco - PR. do Sul; Rio Negro; São João do Triunfo; São José dos Pinhais; São Mateus do Sul; ; Tunas do Paraná e União da Vitória, a obrigação de descontar da folha de pagamento de 12232/2018 seus empregados, relativa ao mês de março de 2018, a CONTRIBUIÇÃO SINDICAL, de natureza tributária, devida por todos os empregados, independentemente de filiação ou SÚMULA DE REQUERIMENTO DE LICENÇA DE INSTALAÇÃO não à entidade sindical profissional, correspondente a um dia da respectiva remuneração e recolhe-las à Caixa Econômica Federal, ao Banco do Brasil S/A ou aos estabelecimentos Petri e Rezende Ltda ME torna público que irá requerer ao IAP, a Licença de bancários nacionais integrantes do Sistema de Arrecadação dos Tributos Federais, até o dia Instalação para Loteamento Recanto do Biguá a ser implantada no Sítio Nossa 30 de abril de 2018, conforme disposto nos artigos 545, 578 a 610 da CLT, artigos 8º., inciso Senhora Aparecida, Lote 171-A e 172-A, na Gleba Paranapanema, no Município IV e 149 da Constituição Federal e conforme autorização prévia e expressa outorgada pela de Santo Antonio do Caiuá, PR. categoria em assembleia geral extraordinária realizada no dia 03/12/2017. Aos trabalhadores que forem admitidos após o mês de março e que não tiveram descontada a contribuição 12570/2018 sindical, o desconto deverá ser procedido no primeiro mês de contrato e recolhido na forma acima. O não recolhimento da contribuição sindical até a data de vencimento (30/4/2018) SÚMULA DE RECEBIMENTO DE LICENÇA DE OPERAÇÃO importará no pagamento dos valores devidos acrescidos de multa de 10% (dez por cento) AUTO POSTO MISSÕES LTDA torna público que recebeu do IAP, a Licença de nos primeiros 30 dias, com adicional de 2% (dois por cento) por mês subsequente de atraso, Operação para atividade de Comercio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes além de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês e correção monetária, conforme disposto no artigo 600 da CLT. As Guias de Recolhimento da Contribuição Sindical – GRCS para Veículos Automotores instalada na Avenida Tiradentes, n° 1.863, Centro, serão encaminhadas, devendo os empregadores que não as receber em tempo hábil, Município de Itaipulândia/PR. solicita-las na sede do Siemaco Curitiba, no endereço acima, ou retira-las diretamente no 12244/2018 sítio eletrônico da Caixa Econômica Federal. No prazo de 15 dias após o recolhimento, as cópias das guias deverão ser remetidas ao Siemaco Curitiba, acompanhadas da relação nominal dos empregados, da qual conste, além do nome completo, o número de inscrição SÚMULA DE REQUERIMENTO DE RENOVAÇÃO DA LICENÇA DE no Programa de Integração Social – PIS, função exercida, remuneração percebida no OPERAÇÃO mês do desconto e valor recolhido, conforme dispõe o artigo 583, parágrafo 2º., da CLT, AUTO POSTO MISSÕES LTDA torna público que irá requerer ao IAP, a Precedente Normativo 41 do TST e Nota Técnica n.º 202/2009 do MTE. Renovação da Licença de Operação para atividade de Comercio Varejista de Curitiba, 5 de fevereiro de 2018. Manasses Oliveira da Silva - Presidente Combustíveis e Lubrificantes para Veículos Automotores instalada na Avenida Tiradentes, n° 1.863, Centro, Município de Itaipulândia/PR. 11219/2018 12245/2018

SÚMULA DE RECEBIMENTO DE LICENÇA DE OPERAÇÃO PHYTOPLENUS BIOATIVOS S.A. EDSON RODRIGUES MUNHÕES – CPF 88513130915 – RG 49537425 CNPJ/MF Nº 10.704.205/0001-01 CÓDIGO LOCALIZADOR:torna público que recebeu do IAP, a Licença de Operação para (LO nº 34192), Aviso aos Acionistas para atividade de CRIAÇÃO DE SUÍNOS instalada Estrada Jussara, Lote nº 103384018329,330,331/A-4, Gleba Andirá, Município de Mandaguaçu, Estado Paraná. Comunicamos aos Senhores Acionistas que se encontramDocumento à disposição, emitido em 19/02/2018 14:12:33. na sede social, os documentos a que se refere o Art. 133 da Lei Nº 12122/2018 6404/76, correspondente ao exercício encerrado emDiário 31/12/2017. Oficial Com. Ind. e Serviços Pinhais, PR, 9 de fevereiro de 2018.Nº 10131 | 19/02/2018SÚMULA | PÁG. DE 40 REQUERIMENTO DE LICENÇA DE INSTALAÇÃO O Sr. José Carlos da Rocha torna público que irá requerer ao IAP, a Licença de José Paulo Chapaval dos SantosPara verificar a autenticidade desta página, basta informar o Instalação para implantação de piscicultura comercial a ser implantada Lote rural Presidente do Conselho de Administração Código Localizador no site do DIOE. No (404-Rem e 405-Rem)C, Colônia C, Serra Maracaju, Terra Roxa. 11717/2018 12126/2018 (42) 3220-7719 DIÁRIO DOS CAMPOS Geral Ponta Grossa, sábado a segunda-feira, 17 a 19 de fevereiro de 2018 7A Estaduais Somente o Poder Executivo investiu R$ 3,66 bi em 2017, valor que sobe para BRASIL R$ 3,8 bi se forem incluídas as inversões fi nanceiras para investimentos Universidades recebem apoio da bancada PR é o segundo Estado em federal do Paraná A atitude dos 30 parla- ), Unespar (Univer- mentares do Estado na Câ- sidade Estadual do Paraná), volume de investimentos mara Federal, priorizando a UENP (Universidade Estadu- proposição de emenda às Ins- al do Norte do Paraná), Unio- DIVULGAÇÃO AGÊNCIA ESTADUAL tituições Estaduais e Ensino este (Universidade Estadual [email protected] Superior (IEES), demonstra a do Oeste) e Unicentro (Uni- importância das Universida- versidade Estadual do Cen- Paraná foi o segundo Es- des em suas respectivas regi- tro-Oeste). O convênio, res- tado que mais investiu no ões de atuação, especialmente salta o presidente da Apiesp exercício de 2017. Levanta- no combate à desigualdade e reitor da UEPG, professor O social e econômica. Luciano Vargas, foi assinado mento feito pela Secretaria de Estado da Fazenda com dados publicados As sete universidades esta- no fi nal de 2017. pelas unidades da federação mostra duais do Paraná iniciam o ano Cada instituição poderá letivo de 2018 com a perspec- aplicar a cota de R$ 3 milhões que, em valores absolutos, apenas tiva de recebimento de recur- conforme suas necessidades São Paulo destinou mais recursos sos fi nanceiros da União, gra- específi cas de custeio e aqui- para obras no ano passado. ças a uma articulação entre os sição de equipamentos. A li- No Paraná, somente o Poder Execu- deputados federais do Paraná beração dos recursos deverá tivo investiu R$ 3,66 bilhões em 2017, e os reitores, por meio da As- ocorrer ao longo de 2018 e valor que sobe para R$ 3,8 bilhões se sociação Paranaense das Ins- benefi ciará as comunidades forem incluídas as inversões fi nancei- tituições de Ensino Superior acadêmicas das sete uni- ras para investimentos. “É um recorde ESTADO tem aplicado mais em educação, saúde e outras áreas Público (Apiesp). versidades. “A Apiesp reco- histórico”, afi rma o secretário estadual Cerca de R$ 21 milhões nhece e agradece o trabalho da Fazenda, Mauro Ricardo Costa. Corrente Líquida. Mauro Costa ex- inclui recursos aplicados pelos três serão distribuídos igualita- dos deputados da bancada plica que o Paraná foi além e investiu poderes e pelas empresas estatais. riamente entre UEPG (Uni- federal paranaense em favor 10,5% da Receita Corrente Líquida versidade Estadual de Ponta das nossas universidades”, Ao todo, o Paraná do ano passado. DESTAQUE Grossa), UEM (Universidade destaca o presidente da As- investiu R$ 6,78 O terceiro colocado em volume de “O Paraná tem se destacado em Estadual de Maringá), UEL sociação, professor Luciano bilhões em 2017, o recursos foi Minas Gerais, que desti- relação a outros Estados e, além de (Universidade Estadual de Vargas. (Das Assessorias) nou R$ 3,28 bilhões para investimen- investimentos em obras, o governo DIVULGAÇÃO que representa um tos, seguido de Bahia (R$ 2,6 bilhões) tem aplicado mais em educação, saú- crescimento de 17,3% e Ceará (R$ 2,46 bilhões). O levanta- de, segurança pública e outras áreas na comparação com o mento não leva em consideração os importantes. O crescimento nos in- exercício anterior dados do Piauí e do Rio de Janeiro, que vestimentos mostra que o ajuste fi scal ainda não disponibilizaram as infor- deu certo e os resultados merecem ser mações nos portais de transparência. compartilhados com a população”, Só para efeito de comparação, Ao todo, o Paraná investiu R$ 6,78 acrescenta o secretário. Ele lembra o Estado de São Paulo empenhou, bilhões em 2017, o que representa um que para 2018 está previsto outro vo- em 2017, R$ 12,85 bilhões para in- crescimento de 17,3% na comparação lume recorde em investimentos, que vestimentos, ou 8,5% de sua Receita com o exercício anterior. Esse valor devem somar R$ 8,4 bilhões.

VARGAS ressalta que o convênio foi assinado no fi nal de 2017 Levantamento Estudo mapeia setor de microcervejarias artesanais Publicação Legal

LUIZ FELIPE MIRETZKI/DIVULGAÇÃO TIBAGI ENERGIA SPE S.A. Um estudo inédito reali- é explorado, permitindo am- Tibagi Energia SPE S.A., CNPJ 23.080.281/0001-35 torna zado por meio de projeto do pliar o número de clientes e público que irá requerer ao Instituto Ambiental do Paraná Sebrae/PR, Associação das de mercado”. - IAP, a Autorização Florestal de corte de vegetação para a implantação da UHE Tibagi Montante, a ser construída no Microcervejarias do Paraná O estudo aponta que a rio Tibagi, a 363 km da sua foz, no município de Tibagi, (Procerva) e a Faculdade maior densidade de fabrican- Paraná. Guairacá, mapeou o setor de tes está em Curitiba e Região cervejarias artesanais no Pa- Metropolitana, com 26 em- raná. O levantamento identi- presas, e também, nos Cam- PARANÁ fi ca a localização das empre- pos Gerais, com 11 fábricas. GOVERNO DO ESTADO COPEL DISTRIBUIÇÃO S.A. sas, o perfi l socioeconômico Há polos cervejeiros também AVISO DE LICITAÇÕES dos empresários, principais no norte, no sul e na região ● Concorrência Copel DIS Nº SGD180080/2018; execução de serviços de montagem de es- truturas e instalação de equipamentos no sistema de distribuição de energia elétrica, com pos- estilos produzidos, entre ou- oeste do Paraná, com rele- sibilidade de fornecimento parcial de materiais, sob regime de empreitada por preço unitário de unidade de serviço – US, sendo: Lote: 01. Quantidade: 26.000 US RDU, 26.000 US RDR. Local tras informações do setor. vância e tradição no ramo. de execução: Departamento de Projetos e Obras Centro-Sul – DPOCSL, também nos municí- O levantamento, realiza- ESTUDO pioneiro mapeou 100% das empresas no Paraná O levantamento mostra pios de Doutor Ulysses, Cerro Azul, , Itaperuçu, Balsa Nova, Lapa, Campo Largo e preferencialmente nos municípios da Divisão de Projetos e Obras Ponta Grossa – VPO- do dentro do projeto de Po- que 27% das empresas estão PGO, com sede em Castro. Preço unitário máximo: R$ 46,20/US; Valor máximo da licitação: tencialização das Cervejarias administração da Faculdade a importância do levanta- no mercado há mais de sete R$ 2.704.780,00. Data da Sessão Pública: 27.03.2018, às 09h00min, Rua Joaquim Nabuco n° 184, Ponta Grossa –PR, Retirada do Edital: www.copel.com; Informações: (42) 3220-2126. Artesanais, foi produzido Guairacá, de . mento. “Com dados moni- anos, 23% têm entre 3 a 5 anos ● Concorrência Copel DIS Nº SGD180081/2018; execução de serviços de montagem de es- Foram pesquisadas 65 em- torados podemos ter ações truturas e instalação de equipamentos no sistema de distribuição de energia elétrica, com pos- por meio de uma coopera- de atividades, 22% atuam en- sibilidade de fornecimento parcial de materiais, sob regime de empreitada por preço unitário de ção técnico-científi ca entre presas no Paraná, de setem- mais assertivas em relação tre 1 a 3 anos, 17% têm entre unidade de serviço – US, sendo: Lote: 01. Quantidade: 26.000 US RDU, 26.000 US RDR. Local de execução: Departamento de Projetos e Obras Centro Sul - DPOCSL, , também nos muni- as Instituições e concretiza- bro a dezembro de 2017. ao mercado. O mapeamento 5 a 7 anos de atuação e 11% cípios de Doutor Ulysses, Cerro Azul, Rio Branco do Sul, Itaperucu, Balsa Nova, Lapa, Campo do como projeto de extensão O presidente da Procerva, permite identifi car regiões estão há menos de um ano no Largo e preferencialmente nos municípios da Divisão de Projetos e Obras Ponta Grossa – VPOPGO, com sede em Ponta Grossa. Preço unitário máximo: R$ 46,20/US; Valor máximo da proposto pelo colegiado de Richard Buschann, destaca onde o segmento ainda não mercado. (Das Assessorias) licitação: R$ 2.704.780,00. Data da Sessão Pública: 23.03.2018, às 09h00min, Rua Joaquim Nabuco, nº 184, Ponta Grossa –PR, Retirada do Edital: www.copel.com; Inf.: (42) 3220-2126. ● Concorrência Copel DIS Nº SGD180082/2018; execução de serviços de montagem de estru- turas e instalação de equipamentos no sistema de distribuição de energia elétrica, com possibi- lidade de fornec. parcial de materiais, sob regime de empreitada por preço unitário de unidade ‘South by Southwest’ de serviço – US, sendo: Lote: 01. Quantidade: 11.000 US RDU, 41.000 US RDR. Local de exe- cução: Depto. de Projetos e Obras Centro-Sul – DPOCSL, também os municípios de Reserva do Iguaçu, Foz do Jordão, Candoi, , Cantagalo, Marquinho, , Diaman- te do Sul e preferencialmente nos municípios da Divisão de Projetos e Obras Irati – VPOIRT, Ponta-grossenses buscam tendências com sede em Prudentópolis. Preço unitário máximo: R$ 46,20/US; Valor máximo da licitação: R$ 2.879.230,00. Data da Sessão Pública: 23.03.2018, às 09h45min, Rua Joaquim Nabuco n° DIVULGAÇÃO 184, Ponta Grossa –PR, Retirada do Edital: www.copel.com; Informações: (42) 3220-2126. O maior festival de tec- transformar todo o conhe- ● Concorrência Copel DIS Nº SGD180113/2018; execução de serviços de engenharia com- nologia e economia criativa cimento em projetos e pro- preendendo a montagem de estruturas e instalação de equipamentos no sistema de distribui- ção de energia elétrica, com fornecimento dos materiais relacionados no Anexo IX do edital, do mundo, o South by Sou- postas para o mercado local mediante solicitação da COPEL DIS, sob regime de empreitada por preço unitário, sendo: Lote: thwest, contará com repre- e regional. 01. Quantidade: 12.000 US RDU, 12.000 US RDR. Local de execução: Departamento de Proje- tos e Obras Centro Sul - DPOCSL, também nos municípios de Doutor Ulysses, Cerro Azul, Rio sentantes de Ponta Grossa. E para manter os ponta- Branco do Sul, Itaperucu, Balsa Nova, Lapa, Campo Largo e preferencialmente nos municípios da Divisão de Projetos e Obras Ponta Grossa – VPOPGO, com sede em Ponta Grossa. Preço O SXSW, como é mais co- grossenses conectados ao unitário máximo: R$ 45,83/US; Valor máximo da licitação: R$ 3.002.114,06. Data da Sessão nhecido o evento, acontece que vai rolar em Austin, Pública: 27.03.2018, às 09h30min, Rua Joaquim Nabuco n° 184, Ponta Grossa –PR, Retirada do Edital: www.copel.com; Informações: (42) 3220-2126. entre 9 e 16 de março em Flávia e Rafael farão trans- ● Concorrência Copel DIS Nº SGD180117/2018; execução de serviços de engenharia compre- endendo a montagem de estruturas e instalação de equipamentos no sistema de distribuição de Austin, no Texas. missões ao vivo através das energia elétrica, com fornecimento dos materiais relacionados no Anexo IX do edital, mediante A novidade é que esse redes sociais. “Vamos gerar solicitação da COPEL DIS, sob regime de empreitada por preço unitário, sendo: Lote: 01. Quanti- dade: 12.000 US RDU, 12.000 US RDR. Local de execução: Departamento de Projetos e Obras conglomerado de palestras conteúdo e mostrar um pou- Centro Sul - DPOCSL, , também nos municípios de Palmas, , Lapa, e shows, que reúne speakers co do festival pelo Facebook, Rio Negro e preferencialmente nos municípios da Divisão de Projetos e Obras União da Vitória – VPOUVI com sede em União da Vitória. Preço unitário máximo: R$ 45,83/US; Valor máximo conceituadíssimos das mais PUBLICITÁRIA e designer estarão no South by Southwest Instagram e através de news- da licitação: R$ 3.002.114,06. Data da Sessão Pública: 23.03.2018, às 10h30min, Rua Joaquim Nabuco n° 184, Ponta Grossa –PR, Retirada do Edital: www.copel.com; Inf.: (42) 3220-2126. variadas áreas, terá a partici- letter”, explica Rafael. Quem ● Concorrência Copel DIS Nº SGD180119/2018; execução de serviços de engenharia com- pação da publicitária Flávia inovação e interação capa- evento. “As tendências dos quiser ‘fi car ligado’ deve preendendo a montagem de estruturas e instalação de equipamentos no sistema de distribui- zes de direcionar negócios e próximos anos serão ante- ção de energia elétrica, com fornecimento dos materiais relacionados no Anexo IX do edital, Moro Barros e o designer acompanhar as redes e aces- mediante solicitação da COPEL DIS, sob regime de empreitada por preço unitário, sendo: Rafael Zem, da Porto Bu- marcas para o futuro. cipadas no SXSW, e nós es- sar a página portonosxsw. Lote: 01. Quantidade: 12.000 US RDU, 12.000 US RDR. Local de execução: Departamento de Projetos e Obras Centro-Sul – DPOCSL, também os municípios de Reserva do Iguaçu, reau. Eles farão parte dos Para Flávia, a busca cons- taremos lá para sintetizar as com.br. É necessário fazer Foz do Jordão, Candoi, Goioxim, Cantagalo, Marquinho, Nova Laranjeiras, e tante por novidades para os melhores ideias e descobrir preferencialmente nos municípios da Divisão de Projetos e Obras Irati – VPOIRT com sede em milhares de participantes de um cadastro para receber as Irati. Preço unitário máximo: R$ 45,83/US; Valor máximo da licitação: R$ 3.002.114,06. Data da todo mundo, que buscam seus clientes foi o que levou a o futuro das marcas”, conta. novidades por e-mail. (Das Sessão Pública: 27.03.2018, às 10h30min, Rua Joaquim Nabuco n° 184, Ponta Grossa –PR, conhecimento, experiências, dupla a se inscrever no mega Segundo ela, a proposta é Assessorias) Retirada do Edital: www.copel.com; Informações: (42) 3220-2126.

ANEXO III – DECLARAÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA

Avenida Getúlio Vargas, no. 874, 10º andar, Funcionários, Belo Horizonte, Minas Gerais CEP 30.112.020. Telefone/Fax: (31) 3069-0770 ● [email protected] AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL

RESOLUÇÃO AUTORIZATIVA Nº 5.695 DE 15 DE MARÇO DE 2016.

Declara de utilidade pública, em favor da empresa Tibagi Energia SPE S.A., as áreas de terra necessárias à implantação da Usina Hidrelétrica (UHE) Tibagi Montante, localizada no município de Tibagi, no estado do Paraná. Texto Original

Voto

O DIRETOR-GERAL DA AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL, no uso de suas atribuições regimentais, de acordo com deliberação da Diretoria, tendo em vista o disposto no Decreto-Lei nº 3.365, de 21/06/1941, alterado pela Lei nº 2.786, de 21/05/1956; art. 151, alínea “c”, do Decreto nº 24.643, de 10/07/1934 (Código de Águas), regulamentado pelo Decreto nº 35.851, de 16/07/1954; art. 29, inciso IX, da Lei nº 8.987, de 13/02/1995; Art. 3º-A da Lei nº 9.427, de 26/12/1996; art. 10 da Lei nº 9.074, de 7/07/1995, com a redação dada pela Lei nº 9.648, de 27/05/1998; art. 1º do Decreto nº 4.932, de 23/12/2003, com redação dada pelo Decreto nº 4.970, de 30/01/2004; e a Resolução Normativa nº 560, de 2/07/2013, e do que consta do Processo nº 48500.005112/2015-37resolve:

Art. 1º Declarar de utilidade pública, em favor da Tibagi Energia SPE S.A., inscrita no CNPJ sob o nº 23.080.281/0001-35, com sede na Avenida Getúlio Vargas, nº 874, 16 º andar, sala 1601, Bairro Funcionários, município de Belo Horizonte, estado de Minas Gerais, as áreas de terra que perfazem uma superfície total de 482,3391 ha (quatrocentos e oitenta e dois hectares trinta e três ares e noventa e um centiares), de propriedades particulares, localizadas no município de Tibagi, no estado do Paraná, necessárias à implantação do reservatório, das estruturas, do acesso e das áreas de empréstimo e bota-fora da UHE Tibagi Montante.

§ 1º Empreendimento cadastrado sob o Código Único de Empreendimentos de Geração (CEG) UHE.PH.PR.032923-1.01.

§ 2º As áreas de terras referidas no “caput” são necessárias para formação do reservatório na cota 721 m, descrevem-se e caracterizam-se por meio de coordenadas dos vértices dos polígonos na projeção UTM, referenciadas ao Datum SIRGAS 2000 e ao Meridiano Central 45º W Gr, conforme memoriais descritivos contidos no Anexo desta Resolução.

§ 3º A Tibagi Energia SPE S.A., deverão fiscalizar as terras destinadas à implantação da “UHE Tibagi Montante”, promovendo sua gestão sócio patrimonial.

Art. 2º Em relação às propriedades privadas referidas no artigo 1º, a Tibagi Energia SPE S.A fica autorizada a promover, com recursos próprios, amigável ou judicialmente, as desapropriações de domínio, podendo, inclusive, invocar o caráter de urgência para fins de imissão provisória na posse dos bens, nos termos do art. 15 do Decreto-Lei nº 3.365, de 21 de junho de 1941, alterado pela Lei nº 2.786, de 21 de maio de 1956.

Art. 3º Em relação às propriedades públicas federais referidas no artigo 1º, à Tibagi Energia SPE S.A. é assegurado direito real de exercer todas as ações e medidas necessárias para viabilizar sua imissão, manutenção e restituição na posse, podendo, inclusive, invocar o caráter de urgência para fins de imissão provisória na posse dos bens, nos termos do art. 15 do Decreto-Lei nº 3.365, de 21 de junho de 1941, alterado pela Lei nº 2.786, de 21 de maio de 1956.

§1º Incluem-se entre os poderes referidos no caput, as ações e medidas necessárias para viabilizar o pagamento de eventuais benfeitorias devidas a terceiros.

§2º A declaração de utilidade pública das áreas públicas federais não confere poderes expropriatórios à Tibagi Energia SPE S.A em face da União ou dos órgãos da Administração Pública Federal Indireta.

Art. 4º Tibagi Energia SPE S.A. fica obrigada a atender às determinações emanadas das leis e dos regulamentos administrativos estabelecidos pelos órgãos ambientais, aplicáveis ao empreendimento, bem como aos procedimentos previstos nas normas e regulamentos que disciplinam a construção, operação e manutenção de Usina Hidrelétrica.

Art. 5º A descrição das áreas de terras referidas no § 2º do art. 1º, contida no Anexo I desta Resolução, encontra-se no Processo supracitado e está disponível no endereço SGAN – Quadra 603 – Módulo I – Brasília – DF, bem como no endereço eletrônico www.aneel.gov.br.

Art. 6º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

ROMEU DONIZETE RUFINO

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL

RESOLUÇÃO AUTORIZATIVA Nº 6.564 DE 15 DE AGOSTO DE 2017

Declara de utilidade pública, em favor da Tibagi Energia SPE S.A., as áreas de terra necessárias à implantação da Usina Hidrelétrica Tibagi Montante, localizado no Rio Tibagi, no município de Tibagi, no estado do Paraná e altera a Resolução Autorizativa nº 5.695, 22 de março de 2016.

Texto Original

Voto

O DIRETOR-GERAL DA AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL, no uso de suas atribuições regimentais, de acordo com deliberação da Diretoria, tendo em vista o disposto no art. 29, inciso VIII, da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, no art. 10 da Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995, com redação dada pela Lei nº 9.648, de 27 de maio de 1998, , no Decreto-Lei nº 3.365, de 21 de junho de 1941, na Resolução Normativa nº 740, de 11 de outubro de 2016, com base no art. 3º-A da Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, no art. 1º do Decreto nº 4.932, de 23 de dezembro de 2003, com redação dada pelo Decreto nº 4.970, de 30 de janeiro de 2004, e o que consta do Processo nº. 48500.005112/2015- 37, resolve:

Art. 1º A Resolução Autorizativa nº 5.695, 22 de março de 2016, publicada no DOU em 22 de março de 2016, seção 1, pagina 83, e retificada no DOU de 27 de abril de 2016, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 1º Declarar de utilidade pública, em favor da Tibagi Energia SPE S.A., inscrita no CNPJ sob o nº 23.080.281/0001-35, com sede na Avenida Getúlio Vargas, nº 874, 16 º andar, sala 1601, Bairro Funcionários, município de Belo Horizonte, estado de Minas Gerais, as áreas de terra que perfazem uma superfície total de 462,1891 ha (quatrocentos e sessenta e dois hectares, dezoito ares e noventa e um centiares), de propriedades particulares, localizadas no município de Tibagi, no estado do Paraná, necessárias à implantação do reservatório, das estruturas, do acesso e das áreas de empréstimo e bota-fora da UHE Tibagi Montante.

......

§ 2º As áreas de terras referidas no “caput” são necessárias para formação do reservatório na cota 721 m, descrevem-se e caracterizam-se por meio de coordenadas dos vértices dos polígonos na projeção UTM, referenciadas ao Datum SIRGAS 2000 e ao Meridiano Central 45º W Gr, conforme memoriais descritivos contidos no Anexo I desta Resolução.

Art. 2º Declarar de utilidade pública, em favor da Tibagi Energia SPE S.A., inscrita no CNPJ sob o nº 23.080.281/0001-35, com sede na Avenida Getúlio Vargas, nº 874, 16 º andar, sala 1601, Bairro Funcionários, município de Belo Horizonte, estado de Minas Gerais, as áreas de terra que perfazem uma superfície total de 673,2831 ha (seiscentos e setenta e três hectares, vinte e oito ares e trinta e um centiares), de propriedades particulares, localizadas no município de Tibagi, no estado do Paraná, necessárias à implantação da Área de Preservação Permanente da UHE Tibagi Montante.

§ 1º Empreendimento cadastrado sob o Código Único de Empreendimentos de Geração (CEG) UHE.PH.PR.032923-1.01.

§ 2º As áreas de terras referidas no caput descrevem-se e caracterizam-se por meio das coordenadas dos vértices de polígonos na projeção UTM, referenciadas ao Meridiano Central 51º W Gr, fuso 22 S, tendo como Datum horizontal o SIRGAS 2000, conforme memorial descritivo constante no Anexo II desta Resolução.

§ 3º A Tibagi Energia SPE S.A. deverá fiscalizar as terras destinadas à implantação da UHE Tibagi Montante, promovendo sua gestão sociopatrimonial.

Art. 3º Em relação às propriedades privadas referidas no artigo 2º, a Tibagi Energia SPE S.A. fica autorizada a promover, com recursos próprios, amigável ou judicialmente, as desapropriações de domínio, podendo, inclusive, invocar o caráter de urgência para fins de imissão provisória na posse dos bens, nos termos do art. 15 do Decreto-Lei nº 3.365, de 21 de junho de 1941, alterado pela Lei nº 2.786, de 21 de maio de 1956.

Parágrafo Único - A Tibagi Energia SPE S.A. deverá apresentar em até 60 (sessenta) dias a contar da data de entrada em operação do empreendimento, o Quadro-Resumo do Levantamento e Situação das Áreas Objeto da Declaração de Utilidade Pública - DUP, conforme modelo do Anexo III da Resolução Normativa nº 740, de 11 de outubro de 2016, assinado pelo representante legal, devidamente preenchido de forma que seja possível a identificação dos proprietários ou possuidores das áreas de terra afetadas.

Art. 4º Em relação as propriedades públicas eventualmente existentes nas áreas de terra necessárias à implantação da UHE Tibagi Montante, cabe ao interessado postular instrumentos que permitam o pretendido uso.

Art. 5º A Tibagi Energia SPE S.A. fica obrigada a atender às determinações emanadas das leis e dos regulamentos administrativos estabelecidos pelos órgãos ambientais, aplicáveis ao empreendimento, bem como aos procedimentos previstos nas normas e regulamentos que disciplinam a construção, operação e manutenção de Usinas Hidrelétricas.

Art. 6º A descrição das áreas de terras referidas no § 2º do art. 1º, contida no Anexo desta Resolução, encontra-se no Processo supracitado e está disponível no endereço eletrônico http://www.aneel.gov.br/biblioteca

Art. 7º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

ROMEU DONIZETE RUFINO

ANEXO IV - MATRICULAS DOS IMÓVEIS OBJETO DO REQUERIMENTO

Avenida Getúlio Vargas, no. 874, 10º andar, Funcionários, Belo Horizonte, Minas Gerais CEP 30.112.020. Telefone/Fax: (31) 3069-0770 ● [email protected]

ANEXO V – MAPA DE LOCALIZAÇÃO DAS PROPRIEDADES

Avenida Getúlio Vargas, no. 874, 10º andar, Funcionários, Belo Horizonte, Minas Gerais CEP 30.112.020. Telefone/Fax: (31) 3069-0770 ● [email protected] 7267000 7270000 7273000 7276000 7279000 7282000 7285000 7288000

TBG-E-09

7.830 8.322 8.515 TBG-E-23 TBG-E-18 TBG-E-13 7.829 POSSE POSSE 8.348 POSSE 8.167 POSSE 8.165 TBG-E-12 0 TBG-E-11 0 4.699 TBG-E-19 TBG-E-17 BR 0 TBG-E-20 - 153 TBG-E-10 7 2.739

5 66

5 TBG-E-21 8.375 TBG-E-16 TBG-E-04 TBG-E-15 2.901 TBG-E-05 TBG-E-03 Eixo do Barramento 5.011 3.222 8.373 8.514 TBG-E-14 7.166 4.551 TBG-E-22 TBG-E-08 4.013 2.100 TBG-E-24 7.829 8.372 TBG-E-23 TBG-E-07 4.838 POSSE 9.271 Tibagi 10.837 TBG-E-01 9.237 TBG-D-05 0

0 5.500 0 i 0 g TBG-E-06

6 a TBG-D-04 5 ib T o 9.015 i i 10.836 ag R 9.018 b Ti io TBG-D-04 R

TBG-D-02 P R 3.910 5.014 - 252 3 4 TBG-D-01 0 0

0 3.909 0 3 6 5

8.373 2.100 TBG-E-03

8.372 TBG-E-24 746 TBG-E-02 TBG-D-03 10.823 4.838 9.192 Legenda POSSE 9.187 9.200 9.193 9.208 9.188 Rodovia Estadual 9.194 9.209 Ë Rodovia Federal 0 8.908 9.201 9.190 0 9.195 0 9.210 6 9.202 Rio 6 8.910 9.196 5 8.909 Escala: 1:60.000 9.203 10.837 9.211 9.190 Áreas Necessárias TBG-E-06 8.911 9.197 1.000 500 0 1.000 M 8.912 9.216 9.204 9.198 TBG-E-01 Propriedades 9.218 9.212 9.191 SISTEMA DE PROJEÇÃO: 9.205 9.237 UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR - UTM 9.219 9.217 SISTEMA DE REFERÊNCIA: SIRGAS 2000 FUSO 22S Matrículas 9.213 9.220 9.214 9.199 9.221 9.206 EMPREENDEDOR: EMPREENDIMENTO: 9.238 9.215 9.207 9.224 9.222 UHE TIBAGI MONTANTE 9.226 9.223 9.228 9.225 REFERÊNCIA: 252 9.230 9.227

0 9.232 ESTUDOS SOCIOAMBIENTAIS 0

0 9.234 9.229 9

6 5.014 EXECUÇÃO: TÍTULO DO MAPA: 5 9.231 MALHA FUNDIÁRIA GERAL 9.233 9.236 9.235 TBG-D-01 LOCALIZAÇÃO: RESPONSÁVEL TÉCNICO: DATA: Tibagi - PR Angelo Hartmann Pires Fevereiro / 2018 CREA 127.090 D/PR

ANEXO VI – COMPROVANTE DE RECOLHIMENTO DA TAXA AMBIENTAL

Avenida Getúlio Vargas, no. 874, 10º andar, Funcionários, Belo Horizonte, Minas Gerais CEP 30.112.020. Telefone/Fax: (31) 3069-0770 ● [email protected]

ANEXO VII – DUAS CÓPIAS IMPRESSAS E EM MEIO DIGITAL DO INVENTÁRIO FLORESTAL

Avenida Getúlio Vargas, no. 874, 10º andar, Funcionários, Belo Horizonte, Minas Gerais CEP 30.112.020. Telefone/Fax: (31) 3069-0770 ● [email protected] INVENTÁRIO FLORESTAL

USINA HIDRELÉTRICA TIBAGI MONTANTE Rio Tibagi, Estado do Paraná

JANEIRO DE 2018 2

SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO ...... 3

2 Objetivos ...... 4

3 MATERIAIS E MÉTODOS ...... 5

3.1 Área de Estudo ...... 5 3.2 SISTEMA AMOSTRAL ...... 5 3.3 Análise de dados ...... 7 4 RESULTADOS ...... 8

4.1 ENQUADRAMENTO FITOGEOGRÁFICO DA ÁREA DE ESTUDO ...... 8 4.2 SUFICIÊNCIA AMOSTRAL ...... 11 4.3 COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA ...... 12 4.4 ANÁLISE FITOSSOCIOLÓGICA ...... 16 4.4.1 Componente Arbóreo ...... 16 4.4.2 Componente Arbustivo/Sub-bosque...... 23 4.4.3 Estado de conservação dos remanescentes ...... 26 4.4.4 Espécies Ameaçadas de Extinção ...... 30 4.4.5 Uso do Solo e Cobertura Vegetal ...... 31 5 CONSIDERAÇÕES SOBRE O REQUERIMENTO DE AUTORIZAÇÃO FLORESTAL ...... 37

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...... 38

7 EQUIPE TÉCNICA ...... 41

8 REFERENCIAS BIBLIOGRÀFICAS ...... 42

9 ANEXOS ...... 43

UHE Tibagi Montante Inventário Florestal

3

1 APRESENTAÇÃO

A UHE Tibagi Montante é um aproveitamento hidrelétrico concedido à Tibagi Energia SPE S.A. e está localizado no rio Tibagi, com o eixo do barramento previsto para o Município de Tibagi (ambas as margens), cujo reservatório afeta terras exclusivas desse município, na região centro-oriental do Estado do Paraná. O rio Tibagi é o afluente mais importante da margem esquerda do rio Paranapanema, podendo ser considerado um rio de médio porte, cortando o estado do Paraná no sentido Sul - Norte.

O empreendimento situa-se numa região originalmente coberta pela Floresta Ombrófila Mista e próxima ao contato com a Floresta Estacional Semidecidual, unidades fitogeográficas pertencentes ao bioma mata Atlântica. Além deste ainda se encontram na área de estudo tipologias vegetais do domínio Cerrado, onde as principais são a Estepe Gramíneo-Lenhosa (Campos Naturais) e a Savana Arborizada.

Quando há remanescentes florestais a serem suprimidos ou alterados em função de um empreendimento é necessário realizar um inventário florestal da área, a fim de obter do órgão ambiental competente a autorização de corte da vegetação e, assim, possibilitar a sua implementação. O presente estudo apresenta o Inventário Florestal da vegetação a ser suprimida pela implantação da UHE Tibagi Montante, abrangendo a área do canteiro de obras, das estruturas civis e do reservatório.

UHE Tibagi Montante Inventário Florestal 4

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

 Estudo da vegetação natural da área diretamente afetada da UHE Tibagi Montante com fins de qualificar e quantificar o montante a ser suprimido com a implementação do empreendimento.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Enquadramento fitogeográfico da vegetação;

 Caracterização florística das comunidades arbóreo, arbustivas e epifíticas na área em estudo;

 Detecção de espécies endêmicas, ameaçadas de extinção, indicadoras ambientais e/ou de interesse econômico;

 Análise fitossociológica das comunidades arbóreo e arbustivas autóctones na área diretamente afetada do empreendimento;

 Estimativa do volume de madeira existente na área de alagamento, canteiro de obras e no local de instalação das estruturas civis.

UHE Tibagi Montante Inventário Florestal 5

3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 ÁREA DE ESTUDO

Para efeito de melhor esclarecimento foram considerados, no que se refere à vegetação, como ADA do empreendimento UHE Tibagi Montante os trechos a serem suprimidos pelo futuro reservatório e as áreas a serem utilizadas na construção da barragem e da casa de força, abrangendo o canteiro de obras e acessos.

3.2 SISTEMA AMOSTRAL

Para o levantamento fitossociológico do componente arbóreo-arbustivo utilizou- se o método das parcelas temporárias de área fixa, distribuídas preferencialmente nos remanescentes mais expressivos, tanto em continuidade de área como em estado de conservação. Como instrumento auxiliar no controle da intensidade amostral utilizou- se a curva espécies-área (curva do coletor), a fim de fornecer um quadro aproximado da variabilidade florística da vegetação. O trabalho de campo foi realizado em setembro de 2012. Dessa forma, foram implantadas 23 (vinte e três) parcelas temporárias distribuídas preferencialmente pela área a ser diretamente afetada. As dimensões das unidades amostrais são 20 x 10 metros (Compartimento A – 200 m2), sendo que, no interior de cada parcela foi incluída uma subparcela de 4 x 5 metros (Compartimento B – 20 m2), para levantamento da regeneração natural e da vegetação lenhosa de sub-bosque. As coordenadas de cada unidade amostral foram registradas através de Sistema de Posicionamento Global - GPS (Tabela 3.2.1). O trajeto completo com as respectivas alocações de todas as unidades amostrais consta no ANEXO II – MAPA UNIDADES AMOSTRAIS DO INVENTARIO FLORESTAL.

Tabela 3.2.1 - Coordenadas das parcelas instaladas na ADA pela UHE Tibagi Montante.

PARCELA LATITUDE LONGITUDE RUMO LINHA CENTRAL P01 560.403 7.285.315 130º P02 560.342 7.285.348 120º P03 560.270 7.285.364 140º P04 560.036 7.286.288 180º P05 560.000 7.286.354 180º P06 559.299 7.285.410 240º P07 559.234 7.285.405 280º P08 560.651 7.283.677 310º

UHE Tibagi Montante Inventário Florestal 6

PARCELA LATITUDE LONGITUDE RUMO LINHA CENTRAL P09 560.555 7.283.728 310º P10 560.479 7.283.783 300º P11 559.462 7.271.918 325º P12 559.434 7.271.968 320º P13 559.432 7.272.027 335º P14 559.093 7.280.084 220º P15 559.141 7.280.204 195º P16 560.902 7.281.383 310º P17 560.875 7.281.451 290º P18 560.831 7.281.483 250º P19 560.787 7.281.446 275º P20 558.892 7.281.601 200º P21 558.882 7.281.565 165º P22 558.920 7.281.521 220º P23 558.870 7.281.444 170º

Em cada unidade amostral (Compartimentos A e B) foram tomadas as seguintes informações: circunferência a altura do peito (CAP); altura total; altura comercial (fuste aproveitável); e a identificação da espécie. Dentro das parcelas de 200 m2 foram incluídos os indivíduos arbóreos com circunferência a altura do peito (CAP) igual ou superior a 20 cm (equivalente a 6,37 cm de DAP), enquanto que, nas subparcelas de 20 m2 (Compartimento B) foram considerados os indivíduos com CAP inferior a 20 cm e PIM (ponto de inversão morfológica/comprimento do fuste) superior a 1,3 m. Sempre que possível, a identificação dos indivíduos foi efetuada in situ. Quando a identificação em campo não foi possível, procedeu-se com a coleta de material botânico dos indivíduos em questão, preferencialmente férteis (provido de estruturas reprodutivas, como flores e/ou frutos), os quais foram herborizados segundo a metodologia usual, possibilitando sua posterior identificação em laboratório. O material coletado e tratado foi identificado no Herbário do Museu Botânico Municipal de Curitiba (MBM), Curitiba - PR. Paralelamente ao levantamento de espécies arbóreo-arbustivas e sua quantificação em campo, realizou-se também, na região das unidades amostrais, uma breve análise fisionômica da vegetação herbácea presente em cada parcela identificando-se as espécies de maior importância e ocorrência nas comunidades vegetais da região. Foram também registradas as espécies lenhosas não abrangidas pelas parcelas amostrais. As planilhas de campo com dados individuais e por parcelas

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se encontram no Anexo III – PLANILHAS DE CAMPO.

3.3 ANÁLISE DE DADOS

O cálculo dos parâmetros fitossociológicos e de volume foi efetuado através do programa EXCEL para WINDOWS. Com base nestas informações foi possível analisar os aspectos estruturais e florísticos das comunidades florestais em questão. Os parâmetros fitossociológicos básicos foram: densidade absoluta (DA, sendo o número de indivíduos da espécie por unidade de área, dado em indivíduos por hectare); dominância absoluta (DoA, sendo a área basal de determinada espécie por área, dada em m²/ha); e frequência absoluta (FA, que é a percentagem de número de unidades amostrais com ocorrência de determinada espécie). Para cada um dos parâmetros citados, foram calculados os valores relativos, dividindo-se o valor absoluto da espécie em questão pela somatória dos valores absolutos de todas as espécies detectadas, resultando nos parâmetros densidade relativa (DR), dominância relativa (DoR) e frequência relativa (FR). Com a finalidade de avaliar a importância ecológica de determinada espécie na comunidade utilizou-se o índice de valor de importância (VI), dado pela soma dos valores de densidade relativa, dominância relativa e frequência relativa. Seu valor varia de 0 a 300 e atribui uma nota global para cada espécie dentro da comunidade vegetal. Além dos parâmetros fitossociológicos básicos, os índices de diversidade também são de grande utilidade para o entendimento e a caracterização de uma comunidade vegetal. Além do número de espécies (riqueza florística), é de grande importância a frequência relativa e também a forma de distribuição do número de indivíduos de cada espécie frente ao número total de indivíduos. O índice de Shannon (H’) considera esses dois aspectos, sendo um dos índices de diversidade mais empregados. Outro índice muito usado na caracterização da estrutura das comunidades vegetais é o Índice de Equabilidade de Pielou (e), que é uma relação entre a diversidade obtida no levantamento e a diversidade máxima esperada. As fórmulas desses dois índices são mostradas a seguir.

Índice de Diversidade de Shannon (H’):

H '   pi ln pi

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Onde: pi = ni/N, isto é, densidade relativa da i-ésima espécie por área; ni = número de indivíduos da espécie i; N = número total de indivíduos.

Índice de Equabilidade de Pielou (e): H ' e  H 'máximo

H ' e  ln S Onde: H’ = índice de diversidade de Shannon; S = número total de espécies amostradas.

Para se determinar o potencial madeireiro da vegetação em estudo (volumes comercial e total) foram utilizados os dados provenientes de todas as unidades amostrais instaladas. Após a análise dos dados, foi obtida a média volumétrica da comunidade vegetal amostrada. Para o cálculo do volume individual de cada árvore foi utilizada a seguinte fórmula:

Volume* (m³) = Área Transversal (m²) x Altura (m) x Fator de Forma**

* Para volume total utilizou-se altura total, para volume comercial utilizou-se comprimento aproveitável do fuste. ** O fator de forma utilizado como média para todas as espécies foi 0,4.

4 RESULTADOS

4.1 ENQUADRAMENTO FITOGEOGRÁFICO DA ÁREA DE ESTUDO

A área em estudo insere-se nos domínios dos biomas Mata Atlântica e Cerrado (IBGE, 2004). Nos domínios da Mata Atlântica, há duas fitofisionomias principais: a Floresta Ombrófila Mista (Floresta com Araucária) e a Floresta Estacional Semidecidual (Floresta Sub-caducifólia do rio Paraná). Já nas áreas originalmente recobertas por Cerrado, as tipologias vegetais principais são a Estepe Gramíneo- Lenhosa (Campos Naturais) e a Savana Arborizada, ocupando as porções mais planas e elevadas do terreno. Em certos trechos adjacentes aos cursos d’água ocorrem as várzeas, denominadas, segundo classificação do IBGE (1992),

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Formações Pioneiras com Influência Fluvial. Contudo, a ADA do empreendimento é caracterizada por remanescentes de Floresta Ombrófila Mista, prevalecendo o estágio médio de sucessão e também por pequenas manchas de Estepe Gramíneo-lenhosa, que corresponde aos Campos Naturais, de acordo com os dados primários obtidos no estudo fitossociológico. A seguir são descritas com maior detalhamento as tipologias vegetais existentes na ADA.

• Floresta Ombrófila Mista A Floresta Ombrófila Mista segundo a classificação de Veloso et al. (1991), caracteriza-se por mesclar elementos de duas floras distintas, a tropical afrobrasileira e a temperada austrobrasileira. Essa mistura de floras distintas ocorre principalmente devido às condições ambientais peculiares observadas no Planalto Meridional Brasileiro, onde fatores associados à altitude e latitude criam uma situação especial dentro da região Neotropical. De uma forma abrangente, a Floresta Ombrófila Mista ocupa terrenos localizados numa faixa entre 500 e 1800 metros s.n.m. Sua composição florística típica abrange gêneros primitivos e sugere uma ocupação recente, a partir de refúgios altomontanos (VELOSO et al., 1991; IBGE, 1992). A fisionomia característica dessa tipologia florestal apresenta pinheiros (Araucaria angustifolia) emergindo por sobre um dossel contínuo, no qual destacam- se árvores pertencentes às espécies Ocotea porosa (imbuia), Nectandra lanceolata (canela-amarela), Nectandra megapotamica (canela-preta), Cryptocarya aschersoniana (canela-fogo), Ocotea pulchella (canela-lageana), Ocotea corymbosa (canela-fedida), Cupania vernalis (cuvatã), Matayba elaeagnoides (miguel-pintado), Drimys winterii (casca d’anta), Podocarpus lambertii (pinheiro-bravo), Capsicodendron dinisii (pimenteira), Sloanea lasiocoma (), Ilex paraguariensis (erva-mate), Campomanesia xanthocarpa (guabiroba) e diversas espécies das famílias Myrtaceae e Aquifoliaceae (LEITE & KLEIN, 1990). As florestas secundárias referentes à tipologia Floresta Ombrófila Mista, resultantes principalmente de alterações de origem humana, são caracterizadas pelas espécies Mimosa scabrella (bracatinga), Ocotea puberula (canela-guaicá), Piptocarpha angustifolia (vassourão-branco), Vernonia discolor (vassourão-preto) e Casearia sylvestris (cafezeiro-do-mato), entre outras (LEITE & KLEIN, 1990).

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• Estepe Gramíneo-lenhosa A Estepe Gramíneo-Lenhosa, genericamente denominada Campos Naturais, caracteriza-se fisionomicamente por apresentar uma cobertura de elementos herbáceos entremeada por capões e estreitas florestas de galeria ao longo do curso dos rios. Sua existência está relacionada à condições climáticas pretéritas e à limitações edáficas. O principal mecanismo ligado ao clima que interfere na existência dos campos é a elevada taxa de evapotranspiração. O vento intenso e constante, associado às extensas planuras e elevadas altitudes, determina o ressecamento da superfície do perfil do solo, com prejuízos à vegetação nativa, principalmente quando as chuvas se rarefazem. Áreas com solos mais rasos onde o perfil seca totalmente ocasionam forte seleção, favorecendo espécies resistentes à estiagem e dificultando o desenvolvimento de árvores (MAACK, 1981; LEITE & KLEIN 1990; IBGE, 1992). As florestas de galeria e os capões, importantes elementos das Estepes, desenvolvem- se a partir dos solos úmidos ao redor das nascentes e dos riachos. Essa invasão dos campos é o início de uma série que tende para associações mais evoluídas da Floresta Ombrófila Mista (KLEIN, 1960). A fisionomia predominante nos campos sulinos é herbácea, onde principalmente gramíneas, ciperáceas, compostas, verbenáceas, leguminosas e euforbiáceas, formam uma cobertura por vezes bastante densa e muitas vezes contínua, com alturas que variam de 30 a 80 cm, podendo chegar a mais de 1 metro (SILVA, 2002). Segundo Ziller (1995), nos campos situados em regiões de solo mais enxuto predominam as gramíneas (Poaceae) em touceiras formando montículos de capim. Também é muito comum a presença da família Cyperaceae, cujos principais gêneros são Eleocharis, Rhynchospora e Cyperus. Entre as touceiras existem espécies rasteiras de Fabaceae, Melastomataceae e Xyridaceae, além de outras. A família Asteraceae também encontra-se bem representada na vegetação campestre apresentando principalmente indivíduos de porte arbustivo dos gêneros Achyrocline, Baccharis, Eupatorium e Vernonia. Ressalta-se, no entanto, que essa tipologia vegetal não sofre influência direta do empreendimento em questão, já que sua existência restringe-se aos terrenos planálticos mais elevados, não ocorrendo nas encostas do vale do rio Tibagi.

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4.2 SUFICIÊNCIA AMOSTRAL

Neste estudo, foi utilizada a curva espécies-área (curva do coletor) como instrumento indicador de suficiência amostral. A curva do coletor representa uma ferramenta para avaliar o comportamento da riqueza florística (número de espécies) em função do número de unidades amostrais levantadas. O método permite uma avaliação subjetiva da diversidade dos ecossistemas estudados. Deve-se, no entanto, considerar a heterogeneidade das comunidades vegetais amostradas no momento da análise da curva. O diagrama referente à amostragem do estrato arbóreo apresentado a seguir (Figura 4.2.1) permite concluir que a representatividade florística foi alcançada, em função de a curva ter assumido uma tendência horizontal nas últimas unidades amostrais. Tal fato indica que, nas comunidades florestais analisadas, o número esperado de espécies não deve superar significativamente àquele registrado pela amostragem. Ressalta-se que essa afirmação é válida somente para a área estudada e dentro dos critérios impostos pelo sistema amostral (diâmetro ou altura mínima de inclusão). O mesmo vale para diagrama referente à amostragem do estrato arbustivo/sub- bosque apresentado na Figura 4.2.2, onde é possível perceber que há uma tendência de estabilização da curva, apesar da mesma não ter atingido a assíntota. No entanto, vários trabalhos científicos têm demostrando a dificuldade na estabilização da curva de acumulação de espécies em amostragens de comunidades vegetais naturais, devido à ocorrência de espécies raras.

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Figura 4.2.1 – Curva de suficiência amostral da amostragem do estrato arbóreo da ADA da UHE Tibagi Montante.

Figura 4.2.2 – Curva de suficiência amostral da amostragem do estrato arbustivo/sub- bosque da ADA da UHE Tibagi Montante.

4.3 COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA

Foram detectadas 96 espécies com hábito arbóreo-arbustivo, pertencentes a 71 gêneros e distribuídas em 32 famílias botânicas distintas. Se considerada apenas a vegetação arbórea (CAP≥20 cm) temos o total de 89 espécies, distribuídas em 67 gêneros e 31 famílias botânicas. Para a vegetação arbustiva ou de sub-bosque (CAP<20 cm) a relação foi de 51 espécies, distribuídas em 37 gêneros e 18 famílias.

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Devido à dificuldade taxonômica algumas espécies não tiveram sua identificação efetivada, resultando em identificações a serem confirmadas, indicadas com a sigla cf. no nome científico. A seguir é apresentada a lista total das espécies vegetais detectadas na amostragem (Tabela 4.3.1).

Tabela 4.3.1 − Lista da flora arbóreo-arbustiva registrada na ADA da UHE Tibagi Montante. Família Nome científico Nome popular Anacardiaceae Lithrea molleoides (Vell.) Engl. Bugreiro Annonaceae Annona emarginata (Schltdl.) H.Rainer Ariticum Annonaceae Guatteria australis A.St.-Hil. Envira-preta Aquifoliaceae Ilex dumosa Reissek Congonha-graúda Aquifoliaceae Ilex theezans Mart. ex Reissek Caúna Araliaceae Schefflera cf. calva (Cham.) Frodin & Fiaschi Mandiocão Araucariaceae Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucária Arecaceae Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman Jerivá Asteraceae Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera Cambará Asteraceae Piptocarpha axillaris (Less.) Baker Pau-toucinho Asteraceae Vernonia discolor (Spreng.) Less. Vassourão-preto Bignoniaceae Jacaranda micrantha Cham. Caroba Boraginaceae Cordia americana (L.) Gottschling & J.S.Mill. Guajuvira Boraginaceae Cordia ecalyculata Vell. Café-de-bugre Celastraceae Maytenus gonoclada Mart. sem nome Clethraceae Clethra scabra Pers. Carne-de-vaca Cyatheaceae Alsophila setosa Kaulf. Xaxim-de-espinho Erythroxylaceae Erythroxylum argentinum O.E.Schulz sem nome Euphorbiaceae Actinostemon concolor (Spreng.) Müll.Arg. Laranjeira-brava Euphorbiaceae Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll.Arg. Tapiá Euphorbiaceae Croton floribundus Spreng. Capixingui Euphorbiaceae Sebastiania brasiliensis Spreng. Leiteirinho Euphorbiaceae Sebastiania commersoniana (Baill.) L.B.Sm. & Downs Branquilho Fabaceae Albizia edwallii (Hoehne) Barneby & J.W.Grimes Angico Fabaceae Albizia niopoides (Spruce ex Benth.) Burkart Farinha-seca Fabaceae Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan Angico-branco Fabaceae Bauhinia forficata Link Pata-de-vaca Fabaceae Copaifera langsdorffii Desf. Copaíba Fabaceae Inga striata Benth. Ingá Fabaceae Lonchocarpus subglaucescens Mart. ex Benth. Embira-de-sapo Fabaceae Machaerium brasiliense Vogel Pau-sangue Fabaceae Machaerium nyctitans (Vell.) Benth. Bico-de-pato Fabaceae Machaerium paraguariense Hassl. Jacarandá-branco Fabaceae Machaerium stipitatum Vogel Sapuva Fabaceae Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan Gurucaia

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Família Nome científico Nome popular Lauraceae Cinnamomum sellowianum (Nees & Mart.) Kosterm. Canela-raposa Lauraceae Cryptocarya aschersoniana Mez Canela-fogo Lauraceae Endlicheria paniculata (Spreng.) J.F.Macbr. Canela-de-veado Lauraceae Nectandra grandiflora Nees Canela-fedida Lauraceae Nectandra lanceolata Nees Canela-amarela Lauraceae Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez Canela Lauraceae Ocotea bicolor Vattimo-Gil Canela-fedida Lauraceae Ocotea diospyrifolia (Meisn.) Mez Canela-louro Lauraceae Ocotea indecora (Schott) Mez Canela-preta Lauraceae Ocotea nutans (Nees) Mez Canelinha Lauraceae Ocotea puberula (Rich.) Nees Canela-guaicá Lauraceae Ocotea silvestris Vattimo-Gil Canela Lythraceae Lafoensia pacari A.St.-Hil. Dedaleiro Malvaceae Luehea divaricata Mart. & Zucc. Açoita-cavalo Melastomataceae Miconia cf. petropolitana Cogn. Pixirica Melastomataceae Miconia inconspicua Miq. Pixirica Melastomataceae Miconia sellowiana Naudin Pixirica Meliaceae Cabralea canjerana (Vell.) Mart. Canjerana Meliaceae Cedrela fissilis Vell. Cedro Meliaceae Guarea macrophylla Vahl. Marinheiro-do-brejo Meliaceae Trichilia elegans A.Juss. Pau-de-ervilha Monimiaceae Mollinedia clavigera Tul. Pimenteira Moraceae Ficus cf. luschnathiana (Miq.) Miq. Figueira-vermelha Moraceae Sorocea bonplandii (Baill.) W.C.Burger et al. Xinxo Myrtaceae Blepharocalyx salicifolius (Kunth) O.Berg Guamirim Myrtaceae Calyptranthes concinna DC. Guamirim Myrtaceae Campomanesia xanthocarpa (Mart.) O.Berg Guavirova Myrtaceae Eugenia blastantha (O.Berg) D.Legrand Guamirim Myrtaceae Eugenia handroana D.Legrand Guamirim Myrtaceae Eugenia involucrata DC. Cerejeira Myrtaceae Myrceugenia myrcioides (Cambess.) O.Berg Guamirim Myrtaceae Myrcia cf. guianensis (Aubl.) DC. Guamirim Myrtaceae Myrcia pulchra (O.Berg) Kiaersk. Guamirim Myrtaceae Myrcia splendens (Sw.) DC. Guamirim Myrtaceae Myrciaria floribunda (H.West ex Willd.) O.Berg Guamirim Myrtaceae Myrciaria tenella (DC.) O.Berg Guamirim Myrtaceae Plinia cf. brachybotrya (D. Legrand) Sobral Guamirim Primulaceae Myrsine loefgrenii (Mez) Imkhan. Capororoca Primulaceae Myrsine umbellata Mart. Capororocão Proteaceae Roupala montana var. brasiliensis (Klotzsch) K.S.Edwards Carvalho-brasileiro Rhamnaceae Hovenia dulcis Thunb. Uva-do-japão Rosaceae Prunus myrtifolia (L.) Urb. Pessegueiro-bravo Rubiaceae Chomelia obtusa Cham. & Schltdl. Falso-guamirim Rubiaceae Faramea cf. montevidensis (Cham. & Schltdl.) DC. sem nome

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Família Nome científico Nome popular Rubiaceae Psychotria vellosiana Benth. Café-do-mato Rubiaceae Rudgea jasminoides (Cham.) Müll.Arg. Café-do-mato Rutaceae Esenbeckia grandiflora Mart. Pau-de-cotia Rutaceae Metrodorea nigra A.St.-Hil. Carrapateira Rutaceae Pilocarpus pennatifolius Lem. Jaborandi Rutaceae Zanthoxylum fagara (L.) Sarg. Mamica-de-porca Salicaceae Banara tomentosa Clos Cambroé-mirim Salicaceae Casearia decandra Jacq. Guassatunga Salicaceae Casearia lasiophylla Eichler Cambroé Salicaceae Casearia obliqua Spreng. Guassatunga-preta Salicaceae Casearia sylvestris Sw. Cafezeiro-do-mato Salicaceae Xylosma pseudosalzmanii Sleumer Sucará Sapindaceae Allophylus edulis (A.St.-Hil. et al.) Hieron. ex Niederl. Vacum Sapindaceae Cupania vernalis Cambess. Camboatá Sapindaceae Diatenopteryx sorbifolia Radlk. Maria-preta Sapindaceae Matayba elaeagnoides Radlk. Miguel-pintado Solanaceae Solanum bullatum Vell. Fumeiro

Sob o ponto de vista da riqueza específica considerando o estrato arbóreo- arbustivo, destacam-se na área em estudo as famílias Myrtaceae, Fabaceae, Lauraceae, Salicaceae e Euphorbiaceae, totalizando 50% do total de espécies registradas. Meliaceae, Rubiaceae, Rutaceae e Sapindaceae também contribuem consideravelmente com a elevada riqueza florística das comunidades florestais analisadas (Figura 4.3.1).

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Figura 4.3.1 – Número de espécies por família botânica, considerando somente o estrato arbóreo-arbustivo na ADA.

4.4 ANÁLISE FITOSSOCIOLÓGICA

4.4.1 Componente Arbóreo

O inventário contabilizou 682 árvores (CAP≥20 cm) nas 23 unidades amostrais, distribuídas em 89 espécies, 67 gêneros e 31 famílias botânicas. Dessas árvores, 36 estavam mortas e outras 35 não identificadas (NI). A caracterização da comunidade arbórea que teve subsídio na análise fitossociológica apresentada na Tabela 4.4.1.1 considerou os dados de todas as 682 árvores.

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Tabela 4.4.1.1 – Análise fitossociologica por espécies do componente arbóreo na ADA da UHE Tibagi Montante.

DA DoA FA DR DoR FR VI Nome Científico (ind./ha) (m²/ha) (%) (%) (%) (%) (0-300%) Copaifera langsdorffii 104,3 2,850 39,1 7,038 8,354 3,158 18,6 Morta 78,3 1,426 69,6 5,279 4,182 5,614 15,1 Matayba elaeagnoides 108,7 1,598 34,8 7,331 4,684 2,807 14,8 NI 76,1 1,774 47,8 5,132 5,200 3,860 14,2 Sebastiania commersoniana 97,8 1,439 39,1 6,598 4,218 3,158 14,0 Nectandra grandiflora 65,2 1,378 60,9 4,399 4,040 4,912 13,4 Araucaria angustifolia 21,7 2,208 30,4 1,466 6,475 2,456 10,4 Myrcia pulchra 67,4 0,693 39,1 4,545 2,032 3,158 9,7 Ocotea diospyrifolia 43,5 1,090 43,5 2,933 3,196 3,509 9,6 Casearia obliqua 41,3 1,430 30,4 2,786 4,193 2,456 9,4 Guatteria australis 56,5 0,882 34,8 3,812 2,585 2,807 9,2 Alchornea triplinervia 23,9 1,588 26,1 1,613 4,657 2,105 8,4 Lafoensia pacari 26,1 1,501 26,1 1,760 4,401 2,105 8,3 Syagrus romanzoffiana 28,3 0,874 26,1 1,906 2,562 2,105 6,6 Faramea cf. montevidensis 56,5 0,557 13,0 3,812 1,632 1,053 6,5 Prunus myrtifolia 15,2 0,944 21,7 1,026 2,769 1,754 5,5 Luehea divaricata 17,4 0,580 26,1 1,173 1,700 2,105 5,0 Myrcia splendens 21,7 0,198 34,8 1,466 0,579 2,807 4,9 Casearia sylvestris 21,7 0,294 30,4 1,466 0,863 2,456 4,8 Anadenanthera colubrina 17,4 0,819 13,0 1,173 2,401 1,053 4,6 Nectandra lanceolata 15,2 0,849 13,0 1,026 2,488 1,053 4,6 Machaerium brasiliense 15,2 0,428 26,1 1,026 1,253 2,105 4,4 Parapiptadenia rigida 17,4 0,467 21,7 1,173 1,368 1,754 4,3 Clethra scabra 28,3 0,656 4,3 1,906 1,923 0,351 4,2 Campomanesia xanthocarpa 15,2 0,653 13,0 1,026 1,914 1,053 4,0 Cryptocarya aschersoniana 15,2 0,523 17,4 1,026 1,534 1,404 4,0 Myrciaria floribunda 28,3 0,247 13,0 1,906 0,723 1,053 3,7 Lithrea molleoides 21,7 0,457 4,3 1,466 1,339 0,351 3,2 Ocotea puberula 6,5 0,414 13,0 0,440 1,215 1,053 2,7 Cedrela fissilis 8,7 0,314 13,0 0,587 0,920 1,053 2,6 Ocotea indecora 10,9 0,136 17,4 0,733 0,400 1,404 2,5 Jacaranda micrantha 10,9 0,492 4,3 0,733 1,443 0,351 2,5 Myrsine umbellata 17,4 0,219 8,7 1,173 0,641 0,702 2,5 Roupala montana var. brasiliensis 8,7 0,074 17,4 0,587 0,216 1,404 2,2 Schefflera cf. calva 8,7 0,138 13,0 0,587 0,404 1,053 2,0 Cabralea canjerana 6,5 0,164 13,0 0,440 0,480 1,053 2,0 Sorocea bonplandii 13,0 0,129 8,7 0,880 0,379 0,702 2,0 Bauhinia forficata 4,3 0,264 8,7 0,293 0,775 0,702 1,8 Diatenopteryx sorbifolia 13,0 0,064 8,7 0,880 0,188 0,702 1,8 Machaerium paraguariense 10,9 0,079 8,7 0,733 0,231 0,702 1,7 Lonchocarpus subglaucescens 10,9 0,186 4,3 0,733 0,546 0,351 1,6 Cinnamomum sellowianum 4,3 0,214 8,7 0,293 0,627 0,702 1,6 Metrodorea nigra 10,9 0,060 8,7 0,733 0,175 0,702 1,6 Calyptranthes concinna 8,7 0,081 8,7 0,587 0,238 0,702 1,5 Myrcia cf. guianensis 6,5 0,124 8,7 0,440 0,364 0,702 1,5 Inga striata 6,5 0,117 8,7 0,440 0,344 0,702 1,5 Maytenus gonoclada 6,5 0,236 4,3 0,440 0,691 0,351 1,5

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DA DoA FA DR DoR FR VI Nome Científico (ind./ha) (m²/ha) (%) (%) (%) (%) (0-300%) Xylosma pseudosalzmanii 8,7 0,058 8,7 0,587 0,171 0,702 1,5 Albizia niopoides 6,5 0,099 8,7 0,440 0,290 0,702 1,4 Rudgea jasminoides 6,5 0,058 8,7 0,440 0,171 0,702 1,3 Annona emarginata 6,5 0,039 8,7 0,440 0,116 0,702 1,3 Plinia cf. brachybotrya 6,5 0,028 8,7 0,440 0,081 0,702 1,2 Gochnatia polymorpha 4,3 0,183 4,3 0,293 0,536 0,351 1,2 Ocotea bicolor 4,3 0,060 8,7 0,293 0,177 0,702 1,2 Machaerium nyctitans 4,3 0,057 8,7 0,293 0,168 0,702 1,2 Esenbeckia grandiflora 4,3 0,051 8,7 0,293 0,150 0,702 1,1 Eugenia involucrata 4,3 0,039 8,7 0,293 0,114 0,702 1,1 Chomelia obtusa 8,7 0,046 4,3 0,587 0,136 0,351 1,1 Endlicheria paniculata 4,3 0,025 8,7 0,293 0,074 0,702 1,1 Ilex theezans 4,3 0,021 8,7 0,293 0,062 0,702 1,1 Mollinedia clavigera 4,3 0,018 8,7 0,293 0,054 0,702 1,0 Eugenia blastantha 4,3 0,017 8,7 0,293 0,049 0,702 1,0 Sebastiania brasiliensis 4,3 0,016 8,7 0,293 0,046 0,702 1,0 Solanum bullatum 2,2 0,166 4,3 0,147 0,487 0,351 1,0 Ocotea silvestris 2,2 0,135 4,3 0,147 0,397 0,351 0,9 Zanthoxylum fagara 4,3 0,072 4,3 0,293 0,211 0,351 0,9 Albizia edwallii 2,2 0,122 4,3 0,147 0,358 0,351 0,9 Allophylus edulis 4,3 0,062 4,3 0,293 0,182 0,351 0,8 Psychotria vellosiana 2,2 0,111 4,3 0,147 0,326 0,351 0,8 Vernonia discolor 2,2 0,100 4,3 0,147 0,293 0,351 0,8 Myrciaria tenella 4,3 0,045 4,3 0,293 0,131 0,351 0,8 Ocotea nutans 2,2 0,093 4,3 0,147 0,274 0,351 0,8 Ficus cf. luschnathiana 2,2 0,090 4,3 0,147 0,263 0,351 0,8 Casearia lasiophylla 4,3 0,029 4,3 0,293 0,086 0,351 0,7 Machaerium stipitatum 4,3 0,025 4,3 0,293 0,074 0,351 0,7 Miconia sellowiana 4,3 0,020 4,3 0,293 0,057 0,351 0,7 Pilocarpus pennatifolius 4,3 0,015 4,3 0,293 0,043 0,351 0,7 Nectandra megapotamica 2,2 0,062 4,3 0,147 0,183 0,351 0,7 Cordia ecalyculata 2,2 0,054 4,3 0,147 0,158 0,351 0,7 Erythroxylum argentinum 2,2 0,031 4,3 0,147 0,089 0,351 0,6 Cupania vernalis 2,2 0,027 4,3 0,147 0,079 0,351 0,6 Piptocarpha axillaris 2,2 0,016 4,3 0,147 0,047 0,351 0,5 Cordia americana 2,2 0,016 4,3 0,147 0,047 0,351 0,5 Alsophila setosa 2,2 0,016 4,3 0,147 0,046 0,351 0,5 Guarea macrophylla 2,2 0,016 4,3 0,147 0,046 0,351 0,5 Myrceugenia myrcioides 2,2 0,015 4,3 0,147 0,043 0,351 0,5 Banara tomentosa 2,2 0,012 4,3 0,147 0,034 0,351 0,5 Croton floribundus 2,2 0,011 4,3 0,147 0,032 0,351 0,5 Ilex dumosa 2,2 0,009 4,3 0,147 0,027 0,351 0,5 Miconia inconspicua 2,2 0,009 4,3 0,147 0,027 0,351 0,5 Myrsine loefgrenii 2,2 0,007 4,3 0,147 0,021 0,351 0,5 Total 1.482,6 34,109 1.239,1 100 100 100 300

A análise fitossociológica indica que a espécie de maior densidade nos remanescentes florestais que compõe a ADA é Matayba elaeagnoides (Miguel-

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pintado) que apresentou quase 109 indivíduos/hectare, seguida por Copaifera langsdorffii (Copaíba) com 104,3 indivíduos/hectare. Também tiveram destaque no parâmetro de densidade, as espécies Sebastiania commersoniana (Branquilho) com 97,8 indivíduos/hectare, Myrcia pulchra (Guamirim) com 67,4 indivíduos/hectare, Nectandra grandiflora (Canela-fedida) com 65,2 indivíduos/hectare, Guatteria australis (Envira-preta) e Faramea cf. montevidensis ambas com 56,5 indivíduos/hectare. Essas sete espécies representam 37,5% das árvores em um hectare. Quanto à dominância, a Copaíba foi a espécie com maior cobertura, somando 2,850 m² por hectare, seguida pela Araucaria angustifolia (Araucária) com 2,208 m²/ha, Miguel-pintado com 1,598 m²/ha, Alchornea triplinervia (Tapiá) com 1,588 m²/ha, Lafoensia pacari (Dedaleiro) com 1,501 m²/ha, Branquilho com 1.439 m²/ha. Essas seis espécies representam 32,8% da área basal. Em relação à frequência, a Canela-fedida foi a espécie que esteve presente no maior número de unidades amostrais (14), o que representa 60,9% de frequência, seguida por Ocotea diospyrifolia (Canela-louro) com 43,5% de frequência relativa e a Copaíba, Branquilho e Guamirim, todas com 39,1% de frequência. O valor de importância (VI), resultante dos valores de densidade, dominância e frequência, demonstrou que a Copaíba é a espécie mais importante da Floresta Ombrófila Mista limitada pela ADA, tendo atingido VI igual a 18,6%. Em segundo lugar aparece o Miguel-pintado com 14,8%, seguido pelo Branquilho com 14,0%, Canela- fedida com 13,4% e Araucária com 10,4%, Guamirim com 9,7%, Canela-louro com 9,6% e Casearia obliqua (Guaçatunga-preta) com 9,4%. Essas oito espécies somam quase um terço do índice de valor de importância para todas as espécies. Se consideradas as próximas oito espécies o somatório equivale a 154,2%, o que representa mais da metade do VI total. Pode-se afirmar, portanto, que as principais espécies da ADA são: Copaifera langsdorffii (Copaíba), Matayba elaeagnoides (Miguel-pintado), Sebastiania commersoniana (Branquilho), Nectandra grandiflora (Canela-fedida), Araucaria angustifolia (Araucária), Myrcia pulchra (Guamirim), Ocotea diospyrifolia (Canela-louro), Casearia obliqua (Guaçatunga-preta), Guatteria australis (Envira-preta), Alchornea triplinervia (Tapiá), Lafoensia pacari (Dedaleiro), Syagrus romanzoffiana (Jerivá), Faramea cf. montevidensis, Prunus myrtifolia

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(Pessegueiro-bravo), Luehea divaricata (Açoita-cavalo) e Myrcia splendens (Guamirim). Quando consideradas as famílias botânicas, a família Fabaceae teve a maior densidade, totalizando 204,3 indivíduos por hectare, que representa 15,4% das árvores amostradas. Em seguida aparece Lauraceae com 176,1 ind./ha e Myrtaceae com 169,6 ind./ha. Essas três famílias somam juntas 12,633 m²/ha, o que corresponde a 40,9% da área basal. As três famílias de maior VI, Fabaceae, Lauraceae e Myrtaceae somam 114,0%, que é mais de um terço do valor total. Se incluídas as próximas cinco famílias, Euphorbiaceae, Sapindaceae, Salicaceae, Annonaceae e Araucariaceae o valor sobe para 206,6%, que é mais de dois terços do total. Dessa forma, é possível afirmar que as principais famílias da ADA são: Fabaceae, Lauraceae, Myrtaceae, Euphorbiaceae, Sapindaceae, Salicaceae, Annonaceae e Araucariaceae. A Tabela 4.4.1.2 apresenta a análise fitossociológica por famílias, sendo desconsideradas as árvores mortas e não identificadas. Tabela 4.4.1.2 – Análise fitossociológica por famílias do componente arbóreo na ADA da UHE Tibagi Montante. Nº Nº DA DoA FA DR DoR FR VI Família esp. ind. (ind./ha) (m²/ha) (%) (%) (%) (%) (0-300%) Fabaceae 12 94 204,3 5,513 87,0 15,385 17,836 10,929 44,1 Lauraceae 12 81 176,1 4,981 91,3 13,257 16,116 11,475 40,8 Myrtaceae 11 78 169,6 2,139 73,9 12,766 6,919 9,290 29,0 Euphorbiaceae 4 59 128,3 3,054 65,2 9,656 9,879 8,197 27,7 Sapindaceae 4 59 128,3 1,751 39,1 9,656 5,664 4,918 20,2 Salicaceae 5 36 78,3 1,824 56,5 5,892 5,901 7,104 18,9 Annonaceae 2 29 63,0 0,921 43,5 4,746 2,980 5,464 13,2 Araucariaceae 1 10 21,7 2,208 30,4 1,637 7,145 3,825 12,6 Rubiaceae 4 34 73,9 0,773 26,1 5,565 2,500 3,279 11,3 Lythraceae 1 12 26,1 1,501 26,1 1,964 4,857 3,279 10,1 Arecaceae 1 13 28,3 0,874 26,1 2,128 2,827 3,279 8,2 Rosaceae 1 7 15,2 0,944 21,7 1,146 3,055 2,732 6,9 Malvaceae 1 8 17,4 0,580 26,1 1,309 1,876 3,279 6,5 Meliaceae 3 8 17,4 0,493 26,1 1,309 1,595 3,279 6,2 Rutaceae 4 11 23,9 0,197 21,7 1,800 0,639 2,732 5,2 Clethraceae 1 13 28,3 0,656 4,3 2,128 2,122 0,546 4,8 Primulaceae 2 9 19,6 0,226 13,0 1,473 0,731 1,639 3,8 Anacardiaceae 1 10 21,7 0,457 4,3 1,637 1,478 0,546 3,7 Moraceae 2 7 15,2 0,219 13,0 1,146 0,709 1,639 3,5 Proteaceae 1 4 8,7 0,074 17,4 0,655 0,238 2,186 3,1 Bignoniaceae 1 5 10,9 0,492 4,3 0,818 1,593 0,546 3,0 Araliaceae 1 4 8,7 0,138 13,0 0,655 0,446 1,639 2,7 Asteraceae 3 4 8,7 0,299 8,7 0,655 0,967 1,093 2,7

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Nº Nº DA DoA FA DR DoR FR VI Família esp. ind. (ind./ha) (m²/ha) (%) (%) (%) (%) (0-300%) Aquifoliaceae 2 3 6,5 0,030 13,0 0,491 0,099 1,639 2,2 Celastraceae 1 3 6,5 0,236 4,3 0,491 0,763 0,546 1,8 Melastomataceae 2 3 6,5 0,029 8,7 0,491 0,093 1,093 1,7 Boraginaceae 2 2 4,3 0,070 8,7 0,327 0,226 1,093 1,6 Monimiaceae 1 2 4,3 0,018 8,7 0,327 0,060 1,093 1,5 Solanaceae 1 1 2,2 0,166 4,3 0,164 0,538 0,546 1,2 Erythroxylaceae 1 1 2,2 0,031 4,3 0,164 0,099 0,546 0,8 Cyatheaceae 1 1 2,2 0,016 4,3 0,164 0,050 0,546 0,8 Total 89 611 1.328,3 30,909 795,7 100 100 100 300

Sob o ponto de vista da riqueza específica, destacam-se na área em estudo as famílias Fabaceae e Lauraceae ambas com 12 espécies, seguidas por Myrtaceae com 11 e Salicaceae com 5. Essas quatro famílias abrangem quase metade do total de espécies registradas. O valor calculado do Índice de Diversidade de Shannon para a vegetação arbórea foi de 3,84, indicando que o conjunto de comunidades analisadas apresenta diversidade relativamente alta. Este valor diz respeito somente às árvores que ocorreram nas parcelas amostrais, não sendo consideradas outras espécies que não foram detectadas nas amostras. O Índice de Equabilidade de Pielou (e) foi calculado em 0,855, numa escala que varia de 0 a 1. O valor máximo representaria uma situação em que todas as espécies são igualmente abundantes na estrutura da floresta. A elevada diversidade florística registrada neste estudo deve-se ao bom estado de conservação dos fragmentos amostrados nas margens do rio Tibagi. A respeito da posição sociológica de cada espécie na estrutura vertical da floresta, foi possível concluir que as espécies mais abundantes no estrato superior, ocupando o dossel dos remanescentes analisados foram, respectivamente: Copaifera langsdorffii (Copaíba), Casearia obliqua (Guassatunga-preta), Matayba elaeagnoides (Miguel-pintado), Anadenanthera colubrina (Angico-branco), Lithrea molleoides (Bugreiro), entre outras. A Araucária representa apenas 3,4% das árvores do dossel, o que pode ser um reflexo da diminuição da população desta espécie, por ter sido intensamente explorada comercialmente no passado. As árvores mais altas amostradas, todas com 15 metros ou mais de altura foram Alchornea triplinervia (Tapiá), Casearia obliqua (Guassatunga-preta), Prunus myrtifolia (Pessegueiro- bravo), Cedrela fissilis (Cedro), Nectandra lanceolata (Canela-amarela) e Ocotea

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puberula (Canela-guaicá). A Figura 4.4.1.1 mostra a ocupação das 20 principais espécies do dossel.

Figura 4.4.1.1 – Porcentagem de ocupação do dossel das 20 principais espécies amostradas na ADA da UHE Tibagi Montante.

No estrato inferior dos fragmentos florestais analisados, as espécies mais abundantes foram, respectivamente: Sebastiania commersoniana (Branquilho), Myrcia pulchra (Guamirim), Matayba elaeagnoides (Miguel-pintado), Faramea cf. montevidensis e Myrciaria floribunda (Guamirim). Ressalta-se a grande presença de árvores mortas, o que é comum nesse estrato. A Figura 4.4.1.2 traz a porcentagem de ocupação do sub-bosques pelas árvores mortas e mais as nove principais espécies do estrato inferior.

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Figura 4.4.1.2 – Porcentagem de ocupação do estrato inferior pelas árvores mortas mais as nove principais espécies arbóreas na ADA da UHE Tibagi Montante.

4.4.2 Componente Arbustivo/Sub-bosque

O inventário contabilizou 286 indivíduos arbustivos ou de sub-bosque (CAP<20 cm) nas 23 unidades amostrais, distribuídos em 51 espécies, 37 gêneros e 18 famílias. A densidade total de plantas foi de 6127 indivíduos por hectare. A caracterização da comunidade arbustiva e sub-bosque que teve subsídio na análise fitossociológica apresentada na Tabela 4.4.2.1, considerou os dados de todos os 286 indivíduos.

Tabela 4.4.2.1 – Análise fitossociológica por espécies do componente arbustivo e sub- bosque na ADA da UHE Tibagi Montante. DA DoA FA DR DoR FR VI Nome Científico (ind./ha) (m²/ha) (%) (%) (%) (%) (0-300%) Faramea cf. montevidensis 739 0,0160 13,0 11,888 11,779 2,400 26,1 Mollinedia clavigera 500 0,0103 52,2 8,042 7,568 9,600 25,2 Actinostemon concolor 674 0,0115 17,4 10,839 8,441 3,200 22,5 Myrcia pulchra 674 0,0090 26,1 10,839 6,654 4,800 22,3 Myrciaria floribunda 326 0,0098 34,8 5,245 7,231 6,400 18,9 Myrcia splendens 413 0,0075 26,1 6,643 5,557 4,800 17,0 Plinia cf. brachybotrya 174 0,0067 17,4 2,797 4,960 3,200 11,0 Metrodorea nigra 196 0,0068 8,7 3,147 5,034 1,600 9,8 Ocotea diospyrifolia 174 0,0055 13,0 2,797 4,065 2,400 9,3 Casearia sylvestris 152 0,0031 17,4 2,448 2,278 3,200 7,9 Sebastiania commersoniana 130 0,0028 17,4 2,098 2,040 3,200 7,3 Sorocea bonplandii 152 0,0027 13,0 2,448 2,007 2,400 6,9 Miconia sellowiana 152 0,0011 17,4 2,448 0,817 3,200 6,5 Myrsine umbellata 65 0,0038 13,0 1,049 2,796 2,400 6,2 Nectandra megapotamica 43 0,0044 8,7 0,699 3,218 1,600 5,5

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DA DoA FA DR DoR FR VI Nome Científico (ind./ha) (m²/ha) (%) (%) (%) (%) (0-300%) Machaerium brasiliense 87 0,0017 13,0 1,399 1,220 2,400 5,0 Eugenia blastantha 109 0,0022 8,7 1,748 1,612 1,600 5,0 Casearia decandra 22 0,0008 21,7 0,350 0,574 4,000 4,9 Guatteria australis 43 0,0034 8,7 0,699 2,534 1,600 4,8 Rudgea jasminoides 152 0,0010 8,7 2,448 0,748 1,600 4,8 Alchornea triplinervia 65 0,0024 8,7 1,049 1,771 1,600 4,4 Copaifera langsdorffii 87 0,0005 13,0 1,399 0,356 2,400 4,2 Campomanesia xanthocarpa 65 0,0019 8,7 1,049 1,403 1,600 4,1 Diatenopteryx sorbifolia 43 0,0034 4,3 0,699 2,494 0,800 4,0 Ilex dumosa 87 0,0002 13,0 1,399 0,170 2,400 4,0 Calyptranthes concinna 43 0,0022 8,7 0,699 1,655 1,600 4,0 Myrciaria tenella 87 0,0011 8,7 1,399 0,844 1,600 3,8 Psychotria vellosiana 43 0,0029 4,3 0,699 2,167 0,800 3,7 Chomelia obtusa 43 0,0024 4,3 0,699 1,782 0,800 3,3 Allophylus edulis 65 0,0008 8,7 1,049 0,558 1,600 3,2 Croton floribundus 65 0,0015 4,3 1,049 1,082 0,800 2,9 Trichilia elegans 43 0,0004 8,7 0,699 0,281 1,600 2,6 Ocotea nutans 43 0,0002 8,7 0,699 0,132 1,600 2,4 Ocotea silvestris 43 0,0002 8,7 0,699 0,124 1,600 2,4 Eugenia involucrata 22 0,0013 4,3 0,350 0,990 0,800 2,1 Blepharocalyx salicifolius 43 0,0005 4,3 0,699 0,388 0,800 1,9 Maytenus gonoclada 43 0,0005 4,3 0,699 0,361 0,800 1,9 Hovenia dulcis 22 0,0009 4,3 0,350 0,646 0,800 1,8 Cupania vernalis 22 0,0006 4,3 0,350 0,413 0,800 1,6 Ficus cf. luschnathiana 22 0,0004 4,3 0,350 0,287 0,800 1,4 Nectandra grandiflora 22 0,0004 4,3 0,350 0,279 0,800 1,4 Machaerium paraguariense 22 0,0003 4,3 0,350 0,211 0,800 1,4 Miconia cf. petropolitana 22 0,0002 4,3 0,350 0,129 0,800 1,3 Roupala montana var. brasiliensis 22 0,0002 4,3 0,350 0,119 0,800 1,3 Machaerium nyctitans 22 0,0001 4,3 0,350 0,053 0,800 1,2 Eugenia handroana 22 0,0000 4,3 0,350 0,037 0,800 1,2 NI 22 0,0000 4,3 0,350 0,037 0,800 1,2 Sebastiania brasiliensis 22 0,0000 4,3 0,350 0,037 0,800 1,2 Lonchocarpus subglaucescens 22 0,0000 4,3 0,350 0,023 0,800 1,2 Myrcia cf. guianensis 22 0,0000 4,3 0,350 0,023 0,800 1,2 Esenbeckia grandiflora 22 0,0000 4,3 0,350 0,013 0,800 1,2 Total 6.217 0,1358 543,5 100 100 100 300

A análise fitossociológica indica que as principais espécies do conjunto de fisionomias que compõe o sub-bosque da Floresta Ombrófila Mista da ADA são Faramea cf. montevidensis, Mollinedia clavigera, Actinostemon concolor, Myrcia pulchra e Myrciaria floribunda, pois estas espécies possuem os maiores valores absolutos dos parâmetros de densidade, frequência e dominância, respectivamente.

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A espécie Faramea cf. montevidensis foi a mais abundante no componente arbustivo dos fragmentos de vegetação analisados, com 739 indivíduos/hectare, seguido por Actinostemon concolor e Myrcia pulchra, com 674 indivíduos/hectare cada uma, e por Mollinedia clavigera, com 500 indivíduos/hectare. Com relação à frequência, a espécie com maior valor para esse parâmetro foi Mollinedia clavigera, sendo amostrada em mais da metade das parcelas (52,2%), portanto, a espécie de sub-bosque com melhor distribuição espacial pela área amostrada. Em seguida, aparecem as espécies Myrciaria floribunda, amostrada em 34,8% das parcelas, além de Myrcia pulchra e Myrcia splendens, ambas amostradas em 26,1% das parcelas. Os valores de dominância foram baixos para todas as espécies, devido ao pequeno diâmetro dos indivíduos do sub-bosque. As oito espécies de maior VI somam 152,8%, que é mais da metade do VI para todas as espécies. Pode-se afirmar, portanto, que as principais espécies de sub- bosque da ADA são: Faramea cf. montevidensis, Mollinedia clavigera (Pimenteira), Actinostemon concolor (Laranjeira-brava), Myrcia pulchra (Guamirim), Myrciaria floribunda (Guamirim), Myrcia splendens (Guamirim), Plinia cf. brachybotrya (Guamirim) e Metrodorea nigra (Carrapateira). O destaque é dos Guamirins da família Myrtaceae. O valor calculado do Índice de Diversidade de Shannon para o componente arbustivo e sub-bosque foi de 3,27, indicando uma diversidade de espécies relativamente alta, apesar de ser menor que a diversidade de espécies do componente arbóreo, sendo que este valor corresponde somente à vegetação amostrada nas parcelas amostrais. O Índice de Equabilidade de Pielou (e) foi calculado em 0,836, numa escala que varia de 0 a 1. O valor máximo representaria uma situação em que todas as espécies são igualmente abundantes na estrutura da floresta. Quando consideradas as famílias botânicas, temos a família Myrtaceae como a de maior densidade, totalizando mais de 2.000 indivíduos por hectare, que representa quase 32,3% dos indivíduos amostrados. Também é a família de maior diversidade, com 12 espécies. Em seguida aparecem Rubiaceae com 978,3 ind./ha e quatro espécies, Euphorbiaceae com 956,5 ind./ha e cinco espécies e Monimiaceae com 500 ind./ha e apenas uma espécie. Essas quatro famílias somam 191,4% do VI,

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que é quase dois terços do total. É possível afirmar que as principais famílias de sub- bosque da ADA são: Myrtaceae, Rubiaceae, Euphorbiaceae e Monimiaceae. A Tabela 4.4.2.2 apresenta a análise fitossociológica por famílias. Tabela 4.4.2.2 – Análise fitossociológica por famílias do componente arbustivo e sub- bosque na ADA da UHE Tibagi Montante. Nº Nº DA DoA FA DR DoR FR VI Família esp. ind. (ind./ha) (m²/ha) (%) (%) (%) (%) (0-300%) Myrtaceae 12 92 2000,0 0,926 82,6 32,281 31,367 19,792 83,4 Euphorbiaceae 5 44 956,5 0,395 52,2 15,439 13,375 12,500 41,3 Rubiaceae 4 45 978,3 0,487 26,1 15,789 16,483 6,250 38,5 Monimiaceae 1 23 500,0 0,223 52,2 8,070 7,571 12,500 28,1 Lauraceae 5 15 326,1 0,231 34,8 5,263 7,821 8,333 21,4 Fabaceae 5 11 239,1 0,055 34,8 3,860 1,864 8,333 14,1 Rutaceae 2 10 217,4 0,149 13,0 3,509 5,049 3,125 11,7 Salicaceae 2 8 173,9 0,084 21,7 2,807 2,853 5,208 10,9 Sapindaceae 3 6 130,4 0,102 13,0 2,105 3,466 3,125 8,7 Moraceae 2 8 173,9 0,068 13,0 2,807 2,295 3,125 8,2 Melastomataceae 2 8 173,9 0,028 17,4 2,807 0,947 4,167 7,9 Primulaceae 1 3 65,2 0,083 13,0 1,053 2,797 3,125 7,0 Annonaceae 1 2 43,5 0,075 8,7 0,702 2,535 2,083 5,3 Aquifoliaceae 1 4 87,0 0,005 13,0 1,404 0,170 3,125 4,7 Meliaceae 1 2 43,5 0,008 8,7 0,702 0,282 2,083 3,1 Celastraceae 1 2 43,5 0,011 4,3 0,702 0,361 1,042 2,1 Rhamnaceae 1 1 21,7 0,019 4,3 0,351 0,646 1,042 2,0 Proteaceae 1 1 21,7 0,004 4,3 0,351 0,119 1,042 1,5 Total 50 285 6.195,7 2,952 417,4 100 100 100 300

4.4.3 Estado de conservação dos remanescentes

A ADA do empreendimento é caracterizada por remanescentes de Floresta Ombrófila Mista, prevalecendo o estágio médio de sucessão e também por pequenas manchas de Estepe Gramíneo-lenhosa, que corresponde aos Campos Naturais. Esses campos estão distribuídos na metade jusante da ADA sobre terreno bastante declivoso, onde geralmente afloram rochas de arenito, como mostra a Figura 4.4.3.1. Nesses locais foi observada a presença de algumas espécies relacionadas à Savana (Cerrado), mas de forma dispersa e sem constituir uma estrutura fisionômica típica dessa formação, fato pelo qual se optou por classificá-la simplesmente como Campos Naturais.

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Figura 4.4.3.1 – a. Estepe Gramíneo-lenhosa (Campos Naturais; b. Floresta Ombrófila Mista (Floresta com Araucária). Uma característica da geomorfologia no trecho compreendido pela ADA diz respeito à rede hídrica estar condicionada a falhas geológicas, o que implica em uma drenagem estrutural, ou seja, o Tibagi e seus tributários não têm a capacidade de alterar o seu curso. Rios que têm essa capacidade adquirem um curso meandrante e são capazes de edificar uma planície fluvial com solos específicos. Ao contrário, o rio Tibagi segue encaixado entre margens altas, limitando o seu extravazamento nos picos de vazante, o que também reduz a presença de várzeas e de espécies típicas de solos hidromórficos. Por isso, indivíduos de Araucária são vistos próximos ao rio Tibagi, uma espécie característica de solos não hidromórficos. Entretanto, em alguns trechos foi observada uma presença maior de espécies típicas de ambiente ciliar, como Sebastiania commersoniana (Branquilho), Endlicheria paniculata (Canela-de-veado), Luehea divaricata (Açoita-cavalo), Syagrus romanzoffiana (Jerivá), Inga striata (Ingá), Matayba elaeagnoides (Miguel-pintado), entre outras. Elas caracterizam a Floresta Ombrófila Mista Aluvial, que corresponde à mata ciliar da Floresta com Araucária. As Figuras 4.4.3.2 e 4.4.3.3 mostram o aspecto interno desse tipo de vegetação.

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Figura 4.4.3.2 – Floresta Ombrófila Mista Figura 4.4.3.3 – Floresta Ombrófila Mista Aluvial na parcela 19 (UTM 560787 E, Aluvial na parcela 21 (UTM 558882 E, 7281446 S). 7281565 S).

A maior parte da vegetação remanescente na ADA é pouco influenciada pelo rio Tibagi. Na metade jusante da ADA o que chamou à atenção foi grande presença da Copaíba, que na ocasião da amostragem exibia a folhagem em tom avermelhado, como pode ser visto nas Figuras 4.4.3.4 e 4.4.3.5. Por sua vez, na metade montante da ADA a presença da Copaíba foi escassa, com uma maior representatividade da Araucária, como pode ser visto na Figura 4.4.3.6. Isso pode ser entendido como um sinal da transição entre a Floresta Ombrófila Mista e a Floresta Estacional Semidecidual, da qual são típicas, além da Copaíba, Anadenanthera colubrina (Angico-branco), Machaerium paraguariense (Jacarandá-branco) e Lafoensia pacari (Dedaleiro). Mas, no geral, predominam as espécies relacionadas à Floresta Ombrófila Mista. As Figuras 4.4.3.7 e 4.4.3.8 mostram o aspecto interno desse tipo de vegetação.

Figura 4.4.3.4 – Copas avermelhadas da Figura 4.4.3.5 – Copas avermelhadas da Copaíba (UTM 560014 E, 7286514 S). Copaíba (UTM 560014 E, 7286514 S).

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Figura 4.4.3.6 – Maior presença de Araucárias na metade montante da ADA (UTM 559307 E, 7272807 S).

Figura 4.4.3.7 – Floresta Ombrófila Mista Figura 4.4.3.8 – Floresta Ombrófila Mista na parcela 8 (UTM 560651 E, 7283677 na parcela 9 (UTM 560555 E 7283728 S). S).

Em relação ao estado de conservação dos remanescentes foi constatado que não existe no trecho compreendido pela ADA qualquer remanescente de floresta primária, apenas floresta já explorada. Isso é muito claro pela ausência de árvores de grande porte das espécies de interesse comercial. Da amostragem realizada, as árvores mais grossas foram as seguintes: três Araucárias com diâmetro a altura do peito (DAP) de 62 cm, 58 cm e 50 cm, uma árvore não identificada com 53 cm, um Tapiá com 53 cm e uma Canela-louro com 49 cm. Seria de se esperar árvores com cerca de 1 metro de DAP em floresta primária ou secundária em estágio avançado de sucessão. Grande parte dos remanescentes amostrados encontra-se em estágio

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médio de sucessão secundária, o que mostra que as formações florestais da área estão em processo de recuperação. Também foi constatada a presença de epifitismo nas comunidades arbóreas analisadas ao longo de toda a ADA. As epífitas observadas ocorreram principalmente nos remanescentes mais bem desenvolvidos e em melhor estado de conservação. Os grupos de maior destaque correspondem às famílias Bromeliaceae, Cactaceae, Orchidaceae, Piperaceae e Polypodiaceae. Cabe ressaltar que apenas um estudo de longo prazo pode quantificar a riqueza total de epífitas na área em estudo, isso porque alguns grupos, devido à complexidade taxonômica, necessitam de indivíduos em período fértil (com flores) para que a identificação correta seja realizada. A Figura 4.4.3.9 mostra algumas epífitas encontradas na ADA.

Figura 4.4.3.9 – Algumas epífitas encontradas na ADA da UHE Tibagi Montante: a. Tillandsia stricta (Bromeliaceae); b. Vriesea sp. (Bromeliaceae); c. Aechmea distichantha (Bromeliaceae); d. Dickia sp. (Bromeliaceae); e. Riphsalis sp. (Cactaceae); f. Oncidium pumilum (Orchidacae).

4.4.4 Espécies Ameaçadas de Extinção

Para apresentação das espécies ameaçadas de extinção foi considerada a Portaria nº 443 do Ministério do Meio Ambiental que atualizou e consolidou em dezembro de 2014 a Lista de Espécies da Flora Brasileira Ameaçada de Extinção

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(MMA, 2014), além de considerar a Lista Oficial de Espécies da Flora Ameaçada de Extinção no Paraná (SEMA, 2008). Dentre a considerável riqueza florística encontrada na ADA da UHE Tibagi Montante, destacam-se 3 (três) espécies citadas como ameaçadas, estando estas em diferentes categorias de ameaça, conforme pode ser observado na Tabela 4.4.4.1. Tabela 4.4.4.1 – Espécies registradas neste estudo que são citadas como Ameaçadas de Extinção no Paraná, segundo listas da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do estado do Paraná e do Ministério do Meio Ambiente. Nome científico Nome popular Lista SEMA Lista MMA Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria Vulnerável Em perigo Machaerium paraguariense Hassl. Jacarandá-branco Rara - Cedrela fissilis Cedro - Vulnerável

Cabe ressaltar que as três espécies correspondem a árvores que podem alcançar potencial madeireiro. Essa característica foi determinante no processo histórico de exploração das florestas, levando a redução drástica das populações dessas espécies aos números obtidos por esse inventário. Por outro lado, elas devem ser incluídas em programa de mitigação à implantação do empreendimento através da compensação ambiental por meio de plantio de mudas destas três espécies durante o estabelecimento da Área de Preservação Permanente. As ações necessárias ao alcance destes objetivos farão parte dos programas ambientais que comporão o PBA do empreendimento.

4.4.5 Uso do Solo e Cobertura Vegetal

O uso do solo é bastante relacionado à declividade, pois esta condiciona a possibilidade de mecanização. Áreas de agricultura se estendem pelos terrenos mais planos, geralmente nos topos das colinas e nas encostas suaves. Terrenos com algum impedimento à mecanização, como pedregosidade, excesso de água e maior declividade, são geralmente utilizados para silvicultura ou para pecuária. A região onde se insere o empreendimento UHE Tibagi Montante caracteriza- se pela agricultura comercial, predominando o trigo, a soja e o milho (Figura 4.4.5.1). Áreas destinadas à pecuária e silvicultura ocupam uma superfície menor na paisagem. Em meio a essas áreas de aproveitamento econômico ocorrem remanescentes de comunidades florestais nativas, em diferentes estágios sucessionais, mas com predomínio de florestas no estágio médio de sucessão. A área com vegetação nativa

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a ser inundada pelo futuro reservatório é constituída, em grande parte, por Áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente das propriedades atingidas. É nas margens do rio Tibagi que se observam os fragmentos mais contínuos de vegetação nativa.

Figura 4.4.5.1 – Predominância de cultivos agrícolas nas colinas longas com a mata ciliar ao logo do rio Tibagi (UTM 559542 E, 7286370 S).

Em relação à área a ser ocupada pelo futuro reservatório (Tabela 4.4.5.2), considerando a cota batida, de um total de 683,49 hectares do reservatório, 122,72 hectares (17,95%) são utilizados de forma intensiva, abrigando agricultura, pecuária, reflorestamento, além das áreas de uso antrópico. As Áreas Degradadas ocupam 13,11 hectares (1,92%); Áreas com Nascente Difusa ocupam 3,11 hectares (0,45%); Capoeira ocupa 19,54 hectares (2,85%). Outros 203,59 hectares (29,78%) correspondem à Floresta Ombrófila Mista em estágio médio de sucessão, Formações Pioneiras com Influência Fluvial e às ilhas, ou seja, representam a área total a ser recomposta pela compensação da mata atlântica. O restante, 321,42 hectares (47,02%) correspondem à calha do rio Tibagi e seus afluentes.

Tabela 4.4.5.1 - Uso do solo e cobertura vegetal na área do reservatório da UHE Tibagi Montante USO DO SOLO E COBERTURA RESERVATÓRIO COTA BATIDA PERCENTUAL VEGETAL 721

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Área Degradada 13,11 1,917949 Agricultura 72,16 10,55723 Calha do Rio 321,42 47,02709 Capoeira 19,54 2,859134 Floresta Ombrófila Mista 173,59 25,39826 Formação Pioneira 22,22 3,251122 Ilhas 7,39 1,138695 Nascente difusa 3,11 0,454338 Pasto 10,98 1,605829 Reflorestamento 33,36 4,880239 Uso Antrópico 6,22 0,910119 TOTAL 683,1 100,00%

O ANEXO II – MAPA UNIDADES AMOSTRAIS DO INVENTÁRIO FLORESTAL apresenta as classes de cobertura vegetal existentes na área do reservatório.

4.4.6 Levantamento do potencial madeireiro

Na Tabela 4.4.6.1 a seguir são apresentados os resultados que servem para quantificar o volume de madeira a ser suprimido na área do canteiro de obras, das estruturas civis e do reservatório, onde o volume total médio foi de 168,809 m³/ha, que o volume comercial médio foi de 82,526 m³/ha e que o volume de lenha médio foi de 86,283 m³/ha.

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Tabela 4.4.6.1 - Valores de área transversal (g), área basal (G), volume total (V tot), volume comercial (V com) e volume de lenha (V lenha) com base nas 23 parcelas de amostragem para a vegetação a ser suprimida na ADA da UHE Tibagi Montante. Por parcela de 200 m² Por hectare (10.000 m²) Parcela N de árvores g (m²) V tot (m³) V com (m³) G (m²/ha) V tot (m³/ha) V com (m³/ha) V com (st/ha) V lenha (m³/ha) V lenha (st/ha) 1 33 1,069 5,351 2,615 53,426 267,533 130,766 196,150 136,767 205,150 2 19 0,911 5,168 2,973 45,572 258,420 148,661 222,991 109,760 164,640 3 26 0,715 3,239 1,170 35,739 161,936 58,509 87,763 103,427 155,141 4 29 0,678 2,916 1,050 33,897 145,825 52,483 78,725 93,342 140,012 5 28 0,676 3,718 1,856 33,809 185,890 92,792 139,187 93,099 139,648 6 19 0,437 2,424 0,875 21,827 121,181 43,770 65,654 77,412 116,118 7 29 0,575 2,717 1,102 28,743 135,842 55,120 82,680 80,721 121,082 8 31 0,633 2,817 1,064 31,659 140,854 53,189 79,783 87,666 131,498 9 44 1,142 5,370 2,976 57,082 268,501 148,793 223,189 119,708 179,562 10 20 0,395 1,965 0,842 19,771 98,229 42,093 63,140 56,136 84,204 11 31 0,954 4,139 2,133 47,695 206,939 106,645 159,967 100,294 150,441 12 32 0,640 3,051 1,779 31,983 152,539 88,939 133,409 63,600 95,400 13 32 0,886 4,616 2,817 44,300 230,783 140,857 211,286 89,926 134,889 14 34 0,562 3,111 1,566 28,110 155,536 78,293 117,439 77,243 115,865 15 28 0,634 3,883 2,196 31,722 194,137 109,799 164,698 84,338 126,507 16 32 0,448 1,634 0,745 22,415 81,701 37,254 55,880 44,447 66,671 17 29 0,537 2,696 1,487 26,844 134,808 74,337 111,506 60,471 90,707 18 30 1,024 6,384 3,173 51,182 319,213 158,633 237,950 160,580 240,869 19 25 0,596 2,589 0,901 29,810 129,454 45,057 67,585 84,397 126,595 20 34 0,558 2,248 1,063 27,902 112,406 53,159 79,738 59,247 88,871 21 38 0,624 2,950 0,968 31,196 147,485 48,383 72,575 99,102 148,653 22 37 0,606 2,926 1,669 30,319 146,308 83,461 125,192 62,847 94,271

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Por parcela de 200 m² Por hectare (10.000 m²) Parcela N de árvores g (m²) V tot (m³) V com (m³) G (m²/ha) V tot (m³/ha) V com (m³/ha) V com (st/ha) V lenha (m³/ha) V lenha (st/ha) 23 22 0,390 1,742 0,942 19,512 87,089 47,103 70,654 39,986 59,980 Total 682 15,690 77,652 37,962 784,513 3882,610 1898,094 2847,141 1984,516 2976,773 Média 0,682 3,376 1,651 34,109 168,809 82,526 123,789 86,283 129,425 Desvio padrão 0,215 1,264 0,796 10,734 63,178 39,777 59,666 28,576 42,864 Variância 0,046 1,597 0,633 115,222 3991,463 1582,249 3560,059 816,595 1837,338 Variância da média 0,002 0,069 0,028 5,010 173,542 68,793 154,785 35,504 79,884 Erro padrão 0,045 0,263 0,166 2,238 13,174 8,294 12,441 5,959 8,938 Coef. de variação 6,57% 7,80% 10,05% 6,56% 7,80% 10,05% 10,05% 6,91% 6,91% Erro absoluto 0,093 0,546 0,344 4,642 27,322 17,202 25,803 12,358 18,537 Erro relativo 13,62% 16,18% 20,84% 13,61% 16,19% 20,84% 20,84% 14,32% 14,32%

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A área de vegetação a ser suprimida para implantação do canteiro de obras, incluindo estradas de acesso, área de empréstimo e demais estruturas associadas perfaz um total de 11,82 hectares, sendo que deste total 6,84 hectares estão localizados dentro do reservatório. A Tabela 4.4.6.2 detalha a área total de vegetação a ser suprimida para formação do reservatório da UHE Tibagi Montante, que é de (223,13 hectares).Considerando que a área de vegetação a ser suprimida para formação do canteiro de obras já teve seu pedido de Requerimento de Autorização Florestal protocolado, conforme esclarecido no item 5 a seguir, a área a ser considerada para cálculo de estimativa de volume total a ser suprimido para a formação do reservatório é de 215,9 hectares (descontou-se 6,84 hectares já contabilizados no RAF do canteiro). Nessa área, espera-se que o volume total de madeira a ser suprimido seja de 36.511,69 m³, podendo variar entre um mínimo de 28.648,07 m³ e um máximo de 39.712,25 m³, para uma probabilidade de 95% e limite de erro de 20%. A Tabela 4.4.5.2 traz a análise estatística para a variável volume total.

Tabela 4.4.6.2 – Parâmetros estatísticos e estimativa do volume total em metros cúbicos para a vegetação a ser suprimida na implantação da UHE Tibagi Montante. PARÂMETRO RESULTADO Área de supressão no reservatório 215,9 ha Área de supressão no canteiro de obras dentro do reservatório 6,84 ha Volume médio/parcela 3,376 m³ Volume médio/ha 168,809 m³ Desvio padrão 63,178 m³ Variância 3.991,463 m³ Variância da média 173,542 m³ Erro padrão 13,174 m³ Coeficiente de variação 7,80 % Valor de "t" tabelado 2,074 Erro de amostragem absoluto 27,322 m³ Erro de amostragem relativo 16,19 % IC para a média por parcela (95%) 2,8297 m³ ≤ X ≤ 3,9226 m³ IC para a média por ha (95%) 141,4872 m³ ≤ X ≤ 196,1310 m³ Volume total da população 36.511,69 m³ IC para o total (95%) 28.648,07 m³ ≤ X ≤ 39.712,25m³

O volume total de madeira em estéreos (st) é apresentado na Tabela 4.4.6.3. Para o cálculo, foi utilizado o fator de empilhamento de 1,5, o que corresponde à diferença entre o volume real em relação ao volume da madeira empilhada. Dessa forma, o volume total a ser suprimido é de 54.767,53 st, podendo variar entre um

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mínimo de 42.972,07 st e um máximo de 59.568,32 st, para uma probabilidade de 95% e limite de erro de 20%. Tabela 4.4.6.3 − Estimativa do volume total em estéreos para a vegetação a ser suprimida na implantação da UHE Tibagi Montante. PARÂMETRO RESULTADO Volume total da população 54.767,53 st IC para o total (95%) 42.972,07 st ≤ X ≤59.568,32 st

5 CONSIDERAÇÕES SOBRE O REQUERIMENTO DE AUTORIZAÇÃO FLORESTAL

O presente item esclarece os dados apresentados no Requerimento de Autorização Florestal (RAF), apresentado neste projeto. Como já foi protocolado no Instituto Ambiental do Paraná – IAP (nº 13.889.664-1 em 16/12/2015) o RAF específico à área do canteiro separadamente, o RAF para o reservatório apresentado no presente momento excluiu as áreas do canteiro necessárias para o corte para evitar duplicidade.

Além disso, em 2016 houve levantamento de cota batida em campo que aprimorou a delimitação do reservatório a ser formado. Com base nesse levantamento e considerando as áreas já contabilizadas no RAF para o canteiro, a Tabela 5.5.1 apresenta as áreas de acordo com o uso do solo, resultando na área para supressão de 215,9 ha

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Tabela 5.5.1 – Área de acordo com cada uso do solo para a UHE Tibagi Montante Canteiro Canteiro USO DO SOLO E Reservatório Canteiro RAF RAF RAF - COBERTURA (cota batida RAF (dentro do (fora do Reservatório1 VEGETAL 721) reservatório) reservatório) Área Degradada 0 0 0 13,11 13,11 Agricultura 0 0 0 72,16 72,16 Calha do Rio 0 0 0 321,42 321,42 Capoeira 0 0 0 19,54 19,54 Floresta Ombrófila 11,82 6,84 4,98 173,59 166,75 Mista Formação Pioneira 0 0 0 22,22 22,22 Ilhas 0 0 0 7,78 7,39 Nascente Difusa 0 0 0 3,11 3,11 Pastagem 0 0 0 10,98 10,98 Reflorestamento 0 0 0 33,36 33,36 Uso Antrópico 0 0 0 6,22 6,22 TOTAL 11,82 6,84 4,98 683,49 676,65 RAF Reservatório 215,9

Por fim, cabe explicar que, de acordo com a Tabela 4.4.1.1, apresentada no item 4.4.1 do presente Inventário Florestal, o número estimado da espécie Araucária angustifolia é de 21,7 indivíduos/hectare. Para efeito de solicitação de Autorização Florestal junto ao Órgão Ambiental, ou seja, o preenchimento do Requerimento de Autorização Florestal (RAF), a estimativa do número de Araucárias a serem suprimidas para formação do reservatório foi de 3618 indivíduos, pois foi considerada apenas a área de Floresta Ombrófila Mista, (166,75 ha, que é a área de ocorrência natural da espécie) e não a área total citada de 215,9 ha onde são inseridas mais as áreas de capoeira, formações pioneiras e ilhas"

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

De maneira geral, as comunidades vegetais nativas presentes na área diretamente afetada da UHE Tibagi Montante se encontram em razoável estado de conservação embora intensamente exploradas no passado. Também é de relevância o fato de ocorrerem algumas ameaçadas de extinção, que por sua vez podem ser

1 A área a ser apresentada no RAF do reservatório equivale à soma das áreas de capoeira, floresta ombrófila mista, formação pioneira e ilhas.

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incluídas em programas de reflorestamento, amenizando assim a pressão sobre suas populações.

A área coberta por remanescentes florestais (considerando floresta ombrófila mista, formação pioneira e ilhas) que deverá ser objeto de recomposição totaliza 196,36 ha. Além dessa área, foi considerada também a área de capoeira (19,54) para fins de cálculo da área a ser desmatada para formação do reservatório, totalizando 215,9 hectares.

Conforme as disposições a seguir, nesse processo de avaliação também cabe salientar:

- A Lei nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006, que dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, estabelece em seu Artigo 14:

“A supressão de vegetação primária e secundária no estágio avançado de regeneração somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública, sendo que a vegetação secundária em estágio médio de regeneração poderá ser suprimida nos casos de utilidade pública e interesse social, em todos os casos devidamente caracterizados e motivados em procedimento administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional ao empreendimento proposto, ressalvado o disposto no inciso I do art. 30 e nos §§ 1o e 2o do art. 31 desta Lei”.

- A Resolução SEMA nº 31, de 24 de agosto de 1998, em sua Seção IX, referente ao corte de vegetação nativa para implantação de projetos de utilidade pública ou interesse social, onde estabelece critérios para sua autorização, entre eles o Artigo 282, alínea b, que exige a apresentação de:

“inventário florestal detalhado, quando o corte de vegetação for superior a 15 ha (quinze hectares), incluindo medidas minimizadoras de impactos. Neste caso, o requerente deverá apresentar proposta para recuperação e/ou incorporação de cobertura vegetal equivalente ou em melhores condições, de área proporcional a requerida, para fins de lazer ou simplesmente com objetivos conservacionistas”.

- Considerando também o que estabelece o Artigo 17 da Lei nº 11.428:

“O corte ou a supressão de vegetação primária ou secundária nos estágios médio ou avançado de regeneração do Bioma Mata Atlântica, autorizados por esta Lei, ficam condicionados à compensação ambiental, na forma da destinação de área equivalente à

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extensão da área desmatada, com as mesmas características ecológicas, na mesma bacia hidrográfica, sempre que possível na mesma microbacia hidrográfica...”

- E ainda, o Artigo 26 do Decreto nº 6.660, que estabelece que para o cumprimento do Artigo 17 da Lei nº 11.428 o empreendedor deverá:

“I - destinar área equivalente à extensão da área desmatada, para conservação, com as mesmas características ecológicas, na mesma bacia hidrográfica, sempre que possível na mesma microbacia hidrográfica e, nos casos previstos nos arts. 30 e 31 da Lei no 11.428, de 2006, em áreas localizadas no mesmo Município ou região metropolitana; ou

II - destinar, mediante doação ao Poder Público, área equivalente no interior de unidade de conservação de domínio público, pendente de regularização fundiária, localizada na mesma bacia hidrográfica, no mesmo Estado e, sempre que possível, na mesma microbacia hidrográfica.

§ 1o Verificada pelo órgão ambiental a inexistência de área que atenda aos requisitos previstos nos incisos I e II, o empreendedor deverá efetuar a reposição florestal, com espécies nativas, em área equivalente à desmatada, na mesma bacia hidrográfica, sempre que possível na mesma microbacia hidrográfica.

§ 2o A execução da reposição florestal de que trata o § 1o deverá seguir as diretrizes definidas em projeto técnico, elaborado por profissional habilitado e previamente aprovado pelo órgão ambiental competente, contemplando metodologia que garanta o restabelecimento de índices de diversidade florística compatíveis com os estágios de regeneração da área desmatada.”

Considerando as disposições nos artigos supracitados, bem como a condição da vegetação diretamente afetada e de seu entorno, averiguada em campo durante o presente estudo, conclui-se que existem remanescentes florestais em estágio de desenvolvimento equivalente em área contígua a que será inundada, ou seja, áreas de floresta passíveis de serem incorporadas como a Área de Preservação Permanente (APP).

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7 EQUIPE TÉCNICA

SUPERVISÃO GERAL Milton Ferreira Especialista em Gestão, Perícia e Auditoria Ambiental CTF: 96676

COORDENAÇÃO GERAL Paulo Procópio Burian Sociólogo Ph.D. - DRT - PR 259 CTF: 96666

Jorge Luiz Teixeira Engenheiro Cartógrafo – CREA/PR 20435-D Especialista em Gestão, Perícia e Auditoria Ambiental CTF: 96679

EQUIPE

Lamaisson Matheus dos Santos Engenheiro Florestal – CREA/SC 91659/D CTF: 2243810

Ângelo Hartmann Pires Geógrafo – CREA/PR 127090 / D CTF: 96679

Jonas Eduardo Bianchin Engenheiro Florestal – CREA/SC 986305/D

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8 REFERENCIAS BIBLIOGRÀFICAS

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Mapa de Vegetação e dos biomas do Brasil. 2004.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Manual técnico da vegetação brasileira. Rio de Janeiro: IBGE, 1992. 92p.

KLEIN, R. M. O aspecto dinâmico do pinheiro brasileiro. Sellowia, Itajaí, 12 (12): 17- 44, maio. 1960.

LEITE, P. & KLEIN, R. M. Vegetação. In: IBGE. Geografia do Brasil: região Sul. v. 2. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 1990. p. 113-150.

MAACK, R. Geografia Física do Estado do Paraná. 2.ed. Rio de Janeiro: José Olympio,1981. 450 p.

MMA – Ministério do Meio Ambiente. Portaria n. 443 de 17/12/2014. Reconhece as espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção. 2014.

SEMA. Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Lista Oficial de Espécies da Flora Ameaçada de Extinção no Paraná. Procedimento Operacional Padrão, nº 5 de 20/06/2008.

SILVA, S. M. Considerações Fitogeográficas e Conservacionistas sobre a Floresta Atlântica No Brasil. In: Conservation International do Brasil. Avaliação e Ações Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade da Mata Atlântica e Campos Sulinos – 2002.

VELOSO, H. P.; RANGEL FILHO, A. L. & LIMA, J. C. Classificação da Vegetação Brasileira adaptada a um Sistema Universal. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística / Departamento de Recursos Naturais e Estudos Ambientais, 1991. 123 p.

ZILLER, S. R. As Formações Vegetais da Área de Influência do Futuro Reservatório do Rio Irai – Piraquara/ – PR. IAP – Instituto Ambiental do Paraná, Curitiba, 1995. 87p. Relatório técnico.

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9 ANEXOS

ANEXO I - ART

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ANEXO II – MAPA UNIDADES AMOSTRAIS DO INVENTARIO FLORESTAL

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ANEXO III – PLANILHAS DE CAMPO

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ANEXO IV – MAPA SUPRESSÃO DA VEGETAÇÃO NO RESERVATÓRIO

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