1 PARECER Assunto

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1 PARECER Assunto Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça dos Direitos Constitucionais PARECER Assunto: CONFLITOS TERRITORIAIS, AMBIENTAIS E CULTURAIS CONSTATADOS NA COMUNIDADE FAXINAL DO SALSO, MUNICÍPIO DE QUITANDINHA Tendo em vista o material enviado a este Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça dos Direitos Constitucionais com relação ao conflito territorial constatado na Comunidade Faxinal do Salso, no município de Quitandinha, verifica-se a necessidade de analisar o contexto ambiental e cultural em cotejo com os direitos reais da referida comunidade para, ao final, serem apontadas algumas sugestões de encaminhamento. 1 – A Comunidade Faxinal do Salso O Faxinal do Salso, comunidade tradicional localizada no Município de Quitandinha, possui uma área de criador comunitário estimada em 40 alqueires, onde residem 40 famílias, que ali vivem e exploram de maneira sustentável a terra e os recursos naturais há mais de 180 anos, construindo um modo próprio de criar, de fazer e de viver, que sempre garantiu a reprodução física, social e cultural dos membros dessa comunidade. A denúncia dos representantes do Faxinal do Salso refere-se ao ato de cultivo agrícola extensivo dentro de área restrita ao criador comunitário, o que ocasionou a destruição da vegetação nativa, além de contaminação de recursos hídricos, do envenenamento de animais e de intoxicação de moradores próximos a esta lavoura. Assim, está-se a promover a descaracterização de uma área de extrema importância para a região, já centenária, causando sérios problemas para os faxinalenses que vivem neste local, pois impede a circulação das pessoas desta comunidade e dos animais, bem como promove o esgotamento da terra e dos recursos naturais que existem nesta região, 1 Rua Tibagi, 779 – Centro – Curitiba – Paraná – CEP 80.060-110 – Telefone: 41 3250-4039 – Fax: 41 3250- 4039 - http://www.constitucional.mp.pr.gov.br Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça dos Direitos Constitucionais comprometendo, além da reprodução, a própria continuidade da comunidade tradicional situada no município de Quitandinha. Daí a necessidade de se reconhecer que a proteção do direito à cultura da aludida comunidade tradicional está atrelada à preservação de seus recursos naturais de modo comunitário, conforme a seguir se expõe. 2 – Violação do direito à cultura faxinal O termo germânico Kultur simbolizava todos os aspectos espirituais de uma comunidade; o termo francês civilization referia-se principalmente às realizações materiais de um povo. “Os dois termos foram sintetizados por Edward Tylor em culture (termo inglês), que em sentido etnográfico é: todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábito adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade”1. No debate das teorias antropológicas em torno de um conceito de cultura, é de se advertir que o aspecto evolucionista unilinear2 da teoria de Tylor foi vencido pelo relativismo cultural, ligada à idéia de evolução multilinear3. “Franz Boas desenvolveu o particularismo histórico (ou a chamada Escola Cultural Americana), segundo a qual cada cultura segue os seus próprios caminhos em função dos diferentes eventos históricos que enfrentou” 4, o que abre para a possibilidade do relativismo cultural5. 1 LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 14ª ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001, p. 25. 2 Tylor acreditava na igualdade da natureza humana, o que possibilitava a comparação de raças do mesmo grau de civilização. Entendia ainda que a desigualdade era resultante da desigualdade de estágios no processo de evolução, que estaria disposto numa “escala de civilização” (LARAIA, op. cit., p. 32). 3 Segundo Laraia, ao tempo do pensamento de Tylor o que imperava era o evolucionismo unilinear (todas as culturas deveriam passar pelas mesmas etapas de evolução). Ademais, Tylor acreditava na unidade psíquica da humanidade e não reconheceu os múltiplos caminhos da cultura, se filiando a uma escala evolutiva que consistia em um “processo discriminatório, através do qual diferentes sociedades humanas eram classificadas hierarquicamente, com vantagem aos países europeus” (Ibidem, p. 34). 4 Ibidem, p. 36. 5 O relativismo defende a tese de que os contextos culturais só possuem validade relativa. Ao contrário, o universalismo reivindica uma validade supratemporal e invariável de cultura para cultura. (KERSTING, Wolfgang. Universalismo e Direitos Humanos. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003. p. 82) 2 Rua Tibagi, 779 – Centro – Curitiba – Paraná – CEP 80.060-110 – Telefone: 41 3250-4039 – Fax: 41 3250- 4039 - http://www.constitucional.mp.pr.gov.br Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça dos Direitos Constitucionais O modo comum de garantir a sobrevivência de cada grupo humano, a formulação das estruturas de parentesco, as maneiras de formar associações, de dar um sentido à vida constituem a cultura, sendo esta a parte do ambiente construída pelo ser humano6. Os elementos resultantes do processo transformador da natureza, que são transmitidos de geração para geração denominam-se bens culturais; o conjunto de bens culturais forma uma universalidade, que, juridicamente, intitula-se patrimônio cultural. Sobre os bens culturais nasce um novo direito, fazendo com que sejam apropriados por toda a coletividade, sobrepondo-os aos direitos individuais. São direitos que não são só ambientais, porque são referenciados socialmente, a partir de uma ótica humanista. Podem ser melhor denominados de direitos ou interesse socioambientais7. Existem bens socioambientais tangíveis e intangíveis. São tangíveis8 as obras, os objetos, os documentos, as edificações, os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, paleontológico, ecológico, científico e arqueológico. A exemplo dos intangíveis podem ser citadas as manifestações de arte, as formas e processos de conhecimento, os hábitos, os usos, os ritmos, as danças, os processos de transformação e aproveitamento de alimentos, sendo “difícil determinar o limite em que estes bens passam a ser juridicamente relevantes e, a partir daí, serem tutelados” 9. A Constituição de 1988 passa a tratar a cultura e os bens culturais de forma mais aprofundada, destinando uma seção específica ao assunto10, reconhecendo e protegendo o 6 HERSKOVITS, Melville J. Antropologia Cultural. São Paulo: Mestre Jou, 1963. 7 “... O bem cultural – histórico ou artístico - faz parte de uma nova categoria de bens, junto com os demais ambientais, que não se coloca em oposição aos conceitos de privado e público, nem altera a dicotomia, porque ao bem material que suporta a referência cultural ou importância ambiental – este sempre público ou privado - se agrega um novo bem, imaterial, cujo titular não é o mesmo sujeito do bem material, mas toda a comunidade. Este novo bem que surge da soma dos dois, isto é, do material e do imaterial, ainda não batizado pelo Direito, vem sendo chamado de bem de interesse público, e tem uma titularidade difusa, e talvez outro nome lhe caiba melhor, como bem socioambiental, porque sempre tem de ter qualidade ambiental humanamente referenciada” (SOUZA FILHO, Carlos Frederico Marés de. Bens Culturais e Proteção Jurídica. Porto Alegre: UE/Porto Alegre, 1997. p. 18). 8 Ressaltando-se que todo bem socioambiental tem uma parcela de imaterialidade, pois precisam ser referenciados pela comunidade que reconhece a necessidade de protegê-los. 9 SOUZA FILHO, Bens Culturais..., p. 32. 10 Desde a Constituição de 1937 até a emenda de 1969, há tratamento conjunto entre os bens naturais e culturais. 3 Rua Tibagi, 779 – Centro – Curitiba – Paraná – CEP 80.060-110 – Telefone: 41 3250-4039 – Fax: 41 3250- 4039 - http://www.constitucional.mp.pr.gov.br Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça dos Direitos Constitucionais pluralismo cultural e a diversidade de valores dos grupos étnicos integrantes do nosso “processo civilizatório”. Prevê o artigo 216 da Constituição Federal: “Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: I - as formas de expressão; II - os modos de criar, fazer e viver; III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas; IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.” Assim, pode-se concluir que a ordem constitucional vigente se insere no contexto do reconhecimento do multiculturalismo e lança-se na difícil tarefa de buscar proteger todos os processos acumulativos dos diferentes grupos portadores de referência à identidade, à ação e à memória que formam o patrimônio cultural brasileiro. 2.1. Normas de proteção aos territórios tradicionais como bens culturais A matéria vem sendo tratada pelas normas internacionais que, com grande consistência de fundamentos e de validade, estabelecem mecanismos de proteção jurídica aos diversos elementos culturais, materiais e imateriais, que compõem o testemunho da intervenção humana sobre a natureza. Tais normas foram internalizadas pelo sistema jurídico brasileiro11 e são referidas, em síntese, nas linhas seguintes. 11 É oportuno frisar que, nos termos do § 3º, do art. 5º da Constituição Federal, “os tratados e convenções internacionais sobre direitos
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