O Diálogo Crítico De Walter Da Silveira E Glauber Rocha

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O Diálogo Crítico De Walter Da Silveira E Glauber Rocha Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais Escola de Comunicações e Artes (ECA) Universidade de São Paulo (USP) Claudio Gonçalves da Costa Leal O diálogo crítico de Walter da Silveira e Glauber Rocha São Paulo, 2018 Claudio Gonçalves da Costa Leal O diálogo crítico de Walter da Silveira e Glauber Rocha São Paulo, 2018 Orientador: Mateus Araújo Silva Resumo Este trabalho propõe uma revisão do diálogo entre o crítico Walter da Silveira, fundador do Clube de Cinema da Bahia, e o cineasta Glauber Rocha, nos anos 50 e 60 em Salvador (BA). Silveira era apontado pelo discípulo como um dos três teóricos decisivos para o Cinema Novo, ao lado de Alex Viany e Paulo Emílio Sales Gomes. Os impactos da formação cinéfila são sentidos na maturação teórica do cineasta. A pesquisa repassa a importância teórica de Walter da Silveira na história do movimento do Cinema Novo no Brasil. Abstract This masters’ thesis aims to explore the dialogue between Glauber Rocha and the film critic Walter da Silveira, founder of the film society Cineclube da Bahia, in Salvador, Bahia, during the fifties and sixties. Silveira was appointed by his pupil Rocha as one of the three decisive theorists for the Cinema Novo, alongside Alex Viany and Paulo Emílio Sales Gomes. The impact of Rocha's cinephile formation is felt in his theoretical maturation as a filmmaker. This research intends to investigate and highlight the theoretical importance of Walter da Silveira in the history of the Cinema Novo movement in Brazil. Nome: LEAL, Claudio Gonçalves da Costa. Título: O diálogo crítico de Walter da Silveira e Glauber Rocha. Dissertação apresentada ao programa de pós-graduação em Meios e Processos Audiovisuais (História, Teoria e Crítica) da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo para a obtenção do título de Mestre. Aprovado em: BANCA EXAMINADORA: Prof. Dr.________________________ Instituição: _________________ Julgamento: _____________________ Assinatura: _________________ Prof. Dr.________________________ Instituição: _________________ Julgamento: _____________________ Assinatura: _________________ Prof. Dr.________________________ Instituição: _________________ Julgamento: _____________________ Assinatura: _________________ Para os meus pais e irmãos Para Antonio Guerra Lima, Caetano Veloso, Diego Damasceno, Eduardo Sá, Emanoel Araujo, Jorge Salomão, José Walter Lima, Júlio Gomes, Lucas Fróes, Lucila Pato, Luiz Nogueira, Marlon Marcos, Marsílea Gombata, Maurício Pato, Maycon Lima, Nando Barros, Olívia Soares, Paquito, Paula Lavigne, Rafael Alvim, Renato Braz, Rodrigo Sombra e Regina Boni. – tropa de baianos e transbaianos. À memória de André Setaro, Luiz Carlos Maciel e Roberto Albergaria. Agradecimentos Com o professor e orientador Mateus Araújo Silva, construí um diálogo essencial para debater dúvidas, obscuridades e, talvez, devaneios glauberianos. Sempre com a pesquisa histórica integrada à análise estética, Mateus foi o melhor dos interlocutores. Agradeço à minha mãe, Esther, e aos meus irmãos Luisinho e Patrícia, pelo amor e companheirismo. Meus amigos Rodrigo Sombra e Diego Damasceno, companheiros nos estudos de cinema, partilharam comigo livros e filmes. Além disso, Rodrigo foi o primeiro leitor e revisor destas páginas – e incentivador plantonista. Pelo apoio ao longo da pesquisa, sou grato aos amigos Emanoel Araújo, Luiz Nogueira, Marsílea Gombata e Regina Boni. Com Antonio Guerra Lima, esclareci inúmeras passagens da vida baiana nos anos 50 e 60. Sou devedor de recuerdos dos membros das Jogralescas e da Geração Mapa: Ângelo Roberto, Calasans Neto, Fernando da Rocha Peres, Fernando Rocha, Florisvaldo Mattos, Fred de Souza Castro, João Carlos Teixeira Gomes e Raquel Pedreira. A João Ubaldo Ribeiro, “agregado” do grupo Mapa. A Caetano Veloso, a memória cinéfila mais exata. O ensaísta Luiz Carlos Maciel (1938-2017), protagonista do curta desaparecido A cruz na praça, equilibrava paixão e tranquilidade analítica ao revisitar o amigo Glauber. Mas sou-lhe grato pela profunda amizade ao longo do primeiro ano desta pesquisa. Meu pai (in memoriam) me presenteou certo dia com “Fronteiras do Cinema”, de Walter da Silveira, e “Cartas ao mundo”, de Glauber Rocha. Por muitos anos, me ensinou a amar os velhos cinemas das ruas de Salvador. 1 Do crítico André Setaro (1950-2014) recebi inesquecíveis lições sobre a história do cinema baiano. Nas salas e nos bares de Salvador, Setaro me introduziu ao ensaísmo de Walter da Silveira. Sua figura me acompanhou por todo o processo de escrita. Kátia da Silveira, filha de Walter, me ofereceu acesso total aos arquivos do pai desde que a entrevistei pela primeira vez, em junho de 2003, para uma reportagem em defesa da publicação das obras completas do crítico, O eterno e o efêmero, cujos originais estavam perdidos na Secretaria de Cultura da Bahia e seriam enfim publicados em 2006. A Ernesto Marques e Luis Guilherme Tavares, da ABI (Associação Bahiana de Imprensa), instituição que acolheu e preserva o arquivo de Walter da Silveira de forma exemplar. Aos funcionários do setor de periódicos da Biblioteca Pública da Bahia, nos Barris. Não cursaria o mestrado sem o estímulo reincidente do meu amigo Roberto Albergaria (1951-2015), antropólogo e ex-guerrilheiro do PCBR. Era um comunista convertido ao anarquismo pelo filme “Allonsanfàn” (1974), dos irmãos italianos Paolo e Vittorio Taviani, visto numa tarde do exílio parisiense. Albergaria foi o mais rebelde dos meus mestres. Às colegas Lívia Lima, Maria Chiaretti e Nikola Matevski, pela amizade nascida na ECA. Agradeço aos membros da banca de qualificação, os professores Arthur Autran e Eduardo Morettin, pelas críticas iniciais a esta dissertação e pelas sugestões de rumos narrativos. Aos amigos André Uzêda, Cláudio Pereira, Cleidiana Ramos, Dandara Ferreira, Filippo Cecilio, Flávio Costa, Guilherme Tauil, Humberto Werneck, Igor de Albuquerque, Jorge Tel es, Josélia Aguiar, José Walter Lima, Lília de Souza, Lucas Ferraz, Maria Manuela Barros, Miúcha, Olívia Soares, Paquito, Rafael Alvim, Thais Bilenky, Urânia Tourinho Peres, Vitor Pamplona e Wagner Telles, presentes ao longo do meu mestrado. 2 Sumário Introdução…………………………………………………………………..…….. 4 1 – Revisão de Walter da Silveira …………………………………………..……. 15 1.1 – Vertentes críticas …………………………………………………...…….. 19 1.2 – Clube de Cinema: revelações do real ,…………………………………….. 25 1.3 – A solidão do cinema brasileiro …………………………………………….. 34 1.4 – Atraso e autenticidade ………………………………………………...…… 40 2 – Visão de Glauber Rocha, crítico e espectador ……………………………...….. 53 2.1 – Os anos cinéfilos ……………………………………………………...……. 54 2.2 – O assalto à imprensa …………………………………………………..……. 69 2.3 – Glauber anticolonial ……………………………………………………...…. 79 2.4 – Gênese de “Revisão Crítica” ………………………..……………………… 90 3 – O diálogo crítico de Walter da Silveira e Glauber Rocha (1954-1963) …………. 96 3.1 – O método crítico: o conteudismo de Walter e o formalismo de Glauber…….. 102 3.2 – “Decadência” do cinema e transição ……………………………………….... 108 3.3 – Da cinefilia à política do autor ………………………………………………. 112 3.4 - “Revisão crítica”: silêncio e identificação …………………………………… 122 4 – Epílogo (1964-1970) e conclusões …………………………………………...….. 127 Bibliografia ……………………………………………………………………….….. 136 Lista de entrevistados ………………………………………………………………… 141 Caderno de imagens ………………………………………………………….………. 143 3 Introdução Em 6 de novembro de 1970, um telefonema de Glauber Rocha alcançou o editor-chefe do “Jornal da Bahia”, João Carlos Teixeira Gomes, o Joca, seu amigo à frente da redação que ele ajudara a criar em 1958. Walter da Silveira morrera na véspera. Ao lado de Glauber, Roberto Pires, um dos diretores pioneiros do cinema baiano, acompanhou a mensagem de pêsames transmitida do Rio de Janeiro: “Sem Walter, o cinema brasileiro não seria a realidade que hoje é. Sua contribuição foi decisiva em todos os setores, pois sempre voltou suas atividades como crítico para a defesa intransigente dos interesses do cinema nacional, cujos caminhos orientou não só através dos seus livros e artigos como da sua participação em congressos e festivais”.1 Glauber fez um depoimento totalizante da personalidade crítica de Walter da Silveira, diluída mais tarde na figura histórica de “animador cultural”, restrito ao fenômeno do cineclubismo dos anos 50 e 60. Se em parte a sua liderança no Clube de Cinema da Bahia o situa nesse nicho, a sua adesão ao cinema brasileiro em 1943 se desdobrou por caminhos mais complexos do que a apresentação de clássicos às plateias do Liceu e Guarani, exigindo um retorno ao seu pensamento com a abrangência de Glauber em 1970: livros/ artigos/ congressos/ festivais – e, por certo, cineclube. Soou-me natural que a revisão crítica de Walter envolvesse Glauber como insubmisso companheiro de viagem. O mais próximo discípulo viu nele “um amigo e um orientador”, com o qual, em momentos revezados, se aliou e colidiu, identificando no mestre os impulsos de um segundo pai. Rigoroso pai, incapaz de perdoar o surrealismo tardio do curta Pátio, obra ainda assim a ele dedicada. Os dois encarnam um tempo histórico propício à integração de pensamento e criação artística, faces mediadas pelo jornalismo cultural. A crítica de Walter da Silveira mergulhou em quatro décadas de obscuridade na sequência de sua morte. Disperso em jornais ou reunido em duas velhas compilações, uma de textos sobre Charles Chaplin e outra dedicada ao cinema estrangeiro, seu ensaísmo rompeu o ciclo de desmemória com o lançamento das obras completas “O eterno e o efêmero”, coletânea póstuma idealizada por
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