Pontifícia Universidade Católica Do Rio Grande Do Sul Faculdade De Filosofia E Ciências Humanas Programa De Pós-Gradução Em História Mestrado
Total Page:16
File Type:pdf, Size:1020Kb
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUÇÃO EM HISTÓRIA MESTRADO JULIO CÉSAR SILVEIRA CASCAES FONÓGRAFOS E GRAMOFONES: MEDIAÇÕES TÉCNICAS EM PORTO ALEGRE (1892-1927) Prof. Dr. Charles Monteiro Orientador Porto Alegre 2016 JULIO CÉSAR SILVEIRA CASCAES FONÓGRAFOS E GRAMOFONES: MEDIAÇÕES TÉCNICAS EM PORTO ALEGRE (1892-1927) Dissertação apresentada como requisito para a obtenção do grau de Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em História da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Orientador: Prof. Dr. Charles Monteiro Porto Alegre 2016 Catalogação na publicação C336f Cascaes, Julio César Silveira Fonógrafos e Gramofones : mediações técnicas em Porto Alegre (1892 – 1927) / Julio César Silveira Cascaes. – Porto Alegre, 2016. 164 f. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós- Graduação em História da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Orientador: Prof. Dr. Charles Monteiro 1. Som – Registro e Reprodução – História. 2. Fonógrafo. 3. Música – Brasil. 4. Modernidade. I. Monteiro, Charles. II. Título CDD 789. 91 Bibliotecária responsável: Salete Maria Sartori, CRB 10/1363 AGRADECIMENTOS À CAPES, pela concessão da bolsa de estudos que viabilizou esta investigação. Ao PPG em História, à Biblioteca Central e ao Instituto Delfos da PUCRS, que disponibilizaram o aparato técnico, seus acervos e a infraestrutura necessária para a pesquisa e a elaboração eficaz do trabalho. Agradeço também a criteriosa orientação do Professor Doutor Charles Monteiro, pelas sugestões e pela atenção destinada aos meus objetos de pesquisa. À Professora Doutora Alice Trusz, por demonstrar sempre disposição em colaborar com informações e parte de seu acervo. Aos colegas Cristiano Brum e Natália Santucci, pelas dicas de autores, conversas e trocas de textos. Aos funcionários do Instituto Histórico Geográfico do Rio Grande do Sul, da Biblioteca Pública do Estado, da Fototeca Sioma Breitman, do Arquivo Histórico Moysés Vellinho e do Museu de Comunicação Hipólito José da Costa pela condução desta pesquisa em seus acervos. A minha companheira de tantos anos, Paola Oliveira, pela paciência, carinho e tolerância. A meus pais Nascimento e Alete Cascaes (in memoriam) e ao irmão Jader pela crença que em mim depositaram. RESUMO Esta dissertação problematiza a história dos reprodutores sonoros mecânicos e sua inscrição à cadeia de produção musical brasileira, mediante a análise de fontes impressas (sobretudo por meio de jornais e revistas). Os fonógrafos apareceram junto a várias inovações tecnológicas na área da comunicação, mas se mostraram também eficazes no registro de músicas. No século XX, os gramofones e os discos aceleraram o processo de mediação técnica entre as instâncias de criação e o público, determinando o fortalecimento das primeiras companhias fonográficas. O primeiro fonógrafo chegou ao Brasil em 1878 como uma grande inovação tecnológica. Parte-se do pressuposto de que a imprensa participou na consolidação desses aparatos no país. As notícias e anúncios dos periódicos brasileiros e das revistas ilustradas são utilizados na interpretação dos discursos de legitimação e na construção de um público consumidor. Busca-se contextualizar os reprodutores sonoros nas representações da modernidade, a partir da investigação das transformações urbanas ocorridas no Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Neste aspecto são verificados os espaços de sociabilidade da música, o papel dos mediadores culturais e os principais intermediários da tecnologia para identificar suas contribuições nos primeiros registros fonográficos. Por fim, serão analisadas as fontes impressas porto-alegrenses para caracterizar a emergência de fonógrafos e gramofones na cidade. Considerando os aspectos de seu crescimento urbano, da sua cultura musical e das primeiras experiências fonográficas, este estudo tratará de reunir os historiadores da cidade, os antigos cronistas, as críticas jornalísticas, os anúncios publicitários, os catálogos e demais impressos relevantes no rastreamento de fonógrafos e gramofones pelas ruas, lares e estabelecimentos comerciais, buscando, nos seus discursos, a exaltação, a indiferença e as reações à tecnologia mecânica de gravação sonora. Palavras-chave: Música. Fonógrafo. Gramofone. História. Modernidade. ABSTRACT This paper discusses the history of mechanical sound recording devices and their subscription to the musical production chain and their development in Brazil, having printed sources, especially newspapers and magazines, as the means for analysis. Phonographs contributed for several technological innovations in the field of communication, but were also effective for the register of musical pieces. In the 20th century, Gramophones and records quickened the processes of mediation between the instances of production and the audiences, strengthening the first phonographic companies. The first phonograph arrived in Brazil in 1878 as a great technological innovation. The starting point is the premise that the press took fundamental part in the consolidation of these devices in the country. We intend to place sound reproducing devices within the context of representations of modernity, starting from the study of the urban changes taking place in Rio de Janeiro, São Paulo and Porto Alegre. The social environments of musical exchanges, the roles of cultural mediators and the main agents of technological interchange are examined in order to verify their contributions for the first phonographic records. Finally, the printed sources from Porto Alegre are analyzed so the emergence of phonographs and Gramophones can be featured. Taking urban growth, musical culture and the first phonographic experiences into account, this study will assemble city historians, old chroniclers, press critique, pieces of advertisement, catalogs and all sorts of printed material relevant to the mapping of the presence of phonographs and Gramophones in streets, bars and business establishments, probing, through texts and discourses, the exaltation of, the indifference towards and the reactions against the mechanical technology of sound recording. Keywords: Music. Phonograph. Gramophone. History. Modernity. LISTA DE FIGURAS Figura 1: Fonoautógrafo de Édouard-Léon Scott de Martinville, 1857............................................28 Figura 2: Primeiro fonógrafo patenteado por Thomas Edison, 1878................................................29 Figura 3: O primeiro grafofone, 1885................................................................................................31 Figura 4: O gramofone de Emile Berliner..........................................................................................31 Figura 5: Boneca com fonógrafo........................................................................................................32 Figura 6: Edison Home Phonograph…………….……….................................................................33 Figura 7: Logotipo da Victor Talking Machine, 1900........................................................................39 Figura 8: Campanha de doação de discos aos soldados no front, 1918...........................................41 Figura 9: Maestro Rosario Bourdon e a Victor Sallon Orquestra, 1920...........................................44 Figura 10: Francis Densmore gravando chefe da tribo Blackfoot, [19--?]........................................46 Figura 11: Decreto nº 7072 de 9/11/1878...........................................................................................54 Figura 12: Demonstração do fonógrafo no Theatro Provisório, São Paulo.....................................55 Figura 13: Anúncio Casa Edison........................................................................................................61 Figura 14: Anúncio Vitrola.................................................................................................................65 Figura 15: Fábrica da Victor Talking Machine do Brasil no Rio de Janeiro.....................................66 Figura 16: Anúncio discos Columbia............................................................................................... 67 Figura 17: A Casa Faulhaber.............................................................................................................77 Figura 18: Carlos Monteiro e Souza...................................................................................................87 Figura 19: Frederico Figner................................................................................................................88 Figura 20: Revista Eco Fonográfico..................................................................................................89 Figura 21: Catálogo Casa Edison........................................................................................................91 Figura 22: Francisco de Paola.............................................................................................................92 Figura 23: Demonstração do fonógrafo em Porto Alegre...................................................................98 Figura 24: Anúncio de gramofone na Livraria Universal.................................................................112 Figura 25: Anúncio Casa Edison, Porto Alegre................................................................................115 Figura 26: Fonógrafo Stentor............................................................................................................116