apresentação

A Escola da Cidade, faculdade de Novos programas foram iniciados, Arquitetura e Urbanismo no centro de como a interlocução pedagógica, que São Paulo, em 2019 chega próximo de sua promove importantes momentos de maioridade. Após 17 anos de trabalhos escuta no diálogo com os estudantes. e 14 turmas formadas, o corpo diretivo Escutar é diferente de ouvir, é entender passa por uma grande reorganização. A o que está sendo captado pela audição, presidência da Associação Escola da mas sobretudo, compreender e refletir Cidade passa a contar com 3 presidentes, conjuntamente sobre o que foi conversado. arquitetos Alvaro Puntoni, Marta Moreira Surge também em 2019 o desenho de e Fernando Viégas. O curso de graduação, um programa para reaproximação aos Conselho Escola, passa a ser dirigido pelas profissionais formados pela Escola da arquitetas Cristiane Muniz e Maira Rios. Cidade denominado NA PRÁTICA, que O Conselho Científico também tem duas terá início em 2020, e que contará com diretoras, Anália Amorim e Marianna Al encontros periódicos para discussão Assal. O Conselho Técnico passa a ter o da prática profissional e apresentação arquiteto Guilherme Paoliello como diretor, dos trabalhos dos participantes na o Conselho Social fica com o arquiteto Galeria da Cidade. E, ainda, o Programa Anderson Freitas e criamos uma nova de Bolsas de Estudo foi ampliado e escola, de ensino médio, integrante do reorganizado a partir de uma avaliação Conselho Humanidades, dirigida pelo criteriosa das necessidades individuais arquiteto Ciro Pirondi. sócio-econômicas dos núcleos familiares, A continuidade do programa pedagógico no esforço de afirmar a importância da se afirma, inovador e reconhecido por inclusão de estudantes que não poderiam suas experiências, com aprimoramentos pagar integralmente pelo curso. específicos neste ano. Muitas outras pequenas ações, Nas reuniões do Conselho Pedagógico, mas não menos importantes, foram desde 2018 se iniciou o debate sobre produzidas por uma equipe extensa e as revisões desejáveis nas sequências comprometida. disciplinares na graduação. Em 2019 essas Acreditamos que a esperança é revisões e aprimoramentos começaram revolucionária, transformadora, e que a se esboçar e implementar; e terão a generosidade é a base do ensinar- prosseguimento em 2020. Os arquitetos aprender: todo o conhecimento que Vinicius Andrade e Eduardo Ferroni temos e construimos não nos pertence, passaram a coordenar esse grupo e são os não é nossa propriedade, mas sim, deve novos coordenadores pedagógicos do curso. circular através de nós. pós graduação

fábrica

núcleo de design associação escola da cidade conselho escola

conselho científico conselho técnico editora

baú conselho humanidades conselho social associação escola da cidade

A Associação Escola da Cidade, formada em 1996, iniciará 2020 com diretoria, o que parece nitidamente reforçar esta ideia de aproximadamente 150 associados. Na última Assembleia, em março inteligência coletiva. de 2019, se consolidaram os Conselhos propostos em 2014: Como a aula, apesar de precípua, não é a única atividade Conselho Escola – o antigo Conselho de Graduação, responsável da nossa Associação, com todos os Conselhos mais bem pela condução da Faculdade de Arquitetura, incorporando à sua estruturados é seminal considerar todas as atividades que eles formação original a participação discente efetiva; devem e podem desenvolver. É possível citar as publicações, Conselho Científico – que deverá se dedicar à organização da pós- exposições, trabalhos de consultoria, viagens, cursos livres, graduação, que compreende a Revista América, os cursos livres e a pesquisas, plataformas, assim como outras atividades que realização de pesquisas e investigações; podem ser perfeitamente inventadas. Desta forma se vislumbra Conselho Técnico – responsável pela organização dos trabalhos que nos próximos seis anos seja possível ter cada vez mais e projetos técnicos que se enquadrem nos objetivos precípuos da associados envolvidos (assim como novos parceiros), com as Associação, além das reformas do próprio edifício da Escola; mais diferentes atividades que a Associação seja capaz de Conselho Social – que trata das relações da associação com a desenvolver e oferecer. sociedade por meio da Editora da Cidade, Galeria da Cidade, Baú, Deve-se destacar desde já que a transparência será além de relações institucionais com movimentos sociais e outras norteadora de todas as atividades da atual diretoria. associações afins. Neste sentido convidamos todos a participarem da vida e Conselho Escola de Humanidade (Fábrica) – dedicado à implantação acontecimentos de nossa Associação e, aqueles envolvidos do curso de ensino médio e técnico – a Fábrica de Humanidades - nestas atividades, serão sempre seus responsáveis e condutores, aprovado pela Secretaria Estadual de Educação e Senai, em 2019. de forma clara, objetiva e colaborativa. Queremos que a nova Além disto, foi redesenhada a estrutura organizacional diretoria possa representar uma escola aberta à cidade, como o da Associação, a partir do entendimento que a diretoria da nosso edifício após a reforma. Associação deve ser um retrato mais fiel do quadro colaborativo Nos dias sombrios em que vivemos, procuramos resgatar ativo, e que o novo estatuto deve consolidar uma ideia na qual certos ideais há muito ensaiados. Nas palavras de Argan, sobre a a Escola da Cidade é uma construção coletiva, feita por uma centenária Bauhaus, “fundava-se sobre o princípio da colaboração, inteligência igualmente coletiva. da pesquisa conjunta entre mestres e alunos, muitos dos quais Desta forma, os cargos diretivos propostos serão agora sempre logo se tornaram docentes. Além de ser uma escola democrática, duplos, com uma coordenação associada: um diretor e um era uma escola de democracia: a sociedade democrática (isto é, coordenador adjunto. Apenas no caso dos Conselhos que possuem funcional e não hierárquica) era entendida como uma sociedade estudantes vinculados em suas atividades, como o Conselho Escola que se autodetermina, isto é, forma-se e se desenvolve por si, e do Conselho Científico, consideram dois diretores em função das organiza e orienta seu próprio progresso. Progresso é educação, obrigações a serem assumidas. Finalmente, a antiga organização da e o instrumento da educação é a escola; portanto, a escola é a Presidência com seus dois vices, dá lugar a um trio de presidentes. semente da sociedade democrática. Bauhaus significa “casa da Apenas como ilustração, aproximadamente, dos atuais 100 construção”; por que uma escola democrática é uma escola da professores associados atuantes na Escola, temos 36 destes construção? Porque a forma de uma sociedade é a cidade e, ao ocupando, neste momento, uma coordenação, direção ou construir a cidade, a sociedade constrói a si mesma”. posse da nova diretoria comemoração do aniversário de 17 anos da escola da cidade 1. 3. graduação cursos livres 17 conselho escola 97 apresentação 18 escola itinerante 98 cursos 2019 27 vivência externa 28 seminário internacional 31 seminário de cultura e 4. realidade contemporânea ensino médio 32 estúdio vertical 103 escola de humanidades 43 urbanismo 44 história 47 desenho 5. 48 tecnologia conselho científico/pesquisa 51 projeto 107 apresentação 54 exercício único 108 plataforma habita cidade 57 trabalho de curso 113 programa de iniciação científica 58 disciplinas eletivas 116 revista caderno de pesquisa 61 estúdio deriva 66 processo seletivo + portas abertas 6. 73 outras ações: bienal conselho técnico chicago/sp/chile 120 ações e projetos 129 edifício e reformas 2. 130 oficina pós-graduação 80 apresentaçao 83 arquitetura, educação 7. conselho social e sociedade 135 apresentação 84 conceber e construir 136 editora da cidade 87 geografia, cidade 139 núcleo de design e arquitetura 140 baú 88 habitação e cidade 143 galeria 91 mobilidade e cidade contemporânea 92 revista américa 8. estrutura 155 participantes 1.

graduação 17

conselho escola

A faculdade de arquitetura e urbanismo da completar sua formação, possibilitando Escola da Cidade completará 18 anos de mais autonomia e caminhando para que aulas em 2020, sua maioridade. cada um possa trilhar um curso diferente Neste ano de 2019 aconteceram revisões do outro. importantes na estrutura do curso, em A cada ano os eventos na escola se algumas sequências [como são chamadas multiplicam, dentro e fora do programa as diferentes áreas disciplinares] a fim de pedagógico previsto. Apresentamos nesta se fazer aprimoramentos pedagógicos. publicação as atividades mais significativas O objetivo fundamental foi possibilitar de cada sequência, e ver todo esse trabalho que os estudantes possam escolher mais condensado, nos faz refletir também sobre disciplinas ou áreas de interesse para os passos futuros que teremos que dar. cerimônia de colação de grau dos formandos no 18

escola itinerante

As viagens no contexto do curso brasileiras que, seja pela sua história, Semestralmente os estudantes do seja pela sua relevância no contexto primeiro ao quarto ano realizam, durante cultural, urbanístico e arquitetônico a semana letiva da Escola Itinerante, contemporâneo constituem um itinerário uma atividade programada que os coloca fundamental para o conteúdo abordado em contato com culturas urbanas e pelos primeiros quatro semestres do arquitetônicas diversas. Esta semana de curso. Vivenciam-se obras paradigmáticas atividades pontua a metade do semestre da nossa arquitetura, cidades históricas letivo, de forma a se integrar e pautar aos e cidades planejadas, a sua relação com a conteúdos das demais disciplinas do curso. diversidade geográfica e cultural do país. As viagens curriculares de estudo são, ao As duas últimas viagens — programadas todo, seis: quatro no primeiro e segundo para os estudantes do sexto e do anos, e duas no terceiro e quarto anos. oitavo semestre — têm um caráter mais prospectivo, incluindo-se itinerários por Novos e velhos Itinerários outras regiões do Brasil e por outras Embora se valha da experiência acumulada capitais latino-americanas. ao longo dos anos sobre as expedições diversas que já se realizaram, a construção No ano de 2019, realizaram-se os dos itinerários se abre também para seguintes itinerários: oportunidades que se apresentam a cada ano, seja no âmbito institucional, seja 1º Semestre: no campo de interesses que se renovam Rio de Janeiro (1º ano) continuamente, conforme as realidades Vale do Paraíba (2º ano) vão se transformando ao nosso redor. A princípio, os itinerários se organizam a 2º Semestre: partir de dois eixos fundamentais: Brasil e Minas Gerais (1º ano) América Latina. Brasília (2º ano) As primeiras quatro viagens Paraguai (3º ano) percorrem um conjunto de cidades Argentina (4º ano) teatro nacional cláudio santoro - escola itinerante brasília alunos no teletón - escola itinerante paraguai UnB - escola Itinerante brasília escola itinerante minas gerais 27

vivência externa

A Vivência Externa constitui um momento opção do Intercâmbio Acadêmico, é muito particular na formação dos possível a obtenção de equivalências estudantes da Escola da Cidade. Ela se em disciplinas cursadas durante a insere em um momento de transição (em Vivência Externa. que o estudante já cursou a maior parte das disciplinas) e constitui um intervalo - Em 2019 tivemos um total de 48 alunos fora do ambiente habitual - que antecede a realizando a Vivência Externa, sendo: conclusão do curso e a graduação. Estágio Assistido: 35 (Europa, América São oferecidos quatro caminhos Latina e Ásia) possíveis para sua realização: Estágio Intercâmbio Acadêmico: 10 (Europa Assistido, Intercâmbio Acadêmico, Pesquisa e América do Sul) Assistida e Ateliê de Obra. Ateliê de Obra: 02 (Brasil) Na matriz curricular, localiza- Pesquisa Assistida: 01 se no décimo semestre, reservado Orientadores: Eduardo Gurian, integralmente para sua realização. Na Marianna Al Assal e Pablo Hereñú vivência externa da aluna veridiana fiorotto. canteiro de obra de cooperativas habitacionais de “ayuda mútua” 28 seminário internacional

“Ainda o Direito à Cidade?” Desafios: Consolidado como um dos mais Frente a essa realidade urbana tão descolada significativos eventos realizados pela da cidade sonhada, o Seminário lançou o Escola da Cidade, o Seminário Internacional desafio de conceber estratégias e projetos chegou à sua 14° edição com o tema “Ainda inclusivos, integradores e efetivos, que sejam o Direito à Cidade?”. capazes de conduzir a sociedade a conquistas Anualmente, durante uma semana, concretas para as cidades e seus habitantes. convidados nacionais e internacionais de Alguns dos desafios que pautaram o Seminário prestígio da área de arquitetura e urbanismo foram: participam de debates, workshops e • Refletir sobre o direito à cidade, a partir das dinâmicas que envolvem estudantes, ocupações contemporâneas; professores e público interessado em debater • Fomentar uma discussão multidisciplinar temas contemporâneos da área. acerca do tema; O evento de 2019 aconteceu em fevereiro, • Incluir diferentes agentes e atores urbanos na na sede da Escola da Cidade e nas unidades discussão; do Sesc Pompeia, Consolação e 24 de Maio. • Desenvolver propostas e projetos; A abertura, com entrada livre, contou com • Devolutiva: apresentação dos trabalhos para um debate dos arquitetos organizadores a comunidade; do evento, abordando projetos e reflexões • Editar publicação dos trabalhos. relacionados ao tema central do Seminário. O Seminário Internacional é realizado em A 14ª edição do Seminário Internacional parceria pela Escola da Cidade, Sesc São Paulo pretendeu discutir a ideia do direito à cidade e Arq.Futuro. em nossas cidades contemporâneas, 50 anos depois de o conceito ter sido evocado pela Convidados: primeira vez pelo filósofo Henri Lefebvre, em José Abásolo Llaría (Chile), Mario Fernando seu livro ‘Le Droit à la ville’ (1968). Camargo Gómez (Colômbia), Gabriel Visconti Na América Latina e no Brasil essas Stopello (Venezuela), Elisa Vendemini (Itália), discussões ganharam corpo nas décadas Michael Koch (Alemanha), Michele Di Marco de 1970 e 1980, em plena ditadura militar. (Itália),Beatriz Coeffé (Chile), Paul Devenish O conceito foi amplamente aceito e, (África do Sul), André Czitrom (Brasil), Danilo atualmente, figura tanto na Constituição Camargo Igliori (Brasil), Anat Litwin (EUA) Federal, quanto no Estatuto da Cidade. Formalmente, o direito à cidade está Mediadores / comissão organizadora assegurado. A realidade, no entanto, Francisco Fanucci, Maira Rios, Cesar Shundi resiste a incorporar o conceito que carece, Iawamizu, Vinicius Andrade, Tomas Alvim, urgentemente, de alguma aplicação prática. Fernanda Barbara, José Guilherme Pereira Leite debate no seminário internacional “ainda o direito à cidade?” 31 seminário de cultura e realidade contemporânea

Ao longo de 2019, a disciplina seguiu sua das chamadas “fake news” (Eugenio Bucci, “Você linha didática, trazendo para a nossa Escola acredita nos jornais?”), a extinção do Ministério uma série de discussões sintonizadas com da Cultura (Alfredo Manevy e Silvana Rubino, “A os desafios sociais, ambientais, políticos e extinção da cultura”), as desigualdades étnico- urbanos do momento. raciais (Ivani Oliveira, “(re)Configurações das No primeiro semestre, a questão ambiental relações raciais no cotidiano”) e as relações de foi baliza para alguns enquadramentos gênero (Manoela Miklos e Luciana Itikawa, “Mapa escolhidos: a abertura das atividades foi da violência contra a mulher”; Gabriela de Matos, feita pelo professor José Miguel Wisnik, Gabriela Gaia, Ana David, Adriane de Luca e Julia apresentado pelo professor coordenador Park, “Debate sobre o filme “Afeto”). O panorama da atividade, José Guilherme Pereira Leite. buscado completou-se com a presença de Wisnik compartilhou com nossos estudantes, convidados diversos, entre os quais os arquitetos professores e funcionários as inquietações que Guilherme Wisnik, Marcelo Morettin e Fabio motivaram a escrita de seu livro “Maquinação Valentim (“Dentro do nevoeiro, um debate”), os do mundo – Drummond e a mineração”, uma fotógrafos Tuca Vieira (“A viagem do extremo obra sobre o modo como o poeta mineiro oriente”) e Tatewaki Nio (“Busca incerta pela retratou a degradação da paisagem de Itabira, arquitetura – três ensaios”), o escritor Milton em meados do século XX. Hatoum (“A noite da espera”), o sociólogo Alguns dos questionamentos incitados por Mauricio Fiore (“Perspectivas e dilemas da política Wisnik – ecoando infelizmente a tragédia de drogas no Brasil”) e a pesquisadora Bianca de Brumadinho, ocorrida nos primeiros dias Tavolari (“Jane Jacobs: contradições e tensões”). do ano – tiveram continuidade na aula de O espaço do seminário também abrigou dois Ulisses Capozzoli (“Uma biografia da água”) encontros da nossa nova Interlocução Pedagógica e, já no segundo semestre, repercutiram nas e promoveu uma importante discussão sobre atividades do Estúdio Vertical: a parceria entre as tendências do ensino da Arquitetura e do o Seminário e o EV se pautou pelo estudo dos Urbanismo no século XXI. Nessa noite, estiveram desafios socioambientais contemporâneos conosco os professores Ciro Pirondi (ex-diretor (“Habitando a barriga do monstro”) e gerou do curso de arquitetura e urbanismo da Escola três encontros que aprofundaram perspectivas da Cidade), Valter Caldana (ex-diretor da FAU- trabalhadas anteriormente: Anália Amorim, Mackenzie), Maria Angela Faggin (ex-diretora da “A imaginação técnica do território”; Renato FAU-USP) e Antonio Carlos Barossi (professor da Sztutman e Thiago Benucci, “A proposição FAU-USP e da Escola da Cidade). cosmopolítica do território”; Joana Barossi, O término de 2019 marcou o encerramento do “O que buscamos na ficção?”. ciclo de trabalho coordenado pelo professor José O seminário enfrentou outros temas Guilherme Pereira Leite, que conduzia a atividade urgentes como a crise da imprensa e a voga por seis anos. “a noite da espera”- seminário com milton hatoum 32 estúdio vertical

Desde o princípio da formação da grade 1º semestre de 2019: Ainda o Direito à Cidade? curricular da Escola da Cidade, o Estúdio Uma pichação praticada na madrugada Vertical (EV) foi pensado como um espaço do dia 9 de abril de 2018, com os dizeres de reflexão e experiência coletiva de caráter “OLHAI POR NÓIS” [sic], sobre a fachada transdisciplinar, envolvendo grupos de do Pátio do Colégio, lugar simbólico alunos de diferentes anos no enfrentamento que aponta o nascimento da cidade de de questões ligadas ao campo da São Paulo, marcou uma sequência de arquitetura e do urbanismo. eventos interessantes. Apenas três dias A partir da escolha de temas relevantes após a pichação, os responsáveis foram ligados à vida e ao desenvolvimento identificados e multados em R$10 mil, cada. de nossas cidades, a experiência do EV Quatro dias depois, a pichação foi apagada sempre reivindicou o papel de laboratório, e as paredes restauradas. lugar de ensaio para o tratamento crítico Apesar da enorme repercussão que a dos problemas presentes no cotidiano pichação alcançou, a mensagem gravada e a construção de novas perspectivas em letras garrafais tornou-se invisível. para os espaços de convivência em nossa As atenções se voltaram para o ato de sociedade. Um lugar de síntese capaz de vandalismo que a tinta, sobre o patrimônio, refletir, em seu processo e na diversidade representava, de tal modo que as palavras de suas propostas, o conjunto dos dispostas com ampla visibilidade para pensamentos dessa Escola, a partir de o espaço público foram rapidamente suas diversas sequências disciplinares – esquecidas. Uma semana depois, pessoas projeto, urbanismo, tecnologia, desenho, em situação de rua voltaram a ocupar história e teoria. seus postos no Pátio do Colégio, agora A variedade de temas, somada à afastados por um gradil que visa garantir a diversidade e abrangência das propostas integridade do patrimônio. desenvolvidas pelos estudantes, nos Independentemente daquilo que obriga ao desafio de reinventar novas pretendiam os autores, as palavras questões a cada semestre, seja a partir ecoaram como um pedido de socorro: de temas candentes suscitados por um misto de oração, com reivindicação. nossa cidade ou por nossa disciplina, seja Reivindicação por um olhar de cuidado, pela aproximação a outras pesquisas expressa, não sem humor, por aqueles que desenvolvidas em nossa Escola. falam ‘nóis’ ao invés de nós. Mais do que propiciar o enfrentamento de Apenas vinte e dois dias depois da importantes temas de projeto para a cidade, pichação no Pátio do Colégio, uma tragédia o EV possibilita, apoiado na integração dos maior volta a nos chamar a atenção. Desta alunos, a construção da autonomia dos vez, um incêndio de grandes proporções estudantes, a partir do trabalho coletivo. põe abaixo outro patrimônio arquitetônico exercício de concepção e construção de mobiliário modular em concreto, realizado pelos alunos no estúdio vertical 34 35 da cidade. A desgraça, nesse caso, não se visibilidade àqueles que foram esquecidos Terra. Essa estratificação sociocosmológica soar como um alarme em nossas cabeças. restringe ao dano material e simbólico: pelo poder público. da modernidade ocidental, a cisão entre Um alarme de emergência, ou intervalo, vidas foram levadas. Transgressões porque tornam público, de natureza e cultura, começa a implodir não de fim de jogo. O incêndio no edifício Wilton Paes forma contundente, aquilo que vem sendo diante de nossos olhos. Mas não podemos nos conformar a de Almeida, ocorrido na madrugada do mantido oculto sistematicamente. Quando Cá estamos neste caminho irreversível em essa visão catastrófica. Nosso trabalho é dia 1º de maio, além de representar um se manifestam em pleno centro da cidade, que certas transformações antrópicas do procurar superar esse período de incertezas triste espetáculo, amplamente difundido quebram o paradigma da segregação espacial ambiente parecem apenas nos mostrar que e catástrofes. Cultivemos entre nós, de nas diversas mídias, também tratou de e conseguem conquistar aquilo que lhes têm a humanidade, ela própria, é uma catástrofe. modo imaginativo e criativo, outros mundos repercutir sua mensagem de socorro. Mais sido negado: um espaço na cidade “proibida”. O fim, no caso, é o fim do nosso mundo. por vir, outras formas de existência e de um “Olhai por nóis”? Também as ocupações despontam como Nesse sentido, é oportuna a célebre frase relações e, por que não, outras arquiteturas Famílias desesperadas, despejadas pelo um gesto que vai além do alívio imediato de Claude Lévi-Strauss em Tristes trópicos e outros urbanismos possíveis. Cabe a nós, incêndio, evacuam o edifício revelando, para a falta de um lugar para morar. A ideia (1955), “o mundo começou sem o homem e isto é, a toda a malha de seres terrenos, diante das câmeras, uma ocupação de ocupação, de uma maneira mais ampla, terminará sem ele”. humanos e não humanos, repensarmos e popular, organizada por um dos muitos carrega em si a ideia de reivindicação. Seja Como formulam Eduardo Viveiros de reinventarmos este mundo para que outros movimentos de luta por moradia existentes a reivindicação de um lugar melhor para Castro e Déborah Danowski, em ‘Há mundo possam florescer. em nossa cidade. Inevitavelmente vêm se morar, seja a reivindicação por uma por vir?’ (2014), em quem nos baseamos Assim, o mote deste semestre do à tona as condições precárias em que cidade melhor, seja, em última instância, a para esta síntese, a humanidade é um Estúdio Vertical foi uma provocação, de se vive nas ocupações, o que nos leva, reivindicação do direito à cidade. evento súbito e devastador na história escala planetária, se assim quiserem. E, imediatamente, a pensar na absurda do planeta, e desaparecerá muito mais ao mesmo tempo, um chamado local aos carência habitacional existente em nossas 2º semestre de 2019: Habitando a Barriga rapidamente que as mudanças suscitadas corpos discentes e docentes a projetar cidades e, consequentemente, na ineficácia do Monstro por ela mesma no regime termodinâmico e narrativas outras, desde a perspectiva da de nossas políticas públicas, e de nossa Comecemos pelo “fim”. no equilíbrio biológico da Terra. arquitetura, que reúna, ao fim do semestre, sociedade como um todo, quando se trata Transformações, invenções, mudanças, Como lidar, então, com a notícia dada ideias sobre como enfrentar o inevitável, de olhar para os menos favorecidos. ideias, impactos, desastres e genocídios em pelos médicos de que estamos com “ideias para adiar o fim do mundo”, como O incêndio nos desperta para aquilo extensão planetária e profundidade geológica. uma doença gravíssima, com provas sugere poeticamente o título do livro que é a nossa tragédia de cada dia e já Chame de Antropoceno, Capitaloceno, “fim do radiológicas e outras à mão? Em outras (2019), do pensador indígena . ninguém vê, descortinando, de forma mundo”, ou do que bem entender. O fato é que palavras, evocando o propalado conceito Ousemos pensar a partir (e para além) violenta, iniquidades e injustiças veladas estamos todas e todos vivendo o desastre do de Frederic Jameson, como enfrentar a da barriga do monstro, reconhecendo e deflagrando um processo público de nosso tempo. enorme distância entre nossas capacidades nosso lugar, mas não nos deixando ser conscientização e reflexão sobre o drama A transformação dos humanos em força científicas de imaginar o fim do mundo e puramente engolidos e silenciados. social profundo e duradouro em que os geológica e a constatação disso com o nossa incapacidade política de nem sequer Pensemos em outras técnicas, outras menos favorecidos são protagonistas problema da nova época do Antropoceno imaginar o fim do capitalismo? É a partir estratégias, outras metáforas e outras involuntários. (que se seguiu ao Holoceno, a partir da dessas questões que, no segundo semestre narrativas; nos múltiplos reordenamentos Afinal, o que têm em comum os dois Revolução Industrial, conforme proposto por de 2019, entramos nesse monstro. possíveis das relações e dos espaços, episódios convocados aqui? Ambos Paul Crutzen e Eugene Stoermer) quebram a Como nos sugere a pensadora feminista nos novos entendimentos sobre como revelam uma população esquecida por redoma que, ao mesmo tempo, nos separava Donna Haraway, que nos inspirou o título e podemos nos relacionar com aquilo que uma sociedade que não tem olhos para e nos elevava da natureza sem fim lá fora. a proposta deste semestre como um todo, se admite ser a natureza, sem esquecer seus entes menos favorecidos. São Imaginava-se que o edifício da nós já habitamos a “barriga do monstro”, que a metáfora é nossa e que nós mesmos reivindicações. Tanto a pichação, quanto modernidade podia se apoiar apenas mas tal constatação não deve ser um somos parte dela e parte de tudo. as ocupações, com seus infortúnios sobre seu andar térreo, a economia, mas impeditivo para imaginarmos um outro Sigamos para além das manias da e transgressões, conferem alguma eis que nos esquecemos da fundação, a desenrolar para esse drama. Isso deveria sustentabilidade neoliberal, reconhecendo exposição dos trabalhos do estúdio vertical debate do seminário internacional 40 que dentro dessa barriga monstruosa No segundo caminho, encontraram-se à somente as ideias radicais, sejam de mão os conceitos de RESSIGNIFICAÇÃO e escala pequeníssima ou gigantesca, de RETOMADA. ordem local ou global, sobreviverão. Como imaginar um novo devir a partir Os habitáculos na barriga do monstro das ruínas do capitalismo que já começam só podem ser projetados neste lugar no a trincar? Como imaginar um novo mundo, qual o pensamento livre se alie às nossas e a arquitetura que deverá acompanhá- subjetividades, se expresse na sua mais lo, dada a ideia de que o nosso mundo, tal ampla vastidão, fluindo por entre os como o conhecemos, já acabou? Como lidar muitos rios da diversidade, insistindo na com o problema da utopia e da distopia, indignação e respondendo com imaginação do fantástico e da ficção, quando o futuro e criatividade. próximo, na escala de algumas décadas, se Para guiarmos nossa jornada, torna imprevisível, se não inimaginável, fora estabelecemos de partida três caminhos, dos quadros da ficção científica? Como todos permeados de questionamentos. ressignificar as estruturas, técnicas ou Como uma primeira orientação aos espaços existentes, prospectando em suas viajantes que se encontram nesta espécie frestas um outro mundo por vir e, assim, um de clareira da qual partem com inúmeras outro modo de se relacionar com a Terra? trilhas, os grupos deveriam seguir essas Como retomar o planeta, assim como as rotas preestabelecidas para então terras dos movimentos indígenas, e devolvê- procurarem seus próprios rumos. Cada lo habitável para a experiência humana? um dos caminhos propôs dois conceitos- Por fim, no terceiro caminho, ALTERIDADE base, os quais assentaram a proposta e MEDIAÇÃO. que elaboramos, mas que poderiam, Como a arquitetura pode atravessar com liberdade, ser recombinados ou as barreiras do excepcionalismo humano reinventados. que nos cega, e também nos destrói, para O primeiro deles propôs lidarmos com as repensar a natureza humana como uma ideias de CONTINUIDADE e ADAPTAÇÃO. relação entre espécies? Como refundar a Como enfrentar as sucessivas, crescentes ideia de cidade ou de território a partir e drásticas catástrofes de nosso tempo? da ideia dos direitos não humanos? Como Como superar as ilusões da salvação pela questiona o Cacique Babau Tupinambá, técnica, sendo esta sinônimo de progresso, como podemos achar que somos os únicos progresso capitalista, repensando ao fim com direito à terra? Como superar a perda a natureza ética de cada técnica? Como da biodiversidade que assola o planeta a arquitetura, silencioso cúmplice de todo para além da monocultura civilizacional? esse processo, pode responder ao problema Como o projeto pode mediar e criar novos do “fim do mundo”? Como adaptar-se pactos entre humanos e não humanos, às relações sociais, espaciais, territoriais, para além da cisão entre natureza e técnicas e tecnológicas de nossa disciplina cultura, e para além do destrutivo mito da ao inabalável “fim”? E como transformá-las, superioridade humana? resistir a elas, reinventá-las? atividade do estúdio vertical 43

urbanismo

O urbanismo, como campo do saber, com atualiza e estrutura seus oito semestres história, método e linguagens próprias, de estudo, perpassando temas, escalas e pode ser entendido pela pressuposição técnicas que vão: recíproca, muitas vezes contraditória, de • do conhecimento dos clássicos modelos dois planos. Um, ‘técnico’, constituído territoriais às novas formas de crescimento pela disposição dos objetos no território urbano; e suas relações; outro, ‘expressivo’, • da discussão das desigualdades e conflitos conformado pelos discursos, projetos que caracterizam os processos de construção e teorias, normativas e narrativas que e apropriação da cidade, às tendências de selecionam, justificam ou legitimam, antes compactação e difusão da urbanização, como e depois, a existência, a permanência, a também de novas formas de gestão urbana; transformação ou destruição daqueles • do entendimento das redes de infraestrutura objetos. A dimensão que opera estes dois e suas implicações sociais e ambientais às planos, derivando deles ou produzindo-os, hipóteses e questões emergentes da cidade é a dos movimentos da sociedade. contemporânea e ao papel das políticas A disciplina de urbanismo, do modo públicas no processo de traçar novos como é trabalhada na Escola da itinerários coletivos; Cidade, compreende que a cidade, além • da apropriação da matriz ambiental e da de consagrar-se como o território da geomorfologia aplicada aos estudos da construção e do engenho humano, é construção da paisagem urbana. campo politico por excelência. O meio São estas as disciplinas obrigatórias urbano é o espaço da integração, da oferecidas: socialização ao mesmo tempo em que é, também, o palco da desigualdade, 1º ano da segregação e da exacerbação das Modelos Urbanos Territoriais, Geomorfologia fragilidades humanas e, como tal, é aplicada, Formas de crescimento Urbano o campo propício para o exercício da 2º ano negociação e do diálogo entre agentes e Sociodemografia geoprocessada, Cidade atores diversos. A prática da disciplina, desigual, Paisagem Urbana, Cidade portanto, deve, a um só tempo, encorajar Compacta/Cidade difusa as reflexões multidisciplinares e a o 3º ano: exercício do diálogo como ferramentas Transporte e Mobilidade, Infraestrutura e meio obrigatórias para todos aqueles que ambiente desejam pensar e atuar sobre a cidade e o 4º ano: território. Cidade Contemporânea É a partir destes desafios e contradições 5º ano: que o Urbanismo da Escola da Cidade Governança e território alunos de urbanismo em oficina em iguape 44 história

A Sequência de História possui como com as demais sequências, favorecido perspectiva norteadora geral o pela regularidade das reuniões de ano, desenvolvimento de profissionais com possibilitou a integração de conteúdos e pensamento crítico, capazes não apenas a pluralidade de abordagens acerca dos de compreender, mas também de incidir na mesmos objetos. sociedade em que vivem. De maneira mais Em paralelo às disciplinas regulares, específica, buscamos historicizar e debater atuamos na orientação dos trabalhos o campo disciplinar da arquitetura e do de curso (TC) de estudantes em fase de urbanismo em diferentes concepções, com finalização da graduação. Essa atividade especial atenção aos seus debates teóricos permitiu uma compreensão mais global da e a sua contextualização sociocultural. formação realizada na Escola da Cidade, Nas disciplinas obrigatórias e eletivas de bem como da própria sequência, atentando História, Estética e Fundamentos Sociais, para os aspectos que se tornam mais ou oferecidas ao longo dos seis anos de menos fixados no desenvolvimento de alunas graduação, procuramos exercitar habilidades e alunos, ao longo dos anos. pertinentes às diversas possibilidades de Professoras e professores da Sequência investigação dentro da área, formando de História dedicaram-se ainda às pesquisadoras e pesquisadores com aptidão modalidades de pesquisa da Escola da para ampla atuação, nas esferas acadêmica Cidade, a saber, iniciação científica (IC) e e profissional, pública ou privada. pesquisa experimental (PE), conduzidos No ano de 2019, a sequência trabalhou com recursos internos ou bolsas concedidas constantemente para fortalecer seus pela FAPESP. Estudantes engajados nas vínculos interdisciplinares dentro da pesquisas apresentaram-se na Jornada de Escola, em duas frentes principais: a Escola Iniciação Científica de 2019 e em eventos Itinerante e o diálogo com outras sequências externos, como a Jornada do Patrimônio, e disciplinas. Além da própria presença de promovida pelo Departamento de professoras e professores, as viagens foram Patrimônio Histórico (DPH) e no Simpósio integradas ao programa das disciplinas Internacional de Iniciação Científica e dos respectivos semestres, em variadas Tecnológica da Universidade de São Paulo atividades e abordagens, entre o preparo (Siicusp). e o retorno. Por meio de aulas expositivas, Por fim, vale ressaltar que as atividades exercícios, conversas e debates, as cidades realizadas em 2019 suscitaram ainda e países visitados foram entremeados possibilidades e encaminhamentos de aos conteúdos regulares da Sequência de mudanças a serem implementadas em 2020, História, amplificando o significado e o no esforço contínuo de aperfeiçoamento e aprofundamento dessa realização. O contato atualização realizado pela sequência. alunos na jornada de patrimônio 47

desenho

A Sequência de Desenho trabalha a problemática ligada à composição como partir de uma concepção ampliada guia. No quarto ano, as relações entre do termo: o desenho como forma de arte e arquitetura formam um campo de pensamento, como instrumento de atuação que fundamenta o trabalho de reflexão e interpretação, como modo de meios de intervenção urbana e o trânsito organização espacial, como proposição entre linguagens e práticas. crítica quanto a situações e contextos que Como nos anos anteriores, a Sequência desafiam o profissional em arquitetura de Desenho manteve interlocução a elaborar intervenções. O trabalho se em atividades que extrapolam seu dá por meio do desenvolvimento de uma planejamento específico, ampliando série de competências sobre um plano o diálogo com situações que formam de dinâmicas e estratégias diversas o projeto pedagógico da escola, como que pretendem amparar e provocar os Escola Itinerante e o Estúdio Deriva, em estudantes em seus interesses. que professores de Desenho levaram sua No primeiro ano, os estudantes prática de observação e interação para os desenvolvem a prática do desenho de percursos realizados em outras cidades; o observação e interpretação em contato Exercício Único, importante momento de direto com a arquitetura, por meio integração entre disciplinas; as Eletivas e de trajetos pela cidade. A dinâmica Cursos Livres, propostos por profissionais propõe interação direta entre o ver, que têm o desenho como base de estudo observar e experienciar a cidade. No e atuação, assim como nos processos de segundo ano, a observação se especifica orientação de Pesquisa Experimental e em procedimentos e dinâmicas que Trabalhos de Curso, em que possibilidades possibilitam a compreensão de lógicas cada vez mais frequentes de recorte construtivas, aliada ao estudo do desenho temático e conceitual ligadas ao conteúdo geométrico e à sistematização do desenho e vivências trabalhados pela sequência de perspectiva. No terceiro ano, as foram exploradas pelos orientandos, em relações entre espaço bidimensional e suas formalizações e aprofundamentos. tridimensional são explicitadas por meio Ao longo do ano de 2019 a sequência de exercícios que articulam conteúdos passou por um trabalho de discussão e e estratégias da prática expográfica reorganização interna que em 2020 será e do concretismo brasileiro, tendo a colocada em prática. alunos desenhando no centro cultural banco do brasil, SP 48 tecnologia

Partindo de aulas expositivas, estudos de desenvolvidas pelos grupos de alunos. A casos e visitas a obras, os alunos do primeiro disciplina de Iluminação Natural e Artificial ano identificam as propriedades dos está incluída nesse ano. materiais e sua relação entre propriedades No terceiro ano são abordados o e técnicas construtivas, estabelecendo desenvolvimento de estruturas espaciais, interfaces entre as formas estruturais treliças, cascas com grandes vãos, arquitetônicas e o sistema construtivo. aprofundamento da análise dos subsistemas Estabelece ainda relação da anatomia da construção tais como alvenaria, muscular e óssea do corpo humano com a fundações, coberturas, entre outros, a partir sua estrutura, relacionando o corpo com de modelagens e programas de cálculo. edifícios, identificando sistemas estruturais Discussões sobre os canteiros de obras e e sua hierarquia. Estabelece uma relação sua organização, bem como logística e sua dos materiais construtivos com os esforços relação com o entorno, em todas as etapas, internos e externos, sua forma geométrica, dando ênfase para os tipos de fundação e sua verificando possíveis formas de edifícios. adequação em função dos terrenos. Incluem os cursos de Sistemas prediais No quarto ano, há a proposta de (hidráulica e elétrica) e a disciplina de consolidar, por meio de uma visão articulada conforto ambiental. pelo projeto de arquitetura, conceitos e As aulas expositivas e dialogadas práticas técnico-construtivas já trabalhados do segundo ano, apoiadas por meios isoladamente em outras disciplinas, audiovisuais e atividades de aplicação referentes a instalações hidráulicas e prática com desenho dos conceitos elétricas; luminotécnica (natural e artificial); estudados, bem como a elaboração de conforto térmico e acústico, isolamento modelo da estrutura desenvolvida, tornaram de ruídos, instalações de ar condicionado; possível discutir a concepção de sistemas processos construtivos (estruturas, estruturais em concreto armado, protendido, vedações, acabamentos, entre outros). argamassa armada, aço e madeira; na O objetivo era instrumentalizar o etapa do pré-dimensionamento analisando estudante de arquitetura com noções básicas rebatimentos da concepção estrutural no de métodos e técnicas operativas vinculadas projeto arquitetônico, verificando ainda o a esta dimensão construtiva e técnica do papel do cálculo na concepção estrutural. projeto, a partir de exercícios de análise No segundo semestre houve a integração prévia e intervenção em pré-existências com a disciplina de Projeto, onde foi arquitetônicas (reforma, modernização, possível aplicar o pré- dimensionamento restauro, entre outros), assim como das estruturas das diversas técnicas em desenvolver noções de acústica aplicada à estudos de edifícios de habitação com arquitetura (pequenos auditórios, teatros, vários pavimentos, nas diversas tipologias entre outros). aula de estrutura dos alunos do primeiro ano da graduação 51

projeto

A disciplina de metodologia de projeto, no comunicação de suas ideias por primeiro ano, busca introduzir o aluno ao meio do desenho. Busca-se também universo da arquitetura e ampliar o seu desenvolver temas relacionados às repertório a partir do fazer arquitetônico, atividades cotidianas da cidade, em ou seja, a partir de atividades práticas especial a questão do habitar a cidade e experimentais os alunos descobrem, contemporânea. relacionam e discutem espaços, soluções, No terceiro ano, procura-se enfatizar materialidade, entre outros. Desde as discussões e experimentações sobre o reconhecimento do próprio corpo, a própria construção, em articulação à relacionando-o ao espaço arquitetônico, o disciplina de tecnologia, e desenvolvendo desenvolvimento de modelos tridimensionais programas de uso cada vez mais complexos. em diversas escalas, busca-se desenvolver No quarto ano, o curso baseia-se na nos alunos estratégias projetuais que leitura do espaço urbano buscando ampliar explorem o espaço arquitetônico e sua o entendimento de lugar a partir de visitas, relação com a paisagem. levantamentos cartográficos, fotográficos, No segundo ano, a disciplina busca iconográficos, entrevistas, que permitam a trabalhar as diversas escalas do projeto proposição de uma intervenção estratégica procurando criar um comprometimento a partir da escala do projeto arquitetônico entre o produto gráfico e seu significado onde a definição do sítio, do programa e para que os alunos desenvolvam a própria escala da intervenção passam a instrumentos que permitam a clara ser uma decisão do aluno. atividade feita entre a disciplina de projeto e tecnologia para apresentar aos alunos do segundo ano informações sobre o processo construtivo do concreto entrega de maquetes de instalações flutuantes na baía de asunción dos alunos do terceiro ano 54

exercício único

O curso está baseado na prática de tanto no terreno como na reforma das desenvolvimento de projetos para o nível construções existentes e também em de execução, colocando o estudante em propostas de novas construções, em locais contato direto com questões relativas específicos do Sítio. Algumas intervenções à construtibilidade, materialidade e mais simples, como os brinquedos infantis, e industrialização do processo de execução pequenas intervenções no terreno puderam da arquitetura, dos objetos e dos ser, inclusive, executadas pelos alunos. elementos que compõem a cidade. Os objetivos principais foram: Para isso foi desenvolvido um • Simular situações de projeto que exercício que integra três disciplinas aproximem os alunos de etapas executivas - Tecnologia, Desenho e Projeto, de de desenvolvimento para diferentes maneira complementar, permitindo o sistemas construtivos. aprofundamento das questões envolvidas • Complementar o processo de trabalho por no projeto. meio da produção de protótipos e modelos No ano de 2019, o tema foi o Sítio Cultural mais detalhados das situações desenhadas. Alsácia, que abriga a Escola Atemporal de • Aprofundar o conhecimento de questões Artes, bem como a sede do grupo de teatro ligadas à industrialização e pré-fabricação “Pequeno Teatro de Torneado”. O sítio está da construção. localizado em um imóvel em Ribeirão Pires, • Além de três disciplinas envolvidas na região da Grande São Paulo, próximo da diretamente no exercício, as outras represa Billings. disciplinas do semestre para o 5º ano, tanto Os alunos se dividiram em equipes e a de urbanismo que trata da Legislação abordaram desde os levantamentos dos e Plano Diretor da cidade, bem como imóveis e do terreno existentes, como a de Técnicas Retrospectivas, foram também estabeleceram conversas e envolvidas na temática do Exercício Único análises das características e necessidades e participaram cada qual dentro de seu do grupo que ocupa o Sítio Cultural escopo. Isto resultou em uma concentração Alsácia. A partir desta análise realizaram de várias abordagens dentro de um mesmo o desenvolvimento dos projetos dos vários exercício, o que permitiu aos alunos uma componentes e detalhes das intervenções dedicação plena sobre um mesmo assunto, pretendidas. O resultado foi uma série resultando em um grande aprofundamento de propostas de intervenções variadas, no exercício e no projeto. alunos fazendo o exercício único no sítio alsácia, escola atemporal de artes 57

trabalho de curso

O Trabalho de Curso da Escola da Cidade Ao longo do ano de 2019, o TC da Escola constitui um trabalho científico no qual da Cidade foi um dos principais temas o estudante tem a oportunidade de debatidos pelo Conselho Pedagógico mostrar sua capacidade de produção e e, nesse sentido, seu regimento foi sistematização de conhecimentos, por atualizado quanto aos objetivos, meio de processos críticos e reflexivos. metodologias e operacionalização para Pautado pelo princípio de autonomia, melhor situar o egresso no cenário da no âmbito das questões tratadas pelo produção da arquitetura contemporânea campo da arquitetura e urbanismo, no seu brasileira e internacional. sentido amplo, a temática do Trabalho É oportuno destacar que três trabalhos de Curso é de livre escolha do estudante. representam a Escola da Cidade na 29ª Indo nessa mesma direção, no que se edição do Opera Prima, concurso nacional refere aos aspectos operacionais e de trabalhos finais de graduação em metodológicos, apresenta-se como uma arquitetura e urbanismo para formandos de estrutura flexível, na qual o aluno também cursos brasileiros, devidamente autorizados pode escolher seu próprio caminho, pelo Ministério da Educação (MEC). individual ou em práticas de trabalhos Certame aberto aos egressos que integrados. Assim, a partir do seu projeto tenham desenvolvido e concluído seu específico, o estudante do Trabalho de Trabalho de Curso nos anos 2017-2018, Curso pode vincular a sua pesquisa ao o resultado será divulgado em março Estúdio Vertical, ou seja, o aluno do sexto de 2020. Da mesma maneira, a Escola ano da Escola se torna o coordenador participará da primeira edição do Young das atividades produzidas por uma Talent Architecture Award inscrevendo determinada equipe; essa modalidade é dois dos seus melhores Trabalhos de Curso chamada de TC-EV. produzidos no ano de 2019. publicação do trabalho de conclusão da aluna inaê negrão 58

disciplinas eletivas

O conjunto das disciplinas eletivas poderão ser incluídos no computo desse ofertadas pela Escola da Cidade visa crédito workshops, cursos concentrados proporcionar um espaço onde os estudantes e atividades acadêmicas conveniadas e possam interferir produtivamente em ligadas à Escola da Cidade, desde que a seus próprios currículos, selecionando carga horária seja equivalente ou maior do as áreas que melhor traduzem seus que as disciplinas eletivas. Esta modalidade interesses acadêmicos e profissionais. As depende de uma validação junto à eletivas apresentam-se como conteúdo coordenação pedagógica. complementar à grade regular do curso, Disponível a cada semestre, ao longo permitindo o aprofundamento em questões dos seis anos de curso, o rol de disciplinas especificas bem como o reconhecimento oferecidas está em permanente atualização, de novos campos de atuação no âmbito da variando em função dos temas que mais arquitetura e do urbanismo. interessam ao corpo docente e discente da Em observância às diretrizes curriculares Escola, aferidos por meio de um processo do MEC, cada estudante deve cumprir, participativo e direto. A cada semestre, minimamente, 360 horas em disciplinas cada uma das linhas disciplinares da Escola eletivas. Em média, são oferecidas duas – desenho, história, tecnologia, projeto e a quatro eletivas por disciplina, a cada urbanismo – conduz o processo participativo semestre. O aluno deverá cursar ao que se inicia com a escuta junto aos menos seis dentre os cursos oferecidos, estudantes, e prossegue com uma chamada ao longo de todo o curso. Além das aberta de propostas, tanto para professores disciplinas oferecidas durante o semestre, da Escola, quanto para fora dela. desfile feito pelos alunos da eletiva ministrada pela professora rita buoro 61

estúdio deriva

Japão 2019 escalas, bem como processos específicos de O Estúdio Deriva busca realizar estudos produção projetual. que aprofundem, no contexto dos locais O programa do Estúdio Deriva também visitados a cada edição, os conceitos está sempre em busca de novas parcerias de Cidade e Território, a partir de um com instituições e universidades, a fim de projeto pedagógico que visa explorar as ampliar a rede de possíveis colaborações especificidades de cada cultura, com nos campos da pesquisa e de intercâmbio base na convicção de que o aprendizado entre estudantes e professores. da arquitetura se faz também pelo Os estudantes de diversos períodos da contato com realidades arquitetônicas e faculdade foram acompanhados pelos urbanísticas distintas. professores e arquitetos Anália Amorim, Ana O programa se organiza por meio de Longato, Camila Toledo, Ciro Pirondi e Paulo estudos preparatórios, de aulas realizadas von Poser, além do grupo responsável pela por professores convidados, pela produção organização do curso e da viagem composto de reflexões práticas e teóricas, além da por Anna Juni, Cesar Shundi Iwamizu, José realização de uma viagem, onde estudantes, Paulo Gouvêa e Sebastian Beck, coordenador arquitetos e professores estrangeiros e do programa Estúdio Deriva. locais estabelecem contato e vivenciam um De volta ao Brasil, e a partir das processo de aprendizado mútuo. experiências obtidas durante a viagem, a Em julho de 2019 foi realizada a segunda equipe continuou reunida em uma disciplina edição do ‘Estúdio Deriva’, que contou com optativa a fim de concluir suas pesquisas a participação de 21 estudantes da Escola individuais e os trabalhos coletivos da Cidade e outras Universidades, com relacionados a três eixos principais: destino ao Japão. A viagem de 22 dias – 06 território, cidade e cultura. a 28 de julho –, contemplou visitas à Kyoto, Esta produção foi apresentada na Koya-san, Nara, às três ilhas de Naoshima, Galeria da Cidade, durante os meses de Teshima e Inujima, além das cidades de novembro e dezembro de 2019, em conjunto Kanazawa, Hiroshima, Sendai e Tokyo. com o catálogo produzido por nossos Por meio da parceria com a Japan estudantes como diário de viagem e síntese House, o grupo visitou inúmeros desta rica experiência. Tanto a exposição escritórios locais – Kengo Kuma, Sou quanto o catálogo, parte integrante da Fujimoto, Sandwich, Alphaville e Tezuka conceituação do Estúdio Deriva, são Architects – a fim de entrar em contato elementos fundamentais de comunicação com uma variada e recente produção e de compartilhamento de experiências, arquitetônica, permitindo conhecer elementos de síntese que poderão estimular espaços de trabalho de diferentes novas derivas pelo mundo. desenho coletivo no memorial da paz em hiroshima teshima art museum na ilha de teshima exposição na japan house produzida por alunos e professores 66

processo seletivo + portas abertas

As inscrições aconteceram de 20 de alguns meandros da profissão, dimensões agosto a 9 de dezembro e as provas da vida urbana e, por meio da escrita e do nos dias 10, 11 e 12 de dezembro, com desenho, avaliar o potencial dos futuros atividade externa na Praça das Artes. estudantes, seus conhecimentos gerais, O Processo Seletivo da Escola da Cidade habilidades específicas, capacidades de se distingue dos demais por oferecer aos análise, síntese e construção de raciocínio. candidatos um curso introdutório de Ao longo do segundo semestre Arquitetura e Urbanismo, combinando aconteceram quatro encontros destinado quatro aulas, três exercícios guiados e aos vestibulandos interessados em uma entrevista. Trata-se também de ingressar em um curso de Arquitetura e uma oportunidade única de vivenciar as Urbanismo. O programa, realizado desde instalações da Instituição e a própria 2017, tem o objetivo de propiciar aos cidade, já que o curso acontece na sede estudantes a oportunidade de vivenciar da Escola, mas envolve visitas a outros a Faculdade, experimentando a sua lugares de São Paulo. Esta combinação estrutura e interagindo com professores tem por objetivo mostrar aos pleiteantes e estudantes. atividade realizada durante o portas abertas processo seletivo 2020 - atividades na praça das artes atividade de desenho - processo seletivo 2020 73

outras ações: bienal chicago / sp / chile

Bienal Chicago uma vida digna numa grande metrópole A Chicago Architecture Biennial, em excludente como São Paulo. sua terceira edição com o tema “... and A exposição nasceu simultaneamente Other Such Stories” aconteceu de 19 de com o chamado Estúdio 9 de Julho, um setembro de 2019 a 05 de janeiro de 2020. novo projeto político-pedagógico e de Como parte da programação, apresentou extensão do Conselho Social da Escola a exposição “MSTC - Moradia como da Cidade, que permite aos estudantes Prática de Cidadania”, desenvolvida em atuarem diretamente em campo, uma colaboração entre o Movimento dentro de zonas de vulnerabilidade Sem Teto do Centro, Escola da Cidade, social, simultaneamente aos cursos O grupo inteiro e uma extensa rede de que frequentam na escola, dando colaboradores. A mostra narra a história sequência às ações da Escola junto ao e apresenta as ações do movimento MSTC dentro da Ocupação 9 de Julho, pautadas na ampliação do conceito de em uma interessante parceria entre morar, como direito à cidade, incluindo: arquitetura, cinema e ensino, que teve saúde, educação, mobilidade, cultura, início na produção do filme “Era o Hotel segurança e toda a infraestrutura para Cambridge” (2016). expositores na bienal do chile 74

Bienal São Paulo Bienal Chile A décima segunda edição da Bienal A XXI Bienal de Arquitectura y Urbanismo Internacional de Arquitetura de São Paulo de Chile, que aconteceu em outubro, teve (12ª BIA), com a temática ‘Todo dia’, propôs São Paulo como cidade convidada do aos profissionais e ao público refletir sobre evento que busca enfocar os aspectos o cotidiano – a dimensão mais trivial da comuns e cotidianos da sociedade. realidade – na arquitetura e no ambiente A cidade foi representada com uma construído do século 21. instalação desenvolvida por estudantes A proposta da Bienal foi dividida em e professores da Escola, que teve como duas exposições que ocupam dois edifícios- proposta uma série de projetos urbanos, manifesto do cotidiano de São Paulo: artísticos e arquitetônicos que abordaram “Todo dia”, no Sesc 24 de Maio, de 10 a 29 a classe média paulistana com a temática de setembro, e “Arquiteturas do cotidiano”, “Diálogos e Limites”. no Centro Cultural São Paulo (CCSP), de As obras escolhidas nas chamadas 13 de setembro a 8 de dezembro. da Feira de Arquitetura Livre incluíram A programação contou com palestras, também dez trabalhos selecionados, conversas e discussões, com um trabalho vinculados a professores e estudantes de campo com visitas ao Itaim Paulista e da Escola, quatro publicações, quatro Centro de São Paulo. Os locais visitados pesquisas e três projetos acadêmicos. foram CEU Parque Veredas, Parque Os trabalhos apresentados pela cidade Chácara das Flores, Conjunto Jardim incluem a recuperação de espaços Nazaré, Parque Linear Córrego Água históricos e públicos que buscam fomentar Vermelha, além das regiões da Luz, novos usos e atividades. Arouche e Nove de Julho bienal de são paulo - visita de campo na ocupação 9 de julho bienal de chicago 2.

pós-graduação 80 apresentação

Existente há mais de 10 anos, o Programa desenho – assume centralidade, articulando se estrutura hoje a partir de dois as demais reflexões teóricas. Assim, embora grandes eixos: “Civilização América: um não estejam voltados exclusivamente para olhar através da arquitetura” – como arquitetos e urbanistas, nossos cursos a temática geral e abrangente, que colocam em pauta a todo momento a propõe a compreensão e enfrentamento ideia de projeto como pesquisa e sua das condições históricas, geográficas, experimentação. Em cada um dos módulos territoriais e sociais que nos constituem, se recoloca a relação entre teoria e prática como contribuição ao campo da de formas diversas e atinentes aos recortes arquitetura e urbanismo enquanto e abordagens: o projeto como diálogo prática profissional e conhecimento; e entre agentes e fatores que definem o a centralidade do fazer projetual como habitat humano ou como estratégia pesquisa e estratégia de aproximação ao de aproximação a outros territórios e espaço em suas múltiplas escalas. saberes; a concepção e desenho de nossas É a partir dessa visão que nossos cidades a partir da transição entre escalas cursos de pós-graduação visam aproximar e compreensão das lógicas dinâmicas profissionais atuantes no mercado – que a definem ou da arquitetura a partir sobretudo de arquitetura e urbanismo, mas de saberes estruturais e construtivos também de áreas afins – da pesquisa e da empíricos; o projeto em seus múltiplos reflexão crítica aplicadas ao desenho e ao sentidos e aspectos como processo ensino. Daí decorre a proposta pedagógica permanente de ensino e de aprendizado. de nossos cinco cursos regulares: Arquitetura, educação e sociedade Estrutura em módulos e carga horária Conceber e construir Os cursos de pós-graduação lato sensu Geografia, cidade e arquitetura da Escola da Cidade têm 360 horas Habitação e cidade organizadas por módulos que engendram Mobilidade e cidade contemporânea a cada etapa discussão teórica e prática; e que possibilitam o ingresso a cada módulo. Os cursos se estruturam de forma que Há ainda o desenvolvimento de monografia sejam um exercício permanente de reflexão (no formato de reflexão teórica ou e experimentação da atividade projetual, articulação e apresentação dos trabalhos recusando fórmulas prontas ou percursos desenvolvidos), equivalendo à dedicação pré-definidos, priorizando a pluralidade de de 30 horas nos três meses subsequentes métodos, abordagens e diálogos com outros à finalização do curso. O desenvolvimento saberes e agentes da sociedade. Nesse da monografia é amparado por disciplina contexto, o ateliê – como espaço de debate comum entre os cursos de “introdução à e reflexão crítica permanente por meio do metodologia científica”. atividade desenvolvida pelo professor convidado rodrigo mendes sobre a matriz curricular da bauhaus 83

arquitetura, educação e sociedade

O curso propõe uma ampla reflexão ser cursados independentemente sobre a educação em arquitetura e e em qualquer ordem. Estão assim urbanismo. Através de seminários e organizados: palestras com profissionais reconhecidos Módulo A | ARQUITETURA: O ensino de promove discussões sobre o significado Arquitetura e Urbanismo da arquitetura na sociedade e sobre a Módulo B| EDUCAÇÃO: Formas de formação dos jovens profissionais na ensinar e formas de aprender contemporaneidade, a partir de uma Módulo C | SOCIEDADE: Educação não reflexão sobre o papel das instituições de formal e territórios de aprendizagem ensino. Fomenta ainda a reflexão sobre Para obter o certificado de conclusão, o a atividade docente, estudando teorias e estudante deverá cursar e concluir os três planos de ensino, experiências de ensino em diferentes semestres, além de realizar as diferentes universidades, discutidas como atividades propostas. possibilidade tanto para novas matrizes O curso ainda permite que o estudante de ensino de arquitetura e urbanismo, realize um semestre de vivência didática como para pesquisas específicas ligadas supervisionada dentro da Escola da Cidade. à pedagogia a fim de relacionar esferas Coordenado pelas arquitetas Maira Rios e culturais, socioeconômicas e ambientais. Carolina Tonetti, esta especialização conta Esta proposta é inovadora no Brasil com o corpo docente da Escola da Cidade por promover atualização técnica no e com convidados brasileiros e estrangeiros campo do ensino, particularmente do de diferentes áreas de conhecimento. ensino de arquitetura e urbanismo, com A especialização lato sensu Arquitetura, a consolidação da postura crítica como Educação e Sociedade iniciou em fevereiro possibilidade de experimentação de novas de 2019 a sua quarta edição. Como propostas educacionais. trabalho de conclusão estes estudantes O curso está estruturado em três realizaram monografias que compilam semestres ou módulos, que podem interessantes experiências de ensino. professor alvaro puntoni ministrando aula na pós-graduação 84

conceber e construir

O curso tem como principal objetivo ações do operador, o curso Conceber e estimular a intuição estrutural e Construir adotou a estrutura de um Coletivo construtiva presente nas concepções de estudantes, professores e consultores. formais da arquitetura. As regras que foram se delineando ao longo É dedicado a um público ligado à do ano foi a de não haver segredos. Não arquitetura, à construção civil, à gestão haver autorias. Qualquer coisa poder ser ambiental e à construção de cidades. perguntada. A qualquer momento. O erro O tema Conceber e Construir está faz parte da construção do conhecimento. baseado na intuição de que “o fazer O conhecimento chega sem previsões e, pensando e pensar fazendo” busca conduzir normalmente, não é transmissível pelo à formação de indivíduos que terão professor. Ele é fruto do processo de cada consciência, ao projetar e construir, de suas indivíduo e das circunstâncias. E que, antes decisões tecnológicas e espaciais. de tudo, as pessoas têm a capacidade de se Advertidos de que os conhecimentos conhecer a si próprias, através daquilo que prático e teórico surgem de ações e não é por elas produzido. aluno do curso conceber e construir testando estrutura estudada 87

geografia, cidade e arquitetura

Esta especialização entrou sua décima dos países a serem investigados. edição no ano de 2019, se propõe a Marianna Al Assal, professora de apresentar um panorama crítico da história da arquitetura, Marcelo Ribeiro, produção cultural no território americano, sociólogo e professor de geografia, e por meio da Arquitetura. Tiago Mesquita, crítico de arte, são O curso é dividido em quatro módulos que corresponsáveis pela organização das organizam, para os estudantes, reflexões aulas de Teoria América, Geografia e Arte projetuais em distintas escalas: território, Americana, respectivamente. cidade, espaços públicos e equipamentos. O curso recebeu como convidados os Os módulos, bimestrais, definem as seguintes professores, em 2019: Nilce quatro regiões discutidas como tema Aravecchia, Eliel Waldvogel, Handel de trabalho. No ano de 2019, os países Guayasamin, Filipe Ribeiro, Lara Rivetti, estudados foram Paraguai, Canadá, José Maria Saes, Monica Moreira, Peru e Equador. A ideia é refletir sobre Mariana Viégas, Marta Moreira, David, as necessidades próprias destes países, Barragán, Sean Purdy, Fernando Lara, as relacionando às esferas culturais, Lola Sheppard, Mason White, Gustavo socioeconômicas e ambientais. O objetivo Utrabo, Marcos Brias, Mark Kingwell, é promover o estudo de outros países Emerson Vidigal, Eduardo Aquino, Sandra continuamente e de forma rotativa. Desde Barclay, Jean Pierre Crousse, Gabriela 2016 a especialização passou a contar Pellegrino, José Raimundo Souza Ribeiro também com países formadores da América Jr., Paulo Dam, Bruno Dunley, Juan Carlos como tema de pesquisa, casos de Portugal, Doblado, Leila Maria França, Jimmy Espanha e Moçambique. Foi a terceira Liendo, Carolina Rodrigues, José Carlos vez que um país fora da América foi tema Viladarga, Javier Corvalan, Márcio Cataia, de pesquisa cuja intenção é de ampliar a José Cubilla, Luis Elgue, Marcos Boldarini, participação de países africanos lusófonos. Solano Benitez e Gloria Cabral. Cada módulo está organizado em três Em 2020, ao completar 11 anos, o curso partes: História e Cultura, Arquitetura mantém a proposta de estudar países e Arte e Ateliê de Projeto, quando os cuja excelência da produção arquitetônica alunos desenvolvem um projeto no país permitem reflexão sobre diferentes em estudo. Em cada uma destas fases há abordagens nas diversas realidades: Brasil, a participação de professores convidados Peru, Canadá e Equador. cartaz de divulgação da aula 88 habitação e cidade

O curso teve sua décima primeira da legislação (urbana e ambiental) e à edição em 2019. Organiza-se em quatro questão tecnológica. Em ambos, o período módulos bimestrais que se dedicam a de ateliê é sobre o mesmo tema, com compreender aspectos da produção duas etapas de projeto – uma primeira em de habitação entre nós, sobretudo por que se solicita um plano urbano (Master parte do Poder Público, e nos quais se Plan) e uma seguinte em que se aproxima pretende, de forma abrangente, tratar da escala do edifício, da infraestrutura questões como moradia, infraestrutura urbana, do equipamento. Na edição de e equipamentos. Dedica-se, nos módulos, 2018, trabalhamos com o Jardim Paraná, no à reflexão propositiva quanto ao habitat norte do município de São Paulo, junto ao humano. Os módulos são organizados córrego do Bananal, com muitas áreas de em aulas aglutinadas em disciplinas risco e grande precariedade construtiva e (que em geral correspondem a quatro quanto aos equipamentos e infraestrutura aulas consecutivas), sob a curadoria de local. A região faz parte da Bacia do professores que têm se destacado como Cabuçu de Baixo, afluente da margem parceiros do curso. direita do rio Tietê. A região é de morfologia O primeiro módulo traz uma reflexão movimentada, tem muitas nascentes e sobre nosso legado quanto à produção de está no sopé da Serra da Cantareira. O habitação social, a partir da observação tramo norte do rodoanel, que está em obras de experiências contemporâneas e do junto ao bairro escolhido para investigação século XX, no Brasil e no mundo. Como propositiva, as obras de piscinões e linhas tema de ateliê, a proposta em 2018 foi de alta tensão instaladas fazem pensar estudar possibilidades para o bairro do na presença de infraestrutura na escala Bixiga, em São Paulo. metropolitana, cujos eixos são entremeados O segundo módulo dedica-se a trabalhar por uma ocupação frequentemente com os bairros populares precários. Como desordenada e auto construída. tema de ateliê, foi trabalhado o bairro Em 2019 houve a terceira edição do do Sol Nascente, na Ceilândia, junto a ‘Curso Livre Regularização Fundiária’, Brasília. Para tanto, tivemos convidados coordenado pela arquiteta Violêta ligados à CODHAB, que tem realizado Kubrusly, uma das idealizadoras do curso importante trabalho de promoção da Habitação e Cidade, que segue apoiando atuação de Assistências Técnicas no e participando ativamente do debate Distrito Federal. Neste módulo são que nele se estabelece. Nesse curso livre, discutidas questões como Políticas alunos regulares do curso Habitação e Públicas e Movimentos de Moradia. Cidade participam junto com alunos que Os terceiro e quarto módulos do curso se inscreveram para a semana intensiva, são dedicados, respectivamente, à questão obtendo, todos, certificado independente. professor ruben otero orientando grupos de trabalho na pós habitação e cidade 91 mobilidade e cidade contemporânea

A passagem da cidade moderna para a dupla titulação - da Escola da Cidade (pós- contemporânea coloca como uma das graduação) e da UPC (máster). Ademais, questões e desafios centrais os problemas o intercâmbio abre oportunidades concernentes à mobilidade, ou aos multiculturais de convivência e sistemas de mobilidade. Estes se recolocam compartilhamento de experiências com criticamente no debate e na produção alunos de diferentes países que atendem disciplinar do planejamento urbano e ao European Postgraduate Masters territorial, do urbanismo e da arquitetura. Programme in Urbanism, do qual a Dadas a duração e a relativa inércia UPC, junto com outras três relevantes características da disposição técnico- universidades europeias (TU Delft, KU territorial das infraestruturas vis-à-vis a Leuven e IUAV Veneza), é parte fundadora múltipla interface que entretêm com todos e força motriz. os demais sistemas, e às mudanças de Constitui objetivo específico que os alunos ordem tecnológica, que desorganizam e que a concluírem, sejam capazes de analisar reorganizam polifonicamente o território as problemáticas urbanísticas relativas contwemporâneo, qualquer posição setorial aos sistemas de mobilidade e transportes revela, cada vez mais, todo seu anacronismo. coletivos urbanos, em suas diferentes escalas Portanto, com foco nas questões e temas, nas técnicas e materiais, nas de acessibilidade, seus requisitos, relações e implicações mútuas que entretêm desdobramentos e implicações sociais, com os demais sistemas e espaços urbanos e ambientais, econômicas e territoriais, territoriais e assim se capacitar para: o tema da mobilidade — entendido e • Elaborar propostas de ordenação, trabalhado em registro de estrutura, forma requalificação e urbanização destes e paisagem — se apresenta como matéria e espaços, articulando as possibilidades de eixo central de indagação e investigação, de intervenções físico-espaciais e funcionais experimentação e proposição metodológica nas diversas temáticas propostas com as e conceitual, teórica e prática, deste curso correlativas dimensões sociais, econômicas, de pós-graduação em urbanismo da cidade técnicas, de regulação e de gestão urbana; contemporânea que a Associação Escola da • Manejar as distintas escalas, em suas Cidade – Arquitetura e Urbanismo AECAU – diferentes imbricações, que participam do passou a oferecer em 2018. projeto urbanístico, tendo em vista investir Formulado em cooperação acadêmica uma reflexão individual e fundamentada com o Curso de “Master en Proyectación sobre as principais problemáticas dos Urbanística” (MPU) do Departamento de distintos campos de ação do urbanismo e Urbanismo i Ordenación del Territorio da da arquitetura interessados aos sistemas Universidad Politécnica de Cataluña (UPC), de mobilidade, vinculados a questões este curso possibilita ao aluno obter a ambientais e de inclusão social. professor tácito pio da silveira ministrando aula sobre mobilidade 92 revista américa

Pensar em América e em América Latina é do já exposto: a recorrência e permanência pensar e tensionar os seus usos e sentidos histórica do termo. O segundo ponto, pode- a partir de outros termos com que foi se dizer que se depreende daí: a importância historicamente confrontada na disputa e significado residem justamente no esforço por hegemonia como matriz explicativa consciente de construção dessa unidade nos diversos campos do conhecimento: inalcançável e de seu papel permanente como Pan-América, Ibero-América, Afro-América, figura do imaginário intelectual e político. Nas América do Sul e tantos outros. famosas palavras de Ángel Rama de inícios Desde o século XIX, a arquitetura e da década de 1980, “América Latina continua desenho de cidades na América Latina se sendo um projeto intelectual vanguardista relacionam com a invenção ou imaginação que espera sua realização concreta”. das identidades nacionais e supranacionais Nesse desafio e reflexão permanente se em seu duplo e dialético sentido de criação lança a revista América que surge como de um passado legitimador relacionado comemoração dessa primeira década de Pós- particularmente à esfera da cultura, Graduação na Escola da Cidade – publicação bem como de símbolos contemporâneos periódica que tem como objetivo promover a socialmente reconhecíveis e apropriáveis. O divulgação de pesquisas e práticas científicas interesse e curiosidade por esses caminhos que apresentem relevância para o campo da outros da modernidade viriam a intensificar- Arquitetura e do Urbanismo (bem como áreas se no segundo pós-guerra. A chegada do afins) em seus múltiplos aspectos. Composta século XXI animaria ainda mais os contatos em três seções – Dossiê, Artigos e Projetos – e trocas entre arquitetos latino-americanos serão publicados artigos científicos de caráter certamente impulsionados pelos esforços inédito e projetos não construídos, ambos históricos de aproximação econômica submetidos à avaliação cega por pares. e política e um renovado interesse A revista busca, assim, se colocar como internacional pela produção nessa parte um espaço para a discussão e divulgação do mundo. Nesse contexto surgia a Pós- de projetos de arquitetura e urbanismo Graduação da Escola da Cidade, pensada entendidos como pesquisa. É, ainda, um desde logo como partícipe e incentivadora canal de extroversão das discussões desses diálogos internacionais. promovidas pelos cursos de Pós-Graduação Para além do interesse em estabelecer da Escola da Cidade e caracteriza-se pelo pontes e diálogos, qual seria o sentido mais acesso livre, publicada semestralmente amplo no enfrentamento da América Latina em sua forma impressa e digital, com – e através dessa da América, de forma submissões em português, espanhol e inglês. mais ampla – como recorte possível para Em 2019 esteve entre as publicações uma abordagem científica ou acadêmica? finalistas do prêmio concedido pela Bienal O primeiro ponto parece evidente a partir Ibero-americana de Arquitetura. capa da revista américa 94 95 3.

cursos livres 97

apresentação

É responsabilidade do Conselho Científico Ao longo de 2019 o Conselho Científico definir os procedimentos pertinentes, procurou aprimorar suas estratégias de acolher, analisar e, junto com o Conselho organização dos cursos livres montando Escola, aprovar a realização de Cursos uma agenda semestral, a partir das Livres na Escola da Cidade. Entende-se propostas recebidas e analisadas com como Cursos Livres, cursos de extensão, pareceres por ao menos dois professores de caráter extracurricular e abertos a pertencentes ao quadro docente da participação de todos os interessados. Escola da Cidade. curso arquiteturas móveis: vivenciando as experiências cênicas da bauhaus. foto: joe santos 98 cursos 2019

No 1º semestre de 2019 foram oferecidos os No 2º semestre de 2019 foram oferecidos os seguintes cursos: seguintes cursos:

Arquitetura Japonesa: Tradição, Modernidade A Cidade como Invenção e Contemporaneidade Frederic PetitDemangé Marina Pedreira de Lacerda A Regularização em suas 3 Dimensões Arquitetura Moderna no México Através da Luis Octávio; Violêta Kubrusly Obra de Juan O’Gorman, Luis Barragan, Mario Pani e Félix Candela Arquitetura Paulistana - Módulo 13 Marina Panzoldo Canhadas Marco Artigas Forti

Arquitetura Paulistana - Módulo 12 Arquiteturas Móveis Marco Artigas Forti Guilherme Yazbek

Cidade e Gênero: Conceitos, Teorias, Políticas Ecologia Urbana: Do Corpo Ao Território e Práticas Luis Octávio; Andressa Capriglione; Marcella Paula Freire Santoro e Marina Kohler Harkot Arruda e Fernanda Ravanholi

Planejamento Metropolitano: Método, Estudos e Intervenções em Pré-existentências Conceitos, Alcance Sabrina Fontenele, Anna Beatriz Galvão e Carolina Heldt D’Almeida Silvio Oksman

Prática Crítica do Fazer Arquitetônico - Fotografia de Arquitetura Métodos, Teorias e Estudos de Caso da Bebete Viégas Antropologia, História Social e Ativismo Giuseppina Forte Geoprocessamento Para Ação Coletiva Luciana Fukimoto Itikawa e João Bonett Prática Profissional em Arquitetura: Gestão e Neto Organização Para o Exercício da Profissão Renata de Paula Fonseca Palladini e Karine O Diagrama Como Estratégia Projetual da Silva Ferro Marina Pedreira de Lacerda

Planejamento Urbano e Democracia Marcos Kiyoto de Tani e Isoda; André Dal’Bó da Costa; Armando Palermo Funari e Marina Kohler Harkot identidade visual da divulgação dos cursos livres nas redes sociais 100 101 4.

ensino médio 103

escola de humanidades

Se, por algum acaso, o tempo se por acreditarem na mudança possível da apresentasse nas primeiras reuniões sociedade, através da educação. de fundação da futura Associação de O projeto tem como estrutura a filosofia, professores da Escola da Cidade e a arte, a literatura, a ecologia e a música, revelasse que, 22 anos depois, teríamos o que denominamos FALEM. Antes como formado 14 turmas de novos arquitetos aulas isoladas na grade, esses temas se e urbanistas; conduziríamos cinco cursos tornaram os eixos nos quais as disciplinas de pós-graduação; manteríamos, com mais convencionais do ensino médio e regularidade, publicações e exposições técnico se organizam em seus entornos. acerca do tema; projetaríamos e Os alunos e professores transitarão entre construiríamos – com participação dos as salas do sexto andar do edifício, da alunos – parques, escolas e espaços para rua General Jardim, e o galpão na Amaral imigrantes; estaríamos desenhando Gurgel, borrando os limites geográficos e um Sesc; e, se não fosse o suficiente, epistemológicos entre o fazer e o pensar. aprovaríamos uma escola de ensino médio As práticas esportivas e os almoços serão e técnico, pela segunda vez, com mais de feitas nas unidades do Sesc, graças a mais vinte alunos na primeira turma; será que uma parceria firmada com a instituição, e aquelas pessoas levariam o processo todo os cursos de línguas estrangeiras serão com a mesma leveza? reconhecidos, ao final, pelo British Council e Após seis anos de sua concepção, e pelo Instituto Cervantes, garantindo que o de idas e vindas, a Fábrica-Escola de aluno formado pela Fábrica-Escola possua, Humanidades – João Filgueiras Lima, na conclusão, quatro diplomas: ensino também começa o seu percurso. Uma médio, desenhista da construção, inglês e escola sem finalidade de lucro, como sua espanhol com reconhecimento internacional. mantenedora, que se tornou possível Fundar uma escola, seja qual ela seja, pela experiência de sucessos e fracassos, nesse momento do país é um gesto de pela infraestrutura acumulada e, resistência e esperança. O que será daqui principalmente, pelo apoio dado por todos 22 anos? Só o tempo dirá. Só nos resta da Escola da Cidade. Possível também continuar acreditando e contribuindo por todas as empresas privadas e pessoas dentro de nossa possibilidade, seguir físicas que patrocinaram bolsas de estudo, caminhando juntos e com leveza. 104 105 5.

conselho científico/pesquisa 107

apresentação

As ações de Pesquisa desenvolvidas na descoberta, do absoluto ineditismo dos Escola da Cidade compõem múltiplas e materiais e fontes, para a capacidade diversificadas estratégias que se articulam de questionar verdades naturalizadas e por meio do Conselho Científico. Compõem de formular novas questões sobre o já esse arcabouço o Programa de Iniciação conhecido. As habilidades de análise crítica Científica, bem como plataformas, da realidade, formulação de questões junto convênios e outras modalidades de a hipóteses e meios para suas resoluções, pesquisa atreladas a órgãos públicos são assim aprendizados fundamentais de fomento ou de caráter aplicado da atividade de pesquisa, de grande desenvolvidas por alunos e professores: importância não apenas para aqueles Plataforma Habita Cidade; Convênio alunos que porventura decidirem dar Escola da Cidade - Departamento de continuidade a seus percursos acadêmicos, Patrimônio Histórico (DPH-SMC) mas para todo e qualquer profissional. Na A pesquisa científica é assim tema contemporaneidade, quando constantes conhecido e presente não apenas para proposições de novas mídias e meios aqueles alunos e professores diretamente nos obrigam constantemente a um envolvidos nessas atividades, mas para reposicionamento em relação ao uso de o corpo docente e discente de forma novas tecnologias, torna-se habilidade mais ampla. Inicia-se nesse cenário a de grande valor a capacidade de construção de pesquisas científicas entender criticamente os novos sentidos, de maior fôlego, capitaneadas por possibilidades e limites colocados para o professores, individualmente ou em fazer profissional. Assim, acima de tudo, a conjunto, a exemplo de pesquisa pesquisa científica é espaço fundamental financiada pelo CNPq e de outras que se para a construção de uma postura crítica desenvolvem em diálogo com espaços e atenta por definição, que não nega diversos da Escola da Cidade - Graduação, nem se afasta da ideia de aplicabilidade, Pós-Graduação e Conselho Técnico. embora certamente não se restrinja a Mas qual é o sentido da construção ela. A constituição de uma estrutura de desse arcabouço? Quais contribuições pesquisa científico-acadêmica busca, ele traz para o ensino de uma ciência em última análise, construir espaços de social aplicada, como a arquitetura e o reflexão fundamentada e questionamentos urbanismo? A tônica da pesquisa científica crítico que sejam capazes de nos tornar, historicamente recaia na produção de professores e alunos, profissionais mais conhecimento. Entretanto, a noção de conscientes dos processos atrelados produção de conhecimento gradualmente ao fazer profissional da arquitetura e migrou da grande e inimaginável urbanismo em todas as suas facetas. entrevista com beatriz colomina 108 plataforma habita cidade

A Plataforma Habita-Cidade, que surgiu objetivo geral das Oficinas-viagem “Modos dentro do curso de Pós-graduação Lato de Habitar” é a reflexão propositiva Sensu Habitação e Cidade, promove sobre as diversas formas do Habitat pesquisas e ações relacionadas humano no planeta. Em 2019, a partir de aos movimentos sociais, buscando uma demanda dos mestres construtores o manejo ecológico da paisagem Kamayurá de produzir um Manual de que é defendida como produtiva, Arquitetura local, a Oficina-viagem foi articulando habitação e produção de preparada para que o grupo para lá alimentos. Adotam-se os Objetivos deslocado atuasse como apoio para essa para o Desenvolvimento Sustentável importante empreitada. A ideia do Manual ODS (2030), que são entendidos como de Arquitetura Kamayurá foi inicialmente compromissos brasileiros, através de lançada por Kanawayuri L. Marcello ativismo, capacitação técnica e educação Kamaiurá (liderança local) para a arquiteta universitária no desenvolvimento de Clarissa Morgenroth (arquiteta formada projetos que representam possibilidades na Escola da Cidade) e para a diretora e desafios quanto à sustentabilidade do teatral Cibele Forjaz. A Escola da Cidade planeta. Projetos realizados no âmbito foi então convidada a participar do projeto, da Plataforma habita-cidade estão que foi encampado pela Plataforma empenhados em evitar emissões de gases habita-cidade. de efeito estufa, assumindo que não há Luísa Valentini (antropóloga), Anna resíduos, mas recursos - assim, qualquer Dietzsch (arquiteta, professora na material removido terá destino correto e Columbia University e ex-professora reinserção em ciclos de uso. A ideia é a de da Escola da Cidade) e Luis Octavio de que materiais sejam escolhidos de acordo Faria e Silva (mediador da Plataforma com seu custo ambiental e salubridade. A habita-cidade e professor na Escola produção de alimentos e o saneamento da Cidade) juntaram-se à Clarissa da água são parte central do manejo da (conhecida atualmente como Clara) e paisagem e dos assentamentos humanos. Cibele na preparação da Oficina-viagem Em Julho de 2019, na Plataforma que contou com um curso preparatório habita-cidade, foi organizada a Oficina- quando aconteceu a conceituação e a viagem “Modos de Habitar: Arquiteturas instrumentalização para a elaboração de Tradicionais” que levou alunos e um o Manual da Arquitetura Kamayurá professores para a Aldeia Ypawu, em elaborado durante a oficina-viagem em território Kamayurá no Alto Xingu. O julho de 2019. ritual do kwarup na aldeia kamayurá de ypawu oficina-viagem “modos de habitar: arquiteturas tradicionais” que levou alunos e professores para a aldeia ypawu, em território kamayurá no alto xingu 113

programa de iniciação científica

Proveniente das ações de pesquisa neste ano de 2019, o programa alcançou desenvolvidas por alunos da graduação resultados importantes, frutos da junto ao Núcleo de Pesquisa desde ação constante e coletiva de alunos e 2008, o Programa de Iniciação Científica professores envolvidos. passou, em 2015, a integrar o Conselho Outro fato importante a mencionar Científico e se organiza atualmente a refere-se à multiplicidade de temas e partir de três modalidades de pesquisa questões essenciais ao campo de atuação científica desenvolvidas por alunos de do arquiteto e urbanista abordados graduação, sempre com orientação de nessas pesquisas, desenvolvidas desde os professores qualificados para tanto e mais diversos pontos de vista. Questões com financiamento da Escola da Cidade muitas vezes inicialmente discutidas ou de órgãos externos de financiamento: em sala de aula desdobram-se em iniciação científica, pesquisa experimental novas pesquisas, percorrendo um amplo e vivência externa em pesquisa / pesquisa espectro disciplinar, da habitação social às aplicada. Como parte de suas atividades discussões da paisagem, da arte pública à regulares, o Programa de Iniciação crítica da arquitetura moderna brasileira, Científica possui ainda duas instâncias do urbanismo ao design, em todas suas de discussão e extroversão das pesquisas linguagens, métodos e técnicas pertinentes. realizadas: a Jornada de Iniciação Outras, suscitadas pelos interesses próprios Científica da Escola da Cidade - realizada dos alunos ou por pesquisas desenvolvidas anualmente desde 2009; e os Cadernos de pelos professores em suas atividades de Pesquisa da Escola da Cidade - periódico investigação, também renderiam temas de de caráter científico. pesquisas contemplados pelo programa. Atrelado ao Conselho Científico, o Programa de Iniciação Científica da Bolsas de Pesquisa Escola da Cidade vem crescendo a cada O Programa de Iniciação Científica da ano. Desde 2008, quando o edital abriu as Escola da Cidade conta atualmente primeiras duas vagas de pesquisa, foram com 12 bolsas de pesquisa financiadas desenvolvidas mais de 70 pesquisas - pela própria instituição - fato raro número que demonstra a consolidação para uma instituição particular, talvez da investigação acadêmica na Escola - e único em proporção ao número de mesa de encerramento da XI jornada de iniciação científica da escola da cidade no IAB-SP 114 115 alunos - e igualmente distribuídas em Científica se pauta pelos moldes mais vista do acompanhamento dos trabalhos na graduação da própria escola, e três modalidades - iniciação científica, tradicionais de pesquisa de caráter que passou a ser feito pelo coordenador do idealizada como espaço prolifico de debate, pesquisa experimental e pesquisa aplicada sobretudo teórico e textual, a Pesquisa programa, quer seja do ponto de vista da evidenciando a diversidade e as múltiplas / vivência externa em pesquisa. As Experimental se afirma como investigação difusão dos resultados, uma vez que essa possibilidades assumidas pela pesquisa bolsas significam um valor mensal pago propositiva voltando-se para iniciativas modalidade prevê também a participação de graduação em arquitetura e urbanismo, a estudantes para o desenvolvimento de experimentação no urbanismo e na do aluno na Jornada de Iniciação Científica seus objetivos foram plenamente sério e comprometido de atividade de arquitetura, através dos seus diversos e eventual publicação junto à revista alcançados e superados. pesquisa em um regime de 20hs semanais, elementos de expressão (linguagem) Cadernos de Pesquisa. Caracterizada Abrindo espaço desde 2014 também para em horários não conflitantes com suas e conteúdo (técnica). Pressupõe-se por um período de desenvolvimento de 6 a apresentação de pesquisas de iniciação atividades discentes, durante um período assim, nesse caso, que o plano ou projeto meses (ao invés dos 12 das outras duas científica desenvolvidas por alunos de de 6 (pesquisa aplicada / vivência externa proposto para realização devem estar modalidades) essa pesquisa possui ainda outras universidades, faculdades e escolas em pesquisa) ou 12 (iniciação científica e imbuídos de propósitos de investigação certas peculiaridades ao buscar explorar de ensino superior, pode-se dizer que a pesquisa experimental) meses. Os alunos ou da produção de modelos técnicos e as conexões entre pesquisa acadêmica e Jornada de Iniciação Cientifica assume hoje são sempre acompanhados de maneira que, a partir de leituras da diversidade e atuação profissional, assumindo, portanto, caráter nacional como espaço fundamental próxima por um professor orientador, da complexidade arquitetônica e urbana caráter aplicado. Em 2017, 2018 e 2019, de debate e adensamento do pensamento responsável pela condução teórico- contemporâneas, se construam hipóteses essa pesquisa se desenvolveu junto ao crítico no âmbito da pesquisa cientifica metodológica da pesquisa. A oportunidade de descrição, registro e transformação da convênio firmado entre a Escola da Cidade em arquitetura e urbanismo, ainda no de recebimento dessas bolsas é realidade. Ambas modalidades de bolsa e o Departamento de Patrimônio Histórico âmbito da graduação. Muito nos alegra disponibilizada aos alunos anualmente por contam ainda com a participação do aluno (DPH-SMC). Aos alunos é assim colocado perceber que a cada ano as respostas para meio de editais de seleção com critérios na Jornada de Iniciação Científica e, ao o desafio de atuar como pesquisadores a chamada de trabalhos aumenta não previamente divulgados e atinentes às final do período, com a submissão de um em atividades complementares às apenas em número, como em diversidade atividades de pesquisa de forma geral e às artigo para avaliação e eventual publicação desenvolvidas pelo órgão de patrimônio de origem e instituições envolvidas. E o especificidades de cada modalidade. junto à revista Cadernos de Pesquisa da (como por exemplo em pesquisas que reflexo da construção desse espaço de As Bolsas de Iniciação Científica e Escola da Cidade. fundamentam processos de tombamento), debate é também sentido no envolvimento Pesquisa Experimental são disponibilizadas Desde 2015 conta-se ainda com trazendo ainda a possibilidade de uma cada vez mais intenso de nossos alunos anualmente para estudantes entre o outra modalidade de bolsa de pesquisa reflexão crítica sobre tal campo de com o evento e com as atividades de segundo e quarto ano do curso, através de disponibilizada pela instituição aos alunos atuação. Essas bolsas são prioritariamente pesquisa de maneira mais ampla. seleção que envolve a elaboração de projeto de graduação, a Vivência Externa em disponibilizadas para alunos do quinto Assim, diante do sucesso dos últimos de pesquisa avaliado por professores Pesquisa/ Pesquisa Aplicada. Atividade ano (em seu período de Vivência Externa), anos e da alta procura dos jovens especialistas internos e externos ao quadro obrigatória no âmbito do currículo da mas, caso haja vagas remanescentes, são pesquisadores, a Comissão da XI Jornada da Escola da Cidade. Junto ao lançamento graduação em arquitetura e urbanismo também oferecidas como oportunidades de Iniciação Cientifica da Escola da Cidade dos editais têm sido realizadas oficinas da Escola da Cidade, a Vivência Externa para alunos entre o segundo e quarto ano. entendeu que a ampliação da jornada abertas aos interessados que esclarecem é realizada pelos alunos no décimo para dois dias seria um ganho positivo e apoiam os alunos nos procedimentos semestre do curso (quinto ano) em uma das Jornada de Iniciação Científica para alunos e docentes. Neste sentido, de montagem de um projeto de pesquisa. modalidades escolhidas: estágio assistido, Promovida anualmente pela Escola da a XI Jornada de Iniciação Cientifica foi Ambas as pesquisa se pautam pelo rigor intercâmbio acadêmico, ateliê de obras Cidade desde 2009, a Jornada de Iniciação organizada com 20 mesas nos dias 29 e acadêmico, formando jovens pesquisadores ou pesquisa assistida. A partir de 2015, os Cientifica chegou a sua XI edição em 2019 30 de outubro, que reuniram mais de 100 competentes que posteriormente podem alunos de vivência externa em pesquisa assumindo um tamanho e importância não pesquisas de alunos de graduação de todo eventualmente se vincular aos programas passaram a realizar suas pesquisas de vislumbrados quando de sua criação. país, e que contaram com os comentários de pós-graduação com uma experiência maneira integrada ao programa de Iniciação Proposta como oportunidade de difusão de profissionais de destaque em seus importante. Entretanto, se a Iniciação Científica da Escola, quer seja do ponto de e debate de pesquisas desenvolvidas campos de atuação. 116 117

revista cadernos de pesquisa

Criada em 2015 como publicação periódica, – federais e estaduais – mas também em a Cadernos de Pesquisa da Escola da muitas instituições privadas. Cidade têm como objetivo divulgar e tornar Esse percurso foi honrado e reconhecido públicas as ações de Iniciação Científica em dezembro de 2018 com o recebimento desenvolvidas por esta instituição. De do primeiro lugar junto ao Prêmio IAB- caráter acadêmico e científico configura-se SP 2018 – 75 anos, conferido à Escola, como um espaço de discussão e reflexão tanto pela revista Cadernos de Pesquisa, dedicado às questões afeitas à pesquisa quanto pelo livro O Edifício da FAU-USP de arquitetura e urbanismo - bem como de Vilanova Artigas, segundo termos áreas afins - em seus múltiplos aspectos. explicitados na ata de premiação: Voltados para a publicação de trabalhos de “(...) No atual contexto politico e social pesquisa desenvolvidos por alunos durante brasileiro, as universidades publicas a graduação, a Cadernos busca qualificar estão submetidas a um sistemático e fomentar as pesquisas desenvolvidas na sucateamento financeiro que as estão Escola da Cidade, mas também chamar ao dilacerando. O ensino privado só almeja diálogo pesquisadores de outras instituições. seu lucro. Portanto resolvemos outorgar Em 2019, duas novas edições foram o prêmio desta categoria a uma entidade, publicadas: em maio (#7) e em outubro uma escola que neste panorama se fez (#8). Afirmou-se assim, por um lado modelo através do exame da excelência como canal de extroversão ao divulgar de uma revista e de um livro, que não são estruturas inovadoras de pesquisas os primeiros, mas que nos dão a certeza desenvolvidas e, por outro lado, como da continuidade deste processo. Há uma espaço de diálogo, dado que o número de semana atrás esta escola lançou mais uma submissões externas de artigos superaram revista, para divulgação dos trabalhos de em muito as expectativas quer seja na pós-graduação para a qual deram o nome quantidade de artigos enviados, quer seja América. Portanto, após a escolha do tema, na diversidade de origens e contextos em passando pela pesquisa, pela elaboração que foram produzidos. Alunos de graduação do texto primoroso, pela qualidade gráfica e arquitetos-urbanistas recém-formados do projeto das revistas e dos livros, esta de partes diversas do país nos brindaram escola se notabilizou pelos vários produtos com o envio de trabalhos que evidenciam já apresentados. Portanto o principal as múltiplas temáticas de pesquisas prêmio desta categoria vai para uma desenvolvidas em universidades públicas escola, a Escola da Cidade.” capas - cadernos de pesquisa 118 119 6.

conselho técnico 120

ações e projetos

O Conselho Técnico é o órgão responsável uma estratégia de caráter infraestrutural por conduzir o conhecimento técnico para a instalação imediata de uma produzido na Escola à comunidade edificação provisória, que poderia abrigar (órgãos públicos, entidades, instituições o programa Sesc Campo Limpo sem afins do terceiro setor, empresas e cessar suas atividades, até a conclusão da demais representantes da iniciativa ‘Implantação Final’. privada), por meio da proposição e Por sua vez, o projeto para a coordenação de projetos, congregando “Implantação Final” foi sendo discutido professores, alunos e ex-alunos da Escola periodicamente através de oficinas da Cidade (Grupos Técnicos). abertas a toda comunidade da Escola Cabe também ao Conselho Técnico a da Cidade. Pioneira e inovadora, essa gestão da manutenção e coordenação das é a primeira experiência de um projeto intervenções no edifício sede da Escola de arquitetura, de autoria coletiva, da Cidade (situado à Rua General Jardim, desenvolvido por uma faculdade. Nestas 65) bem como fazer a gestão dos grupos conversas, através de desenhos, colagens técnicos de trabalho e de todos os projetos e maquetes foram abertos caminhos técnicos desenvolvidos pela Escola para a instigantes que seguiram sendo sociedade em geral. desenvolvidos ao longo do tempo até a Confira as principais atividades de 2019: definição de um partido que abarcasse os cerca de 23 mil m² de área programática, Sesc Campo Limpo incluindo áreas de convívio cobertas e Firmada no final de 2015, a parceria com descobertas, e oferecesse, seguindo as o Sesc-SP para a concepção da nova premissas dos resultados das primeiras unidade no Campo Limpo contemplou pesquisas elaboradas, uma praça pública uma série de atividades de apoio tais multiuso que recebe distintos usos e como a pesquisa ‘Territorialidades aglomerações para as diversas expressões Culturais’, o curso ‘Cultura, Objeto e culturais da região. O projeto se implanta Indústria’ e o Seminário Internacional também baseado em uma lógica de ‘Espaço Livre na Cidade’, realizados ao faseamento da obra, de maneira que longo deste ano. as atividades já exercidas ali não sejam Em diálogo e troca contínua com estes totalmente interrompidas. ensaios, o projeto para a nova unidade se As equipes complementares de organizou em dois momentos: o primeiro Ambientação, Conforto Térmico e chamado de ‘Implantação Inicial’ elaborou Acústico, Luminotécnica e Paisagismo, maquete digital do SESC campo limpo - acervo conselho técnico 122 123 assim como Esquadrias e Fluxo de Este módulo se constituiu num ciclo de de conjuntos de autogestão e do interesse Oficina é um espaço onde se propõe não Veículos se juntaram à Arquitetura já em discussões (brainstorm/charrete) de três dias, dos estudantes pelo aprofundamento somente ensaiar a concepção dos espaços etapa de Estudo Preliminar, trabalhando organizados pela Escola da Cidade, entre do estudo, e trabalho neste campo de e suas relações com a cidade pré-existente, juntas com o objetivo de afinar ao professores, alunos e convidados externos. atuação, surgiu o contato direto com o mas também discutir as intenções, os máximo o projeto que se encontra na Produto apresentado: relatório com Movimento Sem Terra Leste1. A demanda desejos, as restrições e possibilidades iminência do início do Anteprojeto. a compilação de conceitos propostos estabelecida pelo movimento foi por uma pautadas pelas diversas demandas reais e síntese das premissas que deverão assessoria técnica na construção, em que buscam estabelecer diálogos com a Concurso Vila dos Mellos orientar o projeto. regime de mutirão auto gestionário, de Escola da Cidade, desenvolvendo projetos A Escola da Cidade foi convidada para um conjunto habitacional na zona leste. que procurem responder de forma crítica organizar um concurso fechado de Consultoria e Assessoria para cursos de MBA Após a conquista do terreno, por edital da e comprometida às aproximações entre o arquitetura para a seleção de cinco da Fundação Dom Cabral Cohab, em novembro de 2016, um grupo ambiente acadêmico e a comunidade. escritórios responsáveis pelo projeto de A Fundação Dom Cabral, em São Paulo, de estudantes e professores, com apoio No primeiro semestre de 2019, a Oficina casas em um empreendimento da Vila dos contratou a Escola da Cidade para produzir da assessoria técnica Ambiente, iniciou a se dedicou a dois projetos, que foram Mellos, situado em Santo Antônio do Pinhal um material com sugestões de lugares elaboração de uma proposta de conjunto desenvolvidos pelos estudantes inscritos (SP). O empreendimento prevê a construção e atividades pedagógicas do Executive habitacional para 260 famílias, em São com o acompanhamento dos professores. de 101 casas, totalmente produzidas em MBA, que potencializassem as discussões Mateus, zona leste de São Paulo. Após O primeiro foi a reforma e reorganização sistemas construtivos pré-fabricados, e nas aulas. Com esse intuito, o Conselho constante contato com a Prefeitura e espacial do Ateliê Cendira, um espaço se integra a um complexo que totaliza 2 Científico e o Conselho Técnico realizaram a assembleias mensais com a Leste 1 e as independente de trabalho e formação de milhões de m², ao redor do Hotel Botanique. produção de dois cadernos. famílias selecionadas, o estudo preliminar mulheres, voltado à economia solidária e Foram convidadas 85 equipes de arquitetos, O primeiro deles reúne os temas, foi entregue para a Cohab, em agosto de aos processos de produção sustentáveis. entre professores e não professores. O ‘Cidadania & Confiança’, para o qual foram 2017. Hoje o projeto se encontra em análise. Sediado numa casa no Jardim São Luís, concurso foi organizado em duas etapas: a selecionados a Ocupação Nove de Julho Nesses primeiros anos, a assessoria zona sul de São Paulo, o Ateliê Cendira primeira selecionou 10 trabalhos finalistas; e o Sesc 24 de maio; ‘Autoconhecimento atuou sob diversos formatos, como possibilita o encontro e a produção coletiva, a segunda definiu as cinco equipes & Desenvolvimento’, a Biblioteca de São grupo de extensão à disciplina eletiva. representando um importante lugar de vencedoras. O Concurso foi realizado entre Paulo; ‘Jornadas Colaborativas & Cenários Com a articulação e debates com outros identidade e articulação das mulheres da os meses de agosto e dezembro. e Ambientes’, o Instituto Brincante e trabalhos em desenvolvimento na Escola, comunidade em seu entorno, engajadas ‘Humanidades e Gestão Contemporânea’, um a Assessoria integra hoje o Escritório em práticas de empreendedorismo e Workshop Escola Lumiar roteiro pelo triângulo histórico de São Paulo. Piloto, com estatuto próprio, espaço físico gestão compartilhada. A edificação que A Escola Lumiar, com sua proposta Já no segundo caderno, para os temas e apoio da instituição. abriga o Ateliê, no entanto, se encontra pedagógica diferenciada e de vanguarda, ‘Sustentabilidade Corporativa’, a Yougreen em condições precárias e o grupo vêm pretende abrir uma nova unidade no Cooperativa de Gestão de Resíduos; Curso Eletivo para elaboração dos projetos realizando reformas emergenciais Bairro de Pinheiros. Neste objetivo, ‘Propósito & Liderança Sustentável’, o Templo Funarte e Atelier Cendira. Oficina de descoordenadas, de um projeto mais global. procurou a Escola da Cidade no intuito de Zulai; ‘Liderança e Desenvolvimento’, o projetos do conselho técnico O projeto elaborado na oficina procurou obter ideias e conceitos inovadores para Sesc Pompeia e ‘O legado da liderança’, a A Oficina constituiu-se como um ateliê repensar uma distribuição espacial mais o projeto de intervenção e de reforma Fundação Oscar Americano. de projetos oferecido aos estudantes adequada à diversidade de atividades deste edifício. no formato de uma disciplina eletiva, desenvolvidas na casa atual, e que pudesse A proposta foi concebida em três Assessoria Técnica para Mutirão Parque com a intenção de organizar um lugar ser implementada a longo prazo, de modo etapas ou módulos, que poderiam ser Boa Esperança (MST Leste1) de discussões e proposições acerca das a se adequar aos recursos disponíveis, contratados separadamente e de forma A partir da participação de lideranças de diferentes demandas da sociedade civil pautado por soluções técnicas adequadas independente. Apenas o primeiro módulo movimentos organizados por moradia, em que se apresentam junto à Escola da ao baixo orçamento e a construção de um de ‘Discussões Conceituais’ foi realizado. disciplinas da Escola da Cidade, do estudo Cidade, por meio do Conselho Técnico. A diálogo, com a coordenação do Ateliê. 125

O segundo projeto tratava da Escola e os Guarani. O projeto surgiu das organização das áreas não edificadas necessidades dos Guarani de uma das seis do conjunto de galpões da Funarte/SP, aldeias pertencentes à Terra Indígena do localizado nos Campos Elíseos, e que Jaraguá, mais especificamente o Tekoa abriga diversas funções e instituições Ytu, que é a mais antiga e com território associadas ao Ministério da Cultura. que corresponde a Terra demarcada e O conjunto edificado registra um homologada considerada a menor Terra processo histórico de ocupação de grande Indígena do Brasil. complexidade e aponta a relação entre os modos de apropriação de edificações Perante especificidades características preexistentes de uso institucional e as de uma aldeia inserida no contexto urbano dificuldades de “coexistências”, entre de periferia da cidade de São Paulo, suas diversos usos e funções, assim como a demandas exigiram meses de diálogo entre fragilidade na utilização e manutenção dos os alunos, professores e lideranças locais. O espaços não edificados e a inexistência de projeto se desenvolveu cuidadosamente por relações com o entorno imediato. O projeto meio da escuta das demandas deste povo se concentrou em um novo desenho para e de vínculos que foram se estabelecendo sua praça central, que apresenta hoje uma ao longo do processo. Assim, atendeu às situação de manutenção não condizente demandas do programa que contava com com as suas possibilidades e com os um salão principal para cursos e exposições, anseios dos funcionários da Funarte, um terraço e uma sala fechada que preservando a densa vegetação existente, funcionariam como escritório e depósito de reorganizando o acesso as edificações e equipamentos audiovisuais. Os materiais imaginando uma nova articulação com a adotados foram escolhidos respeitando a rua, que permitisse outras dinâmicas na cultura Guarani, bem como alguns dos seus relação com seu entorno. maiores pilares, que são a sustentabilidade e preservação da natureza: valores Casa de Cultura Guarani fundamentais na cultura Guarani. O projeto para a Casa de Cultura Guarani foi desenvolvido a partir de uma iniciativa Fundação do Escritório Modelo de alguns professores e alunos da Escola A Escola da Cidade, em conformidade com da Cidade para contribuir com uma as novas normativas do MEC, criou no ano necessidade antiga dos Guarani: ter de 2019 um espaço para a instalação do uma Casa de Cultura para vender seus Escritório Modelo dos alunos de graduação. artesanatos, dar oficinas sobre seus O Escritório Modelo é organizado pelos saberes, realizar reuniões com escolas estudantes que se colocam à disposição e com organizações que sempre os de realizar trabalhos profissionais procuram. Principal financiador e parceiro que podem ser caracterizados como deste projeto foi a Organização Não extensão universitária, bem como realizar Governamental CTI (Centro de Trabalho colaborações nos trabalhos como grupo de Indigenista), que serviu de ponte entre a apoio ao Conselho Técnico. construção existente na aldeia ytu, feita pelos moradores guaranis assessoria técnica para mutirão parque boa esperança (MST leste 1). acervo conselho técnico 129

edifício e reformas

O Conselho Técnico vem ao longo dos anos, espaços e sua adaptação aos princípios desde o nascimento da Escola da Cidade, pedagógicos em constante evolução. Os coordenando a reforma e adequação do alunos, organizados em equipes, puderam edifício sede para suas necessidades. No desenvolver propostas em variados ano de 2019, foi promovida a reforma formatos de apresentação, do mobiliário dos pavimentos térreo e subsolo, que à setorização da ocupação do edifício. A são aqueles mais públicos da Escola única regra era contribuir com a discussão e que, desta maneira, devem ser bem e propostas sobre o nosso espaço. Os acessíveis e mais expostos, se comunicando professores puderam, ao orientar os efetivamente com a cidade. Os pavimentos, trabalhos, expor suas críticas e conhecer térreo e subsolo foram integrados como mais profundamente a apreensão que os um grande pavimento público duplo e alunos faziam da Escola. muito visível da rua. A solução foi possível O resultado desta reflexão e projeto foi com o rebaixamento do térreo em três finalmente executado entre o final de 2018 fossos na parte de trás do edifício – e julho de 2019, instalando no pavimento criando três pátios abertos ao nível do térreo a Galeria da Cidade, espaço de subsolo – e a demolição de toda a fachada mostra e divulgação da arquitetura e do térreo, inclusive rasgando parte da laje urbanismo, gerido pala Escola da Cidade que chegava até o alinhamento da calçada, e, no subsolo, a Biblioteca Vilanova Artigas, deixando o subsolo ventilado naturalmente agora instalada de forma mais definitiva, e, portanto, mais habitável e de acordo com mais espaço para acervo e locais com as normas de segurança. de estudo. O resultado deste projeto foi obtido através de processos coletivos de criação, Equipe Manutenção Escola da Cidade coordenados pelo Conselho Técnico. Não Para a manutenção, pequenos ajustes e existe um autor deste projeto; um grande adaptações dos espaços do edifício da número de professores, alunos e ex- Escola para os cursos que estão instalados alunos participaram desta reflexão. Em e acontecendo no prédio, o Conselho Técnico 2016, promovemos a atividade “A Escola criou um grupo específico de trabalho, a em 26h”, envolvendo toda a comunidade partir de 2019, também composto de da Faculdade em uma atividade professores, alunos e ex-alunos, que cuidam pedagógica de uma semana. Foram 26h de uma forma interativa, sustentável de reflexão, conversas e propostas sobre e pedagógica dos assuntos relativos à as possibilidades de transformação dos manutenção do edifício. reforma da biblioteca vilanova artigas. foto: lauro rocha 130

oficina

No ano de 2019, a Escola da Cidade alugou Humanidades. A ideia é a que a Fábrica um outro imóvel próximo (cerca de 400 m seja composta das seguintes oficinas: ou 5 min à pé), um galpão para abrigar • Marcenaria/maquetaria; a Fábrica, que é o projeto de laboratório • Canteiro de concreto; e oficina de apoio necessário para as • Serralheria; formulações pedagógicas e produção de • Modelagem eletrônica; modelos e protótipos para os dois cursos: • Gráfica; Escola da Cidade e Fábrica-Escola de • Laboratórios de conforto e tecnologia eletiva de marcenaria no galpão fábrica 7.

conselho social 135

apresentação

O Conselho Social da Escola da Cidade realização de projetos comuns, convênios e se ocupa das relações entre a Escola e a ações diversas – em cooperação frequente sociedade, em sentido amplo. Nessa linha, e direta com os demais Conselhos que procura levar as produções da instituição compõem nossa Associação. O trabalho para um público maior e, ao mesmo tempo, do Conselho Social visa assim o encontro trazer novos olhares, novos parceiros e de sinergias que promovam os valores novas iniciativas para o nosso cotidiano. fundacionais da nossa escola, a saber: O Conselho também se encarrega de defesa da democracia, compromisso com organizar a comunicação interna e externa a transparência, combate à desigualdade, da instituição. direito à cidade, melhoria das condições de Concretamente falando, essas vida, responsabilidade ambiental, alocação amplas relações de troca possíveis racional de recursos, promoção do dão-se regularmente através do Núcleo conhecimento e valorização da educação. Audiovisual (Baú), da Editora Escola A energia desse Conselho se dirige da Cidade, da nossa Galeria da Cidade também ao trabalho estratégico de (galeria de exposições) e de um cuidadoso contribuir na captação de recursos para trabalho de relações institucionais, o nosso Fundo Patrimonial e para a nacional e internacional. Essas trocas manutenção de nosso programa de bolsas envolvem também a elaboração e a sócio-econômicas. abertura da exposição casas paulistanas: 2000 - 2017 na galeria 136 editora escola da cidade

A Editora Escola da Cidade desenvolve obras de artistas contemporâneos ao publicações a partir de demandas da período em que foi produzido cada texto. faculdade, como os guias da Escola O lançamento, na sede do IAB-SP, contou Itinerante, e projetos editoriais propostos com a presença da professora Ana Maria por docentes e estudantes com Belluzzo e do professor da Escola Gilberto relevância para o campo da arquitetura Mariotti, além do autor. e do urbanismo. Desde 2017 a Editora Em setembro de 2019 foi lançado ainda conta com o apoio do núcleo de design um livro do pesquisador italiano Daniele que elabora os projetos gráficos e a Pisani, uma tradução de texto inédito feita diagramação dos livros. Assim, em 2019, por Mauricio Santana Dias. Nele constrói tivemos alguns lançamentos importantes uma genealogia da frase que dá título à nesta trajetória e no processo de obra: “A cidade é uma casa. A casa é uma construção de uma identidade. cidade”. Vilanova Artigas na história de Um guia de arquitetura de São Paulo: um topos. A publicação marca o início de doze percursos e cento e vinte e quatro uma série de títulos de textos traduzidos projetos, organizado por Fabio Valentim, é (inéditos ou não) com o intuito de um projeto que conta com a colaboração contribuir com referências bibliográficas de diversos professores nos textos e no nosso idioma, sobretudo no campo da imagens de fotógrafos, estudantes e teoria crítica e história da arquitetura e arquitetos formados pela Escola. Em do urbanismo. coedição com a WMF Martins Fontes, teve Em novembro tivemos o lançamento de o conteúdo produzido originalmente no um livro feito em parceria com um coletivo âmbito da faculdade. Estão em produção composto majoritariamente por arquitetos as versões em inglês e em formato e-book. graduados pela Escola. O livro Arquitetura A publicação ganhou, ainda, um prêmio do contemporânea no Paraguai foi organizado IAB-SP 2019. pelo Goma Oficina, em coedição com a O professor e artista Claudio Mubarac editora Romano Guerra. organizou um compêndio de textos Ao longo do ano produzimos seis guias históricos acerca do ensino do desenho no para as viagens da Escola Itinerante e Brasil a partir de um convite da editora trabalhamos em alguns projetos que a realizar uma publicação que abarcasse estão em andamento, como a tradução de a discussão feita em uma aula sobre textos da pesquisadora Beatriz Colomina o tema, oferecida algumas vezes na e a coleção arquitetos da cidade, em faculdade. Sobre o desenho no Brasil reúne coedição com as Edições Sesc, que trará contribuições importantes nesse debate, monografias de escritórios de arquitetura desde o século XIX até os dias de hoje, e contemporâneos. capa do livro “a cidade é uma casa. a casa é uma cidade” de danielle pisani 139

cursos primeiro semestre 2019

inscrições livres até 14.3

a cidade e arquitetura moderna a questão racial no méxico

arquitetura e conhecimentos básicos de núcleo de design viagens de formação segurança do trabalho para a área da construção civil cidade e gênero arquitetura japonesa planejamento O núcleo de design é responsável pela • Produção de materiais gráficos para metropolitano prática proissional identidade e a comunicação visual da mídias e site em arquitetura Escola. Criado em 2017, o núcleo teve • Cartazes de seminários e aulas conexão arduinos-natureza arquitetura como projeto-piloto o desenvolvimento • Projeto gráfico revista Cadernos de paulistana territórios de comércio da arquitetura de marcas da associação. Pesquisa popular em são paulo informal rooting Entendendo seu caráter laboratorial e • Projeto gráfico novo molescola

prática crítica do pedagógico, o processo de construção • Identidade dos seminários fazer arquitetônico + info ec.edu.br da identidade visual da Escola se deu internacionais 2018 e 2019 por meio de um conjunto de conversas • Identidade visual do processo seletivo e análises que, por fim, geraram um 2019 entendimento coletivo daquilo que a • Identidade visual dos cursos livres seminário internacional Escola é — e também daquilo que ela • Identidade visual da pós graduação sesc / escola da cidade deseja ser. 2019 A metodologia construída nesse • Projeto gráfico revista América projeto inaugural pauta todas ações • Projeto gráfico jornal a escola e a cidade concurso do núcleo. Investigar e entender — para • Projeto gráfico material institucional, de adesivos então projetar. Desse modo, o núcleo se código de ética e anuário 2018 ainda o para os coloca na missão, sem fim, de entender • Material gráfico para jornada científica elevadores e questionar o modo como a Escola se • Projeto gráfico para catálogo do Estúdio direito à comunica, criando um diálogo constante Vertical com as diferentes áreas da associação. • Identidade visual exposição arquitetura As principais atividades do núcleo de de exceção: O Pavilhão do Brasil na cidade? design ao longo de 2019 foram: Expo’70, • Projeto gráfico e diagramação para “um 16.2 — 23.2 • Colaboração para o desenvolvimento guia de arquitetura de São Paulo” das estratégias e do macro- • Projeto gráfico e diagramação do livro planejamento da comunicação da Sobre o desenho no Brasil, org. Claudio

inscrições até 10.11 realização julgamento: 11.11 — 15.11 Escola da Cidade. Entre as ações Mubarac. votação pelo corpo discente +info: entrega digital: 02 pranchas A3 para realizadas está o realinhamento das • Projeto gráfico livro “A cidade é uma casa. [email protected] votação e +infos ec.edu.br redes sociais como um todo. A casa é uma cidade” de Danielle Pisani. cartazes feitos pelo núcleo de design 140

baú

Baú é o núcleo audiovisual da Escola • Cobertura do lançamento da Revista da Cidade, gerido por alunos, ex-alunos Cadernos #7 e #8 e professores, que além de um arquivo, • Cobertura do lançamento da exposição em permanente construção, de todo o Vila dos Mellos conhecimento produzido pela associação, • Cobertura do evento Dentro da Pós tem como objetivo abrir discussões sobre • Produção de vídeo para BIAU Chile arquitetura e suas fronteiras urbanas para • Fotos dos livros da Editora Escola além dos limites da faculdade. da Cidade É responsável por captar, organizar • Produção do Vídeo Institucional 2020 e publicizar os conteúdos audiovisuais • Captação Sesc 24 de Maio aqui gerados, como aulas, palestras e • Cobertura dos eventos de Portas Abertas seminários, por meio de uma plataforma • Cobertura Bienal de SP aberta de pesquisa e referência, além de • Cobertura da exposição Uma Biografia oferecer um momento para discussão das Gráfica questões da visualidade na arquitetura, • Captação de depoimentos para os 20 incentivando produções autorais dos anos da Escola alunos participantes. • Cobertura do lançamento da exposição Suas principais atividades ao longo de Casas Paulista 2019 foram: • Registro da inauguração da Biblioteca • Cobertura do lançamento do Guia de • Captação dos Seminários de Cultura e Arquitetura de São Paulo Realidade Contemporânea • Cobertura da Jornada de Iniciação • Captação de aulas da Pós-Graduação Científica • Captação do XIV Seminário • Cobertura do lançamento da exposição Internacional MSTC • Registo e cobertura da exposição • Registro de exposição e aulas abertas Estúdio Deriva Japão • Jorge Wilhelm no Sesc Consolação • Produção de vídeo sobre o programa de • Cobertura Processo Seletivo 2020 Vivência Externa • Captação e edição de material sobre • Produção de vídeo sobre o Estúdio Vertical Al Borde gravações com os professores para a divulgação do guia de arquitetura de são paulo e para o arquivo de depoimentos sobre a fundação da escola da cidade 143

galeria

Em 2019 foi dado andamento à agenda com objetivo de ampliar o espectro de de atividades da Galeria da Cidade, colaboração entre ex-alunos, arquitetos, inaugurada em outubro de 2018. Trata-se professores ou instituições parceiras que da primeira Galeria dedicada a exposições tenham como intenção trazer a arquitetura de arquitetura no Brasil, a partir da para o debate público. A Galeria se propõe reformulação do uso do térreo do edifício aberta para o recebimento de propostas de Oswaldo Bratke, sede de nossa Associação. exposições e eventos. O espaço, com 30 metros lineares de vidro Sequência em ordem cronológica das voltados para a cidade, promove o caráter exposições de 2019: público da Faculdade e acentua a relação direta entre a rua e a galeria. Dividido em Arquitetura de Exceção - O Pavilhão do Brasil dois ambientes, o local tem como critério na Expo’70 Osaka receber exposições de maiores conteúdos Sob a curadoria de José Paulo Gouvêa, com e de maior tempo de permanência, em seu montagem de Alvaro Razuk, arquitetos e espaço maior. Já para o espaço menor, as professores da Escola da Cidade e com co- exposições deverão ser mais transitórias, curadoria do arquiteto e professor da Escola exposição são paulo: uma biografia gráfica apresentação dos músicos bruno lourensetto e soledad yaya, convidados da aula da pós-graduação geografia, cidade e arquitetura 146

da Cidade Alexandre Benoit e pelo arquiteto possibilidades na transformação de e professor da Unicamp, Rafael Urano nossas cidades, a partir da construção Frajndlich, a exposição atualiza o edifício e da Habitação, em um sentido ampliado expõe os seus propósitos; da proposta do (ou pleno) de moradia associada a concurso até o inédito projeto estrutural de infraestrutura e equipamentos. engenharia, mostrando ao público aspectos pouco conhecidos desta importante obra de Concurso Vila dos Mellos Paulo Mendes da Rocha. O Conselho Técnico da Escola da Cidade A exposição é fruto de uma parceria de promoveu a exposição “Concurso Vila fomento com o CAU/SP – Conselho de dos Mellos”, com trinta trabalhos, que Arquitetura e Urbanismo de São Paulo. demonstravam o panorama de uma produção arquitetônica de qualidade. Exposição Ocupa SP O certame foi promovido pela Escola Como parte da programação do XIV da Cidade com o objetivo de selecionar Seminário Internacional da Escola da cinco projetos modelo de residência Cidade – Ainda o Direito à Cidade, foi unifamiliar, com construção racionalizada realizada exposição referente ao Estúdio para a implantação no Condomínio Vila Vertical, com uma seleção de trabalhos dos Mellos – empreendimento que prevê a dos estudantes realizados no segundo construção de 101 casas. semestre de 2018, de acordo com o mote “Ocupa SP”. Ainda o Direito à Cidade? O Estúdio Vertical expôs os resultados dos Novos Caminhos Para Habitação Social trabalhos propostos ao longo do primeiro O curso de Pós Habitação e Cidade, semestre, com o tema “Ainda o Direito à oferecido na Escola da Cidade comemorou Cidade”. 10 anos de existência com a exposição e série de mesas “Novos Caminhos para a São Paulo: Uma Biografia Gráfica Habitação Social’. A exposição apresentou um retrato A exposição apresentou uma da cidade de São Paulo, narrando seu pequena mostra de projetos realizados acelerado crescimento através de arquivos, por alunos do curso, durante seus fotografias, desenhos originais e textos. períodos de ateliê. Dez projetos foram Foi desenvolvida a partir do livro de selecionados, organizados em cinco Felipe Correa, que leva o mesmo nome, chaves (requalificação das áreas centrais; e é o primeiro estudo que compreende intervenções em áreas vulneráveis; a evolução urbana de São Paulo e atual consolidação das periferias; criação de forma urbis. A mostra que teve a curadoria tecido urbano; reprogramação da relação de Felipe Correa, Sol Camacho, Devin com as águas) e um vídeo foi produzido Dobrowolsky, Anthony Averbeck, em para compor um painel das atividades colaboração com a Escola da Cidade, realizadas ao longo das dez edições que trouxe para São Paulo uma nova leitura se celebram. O objetivo foi refletir sobre dessa complexa e única metrópole que parte da identidade visual da exposição casas paulistanas: 2000 - 2017 exposição MSTC - moradia como prática de cidadania 151

possibilitará novas maneiras de se pensar digna para o trabalhador de menor renda seu futuro. na cidade de São Paulo. O Movimento é Realizada em uma parceria com a colaborador da Escola da Cidade desde University of Virginia, The Haddad 2014, com envolvimento em atividades Foundation e o Instituto de Arquitetos do pedagógicas, que tiveram início com Brasil - Departamento de São Paulo. o projeto de direção de arte do longa metragem “Era O Hotel Cambridge” (2016). A Arquitetura das Cadeiras A mostra apresenta a produção A Escola da Cidade sediou a exposição “A desenvolvida em 2019 junto ao MSTC, arquitetura da cadeira“, com dez cadeiras pelo Estúdio 9 de Julho (plataforma de assinadas por diferentes arquitetos, que pesquisa da Escola da Cidade), com O aconteceu como parte da programação Grupo Inteiro (Carol Tonetti, Claudio da primeira edição da Desenha, evento de Bueno, Lígia Nobre e Vitor Cesar), para design que reuniu aproximadamente 80 a Chicago Architecture Biennial 2019, criadores(as) e espaços sob a supervisão intitulada “… And other such stories”. artística de Ademir Bueno e curadoria de Estão expostos publicações e trabalhos André Araújo, Carlois Amorim e desenvolvidos sobre o movimento por Ramsés Marçal. pesquisadores, junto às videoinstalações “Quem não luta tá morto” (2016-19), de Casas Paulistas: 2000-2017 Virgínia de Medeiros, e “Quem ocupa, cuida” A exposição apresentou uma amostra (2019) do coletivo Aparelhamento. da produção residencial contemporânea através da seleção de 12 casas Estúdio Deriva construídas na área metropolitana de São Exposição apresenta o material resultante Paulo, com obras dos escritórios SPBR, da viagem de 2010 ao Japão. O programa MMBB, SIAA, Grupo SP, Longato Pirondi, Estúdio Deriva, desenvolvido pela Escola Apiacás, Brasil Arquitetura, Andrade da Cidade, é dividido em três partes: aulas Morettin, UNA, Obra, Terra e Tuma, preparatórias ministradas durante todo o Drucker Arquitetura. primeiro semestre, a viagem no mês de julho Com curadoria de Romullo Baratto e e, na segunda metade do ano, reuniões para concepção de Ruben Otero, reuniu projetos a montagem de exposição e catálogo. de residências paulistas construídas a partir da virada do século, e fez parte de uma série de exibições brasileiras na capital europeia da cultura de 2019.

MSTC - Moradia Como Prática de Cidadania A exposição apresenta um panorama histórico do Movimento Sem Teto do Centro e sua série de ações de formação cidadã e de luta pelo acesso à moradia abertura da exposição são paulo: uma biografia gráfica 152 153 8.

composição e estrutura 155

associação escola da cidade 2019 anália amorim presidência anarrita buoro alvaro puntoni anderson freitas fernando viégas andré vainer marta moreira angela amaral anna beatriz ayroza galvão conselho escola faculdade de arquitetura e anna juni fontes coutinho urbanismo anselmo turazzi cristiane muniz (diretora) camila toledo maira rios (diretora adjunta) camille bianchi vinicius andrade (coordenador) carla caffé eduardo ferroni (coordenador) carlos palladini carlos augusto ferrata conselho científico carolina akemi nakahara anália amorim (diretora) césar shundi iwamizu marianna boghosian al assal (diretora cicero ferraz cruz adjunta) cristiane muniz josé paulo gouvêa (coordenador) daniel corsi daniel todtmann montandon conselho técnico eduardo colonelli guilherme paoliello (diretor) eduardo ferroni felipe noto (coordenador) fábio valentim fabrizio lenci conselho social e comunicação fany galender anderson freitas (diretor) felipe melachos alexandre benoit (coordenador) felipe noto luis felipe abbud (coordenador) fernanda barbara fernanda neiva conselho fábrica escola de humanidades francisco fanucci ciro pirondi (diretor) gabriel kogan rafic farah (diretor adjunto) geraldo vespaziano puntoni vitor hugo pissaia (coordenador) gilberto mariotti renata paladini (coordenadora) guilherme paoliello gustavo chacon corpo docente graduação hermann tatsch alexandre villares joana barossi alexandre benoit joaquim elói toleto alvaro razuk josé guilherme pereira leite amália cristovão dos santos josé guilherme schutzer ana carolina tonetti josé maria de macedo filho ana maria lindenberg josé paulo neves gouvêa fachada da escola da cidade. foto: lauro rocha 156 157 josé rollemberg de mello filho vinícius andrade beatriz vanzolini moretti tania knapp silva juliana braga costa vinicius spira bibiana araujo tini victor oliveira leonardo loyolla vito macchione bruno lopes yuri faustinoni ligia miranda vitor cesar bruno silveira carvalho lua nitsche vitor hugo pissaia camila valencio corpo docente pós graduação luis felipe abbud yuri quevedo carlos augusto arruda pós graduação “geografia, cidade e luis mauro freire emiliano homrich arquitetura” luiz carlos chicherchio professores disciplinas eletivas flavio johnsen barossi alvaro puntoni (coordenador) luiz eduardo junqueira graduação flavia bueno fernando viegas (coordenador) marcelo maia rosa caio boucinhas gabriel biselli ana paula castro (professora) marcio kogan celso longo guilherme figueiredo marianna boghosian al assal (professora) marcos boldarini daniel trench gustavo kerr tiago mesquita (professor) marcio sattin dalia katz helena cavalheiro glória kok denis ferri helena kozuchowicz pós graduação “habitação e cidade” marianna boghosian al assal fabiola bérgamo heloisa oliveira luis octavio de faria e silva (coordenador) maria julia herklotz fernanda pitta isabella de bonis silva simões ruben otero (coordenador) mario reali giulia godinho ramos ribeiro isadora airoldi rafael abeline (professor assistente) marta moreira isabel teixeira sperry cezar joão lucena busko anaclaudia rossbach (professora) marta lagreca joão paulo meirelles julia junqueira ribeiro pinto angela amaral (professora) mauro munhoz josé lotufo lais labate elisabete frança (professora) moracy amaral e almeida laura teixeira laura pappalardo josé rollemberg (professor) newton massafumi yamato luis octávio pereira lopes faria e silva lia naomi guglielmetti untem maria teresa cardoso fedeli (professora) omar dalank marina pereira lacerda ligia zilbersjtein violeta kubrusly (professora) pablo hereñú nicolás llano livia baldini paula dedecca paula janovitch louise uchôa pós graduação “arquitetura, educação e paulo von poser pedro ivo cordeiro freire luiza menezes thomaz sociedade” pedro barros priscila sacchetin maria basile ana carolina tonetti (coordenadora) pedro beresin sabrina fontenele maria rosa de oliveira leite de almeida maira rios (coordenadora) pedro lopes sidney linhares mariana rezende d’oliveira noelia monteiro (professora) pedro tuma thais brant mariana pereira santos gomes silva rafael otoni gonçalves thiago freitas mendes matheus molinari pós graduação “mobilidade e cidade rafic farah murilo lazari contemporânea” ricardo granata professores assistentes olivia stiubiener abrahão marta lagreca (coordenadora) roberto pompéia graduação pablo ribeiro lanza pablo hereñú (coordenador) ruben otero ana carolina hidalgo martini paola ornaghi pedro sales (coordenador) sebastian beck adriane de luca teixeira paula monroy joaquin sabaté (coordenador associado) sérgio sandler alexandre francisco gil pedro motta pedro lang (professor assistente) silvio oksman andré ferreira raiane rosi duque bruna pizzol (professora) sol camacho amanda ribeiro renata de paula fonseca palladini carolina heldt (professora) thiago benucci barbara fernandes rodrigo voegeli katia canova (professora) valdemir lucio rosa beatriz marques de oliveira sofia vilela borges manuel herce (professor) 158 159 milton braga 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