A ARTE DO

CORPO EM HARMONIA E MOVIMENTO

ANO II — N" 07 — Cr$ 2.800,00

volta de Oscar Araiz com o > de Genéve /

Ana Botafogo na Europa ROMMEL & HALPE ARTIGOS PARA DANCA

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CURSOS DE BALLET CLÁSSICO (MÉTODO E PREPARAÇÃO PARA OS EXAMES DA ROYAL ACADEMY OF DANCING) JAZZ — SAPATEADO — BABY CLASS — A PARTIR DE 4 ANOS INICIANTES — INTERMEDIÁRIO — AVANÇADO — AMBOS OS SEXOS GINÁSTICA CORRETIVA, INCLUINDO AERÓBICA E ALONGAMENTO

”E preciso saber entrar através do espírito que nos conduz a sentir a dança e a música com o coração purQ. Despimo-nos de tudo e colocamos o manto colado à nossa pele. Essas malhas trançadas representam mais do que uma roupa que cobre o nosso corpo, representa, sim, a gaze fina que cobre a escultura a que o artista se dedica diariamente. E então vem a mão do Mestre esculpir com um estilete, não uma estátua de gesso ou mármore, mas a carne e osso esculpidos pelo espírito que está dentro de nós. E a vontade que renasce a cada instante e se renova e se impulsiona quando a cada dia acrescentamos mais de nós mesmos.”

Ana Maria Pelegrino EDITOR-MARCOS BRAGATO

Rever, se g u in te lecio n ei na Cia. de Oscar dedicado a Araiz e percebi que ela é formada por artistas, algo raro na Europa, lugar de meus amigos li -DANÇA* irAR" um eSp novos do do m,eresse fa,u_ 1 bons executantes e pouca sensibilida­ ISMAEL GUISER \ nubUcaçao °e doBras»'- de. Só então foi fácil entender por que Rever os meus amigos, colegas e os sul-americanos trabalham e fazem alunos, foi a principal razão que me fez sucesso por onde vão. deixar o Brasil no dia 4 de fevereiro Fui jantar na casa do Yellê e sua p.p. e viajar num avião da Alitália mulher, Sonia Melo, atualmente solista juntamente com 420 italianos que tu­ l 0 nn Europa e a ° ,rom. no Ballet da Ópera de Berne, a hora e multuavam a viagem, crianças corren­ 1 V,S"0U braS\\e>ros, q^e 'a , ue daqui meia de trem de Géneve. do pelos corredores, meus pés inchan­ Ainda em Géneve, assisti o Ballet do e meu pânico pelas alturas aumen­ da Ópera de Zurich, dirigida por Patrí­ tando. Depois de 13 intermináveis ho­ cia Neary (ex-), ras lá estava eu em Milão, sem carre­ com coreografias de Balanchine, com gador para me ajudar com as malas, 1 reservado, £ desempenho correto, mas nada de es­ pecial a comentar. trocar dinheiro, subir no ônibus que 1 j: * cò° 06 me levaria à estação central e telefo­ Beatriz Consuelo queria que eu nar para Géneve, meu primeiro desti­ A seguir fomos à casa de Ira, onde continuasse em Géneve lecionando, no. Contratempos de viagem que os haviam preparado o jantar, Lea, Alfon­ mas achei que era hora de partir. As­ turistas conhecem bem. Finalmente, lá se e Ariane Ascherick (recentemente sim sendo, no dia seguinte telefone estava eu num ótimo trem, usando o assisíente de Teatro Castro Alves e para Wiesbaden, onde já estavam me Europass que tinha comprado no Bra­ agora no Ballet de Géneve) me hospe­ esperando, Luis Arrieta e Jairo Sette. sil (quando viajarem para a Europa, daram lá mesmo e, no dia seguinte, Luis, com contrato provisório na Ópe­ façam isso, pois os trens são formidá­ fomos todos assistir aulas e ensaios da ra, dançando para poder regularizar a veis). Campanhia e rever Oscar Araiz, o res­ sua estadia e Jairo esperando para Passando pelos Alpes Suíços, meus ponsável pelo sucesso de uma das me­ começar seu contrato em Géneve. Ali nervos voltaram a se acalmar: neve por lhores companhias européias e talvez, assisti os espetáculos dirigidos pelo todos os lados, calma total e a paisa­ com a Cia. do Nederland Ballet, as coreógrafo Roberto Trinchero, assis­ gem sublime. Às 20 horas mais ou me­ únicas com personalidade e sensibili­ tente, Daniel Angrisani e Io bailarino nos, desci do trem em Géneve: o frio a 5 dade artística. Gabriel Sala, todos argentinos, radica­ ou 6 graus negativos, não vi vivalma na À tarde comecei a lecionar na Éco- dos na Alemanha. estação e comecei a imaginar o pior, le de Danse de Géneve, dirigida por O frio na Europa não estava fácil, a mas, quando entrei, apareceu todo Beatriz Consuelo (lembram, ex-1* bai­ neve me perseguindo e o termômetro, mundo: Carlos Demitre (lembram do larina do Teatro Municipal do Rio de de madrugada, nos 8 graus negativos. Ballet da Cidade de São Paulo, que foi Janeiro e ex-etoile do Grand Ballet do Em Wiesbaden deveria esperar quinze como sempre meu gentil colega e aluno Marquis de Cuevas), pois já tinha um dias para começar a lecionar, pois esta­ e me mostrou a cidade e seus poucos contrato verbal com ela; tive a sorte de vam com um professor polonês contra­ mistérios durante alguns dias, porque começar na Europa numa ótima escola tado por quinze dias; Woyteck, seu pri­ logo recebeu um contrato na cidade de (lá também tem de tudo). Na semana meiro nome, professor da Ópera de Kassel, Alemanha, e partiu no meio da Wallanina Bélgica. Em Lisboa, esta­ minha estada na Suíça), Guilherme Bo­ vam me esperando e no Brasil, meus telho e Boni Wykopf (ele, meu aluno alunos já estavam achando que eu de­ querido no Ballet da Cidade de São morava demais. Portanto, o jeito era Paulo, ela, ex-solista do Winipeg Ballet continuar a viagem. Subi no trem de­ e Jeffrei Ballet), Iracity Cardoso (mi­ pois de quatro dias na cidade, com nha colega de tantos anos, ex-diretora minhas malas aumentando um pouco. do Ballet da Cidade e atual assistente Tudo estava tão caro para o nosso cru­ de direção do Ballet da Ópera de Géne­ zeiro, que era difícil encontrar algo em ve), Antonio Gomes (também ex-Ballet conta para trazer. Desci em Paris, dis­ da Cidade de São Paulo), Lea Havas posto a fazer turismo: a assistir o espe­ (idem), Alfonse Poulin e Yellê Bitten­ táculo da Cia. de Maurice Béjart, “Mes- court (ex-maítres do Ballet da Cidade se pour le tempo Futur”. Os comentá­ de São Paulo e, atualmente maitre no rios não eram dos melhores, alguns Ballet da Ópera de Géneve). “Neve por todos os lados” críticos achavam e eu também, que

ACADEMIA DE BALLET ADIBI NAGIM

BALLET CLÁSSICO - MODERNO - JAZZ - GINÁSTICA PARA SENHORAS SAPATEADO AMERICANO - PAS DE DEUX BABY CLASS-MANEQUIM. (Próximo Rua Tuiuti, 1916 - cep 03307 - Tatuapé - fones: 295-2785 -294-9585 ao metrô Tatuapé).

4 DANÇAR Béjart já teve dias melhores, se bem que suas montagens e a categoria dos seus bailarinos são o atrativo do espe­ táculo. A comida na Europa não é das melhores. Nessa noite estava disposto a comer bem, entrei num restaurante bonitinho, no Chatelet e comi divina­ Danca mente bem, sem vinho, pois não bebo. A conta? 50 dólares!!! É inútil dizer que, no dia seguinte, o menu foi san- duiche. Se querem uma deixa para um bom hotel em Paris, é o Hotel Britani- que, 20, Avenue Victoria, tel. 233-7459. O preço é de 30 dólares por dia. É bom, mas nada especial, duas estrelas. A saudade do sol já começava a Clarisse Abujamra apertar, pois em Paris também só havia chuva, neve e frio o dia todo. Resolvi encurtar a temporada e partir para Lisboa: lá encontrei Paula do Valle, minha aluna, que está no Ballet da Fundação Gulbenkian. A direção da companhia tinha me convidado para dar um curso, mas estavam em fase de espetáculos e montagem de um ballet de Jimi Kilian e, como eu não estava combinando as datas, as coisas nem sempre saíam a contento. Fui lecionar na outra Cia., a Companhia Nacional de Bailados. Mais uma vez comprovei que faltam diretores artísticos na Eu­ Um ropa e que a Fundação Gulbenkian já não tem mais a qualidade de outrora. espaço aberto A seguir fui à Itália visitar uma irmã e lá assisti o Ater Balleto. Eu me para a dança lembrava dessa companhia, porque Be­ bei e Emílio, que já tinham dançado no moderna Brasil, estavam nessa Companhia; eles já tinham saído e estão no Ballet do Scala de Milão. O Ater Balleto conta com elementos razoáveis e, mais uma vez, senti a falta de direção. Ainda na Itália, assisti o Momix, quatro elemen­ tos fundadores do Pilobolus dirigidos por Moses Pendelton, que está neste novo grupo: magnífico espetáculo vi­ sual, artístico, sensível. Difícil, porém é definir o tipo de dança que eles fazém. Chegou o dia 7 de março e a minha Anualmente Curso d e volta, já tão desejada por mim. Sentia falta dos risos, das explosões, das agressões, dos abraços, da vida que há em cada um de nós, sul-americanos, mas já faz quinze dias que voltei e agora estou começando a sentir a falta de seriedade, da disciplina, da pontua­ lidade e da precisão européia. Lennie forma sua Cia. “Lennie Dale Empreendimento Ar­ tísticos” ou “Cia de Dança Joyce Bal­ let”, o nome ainda não foi decidido, o certo é que está para se formar a mais Fone: 35-4426-São Paulo-SP. nova Cia. brasileira de jazz. Uma idéia de Joyce, proprietária de uma das melhores academias de jazz de São Paulo e de Lennie Dale, que depois de dois anos nos Estados Uni­ Rua Major Diogo, 311-12 andar dos, volta com o firme propósito de “aproveitar meus filhotes, o pessoal que aprendeu comigo e está sem colo­ cação”. DANÇAR 5 A intenção da dupla é dar ao artis­ ta de potencial, as condições de estudo, Cursos: pagando-lhes um ordenado e fornecen­ Clássico do-lhes todas as informações e idéia Moderno que possam contribuir para sua forma-< ção à nível artístico assim como con­ Sapateado quistar, além do mercado nacional, o Jazz estrangeiro, que de dança do Brasil, só Ginástica conhece o samba. Aos interessados, as únicas exigên­ cias para integrar a futura Cia., que deve estreiar em final de maio ou iní­ cio de junho, é ter talento e ser maior de quinze anos, porque, segundo Len- nie, antes de sentir a sensualidade não é possível dançar jazz. Projeto Escola-Modelo O problema da dança é primário: não existe o mínimo de organização ou orientação educacional na área. Partindo desse princípio e ciente de todas as dificuldades por que passa o aluno e o professor de dança, o depu ballet Paula Ca/tro tado Mauro Bragato, do PMDB, encami nhou um projeto cuja prioridade é a R: Monte Alegre n° 1104 - Perdizes - Tel. 263-7637 criação de uma Escola-Modelo para a formação de professores e alunos. Com sede na capital, esta Escola receberia candidatos.à formação para professo­ res, da capital e do interior. Os do e * y / i professores: Jana Fugate interior viriam subsidiados pelas suas M EXBALLET Sonia C. Branco prefeituras locais, com a condição de Célio Trigo concluída sua formação (aproximada­ m jr*sruDio Sergiu Stefanschi mente seis m&ses), voltarem a seus lu­ SÔNIA CASTELLO BRANCO gares de origem e lá se fixarem. Duran­ te o aprendizado na Escola-Modelo da capital, os participantes teriam aulas BALLET CLÁSSICO, PAS-DE-DEUX, JAZZ, ALONGAMENTO meio período do dia. A outra metade estaria voltada para o treinamento e a formação desses alunos em mini-cen- Rua Visconde de Pirajá, 207/201 - Ipanema - Rio - Tel. 227-6549 tros culturais ou escolas públicas da periferia e da metrópole, o que favore­ GALERIA VIP CENTER ceria os alunos da periferia. Esperamos que esse seja um passo para tirar da dança a fama de ser, das artes, a menos ajudada pela área go­ vernamental. BASF Apoia Grupo de Dança O Balé Ópera Paulista é mais um novo grupo que surge em São Paulo. Alguns ex-elementos do Balé Clássico de São . . Paulo resolvem juntar suas forças com novas propostas. Para isso contam com o apoio da BASF do Brasil, através de seu Presidente, o sr. Jungen Struber, e DIREÇÃO: NANCY GUEDES com a colaboração na parte organiza­ cional do Sr. Ricardo Botelho que é Diretor de Comunicações da Empresa. O grupo com doze bailarinos tem como Diretor Artístico Angela Nolf. O Dire­ tor geral é Paulo Branco e o Adminis­ Estar pronta para a dança. É muito importante. trativo é Vanessa Goes. O professor de Dê a você mesma esta oportunidade. técnica clássica é Sacha. O Ópera Pau­ lista já tem coreografias de Victor Aus- tin e Angela Nolf, todas elas em fase de acabamento. Antes de estrear na capi­ Nova Sede Rua Tabapuã, 207 - Fone: 883-1266 tal, o grupo irá percorrer todo o inte­ rior do estado. Ainda não há datas certas para a estréia.

6 DANÇAR Com Guamiére renovam-se as esperanças Há apenas dois meses de posse do O tecido de Lycra® cargo de Secretário Municipal de Cul­ tura, Gianfrancesco Guarnieri encon- tra-se numa fase de reconhecimento mais famoso do País. dos problemas (que não são poucos) que essa Secretaria acarreta. Ainda não familiarizado, mas cons­ ciente das dificuldades enfrentadas pelos diversos setores culturais paulis­ TDB TEXTIL DAVID BOBROW S.A.-Av.Thomas Edison,929-CEP01140 tas, inclusive a dança, Guarnieri mos­ O fio ekataoo que tra-se bastante otimista quanto aos ru­ Tel. 825-1033 (PABX)-Cx. Postal 50492-Telex 011-32691-São Paulo-tírasil só a Du Pont fabrica. mos que serão tomados por esse seg­ mento, a começar pelo reinicio de ati­ vidades do nosso improdutivo Ballet da T) E N c DIREÇÃO ARTÍSTICA: CÉLIA REIS Cidade de São Paulo, que depois de A w jazz - dance - moderno quase dois anos sem nenhuma monta­ gem significativa, volta a atuar em “Ab­ - Clássico - Sapateado - surdos”, coreografia de Susana Ya- Prof. Igor maushe e direção de Flávio Império. AFRO Gianfrancesco pretende ficar com­ T AI-CHI-CHU AN pletamente a par das atividades do DANCA CRIATIVA Municipal; de como são feitas as audi­ GINÁSTICA AERÓBICA CURSOS DE MANEQUIM ções; se todos têm acesso e, se não, por MUSCULAÇÃO EM APARELHOS quê; se há elitização no meio, etc. MÉTODO LABAN PARA CRIANÇAS Os problemas estão aí — alguns ANTI-GINÁSTICA (T. BERTHERAT) sem nenhum indício de resolução, o 7/CA E GINÁSTICA ESTÉTICA E CORRETIVA caso da insuficiência das verbas,, por TODOS OS CURSOS PARA AMBOS OS SEXOS exemplo — quase os mesmos dos anos anteriores, mas resta a esperança na R.JESUÍNO MACIEL, 136 - BROOKLIN FONE (011) 543-0116 (SP) gestão desse novo Secretário, que, em vista das perspectivas democráticas na política do país, reivindica também pa­ ra as artes a democracia plena. INTERNACIONAL

Jiri Kylian, diretor artístico do Ne- derland Ballet, obteve sucesso com a I coreografia “Sinfonia dos Salmos”, enba -firles aclamado como um ballet que há muito não se via. está apresentando suas coreografias num único espetácu­ Pré-Dança - Ballet Clássico - Ballet Moderno lo, dançado pelo Ballet American Thea- tre com solo de . A Ginástica Rítmica Modeladora - Ginástica Jazz Cia. de Twyla Tharp estará nos visitando em breve no Teatro Cultura Artística. Sapateado - Patinação - Judô No próximo dia 11 de maio, a Deusa da Dança Contemporânea, Martha Manequim especial para crianças Graham comemora os seus 90 anos de idade. Sua Cia. se apresentou durante duas semanas entre os mêses de feve­ reiro e março, no New York State Thea- tre da Cia. de Balanchine, que abriu suas portas especialmente para apre­ sentações de dois novos da pró­ RUA NAZARETH PAULISTA, 6 7 pria autora e a apresentação de Sagra­ ção da Primavera e Sonho de Fedra. DANÇAR 7 A ARTE 0 0

CORPO EM HARMONIA E MOVIMENTO EXPEDIENTE Dançar — Empresa Editorial de Comunicações Ltda.

Rua Benjamin Constant, 23 - 5o andar conj 49 Cep 0 1 0 0 5 - São Paulo - SP Tel: 279-0485 - 240-4736 Redação-321071 Bastidores Neste número abrimos um Diretor Geral espaço dedicado ao leitor e Pedro Geraldo Bianco Jr. às informações nacionais e internacionais, coletadas Diretora Administrativa por Ismael Guiser e Marcos Carmen Lobos Bragato.

Redação Terlânia Bruno

Depto. de Arte Diretor de Arte: César Camarinha Filho Criação Publicitária: Tania Regina Ferreira Entrevista Diretor Artístico e Coreó­ Past Up grafo, Antônio Cardoso, Eleusipo Zambrotti nos fala de seus trabalhos: êxitos e mágoas. Colaboradores São Paulo: Ismael Guiser, Christine Greiner. Marcos Bragato, Julieta Penteado, Shiro. Rio de Janeiro: Antonio José Faro, Fátima Bernardes, Tito. Belo Horizonte: Selma Andrade e Lílian Brasília: Fátima Viana Ballet Du Genève Fotógrafos Paulo Pinheiro, Mário Castello, Thomas Ko- Tendo no seu elenco 6 bai­ lisch, Cláudio Renato, Carmen Lobos larinos brasileiros e também a assistente de direção, a Cia. suíça se apresentou só Jornalista Responsável em São Paulo. Carmen Lobos

Publicidade: Suely Silvestrini Carlos Xavier Ginástica Aeróbica Capa Saiba um pouco mais sobre Ballet Du Genève esse estilo de ginástica, que Foto de Divulgação em tão pouco ganhou tan­ tos adeptos. Representante

Rio de Janeiro Radial-Representação de Publicidade Ltda. A v. Pres. Vargas, 392-22 andar - conj. 2215 - Tel. 253-5973-5874-263-7359-263-7431 Composição O Estado de S. Paulo Fotolito: Projeção

Impressão Apoio: Serviço Brasileiro de Dança INACEN • Secretaria de Cultura - MEC Transinvest Editora e Gráfica Ltda.

Distribuição DINAP — Abri! S.A. Cultural As matérias assinadas não repre­ sentam necessariamente a opinião da revista.

8 DANÇAR AMANDAeVERONICA BALLET

Jazz Ballet Clássico Moderno Baby-Class Sapateado Iniciação Artística Curso para profissionais

DIR. ART.: VERÔNICA COUTINHO

Al. dos Anapurus, 423 fone: 549-2387 549-5003 Av. Indianópolis 595 fone: 571-0788 549-5659 Considerada a estrela maior do ballet brasileiro, Ana já dançou vários primeiros papéis sempre acompanhando grandes nomes internacionais. Agora, dá o seu grande salto rumo à Europa. Ana Botafogo tomao rumo da Europa

Antonio José Faro A notícia estourou como uma Europa, onde deveria juntar-se a saem brigadas com seu diretor, ou bomba. Ana Botafogo, talvez a bai­ uma companhia inglesa. outras, como Nakarova, que dei­ larina hoje em dia mais festejada xou o por do Brasil e aquela que, sem som­ É claro que os boatos fervi­ duas temporadas, por insatisfação bra de dúvida, teve seu talento lham e que todos tentam ver pro­ com seu repertório. No caso de devidamente escudado por admi­ blemas onde talvez não existem. É Ana Botafogo desconhece-se qual­ nistrações que lhe deram todo o direito de todo artista lançar-se quer briga ou desavença com a apoio e permitiram-lhe dançar em aos novos caminhos que lhe sejam direção do TM, e ela inclusive deu pouco tempo uma boa parte dos abertos, estender seus horizontes entrevista a esta revista, por oca­ grandes papéis de ballerina, pe­ e o seu repertório. Há bailarinas, sião da montagem deDon Quixote, dira demissão do Balé do Teatro como Gelsey Kirkland quando dei­ em que declarava textualmente Municipal do Rio e voara para a xou o New York City Ballet, que pretender seguir sua carreira 10 DANÇAR Ana Botafogo em “Coppelia” na temporada de 81 do Balé da Funarj abrilhantando o balé nacional. Por programação do Municipal pode que essa súbita volte-face? facilitar a vida de seus ensaiado- Será dificil especular sem to­ res e administradores,mas é estio- car em pontos sensíveis. É possível lante para seus bailarinos, repe­ tenha havido uma maturação da tindo noite após noite a mesma artista após aquela entrevista e coisa, e cujo aborrecimento acaba que a oportunidade seja daquelas passando para a platéia, como nas irrecusáveis. Não se pode ainda últimas apresentações deGabriela. descartar a possibilidade de uma Qualquer que seja a razão, Ana insatisfação íntima com o sistema, vem juntar-se à Desirée Doraine, ou falta de, do repertório do Tea­ Beatriz de Almeida, Jadyr Pican­ tro Municipal, com poquíssimos ço, Fernando Mendes e outros programas montados durante o mais, que vão em busca de melho­ ano, oferecendo escassas oportuni­ res plagas para desabrochar sua dades de desenvolvimento e de arte. Ficamos nós e o nosso balé, progresso ao artista. Em 1983 o empobrecidos com estas perdas, Municipal montou três programas, na esperança de que das salas de todos de balés longos, e a Botafogo aula saiam outros talentos iguais... tomou parte em apenas dois, em até estes irem-se também, pois o que se revelaram mais uma vez o mal parece ser de raiz, das compa­ seu talento e a sua técnica, mas lhe nhias, das organizações, que não deram pouca chance de desenvol­ Ana e Bujones numa permitem ao artista maturar-se memorável apresentação no vimento artístico. O problema de Municipal de São Paulo aqui, em terreno nosso, sendo obri­ Ana é o de todos os bailarinos que gados a deixar nossa terra para vêem o tempo passar fazendo mui­ em quatro programas, dançou seis alcançarem o nível que desejam e ta aula, mas dançando pouco e papéis diferentes no espaço de dez que merecem. Uma pena, mas de­ criando menos ainda. A Botafogo dias. sejamos à Ana toda a felicidade, em 1983 apresentou-se apenas em Claro que a comparação é rela­ sucesso e progresso que ela mere­ La Filie mal gardée e em Casse tiva e tem de ser julgada dentro de ce, e aqui ficamos torcendo por Noisette. Durante minha recente cada organização. Mas não há co­ ela ■ ida a Nova York, Maria Calegari, mo negar que o sistema atual de DANÇAR 11 Gilberto

Antonio Carlos Cardoso Marcos Bragato

Convidado para reformular o ex-CBM Europa (França e Alemanha) na exercer a nossa profissão específi­ (atual Balé da cidade de São Paulo), em 1974, busca de novos caminhos. Não se ca (vivíamos de TV, Shows e dar Antonio Carlos Cardoso desponta como um dos adapta e volta ao Brasil, onde faz a aulas). Nós dois coreografamos, mais brilhantes diretores artísticos de nossas sua primeira coreografia para a mas a parte da direção geral foi “Sociedade Balé de São Paulo” Companhias Oficiais. Realiza um trabalho de ficando naturalmente comigo e na que se chamava “Sem Título”. prática percebi que era algo que alto nível e no repertório obras de Oscar Araiz, Mais tarde dirige e coreografa com poderia fazer bem. Acho mesmo Victor Navarro e Luiz Arrieta. E demitido, fins Marilena Ansaldi o grupo “Dança- que nasci organizado e organizan­ de 1980, por um Secretário intçmpestivo e viva”. do... Depois fui para a Bélgica sem pelas intrigas e calúnias desencadeadas contra Pela segunda vez vai à Europa, pensar em retornar ao Brasil, sua pessoa, que passam a ser prática corrente como bailarino contratado para o quando a Ansaldi novamente en­ naquele ano. Todos interessados no poder, “Real Ballet de Flandres” (Bélgi­ trou em minha vida. Havia sido mas sem competência e qualidades para dirigir ca), onde, também faz uma coreo­ proposto a ela a direção do ex- uma Companhia Oficial. grafia. A partir dessa época a vi­ CBM por José Luís Paes Nunes, vência adquirida, através de cur­ Em 1981, também, como convidado, im­ que dirigia o Movimento Mário de sos de todas as técnicas, com uma Andrade. Ansaldi disse a ele que planta e dirige o Balé do Teatro Castro Alves dança profissional, vai somar em eu seria a pessoa certa. Em 74 (Salvador). Por 3 anos sucessivos, cria uma sua carreira. Retorna ao Brasil, assumi a direção do ex-CBM. sólida estrutura (à semelhança do que já Kavia novamente, mas desta vez é convi­ Dançar — Você conseguiu criar feito em São Paulo) de trabalho, onde os seus dado para dirigir o ex-CBM. De uma estrutura sólida no ex-CBM e frutos já estavam sendo colhidos. Mas, nova­ 1974 a 1980 reformula, segundo sua a partir dela definiu uma linha de mente, é demitido (com muitas similaridades a concepção estética, e coloca a trabalho. Qual é a receita (se é que de São Paulo) pelas autoridades estatais da Companhia Paulista no primeiro ela existe)? Bahia, que, aliás, desconhecem completamente plano da dança brasileira. Recebe Cardoso — Não sei se existe recei­ o prêmio “Governador do Estado” ta. Acho que não. Creio que as o que seja lidar com "Dança Profissional".. por serviços prestados à Dança. pessoas são ou não talhadas, têm Dessa atitude uma certeza: as Companhias Estimula e desenvolve a experiên­ ou não têm talento e conhecimento Oficiais Brasileiras estão orfãs de um diretor cia com novos coreógrafos e que para exercer funções. artístico do porte de Cardoso (exceção feita ao desse trabalho surge os dois me­ Infelizmente, aqui no Brasil prin­ Rio de Janeiro e Curitiba). "Nesta batalha lhores prgfissionais que temos cipalmente, as pessoas não enten­ quem está ganhando são os 'modernosos' com nessa área atuando em nosso país: dem bem o que é necessário para prejuízos para a verdadeira dança contempo­ Victor Navarro e Luiz Arrieta. E ser um Diretor de Balé e acredi­ rânea." cria, entre outras, as coreografias, tam que alguém por ser coreógra­ “Nosso Tempo”, “Aquarela do Bra­ fo, professor, etc... poderá, tam­ sil” e “Maria Quitéria”. bém, dirigir uma Cia. Para dar Dançar — Como aconteceu a opção certo, o principal é entender bem ardoso iniciou seus estudos de trilhar os caminhos da direção as pessoas que devem formar a em Porto Alegre em 1958. artística? equipe, digamos, diretiva e esco­ C Após dois anos é contratado Cardoso — Acho que aconteceu por lher o elenco e a equipe técnica. pelo Corpo de Baile do Teatro Mu­ necessidade, uma vez que em São Devem ser cabeças afinadas e que nicipal do Rio de Janeiro. Mas, Paulo o mercado era mais duro e estejam acreditando na proposta como o esquema de trabalho, ain­ as condições mais difíceis do que de trabalho. da, era diletante, resolve partici­ atualmente se encontram os gru­ Dançar — A colaboração de uma par em shows, fazer televisão e pos independentes. A Marilena boa assistência artísticas (no caso musicais. E dessa experiência sua Ansaldi propôs um espetáculo que do ex-CBM, a participação de Ira- vida profissional sai enriquecida. se chamou “Dançaviva” e foi apre­city Cardoso — hoje ela integra os Sendo sempre um bailarino des­ sentado no MASP. Neste espetácu­ quadros do “Ballet Du Grand contente com o que dançava, resol­ lo falávamos exatamente dos pro­ Theatre de Geneve”) deve ser im­ ve partir, pela primeira vez, para a blemas que encontrávamos para portante para a realização dos pro­

12 DANÇAR jetos. Como se daria no dia-a-dia esse processo? Cardoso — Esta cooperação é fun­ damental. É a mola mestra onde se apóia a Cia. Assim foi a Iracity Cardoso no ex-CBM e a Ariane Asscherick no Balé do Teatro Cas­ tro Alvés. Entre diretor e assisten­ te tem que existir muita identifica­ ção e confiança mútua. É um cargo de confiança que só o diretor artís­ tico pode escolher. O assistente é o elo de ligação entre diretor, técni­ cos e o elenco. Se o assistente não funciona, a Cia. também não anda. Porque, especialmente no Brasil, um diretor tem que ocupar-se de diversos assuntos alheios ao seu cargo específico e se ele não tem espaço para agitar todo os setores da administração o grupo se situa­ blicamente pela Diretora da Fun­ rá no marasmo. O fundamental, percorrendo essa estrada. dação. Não se trata de minha dedu­ Cardoso - Acho que já é uma reali­ também, é que entre os dois haja ção. Com a minha saída e a entrada uma relação de absoluta honesti­ dade. Há grupos como o Balé Sta- dela, o grupo não era mais neces­ gium, o Corpo e outros que já são dade, de uma constante e produti­ sário. E o que fazer com o grupo? va autocrítica. uma afirmação. E há trabalhos Como este casamento vai funcio­ individuais de coreógrafos, o meu Dançar — Qual a sua posição dian­ nar, só o tempo dirá. te da criação de Grupos Experi­ inclusive. O que é Dança Brasilei­ ra? É difícil colocar um termôme­ mentais em Cias. oficiais ? Vide o "Em São Paulo, foi uma tro e decidir o que é ou não é exemplo de São Paulo, depois de sua retirada e agora em Salvador iniciativa do secretário, Brasileiro, dentro do que é feito com a absorção pelo teatro Castro que buscou aliados na aqui. Claro que, música, tema, vi­ Cia., interessados sual e coreografia de brasileiros Alves dos elementos do ex-grupo não dão sempre como resultado da nova diretora. Na primeira Cia., em tomar o poder" uma arte nacional. Mas, acho que o projeto revelou-se frustrado e precisamos continuar dançando agora na Bahia? Dançar — Tem semelhanças os em Português. Acho que atingimos CARDOSO — Acho que depen­ acontecimentos que resultaram na o ponto, quando levamos ao palco de de cada Cia. em particular. Co­ sua demissão das duas Cias.? Pare­ algo que identifique nossa realida­ mo exemplo, talvez, fosse útil pa­ ce que o desenlace no Municipal de e essência como cultura de um ra a Ópera de Paris e desnecessá­ de SP restringiu-se ao nível inter­ povo. Isto é mais do que adaptar rio para o Balé de Geneve, pois o no da Secretaria, mas no Teatro folclore ou estilizar Danças Popu­ Oscar Araiz (diretor artístico da Castro Alves tornaram-se públicos lares. Não deixa de ser fatores Cia. Suiça) já faz um trabalho con­ os acontecimentos. Você não acha importantes (quando bem utiliza­ temporâneo. Por esta mesma razão que, o grupo ideológico que articu­ dos) na nacionalização de um espe­ a criação do grupo junto ao Balé lou esse rol de intrigas na Metró­ táculo. Mário de Andrade já disse da Cidade foi como “chover no pole Paulista tem muito a ver com algo mais ou menos assim: é mais molhado”. Para as grandes Cias., os baianos? válido qualquer tentativa de Arte como o Balé d a FUNARJ, até pode­ Cardoso - Responderei em separa­ ria ser útil pois um grupo menor do: em São Paulo foi uma iniciati­ poderia arriscar um repertório va do Secretário, que buscou alia­ "... talento, gostar do que faz, dos na Cia. interessados em tomar técnica para ter condições "Por esta razão a o poder. Em Salvador, partiu da de exprimir-se, honestidade criação do Grupo Assessoria direta da Diretoria da profissional, ser Experimental junto Fundação, aliás, uma pessoa por criativo e disciplinado...” ao BCSP foi como demais indecisa para decidir. A citada assessoria começou por de­ Nacional do que a melhor repro­ chover no molhado" mitir a Direção do Teatro, gente da dução de uma cópia estrangeira. melhor qualidade profissionl è daí Dançar - Quais são os requisitos mais arrojado, ser um espaço para partiram para cima de mim. Quan­ para ser um bom bailarino e um novos coreógrafos e além de po­ to à relação de um caso com outro, profissional respeitado? der, também, ser mais útil e atingir penso que ocorre pelo fato das Cardoso - É necessário uma asso­ espaços que não podem ser ocupa­ administrações culturais, em sua ciação de uma série de fatores, dos pela grande Cia. Por estas ra­ generalidade, quererem simples­ para que isto se realize plenamen­ zões é que a sua criação em Salva­ mente trocar as pessoas, cortar as te: talento, gostar do que faz, técni­ dor, foi, também, desnecessária. cabeças da administração anterior ca para ter condições de exprimir- Em São Paulo, não sei qual a razão sem analisar se o trabalho era ou se, honestidade profissional, ser que levou oKlaussVianna a criá-lo. não de qualidade. E o pior que criativo e disciplinado sem que Em Salvador, como não convidei fazem isso até por interesse pes­ isso torne-se (ou pensa em tornar- mais a Lia Robatto para coreogra- soal em agradar às pessoas mais se) uma peça na engrenagem co- far para a Cia., ela como assessora próximas. Não são decisões profis­ reográfica. A nova geração precisa de dança da Fundação Cultural sionais. entender que disciplina não é ser­ criou o seu grupo para ter um Dançar - Dá para pensar em Dança vilismo e nem perda da personali­ espaço subvencionado para coreo- Brasileira? O que é a Dança Brasi­ dade. grafar. Aliás, isto foi declarado pu­ leira? Afinal, muitos grupos estão

DANÇAR 13 APPD. Saiba porquê esta associacão é tão criticada. A APPD já está no seu 7- ano de vida. Muitas pessoas ligadas à dança ainda não conhecem o seu trabalho e o quanto já foi realizado. E muitas, conhecendo, só fazem criticar. Por quê? Nestes anos todos, a Associação Paulista dos Profissionais de Dança trabalhou para unificar a classe, promovendo uma série de eventos e cursos. Veja FESTIVAL NACIONAL DE DANCA - Já está no seu 4* ano de realizações. É a maior mostra de dança realizada no Brasil, contando com a presença de todos os grupos profissionais de São Paulo e os melhores de outros Estados. ENDA — Encontro Nacional de Danca Amadora — Está no seu 3? ano, tornando-se o mais importante evento de dança semi-profissional no País. Participam deste evento grupos amadores da capital e interior de São Paulo filiados a APPD e grupos convidados de outros Estados. O objetivo principal é a oportunidade destes grupos se apresentarem para públicos diferentes, num encontro com grupos de todo o Brasil. MOMENTOS DE DANÇA - É a seqüência do ENDA. Os melhores trabalhos se apresentam em teatros de periferia do Estado. ENCONTRO DE DANCA CONTEMPORÂNEA e MOSTRA DE JAZZ — E a oportunidade para novos grupos apresentarem seus trabalhos em conjunto com outros da mesma natureza temática. SEMINÁRIOS, CURSOS E PALESTRAS - Todos estes eventos são seguidos de aulas promovidas pela APPD eom os melhores professores do Brasil. Com a popularização destes eventos, à a Associação ajuda a difundir e estimular a prática da dança em São Paulo e apresenta para o público grupos e profissionais novos ou conhecidos que atuam para elevar e dignificar a classe. Toda associação é o resultado do trabalho de seus diretores, com o apoio de seus associados. Omitir-se e criticar é sempre mais fácil do que procurar realizar, apontar falhas, sugerir soluções e participar. Esta é a razão das críticas. A Associação Paulista dos Profissionais de Dança aceita para seus quadros de associados academias, coreógrafos, professores e ■ ■ ■ ■ /^ S S O C lf O O PAJLISTK estudantes de dança. Entre em contato conosco pelo tel. 283-3539. A APPD DOS PROFISSKDNNS DE D4NÇK pode fazer muito mais com o seu apoio. Rua Teixeira da Silva, N°. 419 - Paraíso - Ceo 04002 - São Paulo A dança em

NQAYDRKAntonio José Faro

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John Carrafa, Shelley Washington na coreografia ”Bakerfs Dozen” de Twyla Tharp

na. Isto faz com que o público Estas considerações me vêm à p americano e seus críticos estejam mente após ver quatro performan­ ■ ara muitos, Nova York é o ano inteiro vendo todos os estilos ces do New York City Ballet, com atualmente a capital da dança. Pe­ possíveis de dança, tendo aprendi­ razão colocada entre as seis me­ lo menos em número de espetácu­ do a colocar cada um dentro de sua lhores do mundo, mas cuja propos­ los, de companhias que a visitam e própria perspectiva e sem fazer ta é diametralmente oposta a uma de diversificação de estilos, pare­ comparações impossíveis. Assim, a boa parte do que temos visto ulti­ ce ser mesmo. Três de seus teatros, companhia de Maurice Béjart é mamente aqui no Brasil, principal­ o State Theater, o City Center e o julgada pelo trabalho que apre­ mente Béjart, em quem os ameri­ Joyce são quase que inteiramente senta e o mesmo acontece com o canos reconhecem um grande ho­ dedicados à dança e em janeiro e Royal Ballet sem que seja julgada mem de teatro, mas um mau coreó­ fevereiro, meses considerados fra­ “culpada” do crime de não copiar grafo, como a crítica Anna Kissel- cos, você podia escolher entre o aquela que você prefira. Cada pro­ goff do New York Times, para New York, City Ballet, a Twyla posta é vista sob suas próprias quem a versão de “Le Sacre du Tharp Dance Company e as de Lar luzes, seu estilo, a qualidade de Printemps” foi a última boa coreo­ Lubovich, Murray Louis e Alwin seus artistas e o resultado de seu grafia do mestre francês cujo tra­ Nikolais além de dezenas de reci­ trabalho e ainda que preferências balho atual é comparado a “junk tais e de espetáculos de periferia pessoais existam normalmente, o food” e invariavelmente triturado ou experimentais, que são apre­ sentido de justiça ao julgar-se um pelos críticos. O NYCBallet, onde sentados desde estúdios de dança balé, se sobrepõe em tese ao dese­ continua a pairar a figura excelsa cheirando a suor e poeira até nos jo de só elogiar aquilo que nos do recentemente falecido George jardins do Museu de Arte Moder­ interesse pessoalmente. Balanchine, que a fundou e dirigiu DANÇAR 15 o piano toca Chopin enquanto cin­ co casais durante 50 minutos nos passam uma mensagem de amor, amizade, carinho e beleza que va­ lem toda a parafernália cênica de um Diechterliebe, por exemplo. Es­ tas emoções não nos são empurra­ das alma a dentro com um trata­ mento de choque Bejartiano, mas nos penetram com sutileza, pouco a pouco, nos convidando a partici­ par da vida e não nô-la sendo im­ posta quase que à nossa revelia. Davidsbundlertanze de Balanchine insere-se nesse contexto. São qua­ tro casais que, lentamente, nos im­ buem do drama de Schumann, per­ de aos poucos a razão, num cres­ cendo emotivo impressionante. Tudo é mais sugerido do que dito, mas deixa marcas mais profundas que o explícito. de Robbins, do qual vi a segunda performance são 15 minutos de pu­ ro encanto com o perfume da Gré­ cia antiga nos envolvendo num ha­ lo de ritual e mistério. A companhia está numa forma impressionante, com estrelas co­ Maria CAlegari e Bart Cook dançam mo Suzane Farrel, Heather Watts, ”Glass P ila s” Sean Lavery e Helgi Tommason num pique de fazer inveja, ao lado durante 40 anos, segue o dogma de quanto o seu recente Schubertiad de Calegari que parece, será a que a música e a dança devem se ressente-se de ser muito longo e grande estrela americana de balé sobrepor a cenários complicados, repetitivo nas emoções que apre­ dos anos 80 e novatos como Jock guarda-roupas esfuziantes ou men­ senta. Já trabalha Sotto, Gen Horiuchi, Lourdes Lo­ sagens políticas. Todo o seu imen­ exatamente ao contrário. Robbins pes e Stacy Cadell mostrando o so repertório, onde além de Balan- já era coreógrafo de nome quando valor de sua escola. Não é à toa chine estão representados ainda juntou-se ao NYCBallet e a in­ que em Londres, no ano passado, Jerome Robbins, John Taras, Peter fluência de Balanchine em seu tra­ 67 de seus 96 bailarinos dançaram Martin, Jacques D’Amboise e Hel- balho é menos acentuada. Seus ba­ primeiros papéis ou solaram, tal é gi Tommasson, se pauta por esta lés Opus 19: The Dreamer e o lin­ a forma técnica dessa companhia, regra. Isto não quer dizer que seja díssim o po­ hoje com 116 figuras em seu elen­ despido de emoção. Balés cç>mo dem parecer abstratos à primeira co. Seria imperioso que a víssemos , . Western vista, mas estão carregados de aqui para ver qual seria a reação Symphony ou são bordados emoção e sentimento. Em Dances, de nosso público, tão viciado em com um leve perfume de sentimen­ tos, de encontros amorosos ou de desencantos. O primeiro, do qual vi uma primorosa execução com as jovens Merril Ashley, Kyra Ni- cholls e Maria Calegari fazendo maravilhas nos papéis femininos, nem parece ser a mesma obra que o Balé do Scala dançou por aqui recentemente. Os passos eram os mesmos; o espírito eludiu os italia­ nos. É certo que Balanchine, de fama e reputação feitas, deu-se ao luxo de experimentar e há balés como o Kammermusik n° 2 em que a aridez começa pela música de Hindemith e segue pela intrincada coreografia para dois casais e oito rapazes em que não há o menor vislumbre de emoção, além do pu­ ramente visual e técnico de ver-se doze esplêndidos bailarinos em movimento. Peter Martin, agora di­ retor da companhia, segue esta es­ cola anti-séptica, seu Concerto pa­ ra dois pianos (Stravinsky) deixan­ ”Kanmermusik do-nos frios diante de tanta técni­ no 2 ” — Kyra Nichols, ca a serviço de muito pouco, en­ Karin von A roldingen 16 DANÇAR Corpo de B a ile

mensagens grandiloqüentes e en­ torna-se cansativo com a repeti­ klin Academy of Music, onde reali­ gajamentos políticos, à proposta ção, estes momentos são poucos zou uma sensacional temporada de de boa dança do NYCBallet. Mas durante cada récita e sai-se do duas semanas que quebrou todos qual o empresário que se arriscará teatro com a sensação de ter-se os recordes de audiência naquele em trazer quase 200 pessoas ao assistido a um espetáculo montado teatro. Tharp é uma coreógrafa de Brasil? Bem, sonhar não custa... por computador e não por seres talento excepcional e em plena humanos. ascensão, o que nos foi permitido Não ví o grupo de Lar Lubo- verificar nesta temporada, com oi­ vich, mas ví os de Louis e o de A Twyla Tharp Dance Compa- to balés criados de 1971 até 1984. Nikolais. Murray Louis me parece ny, que nos visitará este ano, é agora a companhia oficial do Broo- Iconoclasta, controvertida, rompe- um criador num beco sem’ saída. dora de tabus e de preconceitos, Tendo visto seu trabalho já há assim é Tharp. Suas danças obede­ mais de seis anos, não verifiquei o cem a uma rigorosa organização* menor progresso em sua proposta, em que cada passo tem sua razão é como se ele tivesse parado no de ser, porém em obras como Eight tempo e no espaço. Sua companhia Jelly Rolls e Sue's Legs parece que é pequena e desigual, física e tec­ estamos assistindo a uma improvi­ nicamente parece que sua propos­ sação, a um quase “happening”. ta já não interessa a ninguém. No dia em que fui, deveria haver cer­ Suas obras mais recentes são mais ca de 100 pessoas num teatro de tranqüilas ou menos preocupadas 2.800 lugares. M elancólico. com a criação de um estilo próprio, que já existe e que explode em Fait Não julgo a de Nikolais uma Accompli e no maravilhoso Nine companhia de dança. Os bailarinos Sinatra Songs com oito casais em aqui são parte do cenário móvel e trajes de gala nos dando todas as da intenção de objetos em movi­ emoções e formas de amor por que mento ao som de música eletrônica pode passar um casal. Preparem- e explosões luminárias que perfa­ se, pois é diferente de tudo o que zem a obra daquele coreógrafo. já vimos e deve ser enfrentado de Não há humanidade ou calor nes­ peito aberto e sem ser comparado ses bailarinos e seus movimentos com nada, porque não há como existem oomo complementação da comparar. Os 16 bailarinos da com­ tecnologia de Nikolais e a emoção panhia são de alto nível e não é à que nos fica vai por conta de certos toa que Tharp é considerada a momentos em que todos esses ele­ coreógrafa jovem mais “quente” mentos se fundem para nos ofere­ K arin da América hoje em dia. cer um instante de beleza visual von Aroldingen, Kipling Houston, como no já famoso Tent. Mas tudo Maria Cale gari • 17 d a n ç a r LEITURA Viver o seu corpo JULIETA PENTEADO Em cada um deles conta a evolu­ o praticante não conseguindo en­ Viver o seu corpo - Por uma ção da educação física e dos espor­ tender como se realiza a respira­ pedagogia do movimento Autoria: Yvonne Berge tes, relacionando a seguir as ção. Até agora, o único trabalho Tradução: Esteia dos Santos Abreu obras publicadas e a legislação sem falhas neste sentido é O Corpo e Maria Eugenia de Freitas Costa existente. O mais interessante se Tem Suas Razões, de Thérèze Ber- Editora: Martins Fontes acha na primeira parte dos capítu­ therat, na ótima tradução de Stella Ano: 1.981 Páginas: 162 los, onde o autor fala da evolução dos Santos Abreu. Sugerimos uma da educação física. Esta, nos pri­ revisão para a próxima edição de Escrito em 1.975, há quase 10 meiros períodos, se confunde com Chi-Kun. No mais, os exercícios anos, não perdeu nada da sua atua­ a própria forma de viver, pois não que estão bem explicados são de lidade. Trata de questões funda­ havia uma disciplina formalizada. fácil consecução, podendo ser ex­ mentais — as do nosso corpo visto À medida que vão entrando no perimentados dentro de qualquer como um soma. Traduzidas num Brasil modelos europeus, o autor proposta séria de pedagogia cor­ estilo muito claro, vivo e agradá­ destaca pedagogos e especialistas poral. vel, as idéias de Yvonne Berge em ginástica, alguns deles grandes passam para o leitor estabelecen­ pensadores, por sinal. Obra um Expansão e Recolhimento do com ele uma total cumplicida­ tanto primária na sua concepção e A essência do T'ai Chi de. A grande força do livro é a conteúdo, seu interesse repousa Autoria: Al Chung-liang Huang verdade — a constatação da re­ nos dados muito úteis para uma Editora: Summus Editorial pressão e do empobrecimento a pesquisa mais ampla e na parte da Tradução: George Schlesinger e Mauro Rubinstein que o tipo de vida que levamos nos “educação física” dos indígenas, Ano: 1.979 Páginas: 245 fez chegar. Ao concordar com o esta sim, muito interessante. Não irrefutável, predispomo-nos às sabemos por que Inezil omite os Interessa principalmente aos propostas de recuperação da au­ negros nesse seu levantamento da adeptos do Pai chi chuan e de ou­ tenticidade do movimento que a atividade física brasileira. A es­ tras artes corporais orientais. Tra- autora oferece. E, então, somos cravidão teria reprimido qualquer ta-se de uma série de conferências apresentados a uma porção de ca­ expressão física que não fosse a diárias que o autor realizou duran­ minhos que levam à educação do atividade decorrente do trabalho? te um workshop nos Estados Uni­ movimento, desde como fazê-lo Fica ao leitor a sugestão de um dos sobre Pai chi. São conversas reaparecer até as formas de esti­ tema para ser desenvolvido e pes­ em tom informal, quase que de mular sua expressão através da quisado. reflexão pessoal, dirigidas ao gru­ música. Fala-se de adultos, de po que realizava os movimentos e crianças, fala-se de professores e Chi-Kun - A Respiração Taoísta, posturas dessa arte chinesa tão de alunos. De todos, enfim, que Exercícios para a Mente difundida agora entre nós. Quem desejam engajar-se nesse grande e para o Corpo. Autoria: Sonia Amaral não conhece nada desse trabalho desafio — o maior de todos, talvez, ficará meio perdido ao ler obser­ nesta nossa época alienante que é Editora: Summus Editorial Ano: 1.984 Páginas: 133 vações sobremão de nuvem ou de o de conhecer e fazer crescer o como agarrar a cauda do pardal, próprio corpo. A autora expõe suas Sonia Amaral trabalha no Rio pois estes são os nomes de algumas idéias, conta casos, dá exemplos, de Janeiro com uma adaptação posturas e movimentos. Para os abre o campo da pedagogia do pessoal do método chinês do médi­ que conhecem e/ou praticam o Pai movimento. Para quem trabalha co Hwa-T’0 , que viveu cerca de chi é um livro excelente. Expõe com o seu corpo ou com o dos trezentos anos antes de Cristo. Es­ uma forma mais aberta, eclética e outros, seja através da dança, ou se método se baseia na postura dos descontraída de treinamento em não, temos aqui um livro funda­ animais e dá a maior importância que o autor critica a repetição me­ mental. à respiração. A filosofia que envol­ cânica de movimentos isolados. ve os movimentos propostos é a do História da Educação Para ele, Pai chi é uma filosofia, Física no Brasil taoísmo. Nas 133 páginas do livro, um modo de perceber a realidade, Autoria: Inezil Penna Marinho Sonia Amaral expõe brevemente uma percepção do global, não im­ Editora: Companhia Brasil Editora algumas idéias básicas da filosofia portando tanto a cópia perfeita dos Páginas: 140 oriental — o taoísmo —, nos fala de segmentos que formam uma deter­ Yin e Yang e da respiração. Na minada seqüência, mas sim o espí­ Não encontramos ficha biblio­ maior parte do livro descreve uma rito com que se pratica. O tom gráfica, nem data nesta obra. A série de exercícios básicos. Fá­ encontrado pelos tradutores é Editora fica nos devendo estas in­ ceis, qualquer iniciante pode fazê- muito feliz, porque cria o clima formações. Temos aqui uma infor­ los, porém repete-se o defeito que exato que transporta quem lê para mativa, com muitas referências bi­ encontramos em muitos livros que a esfera do fluxo e refluxo, da bliográficas e da legislação brasi­ descrevem atividades práticas-al- “expansão e recolhimentos”, sen­ leira quanto ao ensino da Educa­ guns exercícios não são bem expli­ do a própria leitura um exercício ção Física no Brasil. O autor divide cados e/ou a explicação não cor­ de meditação. a nossa história em cinco períodos. responde às indicações da figura, • 18 DANÇAR BALLET DU GRAND THÉÃTRE DE GENÈVE MARCOS BRAGATO Com quatro bailarinos, a assistente de direção e o por obras do estilo desenvolvido por George Balanchi- professor de técnica clássica todos brasileiros, o “Bal­ ne. Montando a nova equipe, traz para assessorar seu let Du Grand Theâtre de Genève”, sob os auspícios da trabalho a brasileira Iracity Cardoso com quem já “Mozarteum Brasileiro” (com esses espetáculos a havia trabalhado no ex-CBM (Balé da Cidade de São abertura da temporada internacional) e que, por sua Paulo). Posteriormente convida outro brasileiro, o vez, contou com o apoio de um grupo de empresas professor de técnica clássica Yellê Bittencourt. Tanto privadas, apresentou-se no Teatro Municipal de São Iracity como Yellê, são os responsáveis diretos pela Paulo em dois espetáculos. preparação do grupo. O elenco com vinte e sete elementos é dirigido pelo O próximo passo foi o trabalho de assimilação da coreógrafo argentino Oscar Araiz. Pela companhia já nova proposta: uma dança contemporânea que absor­ passaram como diretores artísticos: o francês Serge veria a técnica do balé clássico, temperada por uma Golovine, o cubano Alphonso Catá, a americana Patri- constante teatralização. cia Neary (que hoje dirige o Balé de Zurique) e o Limitado pelo compromisso de apresentar algu­ alemão Peter Van Dyk. Convidado por Hugues Gall — mas temporadas anuais no Grand Théâtre de Geneve e ex-colaborador de Rolf Lieberman na Ópera de Paris com uma orquestra de peso como a “Orquestra de la — para assumir o posto, Araiz mobiliza os profissio­ Suisse Romande”, teria, por outro lado, compensações nais que descobriu e gostou em suas caminhadas pelas como a de poder se deslocar e de atuar em outras Cias sul-americanas, canadenses e européias. Além salas. dos brasileiros, agrupa americanos, argentinos, fran­ De Oscar Araiz, sabemos que começa sua vida ceses, canadenses, chilenos, belgas e suíços. profissional no Teatro Argentino de La Plata em 1958. Quando chegou para o novo trabalho, em 1980, Dirige o Ballet do Teatro San Martin (1968 a 1971), o encontrou uma companhia com excelente nível técni­ Ballet Contemporâneo da Cidade de Buenos Aires co, mas com um repertório basicamente preenchido (1972 a 1973), o Ballet Oscar Araiz (1974 e 1975) e, d a n ç a r 19 se mais pela música de Paul Hindemith, feita em homenagem a “Mathias Gruenewald” pintor do século XVI. Inspirado nos painéis pintados por Gruenewald na igreja de Santo Antonio, em Issenheim, na Alema nha, Hindemith cria a terceira ópera de sua carreira. O coreógrafo aproveita a suíte orquestral, extraída pelo compositor de sua ópera, em três movimentos com temas medievais. O Primeiro Movimento, “Con­ certo Evangélico”, Araiz compõe o que ele chama de finalm ente, o Ballet do Teatro Colón (1979). De suas “uma versão” infantil do “júbilo celeste”. O quadro é estadias na capital paulista, cria várias obras cujo belo. As seqüências coreográficas dão uma plasticida­ início se dá em 1972 no Balé Stagium. Descoberto por de toda especial. Os anjos, principalmente Roger Marika Gidali e Décio Otero, faz “Concerto de Ébano” Shim, desenvolvem o clima proposto pelo seu criador. e “Adagietto”. Depois, no ex-CBM, realiza: “Canções” As figuras são celestiais. Tudo é etéreo. O segundo e o (1976), “M ulheres” (1976), “Prelúdios” (1977) e “Cenas Terceiro Movimento, “O Sepultamento de Cristo” e a de Fam ília” (1978). Em Belo Horizonte, para o Grupo “Tentação de Santo Antonio”, finalizam com muita Corpo coreografa “Maria Maria” e “Último Trem”. qualidade o primeiro balé do programa. Pelas “Tenta­ O programa que o Balé deGenebra traz ao Brasil, não ções”, sobressai-se Claudine Andrieu. Os figurinos de é, seguramente, os melhores balés do repertório de Renata Schusseim estão perfeitos. É exatamente o que seu diretor artístico. “Mathias, o pintor”, criado em propõe o coreógrafo. Um único senão: a exitante outubro do ano passado, é a melhor das quatro coreo­ atuação técnica de Robert Thomas, quando da finali­ grafias apresentadas pelo grupo suíço. Araiz prende- zação dos movimentos.

Bonnie Wickoff em “Rhapsodie” — um movimento tipicamente Araiz “ADAGIETTO”, música de Gustav Mahler, é um Já no “Tango”, arranjos de Atílio Stampone, de pas de deux já conhecido por nós. Criado para o Ballet tangos populares argentinos e que assina também os do Teatro San Martin, em 1971, foi estreado no Brasil temas originais da trilha sonora, Araiz não procurou por Márika Gidali e Décio Otero, do Balé Stagium. A recriá-lo. O seu objetivo foi o de se aproximar desse obra musical foi criada para instrumentos de cordas e gênero de música, que exprime as características do harpa, o que permite a emissão de um som tranqüilo e povo argentino: por exemplo, a sensualidade. Atinge aconchegante. A obra coreográfica, por sua vez, acom­ em parte o seu objetivo. E essa parte foi a contribuição panha plenamente o esquema musical de Mahler. Os decisiva de Carlos Cytrynovski na exceção dos cená­ movimentos são lentos e contínuos. Nada se perde. rios e figurinos. O balé é muito longo e enfadonho. Tudo flui e torna-se um belo adágio. No grupo de Repetição excessiva dos movimentos. Construção irre­ Genebra, a execução do pas de deux ficou a cargo de gular da obra: falta-lhe a teatralização e o maior Cheryl Wrench e Bill Lark, e Antonio Gomes e Claudi- aproveitamento do espaço. Nenhum achado e nenhu­ ne Andrieu. Esses dois últimos são melhores. Estabe­ ma intervenção especial. lece uma relação segura em cena e cada movimento é Infelizmente, os dois últimos balés não parecem infinitamente explorado (lindos, os cambrés de Clau- que foram criados pelo mesmo coreógrafo de: “Can­ dine). ções”, “Mulheres” e “Cenas de Família”. Nestes, o Os dois últimos balés da noite, “Rapsodie” e “Tan­ inesperado e a agradável surpresa de um movimento go”, criados em 1981, decepcionam . Foi feito à partir bem elaborado, nos dava material para compreender e da Rapsódia sobre um tema de Paganini op 43 de apreciar a profundidade temática ■ Serge Rachmaninov. A música é densa,.mas Araiz não soube aproveitá-la. Ele optou por um tratamento for­ mal e abstrato no qual os bailarinos, em meio a um clima doentio, são escravizados pelo ritmo. Movimen­ tos e passos rápidos, secos e repetitivos. A redundân­ cia é a presença constante nesse balé. Aqui no Brasil, no Balé da Cidade de SP, Luis Arrieta usou da mesma música e fez uma coreografia belíssima, acompanhan­ do com precisão rítmica a rapsódia de Rachmaninov. A coreografia chama-se “Presenças”. O que é bom par; é bom p<

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Entrevista a Carmen Lobos

Marçal Barcelos Gerente Promoções da Sou Cruz /

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Dançar — Por que o Projeto Carl- bém a montagem de espetáculos ton decidiu investir no setor de de acesso a um público mais gene­ Dança? ralizado, no caso, os ballets tradi­ Marçal — O patrocínio de ballet do cionais, que são sempre uma atra­ Projeto Carlton tem como bâse um ^ o ò ^ ; 6noc\áss': ção para aquele público que não trabalho publicitário que a marca r orutaodo — freqüenta a casa de espetáculos. Carlton tem em cima de um seg­ ve-®^eCU«n debaWe's' j6 bo\\e's do^®b e\o,q'je .T Faz três anos que estamos traba­ *orta9««,d° v oS como oté erfoo mento específico. A campanha da n'orfaS á co \o sco - lhando de acordo com o nosso pla­ CO e espe pObVico cor t\Aur''°P CO 6 no P ^ ' CC marca Carlton sempre foi voltada penara- d o ^ essa nejamento e o Municipal passou a ,ezmo\or p o ^ s ter uma população de freqüenta­ para algum “raro prazer”. Quando alheio as a ,a „ez p -,s ^de 'BC foi escolhido o segmento promo­ A olhe'1 dores muito grande. cional, tínhamos a opção entre a Ia °

DANÇAR 25 Oxigenação, energia, vitalidade: segredos da atividade aeróbica. CHRISTINE GREINER De uns três anos para cá, algumas das mais famosas academias de ginástica começaram a conviver com um grupo diferenciado de alunos. O mesmo aconteceu com as escolas de ballet. Descontraídos e bem- humorados, os novos dançarinos trocaram as antigas sapatilhas por pares de tênis coloridos e meias soquetes. Os tradicionais collants, por minicamisetas. E até as "insubstituíveis" meias rosadas foram transformadas em shortinhos cavados. Essa moda, que se espalhou imediatamente por todas as butiques do eixo Rio-São Paulo, criou o chamado "visual aeróbico". Uma, entre todas as outras mudanças que a nova Ginástica Aeróbica proporcionou.

■ Marcus Vinícius (acima) desenvolve um trabalho muscular “dançante”; Garitta HHHHHiHHHHHHHBHHHHiH (abaixo) trabalha o limite físico (Cooper)

lém dos figurinos, a aeróbica encaminhou para algumas sa­ A las de aula, uma verdadeira para­ fernália de apoio! Equipes de orientação (monitores) com apare­ lhos especiais para medir a fre­ qüência cardíaca, pressão, etc. Um verdadeiro controle pessoal não muito utilizado pelas demais mo­ dalidades de ginástica. Essa varia­ ção de comportamento em relação aos alunos é decorrência direta do ritmo conferido às aulas (inspira cuidados especiais) e, principal­ mente, dos objetivos do curso. Carlos Roberto Garitta, profes­ sor de ginástica aeróbica do Olym- pia Park Training, em São Paulo, conta que essa técnica nasceu em 1.969 em Porto Rico, criada pela americana Jacky Sorensen. “Os exercícios eram dirigidos às mu­ lheres dos oficiais americanos que, assim como a própria Jacky — também casada com um deles — necessitavam de distração durante a guerra”. Misturando alguns de seus conhecimentos de dança e os princípios básicos de cooper, em três anos a ginástica aeróbica já tinha até uma associação, cujo pre­ sidente — como não podia deixar de ser — era a própria Jacky. 26 A divulgação para o resto do há limite de idade), naquele mo­ mundo foi inevitável, mas sem dú­ mento. Qualquer estilo é válido vida, ganhou impulso maior quan­ desde que responda às expectati­ do a atriz Jane Fonda decidiu es­ vas: samba, Michael Jackson, reg- crever um livro ilustrado sobre o gae ou Mozart. Mas é bom lembrar tema e gravar um tape que vendeu que essas seqüências de aulas e o milhões de cópias nos mais dife­ próprio repertório yariam demais. rentes países. Em algumas academias america­ No entanto, a ginástica aeróbi- nas (e brasileiras) — explica Garit­ ca que se pratica hoje, além de ser ta — não existe essa divisão de diferente da original, não tem se­ aula.í‘0 importante é manter-se o guido um padrão rígido. Ou seja, é tempo todo em movimento”. difícil (para não dizer impossível) falar num “estilo ginástica aeróbi­ Uma nomenclatura Os rapazes, ca” ou mesmo numa “escola do executivos inclusive, têm tido muito pouco apropriada participação maciça nas salas de aula. gênero”.Oque seobserva sãomilha- res de variações de metodologia, “Como uma escola indepen­ dependendo do professor (da sua dente, a ginástica aeróbica não Fernão Capello Gaivota, na música competência), da linha seguida pe­ tem fundamento suficiente para “Shunshine on the world” (sugere la academia e dos aparatos dispo­ existir. Qualquer movimento que uma sensação de transcendência) níveis. Segundo Garitta, existe trabalhe no limite aeróbico, ou se- e-na própria movimentação da na­ atualmente nos Estados Unidos ja, sem chegar ao anaeróbico tureza (à la Isadora Duncan), Mar­ um projeto para unificar a técnica, (quando se começa a usar as reser­ cus desenvolve o seu “trabalho ae­ visando evitar o charlatanismo. vas de oxigênio do organismo) po­ róbico” com uma única preocupa­ Mas independente desses pro­ de ser chamado de ginástica aeró­ ção dirigida: que as pessoas se blemas, há um objetivo bem defini­ bica.” A partir dessas explicações, sintam bem durante a sua aula e, do que caracteriza a ginástica ae- o professor de educação física evidentemente, com todas as van­ róbica: a manutenção da frequên­ Marcus Vinicius Rangel (das aca­ tagens físicas proporcionadas pe­ cia cardíaca elevada. Isso explica demias paulistas Joyce Ballet e los movimentos: sistema circulató­ por que não há intervalos nas au­ Exercício) não se incomoda que rio e respiratório revigorados, sem las (durante 50 a 60 minutos), além chamem a sua aula de ginástica falar no sistema muscular. de justificar a necessidade obriga­ aeróbica, mas confessa que prefe­ Essa sensação de bem-estar, tória de uma correta orientação. re dispensar os rótulos. O mais comum à maioria das aulas de gi­ Nos primeiros quinze minutos o importante dessa moda toda — nástica aeróbica (e de todas as pulso deve ficar entre 140 e 170 quando praticada com consciência modalidades que respeitam o limi­ batidas por minuto. O que corres­ e orientação — é que o praticante te aeróbico dos alunos), decorre ponde a cerca de 70% da capacida­ nunca se sente em débito com o em grande parte do aprofunda­ de máxima. Depois, sucessivamen­ seu corpo. Não se trata de uma mento da relação de cada um com te, a aula é dividida em cinco fa­ técnica violenta de emagrecimen­ a sua cabeça e com o seu corpo. A ses: alongamentos passivos estáti­ to. O corpo é moldado, revitalizado aceleração provocada pelos movi­ cos; aquecimento (com abdomi­ e não sacrificado. Assim como não mentos ininterruptos cria situa­ nais, dorsais, flexões de braços, prevalece o sistema rígido de con­ ções desconhecidas ao próprio pernas...); o “work out”, que seria o tagem das ginásticas métricas (ti­ corpo e obriga a pessoa a se auto- trabalho em si (uma espécie de po: um, dois, três, quatro...). Quem explorar, e se auto-descobrir. Esse ponto alto da aula); alongamento determina o “pique” da aula e da é provavelmente um dos pontos ativo em movimento e o “cool intensidade dos movimentos é o mais importantes que vinculam a down”, relaxamento em que o pul­ próprio ritmo orgânico interno de ginástica aeróbica ao cooper e à so volta ao normal. cada um, ou melhor, do grupo todo, dança, suas raízes. A sensação pós- A música tem papel fundamen­ num certo estágio. Por isso, nas corrida e pós-espetáculo (não inte­ tal e vai ajudar na marcação do aulas, os exercícios fluem, e execu­ ressa se o palco é a Broadway ou a ritmo. Cabe ao professor perceber tivos, donas-de-casa, estudantes, sua cozinha) é mais ou menos a qual o ritmo ideal para aquele atletas e bailarinos, todos entram mesma. Vazio e plenitude. grupo determinado de alunos (não na dança. Inspirado no livro de

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DANÇAR 2 7 Foto Paulo Afonso Mattos Dois grupos mineiros: duas mulheres homenageadas.

MARCOS BRAGATO

“Noturno Para Pagu” e “Elis, duziram bom resultado. A busca ção corporal é exígua e ineficien­ Como um Pássaro em seu Ombro”, para concretizar a encenação de te. Não consegue definir, através espetáculos concebidos por dois uma “Obra Total” desaguou num dos gestos e da interpretação do grupos mineiros e reapresentados sem-número de rótulos e clichês. A elenco, a densidade poética de um aqui em São Paulo, retomam a pro­ embalagem confeccionada artifi­ Raul Bopp, por exemplo, “Ehpagu posta de integração das várias ex­ cialmente era uma,mas o conteúdo eh! dói porque é bom de fazer pressões artísticas. Essa possibili­ dela era outro. Ousaram caminhar doer”. O texto é dito sem o respal­ dade, aberta com a ruptura da lin­ por um terreno arenoso sem as do de uma dicção clara. As pala­ guagem artística ocidental (cênica ferramentas necessárias para tal vras soam como ondas não sintoni­ e visual) a partir da década de 60, empreitada. zadas e não há a freqüência certa só se vem afigurar no Brasil, como Patrícia Galvão: Romancista, por parte dos atores-bailarinos. A uma tendência, na década de 70. Jornalista, Poetisa, Desenhista e trajetória da existência e da vida Ela visa o aproveitamento da Dan­ Militante do Partido Comunista de Patrícia Galvão dilui-se. Desa­ ça., da Música e da Narrativa Dra­ Brasileiro, foi a inspiração para a parecer de nossos olhos uma com­ mática em uma só encenação e montagem de “Noturno Para Pa­ preensão mais profunda de quem explorar de todas o potencial a gu”. Realizado a partir do livro do foi Pagu. A homenagem póstuma serviço do “possível”, e do prático. poeta Augusto de Campos “Pagu fica a dever um outro ato. Fica o A tarefa é difícil e árdua para Vida-Obra”, Carmem Paternostro grupo a dever, também, uma outra profissionais que habitam em um faz o roteiro e dirige esse espetá­ “performance” de superior quali­ País onde o espaço dado para o culo de “dança-teatro-colagem” dade. Afinal, essa mulher que par­ estudo e a pesquisa das Artes Cê­ com pouca percepção da complexi­ ticipou ativamente no Movimento nicas é muito reduzido. Não se tem dade da proposta. Lidando com as Antropofágico, liderado por Os- nenhum tipo de ajuda. Mas, mesmo várias expressões cênicas, traba­ wald de Andrade, nos anos 20, me­ assim, as iniciativas do “BALE- lho da direção, uma só batuta, de­ rece muito mais. TEATRO DE MINAS” e do “TEA­ veria ter sido de arregimentá-las Com “Elis, como um Pássaro TRO DE PESQUISA” (ambos da no mesmo nível da qualidade. O em seu Ombro” os problemas apa­ cidade de Belo Horizonte) não pro- que não aconteceu! A movimenta­ recem, mas em outros aspectos. 28 DANÇAR Encenado pelo “Baleteatro Mi­ dos. A cada música cantada por Centros Acadêmicos ficariam com nas”, o grupo centra seu projeto Elis Regina, a sua relação certeira ciúmes e qualquer universitário em recriar a história do Brasil — com que se passa em cena e a sua teria que treinar muito seu fôlego. entre os anos 60 e o atual movimen­ relação direta com a época. E o to pelas eleições diretas — tendo mais importante: a escolha do re­ O efeito desejado, o de expôr as como personagem principal a já pertório foi devidamente estuda­ tolices cometidas pelo regime mi­ falecida cantora da MPB “ELIS do, sem se preocupar com a opção litar com a vida-obra de Elis se­ REGINA”. Na paralela, traçar um subjetiva do “gosto ou desgosto”. guindo paralelamente com os fa­ retrato dinâmico da talentosa gaú­ Vê-se que ela não foi aleatória. tos; não deu bom final. O desempe­ cha, onde ela “pensa, fal^ discute, A direção e coreografias de nho cênico dos poucos achados das se contradiz...pessoa e persona­ Dulce Beltrão e Luis Eguinoa, e, coreografias, só surte melhor con­ gem de uma história protagoniza­ também, a “direção de ator” de seqüência graças a energia solta da por ela...” Elvécio Guimarães, não colabora­ pelos bailarinos. O cenário e os Sem se preocupar .com a lineari­ ram com o bom trabalho desenvol­ figurinosdãoabelezae preenchem dade da história, a dupla de rotei­ vido pela primeira dupla e da prá­ o vazio de uma exibição não afina­ rista e que, também, fez a trilha tica cenografia de Décio Noviello. da em todos os seus naipes. Longo musical, Pedro Paulo Cava e Luis O elenco move pesadamente. A di­ em demasia, dividido em dois atos, Paixão procura mostrar em qua­ reção não dosou a interpretação poderia ter sido mais condensado. dros as diversas fases daquele pe­ dos atores: tudo soa falso, demagó­ Fica evidente, pois, para todos que ríodo: Início — dos anos 60, Golpe gico e, às vezes, panfletário. Chora­ lidam com a produção artística, o de 64, as repercussões da repres­ mingam demais. As fases mais difícil trabalho de combinar as di­ são encetada pós-68, a luta pela cruéis de nossa história recente versas linguagens cênicas. Fica Anistia e a discussão de toda socie­ transformam-se em um mar de la­ evidente, também, o quanto é com­ dade brasileira pelo retorno das múrias: os rostos dos atores estão plexo unir, sem ter-se diferentes eleições diretas e todos os níveis. tensos e ao longo do espetáculo estágios de qualidade, as tarefas O trabalho de Cava e Paixão é pouco mudam de atuação.Quando é realizadas por vários profissio­ a voz de Elis quem fala, o espetácu­ profissionalíssimo: a definição das nais. cenas, o texto e a trilha-sonora lo fica muito atraente. Quando o estão perfeitamente sincroniza­ texto é emitido pelo elenco, os •

Foto Mário Castello

d a n ç a r 2 9 Alguma coisa acontece na Av. São João

SUSANA MACEDO SOARES

As associações pro­ Este grau de desmobilização sura, etc. O candidato pode ainda fissionais surgiram está disseminado pela classe artís­ obter o registro profissional defi­ em protesto às pés­ tica como um todo. Basta saber nitivo, se fôr diplomado por uma simas condições de que, para as eleições de 1984, apre­ das escolas reconhecidas pelo sentou-se uma única chapa. trabalho em que vi­ MEC: Aracy Evans ou Escola Muni­ A chapa Diretas, que inicia sua cipal de Bailados. viam os operários gestão, tem como presidente, em Para obter o registro provisó­ europeus, depois substituição a Ester Góes, a atriz rio, o interessado deverá apresen­ da Revolução Indus­ Marlene França. A diretoria de tar certificado de Segundo Grau, trial, quando o ca­ dança fica a cargo de Silvia Rosen- declaração de qualquer escola, di­ pitalismo ensaiava baum e Marina de Camargo. zendo que cursou no mínimo 3 seus primeiros passos. Apesar das resis­ Na verdade, Silvia Rosenbaum anos de dança, e uma proposta tências dos patrões e do Estado, os vai continuar, juntamente com sua concreta de trabalho (ou o próprio trabalhadores conseguiram, entre derro­ equipe, o trabalho que vinha reali­ contrato) a nível profissional, de tas e vitórias, redução da jornada de zando, enquanto integrante da co­ acordo com portaria do Ministério missão de dança anterior. Entre as do Trabalho. Depois de um ano, trabalho, leis de segurança e higiene, e metas a serem atingidas está a esse registro passa a ser definitivo, leis defendendo a organização sindical. ampliação do mercado de traba­ se fôr provado que o bailarino tra­ O Sindicato, portanto, é uma forma lho. Para tal, já transformaram o balhou profissionalmente durante de organização, onde os trabalhadores teatro São Pedro (na rua Albu­ pelo menos seis meses. de determinada categoria, unidos, defen­ querque Lins), num Centro Perma­ Se o registro profissional é dem seus interesses. nente de Dança. Além disso, orga­ obrigatório por lei, a sindicaliza- nizaram a Primeira Mostra Inde­ ção é opcional. Quem acha que os No Brasil, toda a legislação traba­ pendente de Dança, de julho a problemas que afligem a classe só lhista é baseada na CLT (Consolidação outubro do ano passado. Outra re­ poderão ser resolvidos com união das Leis Trabalhistas), que foi organizad a cente conquista, foi a criação de e esforço coletivo diário, deve sin­ no tempo de Getúlio Vargas (1943), um departamento de dança ligado dicalizar-se imediatamente. Além inspirada nas idéias italianas fascistas da à Cooperativa Paulista de Teatro. da oportunidade de participar e ép oca. Ela restringe bastante a atuação, Portanto, os dançarinos que estão interferir nas discussões de classe, trabalhando de maneira coopera- dos trabalhadores, em sua organização o Sindicato oferece assistência tivista já possuem meios para lega­ médica e jurídica. sindical. A partir daí, os sindicatos passa­ lizar a situação. Obviamente, apenas profissio­ ram a depender do Estado que, através Especificações de contrato de nais (aquèles que possuem regis­ do Ministério, dá autorização para fun­ trabalho, direito autoral, carga ho­ tro) podem sindicalizar-se. Através cionarem, fiscaliza seu funcionamento, e rária, aposentadoria, remunera­ do Sindicato, as duas coisas podem pode intervir sempre que julgar neces­ ção de ensaios, etc. são garantidos ser feitas simultaneamente. sário. pela Lei n° 6533 de 24 de maio de Existe uma contribuição sindi­ 1978, que regulam entou a profis­ cal modesta e anual. Uma porcen­ são de artista. Resta descobrir tagem deste recolhimento (60%) é meios de lutar para que estes di­ encaminhada ao Sindicato; 15% Sindicato dos Artistas e reitos sejam respeitados. vai para a Federação (união de Técnicos em Espetáculos de Estas e óutras reivindicações sindicatos); 5% para a Confedera­ 0Diversões — SATED — englobabásicas estão sendo discutidas, se­ ção (reunião de federações) e 20% categorias de profissionais de dan­ manalmente, na sede do Sindicato, o governo “segura” para aplicar ça, teatro, cinema, rádio, televisão, em reuniões abertas a todos os em seus programas. Todos os tra­ circo e variedades, com interesses interessados. balhadores recolhem, obrigatoria­ tão díspares quanto possam ser as No programa da chapa Diretas mente, esse dinheiro. Mas, para necessidades de um “comedor de consta ainda uma revisão dos cri­ ser considerado associado ao Sin­ fogo”, um microfonista, um mane­ térios de acesso profissionais. dicato, é necessário contribuir quim e um bailarino. Na tentativa Atualmente existem dois tipos de com uma mensalidade. Para este de atenuar estas diferenças, o SA­ registro: um definitivo e um provi­ ano, até abril, a taxa é de Cr$ TED funciona na base^ de comis­ sório. Para se registrar definitiva­ 900,00 e, a partir daí, Cr$ 1.000,00 sões, divididas por setores profis­ mente, o bailarino precisa provar por mês. sionais. que trabalhou como profissional, -É importante prestigiar o Atualmente, em todo o Estado antes do reconhecimento da pro­ maior órgão de defesa e luta dos de São Paulo, apenas 600 bailari­ fissão (maio de 78). Isto pode ser artistas e técnicos em espetáculos nos são sindicalizados. Apesar de feito mediante apresentação de de todo o Estado de São Paulo. estarem representados por este um contrato visado pelo sindicato Para quem ainda não sabe, o SA­ pequeno número de pessoas, o des­ ou programas, recortes de jornal TED fica na avenida São João n° contentamento às condições de com datas, cartazes, recibos de ca­ 1086, conjunto 401 e 402, fone 223- trabalho é geral. chê, a extinta carteirinha de cen­ 0777. 3 0 DANÇAR b a llet o

“0 Quebra-Nozes”, um projeto em execução. TETÊ BRUNO Os problemas que se apresen­ inata nela e precisa ser cultivada. crianças são educadas nesse senti­ tavam eram os seguintes: levar às Quando eventualmente vêm com­ do, assim como elas vão aos Mu­ crianças, tão massacradas pela panhias estrangeiras com esse tipo seus, aos teatros, aos musicais, violência da televisão e pelo ritmo de trabalho, além de ficarem pou­ elas também vão aos ballets. Claro, do próprio mundo em que vivem, cos dias, são caríssimas e as crian­ eles têm uma tradição enorme, a um pouco de fantasia, de sonho; ças vão perdendo a oportunidade realidade do Brasil é outra, mas já comemorar os 25 anos da escola de assistir a esses espetáculos”. que é preciso ser feito isso, eu me com um grande espetáculo; levan­ Sem nunca ter-se proposto a proponho como escola a fazer esse tar fundos para a manutenção do fazer um trabalho com fins didáti­ tipo de trabalho”. grupo de dança. cos, já que “O Quebra-Nozes” pre­ Surgiu, então, a idéia de fazer A partir desses três problemas tende levar informações quanto ao o que a Dalal Achcar fez quando básicos foi que Hulda Bittencourt, repertório clássico, não somente montou “O Quebra-Nozes” em São diretora artística do Estúdio de ao público infantil, mas aos pró­ Paulo e trouxe como solistas convi­ Dança Cisne Negro, de São Paulo, prios bailarinos, Hulda entende dados, bailarinos famosos e o res­ achou que a solução estaria em que esse tipo de trabalho deveria tante do grupo era do corpo de montar um famoso ballet do reper­ ser desenvolvido pelas compa­ baile de diversas escolas. Hulda tório clássico — “Resolvi fazer o nhias oficiais, que poderiam fazer Bittencourt conta como â partir “Quebra-Nozes” para comemorar ballets modernos, contemporâ­ daí desenvolveu seu projeto. “A os 25 anos da escola e também por neos e paralelamente fazer um tra­ primeira idéia foi fazer um traba­ achar que o clima de um ballet balho de repertório para educar lho com a escola. Peguei os melho­ romântico é tudo o que a criança toda uma juventude extremamente res alunos, formei o corpo de baile, está precisando hoje, é a fantasia carente desse tipo de informação que é o melhor material que eu tão necessária, que é uma coisa — “Na Europa, por exemplo, as tenho e montei “O Quebra-Nozes”

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3 2 DANÇAR Gerson Zanini

usando os bailarinos do grupo co­ ça contemporânea ou do jazz. Elas momento em mo convidados. A etapa seguinte, têm que ser educadas para isso. que o já com o espetáculo montado com Tem que se cuidar mais do nível Ballet pode solistas, é mandar uma professora dos espetáculos das escolas.” participar de para fazer a montagem dos conjun­ Depois de 25 anos de trabalho, um trabalho de tos (nas cidades onde forem feitos tendo como primeira produção pa­ gabarito, de perfeição e os contatos), onde as alunas locais, ra a escola “O Quebra-Nozes”, Hul­ responsabilidade, uma vez o melhor material, no caso, têm a da acha que o exemplo deveria ser que essa obra é oportunidade de participar de um seguido (não necessariamente nas apresentada pelas maiores escolas ballet de grande montagem”. mesmas proporções, poderiam ser de ballet do mundo. Por outro la­ Criou-se muita polêmica em montadas partes de determinado do, é bastante gratificante ter sido torno dessa montagem, que sendo ballet), apesar de todas as dificul­ a nossa escola escolhida para par­ do repertório clássico é apresenta­ dades que envolvem esse tipo de ticipar desse evento e é também da por um grupo de dança contem­ projeto. recompensador ver que os alunos porânea, mas, segundo Hulda, os Com propostas para fazer, no estão aptos a desempenhar os pa­ bailarinos entenderam que só vão mínimo, um “Quebra-Nozes” por péis de “O Quebra-Nozes”. enriquecer praticando também a mês, nas redondezas de São Paulo Com financiam ento parcial do dança na sua forma clássica e é e outros Estados, Hulda Bitten­ FNDE (Fundo Nacional de Desen­ também uma questão de sobrevi­ court encontrou a fórmula para volvimento da Educação) e SBD vência, além de servir de alerta resolver seus problemas e diz-se (Serviço Brasileiro da Dança), essa para as escolas que deveriam bastante satisfeita porque tem en­ co-produção Cisne Negro-Stvdivm preocupar-se mais com os espetá­ contrado nas pessoas com quem Ballet, foi aprésentada dias 13,14 e culos de fim de ano. — “Precisa­ tem trabalhado, a mesma preocu­ 15 de abril no Teatro Municipal mos formar um público e a única pação dela, ou seja, a preocupação Castro Mendes, em Campinas, São maneira é mostrar bons espetácu­ didática. Paulo. los, fazer com que o público conhe­ O Stvdivm Ballet foi a primeira Em dezembro as apresenta­ ça, goste e continue assistindo aos escola a interligar-se com o Cisne ções de “O Quebra-Nozes” serão espetáculos. Acho que não se pode Negro na montagem de “O Quebra- encerradas com uma grande tem­ deixar de lado a parte didática, Nozes”. Para Beth Ceccato, direto­ porada e contará, na estréia, com a porque são essas crianças que vão ra do Stvdivm, a experiência é gra- participação de Ana Botafogo co­ gostar da dança moderna, da dan­ tificante: — “Acho que este é o mo primeira bailarina.#

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DANÇAR 3 3 Editora: Terlânia Bruno Dançar sorteia 100 bolsas A revista Dançar completou ram por fazer jazz — a influência Jussara Podadera e jazz ministra­ neste mês de abril seu segundo da propaganda, a dança do do por Woney Macena. aniversário. Para ser comemorado momento. A “Amanda e Verônica” tam­ mais esse ano de vida, que não As 100 bolsas foram assim dis­ deixa de ser uma vitória diante das bém se fez presente nessa promo­ tribuídas: 20 bolsas de jazz no “Es­ ção. Com um quadro de 23 profes­ muitas dificuldades por que pas­ túdio de Ballet Cisne Negro”, onde sam os mais variados setôres da sores, Ricardo Ordones, Cleusa Bebê Soares que, além do Cisne Fernandes e Verônica Coutinho se sociedade brasileira, foi feita uma Negro naturalmente, como profes­ grande promoção que contou com revezaram nas aulas de clássico sora de jazz atuou no “Studio Dl” enquanto Leslie Nicole assistiu a participação de cinco das mais de Curitiba, no “Iwanson Dance importantes escolas de dança de aos bolsistas que optaram pelo Center” de Munique, Alemanha, ballet moderno. São Paulo. no “Tanz Projekt Munchen”, tam­ A promoção consistiu na dis­ bém de Munique, assistiu aos bol­ Outra importante escola que tribuição de 100 bolsas de estudos sistas. Vinte bolsas também de jazz se aliou à Dançar nessa promoção divididas entre ballet clássico, mo­ na “Step’s”, que apesar de ser uma foi a “Escola de Bailado Yolanda derno e jazz. Para concorrer o lei­ academia recém-nascida conta Verdier”, atualmente dirigida por tor teria de preencher um cupom com uma equipe de professores Neide Rossi. A “Escola” promove anexo em cada revista de n° 6, muito competentes, entre eles, Ma­ cursos de ginástica ministrado por remeter para nossa redação e ria D’Antonio, Claudia Kozel, e Marlene Diamante e Técnica Clás­ aguardar os 100 contemplados que Breno Mascarenhas, que deu aula sica por Flávia Coube, Maria Auxi­ foram conhecidos através de sor­ aos bolsistas. Além do jazz, a liadora, Neide Rossi e Penny Ahl- teio. A bolsa foi integral, isto é, o “Step’s” promove cursos de moder­ grimm. bolsista não teve a mínima despe­ no, sapateado, clássico e ginástica. sa com ela e foi válida de Io a 30 de Como foi nosso objetivo, temos abril. A “Ruth Rachou-Escola de a certeza de que quem saiu ga­ Como as escolas são daqui e Dança/participou da promoção nhando com essa promoção foi o devido às dificuldades de locomo­ com 10 bolsas de jazz e 10 de clássi­ leitor sorteado que teve a oportu­ ção que um bolsista de outra cida­ co. As aulas foram dadas por Jean nidade de conhecer uma boa esco­ de ou Estado teria, a promoção Marie Dubrul, Toninho e pela pró­ la de dança e ter contato com pro­ ocorreu somente a nível de São pria Ruth Rachou. Existente há 12 fessores de alto nível. Paulo. anos, a escola conta com um curso O aniversário de Dançar foi Sendo a primeira experiência de dança espontânea ministrado comemorado da melhor forma que da revista em termos de promoção por Klauss Vianna e ainda cursos encontramos,isto é, presenteando a de bolsas de estudo, o resultado foi de dança moderna, afro-jazz e sa­ quem, através de seu prestígio, nos um sucesso. Os cupons chegaram pateado para adultos e crianças. possibilitou mais um ano de vida. às centenas e deles observamos o Criada em 1942 por Maria Ole- Essa promoção acabou, mas pre­ seguinte: a maioria dos ganhado­ newa, a escola que leva o nome de tendemos, no decorrer deste ano, res nunca fizeram aulas de dança sua criadora e é bastante famosa fazer outras, com outras escolas de antes-prova que as pessoas vêm por sua tradição, ofereceu aos bol­ nível e profissionais igualmente realmente despertando para essa sistas 1 hora, 2 vezes por semana qualificados, onde o grande favo­ atividade; 55% dos bolsistas opta­ de ballet clássico, ministrado por recido seja o nosso leitor.

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3 4 d a n ç a r S A P PAULO onde é encenado o drama de uma pessoa cujas idéias não servem a determinado siste­ GRUPOS ma político, o preço pago por isso e a ■ O grupo surgiu da necessidade de se E ACADEMIAS libertação total do personagem, no caso, fazer presente no Io. Encontro Nacional da conseguida através da morte, são coreogra­ Dança Amadora, isso há dois anos atrás. De fias de Paula Castro e foram apresentadas no lá para cá, ,o Dança & Cia, inicialmente ano passado. Esse ano, “Paisaje en Azul” , formado por alunos do Ballet Paula Castro, jogo e “Hino à Liberdade”, coreografia ba­ de Luís Arrieta vem reforçar o repertório do seada na obra de Fernão Capelo Gaivota, abriu suas portas para novos talentos, tornou- Dança & Cia. Composto por dois movimentos se um grupo profissional e hoje sua maior — o primeiro é um adágio em grupo onde os força está concentrada na pouca idade de bailarinos se vestem dos diferentes movimen­ seus integrantes, Raquel Pary (1\ solista) e tos da paisagem, em suas formas, e uma Ana Cristina Greco têm 14 e 16 anos respecti­ esfera passeia por eles como um sol-lua que vamente. desponta para o céu; o segundo é um allegro e como o nome do tema (The Search) é a Segundo Paula Castro, sua diretora artís­ procura da esfera que voou —, esse trabalho tica, o grupo pretende desenvolver uma nova de Arrieta surge como um aval para o grupo, filosofia de trabalho, onde o bailarino assuma sabida e comprovada que é a competência e o papel de um ser integrado à sociedade, respeitabilidade desse coreógrafo. participante, comunicativo, que respeite o Marcado o início das apresentações de 84 público e que se faça respeitar por ele. para o dia 17 de março no Teatro Municipal “Diferente do bailarino “bicho-grilo”, que de Ribeirão Preto — SP —, o Dança & Cia faz questão de se marginalizar, aquele que faz apresentou em São Paulo dias 11 e 12 de parte da dança decadente e que não hesita em abril no Teatro Municipal, depois volta ao passar por cima do colega em proveito pró­ Interior, daí para Brasília e Goiânia. prio” . Paula pretende que oDança & Cia se Nosso apoio e incentivo aoDança & Cia, fixe como um grupo cuja preocupação seja a que desponta com o objetivo de fazer um não agressividade, mesmo quando retratada a trabalho sério, calcado na amizade e na força realidade, os problemas sócio-políticos, que de vontade de seus jovens bailarinos e de sua seja de uma forma mais aberta, mais esperan­ diretora artística. çosa. Existe também a preocupação de man­ ter uma linha de trabalho diversificada, com um repertório o mais variado possível. ■ “Marca da pantera”é o novo espetáculo do Ballet Grupo 6. A personagem central é “Checkmate” , um ballet clássico, uma “Dança & Cia”, uma nova visão uma mulher-pantera, que se transformaria em nova visão de “Romeu e Julieta” através dodo bailarino animal selvagem se amasse um homem.

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35 Reconhecimento do Estabelecimento \VA*>o concedido por ato do Sr. Secretário do governo publicado no Diário ♦V— Oficial de 21/04/65. íf - Curso Básico < 1 4 ^ | - Curso Livre t \ 1 - Curso de Dança a nível de 1° grau - Curso profissionalizante a nível de 2° grau ® v i y * com direito a diploma reconhecido pelo MEC ______* Diretoria: Nice Leite Tachdjian

“Marca da pantera” — o novo Rua Dr. Veiga Filho, 728 - Fone: 67-8188 SP. espetáculo do Grupo 6 Negando sua própria condição, entrega- se ao homem que ama, provocando a meta­ morfose. Certa de não poder livrar-se da HIDROCENTER maldição, ela prefere manter-se definitiva­ mente sob forma animal: enjaulada, presa e sem liberdade, podendo assim ficar próxima de seu amante, sem oferecer mais perigo Yoga algum. Ginástica Aeróbica Vá conferir essa estória fantástica nos dias 12, 13, 14 e 15 de abril no Teatro Paulo Aparelhos Eiró, e 28, 29 e 30 de junho e Io de julho no Ginástica Estética Teatro São Pedro. ■ Tendo como principal objetivo divulgar Corretiva o sapateado, um tipo de dança muito pouco Ginástica para Gestantes difundido entre nós, o “Brasil Tap Dance’’, e além da exibição artística, possui uma preo­ cupação pedagógica, direcionada para a área* Fisioterapia da psicomotricidade. Assistência Médica Dirigido e coreografado por L. Marchi- na, o grupo, em sua maioria professores de dança, acredita que o sapateado não pode ficar no passado, esquecido, lembrado so­ mente quando são feitas retrospectivas dos HIDROCENTE filmes musicais de Hollywood. Àv. Alvares Cabral, Num trabalho que vem crescendo há um WORKOUT ano, o “Tap Dance’’ desenvolve diversas R. Fernandes [feSavassi linhas de sapateado: tradicional, primitivo, Belo Horizonte country e criações nos estilos clássico, mo­ derno e jazz, regionais e estilo puro (sem música). Dentro do projeto “Danceviva’’, elabo­ rado pela Promenade Estúdio de Dança, o “Brasil Tap Dance’’ apresentou-se nos dias 9, 11, 14, 21 e 28 de março no Teatro da Faap, num show de graça, técnica e harmonia, características básicas para apresentar bem qualquer número de sapateado. Dividido em quatro partes, cada uma com um tema, os bailarinos se entregaram maravilhosamente bem ao 2o. tema, “Clog Dance’’ (Dança dos Tamancos), excelente a atuação do elenco! “Efervecência’’ é um espetáculo de gra­ ça e bom humor, sob medida para quem aprecia o sapateado e para quem não conhece muito, ficar fã definitivo. RIO DE JANEIRO Direção: Beth Rod

CURSO DE

R. Irmã Maria Inês, 52 fone: 42-2911 - 42-90 Grupo Andanças, do Rio, dirigido por Nino Giovannetti

3 6 d a n ç a r Mga — ”Magia” DANÇAR P«t*r D eacon õs a soa O rgaa o dvdd em dividido foi programa O escola. apresenta­ da várias junho ções de começo e maio de us ats “L Buiu Fnaqe na Fantasque” Boutique La “ partes: duas mês do meados para programou Alegre, Porto rmia at e ietseat, Bailado Divertissemants, “ e parte primeira lsio Bra hrce, síio o Boi do Espírito Character, Barra Clássico, lsio L Pplo”, a eud. Além, segunda. na , Bailado Papillon” Le e Eslava, Dança Clássico brasileiro), (Folclore eto uía d Crtb, qe o anteci­ nos que o Curitiba, de Guaíra, Teatro o, e dsnovno m rblo u vai que trabalho um desenvolvendo vem ros, o evento contará com a participação de baila­ de participação a com escola, contará própria da evento o alunos dos evidentemente, um teatro em São Paulo, seja pela exorbitân- pela seja Paulo, São em teatro um confir­ vistos pessoas, públicos, 5.000 espetáculos aproximadamente por Sucessivos momen­ próprio to. seu de evidenciando peculiaridade e clima, época mesmo um diferen­ embora possuem e tes, pincela­ próprios, são matizes com coreografias das As humano. sempre ser do falando mas futurista, ao primitivo do Bar- Márcia coreógrafa pela dirigido e criado a at nvl a apresentações. das nível alto o do pa e Aires Buenos de Colon Teatro do rinos a a oç e tlno o qe omm o formam que dos talento o Magia. e força a mam a e ea: bsa o sao a aç, o dança, da espaço do busca a temas: e tas om dsotad e uoaa eo 46 pelos humorada e descontraída forma pela luta sua e brasileiro bailarino do dia-a-dia propos­ de leque um abre que movimentado, ras, o papel do artista; tudo colocado de uma de cultu­ colocado outras tudo artista; de do papel o influência ras, a sobrevivência, fazem o “ Aqui, ó ’’, espetáculo de autoria de autoria de espetáculo ’’, ó Aqui, “ o fazem eto o ie , o Rio. no , Liceu do Teatro que Andanças, Grupo do atores-bailarinos io ivnet cm oaoaã d Luís de colaboração com Giovannetti Nino égo ia Sla A arsnaõs estão apresentações As Silva. e Lima Sérgio rp, u, jla pl puo ep, já tempo, pouco pelo julgar a que, grupo, acds aa s is 5 2 d mi no maio de 27 e 15 dias os para marcadas participações em importantes eventos de Bra­ de eventos importantes em do participações existência de anos 3 aos comemoração conta com um “ curriculum” vastíssimo, com vastíssimo, curriculum” “ um em com ,conta Dança” da Nós “ espetáculo o março íi, ã Puo Ro e Janeiro. de Rio e Paulo São sília, Sbno a iiudd d s conseguir se de dificuldade da Sabendo ■ AEcl d Ble Vr Bbiz, de Bublitz',' Vera Ballet de A"Escola ■ Nsio o eã d 8, Mga grupo Magia, o 82, de verão no Nascido ■ ■ O grupo Nós Nós grupo O ■ m uia lv, ooio egaao e engraçado colorido, leve, musical Um PORTO ALEGRE A PAULO SAP bsa o nrc d vida. da onírico do busca a EVENTOS a Dançada peetu em apresentou

u Cl Lso, 1 Vl Ceetn tl5l80 - 570-2219 - tel:57l-8205 Clementino Vila 713 Lisboa, Cel. Rua U TIER D SLA 419 SILVA, DA TEIXEIRA RUA jazz acompanhar o pique pique o acompanhar clássico U PSA, .2 CMO BELO CAMPO 1.027 PASCAL, RUA aaed 0 _ _ sapateado modeladora ginástica dança contemporânea dança moderno rua alves guimarães, 294 - fone: 853-8468 853-8468 -fone: 294 guimarães, alves rua breno mascarenhas - cecília oliveira - cláudia kozel - maria d'antonio maria - kozel cláudia - oliveira cecília - mascarenhas breno w Deixe seu corpo corpo Deixeseu da sua cabeça. sua da A eh pr oSES Opso certo. passo O STEPS. o para Venha alt Clássico Ballet Acrobático Sapateado Ginástica Jazz

------OE 263-3539 FONE: 240-6805 FONE: 7 3 cia dos aluguéis, seja pelo problema de sublo- público, espetáculos de dança em meses re­ junho (data de encerramento do evento) às 18 cação e com o objetivo de abrir um espaço, servados à outras atividades culturais. horas no Teatro Municipal. não só para si, como para outros grupos de Qualquer escola, academia ou grupo de dança, o Promenade Estúdio de Música e dança pode participar. Não existe taxa ou ■ ”Onde despertam os sonhos” é o nome do Dança, põe em prática um projeto que no inscrição e maiores informações, poderão ser projeto que há mais de um ano vem sendo mínimo, é oportuno, levadas em conta tais obtidas diretamente com o Aldo pelo telefone desenvolvido por íris Gomes, que, além de dificuldades. 209-2275 ou escrevendo para a rua Eugênio atuar no espetáculo como bailarina, fez a Para o desenvolvimento desse projeto, o Diamante, 11 - V. Barros - Guarulhos - SP - coreografia, o libreto, o roteiro, o texto “Danceviva” , como foi batizado, o local cep 07000. teatral, o figurino e é a diretora artística. encontrado foi o Teatro da Faap, que à partir A 1* fase do Projeto Dupla Dança, foi Desenvolvido a partir de três elementos do dia 9 de março, de quarta à domingo tem realizada em 25 de fevereiro p.p. no Teatro básicos, teatro, música e dança, “Onde des­ seu espaço reservado ao Promenade. A idéia das Faculdades Integradas de Guarulhos e pertam os sonhos’’ conta com a participação consiste em, uma vez por semana (às quar­ contou com a participação de Raquel Studio do Sr. Francisco Giacchiére como orientador tas), durante inicialmente cinco meses, deter­ de Dança e Academia Hellô Ballet de São geral e responsável pela parte de cenografia e minados grupos (os contatos estão sendo Paulo, além da participação especial do Gru­ iluminação, do músico Rui Saleme Yamamu- feitos) apresentarem seus trabalhos. Cada po Grama Rosa, um grupo de música popular ra, como diretor musical, Wolney de Assis na grupo fará quatro apresentações. A ilumina­ brasileira. orientação teatral dos bailarinos Eraldo Me­ ção, som e divulgação estarão à cargo da O “Dupla Dança” volta a se reunir em nezes e Mareia Goren. equipe do Promenade. abril com mais duas escolas e já está certa a Tendo cunho beneficente (as entidades a A estréia da mostra foi dia 9 de março participação do Ballet Marly Zavar e Acade­ serem favorecidas com a bilheteria ainda com o grupo de sapateado “Brasil Tap Dan­ mia de Artes e Dança Rosana Rocha, de São estão em estudo) e sendo um trabalho voltado ce’’. Ainda na quarta à tarde acontecerão Paulo, mais o Quinteto Ronaldo Lark, de para a criança, o espetáculo é assim definido aulas abertas ao público e que possivelmente MPB e em maio com mais duas escolas ainda por sua criadora: “A finalidade do projeto é se estenderão às quintas e sextas, dependen­ a serem definidas. atingir a criança, uma faixa etária que está um do da disponibilidade dos grupos convidados. ■ Terá início dia 19 de maio próximo o IIIo pouco esquecida, mais na dança que no As tardes de sábado e domingo ficam reserva­ Enda (Encontro Nacional da Dança Amado­ teatro. Se não se plantar agora, daqui a alguns das para a peça infantil.“A menina e o ra) promovido pela APPD — Associação anos não se criará no público em potencial o vento’’, que conta com a participação de Paulista dos Profissionais de Dança. Os espe­ hábito e o amor pelo teatro ou dança. O que a alunas do Promenade. táculos acontecerão no Teatro Municipal de gente pretende é levar às crianças o que O segundo grupo a apresentar-se no São Paulo, no Centro Cultural, no Teatro existe de fantasia, que elas possam ver con­ “Danceviva’’ será o Casa Forte, um dos mais João Caetano, no Masp e na Praça da Paz (no creto aquilo que elas têm dentro delas, que promissores grupos de dança de São Paulo. Parque Ibirapuera). elas possam atravessar a ponte da imaginação Os grupos serão divididos por modalida­ de uma maneira lóeica. sem altosd u I o s ’’ ■ O “Dupla Dança” é um projeto, de dança des: jazz, clássico e moderno e aos que evidentemente, voltado para as escolas, aca­ O projeto traz ainda uma peculiaridade: melhor preencherem os requisitos harmonia, 16 crianças da Febem (Fundação para o Bem demias, grupos de dança e grupos de MPB, direção, coreografia, roteiro, figurino e técni­ no sentido de produzir até o final do ano, e Estar do Menor), que pela sua própria condi­ ca de dança, será oferecido o troféu APPD, ção de vida, têm toda uma assistência peda­ não somente no final, espetáculos de dança, cuja cerimônia de entrega se dará dia 10 de de nívél e qualidade, em diversos teatros de gógica e psicológica. “Nós acreditamos — São Paulo e outros Estados. conta íris — que a criança que não tem uma Dentro do projeto, conforme explica Al- situação familiar estável, tem uma carga emo­ do, que é a pessoa encarregada da promoção cional e uma sensibilidade muito ativada. do evento, a escola ou academia fará 3 Quando chega até ela uma atividade que a apresentações durante o ano e a cada vez questiona e puxa dela uma necessidade de receberá um cachê de Cr$ 400.000,00, num constância, empenho e principalmente pa­ total de Cr$ 1.200.000,00, além da oportuni­ ciência para a concretização e se ela respon­ dade de propiciar tanto aos alunos, quanto ao der positivamente ao estímulo, será realmen-

Ballet Dulcimara

Malhas "Jantzen" Dancing By Tereza Gureg Ballet Clássico Sapatilhas Kanguru Baby-Class Livros Importados Moderno Maquilage Jazz Porcelanas c/Motivo de Dança M aterial de lã Ginástica Rítmica Sacolas Para Material de Ballet Moderna Sapatilhas Halpe M odeladora Curso para manequins Adultos e Crianças ARTIGOS PARA BALÉ E GINÁSTICA Masculino e Feminino COLANTS, MAIÔS, PERNEIRAS, MEIAS, ETC. Conjunto Nacional - 2o andar Rua Jambooçu, 129 FABRICACÃO PRÓPRIA Ij. 2 .1 3 0 — Ipiranga — Rua laia, 54 Cep 04504 S.Paulo Tel.: 223-21 10-CEP.: 70000- Rua Oscar Freire, 719 Cep 01426 Brasília fone.- 2 1 5 -6 3 3 8 Tel: (011) 881-5806

3 8 d a n ç a r te p’ra valer e ela fará daquela oportunidade mentos do Sistema Laban, com a professora uma meta, um desafio e não uma mera Regina Miranda, de 23/04 a 04/05/84; Funda­ diversão ou diletantismo.” mentos do Método Vaganova, com a profes­

O espetáculo está muito bem estrutura­ sora Eugênia Feodorova, de 25/06 a 06/07/84. Paulo Jan talia do, conta com o empenho absoluto dos que As vagas são limitadas e as inscrições, assim nele têm trabalhado e promete ser um grande como maiores informações, poderão ser obti­ acontecimento. Vamos esperar outubro, que das na Fundação Mudes. Rua M éxico, 119/14° é quando estréia, para conferir. andar - Centro - Rio - RJ - tel. 232-2328.

CURSOS GENTE

Sua ‘‘queda” pela dança foi descoberta S A P PAULO por acaso. Mal sabia ele que quando saiu do Brasil para fazer um curso de cinema em ■ Amanda e Verônica Ballet, além de seus Londres, em 1970, acabaria totalmente absor­ cursos de clássico, moderno, jazz, sapateado vido pelo mundo da dança. Tendo desistido e iniciação artística para crianças, conta com do cinema por ser um curso bastante caro, cursos para profissionais de clássico e moder­ optou por uma arte mais próxima desta com no com Cleusa Fernandes, diretora do Balé cursos mais econômicos, o teatro, e foi atra­ da Cidade e Vai Folly que, depois de 8 anos vés de work-shops que aconteciam paralela­ em Nova York, volta para São Paulo com mente que Brenno Mascarenhas começou a enorme carga artística. conhecer, a trabalhar seu corpo. De volta ao Brasil, em 73, surge a oportu­ RIO DE JANEIRO nidade de trabalhar num musical ‘‘Lição de viver”, dirigido por Ewerton de Castro; de­ pois fez a comédia ‘‘O Barão de Cotia”, Brenno Mascarenhas, bailarino, dirigido por Osmar Rodrigues. Em seguida, coreógrafo e professor

ART bALLtT Jana Fugate do New York City, Direção: Prof.a ZARA CUNHA está no Rio com vários cursos de especialização Ballet Clássico ■ Sonia Castello Branco acaba de contratar Moderno Ballet clássico Jana Fugate para dar um curso intensivo de Jazz ballet clássico e pas-de-deux em sua acade­ Baby class mia de Ipanema. Jazz masculino e feminino Ginástica M Jana é mestra do New York City Ballet e Estética feminina guest teacher permanente da Dervash Scholl Ginástica aeróbica de Gabriela Dervash. Como mestra do New Av. do Cursino, 1876 York City ensaiou, para e Helgi Jardim da Saúde SP Tomasson, o Corpo de Baile para perfoman- ces e deu aulas especiais para os principais Av. Mazzei, 501 - Tucuruvi - 204-0932 Fone 577-1430 bailarinos. Ensaiou ainda, para Jean Pierre Bonnefous e Patrícia Mabride, ballets para concertos em grupo e diversos ballets para o Boston Repertory Company North Carolina School of Arts. Estúdio de Ballet Rose Mary Como principal bailarina, Jana apresen­ tou-se em ‘‘Romeo e Julieta”, ‘‘Coppelia” , METODO DA ROYAL ACADEMY OF DANCING ‘‘The Fire Bird”, ‘‘Valse Fantasie”, ‘‘Con­ BALLET CLÁSSICO, JAZZ, GINÁSTICA RÍTMICA certo Barroco” e ‘‘The Nut Cracker”. E AULAS P/ BABY CLASS O curso terá a duração de 3 meses e começa em abril.

■ A Fundação Mudes — Coordenadoria da DIREÇÃO ARTÍSTICA: ROSE MARY MARQUETI Dança da Funarj e o Serviço Brasileiro da Dança do Inacen realizam a partir de abril os seguintes cursos: Pas-de-deux, com a profes­ sora Berta Rosanova, de 09/04 a 19/04/84; Dança Afro-Brasileira, com a professora RUA SACRAMENTO, 150 TAUBATE SP FONE 32-9176 Mercedes Batista, de 07/05 a 18/05/84; Funda­

DANÇAR 3 9 Victor Navarro e Antonio Carlos Cardoso o com Lennie Dale o musical “Leonardo La Tendo ficado conhecido como excelente convidam para integrar o Corpo de Baile do Ponzina”, um show autobiográfico dirigido bailarino e depois de ter dado aula nas mais Municipal de São Paulo. Sem passar pelo por Marilena Ansaldi e que foi um grande famosoas escolas de São Paulo e do interior teste de entrada e sem ter passado pelo longo sucesso. do Estado e diante das dificuldades encontra­ período de preparação por que passaram os A partir daí resolve dedicar-se mais ao das por um professor autônomo, Breno Mas- outros bailarinos, Brenno estreou em “Cora­ jazz e faz “Toda a coragem” , dirigido por carenhas inicia uma nova etapa em sua vida; ções Futuristas”, de Navarro, em pé de Ana Maria Dias. com Maria Cecília de Oliveira, Maria D’Anto­ igualdade com os demais. Em 80 fundou o Grupo Jazz Movimento e nio e Claudia Kozel resolveu assumir o seu Durante os dois anos em que atuou no dançou, coreografou e dirigiu “Ginga” , uma próprio espaço criando o “Steps” , um lugar Municipal, participou de diversos espetáculos homenagem aos musicais americanos. Fez definitivo para trabalhar e receber seus e dirigiu e coreografou um outro: “Odara” . ainda especiais para a TV e montou “Frutifi­ alunos. Deixou então a Companhia para fazer car” e “Viagem ao Totem” . Classificados

LORI ACADEMIA E í t n . EDUARDO CENTER tfoshey BALLET CLÁSSICO Natação, Dança, Ginástica, MODERNO SAPATEADO AMERICANO Yoga, Massagem JAZZ BABY'S CLASS (J íitig o s AV. SENA MADUREIRA, 293 CURSOS P/ MODELOS GINÁSTICA MODELADORA PAS-DE-DEUX APERFEIÇOAMENTO AV. DOMINGOS DE MORAES, 2781 tel.: 222-04 79 fabricaçAo prOpria Fone: 571-3910 Av. Duque de Caxias, 483

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SÃO PAULO JACY RHORMENS — DANCE PRESIDENTE PRUDENTE ACADEMIA DE BALLET MAGDA CENTER ZAGO Rua Dr. Neto de Araújo, 364. ACADEMIA PAULA FERREIRA DANÇA STUDIUM MARIA Rua Jardim Botânico, 693. Direção Art.: Jacy Rhormens Avenida Irerê, 440 EULÁLIA TERRA PIRES Direção Art.; Magda Zago Direção Art.: Paula Ferreira Rua Quincas Vieira 715 JOYCE BALLET Direção Art.: Maria Eulália Terra Pires ACADEMIA SOCIARTE Rua Oscar Freire, 719/R. Iaiá, 68 ACADEMIA DE NI SE CERQUEIRA Av. Princesa Izabel, 202. Direção Art: Joyce Kermann Rua Castro Barbosa, 109/201. Direção Art.: Solange ARARAS Direção Art.: Denise Cerqueira LILIAN BALLET ADVANCED BALLET Av. Dr. Cardoso de Melo 515 ADANAC DANÇA E ARTES ACADEMIA ESPAÇO DE DANÇA R. Dr. Mário Ferraz, 490. Direção Art.: Lilian Mariko Rua Visconde do Rio Branco, 265 E GINÁSTICA Direção Art.: Laís Direção Art.: Yvone Pereira LORI ACADEMIA E Rua Visconde de Pirajá 540 5/ 307 e Marques Spichler AMANDA VERÔNICA BALLET EDUARDO CENTER 308 Ipanema Av. Indianópolis, 595 Rua Domingos de Moraes 2781 Direção Art.: Sheila Mara Dir. Art.: Verônica Coutinho Direção Art.: Lori LIMEIRA ACADEMIA DE JAZZ VILMA ADANAC DANAÇA E ARTES ART BALLET MADGE BALLET VERNON Rua Visconde do Rio Branco, 79 Av. do Cursino, 1876. Av. Adolfo Pinheiro, 2384. Av. Nossa Senhora de Copacabana 647 Direção Art.: Madge Direção Art.: Yvone Pereira Direção Alt. Célia Saffaki s/ 1214 Copacabana Marques Spichler BALLET DULCIMARA PENHA ARTES BALLET Direção Art.: Vilma Vernon Rua Jambooçu, 129 — Ipiranga Rua Nazaré Paulista, 67. BALLET STUDIO 3 Direção Art.: Dulcimara Maia Estevel Direção Art.: Maria da Penha Castro SÃO JOSÉ DOS CAMPOS Rua Francisco de Sá 23 / 320 Copacabana BALLET GRUPO 6 PROMENADE STUDIO DE DANÇA Rua Vieira de Moraes 1174 ACADEMIA DE BALLET DAMARES Direção Art.: Eloisa Meneses / Rua Aracajú, 156. Helena Lobato Nora Esteves Direção Art.: Maria Isabela Farina / Direção Art.: Mônica e Kátia Barão ANTELMO Maria Inês Maluli Avenida Nove de Julho 949 BALLET STUDIO SÔNIA SCALLA CONSERVATÓRIO DE Direção Art.: Damares Antelmo CASTELLO BRANCO BALLET HALINA BIERNACKA MÚSICA E BALLET Rua Cônego Eugênio Leite 70 — ACADEMIA DE BALLET Rua Visconde de Pirajá, 207/201 Av. Prof. Francisco Morato 301 Direção Art.: Sônia Castello Branco Cerqueira Cesar Direção Art.: Carmem Martins Di Pietro EIEONORA OLIOSI Direção Art.: Halina Biernacka Av. 9 de Julho, 94. CENTRO DE DANÇAS RIO BALLET ILARA LOPES SILVIA MARIA KOESLING Direção Art.: Elonora e Elizabeth Oliosi Rua José Veríssimo, 16 R. Sergipe, 271. Av. dos Nhambiquaras, 1876. Direção Art.: Marisa Estrela Direção Art.: Ilara Lopes Direção Art.: Silvia M. Koesling ROSE BALLET Pça. Cândido Dias Castejon, 34 - Io and. DANCE CENTER MARLY STUDIO DE DANÇA E BALLET MARIA OLENEWA Direção Art.: Rosely TAVARES al. Itú, 167 GINÁSTICA SALLE Av. Copacabana, 702-B-10 Dir. Art.: Gladys Iorio A v.,Afonso Brás, 180 Direção Art.: Marly Tavares Dir. Art.: Cesar Caetano Victor Aukstin S. CAETANO DO SUL GRÊMIO DRAMÁTICO CARIOCA BAOBÁ ESCOLA DE ARTES STUDIO 2001 GINÁSTICA E STUDIO GISELLE LTDA. GFRUPO NÓS DA DANÇA CONTEMPORÂNEAS DANÇA Rua Oswaldo Cruz, 449 Rua Barata Ribeiro, 391-s/601 Rua João Pimenta, 49. Rua Henrique Schaumann 693 Dir. Art.: Cleuza E. Camargo STUDIO DE BALLET BERTHA Direção Art.: Araci Similari Pça. Pereira Coutinho 41 ROSANOVA VIV BALLET E GINÁSTICA Rua das Laranjeiras, 107-C/9 CADÊNCIA GINÁSTICA E DANÇA TAUBATÉ Direção Art.; Bertha Rosanova Rua Jesuino Maciel, 136 Rua Caetés, 435. Dir. art.: Célia Reis Direção Art.: Viviane Teperman / ESTÚDIO DE BALLET Vera Francini ROSE MARY GOVERNADOR VALADARES CENTRO DE GINÁSTICA CORPO Rua Sacramento, 150 (Centro) LIVRE Dir. Art: Rose Mary Marqueti l. Jauaperi, 1020. SÀO BERNARDO DO CAMPO ACADEMIA DE BALLET Direção Art.: João Carlos/Miranda ROSELITA FARIA ACADEMIA DE BALLET “PROF. CAMPINAS Rua 7 de Setembro, 2087. DANÇA CLARISSE ABUJAMRA ELISA” Direção Art. r Roselita C. Faria Rua Major Diogo, 311 - Io and. Rua João Pessoa, 681 - Centro ACADEMIA DE BALLET LINA Direção Art.: Clarisse Abujamra Direção Art.: Elisa e Rosana Dante PENTEADO JAZZCENTER Rua Emílio Ribas 619 — Cambui Rua Mal. Floriano, 1810. DE MEUDES BALLET STUDIO BALLET EVELYN Direção Art.: Lina Penteado Direção Art.: Núbia Brandão Rua Cel. Lisboa 713 - V.Clementina Av. Senador Vergueiro, 4343 Dir. Art.: De Meudes Direção Art.: Evelyn ATLETIC CENTER Rua Cel. Silva Teles 47 2o andar — RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE BAILADO NICE LEITE Cambui Av. Veiga Filho, 728. ESCOLA DE BALLET INÊS AMARAL Direção Art.: Arlette Cervone ACADEMIA ENSAIO Direção Art.: Nice Leite Rua Benjamin Constant, 156 Rua Lucas Nogueira Garcez, 439 - BALLET JULIANA OMATI ESCOLA DE BALLET ANNA Jd. do Mar Rua Maria Monteiro, 725. PAVLOVA Direção Art.: Inês Amaral PORTO ALEGRE Rua Conde de Itú, 350 Direção Art.: Juliana Omati ACADEMIA DE GINÁSTICA Direção Art.: Ana Maria Pelegrino ESCOLA DE BALLET MANON E DANÇA MUDANÇA FREIRE GIORGI MARYLENA COSTA ESCOLA DE BALLET ARABESQUE Rua José Pelosini, 77, 2o andar - Centro BALLET STUDIO Av. Independência 831 2o andar Rua Carneiro da Cunha, 36. Direção Art.: Manon Freire Giorgi Rua Santo Antonio Claret 80 — Castelo Direção Art.: Diônio R. Kotz Direção Art.: Maria Beatriz P. Silva Direção Art.: Marylena Costa BALLET VERA BUBLITZ ESCOLA DE BALLET ZARUSKA ESCOLA DE BALLET VIVIANY Rua Vergueiro, 145 - V. Tereza Rua Coronel Corte Real 227 Av. Mazzei 501 - Tucuruvi STUDIUM BALLET Petrópolis Direção Art.: Zara Cunha Direção Art.: Viviany Rua Irmã Maria Inês 52 Direção Art.: Vera Bublitz ESCOLA DE DANÇA MARILENE Direção Art.: Beth Rodrigues Ceccato SILVA GUARULHOS b a l l e t l e n i t a RUSCHEL Rua Capote Valente, 1181. PEREIRA Direção Art.: Marilene Silva CENTRO DE DANÇA ROBERTO RIO DE JANEIRO SILVA Rua Dario Pederneiras 377 ESCOLA DE DANÇAS RUTH Rua São Paulo, 50 ACADEMIA 392 Rua Antenor Lemos 57 - RACHOU Direção Art.: Roberto Silva Rua das Laranjeiras, 392 Menino de Deus Rua Tabapuã, 1313 Direção Art.: Sara Tavares Direção Art,: Lenita Ruschel Pereira Direção Art.: Ruth Rachou ESCOLA PAULISTA “ENRICO St” ANDRÉ ACADEMIA DE BALLET BALLET STUDIO M. CRISTINA FLORES FRAGOSO CECCHETTI” BALLET OFICINA EUGÊNIA FEODOROVA Rua João Obino 239 - Petropolis Rua Pascal, 1027. Rua Sto. André, 555/567/569 Rua Santa Clara 98 cob/02 Copacabana Direção Art.: Magaly Bueno Dr. Art.: Willian R. Costa Direção Art.: Maria Cristina Flores Direção Art.: Eugênia Feodorova Fragoso

d a n ç a r 41 Grupos, Escolas e Academias Se você quiser fazer parte desta listagem peca por requerimento.

CENTRO DE DANÇA BELO HORIZONTE STUDIO NUCLEO ARTÍSTICO ITABUNA Av. Independência 426 Centro Rua Santcs Barreto, 45. Direção Art.: Alexander Sidoroff BALLET DE CAMERA MINEIRO Direção Art.: Marjorie Quast ACADEMIA DE DANÇAS TÂNIA Rua Antônio de Albuquerque, 606-S.L. AGRA Av. Inácio Tosta P, 213 10 and. ESCOLA DE BAILADOS TOMY Direção A rt.: Lecy Ferreira RECIFE Direção Art.: Tânia Agra SEITZ PETZHOLD BALLET LE PAPILLON ARTE MOVIMENTO Rua Cristóvão Colombo 400 Floresta Rua Magalhães Drumond, 336. Rua Cons. Aguiar, 2585. ACADEMIA TRANSFORMA Direção Art.: Walter Arias Direção Art.: Rosana Zitler Direção A rt.: Su\enne Simões Rua Rui Barbosa, 470 COMPASSO ACADEMIA DE DANÇA Direção Art.: Jussara Sobreira ESCOLA DE BALLET “SALMA Rua Muzambinho, 571. SALVADOR CHEMALE” Direção Art.: Vitória Alvim/Lúcia Vieira ADAGIO ACADEMIA DE DANÇA E ACADEMIA DE BALLET DA BAHIA GINÁSTICA Rua Marechal Floriano 49 Centro CORPO LTDA. Direção Art.: Salma Chemale Rua Plínio Moscoso, 185. Rua Almirante Barroso, 95. Av. Bandeirantes, 866. Direção Art.: Maria das Graças Schaeppi Direção Art.: M. Adelaide terra Nova Direção Art.: Paulo Pederneiras ESPIRITO SANTO ESCOLA DE BALLET MOVIMENTO EBATECA PITUBA ILHÉUS BALLET EXPRESSÃO ELIETE Av. Otaviano Mangabeira, 214-E. Rua Pe. Odorico, 48. CENTRO ESPORTIVO RAIZ B.LAU RINDO Direção Art.: Nora Vaz de Mello Direção Art.: Aida Maria Avenida Champagnat, 1073/406 - Loteamento Jard. Pontal - R. 5 Lote 20 EXPRESSÃO BALLET IZABELLA Centro - Vila Velha ESCOLA DE BALLET DO BAHIANO Direção Art.: Belmiro Valverde Direção Art.: Eliete Barbosa Laurindo MENECUCCI DE TÊNIS FAMA CENTER Av. Getúlio Vargas, 1710-9° and. Av. Princesa Leopoldina, 35. Av. Bahia, 211. VITÓRIA OA CONQUISTA Direção Art.: Izabella Menecucci Direção Art.: Regina Helena Medrado Direção Art.: Marcelo Cardozo GISELLE ACADEMIA DE DANÇA E HYDRO CENTER GINÁSTICA Av. Álvares Cabral, 441. ESCOLA DE CULTURA FÍSICA ARACAJU ACADEMIA GYMNÁSTICA Rua Presidente Kennedy, 22 Direção Art.: Silvana Marinho Rua 8 de Dezembro, 93/R.S.Paulo, 189 Av. Augusto Maynard, 403. Direção Art.: Júlia Cândida Direção Art.: Belly Barbosa MAURÍCIO TOBIAS JAZZ Direção Art.: Pedro Jorge/Marthinha ESCOLA DE DANÇA MIRIAM DANÇA E CIA. Bragança LONDRINA BACELAR Rua AxoguarÀ, 1453 ESCOLA DE BALLET MOEMA BALLET NELLA HASNER Rua Belo Horizonte, 70. Direção  rt.: Maurício Tobias MAYNARD Rua Alagoas, 1026 Direção Art.: Míriam Bacelar Direção Art.: Nella Hasner Pça. Camerino, 210. STUDIO DE BALLET DANÇAR KOMPASSOS ESCOLA DE ARTES Direção Art.: Moema Maynard CAMPO GRANDE (MS) Rua Aquiris Lobo, 504-2° and. Rua Amazonas, 1315 STUDIUM DANÇAS SANS SOUCIBALLET Direção Art.: Patrícia Avellar Direção Art.: Rosa e Celeste Tavares Av. Barão de Maruim, 719. Rua Sebastião Lima, 443. STUDIO DE BALLET ROSANA Direção Art.: Amélia Santana Costa FORTALE2A MACEIÓ MARIA ACADEMIA DE BALLET EMÍLIA Rua Herval, 326. ACADEMIA HEROS VOLÚSIA VASCONCELOS TRÊS RIOS Direção Art.: Rosana Maria Rabello Rua Liberato Barroso, 617. Rua Barão José Miguel, 246. Direção Art.: Goutti Quintela Direção A rt.: Emília Vasconcelos ESCOLA DE DANÇA MARIA STUDIO DE DANÇA CRISTINA EMILIA HELENA PAVLOVA ACADEMIA DE DANÇAS BALLET ELIANA CAVALCANTI Rua Mal. Teodoro, 326. Av. Afonso Pena, 4086. Av. Jovita Feitosa, 2460. Av. Francisco Amorim Leão, 526. Direção Art.: Terezinha Nunes Direção Art.: Cristina Helena Direção Art.: Ana Virgínia/Roberto Wilson Direção Art.: Eliana Cavalcanti Dançar já nas bancas

A revista Dançar, o único veículo brasileiro que movimenta toda a classe de dança do país, trouxe à tona mais um de seus projetos, a colocação de Dançar em todas as bancas através da Editora Abril S.A. Cultural. Agora Dançar já pode ser encontrada nas bancas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e Campinas. Para esta nova edição pretendemos colocá-las em outras praças passando então a uma distribuição nacional.

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Você precisa deste movimento para manter a forma. Você precisa de o.b? para fazer este movimento.

Está certo você querer cuidar do seu visual exercícios, permanecendo firme no lugar, com o mesmo carinho com que cuida da sua o.b? enfrenta com a mesma disposição uma mente. Suas formas são o reflexo da atenção aula de ginástica, uma quadra de tênis, uma que você dedica ao seu corpo. piscina. Ninguém vê que você está usando, Mas existem certas ocasiões em que esses nem você mesma sente. movimentos só são possíveis Qualquer movimento feminino fica mais quando você está usando o.b? livre quando você usa o.b? Se você ainda não Porque o.b? é o único experimentou, veja se consegue fazer absorvente que é intemo, este exercício com o absorvente com que você e portanto o único que estava no mês passado. acompanha você em todos os seus a mulher.

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