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AVM FACULDADE INTEGRADA PÓS-GRADUAÇÃO EM DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR

O ENGRANDECER ACADÊMICO UTILIZANDO FERRAMENTAS DE CÓDIGO ABERTO.

Por: Rodrigo Bastos Farias

Orientadores: Prof. Dr. Vilson Sérgio de Carvalho e Profª. Ana Paula Oliveira.

Rio de Janeiro 2014 2

AVM FACULDADE INTEGRADA PÓS-GRADUAÇÃO EM DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR

O ENGRADECER ACADÊMICO UTILIZANDO FERRAMENTAS DE CÓDIGO ABERTO.

Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do Mestre. Como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Docência do Ensino Superior. Por: Rodrigo Bastos Farias

Rio de Janeiro 2014 3

AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para a elaboração desta monografia e, de modo especial, ao Professor Doutor Vilson Sérgio de Carvalho, pelo incentivo constante e pela segura orientação.

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DEDICATÓRIA

Ao Senhor DEUS, fonte da minha vida e saúde. Aos meus avós, pais, esposa, filha e amigos, pelo incentivo e carinho constantes. E a Todos que contribuíram para a realização desta monografia.

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EPÍGRAFE

―A tendência democrática de escola não pode consistir apenas em que um operário manual se torne qualificado, mas em que cada cidadão possa se tornar governante‖ (ANTONIO GRAMSCI)

―Uma pessoa com ubuntu está aberta e disponível aos outros, não-preocupada em julgar os outros como bons ou maus, e tem consciência de que faz parte de algo maior e que é tão diminuída quanto seus semelhantes que são diminuídos ou humilhados, torturados ou oprimidos.‖. (ARCEBISPO DESMOND TUTU)

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RESUMO

Esse documento presente ratifica o final do trabalho de conclusão relacionado ao tema A utilização de Softwares Livres no Ensino Superior onde procurei me basear na pesquisa de campo e bibliográfica vinculada ao fato de existir uma demanda crescente de pessoas direcionadas a utilizarem ferramentas gratuitas para engrandecimento cultural e ainda muitas que não conhecem esse caminho, tanto na utilização de sistemas operacionais quanto softwares de escritório, poupando gastos para quem não quer pagar por pequenas fortunas para equipar seus computadores com softwares modernos e pagos e principalmente para alcançar pessoas que precisam direcionar seu poder aquisitivo para outros fatores primordiais na família como alimentação, moradia e vestimenta. Existem opções gratuitas com qualidade reconhecida e aqui está meu esforço para abordar esse contexto com a esperança de oferecer a opção por ferramentas livres para todos os cidadãos.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ...... 08

CAPITULO I – O MONOPÓLIO DAS GIGANTES CAPITALISTAS NO UNIVERSO VIRTUAL ...... 09 1.2 – A MICROSOFT CORPORATION ...... 09 1.2 – A APPLE ...... 10

CAPITULO II – O SURGIMENTO DOS SISTEMAS GRATUITOS ...... 13 2.1 – O NASCIMENTO DO LINUX ...... 13 2.2 – O DESPERTAR DO HURD ...... 16

CAPITULO III – OUTRAS OPÇÕES DE SISTEMAS GRATUITOS ...... 18 3.1 – O ARANYM...... 18 3.2 – O AROS ...... 18 3.3 – O ...... 18 3.4 – O HAIKU ...... 19 3.5 – O KOLIBRIOS ...... 19 3.6 – O REACTOS ...... 19 3.7 – O SYLLABRE ...... 20 3.8 – O LINUX EDUCACIONAL ...... 20

CAPITULO IV – SISTEMAS OPERACIONAIS NA EDUCAÇÃO ...... 21 4.1 – O UBUNTU E SEU DIRECIONAMENTO ...... 21 4.2 – CHROME OS: O SISTEMA OPERACIONAL DO GOOGLE ...... 22

CAPITULO V – RIVAIS GRATUITOS DO FAMOSO OFFICE ...... 24 5.1 – O LIBREOFFICE ...... 24 5.2 – O OPENOFFICE ...... 25 5.3 – O BROFFICE ...... 26

CAPITULO VI – ANÁLISE DE DADOS ...... 30

CAPITULO VII – OS GOVERNOS E A UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS LIVRES ..... 33 7.1 – UM TEMA SÉRIO COLOCADO EM PAUTA ...... 33 7.2 – SISTEMAS GRATUITOS NO BRASIL ...... 34 7.3 – SISTEMAS GRATUITOS NO VELHO CONTINENTE ...... 35 7.4 – ALEMANHA TAMBÉM UTILIZA SISTEMAS GRATUITOS ...... 37 7.5 – SISTEMAS ABERTOS NA FRANÇA ...... 39 7.6 – ESPANHA E SUA POLÍTICA PARA SISTEMAS GRATUITOS ...... 40 7.7 – O SISTEMA OPERACIONAL GRATUITO BRASILEIRO ...... 41 7.8 – O QUE PODEMOS IMAGINAR DESSA DÉCADA EM RELAÇÃO AO SISTEMA OPERACIONAL LIVRE NO MUNDO ...... 43

CONCLUSÃO ...... 45

BIBLIOGRAFIA ...... 47

ANEXOS ...... 48 8

INTRODUÇÃO

O desenvolvimento desse trabalho é para suprir uma das exigências para que eu me torne Especialista em Docência do Ensino Superior. No contexto desse trabalho acadêmico, estou buscando abordar um universo, que penso ser, pouco abordado. Estou buscando trafegar no universo das ferramentas que estão sendo distribuídas mundialmente de forma gratuita e que vem confrontar décadas de uma bifurcação onde para ter acesso ao mundo virtual o usuário de computador tinha que optar entre pagar altas quantias pelos softwares para sua utilização ou recorrerem à pirataria.

Vejo uma grande possibilidade de acesso a informação sem a necessidade de gastos extras nem o uso da pirataria para ter um computador preparado para o decorrer do engrandecimento intelectual dos cidadãos. Existe atualmente uma grande variedade de cursos de graduação como modalidade semipresencial e não presencial, visando esse mercado, é necessário uma maior quantidade de ferramentas disponíveis para tais acessos. Em pleno século XXI, ainda temos muitos problemas relacionados a uma parte da população excluída digitalmente, seja por falta de logística ou por falta de condições financeiras para adquirir seus computadores e softwares, dessa forma, acabam não conhecendo nem aprendendo com a grande janela para o mundo pedagógico que é a tecnologia. Minha meta é divulgar e oferecer informações sobre uma ampla variedade de opções de baixo custo ou custo zero em relação a softwares para que as populações de baixa renda tenham, com mais facilidade, acesso ao aperfeiçoamento intelectual após o término do Ensino Médio.

Ao trabalhar com aplicativos de código aberto (gratuitos), surge uma oportunidade para que órgãos públicos ou privados com orçamento restrito possam disponibilizar mais facilmente, salas de aula, para que a busca por aprimoramento pedagógico seja oferecida, além de facilitar que trabalhadores com pouca renda, possam adquirir computadores gastando seus recursos financeiros apenas com a parte física (hardware), dos computadores, não destinando renda para a parte lógica (software), diminuindo em até 50% o custo do material computacional a ser usado para aperfeiçoamento pedagógico e social. Esse pensamento se torna aliado na possível busca por cultura e conhecimento de uma grande parte da população que termina o Ensino Médio e não dá continuidade a vida acadêmica por falta de oportunidade, uma importante ferramenta para o estudo em nível de terceiro grau está sendo disponibilizada.

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CAPITULO I O MONOPÓLIO DAS GIGANTES CAPITALISTAS NO UNIVERSO VIRTUAL

1.1 - A MICROSOFT CORPORATION

Em 1995 a companhia Microsoft Corporation lançou no mercado o browser Internet Explorer, distribuindo-o gratuitamente pela Internet e embebendo-o no sistema operativo Windows. Estas ações levaram a concorrente Netscape a apresentar queixa ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos por aquilo que considerou ser um comportamento anticompetitivo da Microsoft. Embora então esta última tenha negado as acusações, o Departamento de Justiça iniciou uma investigação, que levou em maio de 1998 à instauração de um processo judicial. Neste processo, o Departamento de Justiça e vinte estados americanos alegavam que a Microsoft tinha competido de forma injusta com a Netscape ao integrar o programa Internet Explorer no sistema operativo Windows. No julgamento, que se iniciou em outubro de 1998, diversos executivos da Netscape e de outras empresas ligadas à informática prestaram testemunho sobre as suas relações comerciais com a Microsoft. Esta etapa do caso veio a ser concluída apenas a 3 de abril de 2000, quando o juiz Thomas Jackson considerou ter a Microsoft violado a legislação antimonopólio vigente nos Estados Unidos da América na comercialização do sistema operativo Windows, mantendo o seu poder através de práticas anticompetitivas pelas quais tentou monopolizar o mercado dos browsers.

"A maioria dos nossos concorrentes eram muito mal administrados. Eles não entenderam como unir pessoas com experiências em negócios e em engenharia. Eles também não sabiam como se deslocar pelo mundo." (Bill Gates, Entrevista à CNN, 2006)

Conhecido o veredito, Bill Gates anunciou de imediato pretender recorrer da decisão do tribunal, afirmando que o problema levantado pelo tribunal poderá ser consertado, já que em próximas versões do Explorer e do Windows, os programas 10

tendem a ter uma integração ainda mais acentuada do que a anterior. Com a possibilidade da interposição de recursos este processo parece ainda estar longe do final, mas se uma próxima instância vier a decidir apoiar a sentença anterior, a Microsoft arrisca-se a ser desmembrada em diversas empresas diferentes, para que não possa exercer o seu poder como no passado. Assim, se os tribunais mantiverem a decisão de que o monopólio da Microsoft nos sistemas operativos deve ser quebrado, ou que a capacidade da empresa para desfrutar de poder monopolista deve ser controlada, são vários os cenários por que a justiça pode optar:

- Submeter à companhia a regulamentação supervisada pelo tribunal, para impedi-la de discriminar os rivais retendo os códigos de programação e debitando preços mais elevados; impor regras restritas quanto aos produtos e serviços que podem ser incorporados no Windows. - Obrigar a Microsoft a disponibilizar os códigos secretos do Windows, para que outros programadores concebam sistemas concorrentes.

- Obrigá-la a vender os códigos do Windows, para que duas ou três outras companhias possam vender sistemas concorrentes criando uma parceria para padrões de compatibilidade.

- Obrigá-la a dividir-se em três empresas separadas, mas igualmente verticais cada uma das quais ficaria com os códigos do Windows e com toda a gama de produtos Microsoft, mas que seriam obrigadas a concorrer umas com as outras.

- Obrigá-la a dividir-se em três empresas separadas. Uma ficaria com o sistema operativo Windows. A segunda controlaria os programas de aplicações, como o Word e o Excel. A terceira controlaria os negócios da Internet e outros relacionados. (ALLEN, Paul: o homem por trás do mito: a criação da Microsoft segundo seu criador. 2011).

1.2 – A APPLE

A empresa norte-americana Apple Inc. foi fundada por Steve Wozniak e Steve Jobs com o nome de Apple Computers, em 1976, na Califórnia. Esta empresa vende e 11

oferece suporte a uma série de computadores pessoais, reprodutores de multimídia portáteis, software e hardware. Os produtos mais conhecidos são os computadores Macintosh, com o sistema operacional Mac OS X; os iPod; com o seu programa iTunes, na iTunes Store a Apple vende audiobooks, filmes, jogos, música, programas televisivos, etc. A Apple construiu uma reputação distinta da indústria de informática e eletrônicos, o que cultivou uma base de consumidores que é devotada de modo invulgar à empresa e à sua marca. A empresa Apple Inc. utiliza a estratégia de "branding", ou seja, tenta sempre destacar-se face às outras empresas da concorrência, incluindo na indústria de computadores (Macintosh), no consumo da indústria eletrônica com os seus produtos como a iPod, na distribuição de músicas através do iTunes Music Store e recentemente no Apple iPhone. A estratégia da empresa é criar produtos e serviços inovadores. Todo o sucesso do iPhone teve um crescimento controlado. O iPhone foi lançado apenas nos EUA,com a AT&T. Mais tarde, foi lançada na Europa e lentamente se espalhou por vários países. Com este controlo do crescimento, a Apple, como todas as outras empresas, teve o objetivo de maximizar os seus lucros. O iPhone custava 599$ no dia em que foi lançado. Mais tarde, a Apple baixou preço para estimular ainda mais o crescimento. A estratégia utilizada por esta empresa é aproveitar a gama de produtos existentes para a construção do próximo produto. Por exemplo, o computador Macintosh promoveu a venda do iPod que por sua vez promoveu o programa iTunes. Cada produto é independente, mas vai fortalecendo toda a gama. Recentemente, a Apple foi acusada de monopólio: Um juiz federal aceitou o processo judicial aberto no estado da Califórnia contra a fabricante do iPhone e a operadora oficial usada no aparelho, respectivamente a Apple e AT&T. O processo seguirá agora como ação popular (ou class-action lawsuit em bom inglês) e tem como alvo acabar com o monopólio criado pela venda do iPhone exclusivamente em uma operadora.

Segundo o processo, ao fazer da AT&T a operadora exclusiva para seu celular, a Apple aumentou os preços e diminuiu a concorrência no mercado de smartphones. Se perderem, as empresas deverão vender iPhones desbloqueados nos EUA e 12

também permitir que programas de terceiros como Cydia e outros sejam instalados no celular, além arcar com as conseqüências financeiras como multas e custos legais.

“Como um dos líderes mais criativos do mundo transformou um negócio de garagem em uma empresa que vale bilhões” (MORITZ, Michael. 2010. O fascinante império de Steve Jobs)

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CAPITULO II O SURGIMENTO DOS SISTEMAS GRATUITOS

2.1 - O NASCIMENTO DO LINUX

Acredito que a maioria das pessoas que trabalham ou que fazem leitura sobre Tecnologia da Informação já tenha ouvido falar do Linux, que hoje tem sido considerado um verdadeiro fenômeno no mundo da Informática. Minha meta é mostrar alternativas aos usuários insatisfeitos com o sistema operacional que usam ou por não gostar do que conhecem ou por não querer nem poder ficar pagando por softwares ou fazer pirataria. É aí que entra o Linux, uma excelente opção para esses tipos de usuários.

O nome Linux surgiu da mistura de Linus + Unix. Linus é o nome do criador do Linux, Linus Torvalds. E Unix, é o nome de um sistema operacional de grande porte, no qual contaremos sua história agora, para que você entenda melhor a do Linux.

A origem do Unix tem ligação com o sistema operacional Multics, projetado na década de 1960. Esse projeto era realizado pelo Massachusets Institute of Technology (MIT), pela General Eletric (GE) e pelos laboratórios Bell (Bell Labs) e American Telephone na Telegraph (AT&T). A intenção era de que o Multics tivesse características de tempo compartilhado (vários usuários compartilhando os recursos de um único computador), sendo assim, o sistema mais arrojado da época. Em 1969, já existia uma versão do Multics rodando num computador GE645.

Ken Thompsom era um pesquisador do Multics e trabalhava na Bell Labs. No entanto, a empresa se retirou do projeto tempos depois, mas ele continuou seus estudos no sistema. Desde então, sua idéia não era continuar no Multics original e sim criar algo menor, mas que conservasse as idéias básicas do sistema. A partir daí, começa a saga do sistema Unix. Brian Kernighan, também pesquisador da Bell Labs, foi quem deu esse nome.

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Em 1973, outro pesquisador da Bell Labs, Dennis Ritchie, rescreveu todo o sistema Unix numa linguagem de alto nível, chamada C, desenvolvida por ele mesmo. Por causa disso, o sistema passou a ter grande aceitação por usuários externos à Bell Labs.

Entre 1977 e 1981, a AT&T, alterou o Unix, fazendo algumas mudanças particulares e lançou o System III. Em 1983, após mais uma série de modificações, foi lançado o conhecido Unix System IV, que passou a ser vendido. Até hoje esse sistema é usado no mercado, tornando-se o padrão internacional do Unix. Esse sistema é comercializado por empresas como IBM, HP, Sun, etc. O Unix é um sistema operacional muito caro e é usado em computadores poderosos (como mainframes) por diversas multinacionais.

A relação entre o Unix e o Linux, ou melhor, entre o Unix e Linus Torvalds se responde ao falar de outro sistema operacional, o Minix. O Minix é uma versão do Unix, porém, gratuita e com o código fonte disponível. Isso significa que qualquer programador experiente pode fazer alterações nele. Ele foi criado originalmente para uso educacional, para quem quisesse estudar o Unix "em casa". No entanto, vale citar que ele foi escrito do ―zero‖ e apesar de ser uma versão do Unix, não contém nenhum código da AT&T e por isso pode ser distribuído gratuitamente.

A partir daí, ―entra em cena‖ Linus Torvalds. Ele era um estudante de Ciências da Computação da Universidade de Helsinki, na Filândia e em 1991, por hobby, Linus decidiu desenvolver um sistema mais poderoso que o Minix. Para divulgar sua idéia, ele enviou uma mensagem a um grupo pela Usenet (uma espécie de antecessor da Internet). A mensagem pode ser vista no final deste artigo. No mesmo ano, ele disponibilizou a versão do kernel (núcleo dos sistemas operacionais) 0.02 e continuou trabalhando até que em 1994 disponibilizou a versão 1.0. Até o momento em que este artigo estava sendo escrito, a versão atual era a 2.6.

O Linux é um sistema operacional livre e é uma re-implementação das especificações POSIX (padronização da IEEE, Instituto de Engenharia Elétrica e Eletrônica) para sistemas com extensões System V e BSD. Isso significa que o Linux é bem parecido com Unix, mas não vem do mesmo lugar e foi escrito de outra forma. 15

“O Linux, não tinha a intenção de ganhar dinheiro e sim fazer um sistema para seu uso pessoal, que atendesse suas necessidades. O estilo de desenvolvimento que foi adotado foi o de ajuda coletiva. Ou seja, ele coordena os esforços coletivos de um grupo para a melhoria do sistema que criou. Milhares de pessoas contribuem gratuitamente com o desenvolvimento do Linux, simplesmente pelo prazer de fazer um sistema operacional melhor.” (Linus Torvalds, 2009. Entrevista à CNN)

O Linux está sob a licença GPL, permite que qualquer um possa usar os programas que estão sob ela, com o compromisso de não tornar os programas fechados e comercializados. Ou seja, você pode alterar qualquer parte do Linux, modificá-lo e até comercializá-lo, mas você não pode fechá-lo (não permitir que outros usuários o modifiquem) e vendê-lo.

Mas a história do Linux não termina por aqui. É necessário também saber o que é GNU. GNU é um projeto que começou em 1984 com o objetivo de desenvolver um sistema operacional compatível com os de padrão Unix. O Linux em si, é só um kernel. Linus Torvalds, na mesma época que escrevia o código-fonte do kernel, começou a usar programas da GNU para fazer seu sistema. Gostando da idéia, resolveu deixar seu kernel dentro da mesma licença.

Mas, o kernel por si só, não é usável. O kernel é a parte mais importante, pois é o núcleo e serve de comunicador entre o usuário e o computador. Por isso, com o uso de variantes dos sistemas GNU junto com o kernel, o Linux se tornou um sistema operacional.

Mas você pode ter ficado confuso agora. O que é o Linux então? O que é GNU? Simplesmente, várias pessoas umas versões modificadas dos sistemas GNU, pensando que é o Linux em si. Os programadores que trabalham com ele, sabem que o Linux, é basicamente o kernel, conforme já foi dito, mas todos, chamam esse conjunto de Linux (há quem defenda o uso de GNU/Linux).

Finalizando, o projeto GNU é um dos responsáveis pelo sucesso do Linux, pois graças à ―mistura‖ de seus programas com o kernel desenvolvido por Linus Torvalds, o Linux vem mostrando porque é um sistema operacional digno de habilidades insuperáveis por qualquer outro sistema. 16

"Just for fun" ou em português "Só por Prazer", o livro é uma auto-biografia de Linus Torvalds, ao contrário de filmes sobre hackers que assaltam bancos e fazem luzes de prédios piscarem. Começou a ser incentivado pelo avô, matemático e estatístico da Universidade de Helsinque a fazer cálculo em uma simples calculadora eletrônica. Em 1981 ganhou de seu avô um Commodore VIC-20 e começou a programá-lo em BASIC, fazendo uma calculadora mais rápida que a calculadora eletrônica do seu avô. (TORVALDS, Linus Benedict, 1991)

2.2 - O DESPERTAR DO HURD

O Richard Stallman fundou o projeto GNU em setembro de 1983 com a finalidade de criar o sistema operativo free GNU. Inicialmente os componentes necessários para o kernel e seu desenvolvimento foram escritos: editores, shell, compilador e todos os outros. Em 1989, foi criado o GPL e "só" faltava um importante componente: o kernel.9.

O desenvolvimento do Hurd começou em 1990 depois de ter abandonado uma tentativa de construir o kernel em 1986, baseado na investigação do sistema operativo TRIX desenvolvido pelo professor Steve Ward e seu grupo em MIT's laboratório de informática (LCS).11 De acordo com Thomas Bushnell, o arquiteto inicial do Hurd, o plano inicial era adaptar o kernel 4.4BSD-Lite kernel e, em retrospecto, "É perfeitamente óbvio a mim que isto iria ter um sucesso esplêndido e que o mundo seria muito diferente hoje".12 Em 1987 Richard Stallman propôs utilizar o Mach microkernel desenvolvido na Universidade Carnegie Mellon (CMU). O trabalho foi atrasado três anos devido incerteza se a CMU iria liberar o código Mach numa licença correspondente.

Com a publicação do Kernel Linux em 1991, o usuário primário das ferramentas e componentes GNU de espaço de usuário em breve se tornaram sistemas operativos construídos sobre o kernel linux (Distribuições linux), solicitando a controvérsia controvérsia do termo GNU/Linux.

Desenvolvimento do Hurd têm ocorrido lentamente. Apesar dos anúncios positivos de Stallman em 2002 prevendo a publicação do GNU/Hurd mais tarde nesse ano, O Hurd ainda não é considerado adequado para ambientes de produção. O seu 17

desenvolvimento, em geral, não atingiu as expectativas, e ainda há bugs e falta particularidade. Isso resultou em um produto mais pobre do que muitos (inclusive o Stallman) esperavam. 15 Em 2010, após 20 anos em desenvolvimento, Stallman disse que ele" não era muito otimista sobre o GNU Hurd. Faz algum progresso, mas para ser realmente superior seria necessário resolver muitos problemas complexos", mas acrescentou que" o acabamento não é crucial "para o sistema GNU porque um kernel livre já existia (Linux), e completando Hurd não resolveria o principal problema restante para um sistema operacional livre: suporte a dispositivos.

(Linux: Linus Benedict Torvalds [Artigo] Viva o Linux,2008)

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CAPITULO III OUTRAS OPÇÕES DE SISTEMAS OPERACIONAIS GRATUITOS

3.1 – O ARANYM Segundo os seus autores, ARAnyM é o acrónimo de Atari Running on Any Machine. Ou seja, é uma máquina virtual para correr os sistemas operativos Atari TOS/GEM e aplicações em qualquer tipo de hardware, seja num PC, Apple, servidor Unix ou num qualquer portátil.

Este software é fornecido em dois "pacotes", sendo o primeiro o emulador Atari, enquanto que o segundo é o Afros, uma coleção de componentes que cria o sistema operativo ST. Parece um pouco complicado mas existe um LiveCD que arranca um sistema mínimo de Linux e lança o ARAnyM. (Ken Thompson, 2008, htforum)

A última versão em download é a 0.9.6 beta2, a sua linguagem é em "C", projecto iniciado em 2000 e necessita de uns estonteantes 64 MB na versão LiveCD.

3.2 – O AROS O AROS (Research ) é um sistema operativo leve, flexível e eficiente, desenhado para ajudar a tirar o máximo dum computador. É um projeto independente, portável e livre, cuja intenção é ser compatível com AmigaOS 3.1, mas melhorado em muitas áreas. O código fonte está disponível sob uma licença de open source, o que permite livremente a qualquer um, melhorar o programa existente. Existe uma versão em LiveCD de nome VmwAROS Live! e com a opção de instalar o sistema operativo, tal como acontece hoje com inúmeras versões de Linux. Se houver alguém interessado neste sistema operativo, vai gostar de saber que estão a pedir programadores para ajudar no projeto. Última versão é a 2008-04-19, a linguagem é o "C", o projeto teve início em 1995, as arquiteturas são e PPC e necesssita de 24 MB para trabalhar.

3.3 – O CONTIKI O Contiki é um sistema operativo multi-tarefa que ocupa cerca de 2 KB de RAM e 40 KB de ROM. 19

3.4 – O HAIKU O Haiku é um sistema operativo open source em desenvolvimento e dirigido aos desktops. É inspirado no velho BeOS, aliás, é compatível com as aplicações escritas para o BeOS R5, simples mas potente e sem complexidades desnecessárias. Nos últimos 18 meses tem tido um enorme desenvolvimento, o suporte a hardware aumentou muito e conhecidas aplicações foram portadas como o Firefox. Há mesmo grandes possibilidades de a versão 1.0 ser lançada ainda nos anos 2010. Quem queira testar o Haiku pode fazê-lo usando imagens Raw HDD ou imagens para VMware ou similares. A última versão é a de 17-04-2008, mas estão sempre a sair novas versões, a linguagem é "C++", projeto de 2001, arquitetura x86 e PPC e uns loucos 64 MB para funcionar.

3.5 – O KOLIBRIOS O KolibriOS é um sistema operativo open source com um kernel monolítico, é um fork do MenuetOS e escrito inteiramente em FASM ( assembly). Pode arrancar de vários dispositivos, o NTFS é suportado e até pode arrancar do Windows, embora ele venha abaixo. Cabe num disquete de 1.44 MB e chega-lhe 8 MB de RAM para funcionar. Tem suporte a codecs AC'97. A última versão disponível em download é a 0.7.1.0, é inspirado no MenuetOS, corre em arquiteturas x86 e tem apenas 2 anos.

3.6 – O REACTOS Este sistema operativo tenta atingir um enorme grau de compatibilidade com os programas e drivers do Windows XP, com uma arquitetura e interface semelhante ao Windows. É quase como se fosse um Windows open source grátis. Este sistema operativo é fornecido de duas formas, num CD de instalação e num LiveCD para que se possa testar o hardware e a compatibilidade do software. Espera-se que nos próximos 18 meses saia a versão 1.0, mas por enquanto está disponível para download a versão 0.3.4 alpha. O ReactOS foi iniciado em 1998, a sua linguagem é o "C/C++", baseado no Windows, precisa de 32 MB para funcionar e corre nas arquiteturas x86, PPC e ARM. 20

3.7 – O SYLLABRE Rápido, amigável, cheio de potencial e com bastante suporte a hardware, é o Syllable, um sistema operativo open source baseado no AtheOS. Para quem não saiba, o AltheOS é inspirado no AmigaOS e no BeOS. Este sistema arranca em 10 segundos nos PCs actuais, tem um interface atrativa, sempre focado na facilidade de utilização, por isso não é de admirar que tem potencial para ser uma alternativa ao Linux no desktop. Há mais que uma opção de download do Syllable, pode ser a versão em CD para instalação cuja versão é a 0.6.5, a opção upgrade para quem já o tenha instalado, ou a opção de uma imagem para VMware. Todas disponíveis aqui. Este projeto foi iniciado em 2002, a sua linguagem é o "C++" e precisa de 32 MB de RAM para trabucar numa arquitetura x86. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Software_livre)

3.8 – O LINUX EDUCACIONAL Existem ótimos motivos para a implantação dos Sistemas Gratuitos nas escolas públicas, é Gratuito e funciona melhor numa rede com controlo de domínio de grande dimensão em que as permissões são complexas e de computação difusa, além do que se pode alterar o que se quiser, e copiar o que se quiser as vezes que se quiser sem nunca se preocupar com direitos de autor e conexos. Quanto a segurança, ele é de fato o mais seguro, mas sempre devemos ter cuidado ao manusear qualquer sistema, porque sempre vai existir algum vírus que possa danificá-lo. Temos por exemplo o LINUX EDUCACIONAL que está sendo utilizado no Estado do Rio de Janeiro, por exemplo. O Linux Educacional é uma compilação do Linux (distribuição Debian) com foco em aplicação a laboratório de informática educacional (LIE) e escolas. Em sua versão 1.0 traz como interface gráfica o KDE 3.5, além de softwares educacionais vem também com aplicativos de uso geral como a suíte de escritório BrOffice.org 2.0, software para gravação de CD/DVD k3b 3.5.5, o browser Iceweasel 2.0.0.3 entre outros. (http://webeduc.mec.gov.br).

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CAPITULO IV SISTEMAS OPERACIONAIS NA EDUCAÇÃO

4.1 – O UBUNTU E SEUS DIRECIONAMENTOS

Ubuntu é um sistema operacional desenvolvido pela comunidade, e é perfeito para laptops, desktops e servidores. Seja para uso em casa, escola ou no trabalho, o Ubuntu contém todas as ferramentas que você necessita desde processador de texto e leitor de emails a servidores web e ferramentas de programação. O Ubuntu é e sempre será gratuito. Você não paga por nenhum encargo de licença. Você pode baixar usar e compartilhar com seus amigos e familiares, na escola ou no trabalho, sem pagar nada por isto. Nós lançamos uma nova versão para desktops e servidores a cada seis meses. O que significa que você sempre terá as últimas versões dos maiores e melhores aplicativos de código aberto que o mundo tem a oferecer. O Ubuntu é desenvolvido visando segurança. Você tem atualizações de segurança gratuitas por pelo menos 18 meses para desktops e servidores. Com a versão de Longo Tempo de Suporte (LTS) você tem três anos de suporte para desktops, e cinco anos para servidores. Não é cobrado nenhum valor pela versão LTS, bem como qualquer outra, nós disponibilizamos livremente o melhor que podemos oferecer para todos sob os mesmos termos. Atualizações para novas versões do Ubuntu são e sempre serão gratuitas.

“Uma pessoa com Ubuntu está aberta e disponível para outros, apoia os outros, não se sente ameaçada quando outros são capazes e bons, baseada em uma autoconfiança que vem do conhecimento que ele ou ela pertence a algo maior e é diminuída quando os outros são humilhados ou diminuídos, quando os outros são torturados ou oprimidos.” Arcebispo Desmond Tutu no livro "No Future Without Forgiveness" 2002.

Tudo o que você precisa em apenas um CD, que lhe proporciona um ambiente completo e funcional. Programas adicionais são disponibilizados através da Internet. O instalador gráfico lhe permite ter um sistema funcional de forma rápida e fácil. Uma instalação padrão deve levar menos de 30 minutos. 22

Uma vez instalado, seu sistema está imediatamente pronto para o uso. Na versão desktop você tem um conjunto completo de aplicativos para produtividade, internet, imagens, jogos, entre outras ferramentas.

Na versão servidor você tem tudo o que precisa para ter seu servidor funcional sem coisas desnecessárias. (BRUNI, F. – Ubuntu, o Linux que deu certo. 2008).

4.2 – CHROME OS: O SISTEMA OPERACIONAL DO GOOGLE

Os movimentos do Google já apontavam para o surgimento de seu próprio sistema operacional, e nós ajudamos nos testes sem perceber. O ChromeBook é a nova aposta para um grande ponto de mudança no uso de computadores domésticos. Para usuários caseiros as únicas coisas que realmente importam são internet, jogos e ferramentas simples, como editores de texto, planilhas e apresentações. Aos poucos, o Google foi introduzindo esses serviços. Hoje já é utilizado o Google Drive para gerenciar documentos. Esses serviços nos conquistaram mesmo sem ser tão completos. O que os tornaram realmente úteis foi a possibilidade do acesso online via qualquer máquina e o compartilhamento de documentos entre uma rede de contatos. Somado ao sucesso do Google Chrome e do Google Hangout e temos a combinação perfeita dos serviços essenciais que a maioria das pessoas precisa em um computador. E não estamos falando só de usuários caseiros, porque muitos profissionais não utilizam mais do que isso em sua rotina de trabalho. Sim, o Google foi aos poucos preparando terreno, lançando produtos que nos conquistaram e se tornaram essenciais, e todos já esperavam o momento que a gigante lançaria seu próprio sistema operacional. E aconteceu. (Scott McCloud 2011).

Já está disponível nos Estados Unidos e no Reino Unido os computadores do Google, produzidos pela Samsung e Acer e que rodam 100% com o Chrome OS. Os computadores reúnem em uma interface simples os principais serviços: Chrome com apps, Drive, Hangouts e mais. 23

A máquina é rápida, protegida contra vírus, faz autoupdates e ainda funciona em modo offline, sincronizando todo seu material sempre que a máquina estiver online. Assim perder suas informações se torna quase impossível. Esse passo aponta para o futuro próximo dos computadores e sistemas operacionais e como tudo tem seu lado bom e seu lado ruim, não podemos deixar de pensar sobre os pontos negativos dessa migração total de sistemas operacionais para as nuvens. Para a mágica do armazenamento fora do seu HD, milhares de mega computadores estão ligados ao redor do mundo, consumindo energia o que automaticamente causa danos para o meio ambiente. Por isso, empresas que dispõem de tais serviços estão começando a sentir a pressão de órgãos reguladores dos governos onde seus mainframes estão instalados.

“O próprio Google, em parceria com a BrightSource e a NRG Energy, acaba de construir a maior usina de energia solar dos Estados Unidos. Além da clara vantagem da produção de energia limpa, a marca já estava se preparando para esse momento onde ela seria cada vez mais acusada de poluir o planeta com sua nuvem.”

(EVANGELISTA, R. – Livre acima de tudo. 2004)

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CAPITULO V RIVAIS GRATUITOS DO FAMOSO OFFICE

5.1 – O LIBREOFFICE

A comunidade de usuários simpatizantes da causa do software livre tem novidade para instalar em seu computador. Já está disponível para download gratuito a primeira versão estável do pacote de programas de escritório LibreOffice, um novo concorrente do Office, que surgiu de uma dissidência dentro do projeto do OpenOffice.org - até então o maior rival dos aplicativos da Microsoft.

O LibreOffice 3.3, lançado pela organização sem fins lucrativos The Document Foundation (TDF), tem como desenvolvedores os mesmos criadores do OpenOffice.org, um projeto de software livre mantido pela empresa Oracle. Sentindo a necessidade de maior liberdade para incorporar mudanças que, sob a tutela da empresa Oracle, eram mais difíceis de serem implementadas no OpenOffice.org, o grupo decidiu sair da empresa e lançar sua própria suíte de aplicativos para escritório.

Assim, o pacote LibreOffice 3.3 - que inclui programas como editores de texto, planilha e apresentação, entre outros -, já vem com novos recursos que antes precisavam ser instalados separadamente no OpenOffice.org. Um desses recursos é a possibilidade abrir documentos no formato PDF.

O projeto do OpenOffice.org continua sendo mantido pela Oracle. Mas, sem causar polêmica ou mesmo rivalidade - a Oracle foi convidada para participar da TDF, inclusive -, o novo projeto da fundação está sendo bem recebido pela comunidade de usuários e por empresas de tecnologia. A Canonical já incluiu o LibreOffice na nova versão de seu sistema operacional Ubuntu. A Google também manifestou seu apoio e informou que vai participar do projeto.

"Estamos animados. É nossa primeira versão estável e, portanto, estamos ansiosos pelo retorno dos usuários, que será integrado tão logo seja possível, dentro do código, com as primeiras melhorias sendo liberadas em fevereiro. A partir de Março, migraremos para uma agenda de versões baseada 25

em tempo real, previsível, transparente e pública, de acordo com o desejo do Comitê Gestor de Engenharia e com as solicitações dos usuários", (2012, Caolan McNamara, da distribuição RedHat, um dos líderes da comunidade de desenvolvedores.The Document Foundation).

5.2 – O OPENOFFICE

OpenOffice.org é um conjunto de aplicativos para escritório livres multiplataforma, distribuída para Microsoft Windows, Unix, Solaris, Linux e Mac OS X, mantida pela Apache Software Foundation. O conjunto usa o formato ODF (OpenDocument) — formato homologado como ISO/IEC 26300 e NBR ISO/IEC 26300 — e é também compatível com os formatos do Microsoft Office, além de outros formatos legados. Alguns formatos legados não mais suportados pelas versões mais recentes do Microsoft Office ainda podem ser abertos pelo OpenOffice.org evitando assim sua perda.

O OpenOffice.org é baseado em uma antiga versão do StarOffice, o StarOffice 5.1, adquirido pela Sun Microsystems em Agosto de 1999. O código fonte da suíte foi liberado dando início a um projeto de desenvolvimento de um software de código aberto em 13 de outubro de 2000, o OpenOffice.org. O principal objetivo era fornecer uma alternativa de baixo custo, de alta qualidade e de código aberto.

Após a venda da Sun Microsystems, até então a patrocinadora principal do projeto, para a Oracle, muitos contribuidores deixaram de desenvolver o OpenOffice.org sob a influência da Oracle, alegando o descumprimento, pela empresa, de promessas de entregar a direção do projeto a uma fundação, e anunciaram o projeto LibreOffice, convidando a Oracle a participar do projeto e a ceder a marca OpenOffice.org. Após uma resposta negativa da Oracle sobre a doação da marca e sobre o novo projeto, alegando interesses próprios em continuar produzindo o OpenOffice.org e a sua versão voltada à comercialização Open Office (novo nome do antigo StarOffice), a comunidade concretizou e lançou o LibreOffice, tendo como desenvolvedora e gestora do novo projeto a recém criada The Document Foundation, fundação criada com o intuito de representar a comunidade do LibreOffice socialmente. A primeira versão do LibreOffice foi lançada em 25 de janeiro de 2011.3 4 Em 15 de abril de 2011, o arquiteto-chefe da Oracle, Edward Screven, anunciou que a Oracle 26

pretendia transformar o OpenOffice.org num projeto de código aberto de caráter exclusivamente comunitário, desvinculando-se do desenvolvimento do projeto e afirmando que a empresa não pretendia mais disponibilizar ao mercado uma versão comercial do OpenOffice.org. Para tanto, segundo Screven, era necessário trabalhar com a comunidade para a continuação do projeto, prestando a Oracle o apoio a formatos de documento de padrão aberto. Entretanto, a Oracle ignorou o projeto LibreOffice da The Document Foundation, entregando a marca e demais ativos à Fundação Apache.

No Brasil, devido a um conflito com uma marca previamente registrada, essa suíte recebeu o nome de BrOffice.org. Quando foi lançada a versão comunitária LibreOffice, a versão BrOffice.org (posteriormente apenas BrOffice) passou a ser baseado neste último, até o mês de março de 2011, quando então foi extinta devido à inexistência de conflito com o novo nome. A fundação BrOffice foi extinta por seus membros, devido a conflitos com a diretoria quanto aos objetivos e métodos da fundação. (http://www.openoffice.org/pt-br)

5.3 – O BROFFICE A origem do BrOffice remete-se ao StarOffice, suíte de escritório produzida pela Star Division que surgiu na década de 1990. Após adquirir a Star Division, em 1999, a Sun Microsystems anunciou, em 19 de julho de 2000, a intenção de formar uma comunidade para o desenvolvimento do StarOffice e doou parte do código fonte do StarOffice 5.2, lançado em 13 de outubro de 2000, para uma comunidade de código aberto desenvolvê-lo sob as licenças GNU Lesser General Public License (LGPL) e Sun Industry Standards Source License (SISSL), tornando-se a principal colaboradora e patrocinadora do projeto. A iniciativa, que deu origem ao projeto OpenOffice.org, ganhou o apoio de diversas organizações envolvidas em tecnologia, como a Intel, a Red Hat, a Mandriva, a Novell e o Debian. O site do projeto estreou no mesmo dia da doação do código, em 13 de outubro de 2000.

No Brasil, formou-se uma comunidade de voluntários no intuito de traduzir o OpenOffice.org. Raffaela Braconi, então líder internacional da equipe do projeto L10N, repassou a Cláudio Ferreira Filho, em fevereiro de 2002, a coordenação do 27

projeto de tradução. O grupo foi responsável pela tradução do glossário padrão, que serviria para a compilação das primeiras versões do OpenOffice.org em português brasileiro, dando origem à versão brasileira do projeto, o OpenOffice.org.br. Além da tradução, o grupo destinou-se a criar funcionalidades específicas para a versão do Brasil. Assim, em 1 de março de 2002, foi lançada a versão 1.0 do OpenOffice.org incluindo os cinco aplicativos já presentes no StarOffice, sendo a versão para Mac OS anunciada posteriormente, em 23 de junho de 2003.2 .O OpenOffice.org.br passou a representar a suíte OpenOffice.org oficialmente no Brasil desde a sua criação, trazendo todas as inovações presentes no software distribuído mundialmente e adicionando as funcionalidades desenvolvidas voltadas para os usuários do Brasil, como algumas extensões e a organização das listas de discussões.

“Nossa estratégia baseia-se no suporte a plataforma BrOffice, a qual fornecemos auxílio na conversão de documentos, apoio técnico para uso e operação e, suporte telefônico para eventuais dúvidas, o que não fazemos para a outra plataforma (MSOffice). Com isso, esperamos fomentar o uso constante do BrOffice e num breve espaço de tempo tornar a plataforma MSOffice obsoleta por falta de apoio institucional. “

Coordenador Geral BrOffice.org: Cláudio Ferreira Filho

Em 2 de setembro de 2005, a Sun Microsystems retirou a licença SISSL do OpenOffice.org, permanecendo, assim, a licença LGPL como única, e, em 20 de outubro de 2005, mais um aplicativo passou a fazer parte da suíte de escritórios, o Base. Em 25 de janeiro de 2006, devido a um processo movido pela BWS Informática, uma microempresa de comércio de equipamentos e prestação de serviços em informática sediada na cidade do Rio de Janeiro, alegando o registro da marca Open Office, feito anteriormente, e que, mesmo sendo apenas semelhante ao nome OpenOffice.org, poderia causar confusão aos usuários, o OpenOffice.org em português brasileiro passou a denominar-se BrOffice.org.5 6 Nessa mesma data, foi criada a ONG Associação BrOffice.org com o propósito de dar suporte às atividades da comunidade, bem como difundir o software livre e de código aberto e também relacionar-se juridicamente com outras organizações, tanto para arrecadar doações como para a contratação de projetos junto à Associação. A partir de então, a comunidade brasileira desalinhou-se das datas de lançamento do OpenOffice.org, sendo o BrOffice.org lançado pouco tempo depois. O desalinhamento ocorreu devido à necessidade de modificação do nome e da adição dos incrementos 28

produzidos pela comunidade brasileira, tendo como desvantagem a falta da infraestrutura disponibilizada pela Sun Microsystems ao projeto internacional. O retorno ao alinhamento junto ao projeto internacional ocorreu na versão 2.2.0 do BrOffice.org, lançada em 28 de abril de 2007, sendo a versão 2.2.1 a primeira lançada seguindo o calendário internacional desde a adoção do nome BrOffice.org, lançada em 25 de junho de 2007. Apesar do desalinhamento, o BrOffice.org era reconhecido internacionalmente como a versão brasileira do OpenOffice.org e trazia todas as novas implementações do projeto internacional.7 8 Embora o problema com a marca tenha ocorrido em outros países, os outros países contornaram o problema e o Brasil foi o único país que necessitou da adoção de uma marca diferente da utilizada mundialmente.

Em 2010, foi criada uma bifurcação do projeto OpenOffice.org devido à venda da Sun Microsystems para a Oracle, pois a grande maioria dos colaboradores não concordavam com as atitudes adotadas pela Oracle em relação ao software livre, gerando, assim, o LibreOffice, tendo a The Document Foundation como gestora do projeto, criada juntamente com o novo projeto.9 Uma outra bifurcação já existente do OpenOffice.org, o Go-oo, fundiu-se à The Document Foundation e descontinuou seu desenvolvimento de forma independente em favor do LibreOffice, anexando o seu trabalho realizado ao novo projeto.10 O projeto brasileiro, BrOffice.org, passa a acompanhar o LibreOffice e, consequentemente, a representá-lo oficialmente no Brasil, desvinculando-se do OpenOffice.org sob a interferência da Oracle e adotando o novo nome da marca, apenas BrOffice.11 A primeira versão do LibreOffice, a versão 3.3, foi lançada em 25 de janeiro de 2011 e disponibilizada em diversas línguas, incluindo no lançamento a versão em português brasileiro utilizando o nome BrOffice. O LibreOffice, então, segue com as constantes atualizações, mantendo todo o trabalho já realizado até então, implantando as contribuições do Go-oo e as novidades do OpenOffice.org da Oracle e adicionando novas funcionalidades na nova bifurcação.

Em 17 de março de 2011, foi decidida, em uma reunião no Rio de Janeiro, a extinção da Associação BrOffice.org por unanimidade dos votos dos membros presentes, encerrando as atividades sociais em 30 de abril de 2011 e cumprindo com todas as obrigações legais até o dia 16 de maio de 2011. Todo o patrimônio da 29

Associação BrOffice.org, sendo apenas bens móveis e recursos financeiros em contas vinculadas ao CNPJ da Associação, foi revertido a entidades que promovem o software livre, com autorização de uma doação à comunidade do Debian Brasil e o pagamento do serviço de tradução da documentação do PostgreSQL 8.4.13 Foi sugerido por Cláudio Ferreira Filho, em nota publicada no site do BrOffice.org sobre a extinção, que o momento da extinção da Associação era também o momento para um alinhamento dos esforços da comunidade brasileira com o projeto internacional LibreOffice, incluindo a substituição do nome no Brasil para LibreOffice. Desde então, a comunidade brasileira trabalhou em diversas atividades de documentação para a mudança efetiva do nome BrOffice para LibreOffice e nas necessidades da transferência do conteúdo presente no site oficial do projeto brasileiro BrOffice para uma versão em português brasileiro do site do LibreOffice. A versão 3.4, posterior à versão 3.3.2, já apresentava o nome LibreOffice para a versão em português brasileiro.

“O projeto BROffice é um instrumento de inclusão social e acadêmica para que mais precisa dentro do país que amamos e queremos contribuir para o enriquecimento cultural.”

(Conti, Fátima, 2011. BrOffice.org - História. Universidade Federal do Pará).

33

CAPITULO VII OS GOVERNOS E A UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS LIVRES

7.1 – UM TEMA SÉRIO COLOCADO EM PAUTA Nos últimos anos a questão do software livre nos governos tem sido um tema de destaque, tanto na adoção quanto no incentivo e divulgação do software livre. Diversos governos têm adotado leis e medidas favoráveis ao software livre e dentre eles, alguns de destaque são: Brasil, Alemanha, França e Espanha1 . Este artigo apresenta informações sobre o estado do software livre, alguns dados históricos e uma perspectiva de uso e de investimentos até o ano de 2020. Para tanto, são considerados relatórios de empresas de consultoria contratadas por governos e documentos governamentais.

Defensores do Movimento de Software Livre comentam que os governos deveriam adotar software livre por que:

 Promove a independência do fornecedor já que o governo não fica dependente de apenas um fabricante, tão pouco obrigado a adquirir novas licenças a cada vez que algum software deixa de ter suporte ou lança-se uma nova versão;

 Promove a inclusão digital de forma econômica e eficiente, desde que haja planejamento, por exemplo, treinando instrutores;

 Economiza dinheiro público pois, deixaria de pagar as licenças cada vez mais caras dos softwares proprietários;

 Intensifica a segurança da informação, pois, com software aberto é possível identificar e adaptar a lógica do sistema para um formato confiável de transporte e de divulgação das informações;

 Incentiva o mercado interno, pois os desenvolvedores e técnicos locais encontrariam mais emprego nessa área.

"Embora a mudança social pode ocorrer como um subproduto não intencional da mudança tecnológica, os defensores das novas tecnologias, muitas vezes promovem como instrumentos de mudança social positiva."

(professor Joel West da San Jose State, 2002) 34

Os defensores do software proprietário contrapõem que:

 O software livre tem custos de manutenção maiores porque requer pessoal especializado, e a maioria dos técnicos locais já possuem conhecimentos para trabalhar nos atuais sistemas;

 A questão da soberania não é assim tão importante porque as grandes empresas de software estão dispostas a fornecer acesso a seus códigos- fontes para a análise dos governos ou de grandes grupos empresariais.

Em momentos de crise econômica, com governos cautelosos e com obrigação de economizar, software livre também se apresenta como uma alternativa viável. Outro fator importante que deve ser considerado é que já existe demanda do setor público para aplicações de computação nas nuvens, e, até o momento, não há concorrência de software proprietário neste cenário.

Alguns juristas ainda divergem sobre a obrigatoriedade do uso de software livre na administração pública, mas autores como Túlio Vianna são categóricos em afirmar que os princípios econômicos consagrados na Constituição brasileira de 1988 impõem o uso do software livre quando houver software disponível nesta licença.

“Normalmente, a fim de que se possa utilizar, copiar, ter acesso ao código-fonte ou redistribuir, deve- se solicitar permissão ao proprietário, ou pagar para poder fazê-lo: será necessário, portanto, adquirir uma licença.”

(Prof. Richard Stallman).

7.2 – SISTEMAS GRATUITOS NO BRASIL

Software livre no Brasil é um item fundamental para a estratégia de TI, tanto no governo quanto na indústria de software. A liberdade de escolha e a possibilidade de independência das empresas de software de grande porte é vista como uma grande oportunidade para o desenvolvimento da indústria de TI. Considerando o enorme capital humano que o país tem e o tamanho do seu mercado, torna-se viável a criação de um ecossistema apto a desenvolver este tipo de tecnologia.

Através do Decreto de 18 de Outubro de 20005 , foi criado o Comitê Executivo do Governo Eletrônico (CEGE) com objetivo de formular políticas, estabelecer 35

diretrizes, coordenar e articular as ações de implantação do Governo Eletrônico, voltado para a prestação de serviços e informações ao cidadão. Como uma de suas diretrizes, o software livre deve ser entendido como opção tecnológica do governo federal. Onde for possível, deve ser promovida sua utilização. Para tanto, deve-se priorizar soluções, programas e serviços baseados em software livre que promovam a otimização de recursos e investimentos em tecnologia da informação. Entretanto, a opção pelo software livre não pode ser motivada tão somente por aspectos econômicos, mas pelas possibilidades que abre no campo da produção e circulação de conhecimento, no acesso a novas tecnologias e no estímulo ao desenvolvimento de software em ambientes colaborativos e ao desenvolvimento de software nacional.

O CEGE estabeleceu a arquitetura e-PING – Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico que é um conjunto mínimo de premissas, políticas e especificações técnicas que regulamentam a utilização da Tecnologia de Informação e Comunicação no governo federal, estabelecendo as condições de interação com os demais poderes e esferas de governo e com a sociedade em geral. e-PING define que, sempre que possível, padrões abertos e soluções em software devem ser adotados.

O presidente Luís Inácio Lula da Silva, através do Decreto de 29 de outubro de 2003, instituiu 8 comitês técnicos com o objetivo de coordenar e articular o planejamento e a implementação de software livre, inclusão digital e integração de sistemas, dentre outras questões relacionadas. Dentre estes comitês, o Comitê Técnico de Implementação de Software Livre aprovou, no dia 02 de outubro 2004, o relatório final que traça diretrizes, objetivos e ações para a implantação de programas de código aberto na administração pública. Ao todo, 18 diretrizes, 12 objetivos e 29 ações prioritárias formam o conjunto de orientações que vão garantir a migração.

Em 2005, o Grupo de Migração de Trabalho para Software Livre (GT-Migra) publica a documentação que serviu de base para implementação de planos de migração nas agências governamentais e outras organizações.

(2005, Guia Livre: Referência de Migração para Software Livre do Governo Federal). 36

7.3 – SISTEMAS GRATUITOS NO VELHO CONTINENTE

Conforme relatório do CENATIC "Report on the International Status of Open Source Software 2010"2 , as Instituições da União Européia têm sido uma importante força impulsionadora no desenvolvimento e adoção de software livre. CENATIC é um projeto estratégico do Governo da Espanha para fomentar o conhecimento e o uso de software livre em todos os âmbitos da sociedade. Essa pesquisa oferece uma visão geral da situação do software livre em diferentes regiões do mundo. Como resultado, vários relatórios e políticas públicas foram desenvolvidos.

O Relatório Técnico e Científico da União Europeia18 tem destacado que o emprego na área de Serviços de Computação e Software só tem crescido desde 1999, mesmo em momentos de crise. Em comparação com outros países, a Europa só faz menos investimentos na área de TI que os Estados Unidos.

A situação atual do software livre na Europa é resultado de planejamentos feitos no inicio da década. Destacam-se abaixo os principais fatos históricos que tem relação com a política de uso de software livre nos governos:

 Em 2001, um documento recomendou para que a Comissão Europeia e os estados-membros promovessem o uso de software livre no setor público e também apontou que é possível conseguir melhores práticas em administração eletrônica por meio de troca de experiências; (2001, eEurope: An Information Society for All)  O relatório emitido pela Comissão Européia no sentido de promover o software livre, apontou seu potencial na administração eletrônica e recomenda a criação de um repositório público; (2002, Pooling Open Source Software).  Em 2003, a Comissão Européia publicou o documento que se concentrou no desenvolvimento de centros de competência em OSS em nível nacional e regional, para facilitar o intercâmbio de informações sobre as oportunidades e os riscos associados ao software livre; (2003, "Encouraging good practice in the use of open source software in public administrations).  Ainda em 2003, também foi publicado o documento que destacou os principais benefícios da migração para software livre nas administrações 37

públicas. Estas recomendações são destinadas para o uso de gestores de tecnologia da informação e profissionais na administração pública, com o objetivo de ajudá-los a decidir se devem realizar a migração para software livre e como proceder com essa migração. (2003, Open Source Migration Guidelines)

A Europa tem uma importante comunidade de desenvolvedores ajudando no desenvolvimento do software livre. Esta comunidade pode ter um tamanho até maior que o da comunidade de desenvolvedores nos Estados Unidos. No entanto, a fragmentação das Universidades e a falta de coordenação dos esforços de acadêmicos é um dos pontos fracos que a impede que a Europa faça maiores contribuições no desenvolvimento deste setor. A criação do Instituto Europeu de Tecnologia e Inovação tem por objetivo aliviar os efeitos associados a esta fragmentação acadêmica e fortalecer o papel das Universidades em inovação. Para tentar resolver este problema foi criado o "The Seventh Framework Programme" que é o principal instrumento da União Européia para financiar a sua pesquisa tecnológica, e, ficará em vigor de 2007 a 2013. Este instrumento tem contribuído para a participação das universidades em projetos de código aberto. Um desses exemplos é o projeto "SHARE Project", que procura melhorar a competitividade da indústria européia de sistemas embarcados através da partilha de software livre. A Universidade de Bolonha e a Universidade Politécnica de Madrid participam deste projeto, assim como as empresas Siemens, SESM Scarl e Ciaotech.

7.4 – ALEMANHA TAMBÉM UTILIZA SISTEMAS GRATUITOS

A Alemanha é um dos países líderes em desenvolvimento de software livre, juntamente com os Governos da França e da Espanha.

Os principais atos públicos e históricos da Alemanha em apoio ao software livre foram:

 Em 2000, o governo demonstrou forte apoio público ao software livre, adotando-o como o modelo básico para a era da informação na Europa, com o objetivo de reduzir custos e melhorar a segurança. Posteriormente, o governo realizou uma série de iniciativas específicas para informar sobre as 38

vantagens e desvantagens do software livre. Uma dessas iniciativas foi a criação do KBSt, uma agência de consultoria em Tecnologias de Informação e Coordenação para o Governo Federal. Esta agência publica relatórios, documentos e artigos de imprensa sobre o software livre na administração federal;

 Em novembro de 2001, o Bundestag, parlamento alemão, aprovou uma resolução promovendo o uso de software livre como um meio de garantir a concorrência, salientando as suas vantagens e retratando-o como uma oportunidade para o setor europeu de software;

 Em 2002, o Ministério Federal Alemão do Interior assinou um acordo com a IBM e o SuSe, onde as agências governamentais receberiam descontos para a implantação do Linux. Um ano mais tarde, mais de 500 agências de governo já tinha se beneficiado com o acordo;

 Um dos casos mais conhecidos de migração para software livre ocorreu na cidade de Munique. Em maio de 2003, a cidade anunciou seus planos para migrar 14 mil computadores da administração pública para o Linux e outros softwares livres através de um acordo com a IBM e o SuSe. Apesar da Microsoft fazer uma oferta com um custo inferior ao estimado para a migração, foi decidido implantar o software livre em vez de software proprietário, pois proporcionaria um maior nível de independência. A migração para o Linux foi realizada por dois fornecedores locais: Softcon e GONICUS. A Novell participou na migração do NetWare para o Open Enterprise Server. Foi alocado um orçamento de €35 milhões, sendo que 38% desse valor foi destinado ao treinamento das pessoas. Para muitos observadores, a conversão para software livre na administração da terceira maior cidade da Alemanha teve um efeito tipo onda para outras conversões no setor público alemão, assim como nas maiores cidades da Europa;  Em 2009, o governo alemão investiu €500 milhões para o programa "Open Source e Green IT". Isto demonstra mais uma vez que o software livre foi, de certa forma, beneficiado com a crise mundial, já que nesses momentos é comum adotar padrões abertos.

Vários órgãos federais que utilizam software livre no Governo da Alemanha e alguns deles são: Ministério Federal das Finanças, Centro Aeroespacial Alemão, Ministério 39

Federal dos Negócios Estrangeiros, Controle de Tráfego Aéreo, Instituto Federal Alemão de Geociências e Recursos Naturais, entre outros.

Há outros exemplos de implantação de software livre em nível local e regional, tais como em Schwäbisch Hall, Mannheim, North Rhine Westphalia, Lower Saxony, Heidenheim, Berlin, Treuchtlingen, Osterburg, Stuttgart, Frisia, Friesland, Freiburg e Nordrhein-Westfalen.

7.5 – SISTEMAS ABERTOS NA FRANÇA

A França é considerada o segundo país europeu mais influente em software livre (desenvolvimento e implantação), ficando atrás apenas da Alemanha. Diversos fatos históricos proporcionaram o aumento do uso do software livre na França e esses fatos também influenciaram a política da União Européia. Os principais atos públicos foram:

 A Agência Francesa para a Administração e Desenvolvimento tem promovido desde 2001 o uso do Linux e de padrões abertos na administração pública;

 Em 2002, políticas públicas demonstraram um claro apoio para o uso de software livre, como descreve o documento, cujo objetivo é facilitar a seleção e uso do software livre na administração pública. Durante este mesmo ano, a Comissão de Plano Geral publicou uma análise sobre a indústria francesa de software, no qual recomendou que a administração pública devesse promover o desenvolvimento de padrões abertos.

“Em 2002, a rede pública de hospitais em Paris migrou seu sistema para Linux na tentativa de reduzir custos de manutenção e como um instrumento para homogeneizar seus sistemas.”

(2002, Guide de choix et d’usage des licences de logiciels libres pour les administrations).

 Em 2005, 80.000 usuários de sistemas públicos migraram para o OpenOffice, proporcionando uma economia de 2 milhões de euros;

 No final de 2006, um marco importante no desenvolvimento de software livre na França foi a execução do projeto que promovia o desenvolvimento da região ao redor de Paris como um Centro de Excelência para o Desenvolvimento de Software Livre, chamado de "Paris, Capitale du Libre"; 40

 Entre as atividades realizadas ao longo dos últimos anos, destacam-se as declarações feitas em 2007 pelo Ministério da Defesa, no qual saiu em favor de projetos de software livre, tanto os desenvolvidos internamente quanto aqueles desenvolvidos através de contratos;

 Em 2008, uma comissão presidida por Jacques Attali chegou à conclusão de que software livre, banda larga e segurança em TI são pontos importantes para o desenvolvimento da nação. Neste mesmo ano, Nicolas Sarkozy recomendou que a França aumentasse o uso de software livre e argumentou que os incentivos fiscais devem ser considerados como uma forma de estimular o desenvolvimento do setor. Em 2008 o mercado de software livre na França cresceu cerca de 80%.

O apoio institucional para o setor continuou, como demonstrado pelo projeto que iniciou com a migração de 1.154 computadores do Parlamento Francês para o Ubuntu, Firefox, OpenOffice, Mozilla Thunderbird e outros.

A importância alcançada pelo software livre na sociedade francesa, tanto no setor público com no setor privado, foi promovido pelas comunidades que são sólida e ativa. OW2, Mandriva, Alfresco, Drupal e FUSE são comunidades de destaque na França.

7.6 – ESPANHA E SUA POLITICA PARA SISTEMAS GRATUITOS

Com a crise econômica que iniciou em 2009, a administração pública, as empresas, as universidades e os usuários na Espanha estão se voltando para o software livre. A Espanha está entre os países mais ativos na União Européia em termos de adoção ao software livre, já que muitas das iniciativas de código aberto vão sendo amplamente aceitas nos setores público e privado. Alguns fatos históricos também têm contribuído com essa situação, e são eles:

 Em 2002 na cidade de Estremadura inicia-se o projeto gnuLinEx (combinação de Linux com Estremadura). Esse projeto tem por objetivo criar uma plataforma funcional plena, baseada em software livre, possibilitando acesso universal às ferramentas de SI por todos os cidadãos. O gnuLinEx contém uma grande quantidade de software, incluindo o sistema operacional 41

GNU/Linux e aplicações em diversas áreas, tais como contábil, hospitalar e de agricultura. No fim de 2003, o gnuLinEx estava instalado em aproximadamente 40.000 computadores nas escolas, proporcionando um economia de €30 milhões;  Em 2003, o documento Critério de Segurança, padronização e de conservação para aplicações utilizadas para o exercício de poderes, recomenda.

“O uso de software livre sempre que possível, desde que ele atenda as necessidades exigidas. Posteriormente, o Ministério das Administrações Públicas publicou um guia com recomendações para a adoção de software livre na administração pública”.

(2003, Criterios de seguridad, normalización y conservación de las aplicaciones utilizadas para el ejercicio de potestades)

 Em julho de 2006, a pedido do Ministério do Turismo, Indústria e Comércio, o Conselho de Ministros aprovou a criação do CENATIC . CENATIC é o único projeto estratégico do Governo da Espanha criado para impulsionar o conhecimento e o uso de software livre em todos os âmbitos da sociedade;

 Em 2006, o Parlamento espanhol aprovou por unanimidade uma resolução ―obrigando‖ o governo a promover ativamente o uso do software livre na administração pública.

Outro projeto realizado pela Administração Nacional na área de software livre é o Virtual MAP, do Ministério da Administração Pública, que implantou o Linux em 220 servidores, e o Projeto Agrega, promovido pelo Ministério do Turismo, Indústria e Comércio e pelo Ministério da Educação.

7.7 – O SISTEMA OPERACIONAL GRATUITO BRASILEIRO

 O conceito de software público surgiu como uma estratégia para compartilhar softwares desenvolvidos pelos órgãos públicos. Os principais objetivos deste compartilhamento foi de reduzir custos, aumentar a produtividade, reaproveitar as soluções existentes, evitar duplicação de esforços, usufruir dos benefícios de ações cooperadas entre outros. As tentativas de compartilhar softwares livres desenvolvidos pelo setor público datam de 1995 42

e muitas delas não deram certo devido a barreira tecnológica e ao modelo de licença.

 Em 2001, o conceito de Software Público foi formalizado através da área de Economia, na Teoria dos Bens Públicos12 13 . Bem público é aquele que apresenta características de "indivisibilidade" e de "não rivalidade", e, aplicado a produto como software, permite ser livremente compartilhado entre entidades governamentais e com a sociedade.

 Neste mesmo ano, a empresa de Processamento de Dados do Rio Grande do Sul disponibilizou a ferramenta de e-mail DIRETO. O compartilhamento focou num primeiro esboço de disponibilização com menor peso nos acordos formais. Ainda existiam à época preocupações de ordem jurídica para concluir os processos de liberação para a sociedade de programas desenvolvidos e geridos com recursos públicos. Isto acabou causando um longo embate jurídico, refletindo em todas as outras instituições de mesmo interesse.

 Neste embate jurídico, dois acontecimentos que merecem destaque na promoção do compartilhamento de software pelo setor público:

 O resultado do estudo da Fundação Getúlio Vargas demonstrando que a Licença Pública Geral - GPL, adotada pelo software livre, não fere a Constituição e nem o Direito Público e Administrativo;

 O licenciamento do primeiro software pelo Governo Federal com a licença GPL: CACIC (Configurador Automático e Coletor de Informações Computacionais). O programa é um inventário de hardware e software desenvolvido pela Dataprev. Devido à aceitação por várias áreas do governo e da sociedade, em menos de um ano criou-se uma ampla rede de colaboração.

 Com base no acúmulo de experiência com o software CACIC, aos pouco o conceito de software público foi se desenvolvendo e diferenciando do conceito de software livre. Desta forma, o conceito de Software Público Brasileiro foi adquirindo maturidade e características específicas, tais como a Licença Pública de Marca15 , a manifestação expressa do interesse público no software, a formação do ambiente público de produção colaborativa de software e o registro do software junto ao INPI.

 A concretização do conceito de software público foi obtida através da criação do Portal do Software Público Brasileiro. O Portal do SPB foi criado por 43

iniciativa do Ministério do Planejamento e disponibilizado em abril de 2007, com o objetivo de promover um ambiente de colaboração de usuários, desenvolvedores e prestadores de serviço, auxiliando no desenvolvimento, disponibilização e suporte aos softwares aderentes ao conceito. Atualmente, o portal conta com mais de 130 mil usuários e 56 programas a disposição de gestores públicos e sociedade em diversas áreas, tais como: saúde, educação, saneamento, gestão de TI, TV digital e geoprocessamento.

"O Software Público Brasileiro é um tipo específico de software que adota um modelo de licença livre para o código-fonte, a proteção da identidade original entre o seu nome, marca, código-fonte, documentação e outros artefatos relacionados por meio do modelo de Licença Pública de Marca – LPM e é disponibilizado na internet em ambiente virtual público, sendo tratado como um benefício para a sociedade, o mercado e o cidadão conforme as regras e requisitos previstos no Capítulo II desta Instrução Normativa".

(2011, Normativa Nº 01)

7.8 – O QUE PODEMOS IMAGINAR DESSA DÉCADA EM RELAÇÃO AO SISTEMA OPERACIONAL LIVRE NO MUNDO

 A instituição membro da Comissão Européia conhecida como CORDIS27 (Investigação Comunitária e Serviço de Informações de Desenvolvimento) tem feito análises do documento EC SEC 2009/02 sobre impacto econômico e ações políticas na Europa. Dentro dos resultados são observadas claramente as demandas por software livre. Considerando que a Europa é o segundo mercado mundial de software, os resultados da pesquisa não refletem unicamente naquela região, podendo influenciar também outras regiões, como a América Latina e os Estados Unidos.

 O relatório descreve que as principais barreiras do software livre na atualidade são:

 Baixa adoção de clientes do mercado de PC (sistema operacional e ferramentas de escritório); e

 O desenvolvimento conduzido pela comunidade não está adaptado a todos os negócios e segmentos de TI, que são altamente competitivos.

 Embora existam essas barreiras, elas são consideradas superáveis. Um cenário pior seriam as barreiras criadas por legislações. 44

 Para a CORDIS, a redução de custos é o primeiro objetivo em qualquer mercado de TI quando se está em crise. A crise de 2009 tem impactado bastante nas políticas de investimento. Nesses momentos de crise adotam-se padrões abertos, como o Linux, por exemplo. Outra razão para a adoção de software livre é muito bem argumentada pelo estudo feito pela UNU-MERIT1 . Nesse estudo calcula-se o custo de construção de cada uma dos 5 maiores produtos de FLOSS (OpenOffice, Kernel, Firefox, Gcc, XFree86). O resultado em milhões de Euros é respectivamente 482, 882, 154, 329, e 169. Portanto, não vale a pena construir um Software que já está disponível e exige apenas adaptações.

 A Europa já investe em software livre na administração pública, assim como a América Latina, liderada pelo Brasil. Na Europa existe a solução para Interoperabilidade na Administração Pública (ISA). Como resultado desse trabalho surgiu o Observatório e Repositório de Software Livre29. Também existe uma licença específica para a comunidade européia conhecida como EUPL30. Essa licença difere basicamente da GPL porque inclui a Cláusula de Compatibilidade. Ou seja, o desenvolvimento deve prover a interoperabilidade. O tema interoperabilidade será o mais importante na construção de software até 2020.

 O relatório da CORDIS também observa que a implantação da computação nas nuvens atuará como um novo motor de crescimento e que há prosperidade para o software livre em geral. Entre 2015-2020 seu crescimento será limitado por fatores de mercado, como integração de sistemas. Uma razão para isto é que os sistemas estarão mais maduros (desenvolvidos). Essas mesmas observações foram feitas por UNU-MERIT1 , que afirma que o software livre estará em todos os setores da economia e muito mais bem aceito nas áreas governamentais. O mercado da computação em nuvem no Brasil é considerado fraco. Para a Aliança de Software dos Estados Unidos, o Brasil está em ultimo lugar de uma lista de 100 países pesquisados. Por outro lado, isto também significa que há muito espaço para crescimento.

 Para CORDIS os seguintes segmentos são emergentes e impactarão na economia pelo menos até 2020: 45

 Web 2.0 --> uma plataforma que possibilita facilidades de compartilhamento de informações e interoperabilidade. Os softwares são os serviços dessa plataforma. Neste ambiente aproveita-se a inteligência coletiva. Exemplos de WEB 2.0 são os Blogs e a própria Wikipédia, entre outros;  Mobilidade aplicações para dispositivos móveis. Exemplos: serviços baseados em localização, aplicações que são executadas em computação nas nuvens com interface para o dispositivo móvel, entre outros;  M2M comunicação sem fio de Máquina-para-Máquina. Exemplo: monitoração de equipamentos, onde um equipamento recebe informação de outro; e  IoT (Internet das Coisas) um exemplo disto são os dispositivos monitorados por RFID. Essa tecnologia é considerada a sucessora do código de barras. Também há possibilidade de integração com Serviços de Internet32 , permitindo obter dados do dispositivo monitorado.

 Esse avanço é possível porque há demanda para estes tipos de software e principalmente porque SOA (Arquitetura Orientada a Serviços) e código aberto vem evoluindo satisfatoriamente27. Com a implantação de SOA conseguem-se as camadas de interoperabilidade.

 O investimento em software livre passará de quatro milhões de Euros em 2008 para 22 milhões em 2020. Isto se deve principalmente pela demanda gerada pelos governos. O setor privado já tem vem analisando esses dados e fará fortes investimentos na área. Isto também reflete na formação de profissionais e no mercado de trabalho. Assim, há demanda para desenvolvedores de software livre e essa demanda tende a crescer nos próximos anos.

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CONCLUSÃO

O acesso da população aos programas e softwares gratuitos pode ser uma excelente oportunidade de democratização do conhecimento e da cultura. Para tal torna-se relevante incentivar políticas públicas de acessibilidade aos softwares livres no processo formativo dos sujeitos nas instituições de ensino superior.

Ao trabalhar com aplicativos de código aberto (gratuitos), surge uma oportunidade para que órgãos públicos ou privados com orçamento restrito possam disponibilizar mais facilmente, salas de aula, para que a busca por aprimoramento pedagógico seja oferecida, além de facilitar que trabalhadores com pouca renda, possam adquirir computadores gastando seus recursos financeiros apenas com a parte física (hardware), dos computadores, não destinando renda para a parte lógica (software), diminuindo em até 50% o custo do material computacional a ser usado para aperfeiçoamento pedagógico e social. Esse pensamento se torna aliado na possível busca por cultura e conhecimento de uma grande parte da população que termina o Ensino Médio e não dá continuidade a vida acadêmica por falta de oportunidade, uma importante ferramenta para o estudo em nível de terceiro grau está sendo disponibilizada.

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BIBLIOGRAFIA

Gramsci e a Ideia da natureza humana: - http://pt.wikipedia.org/wiki/Antonio_Gramsci

Revista Linux Magazine, 2011: Edição Especial. Disponível em http://www.linuxnewmedia.com.br/images/uploads/pdf_aberto/LME_06.pdf.

Revista Linux Magazine. Dezembro de 2008. Disponível em http://www.linuxnewmedia.com.br/images/uploads/pdf_aberto/LM_49_28_32_05_ corp_soft_livre.pdf.

PROCERGS. Construindo uma plataforma tecnológica - Software Público Brasileiro, 2001.

Portal do Software Público Brasileiro

ALLEN, Paul: o homem por trás do mito: a criação da Microsoft segundo seu criador. 2011.

MORITZ, Michael. O fascinante império de Steve Jobs: Como um dos líderes mais criativos do mundo transformou um negócio de garagem em uma empresa que vale bilhões. 2010.

TORVALDS, Linus Benedict, 1991)

Linux: Linus Benedict Torvalds [Artigo] - Viva o Linux. Em http://50.23.4.125- static.reverse.softlayer.com/artigo/Linus-Benedict-Torvalds/

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ANEXOS

Já existe uma grande quantidade de programas disponíveis para auxílio na educação, a seguir, uma lista de exemplos: ANEXO A - Ensino de outras línguas ANEXO B - Utilitários em geral ANEXO C - Jogos para o desenvolvimento do raciocínio lógico ANEXO D -Ensino da matemática ANEXO E - Ensino da geografia ANEXO F - Ensino da química ANEXO G - Ensino da física ANEXO H - Ensino das artes gráficas e auxílio para utilização e comunicação online

ANEXO A - ENSINO DE OUTRAS LÍNGUAS

 ABC- Blocks – Alfabeto móvel  Anagramarama – Jogo para treinamento de digitação.  BlinKen – Versão do jogo Simon Says  Kanagrama – Ordenação de palavras  KhangMan – Jogo da forca (palavras em inglês quanto em português)  Kiten – Aprendizado do japonês  Klettres – Aprendizado do alfabeto a partir de sons de letras e sílabas.  Ktouch – Treinamento de digitação (reconhecimento do teclado)  KTurtle – aplicativo do tipo LOGO  Kverbos – Lingua Estrangeira Estudo verbos do Espanhol.  Kvoctrain – Treinador de vocabulário em várias línguas  Kwordquiz – Treinador de vocabulário.  Letra Livre (online)

ANEXO B - UTILITÁRIOS EM GERAL

 AMSN – Mensageiro eletrônico similar ao MSN  Amule – versão livre do Emule (compartilhamento de arquivos)  Ark – compactador/descompactador de arquivos 49

 BR-Office: Suite de escritório mas que pode ser adaptada ao contexto educativo. Vem com o Writer (Editor de Texto), Calc (Planilha), Impress (apresentação), Draw (Desenho), Math (Banco de Dados).  CmapTools – Mapas conceituais (roda tanto no Win quanto no linux)  Firefox – navegador para a internet  Linvox – Leitor de tela para cegos. (precisa ser emulado)  Gaim – Mensageiro eletrônico  Hot Potatoes* – Programa multitarefa que permite fazer exercícios online (ligar, cloze, palavras cruzadas, correspondência, sopa de palavras). Apesar de não é software livre, é apenas freeware, mas pode ser emulado no linux pelo Wine.  Jclic – Para confecção de exercícios (multipla escolha)  K3b – gravação de cds e DVDs  Keduca – Testes interativos com questões de multipla escolha  kivio – editor de fluxogramas  kmenuedit – editor de menus do KDE  korganizer – programa de calendário e agenda  kpackage – gerenciador de pacotes do KDE  kpdf – visualizador de arquivos pdf  KWordQuiz – Testes & Exames: Software com editor de questões de múltipla escolha e/ou perguntas e respostas  Mercury – Mensageiro eletrônico similar ao MSN  NVU – Editor de páginas HTML (para criar sites, webquest, etc)  Samba – Programa que permite colocar os computadores em rede (compartilhar arquivos).  Thunderbird – Gerenciador de email  WINE – Emulador (permite executar programas feitos para ambiente Windows).

ANEXO C - JOGOS PARA O DESENVOLVER DO RACIOCÍNIO LÓGICO

 Childsplay – conjunto de aplicativos para trabalhar com crianças estilo gcompris  Freecid – Construindo sua própria civilização (estratégia) 50

 FrozenBubble – Jogos de coordenação motora e raciocínio lógico  Gcompris – versão 8.2.2 (programa infanto-juvenil) que tem contém cerca de 50 aplicativos  Glchess – xadrez em Linux  Gnome-chess – Xadrez em Linux  Gtans – Tangran Chinês  Gweled – Jogo de raciocínio lógico (reunir os diamantes da mesma cor)  Homem batata – Baseado no Jogo Sr. Batata (Complete a face)  Jmemorize – Jogo de memória  Kard – Jogo de memória  kbackgammon – jogo de gamão  kbattleship – Clássico jogo de batalha naval  Kblackbox – Jogo que exige raciocínio lógico e compreensão das probabilidades.  Kenobala – Jogo de tabuleiro estilo estratégia , semelhante ao Xadrez e Damas .  klickety – jogo de tabuleiro  konquest – jogo de estratégia galáctico  klines – jogo tático  Klogo – Tradicional Logo (Parpet)  kmahjongg – paciência chinesa  kopete – mensageiro instantâneo  kpat – jogo de paciência  Pingus – Jogo de estratégia, raciocínio e criatividade. Nesse jogo de ação, é preciso usar os recursos existente para levar os pingüins para a casinha . Perde-se qualquer um que cair na água ou ficar preso, e cada nível tem um mínimo que deve ser salvo.  Ksokoban – jogo milenar de estratégia  Lmemory – jogo de memória  Xboard – Xadrez em Linux  Xgalaga – Um clássico do fliperama (para se trabalhar a atenção e o controle do teclado)

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ANEXO D - ENSINO DA MATEMÁTICA

 Asymptopia – Palavras cruzadas com expressões Matemáticas  Calc 3D – Gráficos: geometria e estatística:  Dr. Geo – Software interativo para o aprendizado de geometria. Permite a construção de figuras geométricas interativas.  Fractint – Geração de fratais (ilusões)  FracTree – Desenho de fratais (ilusões)  Geogeobra – Geometria interativa.  GeoNext – Matemática dinâmica:  Kalcul – Aplicativo para teste de equações matemáticas  Kali – Pavimentações  Kbrusch – Trabalho com Frações  Kcalc – Calculadora  Kig – Geometria  KMathTool – Coleção de calculadores matemáticas  Kmplot – Matemática Geometria interativa.  Kpercentage – Estudo de porcentagemMatrisa – Estratégia. O objetivo é associar uma carta retirada de uma pilha de cartas a um conjunto de cartas organizadas em linhas e colunas com certas características. Jogador deve completar a tarefa em um limite de tempo.

 Modellus - Modelação:

 Pavimentações: plano e sup. esféricas Kaleido Tile  ReC – Geometria  TuxMathScrabble – Palavras cruzadas com expressões numéricas  WinPlot – Desenho e animação de superfícies:

ANEXO E - ENSINO DA GEOGRAFIA

 3DPLANETÁRIUM – Programa que mostra o sistema solar em tempo real.  Celestia – Simulação espacial em tempo real que deixa você experimentar nosso universo em três dimensões.  Celestia – Viagem 3d ao Sistema Solar  Google Earth – Imagens de satélites (precisa ser emulado).  Grass – Sistema de Informação Geográfica. 52

 KGeography – Mapas  Kstars – Ciências Planetário de ambiente gráfico. Apresenta simulações de corpos e fenômenos celestes.  Stellarium – Planetário  TkGeomap – Dados Geográficos  Xrmap – Geography country earth spherical rectangular mercator miller projection

ANEXO F - ENSINO DA QUÍMICA

 Chemtool – Desenhar estruturas Químicas  Eqchem – Balanceamento de fórmulas químicas  Gdis – Programa para exibição e manipulação de moléculas isoladas e sistemas periódicos.  Ghemical – Moléculas em 3d  Kalzium – Programa que exibe a tabela periódica de elementos químicos com informações e em diferentes classificações.  Katomix – Jogo de Quimica para se construir moléculas a partir de átomos.  KmolCalc- Aplicativo para cálculo de quantidade de partículas (Mol) em uma quantidade de matéria.

ANEXO G - ENSINO DA FÍSICA

 Freeducfisic- Seção do freeduc com softwares livres de física. (em francês).  LUM – Software livre para Linux sobre Óptica Geométrica.  MEK – É um software livre (gpl) educativo que faz simulações de mecânica da partícula. Versão apenas para Linux.  Python no ensino de física – Projeto que utiliza simulações de fenômenos de física desenvolvidas com python e vpython. O projeto, desenvolvido em conjunto com o Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento em Ensino de Matemática e das Ciências – LIMC / UFRJ, tem como objetivo principal fornecer novas ferramentas didáticas que facilitem o aprendizado de Física no Ensino Médio. 53

 Step: O Step é um simulador interativo de física. Você coloca corpos e forças sobre eles em uma cena, e inicia a simulação de como o sistema evolui de acordo com as leis da física. Tente mudar as propriedades dos corpos e forças (mesmo durante a simulação) e verifique como elas influenciam na evolução do sistema.

ANEXO H - ENSINO DAS ARTES GRÁFICAS

 Gimp- O Photoshop do Software Livre  Inkscape – Inkscape, cria gráficos vetoriais  Kolourpaint – Semelhante ao Paint do Windows  TuxPaint – desenho infantil mas que pode ser usado em todas as disciplinas  Gestão Escolar  Gnuteca – gestão de biblioteca  GradeL: Aplicativo para destinado aos professores para gerenciar notas dos alunos, onde você cadastra os estudantes e pode gerar relatórios completos.  ITALC – Gerenciamento de redes locais (uso educativo)  Sagu – para gestão escolar  SchoolTool: Promete ser uma ferramenta completa para gerenciamento escolar, contando com diversos recursos e adaptável a política escolar de diversos países e regiões, podendo ser usado de qualquer computador, e de qualquer lugar.