Projeto Político Pedagógico
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COLÉGIO ESTADUAL ALTAIR MONGRUEL Ensino Fund., Médio e Normal DEC. FUN. 3.197/81 – DOE 09/02/82 – REC. DO EST. 938/86-DOE 17/03/86 Av. Brasil, 955 – Fone/fax: (42) 3277-1444 – Ortigueira - PR Projeto Político Pedagógico Março/2007 I – Identificação Colégio Estadual Altair Mongruel - Ensino Fundamental, Médio e Normal Avenida Brasil, 955 - CEP 84.350-000 - Fone (042) 3277-1444 Ortigueira - Paraná Núcleo Regional de Educação - Telêmaco Borba Diretora: ELIZETE CAMPOS DE SOUZA CARNELOS Diretores Auxiliares: MARIA ELIZABETH DE SOUZA MORAES Equipe Técnico Pedagógica : FERNANDA BORETE DOS SANTOS MARIA IRENE DE SOUZA MARLI JULIETA DE OLIVEIRA MATTOS MARTINS Supervisora Educacional: LAURO PEREIRA CORDEIRO FILHO TEREZA BANACH DE GÓES 2 II – Apresentação O projeto pedagógico é um valioso instrumento de orientação das atividades escolares e propiciador de condições de surgimento de um verdadeiro trabalho coletivo na escola; por essa razão, é de fundamental importância entendê-lo como resultante da ação coletiva da comunidade escolar que conscientemente projeta uma realidade futura. Define-se, pois, o projeto como uma ação coletiva presente voltada preferencialmente para o futuro, constituindo a expressão da autonomia da escola. Para que a escola possa desempenhar sua função, é essencial sua vinculação com as questões sociais e com os valores democráticos, não só do ponto de vista da seleção e tratamento dos conteúdos, como também da própria organização escolar. As normas de funcionamento e os valores, implícitos e explícitos, que regem a atuação das pessoas na escola são determinantes na qualidade do ensino interferindo de maneira significativa sobre a formação dos alunos. A contínua realização do Projeto Pedagógico possibilita o conhecimento das ações desenvolvidas pelos diferentes professores, sendo base de diálogo e reflexão para toda a equipe escolar. Neste processo evidencia-se a necessidade 3 da participação da comunidade em especial dos pais, tomando conhecimento e interferindo na proposta da escola e em suas estratégias. O resultado que se espera é a possibilidade dos alunos terem uma experiência escolar coerente e bem sucedida. Deve ser ressaltado que uma prática de reflexão coletiva não é algo que se atinge de uma hora para a outra e que a escola é uma realidade complexa, não sendo possível tratar as questões como se fossem simples de serem resolvidas. Cada escola encontra uma realidade, uma trama, um encontro de circunstancias e de pessoas. É preciso que haja incentivo do poder público local, pois o desenvolvimento do projeto requer tempo para análise, discussão e reelaboração contínua, o que só é possível em um clima institucional favorável e sob condições objetivas de realização. O que o aluno aprende em determinado momento da escolaridade depende das possibilidades delineadas pelas formas de pensamento de que dispõe naquela fase de desenvolvimento, dos conhecimentos que já construiu anteriormente e do ensino que recebe. Isto é, a intervenção pedagógica deve-se ajustar ao que os alunos conseguem realizar em cada momento de sua aprendizagem, para se construir em verdadeira ajuda educativa. O conhecimento é resultado de um complexo e intrincado processo de modificação, reorganização e construção, utilizado pelos alunos para assimilar e interpretar os conteúdos escolares. 4 Cabe ao professor assegurar engate adequado entre atividades mentais construtivas e seus alunos e significados sócio-culturais refletidos nos conteúdos escolares. O processo de atribuição de sentido aos conteúdos escolares é, portanto, individual; porém, é também cultural na medida em que os significados construídos remetem a formas e saberes socialmente estruturado. Cabe ao educador, através da intervenção pedagógica, promover a realização de aprendizagens como o maior grau de significatividade possível, uma vez que esta nunca é absoluta. Sempre é possível estabelecer alguma relação entre o que se pretende conhecer e as possibilidades de observação, reflexão e informação que o sujeito já possui. Obstáculos à aprendizagem escolar, ao indicar uma direção diferente, ou mesmo oposta, daquela presente no encaminhamento escolar. É necessário que a escola considere tais direções e que forneça uma interpretação dessas diferentes, para que a interação pedagógica favoreça a ultrapassagem destes obstáculos num processo articulado de interação e integração. Se o projeto Pedagógico exige resignificar o processo de ensino e aprendizagem, este precisa se preocupar em preservar o desejo de conhecer e de saber com que todas as crianças chegam à escola. Precisa manter a boa qualidade do vínculo com o conhecimento, com propostas e intervenções pedagógicas adequadas. 5 Não é a aprendizagem que deve se ajustar ao ensino, mas sim o ensino que deve potencializar a aprendizagem: é o ensino que tem a responsabilidade pelo diálogo com a aprendizagem. II.1 – Introdução A existência humana é radicalmente diferente da dos animais. Os animais são levados pela vida, seguindo simplesmente o movimento interno de seu dinamismo biológico. O homem, não. Ele pode ser mais do que aquilo que recebeu como seu ser, ao nascer, pois não nasce pronto, realizado. Por isso, precisa assumir sua vida como tarefa e responsabilidade sua. Sujeito de realização, o homem é um ser no mundo. Vive no mundo. Precisa do mundo para realizar sua vida, para caracterizar o que projeta ser. Ao nascer, o homem é dado num mundo e submetido às suas leis. Ao mesmo tempo, e ao longo de sua existência, vai enfrentando os obstáculos e os desafios que o contexto em que vive lhe apresenta, vai construindo sua própria vida. E mais, vai se criando um mundo propriamente humano - o mundo cultural - sendo o seu modo de ser. Vale ressaltar que o homem é constitutivamente um ser de relações. 6 Relações que constituem sua própria vida, aquilo que ele é. Há, fundamentalmente, dois níveis distintos de relações: a relação do homem com o mundo das coisas (natureza) e a relação do homem com os outros (e com o absolutamente outro). E nesta medida relação do homem consigo mesmo. Porém a mais fundamental é a relação do homem com o outro. Esta relação é o ato pelo qual o sujeito humano se dirige diretamente a outra pessoa (aperto de mão, beijo, agressão...) ou indiretamente, por mediação das coisas. O específico dessa relação é ser uma relação de alguém com alguém, e não uma relação de alguém com algo. O outro, como alguém com quem se está em relação não é coisa, é instrumento; por isso, não pode ser manipulado, codificado, instrumentalizado. É uma pessoa que exige ser reconhecida. È apelo constate ao diálogo, à convivência, à comum-união. Isto exige uma atividade de respeito (deixa o outro ser ele mesmo), saber ouvir, Ter confiança (fé no outro), atitude serviçal. Só assim é possível a vida em comum - unidade. E o homem só pode realizar sua vida em comunidade, com o outro. Portanto, é necessário construir relações, partindo do pressuposto de que os modos de ser e de viver de cada um de nós se constróem nas relações que florescem a partir do lugar onde vivemos, seja na família, na escola ou no trabalho. Se nessas inserções aprendemos a nos reconhecermos na face do outro, 7 certamente seremos mais solidários com ele. Se de outro modo, somos bombardeados por uma visão individualista onde o que importa é o bem estar de cada um, sem considerar o outro, certamente nos julgaremos responsáveis por seu sofrimento. Sob este prisma, pequenas trapaças ou grandes massacres viram uma rotina que não questionamos. Por vezes até mesmo admiramos essa violência e agressão pela criatividade, audácia esperteza e frieza contidas nas ações que buscam, inevitavelmente, levar vantagem sobre qualquer coisa e a qualquer custo. Diante disso, porém, cabe lembrar que sempre há a possibilidade de discernirmos e selecionar entre o humano e o brutal; entre o que produz vida e o que leva a morte. Portanto, tudo isso, Justifica a criação do Projeto da escola, tendo como meta a Construção das Relações Humanas, visto que a escola é constituída de seres humanos, que além de diferentes níveis sócio-culturais, tem sentimentos, emoções e personalidades. III – Histórico Do Estabelecimento 8 O Colégio Estadual Altair Mongruel - Ensino Fundamental e Médio, iniciou suas atividades pelo Conselho do Ministério Educação e Cultura (CMEC) com a denominação de Ginásio Laurindo Barboza de Macedo, através do Decreto nº 13686, de 08/09/1968, sendo seu primeiro Diretor o Amaury Pelissari. As atividades do estabelecimento, desde sua fundação foram no prédio da Escola estadual Castro Alves - Ensino do 1º Grau. Em 1970 foi incorporado a Rede Estadual de Ensino com denominação de Ginásio Estadual de Ortigueira, através do Decreto nº 17.781, que foi publicado no Diário Oficial nº 249, de 30/12/69. Sendo na época Diretora a Professora Benedita de Godoy. Em 28/01/1971 assumiu a Direção o professor João Sala, que exerceu suas funções até abril de 1981. No ano de 1983, passou a funcionar em suas instalações próprias, a avenida Brasil s/n. Em 1975, por decisão da SEED, conforme resolução n.º 652/75, de 14/03/1975, passou a denominar-se Ginásio estadual Altair Mongruel. Desde a sua fundação até o final do ano de 1977, funcionou sob o Regime da Lei 4024/61. Em 1978 foi implantada nas 5ª séries a Lei 5692/71 com posterior implantação nas demais séries, gradativamente. 9 Nas dependências do Estabelecimento, funcionou, mediante contrato entre a SEED e a Prefeitura Municipal de Ortigueira. O Colégio Municipal Ministro Ney Braga - Ensino de 2º Grau, com início em 1978, atendendo o 2º Grau nas Habilitações plenas de Magistério e Contabilidade, através do parecer de implantação sob n.º 147/78, sendo seu primeiro Diretor o professor João Sala. Em 1980 assumir a Direção Sr. Darci Moreal. Em 1981 o Colégio Estadual Altair Mongruel, através do decreto 30/07 de 09/10/1980 foi reorganizado, formando o Complexo escolar Presidente Castelo Branco - Ensino de 1º Grau, resultante da junção do ginásio Estadual Altair Mongruel Ensino de 1º Grau, sendo o Diretor na época o Professor Arilton de Almeida.