Universidade Federal De São Paulo Escola De Filosofia, Letras E Ciências Humanas Programa De Pós-Graduação Em História
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO ESCOLA DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA MARIA CLARA SPADA DE CASTRO ALÉM DA MARCHA: A (RE) FORMAÇÃO DA COLUNA MIGUEL COSTA - PRESTES GUARULHOS 2016 MARIA CLARA SPADA DE CASTRO ALÉM DA MARCHA: A (RE)FORMAÇÃO DA COLUNA MIGUEL COSTA - PRESTES Dissertação de Mestrado apresentada à Banca Examinadora do Programa de Pós- Graduação em História da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo como exigência parcial para obtenção do título de Mestra em História. Área de Concentração: Instituições, Vida Material e Conflito Orientadora: Profa. Dra. Edilene Teresinha Toledo GUARULHOS 2016 CASTRO, Maria Clara Spada. Além da Marcha: a (re) formação da Coluna Miguel Costa - Prestes/ Maria Clara Spada de Castro. Guarulhos, 2016. 167 f. Dissertação de Mestrado em História – Universidade Federal de São Paulo, Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, 2016. Orientação: Profa. Dra. Edilene Teresinha Toledo. 1. Primeira República. 2. Tenetismo. 3. Coluna Miguel Costa - Prestes. I. TOLEDO, Edilene Teresinha. II. Além da Marcha: a (re) formação da Coluna Miguel Costa - Prestes. Maria Clara Spada de Castro Além da Marcha: a (re) formação da Coluna Miguel Costa - Prestes Dissertação de Mestrado apresentada à Banca Examinadora do Programa de Pós- Graduação em História da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo como exigência parcial para obtenção do título de Mestra em História. Área de Concentração: Instituições, Vida Material e Conflito Aprovação: ____/____/________ Profa. Dra. Edilene Teresinha Toledo Universidade Federal de São Paulo Prof. Dr. Denilson Botelho de Deus Universidade Federal de São Paulo Prof. Dr. Álvaro Pereira do Nascimento Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Prof. Dr. Luigi Biondi (Suplente Interno) Universidade Federal de São Paulo Prof. Dr. Carlo Romani (Suplente Externo) Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Para Sansão e Monsueto Castro, in memoriam 1 AGRADECIMENTOS Primeiramente... agradeço à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) o financiamento deste trabalho, sem o qual ele não teria se realizado e ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), que garantiu o meu acesso e de tantos outros brasileiros à universidade pública e de qualidade até este ano. O futuro, infelizmente, é incerto. Agradeço à minha orientadora, Edilene Toledo, por toda sua dedicação e paciência desde a minha graduação. Ao professor Luigi Biondi, por todos seus valiosos apontamentos no Exame de Qualificação, assim como o professor Clifford Welch. Quero agradecer também a outros que foram importantes para esta caminhada como os professores Jaime Rodrigues, Wilma Peres Costa e Maria Luiza Ferreira de Oliveira. Já agradeço de antemão aos professores que aceitaram compor a Banca de Defesa Denílson Botelho, Álvaro do Nascimento e Carlo Romani, obrigada pela gentileza e disposição. Obrigada aos funcionários do Arquivo Edgard Leuenroth – Unicamp, do Arquivo Público do Estado de São Paulo, CPDOC – Centro de Pesquisa e Documentação de História do Brasil e do CEDEM - Centro de Documentação e Memória da UNESP que sempre me atenderam com muita solicitude. Muitíssimo obrigada aos amigos maravilhosos do Conselho Editorial da Revista Hydra pelas discussões intermináveis, pelas cervejas, pela irmandade, pelas risadas, enfim, por simplesmente tudo: Gabriela Nery, Arthur Santos, Rafael Domingos, Anita Lazarim, Larissa da Costa, Kauan Santos, Victor Figols, André Rocha, Lucas Thiago, Carlos Malaguti, Paula Broda e Caio Gerbelli. Obrigada aos amigos Giovan Nascimento, Herbert Bonomastro, Kristy Rogerio e Mayra Bellisoni pela manutenção da minha sanidade e por ouvir (e ler) os meus infinitos reclames. Gratidão ao meu pai por sempre elogiar a minha mãe pelo quanto ela era inteligente e estudiosa, por fazer questão de guardar todos os livros dela para mim e, mesmo sem ler e escrever, sempre me incentivar a estudar, me dando 2 todas as condições para isso. Obrigada às mulheres da minha vida: Leudina, Ana Paula, Patrícia, Christina, Estela, Marina, Eulália, Fátima, Alba e Ilza. Ao Caio Gerbelli, companheiro de todas as horas, não cabe em palavras o quanto sou grata pela imensa ajuda com a dissertação, pelas provocações e dedicação ao ler e reler as linhas que seguem, que devo a você, inclusive. Obrigada pela nossa família. 3 - Vem cá Brasil. Deixe eu ler a sua mão, menino. Ponha agora um tostão pra buena – dicha. Repare esse traço forte que você tem na mão, menino. É a linha da vida. Você tem o Amazonas. Nunca lhe há de faltar nada quando você quiser ficar rico. Aqui o São Francisco – a linha da inteligência. (...) - E esse risquinho em cruz na beira da mão? - Não faça caso... É o Iguaçu. Pequenas contrariedades nos seus amores. Você está na época da puberdade, menino. (...) - Você está vendo esse risco fundo Que atravessa a mão de baixo para cima? Pois é a linha do coração: Você ainda há de ser muito feliz, menino. Essa linha... é da marcha da Coluna Prestes. Buena-Dicha Geográfica. Raul Bopp. 4 RESUMO Este trabalho busca compreender, principalmente por meio de cartas trocadas entre os rebeldes, como se deu a formação da chamada Coluna Miguel Costa - Prestes a partir dos movimentos tenentistas que a antecederam, como os levantes no Rio de Janeiro em 1922 e as revoltas de 1924 que ocorreram em vários estados como em São Paulo, Sergipe, Amazonas e Rio Grande do Sul. A análise buscou verificar uma continuidade no movimento tenentista de 1922 a 1927, ano do exílio da Coluna na Bolívia, e refletir sobre tal conceito. Para isso investigou-se quem eram os envolvidos, quais eram suas origens sociais e as perspectivas políticas das principais lideranças, propondo outras interpretações para além das já consolidas na historiografia. Palavras-chave: Primeira República. Tenentismo. Coluna Miguel Costa - Prestes. 5 ABSTRACT By using the correspondence exchanged between the rebels, this research aims to understand how was the Miguel Costa–Prestes’ Column formed starting from the tenentism movements that preceded it, like the uprising in 1922 in Rio de Janeiro and the revolts in 1924 in many states, such as São Paulo, Sergipe, Amazonas and Rio Grande do Sul. The analyses sought to verify a continuity on the tenentism movement between 1922 to 1927, what was its social origins and the political perspectives of the main leaders, proposing different interpretations from the ones already consolidated by the historiography. Key-words: First Republic. Tenentism. Miguel Costa-Prestes’ Column. 6 Sumário INTRODUÇÃO ................................................................................................... 9 CAPÍTULO I - A Hidra de Lerna: Redes de sociabilidade, movimentações e propaganda da revolta pelo Brasil ................................................................ 17 O início da década de 1920 e o caso das Cartas Falsas .............................. 17 Revoltas de 1922 no Rio de Janeiro: Forte de Copacabana, Forte do Vigia, Vila Militar, Escola Militar do Realengo e Niterói .................................................. 21 Revolta de 1924 em São Paulo ..................................................................... 24 Revolta de 1923 e 1924 no Rio Grande do Sul e o surgimento da Coluna Prestes .......................................................................................................... 40 Revolta em Sergipe em 1924 e a tentativa em 1926 ..................................... 44 A Revolta de 1924 no Amazonas e Pará ...................................................... 50 Outros apoios e algumas considerações....................................................... 53 CAPÍTULO II – A formação da Coluna Miguel Costa-Prestes: conflitos e (re)construções .............................................................................................. 60 Plano político e reivindicações ...................................................................... 81 Política de recrutamento e origem social ...................................................... 89 Alistamento, alfabetização e ascensão social ............................................ 92 Costumes de quartéis em marcha ................................................................. 96 Conflitos em gerações .............................................................................. 114 CAPÍTULO III – Aproximações e distanciamentos com as populações do campo e da cidade ....................................................................................... 117 A Coluna, o coronelismo e o caudilhismo: conflitos e aproximações .......... 117 Tenentes e as populações urbanas ............................................................ 122 Aproximações com o Partido Comunista ................................................. 136 O 5 de julho e O Libertador ...................................................................... 144 Apoio na Câmara dos Deputados ............................................................ 146 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 151 FONTES ......................................................................................................... 156 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. 161 7 SIGLAS UTILIZADAS AEL – Arquivo Edgard Leuenroth - Unicamp AESP – Arquivo Público do Estado de São Paulo 4º B.C. – 4º Batalhão