Universidade Federal Do Ceará Centro De Ciências Departamento De Biologia Programa De Pós-Graduação Em Ecologia E Recursos Naturais
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA E RECURSOS NATURAIS CECÍLIA LICARIÃO BARRETO LUNA CONDIÇÃO CORPORAL E ABUNDÂNCIA DOS PASSERIFORMES ENDÊMICOS DO ARQUIPÉLAGO DE FERNANDO DE NORONHA, BRASIL FORTALEZA 2017 CECÍLIA LICARIÃO BARRETO LUNA CONDIÇÃO CORPORAL E ABUNDÂNCIA DOS PASSERIFORMES ENDÊMICOS DO ARQUIPÉLAGO DE FERNANDO DE NORONHA, BRASIL Dissertação apresentada à Coordenação do Curso de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Ecologia e Recursos Naturais. Área de concentração: Ecologia e Recursos Naturais Orientador: Prof. Dr. Luiz Augusto Macedo Mestre Co-orientadores: Prof. Dr. Lorenzo Roberto Sgobarro Zanete e Dra. Juliana Rechetelo FORTALEZA 2017 CECÍLIA LICARIÃO BARRETO LUNA CONDIÇÃO CORPORAL E ABUNDÂNCIA DOS PASSERIFORMES ENDÊMICOS DO ARQUIPÉLAGO DE FERNANDO DE NORONHA, BRASIL Dissertação apresentada à Coordenação do Curso de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Ecologia e Recursos Naturais. Aprovada em: ____/____/____ BANCA EXAMINADORA _________________________________________________________ Prof. Dr. Luiz Augusto Macedo Mestre Universidade Federal do Paraná – UFPR _________________________________________________________ Prof. Dr. Mauro Pichorim Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN __________________________________________________________ Profa. Dra. Bianca de Freitas Terra Universidade Estadual do Vale do Acaraú - UEVA AGRADECIMENTOS À Deus, pois aprendi o bastante para não crer em Sua existência, mas tive provações suficientes para crer e confiar na Sua vontade. À minha família pela torcida, pelo apoio, por chorar e comemorar junto cada suado passo dessa jornada. Pelo investimento aplicado, pelas encomendas enviadas a ilha da magia, pelas horas ao telefone escutando todas as tensões e alegrias. Por acreditar e sonhar o meu sonho junto comigo. Por ser esse porto seguro. Obrigada por me ensinar muito do que sei sobre a vida, por me fazer essa pessoa tão destemida e cheia de sonhos. Aos meus orientadores, Luiz Mestre, Lorenzo Zanette e Juliana Rechetelo pelos ensinamentos ao longo da jornada, por confiar que eu seria capaz de executar esse projeto me dando todo suporte necessário para que ele se fizesse concreto. Pelos puxões de orelha, por sentar junto, pelo exemplo, por todas as conversas e chás de entusiasmo. Foi realmente uma grande satisfação ter trabalhado com vocês ao longo desses quase três anos. Muito da minha transformação profissional ao longo desse período devo a vocês. Muito obrigada. Às funcionárias do ICMBio Thayná Mello e Viviane Vilella que, por quase um ano, me tiraram as dúvidas sobre os trâmites burocráticos para conseguir realizar qualquer tipo de pesquisa na ilha, sempre me respondendo com a maior paciência e cordialidade. À Thayná que já na ilha me deu suporte e apoio sempre que precisei. À Marinha do Brasil por disponibilizar o alojamento ao longo de três meses para que eu pudesse realizar a pesquisa. Além das caronas, alimentação, palavras de incentivo e olhares de admiração que faziam com que qualquer um recarregasse as baterias mesmo depois de um dia inteiro de baixo de chuva ou sol regado a picadas doloridas das cafifas. Meu muito obrigada, em especial ao comandante Hélio de Araújo e ao subcomandante Eduardo Bonifácio, sem vocês esse trabalho jamais seria possível. Ao Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais (PPGERN) da UFC. À CAPES pela bolsa de estudos que permitiu que o trabalho de campo pudesse ser realizado. À Idea Wild e Kate Secor pelas doações de equipamentos de campo. À administração do Arquipélago de Fernando de Noronha, pela isenção do pagamento da Taxa de Preservação Ambiental. À Christiane Faria que aceitou o convite de participar da equipe desse projeto, somando muito com suas contribuições. Obrigada pelos brainstorms, pela empolgação e pelo brilho no olhar quando fala da ciência e de todas as perguntas incríveis que podem ser respondidas. Obrigada pelo sotaque mineiro que aquece meu coração e por ter feito moradia aqui no peito. A todos da ilha que ajudaram no trabalho de campo. Ao Seu João, motorista do ICMBIO, pelas caronas as sextas feiras para o Capim Açu, pelo eterno sorriso no rosto e bom humor. Ao Maneco que sempre estava bem-disposto a ajudar, fosse abrindo trilhas no Capim Açu, fosse me dando conselhos valiosos sobre a vida. A todos os funcionários do ICMBio que me tratavam carinhosamente de “menina sebito” e que sempre guardavam as carcaças das aves e marcavam os ninhos pela ilha para me levar lá depois. Ao Dudu por disponibilizar sua casa para nos receber, pelas caronas matutinas, pelos cafés-da-manhã sensacionais depois de meses de jejum de tapioca e cuscuz. À Ariane Gouveia, voluntária do ICMBio, que conheci logo na primeira semana de ilha e que eu mal sabia que ela iria permanecer na minha vida por um bocadinho mais de tempo. Obrigada Ari pelas conversas, pelo apoio, pelos dias de campo, por dividir essa magia comigo. A todos os desconhecidos que me deram caronas nas ladeiras vulcânicas, aos amigos que fiz entre uma ladeira e outra que muitas vezes se aproximavam por curiosidade sobre aquela pessoa vestida de bióloga no meio do mato ou nas praias e que acabaram se alojando no meu peito. Às queridas Paula Jéssica, Victória Lima, Mariana Rodrigues e Josy Assunção que me acompanharam durantes longos dias triando os artrópodes na lupa, sem as quais eu jamais conseguiria separar e contar os quase oito mil espécimes coletadas na ilha. Meu muito obrigado, se não fossem vocês possivelmente eu estaria até agora contando todos eles. À prof.ª Lígia Queiroz por disponibilizar o laboratório e os equipamentos para que fosse possível a análise dos insetos. Ao Dr. Fábio Akashi da UNESP pela identificação dos ácaros. Ao Paulo Siqueira pela identificação dos itens alimentares nas fezes das aves. Aos amigos pessoais que acompanharam de perto toda a construção e realização desse sonho. Priscila Caracas, Amanda Aragão, Júlia Queiroz e Sarah Sant’Anna, amigas que a biologia e que a vida se encarregou de não desviar do meu caminho. À Daniela Pinheiro, Ivana de Paula e Suély Ferreira por abraçar a minha ideia maluca de pedir financiamento pela cidade, pelas elaborações dos projetos e listas de possíveis patrocinadores. Obrigada por terem comprado a minha ideia. À família Fernandes Martins que me acompanhou desde o embrião desse projeto até a execução. Que aturou todos os maus momentos, que me deu força e acreditou sempre mais do que eu, que quando eu achava que nada iria dar certo, lá vinham eles com a sua fé inabalável e crença de que tudo sairia da melhor maneira possível, e assim se fez. Obrigada por ser meu exemplo de integridade. Aos colegas da UFC, Márcia Cristina, Diego Sales, Dayana Oliveira, Maria Carolina, Edson Amaro e Tamara Marciel por compartilharem os altos e baixos de todo o processo. Por aguentarem todas as minhas surtadas. Pela ajuda no desenvolvimento das ideias, nas análises estatísticas, nas escritas de projetos de financiamento. Pelas noites a dentro no laboratório. Pelos finais de semana e feriados escrevendo o projeto, pelas ajudas nas análises estatísticas. Enfim, pelo aprendizado, companhia e diversão. Tudo foi bem mais leve na presença de vocês. Aos anjos da estatística, Carlos Alberto e Ronaldo César, que me acudiram várias vezes em horas de sufoco e me ajudaram a fazer os gráficos mais lindos no R. À amiga Ruth Soares por sempre me socorrer quando preciso de mapas georeferenciados, pois sem essas preciosidades meus campos não teriam sido os mesmos. Ao querido Ismael Franz por sempre me socorrer quando eu precisei de qualquer artigo que se tratasse das Elaenias. Ao querido amigo Marcelo Holderbaum que por várias vezes me ajudou durante o processo e que emprestou o material de campo para que fosse possível toda a logística do anilhamento. À equipe do “Ornito CE” sempre prontificados para tirar minhas dúvidas e por ser fonte de inspiração por todo o amor e dedicação pela ornitologia. Ao Hugo Fernandes por toda a ajuda desde antes de qualquer projeto nascer, pelos brainstorms pelas madrugadas na idealização de um projeto que fosse incrível e possível de ser executado. À amiga Shirliane Araújo que caiu do céu em um momento crucial, me dando um choque de realidade e suporte que fez total diferença no desenvolvimento desse trabalho. Ao inspirador “menino passarinho”, vulgo Luciano Lima, por ter me dado a brilhante ideia de passar três meses na ilha imersa na pesquisa. Pelas revisões, pelas dicas de leitura, pelos puxões de orelha e inspiração diária. Muito obrigada Lu. Ao querido Alberth Aguiar pelas revisões. Este trabalho é resultado da dedicação e colaboração de inúmeras pessoas, sem as quais ele certamente não teria sido possível. Sou grata a cada um de vocês. E aos infinitos tons de azul, verde, amarelo, rosa e roxo de Fernando de Noronha, pelas suas águas cristalizas e reenergizantes, pelas ladeiras sem fim, pelos dias ensolarados, pela plenitude da recompensa de todo o esforço. “Prezo insetos mais que aviões. Prezo a velocidade das tartarugas mais que a dos mísseis. Tenho em mim esse atraso de nascença. Eu fui aparelhado para gostar de passarinhos. Tenho abundância de ser feliz por isso. Meu quintal é maior do que o mundo. ” Manoel de Barros RESUMO A qualidade do habitat - disponibilidade de recursos e cobertura vegetal - afeta a condição corporal das aves, e quando alterada, pode levar ao declínio populacional e até extinções. Assim, avaliamos a condição corporal e abundância da cocoruta (Elaenia ridleyana) e do sebito (Vireo gracilirostris) em duas áreas (antropizada e conservada) da ilha principal do arquipélago de Fernando de Noronha. Nós medimos a condição corporal (peso, gordura, desgaste de penas, ectoparasitas, placa de incubação e protuberância cloacal) de 45 cocoruta e 52 sebitos, disponibilidade de recursos alimentares (10 pontos de amostra de armadilha de malaise e 20 de guarda- chuva entomológico).