88 NOTA DE ABETURA ALMEIDA HENRIQUES PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VISEU

O Festival de Música da Primavera, que já vai para a sua 12.ª edição, eleva bem alto a excelência e qualidade musical dos nossos músicos e talentos do concelho, mas também do país e do estrangeiro. Congratulo-me que este seja já um festival de referência no contexto da música erudita do país e que, à semelhança de outras áreas, seja uma iniciativa “made in Viseu”. Congratulo-me ainda que estejamos perante uma aposta já consolidada, que vem reforçar a agenda cultural da cidade e oferecer a todos os viseenses e amigos de Viseu performances de muito elevada qualidade. Isto demonstra o grau de compromisso que a Proviseu e o Conservatório Regional de Música de Viseu, responsáveis pela organização do festival, estabeleceram com o Município de Viseu, o que resulta num projeto maduro e de crescente afirmação no plano regional e nacional. Nesta 12.ª edição destaco a presença de mais de 500 músicos, de 12 nacionalidades, os 21 concertos que vão decorrer ao longo de 19 dias nalguns dos espaços mais emblemáticos da cidade, e a estreia de várias obras de compositores portugue- ses, 4 delas encomendas do Festival Internacional de Música da Primavera de Viseu. Relevo ainda o 3.º Concurso Internacional de Piano de Viseu, a contínua aposta na formação, com a realização de masterclas- ses/workshops para estudantes e profissionais de música e os concertos pedagógicos em escolas e outras instituições de Viseu. Julgo estarem reunidas todas as condições para mais uma edição de sucesso, que apenas vem engrandecer o cartaz cultural da cidade de Viseu. O meu bem-haja Almeida Henriques Presidente da Câmara Municipal de Viseu

1 O FESTIVAL JOSÉ CARLOS SOUSA DIRETOR ARTÍSTICO

12.o Festival Internacional de Música da Primavera de Viseu

A música dá as boas vindas à primavera, lares de 3.ª idade, estabelecimentos pri- enriquecendo o seu calor e as suas cores sionais, e inúmeras instituições, o festival com a magia do som! E não se trata de um chegará alegremente e de forma criativa a som qualquer! É o som dos grandes con- muitas crianças e adultos mais alheios aos certos, plenos de qualidade, diversidade, eventos artísticos. criação e internacionalização. O Concurso Internacional de Piano e Gui- O Festival Internacional de Música da Prima- tarra de Viseu é um grande capítulo do festi- vera promete momentos inesquecíveis em val, responsável pela integração de Viseu nas lugares tão diversos da nossa cidade como temporadas dos grandes eventos musicais de o Teatro Viriato, o Museu Nacional Grão projeção internacional. Este ano, cabe ao Vasco, a Aula Magna do Instituto Politécnico, piano mostrar os seus virtuosos nacionais e o Pavilhão Multiusos, o Clube de Viseu, a Sé internacionais com o Concurso Internacional e outras igrejas e palcos de Viseu. de Piano de Viseu, na sua terceira edição. O FIMPViseu é um dos eventos de grande O festival completa-se ainda com a 12.ª relevância cultural da nossa cidade e afir- edição de um concurso de nível escolar, dire- ma-se já como um dos principais festivais cionado aos alunos do Conservatório Dr. José de música erudita do país. de Azeredo Perdigão; e também com diversas masterclasses realizadas por grandes mestres Nesta edição, a programação faz um grande da cena musical nacional e internacional, des- enfoque à música de autores portugueses tinadas a estudantes de música. atuais. Poderemos, ao longo de 3 concer- tos, assistir a 4 estreias mundiais de obras Bem-haja ao público, aos músicos, aos encomendadas pelo FIMPViseu, que deste mecenas e a todas as entidades que apoiam modo, estimula e dá a conhecer a criação o FIMPViseu. musical nacional. Um agradecimento especial ao Município Sendo a diversidade uma constante do fes- de Viseu, nas pessoas do Sr. Presidente da tival, o seu público poderá apreciar também Câmara Municipal de Viseu Dr. Almeida concertos de música antiga, música instru- Henriques e do Sr. Vereador da Cultura Dr. mental, música com solistas, música de Jorge Sobrado, por, mais uma vez, apoiarem câmara, música orquestral, música coral e acompanharem este importante evento sinfónica e música elaborada e/ou executada para a nossa cidade. com computador. Contamos com a presença de todos na nossa Espalhando os sons da música pelas escolas, primavera musical.

3 Do que é feito o festival?

Nesta 12.ª edição, os ramos que fazem a 12.O CONCURSO DE INSTRUMENTISTAS mações e inscrições podem ser consultadas frente. A primeira prova tem lugar dia 24 de árvore deste festival continuam a crescer. DO CONSERVATÓRIO DE MÚSICA DE na nossa página oficial. Abril e dali por diante disputam-se várias eli- Para lá de uma programação vasta de con- VISEU DR. JOSÉ DE AZEREDO PERDIGÃO minatórias até reduzirmos os participantes a Estas são as atividades que estamos a certos, 25 no total, que se irão espalhar três. Esses irão subir ao palco no espetáculo Realizaram-se já as provas finais deste promover: 6 Abril – Guitarra Portuguesa por 9 salas diferentes, o Festival continua de encerramento do Festival para mostrar concurso onde participaram cerca de 450 – Pedro Caldeira Cabral; 8 Abril – Clari- a apostar em atividades complementares. do que são capazes perante o nosso público. alunos inscritos no Conservatório de Música nete – Carlos Piçarra Alves; 9, a 11 Abril O objetivo é trazer mais para a cidade, pro- Para decidir as eliminatórias foi convidado, de Viseu. Os vencedores atuarão no Con- – Bateria e Improvisação – André Silva e movendo concertos pedagógicos, master- um júri internacional, estando em competi- certo de Laureados, a realizar-se no Hotel Elmano Coelho; 11 Abril – Acordeão – classes, workshops e concursos. ção 13.500€ em prémios. O público, para Grão Vasco no dia 14 de Abril. Franck Angelis; 12 Abril – Violino – Roberto além do deleite de assistir a estes concertos, Valdés; 23 e 27 Abril – Piano – Shao Xiao Entre os vários escalões etários e áreas terá ainda uma palavra a dizer sobre o seu Ling; 23 e 27 Abril – Piano – Luís Pipa; 25 CONCERTOS PEDAGÓGICOS instrumentais são cerca de 80 os distingui- favorito, a quem atribuirá, por voto maiori- Abril – Violoncelo – Miguel Rocha; 25 e 26 dos, seja com Prémios, seja com Menções tário, um prémio em seu nome. Pelas mais variadas razões, há alturas em Abril – Guitarra – Dejan Ivanović; 27 Abril – Honrosas. O trabalho realizado ao longo do que a música deve ir ao encontro das pessoas Piano – Giuseppe Andaloro; 27 Abril – Piano ano claramente compensou e não podia ficar e não o contrário. Os concertos pedagógicos – Aquiles Delle Vigne. sem o devido reconhecimento. PRÉMIOS servem precisamente esse propósito. 1.º Prémio – 8.000€; Direcionados a públicos muito específicos, FORMAÇÃO 3.O CONCURSO INTERNACIONAL procuram demonstrar a importância da DE PIANO DE VISEU E ainda um concerto no 13.º Festival de Este ano, entre 6 e 27 de Abril, teremos 11 música, desconstruir a sua criação e satis- Música da Primavera – Viseu (2020); Um workshops e masterclasses – desde a Gui- A primeira edição deste concurso realizou-se fazer curiosidades. concerto na Salle Cortot, em Paris, para a tarra Portuguesa ao Piano – no total de 9 em 2015. Nesse ano, o topo do pódio foi Associação Animato e outros concertos a Este ano iremos realizar cerca de 20 concer- instrumentos e técnicas. Com formadores ocupado por Aristo Sham da China, sendo anunciar. tos noutros tantos lugares, como por exem- de talento internacional, esta será uma bela que o segundo e terceiro lugares foram plo a Escola de Paradinha, Escola Aquilino oportunidade de enriquecimento e aprendi- preenchidos pelos chineses Jiacheng Xiong 2.º Prémio – 3.000€; Ribeiro, APPACDM, Escola de Marzovelos, zagem para todos os inscritos. e DongJun Miao. Este último que regressaria 3.º Prémio – 1.500€; Escola do Mundão, Lar da Misericórdia dois anos depois para, numa final intensa no Pretendemos com esta oferta proporcionar São Caetano, Estabelecimento Prisional de Teatro Viriato, trepar até ao primeiro lugar. Prémio do Público – 500€; aos participantes o contacto com diferentes Viseu, Quinta da Cruz, Escola de S. Miguel O israelita Adi Neuhaus foi segundo clas- metodologias de trabalho e fomentar a troca Prémio para o Melhor Português – 500€; e outros locais! Contamos assim alcançar sificado e acumulou o prémio do público. de experiência entre formando e formador. cerca de 2.000 ouvintes de todas as idades Yutong Gao ocupou a terceira posição. nestes vários contextos e espaços. Estas atividades destinam-se a todos os Se o passado é indicativo, em 2019 espe- músicos, desde os alunos do Curso Básico ra-nos uma competição renhida em que o a Profissionais. talento de alguns dos melhores pianistas Todos os detalhes sobre cada uma das for- desta nova geração é colocado frente a

4 5 ABRIL HORA CONCERTO LOCAL ABRIL HORA CONCERTO LOCAL

Instituto Politécnico Concerto de Laureados do Trio de Pedro Caldeira Cabral 15h00 05 SEX. 21h00 de Viseu, Aula Magna 14 DOM. 12.º Concurso de Instrumentistas Hotel Grão Vasco 17h00 do Conservatório

Instituto Politécnico 1P. Iberian Ensemble Banda Sinfónica Portuguesa 06 SÁB. 21h00 de Viseu, Aula Magna 16 TER. 21h00 2P. Maria Cristina Aguiar Igreja da Misericórdia e Nuno Alexandrino

Concerto: Professores do Instituto Politécnico Grupo de Música Museu Nacional 07 DOM. 17h00 Conservatório de Música de Viseu de Viseu, Aula Magna 17 QUA. 21h00 Contemporânea de Lisboa Grão Vasco

Instituto Politécnico Orquestra Académica Yamandu Costa BRA 08 SEG. 21h00 de Viseu, Aula Magna 18 QUI. 21h00 Filarmónica Portuguesa Pavilhão Multiusos com Pavel Gomziakov RUS

Carlos Piçarra Alves Câmara Municipal Orquestra Filarmonia 09 TER. 21h00 Sé de Viseu e Arte Music Ensemble de Viseu 21 DOM. 21h00 das Beiras e Coro Voz Nua

UKR Marko Topchii Teatro Viriato ITA 10 QUA. 19h00 23 TER. 21h00 Giuseppe Andaloro Teatro Viriato

FRA 1P. Franck Angelis Duo Sigma 21h00 Teatro Viriato Teatro Viriato 2P. Quarteto Concordis 24 QUA. 21h00 (Estreia Mundial)

ITA 1P. Carlo Curatolo Orquestra XXI Teatro Viriato Pavilhão Multiusos 11 QUI. 19h00 2P. Luís Pipa 25 QUI. 17h00 e Coro Sinfónico Lisboa Cantat

CUB Roberto Valdés 1P. Dejan Ivanović HRV 21h00 CUB Teatro Viriato Clube de Viseu e Daniel Rodríguez Hart 26 SEX. 19h00 2P. Manuel Araújo

Instituto Politécnico Final do 3.º Concurso 12 SEX. 21h00 Orquestra Juvenil de Viseu Teatro Viriato de Viseu, Aula Magna 27 SÁB. 21h00 Internacional de Piano de Viseu

Orquestra Filarmónica Portuguesa Pavilhão Multiusos 13 SÁB. 21h00 com Eldbjørg Hemsing NOR BILHETES PREÇOS

É necessário ter bilhete para qualquer con- Público em geral: 5€ certo, gratuito ou não, de forma a garantir um Público afeto ao Conservatório: 2,5€ lugar. Os bilhetes podem ser adquiridos no Preço único: 5€ Conservatório Regional de Música de Viseu Gratuito e online em www.musicadaprimavera.pt ou no Teatro Viriato para os concertos que se realizam nesse espaço.

6 7 5 ABRIL ENTRADA IPV TRIO DE SEXTA 5€ / 2.5€ A U L A M AG N A PEDRO CALDEIRA CABRAL 2 1 H 0 0

Trio de Pedro Caldeira Cabral apresenta o espetáculo teatros, ficando nos anais da história o que se Pedro Caldeira Cabral “Guitarristas Lendários”: “A Cítara portuguesa efetuou no Casino Lisbonense em 1873 e que é hoje em dia um instrumento musical indis- contou com a presença de doze instrumentis- sociável das práticas musicais ligadas ao fado tas de grande nomeada. de Lisboa e à canção de Coimbra, tendo em O século XX assistiu à requalificação social e ambas as tradições citadinas sido cultivada musical do instrumento, entretanto elevado à ativamente por executantes-compositores, categoria de símbolo identitário, frequente- sendo alguns deles figuras lendárias que nos mente incluído em representações pictóricas legaram nos últimos dois séculos um patrimó- eruditas (de Mário Eloy e Cândido da Costa nio popular de inegável valor artístico. Pinto a Júlio Pomar e Graça Morais), citado A palavra fado (do lat. fatum = destino) foi pelos mais famosos poetas (de Fernando aplicada no século XIX às canções criadas por Pessoa e Sophia de Mello Breyner Andersen uma figura social caracteristica de Lisboa: O a Manuel Alegre). Fadista, (sin. de malandro, sem profissão Evocamos neste programa o contributo deci- certa, amante de zaragatas e companheiro de sivo de gerações sucessivas de criadores e prostitutas, etc.), cujos textos muitas vezes intérpretes que com o seu talento e virtuosi- improvisados ao som da cítara, narravam as dade musical, marcaram as diferentes épocas, vidas desgraçadas e crenças no destino dos inscrevendo-se na história da cítara popular seus criadores e intérpretes originais, atores como verdadeiras figuras lendárias, inspirado- de uma marginalidade social, cuja canção ras da renovação instrumental das gerações PROGRAMA típica rapidamente foi recuperada e trans- presentes e futuras. formada pelas classes dominantes em formas atr. ANTÓNIO VIEIRA DOS SANTOS (1784-1854) MANUEL RODRIGUES PAREDES (1874-1948) musicais e poéticas de maior grandeza. Concluindo, a Cítara Portuguesa de hoje entrou Fofa da Rozinha Maxixe Poiarense definitivamente na categoria de instrumento A cítara portuguesa dos finais do século XVIII, de concerto, apreciada internacionalmente, MANUEL JOSÉ VIDIGAL (1763-1827) ANDRÉ VICTOR CORREIA (1888-1948) socialmente desqualificada, era o instru- representada por um conjunto vasto de intér- Cotilhão André de Sapato Novo mento ideal para a execução do fado, dadas pretes, apostados na divulgação das várias as caracteristicas peculiares do seu timbre e vertentes que constituem o seu reportório, ANÓNIMO (c.1830) ARMANDO FREIRE (1891-1946) da expressividade melancólica obtida com bem ilustrado no programa deste concerto.” Modinha Variações em Lá menor recurso a técnicas particulares de ornamen- tação e de vibrato (o chamado gemidinho). JOSÉ MARIA DOS CAVALINHOS (fl.1850-70) ARTUR PAREDES (1899-1980) PEDRO CALDEIRA CABRAL Os três géneros principais associados à Fado Conde da Anadia Variações em Mi menor cítara, como era então chamado o instru- Nasceu em Lisboa em 1950. Inicia os estudos mento, eram o fado batido (danças da fofa, musicais na infância em ambiente familiar, LUÍS CARLOS DA SILVA PETROLINE (1859-1934) CARLOS PAREDES (1925-2004) chula, lundum e umbigada), o fado cantado começando a tocar flauta de bisel, guitarra Fado-Valsa Serenata e as variações instrumentais. clássica e guitarra portuguesa.

ANTHERO DA VEIGA (1866-1960) CARLOS PAREDES/P. C. CABRAL Em 1858 é publicado no Porto a obra de Fétis Mais tarde estuda teoria musical, contra- Bailados do Minho Verdes Anos “A Música ao Alcance de Todos”, cuja tradu- ponto, harmonia e composição com os ção contém um glossário de José Ernesto de professores Artur Santos e Jorge Peixinho. GONÇALO PAREDES (1873-1915) PEDRO CALDEIRA CABRAL (n. 1950) Almeida, no qual se descrevem a Cítara e a Desenvolve como compositor, um estilo Valsa Triste Balada da Oliveira Guitarra da época com a descrição das dife- próprio para guitarra solista compondo Baile dos Carêtos renças no número de cordas, nas afinações e igualmente peças de música de câmara para técnicas destes dois instrumentos bem como Teatro, Cinema e Bailado. uma referência ao estatuto social diferenciado Tem-se apresentado na qualidade de solista FICHA ARTÍSTICA dos seus utilizadores. em inúmeros concertos nas principais salas e Pedro Caldeira Cabral – Cítara Portuguesa A partir de 1870 realizam-se concertos regu- festivais da Europa, E.U.A., Turquia, Tunísia, Joaquim António Silva – Violão lares de Cítara em salões públicos, cafés e Marrocos, Brasil, Colombia e China. Duncan Fox – Contrabaixo

8 9 TRIO DE 6 ABRIL ENTRADA IPV PEDRO CALDEIRA CABRAL SÁBADO 5€ / 2.5€ A U L A M AG N A 2 1 H 0 0

Foi responsável pela direção artística do DUNCAN FOX Banda Sinfónica Festival de Guitarra Portuguesa na Expo’98, Nasceu em Inglaterra em 1970, tendo feito Portuguesa em Lisboa. Em 1999 foi publicado o livro “A estudos musicais entre 85 e 88 na Junior Guitarra Portuguesa” de sua autoria, primeira School-Royal Academy of Music, frequen- monografia sobre as origens, evolução his- tando a classe de Contrabaixo sob orientação tórica e reportório do instrumento nacional. do professor Emmanuel Shulmann. Em 2002 produziu e apresentou a exposição Entre 88 e 92 efetuou estudos superiores no “À Descoberta da Guitarra” no Museu Abade Royal Northern College of Music em Man- de Pedrosa, integrada no Festival Internacio- chester, trabalhando o Contrabaixo (Prof. nal de Guitarra de Santo Tirso. Duncan Mc Tier), o Piano (David Lloyd) e a Da sua vasta discografia salienta-se a produ- Viola da Gamba (Richard Boothby). ção e publicação de dezasseis álbuns como Integrou a Manchester Camerata, Goldberg solista de guitarra portuguesa. Foi galardoado Ensemble e a Opera North Orchestra. com o Prémio Carlos Paredes 2014, pelo CD duplo “Labirinto da Guitarra-Antologia” (Pri- Desde 1993 vive e trabalha em Lisboa, inte- metime, 2013). grando a Orquestra Sinfónica Portuguesa (Coordenador de Naipe Adjunto) e o Concerto Atlântico. JOAQUIM ANTÓNIO SILVA Nasceu em Óbidos em 1956. Músico autodi- PROGRAMA dacta, poli-instrumentista, tem exercido esta atividade paralelamente à sua vida profissio- JOSÉ CARLOS SOUSA (Intervalo) nal como fotógrafo e professor. Frequentou Primeiro Poema (2016) cursos de direção coral com Mário Mateus e RUI RODRIGUES Fernando Lopes-Graça. DANIEL AMARO A Viagem de Balão (2014)*** Desde 1979 que se interessou pela Música Do Outro Lado do Espelho (2019)* Antiga, dedicando-se ao estudo do alaúde e I. Sono Leve LUÍS TINOCO outros instrumentos instrumentos em uso na II. Sono Profundo Nocturnos Americanos (2019)**** idade-média e renascimento. III. Epílogo – Sonho I. Evening Wind – after Edward Hopper II. The Passing Freight – after Martin Lewis Integra desde 1986 o grupo La Batalla e desde LUÍS TINOCO III. Spring Night – after Martin Lewis 1991 o Concerto Atlântico, ambos dirigidos por O Caminho de Teseu (2018)** IV. One Punch Knock-Out – after Robert Riggs Pedro Caldeira Cabral, e com os quais se apre- I.Labirinto sentou em inúmeros concertos em e II. Minotauro nos festivais de Utrecht (Holanda), Clercken- well (Inglaterra) e outras cidades estrangeiras. * Obra finalista do VII Concurso Nacional de Composição BSP. Integra igualmente, como acompanhador, o trio ** Obra do compositor convidado pela BSP na temporada 2019. de Pedro Caldeira Cabral, tendo participado *** Obra vencedora do III Concurso Nacional de Composição BSP em 2015 e a obter pela primeira vez o 1.º prémio. em concertos em Portugal, Holanda, Irlanda, **** Encomenda da BSP. Noruega, Alemanha, França, Rússia, Brasil, Colombia e China. Tem-se também dedicado ao estudo e práticas da música tradicional, FICHA ARTÍSTICA nomeadamente ao reportório de dança e ins- trumentos tradicionais da Estremadura e ao José Eduardo Gomes – Direção Musical trabalho de direção coral de grupos amadores. Luís Tinoco – Compositor convidado pela BSP em 2019 Marcelo Marques – Saxofone soprano e barítono (Solista na peça “O Caminho de Teseu” de Luís Tinoco)

10 11 BANDA BANDA SINFÓNICA SINFÓNICA PORTUGUESA PORTUGUESA

Com sede na cidade do Porto, a Banda Sinfó- Eugene Corporon (E.U.A.).Maestros interna- para cada secção: nica Portuguesa teve o seu concerto de apre- cionalmente reputados como Jan Cober, Dou- sentação no dia 1 Janeiro de 2005 no Rivoli, glas Bostock, José Rafael Vilaplana (maestro I. Evening Wind – after Edward Hopper Teatro Municipal do Porto onde também principal convidado da BSP), Alex Schillings, gravou o seu primeiro CD, tendo entretanto Rafa Agulló, Henrie Adams e Eugene Corporon recebido um importante apoio por parte da dirigiram a BSP com enorme sucesso, tendo Culturporto e mais tarde da PortoLazer na considerado este projeto como extraordinário divulgação e expansão do seu projeto. Em e de uma riqueza cultural enorme para Por- Abril de 2010, lançou o seu álbum “A Portu- tugal. Aliás, a BSP tem vindo a receber até guesa” com obras exclusivamente de compo- ao momento as melhores críticas, não só do JOSÉ EDUARDO GOMES sitores portugueses, num concerto realizado público em geral, como também de prestigia- no auditório da Faculdade de Engenharia do dos músicos nacionais e estrangeiros. Maestros José Eduardo Gomes é Maestro Associado da Porto. Tem vindo a gravar regularmente outros portugueses como Pedro Neves, Fernando Orquestra Clássica do Sul e Maestro Titular trabalhos, nomeadamente “Traveler” (2011), Marinho, Alberto Roque, Avelino Ramos, José da Orquestra Clássica da FEUP. É professor “Hamlet” (2012) “Oásis” (2013), “Grand Con- Eduardo Gomes, Hélder Tavares, João Paulo na ESMAE – Porto, onde exerce o cargo de II. The Passing Freight – after Martin Lewis certo pour Orchestre d’Harmonie” (2014), Fernandes dirigiram também esta orquestra. maestro responsável pela Orquestra Sinfó- “Sinfónico” com Quinta do Bill (2015), “Trilo- nica. Até junho de 2018, foi Maestro Titular Destacam-se a realização de concertos nas gia Romana” (2015), “Porto” (2016) estando da Orquestra Clássica do Centro. Foi semifi- principais salas de espetáculo de norte a sul em fase final de edição o gravado em 2017 nalista no 1.º Concorso Città di Brescia Gian- do país, Igrejas, Santuário de Fátima, bem um novo trabalho exclusivamente dedicado a carlo Facchinetti, em Itália. como na vizinha Espanha no Teatro Monu- música de cinema. mental de Madrid (RTVE) e ainda nas cidades José Eduardo Gomes começou a estudar cla- A partir de 2007, a BSP é convidada pela de Pontevedra, Corunha, Ávila, Llíria, Llega- rinete em Vila Nova de Famalicão, sua cidade Fundação Casa da Música a apresentar-se nés e participações nos Certames Internacio- natal. Prosseguiu a sua formação na ARTAVE e regularmente na Sala Guilhermina Suggia, nais de Boqueixón e Vila de Cruces (Espanha). na ESMAE – Porto, onde se diplomou na classe onde tem vindo a interpretar regularmente um de António Saiote, tendo recebido o Prémio A BSP obteve em Abril de 2008 o 1.º prémio conjunto de obras originais de compositores Fundação Engenheiro António de Almeida. no II Concurso Internacional de Bandas de La portugueses e estrangeiros, sendo responsável Posteriormente estudou direção de orquestra III. Spring Night – after Martin Lewis Sénia na Catalunha (Espanha) na 1.ª secção pela execução em primeira audição de mais na Haute École de Musique de Genève (Suíça), e igualmente o 1.º prémio na categoria supe- 30 obras. A BSP possibilitou, na maioria dos com Laurent Gay, e direção coral, com Celso rior (Concert Division) do 60.º aniversário seus concertos, a apresentação de talento- Antunes. É membro fundador do Quarteto do World Music Contest em Kerkrade na sos solistas nacionais e internacionais, sendo Vintage e do Serenade Ensemble. Foi Maes- Holanda em Outubro de 2011, com a mais alta de destacar alguns como Pedro Burmester, tro Principal da Orquestra de Câmara de classificação alguma vez atribuída em todas as Sérgio Carolino, Mário Laginha, Elisabete Carouge, na Suíça e Maestro Titular do Coro edições deste concurso que é considerado o Matos, Jean-Yves Fourmeau, Vicente Alberola, do Círculo Portuense de Ópera. Atuou nos “campeonato do mundo de bandas”. Pierre Dutôt, Vincent David, Vicente Alberola, mais destacados festivais de música em Por- Horácio Ferreira, etc. Algumas apresentações Em 2014, a BSP realizou a sua primeira tour- tugal, tais como, “Dias da Música”, Festival contaram ainda com a participação de vários née intercontinental pela China, realizando 5 de Sintra, Festival Prémio Jovens Músicos coros do grande Porto bem como grupos como concertos nas cidades de Hangzhou, Jiangyin, e Festival Cantabile. Em 2018 foi agraciado a Vozes da Rádio, Quinta do Bill, Quarteto Vin- Shaoxing, Ningbo e Jiaxing. Participou em 2017 com a Medalha de Mérito Cultural da Cidade IV. One Punch Knock-Out – after Robert Riggs tage, European Tuba Trio, etc. na qualidade de orquestra de referência no de Vila Nova de Famalicão. Projetos futuros panorama internacional, no 18.º Festival do incluem a direção da Orquestra Gulbenkian e Outros objetivos passam pela iniciativa peda- World Music Contest em Kerkrade e na 17.ª da Orquestra Sinfónica Portuguesa gógica de levar a cabo masterclasses de ins- Conferência Mundial da World Association for trumento com professores de reconhecido Symphonic Bands and Ensembles em Utrecht. mérito artístico, bem como Cursos de Direção NOTA SOBRE O PROGRAMA de Banda (contando já com 20 edições) orien- A Banda Sinfónica Portuguesa é uma Associa- tados pelos prestigiados Maestros Marcel van ção cultural, sem fins lucrativos, apoiada pela Cada andamento da obra “Nocturnos Ame- Bree, Jan Cober (Holanda) Douglas Bostock Direção Geral das Artes. A direção artística ricanos” de Luís Tinoco tem o título das gra- (Inglaterra), José Rafael Vilaplana (Espanha) e está a cargo do Maestro Francisco Ferreira. vuras abaixo identificadas que serviu de base

12 13 7 ABRIL ENTRADA IPV 8 ABRIL ENTRADA IPV DOMINGO 5€ / 2.5€ A U L A M AG N A SEGUNDA 5€ A U L A M AG N A 1 7 H 0 0 2 1 H 0 0

Concerto dos Professores do Yamandu Costa BRA Conservatório de Música de Viseu

PROGRAMA PROGRAMA FICHA ARTÍSTICA

ARMANDO JOSÉ FERNANDES (1906-1983) HEITOR VILLA-LOBOS (1887-1959) Música de Yamandu Costa (Programa a anunciar) Yamandu Costa – Guitarra Prelúdios I e II. Jorge Martins (Piano) Bachianas Brasileiras No. 5 (I. Ária) Tiago Correia (Saxofone); António Coelho (Guitarra) GIUSEPPE VERDI (1813-1901) “I vespri siciliani”- aria “Merce, dilette amiche” FRÉDÉRIC CHOPIN (1810-1849) Yamandu, o maior guitarrista de 7 cordas da tantes palcos do mundo. Participa em grandes Ecaterina Neagu (Soprano); Alla Sosnovskaia (Piano) Mazurka op. 63 n.º 2. José Miguel Amaral (Piano) atualidade, foi nomeado para 2 Grammys Lati- festivais e encontros, sendo vencedor dos mais nos´18. Um pelo disco com Borghetti: Yamandu relevantes prémios da música brasileira. KEIKO ABE (n. 1937) GEORGE ENESCU (1881-1955) Borghetti – Melhor Álbum de Música de Raízes Em 2012 ganhou em Cuba o “Prémio Inter- Michi - Aldovino Munguambe (Marimba) Cantabile et Presto em Língua Portuguesa e outro com “Recanto” nacional Cubadisco” pelo CD “Mafuá” e uma Joana Correia (Flauta transversal) Anícia Costa (Piano) na categoria de Melhor Álbum Instrumental. Menção do Prémio ALBA pelo CD “Lida”. SIGFRID KARG-ELERT (1877-1933) Nascido no Brasil, em Passo Fundo (1980) Entre os vários CDs que vai editando em nome “Sonata Appassionata” para flauta solo GREGORY WANAMAKER (n. 1968) Yamandu começou a estudar guitarra aos 7 próprio, Yamandu participa em edições de Joana Correia (Flauta) Duo Sonata (3. Scherzo; 4. Arrival (Blues)) anos com o pai Algacir Costa, líder do grupo companheiros musicais e constrói parcerias, Carlos Silva (Clarinete); José Magalhães (Saxofone) “Os Fronteiriços”, e aprimorou a sua arte com como é o caso do espetáculo ao vivo que ori- W. A. MOZART (1756-1791) o argentino Lúcio Yanel. Aos 17 anos apresen- ginou o CD/DVD com Hamilton da Holanda ou Sonata violino e piano K n.º 378 Adagio/Allegro CARLOS PAREDES (1925-2004) tou-se pela 1.ª vez em S. Paulo no Circuito o CD que gravou com Rogério Caetano. Nos Thema e variações Danças Portuguesas. João Paulo Sousa (Guitarra portu- Cultural Banco do Brasil (Estúdio Tom Brasil), últimos 3 anos, Yamandu participou também Joaquim Pedro (Violino); Alla Sosnovskaia (Piano) guesa), António Coelho (Guitarra) passando a ser reconhecido como músico em 2 DVDs: Jobim Jazz ao Vivo – Mário Adnet revelação do violão brasileiro, sendo um dos (2015), o DVD do filme Dominguinhos e o MATHIAS DUPLESSY (n. 1972) V. MATONO (1921-2019) maiores fenómenos da música brasileira. CD/DVD “Ao Vivo em Copacabana” do Trio Quatuor pour guitare en re mineur – 1.º and. Homenagem ao Tango Madeira Brasil (2016). O seu CD “Concerto Paula Sobral, Marco Pereira, António Coelho, Bruno Cabral, Nancy Brito, Nuno Silva (Trio de Acordeões) A sua criatividade musical desenvolve-se livre- de Fronteira” (2015) conta com a Orquestra André Cardoso (Quarteto de guitarras) mente sobre uma técnica absolutamente apri- de Estado de Mato Grosso: Kuarup. L. BERNSTEIN (1919-1990) morada, explorando todas as possibilidades da ANTONIO VIVALDI (1678-1741) West Side Story “America” guitarra. Revelando uma profunda intimidade Toca frequentemente com a Orquestra de “Domine Deus” (do Gloria) (adaptado por D. Duarte/Nuno Silva) Anícia Costa, Cristina com o instrumento e com uma linguagem musi- Paris, regência: Alondra de la Parra. Tendo Maria Cristina Aguiar (Canto); Liliana Duarte (Órgão) Mota Pinto e Svitlana Kosheleva (Piano a 6 mãos) cal sem fronteiras, percorreu os mais impor- tocado em 2015 no: Concerto de Fronteira

14 15 YAMANDU 9 ABRIL ENTRADA CÂMARA COSTA TERÇA GRATUITA MUNICIPAL 2 1 H 0 0 DE VISEU

(Yamandu), Concerto de Aranjuez (Joaquim Carlos Piçarra Alves Rodrigo), Concerto para bandoneon, violão e e Arte Music Ensemble orquestra e Oblivion de Astor Piazzolla (com Richard Galliano). Em 2017 lançou o álbum “Quebranto” com Alessandro Penezzi, que se traduziu em 13 faixas inspiradas na cultura cigana. Nesta cultura, “quebranto” significa encantamento, sendo esta a magia que os artistas apresentam no álbum. Em 2018, o artista lança um EP de 5 faixas, denominado “Yamandu Costa Interpreta Con- certo Para Violão de 7 Cordas”. Yamandu não só integra o novo álbum de Gilberto Gil “Ok Ok Ok” como dá o nome à música em que entra: “Yamandu” fala sobre a sua relação com a guitarra, numa letra e melo- dia que surpreendem e inspiram o guitarrista em toda a sua vida. PROGRAMA Termina em 2018 o álbum em que se apre- Sobre esta apresentação – Divine, ou a cele- senta como cantor pela 1.ª vez denominado I Parte bração da amizade – Carlos Alves Piçarra “Vento Sul”, com o compositor e poeta Paulo W. A. MOZART (1756-1791) conta: “Se tivéssemos de dar um nome a este César Pinheiro. A partir das melodias criadas Quinteto para Clarinete e Quarteto de Cordas em Lá projeto, seria com certeza este: A Importância por Yamandu, César Pinheiro ganhou inspira- maior, K. 581 da Amizade na Música. A começar pela esco- ção para escrever a letra de cada música, num 1. Allegro lha do repertório, que celebra a amizade que processo que provou ser de grande aprendi- 2. Larghetto une compositor e instrumentista: em primeiro zagem para Yamandu. 3. Menuetto lugar, o Quinteto para Clarinete e Quarteto 4. Allegretto con variazioni de Cordas de W.A. Mozart, a primeira obra No Brasil irá estrear uma série de 12 episó- da história da música escrita por um grande dios “De show a show com Yamandu Costa”, II Parte compositor para esta formação. Mozart dedi- dirigida por Marcelo Cássio, que aborda a sua J. BRAHMS (1833-1897) cou-a ao seu grande amigo Anton Stadler, o vida e obra através dos seus concertos e entre- Quinteto para Clarinete e Quarteto de Cordas em Si maior clarinetista do seu tempo. Foram laços vistas. Ainda em 2018, “Quebranto” venceu 2 menor, Op. 115 puramente humanos que desempenharam um categorias no Brazilian Music Awards: Melhor 1. Allegro papel decisivo na criação das obras solistas Álbum Instrumental e Melhor Solo Instrumen- 2. Adagio para clarinete por parte de Mozart. Ao longo tal. Yamandu apresenta-se em países como: 3. Andantino – presto non assai, ma con sentimento de todo o quinteto, o som do clarinete canta a França, Portugal, Espanha, Bélgica, Suíça, 4. Con moto amizade fraternal entre os homens. Um século Holanda, Grécia, Israel, Chipre, Índia, China, mais tarde, à semelhança do que sucedera Japão, Angola, Cabo Verde, Austrália, USA, com Mozart, e inspirado neste princípio de Canadá, Equador, Colômbia, Chile, Argentina amizade e de mútua admiração artística, e outros. FICHA ARTÍSTICA Brahms escreveu para o grande clarinetista da sua época Richard Mühlfeld o magistral Carlos Piçarra Alves – Clarinete Quinteto para Clarinete e Quarteto de Cordas. José Despujols, Maria Kagan – Violinos Mateusz Stasto – Viola d’arco É também esta relação de excelência e ami- Vicente Chuaqui – Violoncelo zade que a Buffet Crampon desenvolve com todos os artistas. O novo modelo de clarinete

16 17 CARLOS PIÇARRA ALVES CARLOS PIÇARRA ALVES E ARTE MUSIC ENSEMBLE E ARTE MUSIC ENSEMBLE

criado pela empresa parisiense – Divine, nome os 1.os Prémios no Prémio Jovens Músicos, programada, existe um conjunto de proje- Pavel Vernikov na Escola di Música Fiezole de batismo de um clarinete sublime, expres- Juventude Musical Portuguesa e Concurso tistas passa pela divulgação de novos reper- nos anos 2002-2004. Tocou com vários são máxima da perícia técnica e artesanal da do Festival Internacional Costa Verde; semi- tórios incluindo, como processo de interação artistas de renome, tais como Eduardo Brun- Buffet Crampon – serviu de mote à gravação finalista no Concurso Internacional de Roma disciplinar, trabalhos especialmente compos- ner, Eliso Wirsaladze, Natalia Gutman, Kolya do primeiro CD do Arte Music Ensemble, e premiado no Concurso Aurelian-Octav tos para o agrupamento, a apresentação de Blacher, Yuri Bashmet, Pavel Wernikov, Wla- demonstrando que, quando fortalecidos por Popa, na Roménia. A sua carreira expande-se obras de música de câmara de composito- dimir Mendelshon. uma sólida amizade, os nossos trabalhos por países como E.U.A., Rússia, Alemanha, res portugueses, numa ação de divulgação Colaborou igualmente com as orquestras ganham qualidade e profundidade. Áustria, Holanda, Noruega, França, Itália, e conhecimento das obras de autoria nacio- Palau de Les Arts Orquestra Valencia, Palau Espanha, Bélgica, Luxemburgo, Roménia, nal, e a abordagem ao grande repertório de Neste Dia Mundial da Música, sinto-me par- da Música Valencia, Castilla Leon Valladolid, Macau e Brasil. Apresentou-se a solo com câmara nas suas mais diversas formações, ticularmente feliz por ter o privilégio de tocar Volkwang Câmara Orquestra Essen, Solistas de a Orquestra Clássica do Porto, Orquestra para além da referida colaboração com gran- mais uma vez nesta maravilhosa sala, onde vivi Moscovo com o Yuri Bashmet e Bergen Sym- Sinfónica Portuguesa, Orquestra Clássica des figuras internacionais. alguns dos momentos mais criativos e gratifi- phony Orchestra. Desde 2003 Maria Kagan é da Madeira, Orquestra Nacional do Porto, cantes da minha carreira. Por vezes, dou por membro da Lucerne Festival O criado por Clau- Orquestra de Câmara Portuguesa, Sinfónica mim a pensar: que pena não ter sido ator e MARIA KAGAN dio Abbado. Desde 2004 faz parte da Orquestra de Constanza (Roménia), Orquestra Sin- não pertencer, de facto, a esta família extraor- Sinfónica do Porto – Casa da Música. fónica de Ontelia (Roménia), Orquestra J. Maria Kagan começou a tocar violino muito dinária que é o TNSJ. Também esta relação Futura (Itália) e Banda Sinfónica Municipal cedo, tendo feito a sua estreia a solo com de amizade é, com este concerto, celebrada de Madrid (Espanha). Dos seus trabalhos dis- orquestra com a idade de seis anos. Estudou JOSÉ DESPUJOLS e aprofundada. Por fim, uma palavra especial cográficos destaca-se a gravação do Concerto na Musikschule Zentrale em Moscovo e na para o encenador Nuno Carinhas, pela sua O violinista José Despujols nasceu em Barquisi- para Clarinete de Mozart com o maestro Rui Escola de Música Gnessin com a Prof. Elisa- enorme sensibilidade artística e pelo carinho meto, na Venezuela, em 1974, adquirindo pos- Massena e a Orquestra Clássica da Madeira veta Gilhels. com que trabalhou connosco e nos recebeu.” teriormente a nacionalidade portuguesa. Foi (EMI Classics) e as Integrais II para clarinete Kagan, mais tarde, mudou-se para a Alema- vencedor de uma bolsa Fulbright por meio de solo de João Pedro Oliveira. Gravou com Caio nha, onde estudou em Lübeck com Zachar concurso no ano 1996 em Caracas. Diplomou- Pagano, Daniel Rowland, Catherine Strynckx Bron De novo em Moscovo, estuda com -se em Violino na Universidade de Indiana, nos e Paulo Álvarez, obras de Olivier Messiaen e Sergey Kravchenko no Conservatório de E.U.A., nas classes de Violino de Franco Gulli e Bartók para a editora Numérica. Nos E.U.A., Moscovo. Segue-se o Mestrado na Richard Henry Kowalski. Anteriormente, estudou ainda gravou Recital in the West (2010) com o pia- Strauss Konservatorium com Urs Stieler e com José Francisco del Castillo e com Sérgio nista Caio Pagano. É membro fundador do em Munique, no Folkwang Hochschule Essen Cellis na Academia Latino-americana de Vio- Arte Music Ensemble com o qual gravou o com o Prof. Vladimir Mendelshon. Ganhou lino, em Caracas. Especializou-se em Música disco Divine. No TNSJ, musicou ao vivo Figu- uma bolsa de estudos em Itália, da Escuola di de Câmara na European Mozart Academy, rantes, de Jacinto Lucas Pires (2004), e Dom Música di Fiesola, onde posteriormente traba- em Varsóvia, na Polónia. Foi vencedor do 1.º João, de Molière (2006), participando ainda lhou como Assistente do Prof. Pavel Wernikov. premio do 6.º Concurso Nacional de Violino em Sombras (2010), espetáculos de Ricardo CARLOS PIÇARRA ALVES “Juan Bautista Plaza” em Caracas, Venezuela Pais. Artista Buffet Crampton, é internacio- Apresentou-se como solista com várias no ano 1990. Participou em masterclasses É atualmente Solista-A na Orquestra Sinfónica nalmente considerado um dos clarinetistas orquestras, entre as quais a Orquestra Solistas com Emílio Colon, Tsuyoshi Tsutsumi, Helga do Porto Casa da Música e professor de Cla- mais relevantes da atualidade. de Moscovo, sob a batuta de Yuri Bashmet, a Winold, Joseph Silverstein Maurice Hasson, rinete na Escola Superior de Artes Aplicadas Orquestra de Novgorod Nijniy, a Orquestra de Oliver Charlier e Atar Arad, entre outros. Vio- de Castelo Branco. Artista e professor convi- Câmara de Munique, a Orquestra de Câmara ART MUSIC ENSEMBLE linista premiado, apresentou-se em concertos dado da Universidade do Estado do Arizona de Pádua, Amadé Orquestra, etc. na Europa e na América. Foi Concertino da (E.U.A.) em 2009 e 2010. Diretor artístico O “Arte Music Ensemble” – apresenta-se em Participou também em prestigiados festivais, Orquestra Sinfónica de Lara e Concertino do Festival Internacional de Música de Paços agrupamentos que integram instrumentistas como o Festival de Música (Kyoto, Japão), da Orquestra da Universidade de Indiana. de Brandão entre 2009 e 2012. Elemento do convidados e que vão desde o Duo até for- Chamber Music Festival Kuhmon (Finlândia), Atualmente, é Professor de Violino na Escola júri da Direção-Geral das Artes na área da mações mais abrangentes o que permite, de Kreuth Chamber Music Festival (Alemanha), Professional de Espinho e Primeiro Violino da Música em 2013. Licenciado pela ESMAE, uma forma eclética, a abordagem a reper- Noites de Dezembro (Moscovo), Festival Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música. na classe de António Saiote, e Prix de Per- tórios diversificados e transversais aos mais Internacional da Música Telavy (Geórgia), fectionnement no Conservatório Superior de importantes períodos da História da Música. Portogruaro Music Festival (Itália), Festival Versalhes, com Philipe Cuper, tendo realizado MATEUSZ STASTO Para além de concertos já realizados, uma de Música Turnio, etc. masterclasses com os mais reputados clarine- gravação discográfica já efetuada e outra Nasceu em 1977 em Cracóvia na Polónia. Com tistas internacionais. Foi premiado nos mais Trabalhou como professora assistente do sete anos começou os estudos musicais em importantes concursos nacionais, incluindo

18 19 CARLOS PIÇARRA ALVES 10 ABRIL ENTRADA TEATRO TRANSMISSÃO E ARTE MUSIC ENSEMBLE QUARTA GRATUITA VIRIATO 1 9 H 0 0 violino. Concluiu o Mestrado com distinção a tocar na mesma posição na Orquestra Sin- Marko Topchii UKR na Academia de Música de Cracóvia, na classe fónica em Passau (Alemanha). de Mieczyszlaw Szlezer. Completou os seus Desde 2011 participa no Projeto Xiquitsi cujo estudos participando nos vários masterclas- objetivo é dar a educação musical a crianças ses com grandes músicos tais como: Zakhar e jovens moçambicanos. Bron, Dmitry Sitkovetsky, Krzysztof Wegrzyn, entre outros. Foi bolseiro da George Soros Mozart Foundation e também da Academia VICENTE CHUAQUI Chigiana em Siena tendo sido aluno do Franco Natural de Santiago do Chile, Vicente Rosas Gulli. Obteve a bolsa de estudos da Scuola di Chuaqui iniciou os seus estudos de violoncelo Musica di Fiesole onde estudou com Pavel aos 6 anos de idade, no Instituto de Música da Vernikov e com várias outras personalidades. Universidade Católica do Chile, na classe de Fez uma pós-graduação na Alemanha, especia- Roberto González Lefebvre. lizando-se em Violino, Viola d’Arco e Música de Câmara, tendo trabalhado com Jakob Gilman Paralelamente, trabalhou também sob a e Helmut Nicolai no Richard-Strauss-Konser- orientação de Janos Starker, Bernhard Miche- vatorium em Munique e com Vladimir Mendel- lin e Boris Pergamenchi Kov. ssohn na Folkwang Hochschule für Musik em Em 1986, foi admitido como aluno no Con- Essen. Durante a sua careira artística atuou servatório Tchaikovsky de Moscovo, na em vários países de Europa e também Ame- classe da prestigiada pedagoga Natália Sha- rica do Sul, Ásia e África. Com dezassete anos khovskaya. Tendo-se estreado como solista PROGRAMA estreou-se como solista tocando o concerto de Marko Topchii nasceu em 1991 em Kiev aos 12 anos, com a Orquestra de Câmara da Mozart em Salzburg com a Orquestra Juvenil ALEXANDRE TANSMAN (1897-1986) (Ucrânia) onde cresceu no seio de uma família Universidade Católica do Chile, prosseguiu, Austríaca. Em Portugal, atuou nos Festivais Passacaille musical. Começou a tocar guitarra com Volo- desde essa idade, o seu percurso solístico, Internacionais da Música de Espinho, da Póvoa dymyr Homenyuk quando tinha quatro anos e tendo sido convidado para tocar a solo com de Varzim e do Algarve. Participou também em LEO BROUWER (n. 1939) formou-se no Conservatório de Kharkiv sob diversas orquestras, tais como a Orquestra festivais de música na França, Itália, Noruega, La gran Sarabande, Danza Caracteristica Volodymyr Dotsenko, Artista Homenageado de Santo Domingo, Orquestra Pro-Música do Rússia, Alemanha e Moçambique. É membro da Ucrânia, aos 21 anos de idade. Continuou Chile, Orquestra do Conservatório de Mos- fundador de dois agrupamentos de música de J.S. BACH (1685-1750) depois um programa de pós-graduação de covo, Orquestra Clássica do Porto, Orquestra câmara: Fine Music String Trio e Trio Vivan Chaconne três anos na Academia de Música Tchai- Nacional do Porto, Orquestra do Ministério (harpa, flauta e viola d’arco) com os quais atua kovsky com Yuri Aleksik, também ele Artista de Educação do Chile, Orquestra da Rádio e regularmente. HANS WERNER HENZE (1926-2012) Homenageado do seu país. Em 2018, ingres- Televisão Espanhola e com a Orquestra Sin- Drei Tentos sou no programa de estudos profissionais do Mateusz Stasto ao longo da sua carreira artís- fónica Porto Casa da Música. Conservatório de São Francisco, na classe de tica obteve uma grande experiência como Foi chefe de naipe da Orquestra do Conser- WILLIAM WALTON (1902-1983) Judicaёl Perroy. músico de orquestra. Integrou diversos proje- vatório Tchaikovsky e da Orquestra do Minis- Five Bagatelles tos orquestrais tais como International Bacha- Marko ganhou mais de 100 prémios em todo tério de Educação do Chile. Apresentou-se kademie Stuttgart, Orquestra de Câmara de o mundo nas competições internacionais de em recitais a solo e de música de câmara em MANUEL DE FALLA (1876-1946) Graz, Kammerorchester Berlin, Sinfónica de guitarra clássica na categoria profissional, diversas cidades do Chile, Rússia, Alemanha, Homenaje Munique, Orquesta National de Espanã, entre entre eles, 42 primeiros lugares. Espanha, Suécia e Portugal. outros. Desde 2004 é membro da Orquestra JOAQUÍN RODRIGO (1901-1999) Marko já atuou no Carnegie Hall, na Salle Sinfónica do Porto Casa da Música. Desde Paralelamente, tem desenvolvido uma intensa Toccata Cortot (Paris), na Yamaha Ginza Hall (Tóquio) 2016 trabalha como chefe de naipe de violas atividade pedagógica, sendo regularmente e no Tchaikovsky Hall (Moscovo). É frequente na Orquestra Sinfonica Casa da Música. convidado a orientar masterclasses em Por- apresentar-se com orquestras, tendo reali- tugal e no estrangeiro. Trabalhou como chefe de naipe de violas con- zado mais de dez concertos para guitarra e FICHA ARTÍSTICA vidado pela Orquestra Gulbenkian. Recente- Atualmente é Solista da Orquestra Sinfónica orquestra. É patrocinado pela empresa D`A- mente foi convidado pela Orquestra da Rádio do Porto Casa da Música e professor de vio- ddario Strings. Marko Topchii – Guitarra de Noruega e Orquestra Sinfónica da Malásia loncelo do Conservatório de Música do Porto. Em 2016, gravou dois álbuns: “Fleur de para cumprir a mesma posição. Também está

20 21 MARKO 10 ABRIL ENTRADA TEATRO TRANSMISSÃO TOPCHII QUARTA 5€ / 2.5€ VIRIATO 2 1 H 0 0

Son Classics” (Buffalo, N.Y.) e “Contrastes I Concurso Internacional de Guitarra de 1.A PARTE Records” (Sevilha, Espanha). Em 2018, gravou Jacarta (Jacarta, Indonésia), XII Concurso e Franck Angelis FRA o CD com a empresa Naxos como vencedora Festival Anual de Guitarra do Texas (Dallas, explora as possibilidades da composição. da competição Pittaluga. TX, E.U.A.), VI Concurso Internacional de Guitarra “Culiacán 2013” (Culiacán,​​ México), Entre outras coisas, assina a música teatral Topchii além do primeiro lugar obtido no 3.º I Concurso Internacional de Guitarra Victor “Les Solilóques d’un cœur” para a “Nationale Concurso Internacional de Guitarra de Viseu Pellegrini (, Suíça), XLII Concurso de Clermont Ferrand”, dirigida por Jean Phi- (Viseu, Portugal), foi primeiro classificado Internacional de Guitarra “Fernando Sor” lippe Vidal. nas seguintes competições: Festival Inter- (Roma, Itália), V Concurso Internacional de nacional de Miami (MIGF) e Competição Participa em numerosos júris nacionais e inter- Guitarra Clássica (Castel D’Aiano e Montese, (Miami, E.U.A.), 1.º Concurso Internacional nacionais e algumas das suas composições Itália), LVI Tokyo International Guitar Compe- de Guitarra “Alberto Ponce” (Paris, França), estabeleceram-se como peças de referência. tition (Tóquio, Japão), IV Concurso Internacio- LII Concurso Internacional de Guitarra “Fran- nal de Guitarra “Ferdinando Carulli” (Roma, Mais do que pelo seu virtuosismo técnico, é cisco Tarrega” (Benicassim, Espanha), 50.º Itália), XII Concurso de Arte de Guitarra (Bel- pelas suas qualidades musicais que as compo- Concurso Internacional de Guitarra “Michele grado, Sérvia), XII Concurso International de sições de Franck se destacam. As suas com- Pittaluga” (Alessandria, Itália), 2.º Concurso Guitarra “Ville d’Antony” (Antony, França), posições são obras de grande modernidade Internacional de Guitarra de Budapeste VI Concurso Internacional de Guitarra Ligita e originalidade, que não hesitam em casar- (Budapeste, Hungria), 1.º Concurso Inter- (Eschen, ), XIII Concurso Inter- -se numa expressão muito pessoal: música nacional de Guitarra “Valle dei Laghi” (Valle, nacional de Guitarra de Sernancelhe (Sernan- barroca e francesa (Brel-Bach), ou música Itália), 2.º Concurso Internacional de Guitarra celhe, Portugal), III Concurso Internacional de tradicional chinesa e jazz (Asia-flashes). São “Alvaro Mantovani” (Follonica, Itália), 3.º Guitarra Robert J. Vidal (Barbezieux, França), o testemunho do génio criativo e da grande Concurso Internacional de Guitarra de Zagreb PROGRAMA XVIII Mottola Guitar Competition (Mottola, cultura musical deste compositor. Este aglo- (Zagreb, Croácia), 7.º Concurso Internacional Itália), VI Concurso Europeu de Guitarra merado de culturas foi absorvido durante as de Guitarra de Singapura (Singapura), 23.º Música de Franck Angelis Clássica “Città di Gorizia” (Gorizia, Itália), III suas turnês por países como Itália, Áustria, Concurso Internacional de Guitarra “Andrés (Programa a anunciar) Concurso Internacional de Guitarra Heinsberg Jugoslávia, China… entre outros. Segovia” (Linares, Espanha), Edmund Jurko- (Heinsberg, Alemanha). wski Concurso Memorial de Guitarra (Tychy, Professor pós-graduado, atualmente leciona Polónia), 41.º Concurso Internacional de na Escola Nacional de Música de Gennevilliers. FICHA ARTÍSTICA Guitarra “Incontri Chitarristici di Gargnano” Muitas obras de Franck Angelis são interpre- (Gargnano, Itália), 4.º Concurso Internacional Franck Angelis – Acordeão tadas pelos maiores artistas de concerto do de Guitarra Clássica de Adelaide (Adelaide, mundo (Mika Varynen, Alexander Skyarov, Austrália), 3.º Concurso Internacional de Gui- Petar Maric, Grayson Masefield, Domi Emo- tarra “Maurizio Biasini” (São Francisco, CA, rine, Roman Jbanov, etc.). E.U.A.), 12.º Concurso Internacional “Jovens Nascido em Melun em 1962, Franck Angelis Virtuosos” (Sofia, Bulgária), 10.º Aniversá- chegou à música e ao acordeão muito novo, Em 2010, a sua peça “HAITI” venceu, na rio do Concurso Internacional de Guitarra mas não se limitou a ele, tocando vários instru- Croácia, o primeiro prémio de composição Montenegro (Podgorica, Montenegro), 4.º mentos e também ensinando piano, uma dis- concedido pela Confederação Internacional Concurso de Guitarra “Pays Tarnais” (Albi, ciplina em que ganhou uma medalha de ouro. de Acordeonistas (IMC-UNESCO) e também França), 5.º Concurso Internacional de Gui- o primeiro prémio em 2012 concedido à sua Em 1981, ganhou o Troféu “Acordeon World”, tarra Clássica “Gredos San Diego” (Madrid, peça “BEIJING 2011”. quinze anos depois de Richard Galliano e Espanha), Competição do Festival Internacio- dezesseis anos antes de seus dois pupilos, Algumas das suas principais composições para nal de Guitarra Daejeon (Daejeon, Coreia do Roman Jbanov e Dominique Emorine. acordeão são: Suite de concert; Beijing 2011; Sul), VI Concurso Internacional de Concerto Moscou Paris; Comastor; Romance; La valse de Guitarra de JoAnn Falletta (Buffalo, NY, Solicitado por muitos compositores, participou du Clown; Intérieur; Haïti; Boite à rythme; E.U.A.) Festival Internacional de de Taiwan em várias criações e gravou para bandas sono- Toccata; Etude; Paris-Moscou; Amalgame; (Taipei, Taiwan), III Concurso Internacional de ras de: “Jeanne et les garçons formidables” Romance (II); Hommage à Paco; Spleen; Guitarra de Changsha (Changsha, China), VII música de Philippe Miller, “Un Monde Entre Impasse; Fantaisie; Nocturne. Concurso Internacional de Guitarra “Ruggero Deux”, música de Bernard Cavanna. Posterior- Chiesa – Città di Camogli” (Camogli, Itália), mente, continua a sua carreira de concertista e

22 23 10 ABRIL ENTRADA TEATRO TRANSMISSÃO 1.A PARTE: FRANCK ANGELIS QUARTA 5€ / 2.5€ VIRIATO 2.A PARTE: QUARTETO CONCORDIS 2 1 H 0 0

2.A PARTE (Londres), Centro de Cultura Contemporânea Latino”, “Músicas de Natal” (com Diogo Grade) Quarteto Concordis (Castelo Branco), Festival Internacional de e “Encontros” (com o Quarteto de Guitarras Guitarra de Faro, Fundação Oriente (Macau – Concordis). China) e Festival Internacional de Guitarra de É coordenador do projeto “Orquestra Juve- Hong Kong (China). nil de Guitarras do Algarve” e presidente da Associação de Guitarra do Algarve. É dire- SOBRE “ENCONTROS” tor artístico dos Festivais internacionais de Guitarra de Lagoa e Faro. Como professor, Só o que tem sentido de continuidade pode leciona no Conservatório Regional do Algarve aproveitar a dinâmica e a força expressiva que Maria Campina. o Quarteto Concordis nos propõe e convida a escutar no tema “Encontros”. JOÃO NUNES Porque de “Encontros” se trata quando os sons que escutamos, irrompe dentro de nós Licenciatura em guitarra na ESML. Trabalhou como o vento que sopra sempre novo, como com vários projetos musicais tendo tocado de a fronteira que desafia a quietude do coração norte a sul do pais e pela Europa. Gravou 11 ou como a memória que desassossega a sabe- CD’s com os projetos: Tribo do sol, Algazarra, doria dos mestres. Pecado Original, Baboza, Canto Livre, Luis Galrito, Arlindo Costa, Cantigas do Baú entre Na verdade, o tema “Encontros” torna pre- outros. Gravou em 2011 o primeiro trabalho sente a herança musical de Carlos Paredes e PROGRAMA O Quarteto Concordis foi criado em 2005 e a solo interpretando obras de A. V. D’Almeida, de José Afonso. E essa herança se converte conta, na sua constituição atual, com Eudoro José Peixoto, Villa-Lobos, A. Barrios e A. Lauro. STEPHEN GOSS (n. 1964) no discurso poético que se inquieta em cada Grade, João Nunes, Jorge Pires e Pedro Carmen Fantasy de Bizet frase musical, que se contempla em cada Atualmente trabalha com: Trio D’Alva, Portango, Rufino. Da cumplicidade entre estes músicos, 1.Torero gesto dos instrumentistas, que está presente Dynamic Jazz 5th, Canto Livre, entre outros. das suas personalidades e influências diversas 2. Habanera em cada nota – de forma simples, sublime, emerge como tónica a beleza tímbrica e sonora Leciona no Conservatório Regional do Baixo 3. Aragonaise luminosa – da entusiasmante narrativa musical em geral que as quatro guitarras proporcionam Alentejo as disciplinas de guitarra e música 4. Seguidilla de “Encontros”. em conjunto. de câmara. É membro do Quarteto de Gui- 5. Gypsy Song Porém, o entusiasmo entendido como uma tarras Concordis. A orientação musical deste quarteto posicio- força positiva, só por si não basta, tem, ine- JOSÉ AFONSO (1929-1987) na-se de forma a evidenciar a originalidade e a vitavelmente, de traduzir o impulso de uma (arr. Pedro Louzeiro) diversidade que o vasto repertório possibilita, JORGE PIRES outra força mais subterrânea e menos evi- 1. Era um Redondo Vocábulo permitindo também a divulgação de obras dente que assegura a continuidade indispen- Jorge Pires trabalhou nas classes dos profes- 2. Índios da Meia-Praia adaptadas em exclusivo. Exemplo disto é o sável da musicalidade – e da portucalidade, sores Paulo Valente Pereira e Eli Camargo Jr. trabalho do compositor Pedro Louzeiro sobre porque não dizê-lo – que dá sentido a um no Conservatório Regional de Castelo Branco CARLOS PAREDES (1925-2004) várias peças de Carlos Paredes e de Zeca contínuo e novo impulso presente nos arranjos (CRCB), ingressando depois na Escola Supe- (arr. Pedro Louzeiro) Afonso, as quais integram o primeiro CD do de Pedro Louzeiro, permitindo o espaço e o rior de Música de Lisboa nas classes dos pro- 1. Sede e Morte Quarteto Concordis. tempo para o nosso desejado encontro com fessores Piñeiro Nagy e António Gonçalves, 2. Divertimento O Quarteto Concordis tem mantido uma “Encontros”. tendo aí obtido o Bacharelato em Guitarra. intensa atividade concertística em Portugal Obteve depois a profissionalização para o e no estrangeiro apresentando-se essencial- EUDORO GRADE ensino na Universidade de Aveiro, licencian- FICHA ARTÍSTICA mente em festivais, como por exemplo: Festi- do-se na Escola Superior de Artes Aplicadas. Eudoro Grade estudou com Piñeiro Nagy. Tem val Guitares en Picardie e Festival de Guitare Frequentou masterclasses de Leo Brouwer e Pedro Rufino, Jorge Pires, João Nunes, desenvolvido a sua atividade como concertista de Vendome (França); Festival MED (Loulé); Betho Davezac, entre outros. Eudoro Grade – Guitarras atuando entre apresentações a solo, música Festival Onde Sonore e Ossola Guitar Festival de câmara e orquestra, um pouco por todo o Leciona guitarra e classes de conjunto (Itália); Festival Internacional de Guitarra de país e estrangeiro. É membro do Quarteto de (orquestra de guitarras) no CRCB, tendo acu- Palencia, Festival Internacional de Guitarra Guitarras Concordis. Gravou cinco a CD’s: mulado funções idênticas no Conservatório de de Ronda (Espanha), London Guitar Festival “Guitarra”, “Sons da Memória”, “Caminho Música da Guarda e na Escola Profissional de

24 25 1.A PARTE: FRANCK ANGELIS 11 ABRIL ENTRADA TEATRO TRANSMISSÃO 2.A PARTE: QUARTETO CONCORDIS QUINTA GRATUITA VIRIATO 1 9 H 0 0

Artes da Beira Interior (EPABI). Integra a dire- 1.A PARTE ção pedagógica do CRCB. Tem sido membro Carlo Curatolo ITA de júris de diversos concursos e é membro Carlo Curatolo (Grottaglie, Itália, 1988) ini- da direção artística do Festival de Guitarra ciou os seus estudos de guitarra clássica com de Castelo Branco. Pino Forresu, Francesco Taranto e Stefano A nível concertístico, tem-se dedicado à Palamidessi. Em 2010 licencia-se no Con- música de câmara destacando-se os projetos servatorio di Musica di Taranto e em 2016 Síntese – Grupo de Música Contemporânea e finaliza o mestrado em Física na Sapienza Guitarrafonia, tendo participado em diversas Università di Roma. gravações para CD. Curatolo continuou os seus estudos musicais na Academia de Guitarra em Segovia Guitar PEDRO RUFINO Academy, em Pordenone, com Paolo Pegoraro e Adriano del Sal, e na Accademia Chigiana, Pedro Rufino, Mestre em Ensino de Música em Siena, com Oscar Ghiglia. Atualmente na especialidade de Guitarra e Classe de encontra-se inscrito num curso de pós-gra- Conjunto, estudou com os professores Paulo duação especializada em estudos avançados Valente Pereira, Eli Camargo Júnior e Antó- em perfomance musical e interpretação no nio Jorge Gonçalves. Tem participado em Conservatório de Parma dirigido por Lorenzo festivais nacionais e internacionais como Micheli, Stefano Grondona, Giampaolo Ban- solista e em grupos de música de câmara. É dini, Massimo Felici, Oscar Ghiglia, Thomas membro do Quarteto de Guitarras Concordis. PROGRAMA Müller-Pering, entre outros. Carlo participou Com a Orquestra de Guitarras da Academia D. SCARLATTI (1685-1757) em várias masterclasses, nomeadamente com de Música e Dança do Fundão, gravou o seu Sonata K213 Carlo Domeniconi, Judicael Perroy, Jorge Car- primeiro CD. É membro do júri e responsável Sonata K491 doso, Leo Brouwer e Carlo Marchione. pela organização da variante de Guitarra no Concurso Internacional Cidade do Fundão. Já venceu primeiros, segundos e terceiros M. M. PONCE (1882-1948) Como professor, leciona a disciplina de Gui- prémios em muitos concursos internacionais, Sonatina Meridional tarra e Classe de Conjunto na Academia de entre eles destacam-se o International Guitar Campo Música e Dança do Fundão e no Conservató- Competition J.K. Mertz em Bratislava (Eslová- Copla rio de Música de Ourém e Fátima. quia), Tallinn International Guitar Competition Fiesta (Estónia), Alirio Diaz International Guitar Com- petition em Roma (Itália), Alvaro Mantovani S. ASSAD (n. 1952) International Guitar Competition em Follonica Imbricatta (Itália), Omaggio a Niccolò Paganini Interna- tional Guitar Competition em Parma (Itália), M. CASTELNUOVO-TEDESCO (1895-1968) Incontri chitarristici di Gargnano Internatio- El sueño de la razon produce monstruos nal Guitar Competition em Gargnano (Itália), from Caprichos de Goya op.195 Ruggero Chiesa International Guitar Competi- tion em Camogli (Itália), London International Guitar Competition (Reino Unido). Desde 2006 tem sido convidado para atuar em vários eventos culturais tanto como solista ou em ensemble. Em 2019 tem já agendados con- certos em Itália, Áustria, Portugal, Eslováquia e Hungria ao mesmo tempo que cumpre a sua FICHA ARTÍSTICA função de professor em Roma.

Carlo Curatolo - Guitarra Carlo Curatolo toca uma guitarra feita por Mirko Migliorini (Lecco, Itália).

26 27 11 ABRIL ENTRADA TEATRO TRANSMISSÃO 1.A PARTE: CARLO CURATOLO QUINTA GRATUITA VIRIATO 2.A PARTE: LUÍS PIPA 1 9 H 0 0

2.A PARTE Desde muito cedo a sua vocação para o ensino Luís Pipa possui uma vasta produção discográ- Luís Pipa levou-o a exercer funções docentes no Conser- fica, que contempla repertório desde o barroco vatório de Música de Braga, na Academia de ao século XX incluindo, entre outras, obras de Música de Viana do Castelo e na Universidade compositores como Bach, Scartatti, Mozart, do Minho. Integrou por diversas vezes júris de Beethoven, Schubert, Schumann, Mendel- concursos pianísticos, sendo frequentemente ssohn, Debussy, Khachaturian, assim como convidado a orientar masterclasses em Portu- numerosas obras de compositores portugue- gal e no estrangeiro. ses e algumas das suas próprias composições, como é o caso do seu CD ‘Portugal’, de 2009. Luís Pipa apresenta-se regularmente em recitais Faixas deste CD figuraram na seleção oficial a solo, integrando grupos de câmara, ou como da companhia aérea portuguesa TAP, incluindo solista de diferentes Orquestras. Da sua cola- sonatas de Carlos Seixas e ‘My Beautiful Blue boração com outros músicos destacam-se os Country’, a sua aclamada versão introspetiva nomes dos violinistas Gerardo Ribeiro, Sergey para piano solo do Hino Nacional de Portugal. Arutyunian Eliot Lawson e Gustavo Delgado, os Uma crítica publicada em dezembro de 2014 violoncelistas Paulo Gaio Lima, Jaroslav Mikus, no Piano Journal considera este CD “notável Alexander Znachonak e Pavel Gomziakov, o e original” prevendo que a obra Suite Portugal flautista Olavo Tengner Barros, os clarinetistas deixará a sua marca em futuras antologias de Allessandro Carbonare e Vítor Matos, os can- música portuguesa, descrevendo ainda Luís tores Elisabete Matos, Rui Taveira, Sara Braga Pipa como um pianista de grande “profundi- Simões e Oliveira Lopes, e os maestros Gun- dade, poder e nobreza”, e a sua interpretação PROGRAMA ther Arglebe, Christopher Bochmann, Miguel de obras de Vianna da Motta (CD, Toccata Luís Pipa é hoje um dos pianistas portugueses Graça-Moura, António Soares, António Bap- Classics, 2018) é descrita, na edição mais W. A. MOZART (1756-1791) mais completos da sua geração. À originalidade tista, Miguel Clavel, Vasco Faria, Vitor Matos, recente da mesma publicação, com palavras Fantasia em Ré menor, K. 397 das suas interpretações associa-se uma grande Alberto Roque, Francesco Belli, Ernst Schelle, como “sedutora”, “profunda e comovente”, Andante-Adagio-Allegretto-Adagio molto* solidez conceptual, fruto de uma sólida forma- Hans Casteleyn, Paulo Areias e José Alberto possuindo “magnitude e delicadeza de expres- *Final composto por Luís Pipa ção académica. Pina. A ele se devem primeiras audições abso- são”. Ainda em 2018 editou um duplo CD com lutas de algumas obras, nomeadamente dos Nascido na Figueira da Foz, iniciou os estudos obras de W. A. Mozart (Tradisom) tendo proje- ÓSCAR DA SILVA (1870-1958) compositores Luiz Costa, João Heitor Rigaud de piano no Conservatório de Música Calouste tadas para 2019 novas edições em CD. 3 Peças de Images, op. 6 e Christopher Bochmann, sendo também autor Gulbenkian de Braga com Natércia Gonçal- I. Indécision de peças para piano, música de câmara e can- É professor de piano e música de câmara na ves, prosseguindo mais tarde os estudos com II. Naïveté ções, bem como de publicações de carácter Universidade do Minho, ocupando atualmente Maria Teresa Xavier no mesmo Conservató- VI. Passion pedagógico e científico. Das suas mais recentes os lugares de Presidente da European Piano rio e no Conservatório de Música do Porto, aparições, destacam-se para além de master- Teachers Association (EPTA) – Portugal e Vice- onde se diplomou com distinção. Entre 1983 ASTOR PIAZZOLLA (1921-1992) classes em Portugal, Espanha e Itália, apresen- -Presidente da EPTA internacional. Vem citado e 1986 aperfeiçoou-se na classe de concerto Milonga del angel tações na “Guimarães 2012, Capital Europeia no Marquis Who is Who in the World, tendo de Noel Flores na Hochschule Für Musik und La muerte del angel da Cultura”, Festival Internacional de Música sido considerado um dos ‘Top 100 Educators Darstellende Kunst de Viena, tendo poste- La resureccion del angel de Aveiro, Casa da Música (Porto), e em cida- 2012’ pelo International Biographical Centre. riormente obtido o grau de Master of Music des como Viena, Oslo, Amesterdão, Helsínquia in Performance Studies na Universidade de e La Valetta, para além da execução integral Reading, Inglaterra e o grau de Doutor (PhD) das sonatas para piano de Mozart, numa série em Performance na prestigiada Universidade de nove concertos em nove Igrejas Históricas de Leeds, na sequência de uma investigação da cidade de Viana do Castelo. sobre o grande discípulo de Liszt José Vianna da Motta. Tem-se interessado por outras formas de expressão artística, participando em projetos Estudou ainda com as pianistas Helena Sá e com os pintores Álvaro Rocha e De Miranda FICHA ARTÍSTICA Costa e Laura O’Gorman, mas também con- e os atores/encenadores António Durães e tactou com figuras como Sequeira Costa, Jörg António Fonseca. Luís Pipa - Piano Demus, Marian Ribicky e Graham Barber.

28 29 11 ABRIL ENTRADA TEATRO TRANSMISSÃO QUINTA 5€ / 2.5€ VIRIATO 2 1 H 0 0

Roberto Valdés CUB Ghent, Teatro Comunale “G. D’annunzio”, de Música de Espinho (Portugal), e professor e Daniel Rodríguez Hart CUB Grande Auditório e Centro Cultural de Belém. convidado da Academia Latinoamericana de Violin, em Caracas (Venezuela). Roberto Valdés foi o diretor musical do Con- junto de Cámara de la Habana (Cuba), diretor artístico e musical da Orquesta Filarmónica DANIEL RODRÍGUEZ HART del Caribe (Colômbia), Camarata Ensemble Aos 7 anos começou os seus estudos musicais da Guarda e Camerata Ibero-Americana (Por- na Especialidade de piano no Conservatório tugal); concertino da Orquesta Sinfónica de Alejandro García Carturla em Havana, Cuba, Valencia (Venezuela), Orquesta Sinfónica de na classe da professora Isabel Clavera. Pros- Medellín (Colômbia); e concertino convidado seguiu os estudos secundários no conserva- da temporada de ópera no Palau de la Música tório Amadeo Roldán com a professora María de Valencia (Espanha). de los Ángeles Horta. Recentemente finalizou Durante os seus mais de 20 anos enquanto pro- os estudos na Escola profissional de Musica fessor, Roberto Valdés trabalhou na direção do de Espinho com o professor Pedro Burmester Departamento de Cordas do Instituto Superior e agora frequenta o Royal Conservatoire of de Arte em Havana (Cuba) e no Conservatorio Scotland na classe do professor Aaron Shorr de Música de Valencia (Venezuela). Foi profes- e Petras Geniusas. Recebeu ainda aulas dos sor na Universidad EAFIT de Medellín (Colom- professores e pianistas Frank Fernández e bia). Foi convidado para dar masterclasses na Víctor Rodríguez. Universidad Simón Bolívar em Caracas (Vene- PROGRAMA Em 2005 participou no VII Festival de Música zuela); um curso de verão na Academia Reina Latino-americana na República Dominicana, Sofía em Madrid (Espanha); e na Universidad FRANCESCO GEMINIANI (1687-1762) L. V. BEETHOVEN (1770-1827) onde foi destacado com o Grande Prémio de de Valencia (Espanha). Sonata C-moll Sonata A dur “Kreutzer” Excelência. Nesse mesmo ano, apresentou-se I. Largo I. Adagio sostenuto. Presto Durante mais de quinze anos, Valdés colaborou no Primeiro Concurso Internacional de Piano II. Allegro moderao II. Andante con Variazioni com a Fundación del Estado para el Sistema de Maracaibo, Venezuela, obtendo o Segundo III. Siciliana III. Presto Nacional de Orquestas Juveniles e Infantiles Prémio e Menção à melhor interpretação da IV. Allegro ma non troppo de Venezuela (FESNOJIV) enquanto profes- obra contemporânea. sor de violino e music coach dos violinistas da Em setembro de 2010 participou no XIX Con- Orquesta Sinfónica Simón Bolívar, incluindo curso Internacional de Piano de Ibiza – Espa- FICHA ARTÍSTICA ROBERTO VALDÉS Gustavo Dudamel, Diego Matheuz, Dietrich nha, onde obteve o Segundo Prémio; e no Paredes e Alejandro Carreño. Desde a sua estreia com 7 anos, Roberto Valdés Concurso Internacional de Piano María Clara Roberto Valdés – Violino foi ganhando reconhecimento enquanto solista Os seus alunos já venceram vários concursos Cullell na Costa Rica, onde se destacou com o Daniel Rodríguez Hart – Piano e músico de câmara, tanto na América como na internacionais importantes como o Henryk Primeiro Prémio e a Menção à Melhor inter- Europa, tendo tocado as mais icónicas obras Szering Violin Competition, Unión Nacional de pretação da obra costarriquenha. para violino, clássicas e da América Latina. Escritores y Artistas de Cuba (UNEAC), David Em 2012 foi laureado em vários concursos Russell Competition, Concurso Internacional Como solista, colaborou com diversos maes- portugueses, obtendo os Primeiros Prémios no Luís Ángel Arango, e Concurso Internacional tros, tais como Igor Yaroslavski, Miguel del Concurso Internacional de Música “Cidade de de Violino da Covilhã. Castillo, Sung Kwak, Alfredo Rugeles, J. Cala- Almada” (5.ª categoria) e no XI Concurso de brese, Cristóbal Soler, Francesco Belli, Carlos O violinista nasceu em Havana, Cuba, fez o piano Florinda Santos. Foi ainda Primeiro Prémio Riazuelo e Max Ravinovitch, entre outros. Já mestrado em Fine Arts no Tchaikovsky Con- no IX Concurso de piano da Póvoa de Varzim atuou em palcos como o Gran Teatro de La servatory e no Gnesen Institute, em Moscovo, e no XIV Concurso Internacional Santa Cecília Habana, Teatro Amadeo Roldán, Teatro Teresa onde estudou com Sergei Kunakov, Zoria (destacado também com o Prémio Revelação). Carreño, Grand Hall of the Moscow State Shikhmurzayeva, Halida Akhtyamova, Dmitry A sua atividade solística, iniciada aos 13 anos, Conservatory, Liceu de Barcelona, Palau de Schebalin, entre outros. foi marcada pela sua estreia com a Sinfónica la Música Valencia, Teatro Amira de la Rosa, Roberto Valdés é, atualmente, docente na Uni- Nacional de Cuba com o Concerto N.º 3 de Teatro Heredia, Miry Hall of the Conservatory versidade de Aveiro e na Escola Profissional D. Kabalevsky, em 2008. Em 2010, foi nova-

30 31 ROBERTO VALDÉS 12 ABRIL ENTRADA IPV DANIEL RODRÍGUEZ HART SEXTA 5 € A U L A M AG N A 2 1 H 0 0 mente convidado apresentando o Concerto N.º Orquestra Juvenil de Viseu 13 de W. A. Mozart, ambos os concertos sob a direção do maestro Enríquez Pérez Mesa. Em Maio de 2013, tendo ganho o concurso interno de solistas na Escola Profissional de Música de Espinho interpretou a Rapsódia sobre um tema de Paganini com a Orquestra Clássica de Espinho sob a direção do maestro Pedro Neves. Em 2014 foi vencedor do Primeiro Prémio no XI Concurso de Piano da Póvoa de Varzim e também destacou-se com o Primeiro Prémio na última edição do Prémio Jovens Músicos, o que lhe permitiu apresentar-se a solo com a orquestra Gulbenkian sob a direção do maestro Pedro Carneiro no Grande Auditório da Fun- dação Gulbenkian.

PROGRAMA FICHA ARTÍSTICA

L. V. BEETHOVEN (1770-1827) Orquestra Juvenil de Viseu Abertura Egmont Cláudio Ferreira – Direção

CLAUDE DEBUSSY (1862-1918) Petite Suite I. En Bateau Esta orquestra está ancorada na parceria de II. Cortège um município que cada vez mais se tem afir- III. Menuet mado como polo cultural – Câmara Municipal IV. Ballet de Viseu e de uma instituição com marca de qualidade formativa na educação artística – EDWARD ELGAR (1857-1934) Conservatório Regional de Música de Viseu Nimrod de “Enigma Variations” Dr. José de Azeredo Perdigão. Tendo como pontos de partida uma dinâmica HANS ZIMMER (n. 1957) de formação contínua e integração dos recur- (arr. John Wasson) sos das várias instituições que se dedicam “Music From Gladiator” à prática musical no concelho de Viseu, a Orquestra Juvenil de Viseu tem como princi- HOWARD SHORE (n. 1946) pais objetivos: a formação de jovens músicos (arr. John Whitney) do Concelho de Viseu; a formação de públi- “The Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring” cos; a realização de concertos pedagógicos para crianças do 1.º ciclo; a promoção do HANS ZIMMER (n. 1957) património cultural da cidade e região. (arr. Ted Ricketts) “Pirates of the Caribbean” Este projeto procura através das duas valên- cias: cultura e formação criar uma orquestra que esperamos vir a ser reconhecida pela

32 33 ORQUESTRA 13 ABRIL ENTRADA PAVILHÃO JUVENIL SÁBADO 5 € MULTIUSOS DE VISEU 2 1 H 0 0 qualidade do seu trabalho. com diversas orquestras, nomeadamente a Orquestra Filarmónica Portuguesa Orquestra Clássica da Madeira e a Orquestra ø NOR A Orquestra Juvenil de Viseu tem realizado com Eldbj rg Hemsing do Algarve. Colaborou, como professor de vários concertos na cidade de Viseu nomea- naipe, com a Orquestra Clássica de Espinho. damente na abertura do Festival Internacional No momento encontra-se a aperfeiçoar a sua de Música da Primavera de Viseu, nas come- técnica de direção com o maestro Pedro Neves. morações do dia do Município entre outros. Em 2016, participou nas comemorações do Tem vindo a dirigir um número crescente de 40.º Aniversário da Associação Nacional de concertos em importantes locais e salas. É Municípios na cidade de Coimbra. regularmente convidado para orientar está- gios de orquestra. Na passada temporada, Apesar da sua juventude, a OJV conta já com apresentou-se em concerto com a distinta um vasto repertório assente em diferentes solista internacional Elisabete Matos, dirigindo formações, épocas e compositores tais como: Árias de Ópera de Verdi, Boito e Puccini. Diri- Vivaldi, Mozart, Verdi, Schubert, Debussy, giu recentemente, como maestro convidado, Bizet, Gershwin, Rutter, Dvorak, Beethoven. a Orquestra Sinfónica da Escola Profissional A Orquestra Juvenil de Viseu é dirigida pelo de Artes Performativas da Jobra, a Orquestra maestro Cláudio Ferreira. Filarmonia das Beiras, a Orquestra e Coro do Projeto Xiquitsi em Maputo e, como maestro assistente, a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música. PROGRAMA Fundada em maio de 2016 por Osvaldo Ferreira Atualmente é o maestro responsável pelos e Augusto Trindade, a Orquestra Filarmónica estágios de orquestra que os municípios de HJALMAR BORGSTRÖM (1864-1925) Portuguesa integra um conjunto de músicos Trancoso, Mêda, Moimenta da Beira, Aguiar Concerto para violino em Sol Maior, Op. 25 de elevados padrões técnicos e artísticos. Os da Beira e Vila Nova de Foz Côa organizam I. Allegro moderato músicos são artistas premiados em concursos conjuntamente. II. Adagio nacionais e internacionais, ex-integrantes da Para a presente temporada tem agendados 32 III. Allegro con spirito Orquestra de Jovens da União Europeia (EUYO) concertos com diferentes orquestras escola- e de outras orquestras de jovens internacionais e CLÁUDIO FERREIRA res e profissionais. DMITRI SHOSTAKOVICH (1906-1975) ainda músicos estrangeiros residentes em Portu- Sinfonia n.° 5 em ré menor, Op. 47 gal que se juntaram neste projeto para criarem Cláudio Pais Ferreira iniciou os estudos musi- É o maestro titular da Orquestra Juvenil de I. Moderato — Allegro non troppo uma orquestra que se estabeleça como uma cais na Banda Bingre Canelense, prosseguindo Viseu e Docente no Conservatório Regional de II. Allegretto referência e símbolo de qualidade, atuando em a sua formação em trombone no Conservató- Música, Dr. José de Azeredo Perdigão. III. Largo todo o território nacional. rio de Música de Aveiro. Terminou o curso de IV. Allegro non troppo Instrumentista de Sopro na ARTAVE. Licen- A orquestra produz concertos sinfónicos, ópera ciou-se em Trombone e concluiu um Mestrado e irá criar conexões com outros géneros artís- em Pedagogia do Instrumento, um Mestrado ticos numa procura constante de desenvolver em Teoria e Formação Musical e um Mestrado eventos e espetáculos criativos e singulares. em Direção pela Universidade de Aveiro com A Orquestra Filarmónica Portuguesa teve a sua o maestro Ernst Schelle. No âmbito deste estreia no dia 7 de maio de 2016 no Europar- último Mestrado, sob orientação do maestro que, tendo ainda atuado no Centro Cultural do António Vassalo Lourenço, editou a obra Suite Arade, no Algarve e no Festival Cistermúsica de Africana de Frederico de Freitas, a publicar Alcobaça (ainda com a designação de Orques- pela AvA Musical Editions. FICHA ARTÍSTICA tra Euro-Atlântica). A reação do público, crí- Trabalhou com pedagogos e maestros, tais ticos especializados e músicos de todo o país, como António Saiote, Christopher Bochmann, Orquestra Filarmónica Portuguesa foi unânime e elegeu este projeto como um dos Jean-Sébastien Béreau, Alberto Roque, Pas- Osvaldo Ferreira – Direção mais importantes dos últimos anos no nosso cual Vilaplana e Jean-Marc Burfin e colaborou Eldbjørg Hemsing – Violino país, pela sua qualidade e originalidade.

34 35 ORQUESTRA FILARMÓNICA PORTUGUESA ORQUESTRA FILARMÓNICA PORTUGUESA COM ELDBJØ RG HEMSING COM ELDBJØ RG HEMSING

A Orquestra Filarmónica Portuguesa é um Orquestra Filarmónica de S. Petersburgo, de convites para se apresentar, mas decidiu incluem a sua estreia na Orquestra Sinfónica projeto de dimensão nacional sob a Direção Orquestra Sinfónica de Roma, Orquestra viajar para Viena para novos estudos inten- Nacional da China, Orquestra Filarmónica Artística do Maestro Osvaldo Ferreira, um Gulbenkian, Orquestra Sinfónica Brasileira, sivos com Boris Kuschnir, período em que Portuguesa e Orquestra de Valência, bem dos mais representativos maestros nacionais Orquestra de Praga, Orquestra Filarmónica aperfeiçoou o seu estilo de performance e como os seus reencontros com a Filarmónica da atualidade. de Lodz, Orquestra Filarmónica da Silesia, absorveu um amplo repertório, desde Bee- de Oslo, Orquestra Filarmónica de Shen- Orquestra Sinfónica de Nuremberga, Orques- thoven a Dvořák, de Grieg a Tan Dun. Junta- zhen, Orquestra Sinfónica de Trondheim e tra Filarmónica da Radio Renana, Orquestra mente com Tan Dun, colaborou em inúmeros Filarmónica de Szczecin. Eldbjørg Hemsing Nacional do Porto, Theatro Municipal do Rio projetos na Europa e na Ásia e, mais recente- tem também previstas atuações no Lincoln de Janeiro, Mozarteum de S. Petersburgo, mente, estreou o novo concerto de violino do Center em Nova York e Abu Dhabi Classics, Orquestra do Teatro Nacional S. Carlos em compositor, “Fire Ritual” – Um Ritual Musical assim como a realização de uma digressão Lisboa, Orquestra do Teatro Olimpico de para Vítimas de Guerras, juntamente com a na Europa e Ásia com o pianista macedónio Vicenza, Orquestra da Extremadura de Espa- Orquestra Filarmónica de Oslo. Simon Trpčeski e Julien Quentin. Como parte nha, Orquestra da Catalunha, North Shore do seu programa de Residências no Stormen Em março de 2018, Eldbjørg Hemsing lançou Orchestra em Chicago, Orquestra do Festi- Concert Hall em Bødo (Noruega), irá regres- o seu CD de estreia pela editora sueca BIS, val de Aspen nos Estados Unidos e ainda a sar a esta cidade para uma série de recitais e com os concertos para violino de Hjalmar Orquestra Nacional da Venezuela. apresentações com a Orquestra Filarmónica Borgström e Dmitri Shostakovich, gravados OSVALDO FERREIRA do Ártico. Realizou o Mestrado em direção de orquestra com a Orquestra Sinfónica de Viena e Olari Osvaldo Ferreira, na qualidade de diretor em Chicago e pós-graduação no Conserva- Elts. Apresentando o CD, Eldbjørg escreveu: Para além de um agitado calendário de convidado, apresentou-se em 2017/2018 com tório de São Petersburgo, na classe de Ilya ”Há alguns anos atrás descobri a música de atuações, Eldbjørg Hemsing está ativamente a Orquestra Filarmónica de S. Petersburgo, Mussin. Foi laureado em 1999 no Concurso Hjalmar Borgström, um nome com o qual eu envolvida em projetos sociais ligados aos seus Orquestra Filarmónica Portuguesa, Orquestra Sergei Prokofiev, na Rússia. Recebeu o “Fel- não estava familiarizada anteriormente e fiquei valores. Como resposta à eclosão da crise de Gulbenkian em Lisboa, Orquestra Filarmónica lowship” do Aspen Music Festival nos E.U.A., surpresa ao saber que ele tinha sido famoso refugiados, ela tornou-se embaixadora do de Qingdao na China, Orquestra Sinfónica de onde frequentou a American Conductors Aca- enquanto compositor e crítico na Noruega no projeto alemão de educação musical CJD Nuremberg, Orquestra Sinfónica da Venezuela demy. Foi assistente de Claudio Abbado em início do século XX. Abrindo a partitura do seu Panorama, um programa musical destinado (onde gravará novo CD) e com a Orquestra Salzburgo e Berlin. Estudou ainda com Jorma primeiro concerto para violino pela primeira a ajudar crianças pertencentes a minorias do Estado Russo em Moscovo, entre outras. Panula e David Zinman. Foi bolseiro do Minis- vez, fiquei imediatamente intrigada. Este con- na sua integração na sociedade. Em janeiro Irá ainda ministrar masterclasses de direção tério da Cultura de Portugal e da Fundação certo, escrito em 1914, é incrivelmente bonito, de 2018, Eldbjørg Hemsing apareceu como de orquestra no Conservatório de S. Peters- Calouste Gulbenkian em Lisboa. cheio de sentimento nacionalista norueguês, oradora no lançamento do W20 – Women in burgo, no Conservatório do Luxemburgo e no tão típico de sua época, mas também digno de Global Heath em Berlim, enfatizando o papel Conservatório de Música de Castelo Branco. atenção internacional. Isso reporta-me para da música na saúde pública. Foi também as minhas origens – a paisagem acidentada palestrante nas conferências Abu Dhabi Cul- Osvaldo Ferreira, é atualmente o Diretor Artís- de Valdres e Jotunheimen, onde as monta- ture Summit 2018 e “Young Audiences” na tico da Orquestra Filarmónica Portuguesa e nhas circundantes erguem-se dramaticamente Arts & Audience 2017. da Sociedade de Concertos de Brasília. Foi sobre os vales – e a música faz-me ansiar pelas diretor musical e regente titular da Orquestra Eldbjørg Hemsing toca num violino de 1754 minhas raízes”. Sinfônica do Paraná de 2011 a 2014 e diretor (G. B. Guadagnini) por empréstimo gentil da da Oficina de Música de Curitiba. Em setembro de 2018 realizou uma grava- Fundação Dextra Musica. O seu desenvol- ção do Concerto para Violino de Dvořák e vimento artístico tem vindo a ser genero- Em Portugal, foi diretor artístico da Orquestra da Canção de Amor e Fantasia de Suk com samente apoiado, ao longo dos anos, pela do Algarve, diretor artístico do Festival Inter- a Antwerp Symphony Orchestra e Alan Buri- Fundação Göhde. nacional de Música do Algarve, diretor e admi- ELDBJØRG HEMSING bayev. Ela também é tema do documentá- nistrador do Teatro Municipal do Faro. Gravou Expoente relevante da rica tradição musical rio “FORTE”, dirigido por David Donnelly, vários CD’s com obras de autores portugueses da Noruega, Eldbjørg Hemsing é um nome focando as mulheres na música erudita. Este para a Editora Numérica e um CD duplo com conhecido no seu país natal desde a sua novo projeto segue-se ao sucesso do pre- Sinfonias de Mozart. Com a Orquestra do infância, tendo feito a sua estreia a solo com miado filme NRK de 2010, no qual Eldbjørg e Algarve, apresentou-se em Viena, Bruxelas, a Orquestra Filarmónica de Bergen, com sua irmã Ranghild exploram a vida do lendário Lisboa, Sevilha, Porto, Curitiba e Londres. apenas 11 anos de idade. Depois de vencer violinista norueguês Olle Bull. Da sua vasta carreira destaca-se o trabalho à várias competições internacionais e prémios Os seus compromissos nesta temporada frente de importantes orquestras, tais como, aos 18 anos, recebeu uma grande quantidade

36 37 14 ABRIL ENTRADA HOTEL 16 ABRIL ENTRADA IGREJA DA DOMINGO 5€ / 2.5€ GRÃO VASCO TERÇA 5€ / 2.5€ MISERICÓRDIA 15H/17H 2 1 H 0 0

Concerto de Laureados do 12.o Concurso 1.A PARTE de Instrumentistas do Conservatório Iberian Ensemble

15H00 – CATEGORIA A, B, C PROGRAMA Sabemos muito pouco da vida de Robert de 17H00 – CATEGORIA D, E, F Visée (c.1650-­c.1725). Nasceu em Viseu e ROBERT DE VISÉE (c.1650 – c.1725) o seu sobrenome original é desconhecido. Suite em ré menor; Allemande La Royalle – Couran- Alcançar a excelência num instrumento só é que, em 18 de Março’19, não ultrapassem 10 Quando estudava música na universidade de te – Sarabande – Gavotte – Chacone – Mafcarade possível com aplicação e trabalho. No Con- anos de idade); Categoria C – Básico (para Coimbra, era simplesmente chamado Robert Rondeau servatório Regional de Música de Viseu Dr. inscritos nos 1.º e 2.º Graus); Categoria D – de Viseu, prática comum nessa época na qual José Azeredo Perdigão, todos os dias temos Básico (para inscritos nos 3.º e 4.º Graus); o apelido do indivíduo indicava a cidade de PEDRO ANTÓNIO AVONDANO (1714-1782) a oportunidade de partilhar o nosso conhe- Categoria E – Básico e Complementar (para que provinha. Algum tempo depois partiu Triosonata em Sol Ré Maior; Sem indicação de tem- cimento com os alunos, demonstrando téc- alunos inscritos nos 5.º, 6.º Graus. 5.º grau para Paris, onde estudou guitarra de 5 ordens po; Andante e piano sempre – allegro nicas, segredos e ensinamentos recolhidos e 1.º ano do curso complementar de Canto); com o virtuoso expatriado italiano Francesco ao longo de anos de experiência. A partilha Categoria F – Complementar (para alunos Corbetta (c.1615-­1681) e mais tarde viola da PEDRO ANTÓNIO AVONDANO (1714-1782) destas ferramentas é essencial para o bom inscritos nos 7.º, 8.º Graus. 2.º e 3.º anos do gamba com Antoine Forqueray (1671-­1745), Lisbon minuets; Minueto I em Ré Maior; Minueto II desempenho de cada um, mas só a dedicação curso complementar de Canto). altura na qual seu nome assumiu a forma em Fá Maior; Minueto III em Ré Maior; Minueto IV que cada aluno dá ao seu instrumento de elei- francesa pela qual ele é conhecido hoje. Cada participante, cerca de 450 na edição em Ré Maior; Minueto V em Ré Maior; Minueto VI ção - dentro e fora da sala de aula - o pode Também fez parte do coro da corte de Luís deste ano, apresentou duas obras de livre em Sol Maior ajudar a alcançar a excelência. A prática diária XIV e publicou dois conjuntos de suítes para escolha e de carácter contrastante, tendo sido não é um segredo para crescer, mas cumpri-la guitarra, o “Livre de guitare dédié au roi” em avaliado segundo o seu domínio da técnica e ANTONIO VIVALDI (1678–1741) é um desafio. 1682 e o “Livre de pièces pour la guitare” em expressividade. Os melhores, quase 50 pre- Triosonata em Sol menor, RV85; Andante Molto – 1686. Estes foram seguidos, 28 anos depois, Por isso, este ano voltamos a realizar o Con- miados e várias menções honrosas, apresen- Larghetto – Allegro por uma terceira e final coleção, as “Pièces de curso de Instrumentistas do Conservatório, tam o seu trabalho neste dia. théorbe et de luth mises en partition dessus criado há doze anos, serve precisamente para Continua a ser impressionante o potencial que et basse”, publicadas em 1716 sob licença reconhecer esse esforço. Os alunos concor- estas crianças e jovens trazem dentro de si. real. A Suite em Ré Menor está organizada rentes foram distribuídos por 6 categorias em Esperamos que este reconhecimento do seu FICHA ARTÍSTICA nos seguintes movimentos; ALLEMANDE cinco áreas instrumentais e canto: valor seja mais um incentivo para o seu cres- LA ROYALLE – COURANTE – SARABANDE Categoria A – Iniciação (para alunos que, em cimento e alegria. Por fim, para aqueles que Alexandre Andrade – Flauta Traversa – GAVOTTE – CHACONE – MAFCARADE 18 de Março’19, não ultrapassem 8 anos de ficaram de fora este ano, esperamos que em Rui Soares – Cravo RONDEAU. idade); Categoria B – Iniciação (para alunos 2020 desafiem todas as expetativas! Vinícius Perez – Alaúde Barroco

38 39 1.A PARTE: IBERIAN ENSEMBLE 1.A PARTE: IBERIAN ENSEMBLE 2.A PARTE: MARIA CRISTINA AGUIAR E NUNO ALEXANDRINO 2.A PARTE: MARIA CRISTINA AGUIAR E NUNO ALEXANDRINO

A influência da música italiana, pelos mestres ALEXANDRE ANDRADE o Curso Livre de Cravo na ESMAE – Porto. Em A. Vivaldi e Corelli foi uma constante em 2006 concluiu o III Curso Nacional de Música Natural de Souto, concelho de Santa Maria todo o séc. XVIII, em Portugal. A vida musi- Litúrgica na vertente Direção. É licenciado em da Feira, é Professor auxiliar do I.S.E.I.T - cal portuguesa na segunda metade do séc. Música Sacra pela Escola das Artes – Univer- Viseu, Instituto Piaget (Portugal), professor XVIII viria a ficar marcada pelo contributo sidade Católica Portuguesa, onde concluiu Convidado da Universidade Federal de Ala- dado pelo mestre Pedro António Avondano a Disciplina de Órgão com nota máxima na goas e Universidade Federal da Bahia (Brasil) (1741-1788), filho de músico italiano. Violi- classe do Prof. Luca Antoniotti. É membro e prof. de Flauta no Conservatório de Música nista, programador, compositor, foi um dos fundador do Quarteto Vocal Gaudium Vocis da JOBRA (Portugal). É Licenciado em Ensino mais célebres compositores de música ins- e dirige o Grupo de Câmara Ulphilanis. Em de Flauta Transversal (Universidade de Aveiro) trumental da segunda metade do século. Em 2012 finalizou o grau de Mestrado em música em 1995, na classe de Pedro Couto Soares, paralelo com a sua intensa atividade artística, antiga no Conservatório de Amesterdão com a realizou o Mestrado em Performance na também era o principal responsável por dina- distinção “Cum laude” onde estudou cravo na Irlanda (Waterford Institute of Technology) mizar as noites em que reuniam os membros classe do Prof. Tileman Gay, órgão na classe em 1997, tendo estudado música antiga com da colónia britânica na Assembleia das Nações do Prof. Pieter Van Dijk e estuda regularmente Rachel Brown. Doutorou-se em Música (Uni- Estrangeiras. Neste sentido, é provável que os com o Prof. Ton Koopman. É organista na versidade de Aveiro) em 2005, dedicando a Minuetos de Lisboa, bem como a Triosonata Igreja da Senhora da Conceição no Porto e sua tese à presença da flauta traversa em Por- em Ré M, tenham sido escritos originalmente responsável pelos concertos diários na Igreja tugal de 1750 a 1850, seu repertório e per- para este género de eventos, os quais se man- dos Clérigos da mesma cidade. Para além de formance do traverso na 2.ª metade do séc. tiveram em actividade regular até ao final do inúmeros concertos em Portugal, já atuou em XVIII e 1.ª metade do séc. XIX. Em novembro século. Em linhas gerais, estes os minuetos e Espanha, França, Suíça, Itália e Holanda. de 2013, no âmbito do programa Erasmus a triosonata caracterizam-se por movimen- ministrou uma master classe e seminário no tos melódicos elegantes, frases simples, mas Real Conervatório Superior de Música de VINÍCIUS PEREZ cativantes e de fácil percepção para o ouvinte, Madrid para as classes de Traverso e Flauta sempre com um certo sabor melódico bem ao Nasceu no Rio de Janeiro e iniciou os seus Moderna. Em setembro de 2016, concluiu o estilo italiano. estudos musicais aos seis anos de idade, Mestrado em Interpretação -­ Música Antiga tocando guitarra clássica. Depois de terminar Este concerto encerra com a triosonata em sol ­- Traverso, na ESMAE (Porto) na classe do os seus estudos de guitarra, decidiu concen- menor RV 85 de A. Vivaldi. Esta triosonata tem prof. Olavo Barros. Também trabalhou em trar-se nos instrumentos antigos de cordas uma estrutura muito simples, os movimentos Orquestra Barroca com os professores Pedro beliscadas, com particular ênfase no alaúde. são apresentados de forma binária com reprise, Sousa e Silva, Ana Mafalda Castro, Benjamim Depois de estudar fontes históricas e litera- enquanto o alaúde e a flauta quase sempre exe- Chénier e Marco Ceccato. Membro funda- tura específica de alaúde (do início do século cutam a mesma linha melódica, mesmo a uma dor dos agrupamentos Ensemble Ars Iberica, XVI até o final do século XVIII), frequentou a distância de oitava. A abertura, Andante molto, Iberian Ensemble e Ventos do Atlântico tem prestigiosa Schola Cantorum Basiliensis na quando aproxima-­se da seção motívica clímax realizado concertos e formação na área da classe de Hopkinson Smith, uma das maiores do “A”, Vivaldi distingue a linha de alaúde atri- Música Antiga em Portugal continental, autoridades do mundo em instrumentos de buindo a ela uma sequência de tercinas, quase Açores, Espanha e Brasil. cordas beliscadas. Vinícius Perez apresenta-se que a configurar um pequeno solo. O mesmo regularmente como solista e como acompa- procedimento pode ser observado na segunda RUI SOARES nhador, por exemplo, com a Kammerphilhar- seção, onde o alaúde recebe um arpejo imedia- monie Graubünden, o Konzert Theater Bern, tamente antes da retomada temática da primeira Natural de Fiães, concelho de Santa Maria Renate Steinmann (Zürcher Barockorchester) seção. O Larghetto central é um movimento da Feira, Rui Soares é organista e cravista. e o Bach Collegium (Freiburg). O seu primeiro muito delicado, também em forma binária, Ainda muito novo foi admitido, como exceção CD a solo, “The Galant Lute”, é o resultado caracterizado por appoggiaturas patéticas e (com 14 anos) na Escola de Ministérios Litúr- da sua pesquisa em prática de performance concluído por uma “petit reprise”. O Allegro final gicos – Diocese do Porto – onde frequentou historicamente instruída e do seu desejo de é um movimento animado em forma binária com o Curso de Música Litúrgica. Em 2005, sob possibilitar que o público moderno experi- o tema principal, jovialmente rítmico, no qual os orientação do Prof. Luca Antoniotti, concluiu mente o som encantador, galante e colorido instrumentos procedem quase constantemente o Curso Complementar de Órgão no Conser- do alaúde através de um repertório original em movimento paralelo, executando o mesmo vatório Regional de Gaia. Paralelamente, com e inédito. material melódico. a Professora Ana Mafalda Castro, frequentou

40 41 16 ABRIL ENTRADA IGREJA DA 1.A PARTE: IBERIAN ENSEMBLE TERÇA 5€ / 2.5€ MISERICÓRDIA 2.A PARTE: MARIA CRISTINA AGUIAR E NUNO ALEXANDRINO 2 1 H 0 0

2.A PARTE com os Professores José de Oliveira Lopes e Cândida Matos (Cravo) e Ana Fleming (Canto) Maria Cristina Aguiar e Nuno Alexandrino António Salgado, tendo sido galardoada com entre outros. o Prémio Engenheiro António de Almeida, por É licenciado em Órgão pela Escola Superior se ter licenciado com a mais alta classificação de Música de Lisboa, onde estudou com o Pro- do seu curso. Frequentou, ainda, o Curso de fessor Antoine Sibertin-Blanc (Órgão), Prof. Canto da Escola Superior de Música e das Stephen Bull (música de câmara), Roberto Artes do Espectáculo do Porto, tendo parti- Perez e Christopher Bochmann (Composição), cipado em diversos cursos de interpretação, entre outros. Estudou na Escola das Artes de técnica vocal e direção coral com Annerose Utrecht (Holanda), onde foi aluno do compo- Gilek, Fernanda Correia, Jorge Chaminé, sitor e organista Willem Tanke. Amin Fèrres, George Hamilton, Jane David- son, Richard Miller, Pedro Telles, João Frequentou o Mestrado de Performance Musi- Paulo Sousa, Elisabete Matos, Cristopher cal em Órgão na Universidade de Aveiro, onde Bochmann, José Robert, Vianney da Cruz e foi aluno da Professora Edite Rocha. Estudou Paulo Brandão, entre outros. Direção Coral com os Maestros Edgar Sara- mago, Artur Pinho, Martin Schmidt, Vasco Mestre em Música pela Universidade de Negreiros e Paulo Brandão. Aveiro, e doutorada em Estudos da Criança – Educação Musical – pela Universidade do Participou em diversos Masterclasses de Minho, integra atualmente o Departamento Órgão, com organistas como Franz Stoiber, de Comunicação e Arte da Escola Superior de Graham Barber, Willem Tanke, Fermmann PROGRAMA Educação de Viseu e é professora de Canto no Stinder, António Mário, Eugénio Amorim, José Conservatório Regional de Música de Viseu, Uriol, Xavier Artigas, Edite Rocha entre outros. JOHN TRAVERS (1703-1758) GIOVANNI BATTISTA PERGOLESI (1710-1736) sendo maestrina do Coro Misto e do Coro de Como Concertista, apresenta-se regular- Trumpet Voluntary Vidit suum Juvenil do mesmo Conservatório. mente quer a solo, quer com Coros, Orques- – Adagio Como solista e maestrina tem realizado diver- tras e músicos solistas, por todo o país e – Allegro Moderato HENRY PURCELL (1659-1695) sos concertos a par da orientação de Wor- estrangeiro. Participa regularmente em vários An Evening Hymn kshops de Canto e de Técnica Vocal. festivais internacionais de órgão e em vários ALESSANDRO STRADELLA (1639-1682) concursos de órgão. Pietà, Signore JAN PIETERSZOON SWEELINCK (1562-1621) Como formação complementar, concluiu o Balletto del Granduca Curso Intensivo de Formação Profissional – É pianista acompanhador de dança clássica CARLOS DE SEIXAS (1704-1742) Pedagogia Musical, lecionado pelo professor e e contemporânea desde 1992, tendo tido a Sonata em ré menor CARLOS DE SEIXAS (1704-1742) maestro Pierre van Hauwe e o Curso de Peda- oportunidade de trabalhar com vários coreó- – Allegro Laudamus Te gogia Musical Ativa, ministrado pelo pedagogo grafos em várias escolas e companhias de – Adagio Jos Wuytack. dança. Participou como músico em 2 bailados – Minuet ANTÓNIO DA SILVA LEITE (1759-1833) com composições originais de Roberto Perez. É membro do Centro de Investigação em Paratur nobis mensa Domini Desde 2008 trabalha como pianista acompa- Estudos da Criança (CIEC) da Universidade do nhador na Escola de Dança Ginasiano em Vila Minho, centrando a sua investigação na área Nova de Gaia. do ensino de canto e da educação musical. FICHA ARTÍSTICA MARIA CRISTINA AGUIAR Natural de Viseu, iniciou o estudo de Canto Maria Cristina Aguiar – Soprano NUNO ALEXANDRINO no Conservatório Regional de Música de Viseu Nuno Alexandrinho – Órgão “Dr. José de Azeredo Perdigão”, na classe Organista, Pianista, Cravista e compositor, é da Professora Isabel Castro, concluindo o natural da Freguesia de Avanca (Estarreja). Curso sob a orientação da Professora Cláu- Iniciou os seus estudos musicais no Conser- dia Nelson. vatório de Música de Aveiro onde estudou Concluiu o curso de Ensino de Música da Uni- Órgão, Piano, Cravo e Canto, tendo estudado versidade de Aveiro – Canto, onde trabalhou com os Professores Domingos Peixoto e Antó- nio Mário (Órgão), Manuela Guerra (Piano),

42 43 17 ABRIL ENTRADA MUSEU NACIONAL GRUPO DE MUSICA QUARTA 5€ / 2.5€ GRÃO VASCO CONTEMPORÂNEA 2 1 H 0 0 DE LISBOA

Grupo de Música música contemporânea em Amsterdão, Acqui Contemporânea de Lisboa Terme, Ávila, Bamberg, Barcelona, Bayreuth, Belo Horizonte, Bruxelas, Cagliari, Cardiff, Dunkerque, Lille, Ljubljana, Londres, Madrid, Milão, Naestved, Nice, Roterdão, Santos, São Paulo, Sevilha, Siena, Trieste, Turim, Valência, Varsóvia e Zagreb. Em Portugal, destacou- -se a sua participação regular nos Encontros Gulbenkian de Música Contemporânea, em Lisboa, e ainda nos Festivais do Estoril e de Coimbra, Europália 91, Teatro Nacional de S. Carlos, entre outros. A discografia do GMCL compreende obras de Jorge Peixinho, com várias interpretações, algumas dirigidas pelo próprio compositor, para além de numerosas criações de outros compositores. O Grupo gravou também obras de compositores portugueses para a Tribuna Internacional de Compositores e participou em várias obras originais para teatro, cinema PROGRAMA e multimédia, tendo sido distinguido com a medalha de Mérito Cultural atribuída pela J. PEIXINHO JOSÉ CARLOS SOUSA Secretaria de Estado da Cultura, como reco- Llanto por Mariana Otniribal* nhecimento da sua atividade de divulgação Voz, Fl, Cl, Vl, Vla, Vlc e Pno Cl Baixo, Vl, Vla, Vlc da cultura musical contemporânea nacional e estrangeira. C. ROSA CHRISTOPHER BOCHMANN Recondita Armonia II Divulgar obras de autores portugueses con- Lalula Fl, Cl, Vla e Vlc temporâneos, com incidência na obra de Mezzo-Sop, Fl, Cl, Vl, Vla, Vlc, Pno, Harpa e perc Jorge Peixinho, é o cerne da missão do GMCL. PEDRO AMARAL Apoiado pelo IPAE/DGArtes, desenvolve ANA SEARA Etude II – sur les colorations desde 2000 um projeto de encomendas de Sur l’Amour (trois poèmes sur l’amour* Fl, Cl, Vl, Vla, Vlc, Pno, Harpa e perc obras a compositores com a respetiva apre- Mezzo-Sop, Fl, Cl, Vl, Vla, Vlc, Pno, Harpa e perc sentação pública e divulgação. I – Notre-Dame d’Amour *Estreia Mundial. II – Baise m’encor Paralelamente, o GMCL realiza uma regular III – Ma douce amour e fecunda ação pedagógica de divulgação, de criação de públicos e de formação de novos maestros e intérpretes. Fundado em 1970 por Jorge Peixinho, com pública aconteceu no Festival de Sintra de Os últimos trabalhos discográficos do GMCL a colaboração de Clotilde Rosa, António Oli- 1970, mantendo, desde então, uma constante com música de Jorge Peixinho, editados por veira e Silva, Carlos Franco e António Reis regularidade nas suas apresentações no país, “La Mà de Guido” (LMG 4004, 4008 e 2147) Gomes – aos quais se juntaram José Lopes e incluindo gravações para a rádio e televisão. mereceram o aplauso entusiástico e unânime Silva e outros instrumentistas e cantores – o Logo em 1972, teve a sua primeira deslocação da crítica especializada, bem como o duplo Grupo de Música Contemporânea de Lisboa ao estrangeiro, participando no Festival de CD Caminhos de Orfeu (LMG 2115) com (GMCL) é o primeiro grupo português de Arte Contemporânea de Royan. diversas obras encomendadas pelo Grupo. música contemporânea, desempenhando Ao longo dos seus quase 50 anos de existência, um papel histórico de vanguarda na abertura o GMCL apresentou-se em numerosos países, da sociedade portuguesa à estética musical nomeadamente em concertos e festivais de do seu tempo. A sua primeira apresentação

44 45 18 ABRIL ENTRADA PAVILHÃO ORQUESTRA ACADÉMICA FILARMÓNICA QUINTA GRATUITA MULTIUSOS PORTUGUESA COM PAVEL GOMZIAKOV 2 1 H 0 0

Orquestra Académica Filarmónica Portuguesa A convite da Orquestra Nacional da Tailândia, com Pavel Gomziakov RUS dirigiu, numa ocasião muito especial, o con- certo de gala comemorativo do 70.º aniversário de Sua Majestade a Rainha Sirikit da Tailândia. No Japão dirigiu a Super World Orchestra. Entre 2001 e 2007, percorreu as principais cidades e salas de concerto daquele País e participou de gravações e produções de TV para o Festival Internacional de Música de TOBIAS GOSSMANN Tóquio. Voltou ao Japão em 2009 e 2013 com a Symphony Orchestra Camerata XXI e Tobias Gossmann nasceu em Siegen, na Ale- novamente em 2017 com a Orchestra Inter- manha. Formou-se na Universidade de Música nazionale d’Italia. e Artes Cénicas em Viena, na Áustria, onde estudou violino, piano e direção de orquestra. De 2003 a 2016 foi Diretor Musical e Maestro Esta instituição de prestígio concedeu-lhe o Principal da Orquestra Sinfónica Camerata diploma artístico com honra e louvor. XXI em Tarragona. A sua carreira profissional começou como Recentemente, em 2018, foi nomeado Dire- líder e concertino da Orquestra de Câmara tor Artístico e Maestro Principal da Orquestra Vienense “ Ensemble”. Mais Filarmónica da Universidade de Alicante, em PROGRAMA tarde ocupou o cargo de concertino associado Espanha. A Orquestra Académica Filarmónica Portu- na Orquestra Sinfónica da Casa de Ópera de guesa tem como principal missão a formação ANA DE ATAÍDE MAGALHÃES (n. 1974) Barcelona, o “Gran Teatre del Liceu”, por mais dos jovens mais talentosos do país na sua “In Memoriam” de dez anos. Participou em concertos e gra- atividade orquestral, mas sobretudo incutir vações com alguns dos mais famosos artistas nestes jovens uma nova visão criativa. Os EDWARD ELGAR (1857-1934) internacionais, incluindo nomes como Ricardo jovens academistas são sobretudo estimula- Concerto para violoncelo em mi menor, Op.85 Muti, Lorin Maazel, Zubin Mehta, Bernhard dos a desenvolver novos projetos e criações I. Adagio – Moderato Haitink, Sir Neville Marriner, Gianandrea artísticas, num quadro mais adequado às II. Lento – Allegro molto Noseda, Peter Schneider, Plácido Domingo, tendências estéticas da atualidade. Os jovens III. Adagio Luciano Pavarotti, Josep Carreras, Alfredo academistas podem, nela, ser os principais IV. Allegro – Moderato – Allegro, ma non-troppo – Kraus, Montserrat Caballé, Agnes Baltsa e “braços” do projeto Discovery. Poco più lento – Adagio Edita Gruberova. Nesta orquestra, os músicos são seleciona- PAVEL GOMZIAKOV A partir de 1999 decidiu dedicar-se mais à (1833-1897) dos por concurso nacional, realizado todos direção de orquestra, celebrando a sua estreia Pavel Gomziakov nasceu na cidade de Tchai- Sinfonia n.º 2 em Ré Maior, op. 73 os anos no mês de Dezembro. oficial com a Orquestra Nacional de Câmara kovsky, na região dos Urais, na Rússia. Estu- I. Allegro non troppo O número de Academistas oscila entre 55 e de Andorra na estreia mundial da música de dou na Academia Gnessin e no Conservatório II. Adagio non troppo 65 músicos em função dos programas e con- ballet “Terra Baixa” (Planície) escrita pelo de Moscovo, com Dmitri Miller e na Escola III. Allegretto grazioso (quasi andantino) teúdos programáticos de cada ano.A sede da compositor catalão Albert Guinovart. Superior de Música Rainha Sofia, em Madrid, IV. Allegro con spirito Orquestra Académica Filarmónica está fixada com Natalia Schakhovskaya. Diplomou-se Desde então tem vindo a ser convidado da Fes- em Viseu, local onde decorrem os ensaios e pelo Conservatório Nacional de Paris, na tival Orchestra of Canford (Inglaterra), da Folk- trabalhos de operacionalidade da estrutura. classe de Philippe Muller. wang Chamber Orchestra Essen (Alemanha), da A direção artística está a cargo do maestro Radio FM Orchestra Sofia (Bulgária), da Radio Pavel Gomziakov estreou-se nos Estados Osvaldo Ferreira e de professores contratados Orchestra Pilsen (República Checa), da George Unidos da América em 2010, com a Sinfónica FICHA ARTÍSTICA para os trabalhos de pré-preparação, audi- Enescu Philharmonic Orchestra (Romênia), da de Chicago, sob a direção de Trevor Pinnock. ções e ensaios. Cadaqués Orchestra, da Orquestra Filarmónica Desde então, tem atuado regularmente na Orquestra Académica Filarmónica Portuguesa de Oviedo e Orquestra Extremadura (Espanha), Europa, nas Américas e no Japão. Compro- Pavel Gomziakov – Violoncelo da Bottega Armonica e Orquestra Internazionale missos recentes incluíram apresentações com Tobias Gossmann – Direção d’Italia (Itália), entre outras.

46 47 ORQUESTRA ACADÉMICA FILARMÓNICA 21 ABRIL ENTRADA SÉ DE PORTUGUESA COM PAVEL GOMZIAKOV DOMINGO GRATUITA VISEU 2 1 H 0 0 a Orquestra de Câmara Finlandesa, a Orques- Orquestra Filarmonia das Beiras tra do Capitólio de Toulouse, a Orquestra e Coro Voz Nua Nacional Russa, a Sinfónica de Seattle, a Orquestra Gulbenkian, I Pomeriggi Musicali Milano, a Südwestdeutsche Philharmonie Konstanz, a Orquestra de Avignon, a Filarmó- nica Nacional da Rússia, a Nova Filarmónica do Japão, a Orquestra de Câmara de Londres, a Orquestra Nacional de Montpellier, ou a Orquestra Nacional de Lille, sob a direção de maestros como Jukka-Pekka Saraste, Jesús López Cobos ou Christopher Wareen-Green, entre outros. Na Rússia, atuou no Festival Noites Brancas, em São Petersburgo, a convite do maestro Valery Gergiev. Pavel Gomziakov colaborou com a pianista Maria João Pires num disco dedicado a Chopin (DG, 2009) que foi nomeado para um Grammy. Atuaram juntos em várias ocasiões na Europa, no Extremo Oriente e na América do Sul, incluindo auditórios como o Théâtre PROGRAMA des Champs-Élysées, em Paris, o Victoria Hall, em Genebra, o Teatro Real de Madrid, I parte II parte a Philharmonie de Colónia, o Konzerthaus JOHANN S. BACH (1685-1750) GEORGE F. HANDEL (1685-1759) de Viena e o Sumida Tryphony, em Tóquio. Cantata Bleib bei uns, denn es will Abend werden, BWV 6 Dixit Dominus, HWV 232 No domínio da música de câmara, colabora I. Bleib bei uns, denn es will Abend werden I. Dixit Dominus também com Augustin Dumay, Louis Lortie, II. Hochgelobter Gottessohn II. Virgam virtutis Andrei Korobeinikov, Vanessa Wagner e Anas- III. Ach bleib bei uns, Herr Jesu Christ. In dieser let- III. Tecum principium tasya Terenkova. Em 2016 foi lançada uma zt’n betrübten Zeit IV. Juravit Dominus gravação de Concertos para Violoncelo de IV. Es hat die Dunkelheit an vielen Orten V. Tu es sacerdos Haydn (Onyx), com a Orquestra Gulbenkian, V. Jesu, laß uns auf dich sehen VI. Dominus a dextris tendo Pavel Gomziakov tocado o Violoncelo VI. Beweis dein Macht, Herr Jesu Christ VII. Judicabit Stradivarius Chevillard – Rei de Portugal, de VIII. Conquassabit 1725, por generoso empréstimo do Museu IX. De torrente in via Nacional da Música. X. Gloria Patri

GEORGE F. HANDEL (1685-1759) Hallelujah! (de O Messias, HWV 56)

FICHA ARTÍSTICA

Orquestra Filarmonia das Beiras André Lacerda – Tenor Coro Voz Nua (Aoife Hiney, maestrina) Luís Rendas Pereira – Barítono Carolina Andrade – Soprano João Santos – Órgão Mariana Caldeira – Soprano António Vassalo Lourenço – Direção João Pedro Azevedo – Contratenor

48 49 ORQUESTRA FILARMONIA ORQUESTRA FILARMONIA DAS BEIRAS E CORO VOZ NUA DAS BEIRAS E CORO VOZ NUA

6. Coral (Coro) NOTAS DO PROGRAMA Beweis dein Macht, Herr Jesu Christ, Mostra a tua força, Senhor Jesus Cristo, Der du Herr aller Herren bist; Tu que és o Senhor dos Senhores! JOHANN S. BACH (1685-1750) Beschirm dein arme Christenheit, Protege a tua Cristandade aflita Cantata Bleib bei uns, denn es will Abend warden, BWV 6 Dass sie dich lob in Ewigkeit. Para que possa louvar-te eternamente.

1. Solistas e Coro Bleib bei uns, denn es will Abend werden, und der Fica connosco, pois a tarde cai e o dia termina. GEORGE F. HANDEL (1685-1759) Tag hat sich geneiget. Dixit Dominus, HWV 232

2. Aria (Contralto) 1. Solistas e Coro Hochgelobter Gottessohn, Filho de Deus bem amado, Dixit Dominus Domino meo: Disse o Senhor ao meu senhor: Laß es dir nicht sein entgegen, Permite que não seja mal recebidos, Sede a dextris meis, Donec ponam inimicos Senta-te à minha direita até que eu ponha teus Dass wir itzt vor deinem Thron Agora que nós, diante do teu trono tuos scabellum pedum tuorum. inimigos como apoio de teus pés. Eine Bitte niederlegen: Depositamos uma prece: Bleib, ach bleibe unser Licht, Fica, fica a ser a nossa luz, Weil die Finsternis einbricht. Que as trevas não prevaleçam! 2. Aria (Contralto) Virgam virtutis tuae emittet Dominus ex Sion: Desde Sião Deus estenderá o seu cetro poderoso e dominare in medio inimicorum tuorum. dominará os teus inimigos. 3. Coral (Soprano) Ach bleib bei uns, Herr Jesu Christ, Ah, fica connosco, senhor Jesus Cristo, Weil es nun Abend worden ist, Pois a tarde já caiu, 3. Coral (Soprano) Dein göttlich Wort, das helle Licht, Que tua palavra divina, essa radiante luz, Tecum principium in die virtutis tuae A ti pertencem as honras sagradas e o principado Laß ja bei uns auslöschen nicht. Nunca se extinga entre nós! splendoribus sanctorum. desde o dia do teu nascimento, eu mesmo te criei Ex utero ante luciferum genui te. desde a aurora da tua juventude. In dieser letzt’n betrübten Zeit Neste tempo de aflição Verleih uns, Herr, Beständigkeit, Concede-nos, senhor, o Dom da Constância, 4. Coro Dass wir dein Wort und Sakrament Para que a tua palavra e sacramento Juravit Dominus et non paenitebit eum: Deus jurou e não voltará atrás: Rein b’halten bis an unser End. Nos mantenham puros até nosso fim.

4. Recitativo (Baixo) 5. Coro Tu es sacerdos in aeternum secundum Tu és sacerdote para sempre segundo Es hat die Dunkelheit Agora as trevas ordinem Melchisedech. a ordem de Melquisedeque. An vielen Orten überhand genommen. Cobrem de sombra muitos lugares. Woher ist aber dieses kommen? Por que nos acontece isto? Bloß daher, weil sowohl die Kleinen als die Großen A razão é que os humildes e os poderosos 6. Solistas e Coro Nicht in Gerechtigkeit Não seguem retamente Dominus a dextris tuis, O Senhor está à tua direita Vor dir, o Gott, gewandelt Até ti, ó Deus, o caminho confregit in die irae suae reges. ele esmaga os reis no dia da sua ira. Und wider ihre Christenpflicht gehandelt. E não cumprem o seu dever como cristãos. Drum hast du auch den Leuchter umgestoßen. Por isso lhes foi retirada a luz. 7. Coro Judicabit in nationibus, Implebit ruinas, Ele julga as nações, semeará ruínas pela 5. Aria (Tenor) conquassabit capita in terra multorum. imensidão da terra. Jesu, lass uns auf dich sehen, Jesus, deixa-nos ver-te Dass wir nicht Para que não 8. Dueto (Soprano 1 e 2) e Coro Auf den Sündenwegen gehen. Caminhemos pela senda do pecado. De torrente in via bibet, No caminho bebe da torrente Laß das Licht Deixe que a luz propterea exaltabit caput. e por isso levanta a cabeça. Deines Worts uns heller scheinen Da tua palavra brilhe para nós Und dich jederzeit treu meinen. E possamos sempre desfrutar do teu favor.

50 51 ORQUESTRA FILARMONIA ORQUESTRA FILARMONIA DAS BEIRAS E CORO VOZ NUA DAS BEIRAS E CORO VOZ NUA

9. Coro Cantou em diversos grupos profissionais entre Gloria Patri, et Filio, et Spiritui Sancto, Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, os quais o Coro Gulbenkian, entre 1982 e Sicut erat in principio, et nunc, et semper, Assim como era no princípio, agora e sempre, 1993, e dirigiu diversos coros em Portugal. A et in saecula saeculorum. Amen. Por todos os séculos dos séculos, Amém sua carreira como Maestro iniciou-se no Coro Regina Coeli tendo obtido com este grupo pré- mios em concursos internacionais.

GEORGE F. HANDEL (1685-1759) Frequentou cursos de Direção Coral em Hallelujah! (de O Messias, HWV 56) Portugal, Espanha, França e Bélgica, onde trabalhou com Manuel Cabero, Josep Prats (Barcelona), Erwin List (Strasbourg), Hélène Hallelujah! Hallelujah! Aleluia! Aleluia! CAROLINA ANDRADE Guy (Lyon), Edgar Saramago, Fernando Eldoro (Lisboa), Paul Brandevick (Boston), Johan Carolina Andrade iniciou os seus estudos For the lord God omnipotent reigneth, O Senhor Deus onipotente reina, Duijck (Gent) e Laszlo Héltay (Londres) e reali- musicais na Escola de Música do Conserva- Hallelujah! Hallelujah! Aleluia! Aleluia! zou também estudos de Direção de Orquestra, tório Nacional. Concluiu o Curso Secundário desde 1990, em Portugal, Espanha e França de Canto no Instituto Gregoriano de Lisboa, The kingdom of this world is become O reino deste mundo se tornou, com Octave Calleya (Roménia), Jeno Rehah com os professores Elsa Cortez e Armando The kingdom of our Lord and of His Christ, O reino do nosso Senhor e do seu Filho, (Hungria), Ernst Schelle (Alemanha) e Jean- Possante. Foi solista em vários projetos com And He shall reign forever and ever E Ele reinará para sempre e sempre. -Sébastien Béreau (Paris). Foi aluno da classe a Orquestra Filarmonia das Beiras: “Magnifi- de Direção da Orquestra Metropolitana de cat” de Bach no Mosteiro da Batalha, a ópera King of kings forever and ever Ao Rei dos reis eternamente e sempre Lisboa, sob a orientação de Jean-Marc Burfin. “Casinha de Chocolate” e o teatro musical “O And Lord of lords forever and ever E Senhor dos senhores eternamente e sempre Mundo Mágico da Bela e o Monstro”, no Teatro King of kings and lord of lords Rei dos reis, Senhor dos senhores Foi fundador e Maestro Adjunto da Orquestra Aveirense. Participou na ópera “Dido e Eneias” da Juventude Musical Portuguesa e Assistente no Festival de Música Cidade de Almada, e foi And He shall reign forever and ever E Ele reinará, para sempre e sempre. de Direção da Concert Orchestra de Cincin- protagonista da ópera “Ohneama” no “Festival Hallelujah hallelujah! Aleluia, aleluia! nati. Como maestro convidado dirigiu diver- Terras sem Sombra”, em Serpa. Frequenta o sas orquestras e coros em Portugal, Espanha, último ano da Licenciatura em Música na Uni- França e nos Estados Unidos da América. versidade de Aveiro com a professora Isabel audições modernas e gravações de obras de Desde 1987 tem participado, como monitor, Alcobia. Frequentou masterclasses e aulas com compositores portugueses. em diversos Cursos de Direção Coral e tem Noa Frenkel, Rita Dams, Catrin Wyn-Davies, sido Diretor Musical de peças teatrais. Gerda van Zelm, Lenie van den Heuvel, Karin Em 1996 terminou o mestrado em Direção de van der Poel, Margarida Natividade, Pierre Mak Coro e Orquestra pela Universidade de Cin- Foi Diretor Artístico do Festival Internacio- e Ulrike Sonntag. cinnati (E.U.A.), onde também foi Assistente, nal de Música de Aveiro entre 2000 e 2004 e tendo concluído o Doutoramento em Direção desempenhou o cargo de Coordenador Artís- de Orquestra em 2005. Nesta universidade tico da Orquestra Sinfónica Portuguesa e do estudou Orquestração com Samuel Adler, Coro do Teatro Nacional de S. Carlos entre Direção de Coro com Elmar Thomas, Earl 2002 e 2003 e é atualmente Diretor Artístico Rivers e John Leman e Direção de Orquestra do Festival Música em Leiria. ANTÓNIO VASSALO LOURENÇO com o Maestro e Compositor Gerhard Samuel Em 2006 criou o Estúdio de Ópera de Centro, Diretor Artístico da Orquestra Filarmonia das e ainda com Christopher Zimmerman, de projeto que tem desenvolvido importante ati- Beiras desde 1999 e responsável pelas clas- quem foi Assistente de Direção. vidade formativa e tem realizado por todo o ses de Coro Orquestra e Direção da Univer- A sua formação e atividade musicais inicia- país produções de ópera que incluem, para sidade de Aveiro desde 1997, foi fundador da ram-se aos 8 anos na Fundação Calouste Gul- além da apresentação de importantes óperas Orquestra Sinfonietta de Lisboa desde 1995, MARIANA CALDEIRA benkian onde estudou violino e fez parte do de repertório, produções em português, ópera sendo ainda seu Maestro Adjunto, e foi Dire- Coro Infantil. Estudou Canto na Academia dos portuguesa e ópera para crianças. Mariana Caldeira Pinto iniciou os seus estu- tor e Maestro Titular do Coro Regina Coeli Amadores de Música com a professora Maria dos com a professora Rute Dutra na Escola entre 1983 e 2008. Com estes grupos tem Foi diretor do Departamento de Comunica- Amélia Abreu tendo concluído em 1990 o Curso de Música do Conservatório Nacional em dado particular atenção à música portuguesa, ção e Arte da Universidade de Aveiro entre Superior no Conservatório Nacional de Lisboa Lisboa depois de pertencer, durante 11 anos, tendo realizado diversas estreias, primeiras 2011 e 2015. na classe da professora Filomena Amaro. ao Coro Infantil da Universidade de Lisboa,

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sendo este o ponto de partida do seu interesse entre outras. André interpretou também dos musicais aos 13 anos, na Academia de encenadores Cláudio Hochman, Manuela pela música. Atualmente é aluna da profes- alguns papeis de relevo em produções de Música de Vila Verde. Ingressou mais tarde Ferreira, José Geraldo e Carla Lopes. sora Isabel Alcobia, frequentando o 2.º ano de ópera, nomeadamente o papel de Ferrando no Conservatório de Música Calouste Gul- Foi distinguido, em 2009, com o prémio licenciatura na Universidade de Aveiro. em Così Fan Tutte e D. Basílio em Le Nozze di benkian de Braga, onde concluiu o 8.º grau Paul Harris pelo Rotary Club de Vila Verde, Figaro, de W. A. Mozart; Orphée em Orphée de guitarra. Durante esse período, iniciou De entre todos os projectos ao qual já per- na qualidade de melhor aluno da Academia aux Enfer, de J. Offenbach; Clem e Alfred o estudo do canto com a soprano Liliana tenceu destacam-se a ópera ‘Dido e Eneias’ e de Música de Vila Verde, e em 2018 foi-lhe em Little Sweep, de B. Britten; Begónia em Nogueira. Terminou em 2017, com a classifi- ‘Fairy Queen’, as óperas para crianças ‘Hansel atribuída uma bolsa de estudo para integrar O Rapaz de Bronze, de Nuno Côrte-Real; D. cação de 18 valores, a Licenciatura em Canto, e Grethel’ e ‘A menina gotinha de àgua’ e o os cursos e concertos do Festival Zêzere Arts, Fuas em As Guerras do Alecrim e Manjerona, na Universidade de Aveiro, sob a orientação ‘Magnificat’ de Bach. em Tomar e Ferreira do Zêzere. de A. J. da Silva, entre outros. Fez ainda parte da professora Isabel Alcobia. Encontra-se a Já trabalhou diversas vezes com o grupo do elenco de produções semi-encenadas, tais terminar o Mestrado em Ensino de Música na Participou em 2017 no 2.º festival de música Músicos do Tejo e com a Orquestra Filarmo- como: Le Bourgeois Gentilhomme, de J. B. mesma instituição. de Fânzeres e São Pedro da Cova, interpre- nia das Beiras. Lully no Festival Dias da Música’s Festival, no tando excertos de ópera e oratória de G. F. Com uma atividade performativa ainda Centro Cultural de Belém, Idylle sur la Paix, Händel, nomeadamente Rinaldo e O Messias, Frequentou masterclasses e aulas com diver- recente, tem vindo a apresentar-se com de J. B. Lully e Les Arts Florissants, de M. A. com a Orquestra Filarmonia das Beiras e sob sos professores como Jill Feldman, Margarida alguma regularidade em espaços nacionais Charpentier no Grande Auditório da Funda- a direção do maestro António Vassalo Lou- Natividade, Lenie van den Heuvel, Noa Fren- e em diferentes géneros e estilos musicais: ção Calouste Gulbenkuan. renço. Foi convidado, no mesmo ano, para o kel, Rita Dams, Catrin Wyn-Davies, Gerda van destacam-se, no domínio da ópera, os papeis IX Festival de Música Antiga dos Açores, cola- Zelm e Karin van der Poel. Faz parte da formação base do Coro Casa da de seconda polizia, na estreia nacional de borando com a Accademia Barocca Italiana e Música desde 2015 e colabora com regulari- Pinocchio de Pierangelo Valtinoni e Dritter com o maestro Stefano Molardi. dade com algumas das orquestras e ensem- Knabe em A Flauta Mágica de W. A. Mozart; bles mais importantes do país como o Remix no campo da oratória apresentou-se como Frequentou masterclasses e cursos de aper- Ensemble, Orquestra Sinfónica do Porto/Casa solista em Natalitiae Noctis Responsoria de feiçoamento vocal com Pierre Mak, Helen da Música, Orquestra das Beiras, Orquestra Duarte Lobo, Stabat Mater e Magnificat de G. Lawson, Sara Braga Simões, João Lourenço, do Norte e Orquestra de Guimarães, bem B. Pergolesi, Magnificat RV 610 de A. Vivaldi, Liliana Bizineche, Ulrike Sonntag, Nacho como com os principais ensembles nacio- Paixão segundo S. João e excertos da cantata Rodriguez, Dmitri Batagov, Margarida Natavi- nais de música antiga: Ludovice Ensemble, Vergnügte Ruh, beliebte Seelenlust de J. S. dade e mais recentemente com Brian Mackay. Divino Sospiro, Orquestra Barroca da Casa Bach; integrou ainda os musicais Arquivo e da Música e Os Músicos do Tejo. Por este rio acima, produzidos pelo CMCGB no Theatro Circo, e as personagens ‘lorde De entre os seus próximos compromissos ANDRÉ LACERDA resmungão’ em O Feiticeiro de Oz, ‘primeira destacam-se o Te Deum, de Charpentier enguia’ em A história da Pequena Sereia e Licenciado em Música – Canto pela Univer- (Leiria); Missa em Si menor, de J. S. Bach ‘Lumierre’ em O Mundo Mágico da Bela e o sidade de Aveiro (2015) onde estudou com (Casa da Música/Porto); Maddalena ai piedi Monstro, musicais produzidos pela Orquestra Isabel Alcobia, André Lacerda continuou o seu di Cristo, de A. Caldara (La Valletta, Malta); Filarmonia das Beiras. percurso académico na ESMAE, tornando-se entre outros. mestre em Interpretação Artística (2017) e em Trabalhou repertório de câmara em várias Ensino da Música (2018). formações e estilos musicais, destacando-se as obras Stabat Mater de A. Vivaldi, Quatro Do seu vasto e versátil repertório de oratória LUÍS RENDAS PEREIRA Momentos de Álvaro de Campos de F. Lopes- e concerto destacam-se as seguintes obras: -Graça, o ciclo Gedichte der Königin Maria Luís Rendas Pereira tem-se apresentado regu- Paixão Segundo S. João, Paixão Segundo Stuart de R. Schumann e os motetes fürchte larmente como solista no âmbito da ópera, S. Mateus, Magnificat, para além de diver- dich nicht e komm Jesu komm de J. S. Bach. oratória e canção. Estudou no Instituto Gre- sas cantatas para tenor solo de J. S. Bach; Teve orientação de professores como António goriano de Lisboa. Ingressa no Curso Superior Vespro della beata vergine de C. Monteverdi; Chagas Rosa, Helena Marinho, António Vas- de Música na Universidade de Aveiro, onde Die Sieben letzten worte unseres Erlösers salo Lourenço e Shau Ling. conclui a Licenciatura em Música e o Mes- am Kreuze de J. Haydn; Requiem de W. A. trado em Ensino de Música. Mozart; Messias de Handel; Stabat Mater e Colaborou com maestros como Stefano JOÃO PEDRO AZEVEDO Requiem de A. Caldara; Sinfonia n.º2 de F. Molardi, António Vassalo Lourenço, Paulo Destacam-se as participações operáticas Mendelssohn; Serenade for tenor, horn and Natural do Porto e residente na cidade de Matos, Joaquim Jorge Ribeiro, Ernesto Coelho como protagonista em Le Nozze di Figaro string op.31; Perseo de J. Sousa Carvalho; Braga, João Pedro Azevedo iniciou os estu- e Carlos Marques. Trabalhou ainda com os (Conde), Cosi fan tutte (Guglielmo) e Der

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Schauspieldirektor (Buff) de W. A. Mozart, Paul McCreesh, entre outros. do Allegretto da 7.ª Sinfonia de L. Van Bee- The Old maid and the thief (Bob), O telefone thoven arrecadou o primeiro prémio no con- Durante o seu percurso na Universidade de (Ben) de G. Menotti e La Serva Padrona curso internacional de composição “Órgãos Aveiro foi aluno da soprano Isabel Alcobia. (Uberto) de G. B. Pergolesi – as últimas duas de Mafra”, 2017. Fez o seu aperfeiçoamento artístico na A2DV, em versões portuguesas. Trabalhou com frequentando o “Vocal Performance Certifi- João Santos é pianista acompanhador do os Encenadores Mário Moutinho, Claudio cate” com Patricia MacMahon e Carla Cara- dueto de contratenores ENCANTO, com quem Hochman, António Durães, Cláudia Marisa, mujo, tem trabalhado regularmente Lieder apresenta uma regularidade de concertos por Paulo Lapa, Kevin Phela, Roberto T. Vecchia e com Wolfgang Holzmair. Conclui em 2017 todo o País, bem como em inúmeras digres- Leandro Alves e José Rui Martins. Cantou com uma Pós-Graduação em Ópera na ESMAE. sões no estrangeiro, nomeadamente França, a Orquestra Filarmonia das Beiras, Orques- Trabalha regularmente com os professores JOÃO SANTOS Suíça, Brasil, Estados Unidos, Bélgica, Ingla- tra ESMAE, Orquestra do Zêzere Festival Susan Waters e Pierre Mak e tem participado terra, Alemanha e Eslováquia. Arts, sob direcção dos maestros A. Vassalo João Santos é licenciado em Música Sacra em inúmeras masterclasses de canto a nível Lourenço, A. Saiote, J. Ferreira Lobo e Brian pela Escola das Artes da Universidade Cató- De 2010 a 2018, João Santos foi organista nacional e internacional, de onde se destacam Mackay, entre outros. lica Portuguesa – Porto, onde estudou com titular do Santuário de Fátima. É organista os professores Francisco Lazaro, Brian Gill, Luca Antoniotti (Órgão), Eugénio Amorim titular da Catedral de Leiria desde 2007. Interpretou um vasto repertório no âmbito da Peter A. Wilson, Håkan Hagegård, Norma (Composição e Direcção de Coros), Cesário oratória e concerto. Destacam-se a participa- Enns, Stephen Robertson, Lina Maria Akerlund, Costa (Direcção de Orquestra), Anselm Hart- ção no “Te Deum” de Charpentier, o papel de Ulrika Sonntag e interpretação com João Paulo mann (Piano), entre outros. Adão em “A Criação” de J. Haydn, os solos Santos, Enza Ferrari e Miquel Ortega Pujol. nas cantatas BWV 36, 62, 133, 4.ª cantata João Santos tem-se destacado nas áreas de Luís Rendas Pereira foi vencedor do 1.º da Oratória de Natal, Magnificat (gravado Órgão e Composição, tanto a nível nacional, prémio (ex-aequo) no Concurso Internacional para a RTP) e Missa em Si menor de Bach. com o 2.º prémio no Concurso Nacional de de Santa Cecília em 2013 e do 3.º prémio Cantou já os solos dos “Requiem” de W. A. Órgão do Instituto Gregoriano de Lisboa no XV Concurso Internacional Cidade do Mozart, G. Fauré e M. Duruflé e F. Delius. (2007), como internacionalmente, con- Fundão em 2014 e 2016. Tem-se apresen- Merecem também referência a participa- tactando com célebres organistas como T. tado desde 2014 em vários recitais com a ção como barítono solista no “Das Berliner Jellema, W. Zerer, M. Bouvard, J. Janssen, pianista Rita Seara em espaços como o Teatro Requiem” de Kurt Weil, 9.ª sinfonia de L. V. F. Espinasse, O. Latry, D. Roth, L. Scandali, do Campo Alegre e Casa da Música (Porto), CORO VOZ NUA Beethoven e a Cantata Gnóstica de Jorge Sal- entre outros. Pavilhão Centro de Portugal (Coimbra), Casa gueiro. Nos concertos referidos apresentou-se O coro de câmara Voz Nua foi fundado em de Fralães (Barcelos) Hotel Moliceiro (Aveiro) Participou nos prestigiados concursos inter- com diversas orquestras e formações como a 2012, inicialmente no âmbito de um projeto e também em França no Festival de Mesnil nacionais de órgão em Alkmaar, (Holanda), Orquestra Filarmonia das Beiras, Orquestra académico de curto prazo que acabou por se Saint Martin, entre outros, com especial Freiberg, (Alemanha) e Innsbruck (Áustria). Clássica da Madeira, Orquestra Barroca da estender. Voz Nua é aberto a todos os que destaque à canção portuguesa. É professor Efectua regularmente concertos por todo o Casa da Música, Orquestra Clássica de Espi- querem cantar, sem a necessidade de for- de Canto, Coro e Classes de Conjunto no país e estrangeiro, de onde se destacam a nho, Remix Ensemble, Orquestra do Norte, mação prévia na área da música, o que tem Conservatório de Música e Artes do Dão. Catedral de Westminster (Londres), o Orgel- Orquestra ESART, entre outras. Para além de resultado num grupo heterogéneo de várias Tem preparado diversos alunos premiados festival Rhür (Alemanha), a Catedral de Notre maestros anteriormente referidos foi dirigido idades, experiências e nacionalidades. Em em concursos de canto e candidatos aptos Dame de Paris, o St. Christoph Summer Fes- por Lawrence Cummings, Paul Hillier, Cesário 2016 constituiu-se como associação cultural ao ensino superior. Dirige também o Coro tival (Vilnius), entre outros. Foi solista com Costa, Baldur Brönnimann, A. Vassalo Lou- sem fins lucrativos e em 2017 aumentou a Magnus D’Om (Filarmónica de Santa Comba a Orquestra Clássica da Madeira durante o renço, Vasco Negreiros e Gonçalo Lourenço. sua atividade, constituindo mais três coros (o Dão), com os qual tem apresentado dezenas Festival Internacional de Órgão da Madeira, Voz Pop, o coro juvenil Novas Vozes e o coro Integra desde 2011 a formação base do Coro de concertos. É director vocal nas produções 2014. Como compositor, obras suas têm sido infantil Voz Nua Júnior) para diversas faixas da Casa da Música onde tem interpretado os de Teatro Musical AMAD “Da pedra lascada reconhecidas internacionalmente, sendo fina- etárias, e organizando um festival internacio- mais variados repertórios das mais diversi- à Broadway” (2017) e “O Homem de La lista no Simon Carrington Chamber Singers nal de coros (o FICA), sob a direção artística ficadas épocas, desde a idade média até ao Mancha” (2018) e “A queima do Galo” (2019) Choral Composition Competition (E.U.A.) e de Aoife Hiney. século XXI, desde repertório de câmara como com direcção artística de José Rui Martins. É no Musicaficta International Choral Composi- até ao repertório sinfónico e onde tem feito professor de Técnica Vocal no Zêzere Festi- tion Competition (Itália). No seguimento deste O nome, uma combinação da língua portu- vários solos. Trabalhou com maestros como val Arts desde 2015 e convidado para leccio- último, as suas obras Jesu Dulcis Memoria e guesa e da língua gaélica, representa a diver- Christoph König, Paul Hillier, Simon Carrin- nar Canto nos VI Ciclo de Masterclasses do Tryptich foram selecionadas para publicação sidade cultural do grupo. Em gaélico a palavra gton, Philip Pickett, Laurence Cummings, Orfeão de Leiria e nos Cursos da Escola de pela editora Edition Ferrimontana, sediada na ‘nua’ significa novo e fresco. Em português a Martin Andre, Michail Jurowsk, Olari Elts, Música de Esposende. Alemanha. A sua transcrição para seis órgãos mesma palavra significa despida. Desta forma,

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Voz Nua remete para ‘voz pura’ ou ‘voz sem Também sob estes princípios, apresenta, desde regularmente dirigida por alguns maestros Sinfonias de António Victorino d’ Almeida, instrumentos’. A criação do nome deste pro- 2006, produções de ópera diversas (infantil, de estrangeiros e pelos mais conceituados sob a direcção do próprio (2009). Outras jeto considerou a polissemia da palavra como repertório ou portuguesa). maestros em atividade em Portugal e tem áreas musicais como a música para filmes metáfora do repertório e dos objetivos do colaborado com músicos de grande prestígio ou o teatro musical são também incluídas, Do seu vasto histórico de concertos cons- coro, nomeadamente a diversidade de estilos nacional e internacional, de onde se destacam de forma a chegar ecleticamente ao público, tam participações nos principais Festivais de repertório e a interpretação de música de os violinistas Régis Pasquier, Valentin Stefa- através da colaboração com diversos artistas de Música do país (Algarve, Aveiro, Coim- compositores vivos. nov e Wojciech Garbowski, os violoncelistas do panorama nacional e internacional onde bra, Estoril, Évora, Gaia, Guimarães, Leiria, Irene Lima, Paulo Gaio Lima, Teresa Valente se incluem Maria João, Mário Laginha, Ber- Desde 2012 o Coro de Câmara Voz Nua Lisboa, Maia, Óbidos, Porto, Póvoa de Varzim, Pereira e Aliaksandr Znachonak, os flautistas nardo Sassetti, Dulce Pontes, David Fonseca, apresentou mais de 20 estreias mundiais, Festa da Música e Dias da Música do Centro Patrick Gallois, Felix Renggli e Istavn Matuz, Nuno Guerreiro, Mariza, Gilberto Gil, Carlos participou em duas competições internacio- Cultural de Belém) e do estrangeiro (Festival os oboístas Pedro Ribeiro, Alex Klein e Jean do Carmo, Alessandro Safina, Maria Amélia nais e lançou dois albuns (Nativitas, 2015; de Guyenne, França, em 1998, Festival de Michel Garetti, os pianistas Pedro Burmes- Canossa, Nancy Vieira, André Sardet, Paulo Vox Pop, 2017). O coro tem interpretado um Mérida, Espanha, em 2004, Concurso Inter- ter, Jorge Moyano, António Rosado, Miguel Flores, Rui Reininho, Camané, Luís Represas, vasto repertório e colaborou com diversos nacional de Piano de Ferrol, Espanha, como Borges Coelho, Gabriela Canavilhas, Adriano Carminho, João Gil, Boss AC, Vitorino, Paulo artistas e ensembles, tais como a Orquestra orquestra residente, em 2007) ou importan- Jordão, Anne Kaasa, Valery Starodubrovsky, de Carvalho, Rui Veloso, James, Cristina Filarmonia das Beiras ou o grupo de rock tes cooperações e co-produções com outros Valerian Shiukaschvili e Filipe Pinto-Ribeiro, Branco ou Gisela João. SOUQ, e participou em diversos projetos, organismos artísticos. São estes os casos de os guitarristas Carlos Bonell, Alex Garrobé, como festivais de música, backing vocals em espectáculos no Coliseu de Recreios de Lisboa Estrutura Financiada pelo Ministério da Cul- Aliéksey Vianna, Jozef Zsapka, Paulo Vaz de gravações e programas de rádio. O coro tem (com a companhia Cirque du Soleil, em 2000) tura / Direção-Geral das Artes. Carvalho e Pedro Rodrigues, ou o saxofonista ainda representado Aveiro em eventos nacio- e no Coliseu do Porto (concertos Promenade); Henk van Twillert, assim como os cantores nais e internacionais. da interpretação da música de Bernardo Sas- Elsa Saque, Elisabete Matos, Isabel Alcobia, setti para o filme “Maria do Mar” de Leitão de Luísa Freitas, Patrícia Quinta, Paula Dória, Barros, desde 2001; da execução da ópera ORQUESTRA FILARMONIA DAS BEIRAS Margarida Reis, Susana Teixeira, Carlos infantil “A Floresta”, de Eurico Carrapatoso, Guilherme, João Cipriano Martins, João A Orquestra Filarmonia das Beiras (OFB) deu numa co-produção com o Teatro Nacional de Merino, Mário Alves, Nuno Dias, Rui Taveira, o seu primeiro concerto no dia 15 de Dezem- São Carlos, Teatro São Luís, Teatro Aveirense Tiago Matos, Luís Rodrigues, Jorge Vaz de bro de 1997, sob a direção de Fernando e Teatro Viriato, em 2004, reposta em 2008; Carvalho, Armando Possante, José Corvelo Eldoro, seu primeiro diretor artístico. Criada das colaborações com a Companhia Nacional ou José Carreras, sendo que dois concertos no âmbito de um programa governamental de Bailado na produção dos bailados “Sonho realizados, em 2009, com este conceituadís- para a constituição de uma rede de orques- de uma Noite de Verão”, com o encenador simo tenor constituirão, com toda a certeza, tras regionais, tem como fundadores diversas Heinz Spoerli, em 2004 e, em 2006, “O Lago um marco para a história desta orquestra. instituições e municípios da região das beiras, dos Cisnes” de Piotr Tchaikowsky, ambos sob Simultaneamente, tem procurado dar opor- associados da Associação Musical das Beiras, a direção de James Tuggle. Em 2017, a OFB tunidade à nova geração de músicos portu- que tutela a orquestra. foi convidada a apresentar a banda sonora gueses, sejam eles maestros, instrumentistas do cine-concerto “Harry Potter e a Pedra A OFB é composta por 27 músicos de cordas, ou cantores. Filosofal”, dirigido pela maestrina americana sopros e percussão de diversas nacionalidades Sarah Hicks, uma estreia em Portugal. Em Do repertório da OFB constam obras que vão e com uma média etária jovem e, desde 1999, 2018 apresentou a banda sonora do segundo desde o Século XVII ao Século XXI, tendo a é dirigida artisticamente pelo Maestro António filme, “Harry Potter e a Câmara dos Segre- Direção Artística dado particular importân- Vassalo Lourenço. Norteada por princípios de dos”, sob a direção de Matthias Manasi. Em cia à interpretação de música portuguesa, promoção e desenvolvimento da cultura musi- 2019, sob a direção do maestro britânico quer ao nível da recuperação do patrimó- cal, através de ações de captação, formação e Timothy Henty, a OFB apresentou o terceiro nio musical, quer à execução de obras dos fidelização de públicos e de apoio na formação filme desta saga, “Harry Potter e o Prisioneiro principais compositores do século XX e XXI. profissionalizante de jovens músicos, democra- deAzkaban”. Estes espetáculos fazem parte Aí se incluem estreias de obras e primeiras tizando e descentralizando a oferta cultural, da série de filmes-concerto Harry Potter, pro- audições modernas de obras de compositores a OFB tem dado inúmeros concertos, além movida pela CineConcerts e a Warner Bros. dos Séculos XVIII e XIX. Neste contexto, da de desenvolver frequentes e constantes ati- Consumer Products, numa digressão global sua discografia fazem parte orquestrações do vidades pedagógicas (programas pedagógicos em celebração dos filmes de Harry Potter. compositor João Pedro Oliveira sobre Lieder infanto-juvenis, cursos internacionais vocais, de Schubert, a Missa para Solistas, Coro e instrumentais e de direção de orquestra, etc.). Ao longo da sua existência, a OFB tem sido Orquestra de João José Baldi e as 3.ª e 4.ª

58 59 23 ABRIL ENTRADA TEATRO GIUSEPPE TERÇA 5€ / 2.5€ VIRIATO ANDALORO 2 1 H 0 0

ITA Toca regularmente com grandes orquestras Giuseppe Andaloro (London Philharmonic, NHK Symphony, Sin- gapore Symphony, Hong Kong Philharmonic, Philharmonische Camerata Berlin, London Mozart Players, Czech Philharmonic Orches- tra) e grandes maestros como Vladimir Ash- kenazy, Jean-Jacques Kantorow, Gianandrea Noseda, Andrew Parrott, Giuseppe Lanzetta e artistas internacionalmente aclamados, incluindo Sarah Chang, Giovanni Sollima, Sergej Krylov, Anna Tifu, Svetlin Roussev e John Malkovich. Vencedor do primeiro prémio em alguns dos mais prestigiados concursos internacionais de piano – como “Ferruccio Busoni” em Bolzano, Concurso de Piano de Londres, Porto, Sendai, Hong Kong – em 2005 foi elogiado pelo mérito artístico do Ministério de Património e Ativi- dades Culturais da Itália. É creditado em variadíssimos discos (Sony, PROGRAMA Giuseppe Andaloro é um dos artistas mais Warner, Naxos, Fontec Labels) e tem sido apreciados da sua geração. convidado em várias transmissões de rádio, LUDWIG VAN BEETHOVEN (1770-1827) Nascido em Palermo em 1982, iniciou uma como NHK-BS2 Tokyo, BBC Londres, Radio Sonata n.º 15 em Ré Maior, Op.28 “Pastorale” apaixonada e intensa atividade de concertos France Musique, Amadeus 103,7 Buenos muito novo, realizando um amplo repertório Aires, Classic FM Radio Allegro Joanesburgo, MAURICE RAVEL (1875-1937) que vai do Renascimento à música moderna RTSI Lugano, RDP Radiodifusão Portuguesa, Sonatine e contemporânea. O seu arranjo para dois Rai Radio3 Italia, Rádio Alemã SWR2, Rádio pianos e dois violoncelos de “Rite of Spring”, Vaticano, Rádio Clássica WRR Dallas, Rádio (1873-1943) de Stravinsky, foi aclamado pela crítica e Hong Kong 4, Sinfonia Singapura 92.4FM, Sonata n.º 2 esgotado na noite da estreia. Rádio Pública Fresno Valley, etc. Foi convidado de festivais de renome (Salz- Andaloro dá masterclasses em Itália e no exte- burger Festspiele, Ruhr Klavier, Spoleto Due rior (Universidade de Tóquio Showa, Fresno Mondi, Bucareste Enescu, Ravello, Chopin California State University, Academia Inter- FICHA ARTÍSTICA Duszniki-Zdròj, AB Michelangeli de Brescia nacional de Teclado da Tailândia, Sociedade e Bergamo, Al Bustan Beirute, Mehli-Mehta Chopin de Kuala Lumpur, Hong Kong Chopin Guiseppe Andaloro - Piano Mumbai) e em alguns dos mais importantes Society) e foi também júri em competições locais de concertos do mundo, incluindo internacionais de piano. La Scala em Milão, Salle Gaveau em Paris, Konzerthaus em Berlim, Gasteig em Muni- que, Royal Festival Hall e Queen Elizabeth Hall em Londres, Santa Cecilia no “Parco della Musica” em Roma, Rudolfinum Dvořák Hall em Praga, Anfiteatro Simón Bolívar na Cidade do México, Teatro Oriente em Santiago do Chile, Sumida Triphony Hall em Tóquio, Esplanade Auditorium em Singapura, City Hall Concert Hall em Hong Kong, etc.

60 61 24 ABRIL ENTRADA TEATRO DUO QUARTA 5€ / 2.5€ VIRIATO SIGMA 2 1 H 0 0

ESTREIA ABSOLUTA DE 4 OBRAS DE COMPOSITORES PORTUGUESES JOÃO QUINTEIRO dessas duas partes fechadas uma na outra Duo Sigma DOIS RIOS era muito querida, e que senti, ao longo desta obra, presente como outro dos meus outros.” “O corpo dividido em duas partes fechadas à chave uma na outra, avanço num duplo coração como se fosse ao mesmo tempo num só barco por dois rios.” JOÃO PEDRO OLIVEIRA MOSAIC – Luís Miguel Nava. para Piano, Toy piano e Sons eletrónicos

Um mosaico é um painel composto de peque- dois rios toma como fonte de inspiração o nos fragmentos de pedra, madeira, ou outro texto homónimo do escritor Luis Miguel Nava, material. Cada um desses fragmentos não dando continuidade à ideia de um conjunto de tem significado por si só, o seu papel é reve- obras para duos com piano preparado, basea- lado apenas quando observamos a imagem dos em textos deste escritor, que iniciei em formada, na sua globalidade. E cada frag- 2014 com A Sombra, para Piano preparado e mento de um mosaico geralmente tem uma Flauta transversal. cor apenas, sem nuances. Mosaic, para piano, No primeiro plano da poética de Luis Miguel piano de brinquedo e sons electrónicos, usa PROGRAMA JOSÉ CARLOS SOUSA Nava encontra-se a multiplicidade do corpo uma técnica semelhante. A obra é composta SULAM YAAKOV e a evidência do plano de tensões, conflitos, por uma sucessão de frases e gestos musicais I Parte paradoxos e contradições que a univocidade de dimensões reduzidas, que vão adquirindo para Violoncelo e Piano JOSÉ CARLOS SOUSA desta multiplicidade continuamente encerra. significado e formando uma imagem sonora à Sulam Yaakov (2019)* Creio ser, principalmente, aqui que se encon- medida que a obra progride no tempo. Cada “A Escada de Jacó (em hebraico: Sulam tra o meu deslumbramento com a poesia de uma destas frases ou gestos é uma unidade -refere-se à escada men (בקעי םלוס Yaakov ISABEL SOVERAL Nava. O corpo tenso, na procura da sua totali- quase estanque, cujo material não se relaciona cionada na Bíblia (Gênesis 28,11-19), que Fragmentos (2019)* dade possível, múltipla – “num duplo coração necessariamente com a frase anterior ou a caracteriza a forma utilizada pelos anjos para (versão com violoncelo) (…)”, num só barco por dois rios” – de cuja que se segue. É a sua sucessão no tempo que subir e descer do céu. Foi imaginada pelo chave de um se encerra no outro – do outro vai formar um todo, e a “cor musical” deste patriarca Jacó num dos seus sonhos, depois JOÃO QUINTEIRO ou dos outros que habitam o outro e do outro todo vai sendo revelada a pouco e pouco. Esta de ter fugido da confrontação com o seu irmão Dois Rios (2019)* ou dos outros que habitam em mim. obra foi encomendada pelo Conservatório de Esaú. Jacob teve uma visão durante o sono, Música de Viseu. de uma escada, cujos pés repousavam sobre a A obra dois rios, para Piano preparado e II Parte terra, e cujo topo chegava aos céus. Os Anjos Violoncelo toma esta ideia de continuidade JOÃO PEDRO OLIVEIRA subiam e desciam continuamente através dela expansiva do fisicamente sonoro que cada Singularity (2019)* prometendo-lhe a bênção de uma numerosa corpo encerra, como forma de gerar uma Mosaic (2010)** e feliz posteridade…” multiplicidade de materiais que procuram Enigma (2018) JOÃO PEDRO OLIVEIRA reintegrar o violoncelo e o piano no seu pró- Nesta obra o violoncelo representa Jacó e o prio universo de possibilidade composicional ENIGMA * Encomenda do FIMPV e Estreia Mundial piano a escada e os anjos que ligam a terra ao já não expandida, mas simplesmente com- para Violoncelo e Piano ** Encomenda do Conservatório para celebrar os 25 céu. Do ponto de vista musical, o violoncelo possível. Dessas multiplicidades individuais, Anos do Conservatório de Música de Viseu Dr. José desenvolve materiais de caracter contempla- emerge o material sonoro que descobre o Enigma foi encomendada pelo Duo Sigma, a de Azeredo Perdigão. tivo, mas também explora diálogos com os piano possível no violoncelo e o violoncelo quem é dedicada. Na concepção e escrita de anjos ou como se subisse a própria escada até possível no piano, em suma, fechados chave uma obra, muitas vezes o compositor depara- ao céu, materiais desenvolvidos pelo piano. FICHA ARTÍSTICA um no outro. -se com encruzilhadas, indecisões, momentos Esta obra resulta de uma encomenda do Fes- de estagnação. Para sair desses momentos tival Internacional de Música da Primavera de A obra é dedicada à memória viva do Com- Ana Cláudia Assis – Piano onde o processo criativo parece “congelar”, Viseu, desafiando os compositores a compor positor Emmanuel Nunes, para quem a ideia Miguel Rocha – Violoncelo o compositor toma decisões, muitas vezes uma peça para Violoncelo e Piano.

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baseadas em pura intuição, ou até no acaso, Biografias MIGUEL ROCHA sem ter que as justificar através de qualquer dos intérpretes Iniciou os seus estudos no Conservatório do explicação lógica ou racional. É este enigma, Porto com Isabel Delerue. Em 1983, prosse- inerente ao ato de compor que muitas vezes ANA CLÁUDIA ASSIS gue a sua formação com M. Strauss (Paris), lhe reanima a vida e faz florescer novas ideias. Ana Cláudia de Assis é professora da Escola Vectomov (Praga), Iankovic (Maastricht), Aldu- Esta obra, em particular, sofreu esse processo de Música da Universidade Federal de Minas lescu, Pergamenchikov (Basileia), Fallot (Lau- em muitos momentos da sua composição, pelo Gerais (UFMG) onde desenvolve projetos de sanne). Obteve vários diplomas com a máxima que o título me pareceu o mais adequado. pesquisa/artísticos sobre a música brasileira classificação, entre os quais o 1.º Prémio de contemporânea. Doutora em História pela Virtuosidade do Conservatório Superior de Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Lausanne e o 1.º Prémio do Concurso Inter- UFMG (em parceria com o IPEAT/Université nacional de Música UFAM. Foi bolsista da de Toulouse) e mestre em Práticas Interpre- Fundação Calouste Gulbenkian de 1983-85, JOÃO PEDRO OLIVEIRA tativas pela UNI-RIO, é autora do livro “Os para estudar em Paris e na Academia Superior SINGULARITY Doze Sons e a Cor Nacional: conciliações de Praga. Prosseguiu o seu aperfeiçoamento para Violoncelo e Eletrónica estéticas e culturais na produção musical de no Conservatório de Maastricht e na Acade- César Guerra-Peixe (1944-1954)”, lançado mia Superior de Basileia, como bolseiro da Uma singularidade (singularity) é um fenó- em 2015. Realizou, no Centro de Estudos de SEC. Participou em estágios de Pedagogia na meno que se relaciona com várias áreas do Sociologia e Estética da Música (Universidade Manhatan University com Burton Kaplan e conhecimento. Em cosmologia, a singulari- Nova de Lisboa), pós-doutoramento sobre a igualmente em cursos de interpretação com dade encontra-se no centro de um buraco relação entre o compositor português Fer- Paul Tortelier, C. Henkel, Janos Starker, P. negro (resultante de uma estrela que entrou nando Lopes-Graça e a música brasileira. Muller, M. Tchaikovskaia. Tem realizado con- em colapso sobre si mesma), onde a matéria Como intérprete de música contemporânea, certos em França, Suíça, Alemanha, Itália, se comprime até ocupar uma região inimagi- realiza concertos no Brasil e no exterior a Espanha, México, Brasil e E.U.A.. Foi violon- navelmente pequena, cuja densidade em seu convite de importantes festivais, dentre os celista solo na “Sinfonieta de Lausanne” de interior resulta infinita. Tudo quanto passa quais Bienais da Música Brasileira, Monaco 1996 a 1999. Lecionou durante 10 anos em dentro de uma certa proximidade de uma Electroacoustique (Mônaco), Visiones Sonoras várias escolas em França, nomeadamente no singularidade será inexoravelmente atraído (Mexico), Ai-Maako (Chile), Festival de Outono Conservatoire National de Belfort, Grenoble, e nunca poderá escapar a essa atração. Esta (Portugal) e Skammdegi AIR Award (Islândia), Annecy e na Suiça, em Lausanne, de 1997 a obra opera com densidades muito pesadas, Ibermusicas (Argentina). Responsável pela 2000. Em 2001, regressou a Portugal, onde em que se contrapõe o instrumento, que tenta estreia de mais de 100 obras para piano solo desenvolve intensa atividade como solista e continuamente (e sem sucesso) escapar do e/ou em diferentes formações instrumentais músico de câmara, assim como pedagogo, na peso e da força que a eletrónica transmite. (incluindo solista em orquestra), seu repertó- Escola Superior de Castelo Branco – ESART. rio inclui obras de grandes compositores como Tocou em várias formações com Ana Bela Uma singularidade (singularity) é um fenó- Gyorgy Ligeti, Toru Takemitsu, Jonathan Chaves, António Rosado, Luíz Moura Castro, meno que se relaciona com várias áreas do Harvey, , além dos composito- Daniel Rowland, Miguel Borges Coelho, Aníbal conhecimento. res brasileiros Almeida Prado, Guerra-Peixe, Lima, Filipe Pinto Ribeiro, etc. Como membro Esta obra foi encomendada pelo FIMPViseu e Roberto Victorio e Sílvio Ferraz. Gravou do Duo Contracello gravou três CD’s. Com o é dedicada a Miguel Rocha. diversos CD’s dentre os quais destacam-se: “A Trio Athena, gravou um CD em França, com os Música Dodecafônica de César Guerra-Peixe trios de Debussy e Beethoven. No violoncelo para piano” (2007); “Sonoridades: peças con- barroco, com o Avondano Ensemble, partici- temporâneas para piano” (2016); “Vertentes: pou na edição e gravação de repertório inédito música brasileira para piano” (2017). Atual- do séc. XVIII português – As quatro sonatas e mente realiza, junto ao CESEM-Universidade dois duos de João Baptista André Avondano Nova de Lisboa, pós-doutoramento sobre a (com o violoncelo Stradivarius “King of Por- obra para piano de Jorge Peixinho. tugal”) e na gravação de um segundo CD, com Os Trios Sonata de Pedro António Avondano (com o violoncelo Galrão, do Sec. XVIII). Atualmente é Violoncelo Solo da Orquestra Filarmónica Portuguesa.

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Biografias Em 1995 ganhou o primeiro prémio do 1.º World Music Days”, Hong Kong; “…Un soir dos compositores concurso de composição do conservatório j’ai assis la Beauté sur mes genoux – Et je l’ai onde estudou, com a obra infantil para piano, trouvée amère” (1998), para grupo de câmara, “Almofada”. encomenda Culturgest; “Inscriptions sur une Peinture” (1998), para orquestra de câmara, No Concurso de Composição Eletroacústica encomenda Teatro Nacional S. Carlos. “Música Viva 2000”, foi agraciado com uma Menção Honrosa. Em Abril de 2001 foi pre- Ciclo Anamorphoses (1993-2018): “Anamorpho- miado com a sua obra “Viagem” no referido ses III” (1995), para violino e electrónica; “Ana- concurso, integrado na Porto 2001 Capital morphoses VII” (2002), para orquestra de câmara, Europeia da Cultura. ISABEL SOVERAL encomenda Casa da Música; Anamorphoses VIII (2014), encomenda DGartes – “DuoContracello; As suas últimas obras, resultam da encomenda Isabel Soveral nasceu no Porto, Portugal. “Anamorphoses IX” (2018) para violoncelo e de várias instituições nacionais e internacio- Estudou no Conservatório Nacional, como orquestra, encomenda Casa da Música. nais e a sua música tem sido tocada em várias bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, JOSÉ CARLOS SOUSA cidades portuguesas e em vários festivais de com os compositores Jorge Peixinho e Joly Ciclo Mémoires d’Automne (1999-2003): José Carlos Almeida de Sousa nasceu em música: Festival Música Viva (Portugal), Pri- Braga Santos. Em 1988 ingressou na Uni- “Image I”, para marimba solo. Viseu - Portugal, em 1972. Iniciou os seus mavera en La Habana (Cuba), Aveiro Síntese versidade Estadual de Nova Iorque em Stony Ciclo Le Navigateur du Soleil Incandescent estudos musicais no Conservatório Regio- (Portugal), “33e Festival International des Brook, onde estudou sobre a orientação dos (2005-2014): “première lettre” (2005), viola de nal de Música Dr. Azeredo Perdigão, na sua Musiques et Créations Electroniques” (Bour- compositores Daria Semegen e Bulent Arel. arco e piano, encomenda Festival da Póvoa do cidade natal onde concluiu o curso geral de ges – França), Concurso e Festival Interna- Foi bolseira das Fundações Calouste Gul- Varzim; “deuxième lettre” (2006), contra-tenor, composição em 1995. cional de Guitarra (Sernancelhe – Portugal), benkian, Luso Americana e Fulbright para os coro e orquestra, encomenda F. C. Gulbenkian; 14th World Saxophone Congress (Eslovénia), programas de mestrado e doutoramento em Em 1996 prossegue os seus estudos na Univer- Paradeisoi (2007), orquestra, encomenda F. C. “Guitarmania” – Festival Internacional de Gui- composição nessa universidade. sidade de Aveiro, onde concluiu a sua Licencia- Gulbenkian; “quatrième lettre” (2010), grupo tarra Clássica (Almada – Portugal), Festival de tura em Composição, no ano de 2000. Tem partituras publicadas pelas editoras de Câmara, encomenda Miso Music. Guitarra de Palência (Espanha), Festival Dias Musicoteca, Fermata e Cecilia Honegger. Tem Estudou composição e música eletrónica de Música Eletroacústica (Seia – Portugal), Ciclo Shakespeare (2007-2014): “Since Brass vários obras em CD pelas editoras: Portugal- com Evgueni Zoudilkin, João Pedro Oliveira “Síntese” - Ciclo de Música Contemporânea nor stone…” (2007), soprano e electrónica; som e Strauss, EMI Classics, Nova Música, e Isabel Soveral. Frequentou ainda vários da Guarda (Portugal), Festival Internacional “Kingdon of the Shore” (2012), voz, vídeo e Capella, Deux-Elles, Numérica e IPCB. seminários de composição e música eletró- de Guitarra de Santo Tirso (Portugal), Fes- electrónica. Encomenda Festivais de Outono. nica orientados pelos compositores; Jorge tival Internacional de Música da Primavera É professora no Departamento de Comunica- Ciclo Quatro Elementos (2014-15): “O Dragão Antunes, Alain Sève, Tomás Henriques, Flo de Viseu (Portugal), 8e Festival Internatio- ção e Arte da Universidade de Aveiro e membro Watatsumi” (2015), seis percussionistas, Menezes, François Bayle e Emmanuel Nunes. nal Guitar´Essonne – (Paris – França), Dias do INET-MD como coordenadora do grupo de encomenda DGartes – grupo Drumming. de Música Eletroacústica no Santa Cruz Air Composição Teoria e Tecnologia da Música Em Junho de 2005 concluiu, na Universidade Race (Portugal), VIII Festival de la Guitarra de (CTTM). Desde 2014 que é diretora do CIME de Aveiro, um mestrado em música com espe- Sevilla (Espanha), Tempo Reale Festival 2018 (Centro de Investigação em Música Electroa- cialização em composição, subordinado ao Florença (Itália). cústica da UA), tendo criado a plataforma EAW tema “O Timbre e suas Metamorfoses no (Electroacoustic Winds). Desde 2008 que é Processo Composicional da Música Elec- Atualmente é professor de composição no membro da Conselho Científico do Centro de troacústica”. Conservatório de Música de Viseu, exercendo Investigação em Música Portuguesa (CIMP). também o cargo de Diretor Pedagógico do Já lecionou na Universidade de Aveiro e no Conservatório desde 2004. A sua música tem sido apresentada em Portu- Instituto Piaget em Viseu. gal, Espanha, França, Itália, Alemanha, Hun- Foi, conjuntamente com Paula Sobral, orga- gria, Áustria, Suíça, Suécia, Bulgária, Polónia, nizador e diretor artístico do Concurso e Hong Kong, Macau, Argentina, Brasil, Cuba e Festival Internacional de Guitarra Clássica Estados Unidos. JOÃO QUINTEIRO de Sernancelhe, até a sua 15.ª edição. Do seu catálogo destacam-se: João Quinteiro inicia os seus estudos musicais Desde 2008 que organiza e é o Diretor Artís- “Contornos” (1987), premiada no Concurso em Viseu, onde estuda guitarra clássica com tico do Festival Internacional de Música da “Exposisom” JMP e “The 1998 ISCM-ACL Paula Sobral e Composição com José Carlos Primavera de Viseu.

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Sousa. Entre 2004 e 2009 realiza a Licen- Encontra-se atualmente a trabalhar na criação Orquestra XXI ciatura em Composição na Universidade de da ópera “Regresso”. e Coro Sinfónico Lisboa Cantat Aveiro, onde estuda com o compositor João Pedro Oliveira, com o compositor Evgueni Zouldikine e com a compositora Isabel Sove- ral. Entre 2006 e 2010 estudou, igualmente, com o compositor Emmanuel Nunes e reali- zou cursos e seminários com os compositores Brian Ferneyhough, Staffan Mossenmark, Flô Menezes e Helmut Lachenmann. Entre 2010 e 2013 realiza, simultaneamente, um Mestrado em Filosofia com especialização em Estética na Universidade Nova de Lisboa, sob a orien- tação de João Constâncio e de Paulo Pereira JOÃO PEDRO OLIVEIRA de Assis e um Mestrado em Composição na João Pedro Oliveira (n. 1959) estudou órgão, Universidade de Aveiro, sob a orientação de composição e arquitetura em Lisboa. Douto- Helena Santana focando a sua investigação rou-se em Música (Composição) na Univer- sobre a música de Helmut Lachenmann. sidade de Nova Iorque em Stony Brook. As Encontra-se, desde 2016 a realizar o Dou- suas obras incluem uma ópera de câmara, um toramento em Estudos Artísticos – Arte e Requiem, várias obras orquestrais, três quar- Mediação, como Investigador Integrado do tetos de cordas, música de câmara, música PROGRAMA FICHA ARTÍSTICA CESEM e bolseiro da FCT, em parceria com para instrumento solo, música electroacús- a Fondazione Archivio Luigi Nono em Veneza e tica e vídeo experimental. Recebeu mais de HECTOR BERLIOZ (1803-1869) Orquestra XXI com a Kunst univerisität em Graz, sob a orien- 50 prémios internacionais pelas suas obras, Romeu e Julieta Coro Sinfónico Lisboa Cantat tação de Paula Gomes Ribeiro, Paulo Pereira incluindo três prêmios no Concurso de Música Dinis Sousa – Direção de Assis e do compositor Beat Furrer, com Electroacústica de Bourges, bem como o pres- Anna Stéphany – Mezzo-soprano quem se encontra atualmente a trabalhar na tigiado Magisterium no mesmo concurso, o Stephan Loges – Baixo-barítono Kunst universität em Graz. Prémio Giga-Hertz, o 1.º Prémio no concurso João Pedro Cabral – Tenor Desde 2013 participou em diversos projetos e de música electroacústica Metamorphoses, o colóquios como conferencista e na orientação 1.º Prémio na Yamaha-Visiones Sonoras Com- de sessões sobre música contemporânea. petition, duas vezes o 1.º Prémio na Musica “A sublimação deste amor tornou a sua repre- Enfant terrible do séc. XIX, cuja música era Nova Competition, etc. É Professor Titular Desde 2014 é responsável pelas disciplinas de sentação de tal forma perigosa para mim, que raramente “entendida” ou aceite, Berlioz é hoje na Universidade Federal de Minas Gerais e Análise e Técnicas de Composição e Acústica na necessitei de dar mais liberdade à imaginação visto como um dos grandes revolucionários da Professor Catedrático na Universidade de Ourearte-Escola de Música e Artes de Ourém. do que o sentido literal das palavras cantadas história da música. Impossível de categorizar, a Aveiro. Tem igualmente publicado diversos teria permitido. Daí o recurso à linguagem Sinfonia Dramática “Romeu e Julieta” pode ser Desde 2017 encontra-se na Direção da Asso- artigos em revistas nacionais e internacionais, instrumental: uma linguagem mais rica, mais vista como descendente direta da 9.ª Sinfonia ciação Portuguesa de Compositores. e escreveu um livro sobre teoria analítica da variada, menos finita e, graças à sua impreci- de Beethoven, refletindo o desejo de continuar música do século XX. Desde 2007 as suas obras têm sido apresen- são, incomparavelmente mais poderosa.” a explorar novas formas musicais: uma obra de tadas e encomendadas por formações como grande virtuosismo, com uma escrita orques- Assim justificava Berlioz o ter adaptado “Romeu a Orquestra Gulbenkian, o Grupo de Música tral de enorme imaginação e invenção, e que e Julieta” para uma sinfonia, e não para ópera Contemporânea de Lisboa, o OpuSpiritum inclui algumas das mais belas melodias que o ou oratória. Berlioz tinha visto a peça em cena Ensemble e o Lisbon Ensemble 20/21. compositor nos deixou. “Romeu e Julieta” é uns doze anos antes e, apesar de não perce- uma peça central do repertório coral-sinfónico Em 2015 a obra “Thánatos” recebeu o 1.º ber uma palavra de inglês, este evento teve um e um dos maiores feitos do compositor, cujos Prémio no II Concurso Internacional de Com- impacto arrebatador na sua vida, não só pelo 150 anos da morte se assinalam este ano. posição GMCL/Jorge Peixinho e em 2017 a enredo dramático que, apesar das suas limita- obra “Hermes, nove da noite” foi objeto do ções, conseguiu entender, mas também pela Mestrado em Performance do saxofonista prestação da atriz principal, Harriet Smithson, André Correia. com quem Berlioz acabaria por casar.

68 69 ORQUESTRA XXI ORQUESTRA XXI E CORO SINFÓNICO LISBOA CANTAT E CORO SINFÓNICO LISBOA CANTAT

ORQUESTRA XXI Fundação Calouste Gulbenkian em parceria de Timisoara (Roménia), Orquestra Sinfonia Haydn, a Cantata Verbum Caro e a Oratória com a Cotec Portugal, bem como com o Alto de Varsóvia (Polónia) e Royal Philharmonic Popular de Nuno Côrte-Real (estreia da versão A Orquestra XXI nasceu em 2013, fruto da Patrocínio da Presidência da República, a Concert Orchestra (Inglaterra). sinfónica e estreia mundial, respectivamente), vontade de reunir o crescente número de Orquestra XXI reuniu já cerca de duas cen- a Missa em Dó menor e as Vesperae Solen- músicos portugueses residentes no estran- Em Portugal, atuou nas principais salas e tenas de músicos portugueses residentes no nes de Confessore de Mozart, a Cantata de geiro, para que pudessem partilhar com o de concerto, teatros e igrejas: Aula Magna estrangeiro, criando assim uma plataforma Outubro de Prokofiev (estreia em Portugal), seu país de origem as suas experiências e o da Universidade de Lisboa, Casa da Música que tem incentivado a ligação destes músicos a Cantata para un silencio de Daniel Schvetz seu trabalho. Desde então, a Orquestra XXI do Porto, Grande Auditório da Culturgest, a Portugal. (estreia mundial), a Cantata Verbum Caro de tem-se apresentado de Norte a Sul do país Grande e Pequeno Auditórios da Fundação Nuno Côrte-Real (estreia mundial), L’enfance sempre com o objetivo de levar concertos a Calouste Gulbenkian, Grande e Pequeno du Christ de Berlioz, a 9.ª Sinfonia de Bee- um público o mais diversificado possível, tanto Auditórios do CCB, Igreja de S. Francisco thoven, a Abertura 1812 de S. Rachmaninoff, nas grandes cidades com em locais com ativi- (Porto), igrejas de São Roque, S. Nicolau, a Missa Solemnis e Missa em Dó de L. V. dade cultural menos regular, sob a direção do Basílica da Estrela, Jerónimos e Sé de Lisboa, Beethoven, a Oratória de Natal e a Oratória seu maestro fundador Dinis Sousa. Mosteiro de Alcobaça, Real Basílica de Mafra, da Ascensão de J. S. Bach, a Missa Solene Santuário de Fátima, Sé Nova de Coimbra, Tendo-se afirmado rapidamente como um dos em honra de N.ª Sr.ª de Fátima de Manuel Teatro da Trindade, Teatro Nacional de São mais destacados projetos na atualidade musi- Faria-Joaquim dos Santos. Carlos, Teatro Thalia, entre muitos outros. cal portuguesa, a Orquestra XXI conquistou Participou em concursos e festivais internacio- imediatamente o público português e a crítica Foi dirigido pelos maestros António Vassalo nais: Cantonigròs em 1994 e 2003, Florilège especializada, apresentando-se regularmente Lourenço, Brian Schembri, Cesário Costa, Vocal de Tours em 2002 (4.º lugar), Azores nas mais prestigiadas salas nacionais, como CORO SINFÓNICO LISBOA CANTAT Christopher Bochmann, Dmitri Jurowsky, Choir Festival em 2012, Montreux Choir Fes- a Casa da Música, a Fundação Calouste Gul- Donato Renzetti, Hans-Christoph Rademann, O Coro Sinfónico Lisboa Cantat (CSLC) iniciou tival em 2016 (Menção Honrosa – Très Bien) benkian e o Centro Cultural de Belém. João Paulo Santos, José Cura, José Ferreira as suas atividades no ano de 1977 e é um dos Lobo, Laurent Petit-Girard, Leonardo García Contando desde 2016 com a participação de agrupamentos da Associação Musical Lisboa Alarcón, Manuel Ivo Cruz, Marc Tardue, Martin cantores, com a criação do Coro XXI, a pro- Cantat. É um coro amador e conta atualmente André, Michael Zilm, Miguel Graça Moura, gramação da Orquestra XXI espelha a flexibili- com cerca de 90 elementos na sua formação Nicholas Kraemer, Olivier Cuendet, Osvaldo dade dos seus músicos, estendendo-se desde principal, sendo alguns oriundos de escolas Ferreira; Rui Pinheiro; Theodor Guschlbauer, obras como a Paixão Segundo S. João, de de música como o Conservatório Nacional, a Vasco Pearce de Azevedo e Zoltán Peskó. Bach, até à estreia de obras de compositores Academia de Amadores de Música e o Insti- portugueses, passando pelo inquestionável tuto Gregoriano de Lisboa. Tem contribuído Desde 1986, é dirigido pelo maestro Jorge repertório sinfónico de compositores como para a divulgação da música erudita por- Carvalho Alves, seu maestro titular. Beethoven, Brahms ou Tchaikovsky. A orques- tuguesa, estreando regularmente obras de Colaborou em parcerias com o Coro Nacio- tra trabalhou com solistas como o pianista compositores portugueses contemporâneos. nal do Teatro S. Carlos (Requiem de Verdi e Artur Pizarro, o tenor James Gilchrist ou o Foi coro associado da temporada 2010/2011 DINIS SOUSA Gürrelieder de Schönberg, bem como Sinfonia violetista Jano Lisboa e, recentemente, contou do CCB. É de destacar também a parceria Fausto de Franz Liszt), com o Coro da Fun- Dinis Sousa vive atualmente em Londres e é com a colaboração do Coro Gulbenkian na que mantém, desde 1999, com a Orquestra dação Calouste Gulbenkian (Gürrelieder de fundador e diretor artístico da Orquestra XXI apresentação da oratória de Schumann “Das Metropolitana de Lisboa. Schönberg) e com as Bandas da Força Aérea – projeto vencedor do prémio FAZ-IOP 2013, Paradies und die Peri” para o encerramento Tem-se apresentado com orquestras nacio- e do Exército. que reúne músicos portugueses residentes no dos Dias da Música em Belém. nais de renome, como a Orquestra Clássica de estrangeiro, com a qual se apresenta regular- O repertório já apresentado inclui música Aproximando-se da mais nova geração de Espinho, Orquestra Clássica do Sul, Orques- mente em Portugal. A orquestra tem apare- coral a capella e grandes obras corais sinfó- jovens músicos, a Orquestra XXI organiza tra de Câmara da GNR, Orquestra do Norte, cido nas temporadas da Fundação Calouste nicas, como as missas de Requiem de Verdi, anualmente um estágio de orquestra, em Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orques- Gulbenkian, Casa da Música e Centro Cultural Mozart, Fauré, Brahms, Duruflé e Carrapa- que alunos do ensino vocacional de todo país tra Nacional do Porto, Orquestra Sinfónica de Belém, recolhendo grandes elogios da crí- toso (estreia mundial), a Missa de Nelson e trabalham, enquanto colegas de estante, com Juvenil, Orquestra Sinfónica Portuguesa, tica especializada. a Missa de Santa Teresa de Haydn, o Stabat os músicos da Orquestra XXI, numa singular Orquestra Sinfonietta de Lisboa, Orquestra Mater e a Petite Messe Solennelle de Rossini, Nas últimas temporadas, Dinis Sousa tem diri- troca de experiências. Clássica do Centro, Orquestra de Câmara os Carmina Burana de Carl Orff, a 3.ª Sinfonia gido orquestras como a Southbank Sinfonia, de Cascais e Oeiras, entre outras, e também Tendo sido distinguida com o 1.º Prémio no de Mahler, a 2.ª Sinfonia de Mendelssohn, a Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra orquestras internacionais, como a Orquestra concurso Ideias de Origem Portuguesa da Sea Symphony de Vaughan Williams, O Mes- Filarmonia das Beiras, Aurora Orchestra e Filarmonia de Madrid (Espanha), Orquestra sias de Händel, A Criação e As Estações de Orquestra Sinfónica de Londres, que recen-

70 71 ORQUESTRA XXI ORQUESTRA XXI E CORO SINFÓNICO LISBOA CANTAT E CORO SINFÓNICO LISBOA CANTAT

temente o convidou para substituir o maestro Na temporada de 2018-19 Anna regressa a ramonte em Il Mondo alla Roversa de Galuppi Daniel Harding em ensaio. Com a Orquestra Zurique como Hänsel em Hänsel Und Gretel, nas Óperas de Reims e Grand Avignon e Cité XXI, fez a abertura da Temporada Gulbenkian e como Octavian em Der Rosenkavalier. Apre- de la Musique, bem como Tapioca em L’Étoile Música e aparece regularmente no festival senta-se em concerto em L’Enfance Du Christ de Chabrier no Teatro Nacional de São Carlos. “Dias da Música em Belém”, em concertos com a Orchestre de Chambre de Paris, em Colaborou com os maestros João Paulo filmados para a RTP. Vivaldi e Handel no Sage Gateshead com a Santos, Joana Carneiro, Guillaume Tour- Royal Northern Sinfonia, em Le Martyre de Dinis Sousa tem trabalhado com Sir John Eliot niaire, Iñaki Encina Oyón, Filip Rathé, Fayçal St. Sebastien com a Deutsches Symphonie- Gardiner e os seus agrupamentos – os English Karoui, Patrick Cohen-Akenine, Paul Agnew -Orchester Berlin e em Roméo et Juliette com Baroque Soloists, Orchestre Révolutionnaire e Michel Plasson. a Orquestra XXI em Viseu e Lisboa. Apresen- et Romantique e o Monteverdi Choir – tendo ANNA STÉPHANY tar-se-á em recital, tanto em Zurique como sido recentemente nomeado o primeiro Maes- na edição deste ano do Lammermuir Festival tro Assistente da história destes grupos. Tra- De origem anglo-francesa, a mezzo-soprano com o pianista Sholto Kynoch. balhou também com Gardiner em orquestras Anna Stéphany nasceu no Nordeste de Ingla- como a Sinfónica de Londres, Filarmónica de terra e estudou na Guildhall School of Music, Berlim e a Tonhalle de Zurique. Esta tempo- onde lhe foi atribuída a Medalha de Ouro. rada dirigiu os English Baroque Soloists em Representou Inglaterra no BBC Cardiff Singer dois programas inteiramente preenchidos com of the World e foi laureada com o Kathleen obras de Bach no Festival Internacional de Ferrier Award. Música de Cartagena. Tendo integrado o ensemble da Opernhaus Dinis estudou na Guildhall School of Music Zürich, colabora assiduamente com esta STEPHAN LOGES and Drama, onde exerceu a Fellowship em mesma companhia, interpretando Cherubino Direção de Orquestra. Durante esse período, em Le Nozze Di Figaro, Dorabella em Cosi Nascido em Dresden, ainda jovem foi vence- dirigiu vários agrupamentos, tendo preparado Fan Tutte, Charlotte em Werther e Idamante dor do Wigmore Hall International Song Com- a Guildhall Symphony Orchestra para o maes- em Idomeneo. Outras colaborações incluem JOÃO PEDRO CABRAL petition. Apresentou-se em recital pelo mundo tro Bernard Haitink, dirigido a Paixão Segundo Sesto em La Clemenza di Tito e Sesto em inteiro sendo presença regular no Wigmore João Pedro Cabral estudou na Escola de S. João, de Bach, no Milton Court Concert Giulio Cesare no Glyndebourne Festival, Hall em Londres, tendo atuado ainda no Car- Música do Conservatório Nacional de Lisboa Hall e uma encenação de “Down by the Green- bem como Octavian em Der Rosenkavalier no negie Hall em Nova Iorque, no Concertgebouw na classe da Professora Ana Paula Russo e, wood Side” de Birtwistle no Silk Street Thea- Teatro Bolshoi em Moscovo, na Royal Swedish em Amesterdão, Konzerthaus em Viena, Kla- posteriormente, no Vlaamse Operastudio e no tre. Na mesma escola, concluiu a licenciatura Opera e no Covent Garden. vierfestival em Ruhr, La Monnaie em Bruxelas, Atelier Lyrique de l’Opéra National de Paris. e mestrado com distinção, estudando direção Schleswig-Holstein Festival, Santiago de Com- Apresentou-se em concerto no Stabat Mater de orquestra com Sian Edwards e Timothy Interpretou os papéis de Maese Pedro em Il postela, BBC Radio 3, Musée d’Orsay em Paris de Rossini com a London Philharmonic Redmond e piano com Philip Jenkins e Martin Retabulo de Maese Pedro, Lindoro em L’Al- e no Vocal Arts Series em Washington ao lado Orchestra, em La Damoiselle Élue com a Roscoe. Paralelamente, trabalhou em mas- gerino in Italia de Joris Blanckaer, Charles de pianistas como Graham Johnson, Eugene Hallé Orchestra e a Philharmonia Orchestra terclasses com professores como Yekaterina Edwards et Cosmetics Merchant em Candide, Asti, Roger Vignoles, Iain Burnside, Simon e em L’Enfant Et Les Sortileges com Sir Simon Lebedeva, Sequeira Costa, Angela Hewitt, Contino Belfiore em La Finta Giardiniera, Ger- Lepper, Joseph Middleton e Sholto Kynoch. Rattle e a London Symphony Orchestra na Ralf Gothóni, Richard Egarr, Jean-Sébastien nando em L’Isola Disabitata, Ecclitico Il Mondo edição deste ano dos Proms. Tem previsto o regresso ao Teatro La Mon- Béreau, entre outros. della Luna de Haydn, Don Ottavio em Don naie interpretando The Blind Man & Father Lançou o seu álbum de estreia a solo, Black Giovanni, San Giovanni em La Resurrezione A 10 de Junho de 2015, foi condecorado pelo na estreia mundial de Frankenstein, de Mark is the Colour, com o Labyrinth Ensemble em de Handel, Son e Visconti em Elle Est Moi Und Presidente da República, Dr. Aníbal Cavaco Grey, bem como o papel de Dr. Falke em 2018, pela Alpha Classics, com excelente Töte Mich de Joris Blanckaert, Bruhlmann em Silva, com o grau de Cavaleiro da Ordem do Die Fledermaus de Johann Strauss para a receção da crítica especializada. Outras Werther, Renaud em Armide de Lully, Cão, Infante D. Henrique. Northern Ireland Opera. Apresentar-se-á na gravações incluem o papel de Serse na obra Mosquito e Professor numa versão de Příhody Paixão segundo São Mateus de Bach com a homónima de Handel com Christian Curnyn e lišky Bystroušky de Janácek, Ernesto em Il Residentie Orkest e o Gabrieli Consort, em a Early Opera Company para a Hyperion, bem Mondo della Luna de Avondano, Pong em Romeo et Juliette de Berlioz com a Orquestra como as produções de Werther da Opernhaus Turandot, e La Théière, le Petit Vieillard et la XXI, The Kingdom de Elgar e no Requiem de Zurich e de La Clemenza di Tito do Glynde- Rainette em L’Enfant et les Sortilèges. Brahms. Voltará a apresentar-se no Wigmore bourne Festival, ambas editadas em DVD. Nesta temporada interpreta os papéis de Fer- Hall e no Oxford Lieder Festival, em recital.

72 73 ORQUESTRA XXI 26 ABRIL ENTRADA CLUBE E CORO SINFÓNICO LISBOA CANTAT SEXTA 5€ / 2.5€ DE VISEU 1 9 H 0 0

Solista com orquestra em diversas ocasiões, 1.A PARTE interpretou Songfest de Bernstein com a MDR Dejan Ivanović HRV Sinfonieorchester de Leipzig, War Requiem de Britten com a Melbourne Symphony Orches- O guitarrista croata Dejan Ivanović nasceu em tra e Sapporo Symphony Orchestra, Oratória Tuzla (Bósnia e Herzegovina), em 1976, iniciando de Natal de Bach com a London Philharmonic os seus estudos de guitarra com 8 anos de idade. Orchestra e Vladimir Jurowski, L’Enfance du Estudou com Predrag Stanković e Vojislav Christ de Berlioz com a Swedish Radio Sym- Ivanović na Escola Primária e Secundária de phony Orchestra e Robin Ticciati, Criação de Música, e com Darko Petrinjak na Academia de Haydn com a Iceland Symphony e a Salzburg Música de Zagreb. Participou em masterclasses Mozarteum Orchestras, As Estações do Ano de John Duarte, Thomas Müller-Pering, Elliot de Haydn com a Staatskapelle Dresden, e uma Fisk, Costas Cotsiolis, Valter Dešpalj (violon- tourné da Brockes Passion de Telemann com celo), Michael Steinkühler (viola da gamba) e Igor Raphaël Pichon e o Ensemble Pygmalion. Lešnik (percussão). Foi orientado por Christo- pher Bochmann no Curso de Doutoramento Stephan colaborou com Sir John Eliot Gar- da Universidade de Évora entre 2011 e 2014. diner nas Cantatas de Bach, bem como A sua carreira profissional começou simulta- nas Paixões com o Gabrieli Consort e Paul neamente com o estudo superior (1994-1998). McCreesh (ambos gravados pela Deutsche Atuou nalguns dos mais prestigiosos festivais Grammophon). Fez a sua estreia nos Proms de música como Festival de Spoleto (convidado em 2002 na Paixão Segundo São Mateus com pessoalmente pelo maestro Gian Carlo Menotti Trevor Pinnock e desde então tem cantado PROGRAMA para o lugar de Artista Residente), Festival de com diversos agrupamentos, tanto modernos Verão de Edimburgo, Festival de Costa de Esto- como dedicados a interpretação historica- FERNANDO SOR (1778-1839) ril, Festival de Guitarra de Gevelsberg, Porto mente informada. Recentemente interpretou Variações Sobre um Tema de Flauta Mágica, Op. 9 — Cidade Europeia da Cultura e Guitarra Viva Christus na Paixão Segundo São Mateus com (1821) (Croácia), entre outros. Atua também integrado a Orchestra of the Age of Enlightenment, em vários conjuntos de música de câmara: dirigida por Mark Padmore, e com o Mon- FRANCISCO TÁRREGA (1852-1909) com flautista Vasco Gouveia, violoncelista teverdi Choir e Sir John Eliot Gardiner (gra- Recuerdos de la Alhambra (1896) Jed Barahal, guitarrista Masakazu Tokutake, vado pela Soli Deo Gloria). Cantou também a soprano Ana Ester Neves, Quarteto de Cordas Paixão Segundo São João com a Gewandhaus JOAQUÍN RODRIGO (1901-1999) Lyra, etc. É o vencedor do 1.º Prémio e Prémio Orchester de Leipzig, e a Oratória de Páscoa (Arr.: D. Ivanović) especial para Melhor Interpretação da Música com o Gabrieli Consort e Paul McCreesh. Aranjuez, ma pensée (1939/1988) Espanhola no 13.º Concurso Internacional de Em contexto operático, foi Begearss em La Guitarra Doña Infanta Cristina (Madrid, 1998); ISAAC ALBÉNIZ (1860-1909) mère coupable de Milhaud, Sprecher em Die 1.º Prémio do 3.º Concurso Internacional da (Tr.: D.Ivanović) Zauberflöte no Theater an der Wien, Golaud cidade de Sinaia (Roménia, 1998); 1.º Prémio do Sevilla Op. 47 (1886) em Pélleas et Mélisande com a English Tou- 17.º Certamen Internacional de Guitarra Andrés ring Opera, Bruno em Parthenogenesis de Segovia (Herradura, 2001); 1.º Prémio e Prémio CARLO DOMENICONI (n. 1947) Macmillan para o Covent Garden, Moritz em do Público no 35.º Certamen Internacional de Koyunbaba Op. 19 (1985) Frühlings Erwachen de Mernier na Opéra Guitarra Francisco Tárrega (Benicássim, 2001); Moderato National du Rhin, Wolfram em Tannhäuser e 1.º Prémio do 4.º Concurso Internacional de Mosso Papageno em Die Zauberflöte no La Monnaie, Creta (Arhanes, 2005). É igualmente premiado Cantabile bem como Father Trulove em The Rake’s Pro- nos concursos em Roma (Itália) e Sernancelhe Presto gress, numa co-produção entre as óperas de (Portugal). Colabora com várias orquestras Caen, Limoges, Reims e Luxembourg. como a Orquestra Real de Câmara de Wallonie (Bélgica), Orquestra de Benicássim (Espanha), FICHA ARTÍSTICA Orquestra de Câmara da Eslováquia, Orquestra Sinfónica de Vojvodina (Sérvia), Orquestra Sin- Dejan Ivanović – Guitarra fónica das Beiras e Orquestra Metropolitana de

74 75 1.A PARTE: DEJAN IVANOVIĆ 2.A PARTE: LUÍS ARAÚJO 26 ABRIL ENTRADA CLUBE SEXTA 5€ / 2.5€ DE VISEU 1 9 H 0 0

Lisboa. Os seus recitais na Europa, África, Amé- cadas pelo gesto de expansão livre de som que 2.A PARTE rica do Norte, América do Sul e Ásia receberam molda as suas camadas de relevo. A interpre- Manuel Araújo uma forte aceitação por parte do público e da tação da Sonata de Bennett marcou o discurso crítica. Revistas e jornais como Ritmo (Espa- de restrição, redução e de uma forte dinâmica Nasceu no Porto, em 1983. Iniciou os seus nha), Bremer Umchau (Alemanha), Sunday interior com um extraordinário formato de som estudos musicais aos 5 anos de idade, em Herald Times (Indiana-E.U.A.), The Scotsman altamente preciso, que forneceu a receção total regime particular, com os professores Norma (Escócia), Slobodna Dalmacija (Croácia) e de uma obra tão complexa e tremendamente Graça-Silvestre e Felipe Nabuco Silvestre. Oslobodjenje (BiH) publicaram críticas positi- exigente na sua forma. Na Sonata de Rózsa foi Seguiu os estudos na Holanda, a partir de vas sobre em relação às suas interpretações. A interessante observar a transformação da retó- 2002, sob orientação de Aquiles Delle Vigne, revista espanhola Ritmo descreve Dejan como rica interpretativa do guitarrista, relacionada diplomando-se “Cum Laude” na Codarts, (…) corajoso, sensível jovem artista com uma com a nitidez na separação do seu material.” Escola Superior das Artes de Roterdão. técnica supreendente e uma musicalidade e (klasika.hr [Croácia], Janeiro de 2012) criatividade em cada nota e frase (…) (1998). Estudou pontualmente ainda com músicos A sua discografia a solo é constituída por CD Em Zagreb (Croácia), D. Komanov, escreve o como Mikhail Voskresensky, Angela Hewitt, Recital na Laureate Series da NAXOS (2002) seguinte sobre a arte de Ivanović: Jean-Bernard Pommier, Ronald Brautigam, com obras de Matilde Salvador, Anton García Gabriel Kwok, Helena Sá e Costa, Sequeira […] Interpretando um programa contrastante, Abril, Frederic Mompou, Richard Rodney Ben- Costa, Fausto Di Cesare, Adriano Jordão, Luiz enfatizado pela qualidade e peculiaridade de nett, Malcolm Arnold, Gordon McPherson e de Moura Castro, Emanuel Krasovsky, Enrico obras como Peças Líricas de Arregui e Sona- Francisco Tárrega, e por CD Mediterraneo (gra- Pace, Gary Hoffman e Choong Mo Kang. tas de Bennett e Rózsa, Ivanović apresentou vado em 2001, aguarda publicação) com obras o concerto com um discurso interpretativo de Boris Papandopulo, Vicente Asencio, Antonio Estreou-se como profissional no ano 2000, profundamente pessoal, pensativo e inspirado. José Martínez Palacios, Joaquín Rodrigo, Carlo PROGRAMA após obter por unanimidade o 1.° Prémio No coração da sua abordagem, distinta por um Domeniconi e Mario Castelnuovo-Tedesco. Em Nacional de Jovens Pianistas da Fundação tratamento do texto extraordinariamente claro e 2013, gravou a obra Em Memória da Madrugada (1862-1918) Rotária Portuguesa, dedicado a Helena Sá e preciso, existe uma resolução de uma detalhada de Marina Pikoul para guitarra e orquestra com Brouillards Costa e com júri presidido pela mesma. relação com a forma musical, onde as suas a Orquestra Clássica do Centro, sob a direção Les fées sont d’exquises danseuses Obteve o primeiro prémio em diversos con- interpretações crescem e se desenvolvem pela do maestro David Wyn Lloyd. Christopher La terrace des audiences de Clair de Lune cursos em Portugal, França, Holanda, Espa- perspicuidade da inteireza rica e complexa de Bochmann, Marina Pikoul, Tomislav Oliver, Etude pour les “Cinq Doigts” nha, Bélgica, Japão e Itália, destacando-se o cada obra. Articulando a tensão interior gerada João Madureira, Jorge Pereira, Ricardo Abreu, Premier Prix do 89th Concours International pelo corpo musical, Ivanović nunca excede a Francisco Chaves e Carlos Gutkin são alguns MAURICE RAVEL (1875-1937) Léopold Bellan de Paris e do 34th Yokohama margem invisível do externo ou do profano rela- dos compositores que dedicaram as suas obras Oiseaux tristes* International Piano Concert, e ainda S. Sebas- tivamente à dinâmica da expressão, mas sim, para Dejan. Integra desde 2004, juntamente Une barque sur l’océan* tião (Espanha), Mascia Masin e F. Zadra (Itália), desvela uma paisagem delicada de introspeção com o guitarrista grego Michalis Kontaxakis, Alborada del Gracioso* Primavera Pianistica (Bélgica), Codarts Vir- para a perspetiva estabelecida do ouvinte. A o Duo de guitarras Kontaxakis-Ivanovich. O *de Miroirs tuoso Piano Competition (Holanda) e o Prémio paleta do som, bem como uma quase-perfeita primeiro CD deste Duo, intitulado Les Deux Especial Luso-Brasileiro Maria Campina. qualidade geral de estrutura e imagem sonora Amis e gravado pelo produtor Hubert Kappel em projeção, são caracterizadas pela acen- em Colónia (Alemanha), foi lançado em 2010 Foi também premiado pelo Concurso Inter- FICHA ARTÍSTICA tuada expressão intimista — como um eco de pela Editora KSG EXAUDIO. Em 2005 cria o nacional de Piano Interfest (Macedónia), no rica herança alaudista. De alguma forma, isso Festival Internacional Guitarmania em Lisboa do Prémio Jovens Músicos RDP e pela Juventude Manuel Araújo – Piano foca a atenção para a plasticidade em relação qual é diretor artístico até 2010. É desde 2007, Musical Portuguesa. à proximidade do enquadramento da singula- professor de guitarra no Departamento de Recebeu prémios especiais do júri no Con- ridade estética de cada composição, dado que Música da Universidade de Évora. É doutorado curso Internacional Cidade de S. Sebastião Ivanović sublinha elementos essenciais com em Música/Interpretação desde Março de 2015 (Melhor interpretação de Scriabin) e no o seu modo particular de comunicação, rico, com o tema Colaboração Entre Compositor e Concurso Musical Internacional “Riviera del sobretudo, em aspeto narrativo, mas igualmente Intérprete na Criação de Música para Guitarra: Conero” (Jovem Talento). claro e reflexivo. Por isso é que Rêverie op. 19 de Estudo do Processo Editorial no Repertório de Regondi brilhará com uma simplicidade espon- Inglaterra, Croácia e Portugal. Foi um dos 36 finalistas do Concurso Inter- tânea e um certo charme de expressão baseada nacional de Piano da Austrália em Sydney numa abordagem romântica visando a forma e um dos oito semifinalistas, entre todos os musical, Peças Líricas de Arregui serão mar- instrumentos, do prestigioso Vriendenkrans

76 77 1.A PARTE: DEJAN IVANOVIĆ 27 ABRIL ENTRADA TEATRO 2.A PARTE: LUÍS ARAÚJO SÃBADO 5€ / 2.5€ VIRIATO 21H00

Concours da Orquestra Concertgebouw, no Bomtempo, Nicolau Ribas e António Fragoso. Final do 3.o Concurso Concertgebouw de Amsterdão e um dos 3 Foi-lhe dedicada a obra “Bamboleio”, de Ale- Internacional de Piano de Viseu finalistas, também entre todos os instrumen- xandre Delgado. tos, do Prémio Novos Talentos Ageas/Casa Atuou com transmissão em direto para a Euro- da Música 2017. Obteve o Prémio “Melhor radio (EBU), Kol Ha Musica IBA (Israel), RTP2 Pianista Português” no XVII Concurso Interna- e Antena 2, e para a ABC Classic (Austrália). cional de Música “Vianna da Motta”, em 2010. Tem discos gravados para o selo Codarts, Atuou em Portugal, Espanha, França, com obras de Prokofiev e Stravinsky, e para a Holanda, Israel, Austrália, Itália, Alemanha, Associação António Fragoso. Rússia, Bélgica, Brasil, Austria, Macedónia, Foi convidado a atuar nos Festivais de Sintra, Japão e Taiwan. Mafra, Cistermúsica Alcobaça, Quatro Destacam-se as suas atuações no Teatro Estações de Vidago, Euro-Mediterraneo Imperial Hermitage e no Teatro Briantzev em (Calabria), Sommerakademie Mozarteum S. Petersburgo, no Stadsschouwburg e Con- Salzburgo, Openlook S. Petersburgo, Forum certgebouw de Amsterdão, no Lucent de Haia, Internacional Torrelodones, Cap Ferret, Festa no Teatro de Jerusalem, na Sala Philips do na Baixa CNC e no Rotterdam Operadagen, Stadsschouwburg de Eindhoven, no Theater onde atuou na apresentação da integral das aan het Vrijthof em Maastricht, no Theater transcripções de ópera de Liszt, interpretando De Vest em Alkmaar, nos Schouwburg de Reminiscences de D. Juan. Roterdão, Utreque e Leiden, na Accademia Como solista, atuou com a Sinfonia Rotter- JÚRI DA COMPETIÇÃO Filarmonica Romana, na Kawai Omotesando dam, Orquestra Nacional do Porto, Rotterdam Tokyo e no Carrie Chang Fine Arts Center Ensemble, Orquestra Filarmónica da Macedó- Diretor Artístico e Presidente do Júri Jurados de Taipei. nia, Orquestra Clássica de Espinho, Orquestra Jorge Martins (Portugal) Aquiles Delle Vigne (Argentina) Atuou ainda na Sala Suggia da Casa da do Norte, Orquestra Sinfónica do Atlântico e Ana Cláudia Assis (Brasil) Música, Museu Gulbenkian, no Teatro S. Orquestra Filarmonica di Stato “P. Constan- Diretor Artístico do Concurso e do FIMPViseu Shao Xiao Ling (China) Luiz, no Teatro S. Carlos, no Grande Audi- tinescu” de Ploiesti (Roménia), entre outras, José Carlos Sousa (Portugal) Luís Pipa (Portugal) tório CCB, Auditório da Fundação Serralves, sob direção de Lior Shambadal, Conrad van Giuseppe Andaloro (Itália) na Sala Gótica do Hôtel de Ville de Bruxelas, Alphen, Marc Tardue, Anton Nanut, Manuel Presidente do Júri Ana Cristina Mota Pinto (Portugal) no Teatro Nacional de Bitola, na Wiener Zaal Ivo Cruz, Sergio Alapont, Roberto Beltrán, Marian Rybicki (Polónia, França) do Altes Mozarteum de Salzburgo, na Salla José Ferreira Lobo, Ahmed El Saedi, Artur Filarmonica de Trento, no Concertgebouw De Pinho Maria, Roberto Misto, Enrique Bátiz e Doelen de Roterdão, no Altes Handelsboerse e Claudio Cohen. O Festival chega ao fim da sua edição de 2019 Viseu (2020), proporcionando assim plata- Mendelssohnhaus de Leipzig, no Palácio de S. Foi professor assistente de piano da Escola com a final do Concurso Internacional de Piano forma única de começar carreira internacional. Clemente no Rio de Janeiro, no Centro Musi- Superior de Música de Roterdão (Codarts), de Viseu. Ao longo de vários dias, vários pia- cal Felicja Blumental de Telavive e no Seymour Responsável pela escolha do vencedor estará da Schola Cantorum de Paris e convidado nistas oriundos de todas as partes do mundo Centre de Sydney. um júri altamente classificado e, também ele, a dar masterclasses e conferências para a juntaram-se em Viseu para discutirem entre si internacional, com representantes de Portu- Cooperou, entre 2006 e 2009, com o coreó- Kawai Omotesando de Tokyo, Chinese Cul- o já prestigiado pódio desta competição. gal, Itália, Argentina, China, Brasil e Polónia. grafo Ton Simons e a companhia Dance Works ture, National Chiao Tung e Chung Yuan Uni- Em edições anteriores, Aristo Sham (Hong São eles que os concorrentes têm que encan- Rotterdam, nas produções Human Figures e versities, Taipei, Conservatório Nacional de Kong) e Dongjun Miao (China) alcançaram o tar durante 3 dias de provas eliminatórias, Moving Being, numa parceria que apresentou Lisboa, Universidade de Coimbra, Esproarte primeiro lugar, à frente de outros talentos como até à final, onde chegam apenas os 3, ou 4, o primeiro livro do Cravo Bem Temperado de e foi jurado do Taiwan International Piano Jiacheng Xiong (China) e Adi Neuhaus (Israel). melhores. O público também será chamado a J. S. Bach pelas principais salas de todas as Ensemble Competition. escolher o músico da sua preferência a quem cidades dos Países Baixos. Em jogo estão 13.500€ em prémios, mas não É cofundador, membro da direção e professor é atribuído 500€. só. O nosso 1.º premiado irá tocar noutros fes- Dedica-se com regularidade à divulgação do da Academia Internacional de Música “Aquiles tivais, por exemplo na Salle Cortot, em Paris, Contamos com a vossa presença neste dia de património musical português. Efetuou pri- Delle Vigne”, do Coimbra World Piano Mee- para a Associação Animato (2020), e também festa, pois a grande qualidade dos músicos meiras audições modernas e estreias mun- ting e do Encontro Internacional de Piano de no 13.º Festival de Música da Primavera – está já assegurada. diais de obras de Frederico de Freitas, J. D. Sardoal.

78 79 FINAL DO 3.O CONCURSO FINAL DO 3.O CONCURSO INTERNACIONAL DE PIANO DE VISEU INTERNACIONAL DE PIANO DE VISEU

Biografias Tóquio (PTNA), Bolzano (Busoni), Kiev (Horo- integrou o Grupo de Música Vocal Contem- dos jurados witz), Monte Carlo, Porto, Tbilisi, Jaen, Rio porânea do Porto, participando na gravação de Janeiro, Macau, Hong Kong, entre outros. de vários discos, programas de rádio e de José Carlos Sousa, pág. 66 televisão e em inúmeros concertos e festivais De 1975 a 1995, foi Conselheiro para a Música Ana Cláudia Assis, pág. 65 em Portugal, Espanha e Alemanha (Berlim). do Centro Nacional das Obras Universitárias e Luís Pipa, pág. 28 Integrando o Grupo Instrumental da Oficina Escolares de Paris. Giuseppe Andaloro,pág. 60 Musical do Porto, teve participações a solo, Em 1993 fundou e tornou-se Diretor Artístico como acompanhador ou integrado em dife- da Associação Animato. Neste papel, para rentes formações instrumentais em todos os além da promoção de inesquecíveis tempo- festivais realizados em Portugal e Espanha, AQUILES DELLE VIGNE radas de Concertos, fundou e participou na e ainda na Alemanha e na Colombia. Reali- fundação de vários concursos internacionais, zou Concertos e Recitais, não só a solo mas «Poucos pianistas podem ir de um brilhante cuja particularidade é o facto de o público também com nomes como Oliveira Lopes e Mendelssohn até um retumbante Liszt passando participar na atribuição dos prémios, entre Palmira Troufa, entre outros, por todo o país por um aristocrático, sofisticado e encantador eles: Grand Prix Animato” (Paris), Morocco e em Espanha e França. Ravel…» diz Harold Schoenberg do New York Philharmonic International Piano Competition Times. O jornal italiano La Repubblica chama- Desenvolveu uma intensa atividade docente, (Casablanca and Rabat), Prix du Piano Inter- -lhe «um príncipe do piano…» e o PRS Rheinische na Escola de Música do Porto, na Escola laken Classics (Berna), Nuits Européennes du Post «um grande senhor entre os pianistas…». Profissional de Música do Porto e no Con- Piano (Luxemburgo). O SVZ Salzburger Volkszeitung intitula a sua MARIAN RYBICKI servatório Regional de Viseu onde continua a crítica «Do silêncio à força do aço». Pelo conjunto das suas atividades, Marian ser professor, sendo Coordenador do Grupo Como pianista e como professor, Marian Rybicki foi condecorado com a Cruz de Ouro Disciplinar de Piano e integrando o Conselho Nascido na Argentina, Aquiles Delle Vigne deu Rybicki junta duas das mais consagradas tra- da Ordem de Mérito. Pedagógico. Completou a Profissionalização o seu primeiro recital aos 8 anos. Aos 17 já era dições pianísticas, tendo estudado na Acade- em Exercício, com elevada classificação pro- discípulo de Claudio Arrau e ganhou o restigiado mia Frederic Chopin de Varsóvia (classe de fissional, na Universidade de Aveiro. Tem visto Grande Prémio «Albert Williams». Este prémio Zbigniew Drzewiecki) e no Conservatório de alunos por si preparados serem premiados abriu-lhe as portas das mais inportantes salas Paris (classe de Pierre Sancan). em Concursos Nacionais e, inclusivé, obte- de concerto do continente. Depois completou a Depois de uma carreira como pianista rem Diplomas Superiores na École Normale sua formação na Europa com o Prof. Eduardo recheada de êxitos, principalmente na Europa de Musique de Paris. Del Pueyo e com Georges Cziffra. de Leste, mudou-se para Paris onde se dedi- Nos últimos anos tem integrado regularmente Realizou mais de 25 tournées no Japão, 10 na cou à sua carreira como pedagogo. Desde júris de Concursos Internacionais (Concurso Austrália, bem como nos Estados Unidos da 1979 que é titular de uma das mais reputadas Internacional Cidade do Porto, Grand Prix América, no México, em Hong-Kong, na Coreia classes de piano da École Normale de Musique Animato em Paris, Piano Campus em Pon- e em toda a América do Sul. Temsido convi- de Paris/Alfred Cortot, e efetua masterclasses toise, Concurso Internacional de Música de dado pelos mais importantes festivais e apre- através de toda a Europa, Ásia e E.U.A. JORGE MARTINS Marrocos, Premio Giuliano Peccar em Gori- seta-se nas mais importantes salas de concerto Muitos dos seus alunos foram premiados Nasceu no Porto, em 1954, cidade onde zia-Itália, Concurso de Rhodes na Grécia, do mundo, Gstaad, Paris, Salzburgo, Madrid, nos mais importantes Concursos Internacio- efetuou os seus estudos, tendo concluído Concurso Ásia-Pacífico em Macau, Hong Euro Festival em Seoul, Beethoven Festival, e nais incluindo Chopin em Varsóvia (1990 e os Cursos Superiores de Piano e de Canto Kong-Ásia Open Piano Competition, Figueira foi dirigido por Lord Yehudi Menuhin, Leopold 2005), Santander (Primeiro Prémio 1978), do Conservatório de Música do Porto, nas da Foz International Prize, entre outros). Inte- Hager, Georges Octors, Alberto Lysy, Lee Don- Leeds (Primeiro Prémio 2009), Marguerite classes de Hélia Soveral e Fernanda Correia, gra o júri do Concurso Nacional de Música de g-ho, Bogo Leskowitch, Vladimir Kim, Emiel Long – Jacques Thibaud (Primeiro Prémio respectivamente. Simultaneamente concluiu a Marrocos (Piano), sendo presidente do Júri Simon, Edvard R. Tchivtzel, André Vandernoot, em 2004), Hamamatsu (Primeiro Prémio em Licenciatura em Economia na FEP. delegado, juntamente com Abdel Rhaman El Edgard Donneux, Kamen Goleminov, Juan 2012), Arthur Rubinstein Tel Aviv (Primeiro Bacha. Fundou os Encontros Internacionais Carlos Zorzi, Jesus Medina, Claudio Santoro, Completou a sua formação pianística fre- Prémio em 2014), Bucharest-George Enesco de Jovens Pianistas em Viseu e realizou, com Henrique Morelenbaum, D. Marinescou, Lau- quentando inúmeros seminários, estágios e (2014), Busoni, Porto, Geza Anda, Geneva. Marian Rybicki, Academias de Verão no Con- rent Petit-Girard, com as mais importantes cursos orientados por M. Rybicki, J. Fassina, servatório Regional de Viseu. orquestras do mundo. Além disso, M. Rybicki tem integrado júris C. Helffer, M.F. Bucquet, V. Perlemüter, S. de muitos Concursos Internacionais – Monte Costa, Constantin Illiescu, entre outros. É DireTor Artístico e Presidente do Júri do Também considerado um professor de topo Carlo, Porto, Pequim (1999 e 2014), Moscovo Concurso Internacional de Piano de Viseu. no mundo, Aquiles Delle Vigne dá Master- Tendo-se dedicado em exclusivo à Música, (Chopin-Jovens Pianistas e Scriabin), Xangai, classes na International Sommerakademie

80 81 FINAL DO 3.O CONCURSO FINAL DO 3.O CONCURSO INTERNACIONAL DE PIANO DE VISEU INTERNACIONAL DE PIANO DE VISEU

Universität Mozarteum Salzburg, foi Visiting Licínia Horta em Viseu, prosseguindo-os na tanto solo como música de câmara e concer- Professor no Royal Northern College of Music Escola de Música do Porto com a professora tos com orquestras nos grandes auditórios e em Manchester e Professor Extraordinaire Hélia Soveral e concluindo o Curso Superior festivais portugueses e, também, em França, da National University em Taipei. Também é de Piano no Conservatório de Música do Itália e China. É detentora dos prémios nos regularmente convidado pela Juilliard School, Porto. Em 2008, na Universidade Católica Concursos de “Cidade de Covilhã”, “Solistas Manhattan e Mannes Schools de Nova York, Portuguesa – Centro Regional das Beiras, pólo da Juventude Musical Portuguesa”, “Prémios pelo Conservatório Tchaikovsky de Mos- de Viseu, concluiu o Mestrado em Adminis- Jovens Músicas da RDP” e “Juventude Musi- covo e pelo Conservatório Korsakov de São tração e Organização Escolar. Em 2015, no cal Portuguesa”. Foi bolseira da Fundação Petersburgo, pelos Conservatórios Central Instituto Piaget de Viseu, concluiu o Mestrado Oriente com a qual continua a manter uma e China de Pequim, pela Universidade Toho em Ensino de Música – Ramo: Piano. Exerce ligação próxima na promoção da cultura musi- de Tóquio, pelas Hochschules de Munique, funções docentes no Conservatório Regional cal chinesa, em Portugal, e vice-versa. A partir Weimar e Hamburgo, pelas Universidades de de Música de Viseu “Dr. José de Azeredo da sua tese de doutoramento, que sequenciou Viena, Seoul, Sydney, Melbourne, Pretória, Perdigão” desde a sua abertura, lecionando investigação em estudos culturais da música Baltimore, Texas, Indiana, Osaka, Kyoto, Ban- a disciplina de Piano. Neste mesmo estabele- erudita, interessou-se, especialmente, na gkok, Tel Aviv, Oslo, Lucca, Bergen… cimento de ensino, desempenhou funções de interação entre a música ocidental e a música Direção Pedagógica (de 1996/97 a 2004/05). chinesa do Século XX e XXI, tendo publicado Tem sido membro ou Presidente do Júri dos vários artigos em ata de conferência e em mais importantes Concursos Internacionais É professora do quadro do Agrupamento de revista, tanto em Portugal como no Brasil. nos cinco continentes: Sydney, Pretória, Cin- Escolas Grão-Vasco, Viseu (grupo disciplinar É frequentemente convidada para realizar cinatti, Xiamen, Georgia, Turin, Paris, Texas, 250 – Educação Musical). concertos/palestras das músicas da China e Casagrande, Masters de Monte-Carlo, Roma Foi membro de júri e diretora executiva e de Portugal. e Varsóvia. A sua vasta discografia (EMI His tesoureira dos “Encontros Internacionais de Master’s Voice, BASF Harmonia Mundi, Jovens Pianistas em Viseu” em 2000, 2001 e BMG-RCA Victor, Naxos, Pavane e EMSsem) 2002. Frequentou masterclasses orientadas recebeu notáveis louvores e distinções. A por Anne Queffélec, Marian Rybicki, Claude sua interpretação dos Préludes de Olivier Helffer. Tem realizado concertos/recitais de Messiaen perante o Papa João Paulo II, no piano como acompanhadora ao piano. Vaticano, mereceu os mais rasgados elogios do compositor. Aquiles Delle Vigne acabou recentemente de gravar a integral das 32 Sonatas para Piano de Beethoven, que se vem juntar a outras integrais como a dos Estudos de Liszt, a da Música de Camera de Ravel (com Alberto Lysy) e a dos Concertos para Piano e Orquestra de Beethoven.

SHAO XIAO LING Shao Xiao Ling é professora auxiliar no Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro e a sua principal área de ensino centra-se em piano performance e música de câmara. É doutorada em Música pela Universidade de Aveiro (2011), Mestre em Piano Performance pelo Rotterdams Con- ANA CRISTINA MOTA PINTO servatorium (2001) e Licenciada em Ensino da Ana Mota Pinto, natural do Porto, iniciou Música pela Universidade de Aveiro (1998). os seus estudos musicais com a professora Como concertista, tem apresentado recitais

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