CONSELHO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL DO

ATA (Notas Taquigráficas)

Local: Salão Negrinho do Pastoreio - Palácio Piratini

Dia: 15 de março de 2011

Horário: 14 horas

Mestre de Cerimônia: Christian Müller Jung

Christian Müller Jung

Damos início à cerimônia de instalação oficial do Pleno do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Rio Grande do Sul. Também prestigiam esta cerimônia: Excelentíssima Senhora Secretária Executiva do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República, Esther Bermerghy de Albuquerque, neste ato representado o Senhor Ministro-Chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Luiz Sérgio Nóbrega de Oliveira; Exmo. Senhor representante da Assembléia Legislativa do Estado, Deputado Alceu Barbosa Velho; Exma. Senhora Procuradora-Geral de Justiça do Estado, Doutora Simone Mariano da Rocha; Exma. Senhora Defensora Pública Geral do Estado, Jussara Acosta; Exma. Senhora Procuradora-Geral Adjunta do Estado, Roselaine Rockenbach; Senhor Secretário Executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, Marcelo Danéris; em seu nome cumprimentamos os senhores Secretários de Estado, aqui presentes. Senhores Conselheiros nacionais do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, José Carlos Bumlai e José Lopes Feijóo; Senhor Presidente da CEEE, Adamir Antônio Marquete; Senhor Supervisor Técnico do DIEESE Rio Grande do Sul Ricardo Fransói; Senhores Conselheiros do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Rio Grande do Sul, Senhores representantes da imprensa, senhoras e senhores.

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O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social é um espaço público, não estatal, que tem o papel de analisar debater e propor diretrizes para promover o desenvolvimento econômico e social do Estado do Rio Grande do Sul. É órgão consultivo do Senhor Governador e integra o Sistema Estadual de Participação Cidadão. Busca intensificar o diálogo e a concertação, fortalecendo a democracia no Estado.

Tem sua constituição na pluralidade da sociedade gaúcha em um ambiente de reflexão, trânsito de ideias, reconhecimento das diferenças na busca de consensos.

O Pleno do Conselho reunir-se-á a cada dois meses, no Palácio Piratini, intercaladas com reuniões das Câmaras Temáticas e outras atividades.

Com a palavra o Senhor Secretário Executivo do CDES, Marcelo Danéris.

Marcelo Danéris

Exmo. Senhor Governador do Estado, ; Senhora Sandra Genro; Exma. Senhora Secretária Executiva do CDES da Presidência da República, Esther Bernerghy de Albuquerque, neste ato representado o Senhor Ministro-Chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Luiz Sérgio Nóbrega de Oliveira, Exmo. Senhor representante da Assembleia Legislativa do Estado, Deputado Alceu Barbosa Velho; Exma. Senhora Procuradora-Geral da Justiça do Estado, Doutora Simone Mariano da Rocha; Exma. Senhora Defensora Pública Geral do Estado, Jussara Acosta; Exma. Senhora Procuradora-Geral Adjunta do Estado, Roselaine Rockenbach, demais distintas autoridades já nominadas pelo protocolo, Senhores Secretário de Estado, equipe de governo que está aqui presente, da Secretaria Executiva do CDES RS, senhores e senhoras Conselheiros e Conselheiras do nosso CDES- RS, para usar a expressão da sigla que nós vamos nos acostumando a partir de hoje, senhores representantes da imprensa, senhores e senhoras.

Quero lembrar, Governador Tarso Genro, que há um ano, quando iniciávamos os trabalhos para organizar um programa de governo para o Estado do Rio Grande do Sul - estava entre outros companheiros sob minha responsabilidade – chamou-me, o Governador, exatamente, há um ano, para dizer: “Danéris nós temos que ter no nosso programa de governo, colocado aí, um Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social para o Rio Grande do Sul”, para que nós pudéssemos inaugurar hoje, um novo patamar de diálogo social amplo.

Esta era uma convicção política e um desejo do então candidato Tarso Genro para que no Governo do Estado nós tivéssemos a capacidade de, ouvindo segmentos tão diversos da sociedade, garantindo participação, diálogo, buscar concertações, olhando para o desenvolvimento econômico e social do Rio Grande do Sul.

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Mas o que nos separou desse momento – Conselheiros e Conselheiras, Governador Tarso Genro – não foi apenas o tempo de uma eleição, a formação de um governo, a formação de uma Secretaria Executiva, que não existia no Estado, a escolha de Conselheiros e Conselheiras. Tudo isso, de fato, deu muito trabalho, exigiu bastante dedicação e muita vontade política do governo e de toda a sua equipe, mas o que nos separou deste momento que vivemos aqui, são dois séculos de disputas políticas no Estado; esses dois séculos de disputas políticas no Estado, que nós não negamos, ao contrário, nos orgulhamos dele, porque foram os ideais republicanos que formaram a identidade gaúcha e brasileira que foi a luta pela democracia na legalidade, que formou a identidade gaúcha e brasileira, que foi a luta popular e a resistência frente a exclusão, representada no Fórum Social Mundial que formou a identidade gaúcha e brasileira.

Mas era natural que, diante destes dois séculos de disputas políticas e de tanta polarização, muitos me dissessem, Governador, - que duvidavam da formação de um Conselho de Desenvolvimento Econômico Social. “ – que aqui no Rio Grande do Sul não era possível se formar, com tantas diferenças, desde o empresário ao trabalhador do campo, a cidade, tantas representações sociais, a possibilidade de formar-se um Conselho que propusesse temas concertados e “consensuados” para o desenvolvimento do Estado.

Diziam-me: “O Rio Grande não se une, no Rio Grande do Sul tu não formas consenso”.

Quantos Conselheiros e Conselheiras estão aqui hoje e ouviram isso ao longo desses dois meses desde que foram convidados: “Mas que consenso vão fazer, não é possível no Rio Grande do Sul pela sua cultura”. Inclusive, passamos por um debate importante que dizia que este Conselho veio para contrapor a Assembleia Legislativa, Deputado. E nós que estamos aqui sabemos, neste Palácio, que todos nós somos democratas, todos nós que aqui estamos lutamos por um Brasil de democracia, por um Estado Democrático de Direito, que queremos os Poderes constituídos, fortes, funcionando, abertos, todos nós sabemos a nossa história, o significado de ter Legislativos fracos ou fechados; nós, não, nós vamos lutar sempre para respeitar o Poder Legislativo e para tê-lo como um eixo, como um pilar fundamental da nossa democracia, com este Conselho de assessoria e consulta do Governador do Estado, que é um Conselho do nosso Executivo Estadual, e eu disse para muitos que me perguntaram: “Então seria melhor que o Governador Tarso Genro, sozinho na sua sala, preparasse um projeto e enviasse direto para a Assembleia Legislativa sem consultar ninguém; isso estaria bem”?

Ou quem sabe o Governador chamasse dois ou três Secretários, consultando-os, decidisse e enviasse um projeto para a Assembleia Legislativa, isso também estaria bem?

Agora, um Governador que se propõe a ouvir um Conselho amplo da sociedade gaúcha antes de tomar decisões ou formar juízo sobre o assunto, para

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que envie para a Assembleia Legislativa, isso é um valor importante que nós temos que afirmar no Estado do Rio Grande do Sul.

Esses que diziam: “Que o Rio Grande não é capaz de se unir”, esqueceram que desse Palácio, aqui, ouvi uma unidade de todo o Estado em defesa da democracia. Foi daqui que o ex-Governador comandou a Legalidade defendendo a democracia e fez do Estado do Rio Grande do Sul o Estado da esperança democrática para todo o País.

O Rio Grande uniu-se aquela vez. Hoje, cada um de nós, cada uma de nós, está unido na solidariedade a Santo Cristo e a São Lourenço.

O Rio Grande do Sul uniu-se mais uma vez entorno da solidariedade. Mas será que nós só podemos nos unir diante da dor e da perda? Será que nós, desafiados a falar sobre o Rio Grande do Sul, perdemos a nossa capacidade de sonhar, a nossa capacidade de transigir frente ao cotidiano que é duro, de disputa de tantos segmentos de interesses corporativos, de interesses regionais? Será que nós perdemos a capacidade de transigir isso e buscar pontos comuns que nos unam para além da dor e da perda, que nós temos a capacidade de sonhar com o Rio Grande do Sul melhor?

Nós, aqui, acreditamos que, não. E é importante confessar: somos um pouco sonhadores, sim. Mas cada um que está sentado aqui, Conselheiro e Conselheira é também um pouco sonhador e acredita que é possível fazer isso. Nós não perdemos a perspectiva que é possível sonhar e que um mundo melhor é possível de ser construído a partir daqui. O povo gaúcho ousou sonhar e acreditar e nos deu dois recados muito claros nas eleições passadas.

O povo gaúcho disse: nós queremos o Rio Grande do Sul de frente para o Brasil, integrado nacionalmente, capaz de aproveitar este círculo virtuoso de crescimento que o Brasil vive, capaz de integrar-se nacionalmente, culturalmente, socialmente, estar ao lado e de frente para o Brasil para construir um processo de desenvolvimento econômico e social comum. E deu outro recado: nós queremos um governo que tenha posição, que tenha programa, que tenha proposta de desenvolvimento para o Rio Grande do Sul, mas que, ao mesmo tempo, tenha uma capacidade de diálogo, de ouvir amplos setores da sociedade e transigir o seu próprio programa para achar pontos de convergência que nos levem a um lugar comum, em direção a esse desenvolvimento.

De lá pra cá, a Secretaria Executiva do Conselho recebeu mais de trezentos pedidos para participar do CDES, o que demonstra o enorme valor que a sociedade gaúcha dá para esse órgão de consulta e assessoria do Governador. Tantos eram os desejos de participar como Conselheiros.

Então, cada um de vocês está convidado por nós a pensar, não nos seus segmentos, não nas suas representações sociais, mas no povo gaúcho que está ali

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fora, nesse povo que aguarda e espera de nós com muita expectativa que nós possamos encontrar rumos e caminhos para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul é para lá, para fora, que nós vamos olhar.

Esse povo - e especialmente os que mais precisam – que às vezes não tem condições de uma refeição e de uma moradia digna, Conselheiro Dom Gillio, esse povo formado de jovens que sonham com a oportunidade de um dia disputar uma olimpíada, Conselheira Daiane, esse povo empreendedor que tem a capacidade de sonhar e construir o Rio Grande, Conselheiro André, e que está precisando daquele “empurrãozinho” nosso da sociedade do Estado, para que nós formemos cada vez mais, pequenas, médias e grandes empresas gaúchas no nosso Estado. Esses tantos gaúchos, que plantam que velam o dia, que olham o futuro com a esperança daqueles que colhem o alimento de amanhã e que sabem a importância de esperar e de construir, de cuidar e de regar este futuro. Esses pequenos agricultores, essa agricultora tão forte para nós, espera de nós uma ação efetiva.

Mas não esperem de nós todas as respostas.

Vocês, assim como eu, assim como o Governador, já foram questionados: “Mas vocês têm resposta para tudo que importa para o desenvolvimento”?

Não, nós não vamos ter respostas para tudo, mas nós vamos ter o esforço sincero daqueles que querem bem o Rio Grande do Sul e que estão dispostos a colocar a sua experiência, o seu acúmulo, a sua vida a serviço do Rio Grande do Sul para pensar esse Estado com futuro de dignidade, solidariedade, fraternidade a médio e longo prazo e que tenham ações imediatas que possam atacar a todos aqueles elementos que nós sabemos estão atravancando o caminho do nosso desenvolvimento.

Aqui, da mesma forma, ninguém está convidado a abrir mão dos seus ideais, das suas convicções; aqui estão convidados a trazer essas convicções e ideias, a fazermos aqui um processo de dissenso e nos encontrarmos no consenso, nos pontos que vão nos unir em torno do Rio Grande do Sul e dos objetivos maiores que nós queremos para o crescimento com inclusão social em um ambiente sustentável; aqui estamos todos a serviço do Rio Grande, Frei Sérgio, mas não vamos abrir mão das nossas posições, mas vamos construir e achar esses pontos comuns com a capacidade de reconhecer diferenças, de reconhecer o outro, de saber todos os interesses que envolvem cada segmento de saber transigir, de saber reconhecer, inclusive, as diferenças étnicas, raciais, culturais, econômicas, sociais, políticas para nos encontrar, para nos dar a conhecer, e para conhecer o outro e poder fazer desse Rio Grande do Sul um Estado cada vez melhor.

Queria, Secretária Esther Executiva do CDES-NA, lembrar a frase do Presidente Lula, na última reunião do Conselho em 2010. Ele disse, que no início – e um pouco isto acontece conosco – no início todos os Conselheiros em 2003, Governador Tarso Genro, olhavam-se como representantes de segmentos, o

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Presidente Lula apontou para a janela – que é uma janela grande lá em Brasília – nós víamos daqui os sindicalistas reunidos num canto, os empresários no outro, o pessoal da agricultura reunido no outro, todos se articulando, cada um se via como representante de um segmento, para oito anos depois todos se reconhecerem como cidadãos brasileiros a serviço do Brasil, é isso que nós desejamos para o nosso CDES. Vivemos aqui, sim, um momento histórico, estamos desafiados, cada um de nós a fazer história. Portanto, sejam bem-vindos os Conselheiros e as Conselheiras, e seja bem-vindo o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Estado do Rio Grande do Sul.

Muito Obrigado.

Christian Müller Jung

Com a palavra o Senhor Conselheiro do CDES RS, Paulo D’Arrigo Vellinho.

Paulo D’Arrigo Vellinho

Exmo. Senhor Governador do Estado do Rio Grande do Sul, Dr. Tarso Genro, e Senhora Sandra Genro; Excelentíssima Senhora Secretária Executiva do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República, Esther Bernerghy de Albuquerque, neste ato representado o Senhor Ministro-Chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Luiz Sérgio Nóbrega de Oliveira; o Senhor Secretário Executivo do Conselho/RS, Dr. Marcelo Danéris, demais distintas autoridades já nominadas pelo protocolo, Senhores Conselheiros do CDES, senhores representantes da imprensa, senhoras e senhores.

Eu estava observando quando nós estávamos entrando aqui na sala, eu disse: “Agora eu entendi porque me convidaram para fazer uma saudação: porque eu sou o decano de todos, não tem ninguém com 83 anos aqui, agora eu entendi! - deve ser coisa do Governador - ele deve ter soprado: - aquele é o mais velho, dá uma chance para ele”!

Então, muito obrigado Governador. Obrigado Marcelo.

Eu quero dizer a vocês: o Conselho de Brasília e o Conselho do Rio Grande do Sul. para mim é a realização de um sonho, um sonho de 25 anos atrás, quando eu imaginava alguma coisa parecida, porque eu observava que as mudanças dos hábitos, inclusive, dos vícios, por exemplo, faziam-se pela pressão da sociedade.

Assim foi nas Diretas Já, por exemplo, onde a sociedade se mobilizou e conseguiu vencer o propósito.

Então, eu acho que esse Conselho, ou o Conselho de Brasília, eu sinto e sempre senti como uma ferramenta extremamente importante para o Governador e para os seus Secretários e para nós todos, para o Rio Grande, porque ele pode ser e é um agente de mudanças - essa que é a verdade - ele é um agente de mudanças.

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E nós somos plural, é só ver a nominata dos Conselheiros para observar que é como se fosse uma grande pizza, no bom sentido, onde cada fatia das noventas divisões representa a sociedade, (parte dela) nós somos, sim, esta é a minha opinião, nós somos representantes do Rio Grande do Sul, com a diferença, nós somos voluntários, nós trabalhamos por uma causa, não trabalhamos por remuneração.

Isso é muito importante, pois nós estamos aqui para servir, sem nos servir, e segundo: nós somos, antes de tudo, cidadãos gaúchos. Nosso compromisso é para o seu Estado e no seu Governo, não é defender os meus interesses de empresário; não, isso ficou lá fora.

Cada um de nós, aqui presente, tem um compromisso com o Estado do Rio Grande do Sul e seu desenvolvimento. E o Estado do Rio Grande do Sul tem tudo para ser um vencedor, porque a coisa mais importante que nós temos e é matéria- prima dos países vencedores: chama-se “o homem do mundo ou o homem gaúcho”.

Nós somos excepcionalmente bons.

Há pouco, o Marcelo falava da dificuldade do consenso, essa mania que nós temos de nos puxar um contra o outro.

Mas, na verdade, nós somos capazes, isso sim, porque nós temos características de cidadania que nos fazem pensar no bem público. Nós temos, na minha opinião, de, antepondo a nossa condição de conselheiro e de cidadão, a nossa qualificação profissional de fazer um belíssimo trabalho aqui no Rio Grande.

Eu acredito que o do Estado do Rio Grande do Sul, com a sua qualidade de homem, tem que melhorar a educação? Tem! Tem que melhorar (que é a proposta do Governador) a remuneração dos professores do ensino fundamental que é o alicerce do conhecimento? Temos! Temos que melhorar a instituição das gestantes? Temos! Então, nós temos condições em médio prazo, de ter o melhor Estado em termos de média de qualidade do gaúcho, e isso faz a diferença, hoje nós estávamos falando que o Governador está pensando em organizar a missão para a Coréia e para o Vietnã, para olhar um País vencedor, que em pouco mais de 40 anos transformou-se em um país quase primário em uma potência mundial, porque há qualidade do homem e há qualidade em educação.

Então, Senhor Governador, eu quero lhe dizer que sou muito grato por ter sido convidado para integrar esse Conselho e o Senhor conhece-me de muitos anos, trabalhamos juntos, quando o Senhor teve a brilhante ideia e a coragem de enfrentar as contestações, inclusive, para criar o Conselho, como comentavam que ele seria o competidor do Congresso, não é verdade.

Nós somos capazes, sim, de mobilizar a sociedade para causas boas, porque nós faremos com isenção de interesses, em virtude mais importante que é o Rio Grande do Sul.

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De modo que eu queria saudar os meus colegas Conselheiros, nós somos, como disse o Marcelo: a primeira conquista do Conselho, que foi nos irmanar; eu acho que isso foi muito importante que o Marcelo referiu.

Nas primeiras reuniões ficava o Feijó para um lado, nós para outro, um desconfiando do outro e já no segundo ano nós nos conhecíamos, nos respeitávamos e dialogávamos que é uma margem inteligente do homem que é o diálogo e a essência do Conselho é o diálogo, a busca do consenso. Então, espero que nesse quatro anos do Governador e mais quatro que virão depois, que nós tenhamos a mesma variação que recebemos do Presidente Lula e endossado pela Presidente Dilma e pelos diversos Ministros que sucederam o Senhor; ou seja, 80% do PAC foi construído dentro do CDES da Presidência da República, está é a verdade, não é a minha verdade, é verdade verdadeira.

Agora, digo mais: a transformação desses trabalhos fundamentados tecnicamente que é importante.

E sempre me perguntaram: “ Tu não fosses computado?” Computado por quem? Eu sou cidadão brasileiro eu estou trabalhando por uma causa, eu não sou desses cidadãos que vê partido político, ideologia; não, é uma causa e essa causa é nossa.

Então, sem dúvida, eu tenho certeza que nós seremos daqui a quatro anos e depois mais quatro se houver (tenho certeza haverá, depende dele) um Conselho que contribuiu, sim, definitivamente, decididamente para o novo Rio Grande, um novo Estado do Rio Grande do Sul.

Eu gostaria de somar todos os seus potenciais em novas realidades. Muito Obrigado.

Christian Müller Jung

Passamos a palavra a Senhora Conselheira do CDES RS, Maria Alice Lahorgue que falará quanto a sua expectativa frente ao Conselho.

Maria Alice Lahorgue

Exmo Senhor Governador do Estado, Tarso Genro e Senhora Sandra Genro, Excelentíssima Senhora Secretária Executiva do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República, Esther Bernerghy de Albuquerque, neste ato representado o Senhor Ministro-Chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Luiz Sérgio Nóbrega de Oliveira; Senhor Secretário Executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, Marcelo Danéris; demais distintas autoridades já nominadas pelo protocolo, Senhores Conselheiros e Conselheiras do CDES RS, senhores representantes da imprensa, senhores e senhoras.

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Eu tenho, inicialmente, que fazer um duplo agradecimento: primeiro por ter sido convidada para participar desse Conselho. Alguns conhecem a minha trajetória e falando com o Secretário Danéris, a primeira coisa que lhe falei foi: “Aquilo que dependesse da minha força de trabalho ele poderia contar”, porque essa é a nossa causa, é a causa do desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul, e para isso eu venho dedicando algumas dezenas de anos.

A outra é por poder expressar-me nesse início dos nossos trabalhos. Acho que essa é uma segunda oportunidade, extremamente que eu prezo muito por poder fazê-lo aqui.

Eu tenho certeza, e assim como o senhor Paulo Vellinho já colocou, a nossa disposição, essas dezenas de Conselheiros e Conselheiras que estão aqui e que se dispõem a doar parte do seu tempo, a doar parte de seu acúmulo é a mesma, é colocar esse nosso acúmulo a serviço do Rio Grande do Sul, é somente isso que nós queremos. Agora, as horas que nós vamos dedicar aqui ao trabalho do Conselho, e eu tendo certa experiência de outros Conselhos desse tipo, como por exemplo, os Conselhos Regionais de Desenvolvimento, serão horas muitas vezes longas, serão horas de trabalho de reflexão, vão ser horas onde nós vamos, ao mesmo tempo, crescer e construir.

Nós vamos construir porque esse Conselhão é uma etapa de construção de participação aqui do Rio Grande do Sul, que foi pioneiro no País e não só pioneiro como muito inovador, nós temos alguns instrumentos de participação que já têm mais de vinte anos.

Os Conselhos Regionais de Desenvolvimento foram pioneiros e inovadores e começaram a ser criados em 1991; antes disso, nós iniciamos o processo de Orçamento Participativo.

Essa participação se manteve, esses instrumentos de participação se mantiveram mesmo com mudanças políticas e mesmo com o sempre problema do tempo, que muitas vezes as coisas cansam. E essa resiliência, essa resistência desses instrumentos mostram o acerto que foi a implantação desses instrumentos, porque a nossa sociedade doa o seu tempo para participar, doa o seu tempo de uma forma absolutamente solidária e isso nós vemos com os Conselhos Regionais de Desenvolvimento em todo o Estado do Rio Grande do Sul vemos com o Orçamento Participativo em todos os Municípios e mesmo no Estado.

A implantação do Conselhão, numa fórmula que já foi testada no Governo Federal, conforme o Dr. Paulo Vellinho acabou de citar, ele vai trazer visões diversas para o processo de decisão governamental e isso é fundamental, porque todos que já participaram do cotidiano da administração de grandes organizações complexas como é um governo de Estado sabe como esse mesmo cotidiano mata uma parte da possibilidade da criação que se tem. O domínio das caixinhas dos nossos organogramas, muitas vezes, acabam com a possibilidade de enfrentarmos os nossos velhos problemas com soluções novas.

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Esse Conselhão formado por dezenas de pessoas de boa vontade, desatrelado de interesses individuais, de interesses corporativos ou partidários, pode trazer essa oportunidade de um sopro, nesse cotidiano que é tão pesado, Governador, e o Senhor sabe disso. E esse sopro é um sopro que deverá ser balizado pela nossa história, mas também ter uma visão de futuro, muito clara. Nós, hoje, temos tarefas do Governo do Estado, tem tarefas que são urgentes, mas que também são tarefas de pensar o nosso futuro, e sem aquilo, (novamente, citando o Senhor Paulo Vellinho) sem a parceria desarmada entre todos nós, entre todos os segmentos da sociedade do Rio Grande do Sul dificilmente venceremos esses desafios.

Eu queria lembrar alguns deles, e são muitos, nós em seguida vamos ouvir o Governador sobre isso. Mas há muitos desafios que precisam ser enfrentados, hoje, é urgente, não é só a questão da educação, mas é a questão da retomada da possibilidade de resposta rápida do próprio Governo do Estado, a questão da liberação de parte do orçamento para investimento, ou seja, a possibilidade de retomada dos investimentos, não aquele investimento que vai resolver um problema que aconteceu ante ontem, mas aquele investimento com visão de futuro. Essa é uma questão fundamental, e essa questão passa por previdência, passa por pacto federativo e só vamos vencer isso se nós tivermos unidos com o pensamento e com a visão de futuro.

As nossas cidades. Nós temos um sistema urbano extremamente harmonioso e que parece que ele é invisível, nós temos uma população urbana já beirando 85%, 90% da nossa população, entre tanto as nossas cidades não aparecem. A própria questão da região metropolitana, que já é tema de um grupo de trabalho, é uma questão fundamental para o Estado e não vou deixar de falar da minha área, que é a Área de Ciência e Tecnologia e Inovação, da qual depende, sim, o nosso futuro em grande parte.

Então, Senhores e Senhoras, Colegas Conselheiros, de agora em diante, ao longo desse mandato de dois anos que temos, teremos bastante trabalho para fazer, e esse trabalho vai exigir de nós, com certeza, muito mais que vir às reuniões, vai exigir um trabalho fora delas, e eu tenho certeza que cada um de nós vai estar perfeitamente afinado com essa necessidade de despendermos talvez mais do que pensávamos ao integrar esse Conselho.

A questão da parceria e concertação ela é fundamental nesse momento do desenvolvimento, mas não é só tratarmos o urgente e prepararmos o futuro do nosso Estado, mas lembrarmos que fazemos parte de um país e que temos responsabilidades, sim, sobre o desenvolvimento desse mesmo país.

Assim, como esperamos que a Federação tenha, assuma, sinta, reconheça a sua responsabilidade sobre o nosso desenvolvimento, só assim, nós poderemos nos desenvolver com equidade e com bem estar para toda a nossa população.

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Essas são as minhas expectativas, Secretário Danéris, sobre o nosso trabalho no Conselho. Muito Obrigada.

Christian Müller Jung

Com a palavra o Senhor Conselheiro Nacional do CDES e Vice-Presidente da CUT Nacional, José Lopes Feijóo.

José Lopes Feijóo

Primeiro, uma boa tarde a todos os Conselheiros e a todas as Conselheiras.

Queria cumprimentar a companheira Esther, do Conselho Nacional de Desenvolvimento, queria cumprimentar o Governador Tarso Genro, o Secretário do Desenvolvimento Marcelo Danéris, as autoridades presentes, meus companheiros do movimento sindical, do movimento social, senhores empresários, senhoras.

Agora, eu já posso tirar os óculos. (eu já li, aqui, a receitinha).

O CDES do Presidente da República, ou, neste caso, da Presidenta da República, agora.

Quando o Conselho se iniciou ele fez uma proposta de que o desenvolvimento brasileiro tivesse como eixo a inclusão social, e o Governo acatou essa propositura de que a inclusão social fosse o motor do desenvolvimento econômico brasileiro. E nós vimos que foi uma iniciativa, extremamente, positiva. Foi a lógica da inclusão social da distribuição de renda que permitiu ao Brasil constituir um mercado de consumo maior do que aquele que ele tinha, e este mercado de consumo foi o que nos permitiu, na crise de 2008, fazer com que o Brasil pudesse resistir a essa crise e sair dela bem rapidamente, e no pior ano, que foi o ano de 2009, ainda com a crise gerar um milhão de postos de trabalho.

E quem ao longo do tempo no Conselho, como eu tenho vivido, vi que nas Comissões Temáticas nós debatemos temas de extrema importância, por exemplo, nós criamos um GT de Matriz Energética. Nesse GT ainda esta em funcionamento, e uma das questões que esse GT foi capaz de discutir foi, por exemplo, um debate muito forte sobre a questão de um acordo nacional, entre trabalhadores e os plantadores de cana e os usineiros e os produtores de álcool desse País. O primeiro grande acordo nacional, eu diria, que estabelecia regras do ponto de vista da dignidade do trabalho dessa atividade econômica. Não foi uma tarefa fácil, gastamos um tempo. E não fomos nós que negociamos, nós produzimos subsídios que depois as partes: trabalhadores, empresários mediados pelo Governo acabaram configurando o acordo.

Nós, no advento da crise, constituímos um Comitê de Acompanhamento da Crise, muitas das medidas que nós sugerimos naquele momento como políticas anticíclicas, foram acatadas e tiveram um importante papel na trajetória em que o Brasil enfrentou a crise.

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No Conselho Nacional tem um observatório de equidade, o que faz um observatório de equidade? Ele analisa o resultado das aplicações das políticas públicas na sociedade, seus impactos, se estão indo bem, se não estão indo bem, que medidas precisam ser adicionalmente tomadas e assim por diante. E vejam, lá nós temos trabalhadores, nós temos empresários, nós temos pessoas da Academia, gente de diversos setores da sociedade, e ninguém abril mão da sua história; eu não abri mão da minha, nenhum trabalhador abriu mão da sua, nenhum empresário abriu mão do seu jeito, muitas vezes, de pensar.

Nós temos divergências sobre 40 horas semanais, por exemplo, que se expressam cada vez que nós debatemos o tema, vamos continuar tendo, esperamos ganhar essa batalha.

Mas, enfim, é um espaço onde nós podemos dialogar, o Conselho faz tudo isso. Tudo isso é importante.

Mas eu queria dar outro testemunho, o que é que eu acho mais importante na existência de um CDES, é o fato de que nós estamos produzindo uma transição da democracia meramente representativa para um processo de democracia participativa, que ainda tem que ser aperfeiçoado, mas uma instância como essa, que reuni diversos setores da sociedade, que permite que nós dialoguemos, com a nossa história de vida, com o nosso aprendizado, com as coisas que nós sofremos, com as alegrias que nós tivemos, com o nosso jeito de ser, mas permite criar um espaço de diálogo, nem sempre de concordância, muitas vezes de construção de consenso, ele se torna o espaço de democracia participativa, extremamente, importante. Evidentemente, que outros elementos têm que serem adicionados (conversávamos durante o almoço com o Governador sobre esse tema) como aproveitar, inclusive, as ferramentas modernas de comunicação, no sentido, de promover a participação popular.

Eu que sou fã de democracia, eu venho de um país, nasci em um lugar onde a ditadura foi muito extensa e muito dura e eu nasci na Galícia, Governador, e estou no Brasil há 58 anos, não é por nada que o meu nome é Feijóo, mas quero dizer que é com dois (oo). A minha terra, onde nasci, viveu uma ditadura muito forte e não é por coincidência que quando começou o processo de integração européia, era um dos países mais atrasados da comunidade européia. Porque a ausência de participação, a ausência de democracia, a ausência de espaços onde nós possamos dialogar não produz nenhum avanço, eu não tenho ilusão sobre isso.

Portanto, ampliar os espaços de democracia participativa e onde nós possamos construir diálogo consensos acordos, dissensos, muitas vezes, constitui um espaço importante de participação popular que nós devemos parabenizar o Governo do Estado, aqui, por estar tendo a iniciativa de constituir o Conselho.

Parabéns, boa sorte a todos e um bom trabalho e o Rio Grande do Sul vai agradecer no futuro.

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Christian Müller Jung

Com a palavra o Senhor Conselheiro Nacional do CDES e Vice-Presidente da Associação de Criadores do Mato Grasso do Sul, José Carlos Bumlai.

José Carlos Bumlai

Boa-tarde a todos! Exmo. Senhor Governador do Estado do Rio Grande do Sul, Dr. Tarso Genro; Exma. Senhora Primeira-Dama, Sandra Genro; Excelentíssima Senhora Secretária Executiva do Conselho de Desenvolvimento Nacional, Esther Bernerghy de Albuquerque, prazer em vê-la aqui. Senhor Secretário Executivo do Conselho de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul, Marcelo Danéris, demais autoridades já nominadas pelo protocolo.

Ficou difícil para eu falar depois que outros Conselheiros já apresentaram a missão que nos foi dada no CDES do Governo Federal. A noite anterior à implantação do Conselho, dia 11 de fevereiro de 2003, nós estamos lá desde essa época, um grupo de empresários, ao qual, eu fazia parte, nos reunimos para saber como nós iríamos nos comportar em um Conselho que tinha o empresariado de um lado, o movimento sindical do outro, representantes da sociedade organizada, onde nós achávamos que os nossos interesses eram divergentes, não chegamos a consenso nenhum, nessa reunião do dia 11, porque, na verdade, ninguém sabia como iria funcionar o Conselho. Fomos para a reunião de implantação no dia 12 de fevereiro, e a partir dali começamos a entender qual que seria o nosso trabalho naquele Plenário. Enfrentamos as dificuldades que já foram aqui colocadas, do Congresso Nacional de achar que nos estaríamos competindo, nada disso! Com o andar do tempo o Rio Grande do Sul começa esse Conselho com uma grande vantagem que é ter o Governador Tarso Genro que foi o grande líder e implantador do Conselho Nacional. Por meio da mão do Governador Tarso Genro, nós conseguimos fazer coisas que nós mesmos achávamos que não seríamos capazes. Ali, nós discutimos os problemas nacionais mais variados e a função do Conselho é sugerir, não precisa ter consenso. Pode dar mais de uma sugestão e a sugestão divergente é apresentada também. E compete ao Presidente da República, no nosso caso, o Governador do Estado tomar o melhor caminho que venha resultar para o bem estar para a sociedade.

O Feijóo citou um ponto que foi chave no Conselho de Desenvolvimento Federal, que foi um gabinete chamado Crise, onde se tentava ali acompanhar no dia a dia e não adianta um mês depois que está com o problema existindo tomar uma solução. Esse Gabinete reunia-se semanalmente, e ali se tomavam as decisões: “tem que tirar o IPI da Linha Branca, tem que tirar o IPI do carro, tem que me mexer aqui, tem que mexer, tem que oferecer dinheiro para substituir as CCs que sumiram do mercado”.

E graças a essas atuações, extremamente em tempo, nós conseguimos abreviar o tempo de permanência nessa crise, e criar mais de 1 milhão de empregos, em plena crise.

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Eu queria agradecer, Governador Tarso, o convite para estar aqui, mas ao mesmo tempo, eu vejo isso como uma necessidade, não só do estado do Rio Grande do Sul como todos os Estados do Brasil. Porque quando nós olhamos 80, 90 pessoas reunidas nós perguntamos: como é que nós vamos trabalhar? À medida que as coisas forem acontecendo que os grupos de trabalhos forem criados os temas forem colocados na Mesa para discutir e cada um colocando a sua opinião, vocês fizerem a Ata de consenso ou não, para poder submeter à apreciação do Governo, vocês verão quão útil e quanto nós podemos prestar esses serviço ao nosso País.

Parabéns ao Rio Grande do Sul, parabéns Governador por essa brilhante iniciativa e parabéns aos Senhores Conselheiros, que é uma honra, um dia vocês vão lembrar isso. É uma honra poder estar sentado aí. Boa sorte a todos!

Christian Müller Jung

Com a palavra a Senhora Secretária Executiva do CDES da Presidência da República, Esther Bernerghy de Albuquerque, neste ato, representando o Senhor Ministro-Chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Luiz Sérgio Nóbrega de Oliveira.

Esther Bernerghy de Albuquerque

Exmo. Senhor Representante da Assembleia Legislativa do Estado, Deputado Alceu Barbosa Velho; Exma. Senhora Procuradora-Geral de Justiça do Estado, Simone Mariano da Rocha, Exma. Senhora Defensora Pública Geral do Estado, Jussara Acosta; Exma. Senhora Procuradora-Geral Adjunta do Estado, Roselaine Rockenbach; Senhor Secretário Executivo do CDES, Marcelo Danéris, e em seu nome cumprimento a todos os Senhores Secretários de Estado, demais distintas autoridades já nominadas pelo protocolo.

Meu querido Governador do Estado, Tarso Genro, nosso líder lá no Conselho de Desenvolvimento Econômico Social. É com imensa satisfação, hoje, que represento, aqui, o Ministro Luiz Sérgio e quero parabenizar os Conselheiros do Rio Grande do Sul, o Governador do Estado e todo o povo do Rio Grande do Sul pela criação e instalação deste Conselho. Eu tenho absoluta certeza que em breve todos estarão dando-se conta do grande presente que é este momento do CDES, a integração que vocês vão construir aqui, as possibilidades nem imaginadas por vocês em pouco tempo vocês terão a absoluta certeza da efetividade desse Conselho e da construção social que significa ele, é muito mais que um conjunto de sugestões, um conjunto de consensos que vão ser importantes para o Governador.

Mas entre vocês o que vai se construir é muito mais forte; o que vai se construir, aqui, entre cada um dos Conselheiros que muitas vezes nunca tinham sentado um ao lado do outro, que nunca tinham tido a oportunidade de se conhecer, que nunca tinham tido a oportunidade de conversar, e a conversa o diálogo são absolutamente transformador. Em pouco tempo vocês estarão

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sentindo, também, responsáveis e dirigentes do futuro do Rio Grande do Sul. Esse é o grande diferencial de um CDES, é a oportunidade que vocês vão construir pela relação que vai se dar, aqui, neste Conselho, entre cada um de vocês e entre vocês e o Governo.

Na Presidência da República, hoje, nós podemos dizer que, com a absoluta segurança que o Conselho é um espaço de diálogo e de concertação. E diálogo e concertação sobre o desenvolvimento brasileiro, isso é muito importante, o Conselho não é um Conselho setorial, ele é um Conselho de desenvolvimento, ele foi criado pela Presidência da República para assessorar o Presidente da República nas questões do Desenvolvimento Nacional. Então, ele não discute questões setoriais na Presidência, ele é uma arena democrática que traz para o Estado a dimensão política do Desenvolvimento, isso também é muito importante. Ele não quer dar a melhor solução técnica para nada; ele simplesmente traz para o Estado o que faltava que era a dimensão política do desenvolvimento.

Essa dimensão que o Celso Furtado, o nosso grande desenvolvimentista, já tanto falava, e dizia que ela é inalienável, tanto faz que se tenha uma perspectiva ou um exercício analítico do desenvolvimento macroeconômico ou microeconômico, o que manda o que traz efetividade é a dimensão política, então é essa dimensão política que está presente no CDES.

Como um fórum político o Conselho firmou-se como um espaço de manifestação e escuta, de explicitação de divergência e busca de entendimentos. Explicitação de divergência como o Conselheiro Feijóo falou aqui; Conselheiro Bumlai, são muitas as divergências, mas é ao explicitá-las que você tem conteúdo para trabalhar sobre elas, se você não tivesse espaço para a explicitação das divergências, elas jamais poderão ser processadas e você jamais poderá construir um consenso, embora as sugestões dos Conselheiros sejam absolutamente legítimas e válidas; as sugestões individuais dos Conselheiros, a força que o Conselho manifesta está nos seus consensos. É justamente o trabalho a batalha por esse consenso é que faz com que o Conselho tenha voz e tenha efetividade.

O Governador Tarso Genro foi de uma importância crucial dentro do Conselho, o Conselheiro Bumlai já falou sobre isso, ele participou de dois momentos que eu considero extremamente importantes no Conselho: um a própria criação do Conselho em 2003, quando o Governador Tarso Genro construiu o Termo de Referência do Conselho, dialogou sobre as reformas, coordenou todo o diálogo sobre as reformas que, naquele momento, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tinha colocado sobre a responsabilidade do Conselho esse diálogo, e construiu as Cartas de Concertação.

As Cartas de Concertação, eu sei que vocês já vão ter um primeiro rascunho, hoje, de uma Carta de Concertação; elas são absolutamente fundamentais, porque nessas Cartas que vocês vão registrar os primeiros consensos, o primeiro fruto do diálogo do Conselho onde vocês vão registrar os valores, as diretrizes sobre os quais o diálogo vai ser construído, isso é fundamental, esse início vai basear todo o

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trabalho posterior do Conselho. Então, essas Cartas de Concertação são fundamentais.

Então, eu não tenho dúvida que em 2003 foi um momento fundamental, foi um momento onde o Conselho, como já disse o Conselheiro Feijóo, aqui, construiu uma concertação em torno de uma agenda de desenvolvimento, que essa agenda de desenvolvimento tinha como eixo central a superação das desigualdades sociais, e a retomada do crescimento econômico, porque o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu esse País com elevadíssimo grau de desigualdade social e com baixíssimo crescimento econômico, então, eram dois problemas centrais, e o Conselho foi quem fez a concentração sobre a agenda de desenvolvimento que tornou possível a ruptura com esse modelo de atraso anterior.

Em 2006, quando o Governador Tarso Genro volta ao Conselho, fez um trabalho importantíssimo, que é um trabalho que se chama “Enunciados Estratégicos para o Desenvolvimento”.

Naquele momento dos Enunciados Estratégicos para o Desenvolvimento, a proposta era que o Conselho apresentasse à Presidência da República um programa com objetivos, com metas, que pudessem orientar o futuro do País, e foi isso que se fez nos Enunciados Estratégicos. Esses Enunciados Estratégicos deram a base para dois programas importantíssimo no segundo mandato do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foram o PAC e o Plano de Desenvolvimento da Educação, foram dois programas fundamentais. E também construiu um conjunto de objetivos que naquele momento pareciam impossíveis, como e eu lembro do Conselheiro Gerdau falando isso, apresentando isso ao Conselho.

O Brasil pode crescer em média 6% a.a e eu lembro dos trabalhadores falando, “nós podemos gerar, pelo menos, gerar 150 mil empregos/mês, e também, o conjunto de economistas que estavam lá diziam: “nós podemos expandir o crédito no País até pelo menos 50% do PIB em 2010”, e davam um prazo, diziam que por dia e dava prazo.

Eu lembro que um importante jornalista brasileiro, que tem muita audiência no Brasil, dizia o seguinte: “os números que o Conselho apresentou são todos muitos objetivos, mas estão todos errados.

Em 2010 nós fizemos o monitoramento desse conjunto, acho que saiu um conjunto de 24 enunciados, a maioria dos enunciados eram efetivamente objetivos, mas estavam totalmente certos, com raríssimas exceções.

Nós crescemos no ano passado 7,5%, superando, inclusive a expectativa dos Conselheiros. Hoje, 150 mil empregos é pouco, nós estamos gerando 250 mil empregos em médias mensais e nós chegamos a 48% de crédito do PIB.

Então, vale a pena ser audacioso, o Conselho tem que ser ousado, é isso que se espera de um Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, ousadia e capacidade para transformar essa ousadia em realidade.

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Hoje, nós temos no CDES, como nosso objetivo principal: construir um novo consenso a partir dessa ruptura que houve com a crise econômica.

A crise econômica e financeira internacional, efetivamente, rompeu com o modelo anterior e os países que não tiverem compreendido isso e que não estiverem apresentando uma agenda de desenvolvimento onde esteja embutida essa compreensão não terão capacidade de superar a crise.

O Conselheiro Feijóo colocou aqui, e o Conselheiro Bumlai, também o monitoramento que o Conselho fez sobre a Crise Econômica e Social em 2008. Em março de 2008, o Conselho fez a sua primeira reunião sobre a crise.

E naquele momento nem se falava em crise no Brasil. E começou a emitir um conjunto de recomendações ao Presidente de República; o Presidente Lula chamou o Conselho, que se reuniu com ele, o Conselheiro Feijóo estava junto, naquele momento, ele era do Comitê Gestor do Conselho, - que tem um Comitê Gestor no Conselho, apresentaram ao Presidente Lula; a maioria daquelas recomendações foram incorporadas as políticas públicas e nós conseguimos passar pela crise e sair muito mais fortalecidos que a maioria dos países, hoje, no mundo.

Então, reconhecendo que esse momento era um momento de ruptura, reconhecendo que o Brasil saiu melhor da crise, porque nós tínhamos um patamar de desenvolvimento superior ao de 2003, esse reconhecimento levou os Conselheiros apresentarem ao Presidente, em outubro de 2010 uma nova agenda, a agenda do novo ciclo de desenvolvimento. Essa agenda traz um conjunto de propostas para o Brasil, já considerando esse novo patamar de desenvolvimento, já considerando que nós temos uma economia muito diferenciada do que tínhamos em 2003, e que o potencial do Brasil e as oportunidades do Brasil são muito maiores hoje.

A partir desse consenso, neste momento, o Conselho dedica-se a fazer uma articulação dessa agenda que o Conselho apresentou à Presidência da República com a agenda de prioridade da Presidenta .

Agenda de prioridade da Presidenta é a erradicação da pobreza extrema, a infraestrutura, a questão do desenvolvimento econômico, e o direito de cidadania.

Então, neste momento, o Conselho já fez uma primeira reunião, onde está articulando a sua agenda com as prioridades de governo e também outra proposição de agendo do Conselho para este ano é construir um consenso sobre desenvolvimento sustentável. Esse consenso sobre desenvolvimento sustentável a intenção é que ele possa contribuir para a posição brasileira que vai ser apresentada na Rio+20.

Então, esse consenso sobre desenvolvimento sustentável, agora, é uma das prioridades do Conselho e ele quer apresentar para a Presidência e pretende que esse consenso contribua com a posição que o Brasil vai apresentar na Rio+20.

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Então, é essa experiência que nos permite trazer, hoje, ao Rio Grande do Sul uma mensagem do Ministro Luiz Sérgio para que os Conselheiros, ao mesmo tempo que se sintam honrados pelo convite recebido pelo Governador Tarso Genro, para participar do Conselho, tenham certeza que estão recebendo a enorme responsabilidade de construir com diálogo, confiança e vontade política um futuro justo e solidário para o Rio Grande do Sul. Obrigada.

Christian Müller Jung

Neste momento, ouviremos Sua Excelência, o Senhor Governador do Estado Tarso Genro.

Tarso Genro

Querida amiga Dra. Esther, que fez um trabalho extraordinário na Secretaria Executiva do Conselho, e que está aqui representando o Ministro Luiz Sérgio, a quem eu agradeço com toda a colaboração que sempre recebi, da sua inteligência, da sua educação e também a sua presença, aqui, neste momento. Querido Deputado Alceu Barbosa Velho, que aqui representa a nossa Assembleia Legislativa do Estado, Digna Procuradora-Geral de Justiça do Estado, Dra. Simone Mariano da Rocha, que nos honra com a sua presença; Exma. Senhora Defensora Pública Geral do Estado, querida Dra. Jussara Acosta, que nos honra também com a sua presença; Digna Procuradora-Geral Adjunta do Estado, Dra. Roselaine que nos honra com a sua presença representando esse corpo funcional de grande importância para o Estado do Rio Grande do Sul; meu querido companheiro Marcelo Danéris, Secretário Executivo do Conselho, a quem devemos a presteza, a sabedoria, a capacidade técnica da montagem do Conselho e desta brilhante reunião que estamos participando, aqui, prestigiada por todos os Conselheiros; meu querido Vice-Presidente da CUT, cx-Presidente e sempre Presidente, José Lopes Feijóo, muito obrigado pela tua presença, tu és um quadro político sindical importantíssimo do nosso País, eu conheço a tua trajetória e a tua presença aqui, a tua fala foi extraordinariamente importante para todos nós, muito obrigado; Dr. José Carlos Bumlai, meu querido amigo, quem tive a honra de convidar para bilhar nesta reunião, é um dos grandes empresários desse País, que há muito tempo vem abrindo os olhos do empresariado brasileiro, e de todos os empresários de boa vontade desse País para uma compreensão de que um País só cresce se ele crescer junto com a totalidade de seu povo, e cresce distribuindo renda, cresce distribuindo conhecimento, inteligência, sabedoria e o Dr. Bumlai esteve desde o começo no CDES, foi um parceiro extraordinário, e a sua experiência portada aqui, a sua presença aqui, nós honra muito, a mim como seu amigo pessoal e também como companheiro de jornada na afirmação do nosso CDES, que não foi fácil aqueles dois primeiros anos, Dr. Bumlai.

Queria agradecer a presença de todos os Conselheiros e Conselheiras, que aceitaram o dever de participar desse Conselho.

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Eu vou ser bastante breve porque nós temos uma reunião de trabalho após, e eu vou participar de toda ela, mas eu não posso deixar de lembrar alguns fatos que ocorreram na instalação do CDES, porque ele é educativo para todos nós.

Eu me lembro que logo após eu ter entregue o Termo de Referência ao Presidente e foi enviado ao Congresso a medida provisória que se transformou em lei, uma boa parte dos comentaristas políticos do nosso País apontaram no Conselho o elemento de desestabilização democrática no País, porque visava, segundo a visão que foi divulgada naquela oportunidade, desestabilizar o Congresso Nacional, e instituir ao lado do Congresso e anulando um Congresso, o soviete. Um soviete estranho porque tinha banqueiro, tinha padre, sem-terra, tinha grandes empresários, e isso não foi feito de má-fé, na verdade, isso foi feito, em primeiro lugar pelo desconhecimento do significado desse Conselho em outro países mais desenvolvidos e também da dieta informativa e da dieta democrática que nós sofremos em função do regime militar, na cabeça daqueles consultores da opinião, - chamados formadores de opinião – qualquer elemento que se reportava ao Estado de maneira organizada para a partir dessa organização formar opinião, interferir na conduta dos governantes seria uma forma de subverter o estado democrático de direito.

Esqueci-me, inclusive, que a própria Constituição Federal do nosso País, a Constituição de 88, prevê essas forma de participação, não só por meio da representação política, mas de participação direta pela forma que a lei determinar, e da forma que a lei determinou no caso concreto, foi o CDES.

Nós estamos muito felizes, aqui nos Estado, porque nós saltamos dessa fase, o Rio Grande do Sul é um Estado muito politizado.

O Rio Grande do Sul, os seus partidos políticos, pelo menos a ampla maioria deles são partido que têm uma tradição no nosso tecido socioeconômico, na nossa estrutura de classes e representam pontos de vista relativamente definidos, e isso permite de uma parte que os partidos sejam interlocutores políticos no Parlamento e na sociedade e ao mesmo tempo possam dialogar com firmeza entre si para compor programas ou para localizar as suas divergências e estabelecer, portanto, o contencioso democrático como é adequado ao estado democrático de direito.

Eu sempre, quando falo no Conselho, faço um apelo à paciência, e é preciso paciência para participar de um Conselho como esse. Porque a vida que nós sofremos e fluímos e vivemos é sempre composta de urgências, de questões que têm que ser respondidas rapidamente, e às vezes até radicalmente, seja do ponto de vista da extrema esquerda, seja do ponto de vista da direita autoritária, vamos responder rapidamente e sanear pela raiz as coisas, e rapidamente tomar uma decisão que debela uma situação negativa, às vezes uma situação negativa foi construída durante 30 anos, mas que querem eventualmente sanar com uma medida extrema, como se isso fosse possível. Não é possível! E ainda bem que não é possível, porque as medidas tomadas de afogadilho, rápidas, extremistas são medidas que, normalmente, vem apenas de uma fonte de autoridade que tem a

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capacidade de tomar uma decisão, elas não são nem construídas no tecido social, e nem na própria estrutura de Poder que está montada com a sua base social específica e os seus agentes de representação.

Então, são medidas que ordinariamente, às vezes, contentam, pelo menos uma parte da mídia, dão alegria para determinados setores, mas demonstram a sua impotência, e a sua ineficácia rapidamente, também, porque decaem, porque não entram na vida da sociedade, porque não respeitam as diferenças sociais, porque não contemplam o somatório ou as sínteses dos pontos de vista que na sociedade são sempre divergentes.

Eu me lembro em uma época em que se discutia a questão da reforma do Estado no Brasil e que se dizia o seguinte, a mensagem que se passava: “servidor público é vagabundo, não trabalha, nós temos que terceirizar tudo” e um colunista chegou a escrever: “inclusive, na polícia nós temos que contratar mercenários americanos para vir aqui substituir a nossa polícia e nossas questões estariam resolvidas”.

Esta visão que se demonstrou, como é óbvio, absolutamente impotente, foi a visão que em última instância foi derrotada pelos oito anos de Governo do Presidente Lula, e não que o Governo do Presidente Lula tenha sido perfeito, como todo o Governo tem erros, tem acertos, tem grandezas e tem problemas e tem misérias.

Agora, a síntese que nós podemos retirar da formação de uma nova identidade nacional brasileira advém desses oito anos de mudanças, que nos permite, agora, colocar, inclusive, as nossas divergências num patamar superior, porque nós podemos discutir, hoje, de maneira tranquila entre nós o seguinte: bem, alguém é contra a distribuição de renda? Não. Alguém é contra que haja crescimento econômico, e que se combine crescimento econômico com racionalidade nas despesas pública? Não. Alguém é contra que se tenha um servidor público altamente profissionalizado, bem remunerado? Alguém é contra que tenha um controle social forte sobre a conduta dos agentes do Estado, estruturas de controle de fora para dentro, sobre as condutas dos agentes públicos? Parece que não.

Então, a nossa discussão está em um patamar superior porque ela se configura na seguinte pergunta: Como fazê-lo, então? Como realizar isso? E no como realizar aparecem também dissensos, agora, mesmo nesse como realizar é possível identificar algumas questões universais que, em última instância, são de interesse de toda a sociedade e vão colocar as divergências também num novo patamar, num patamar mais elaborado, em um discurso mais claro na superação de divergências que são ranços ideológicos e divergências que são secundárias, inclusive, para o futuro de uma instabilidade social que seja combinado com inclusão social, no diálogo social que seja combinado com o despertar das energias vitais da sociedade, onde a imaginação está aberta para ser percorrida por cada um de nós, por cada grupo social por cada projeto político.

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E o nosso CDES ele vai ter que trabalhar sobre alguns temas de vista aqui no Estado, por exemplo, o Governo reconhece, aqui, de maneira pública e formal que não sabe ainda qual é o modelo de pedágio para o Estado.

Eu me lembro que havia uma divergência há 15 anos em que se dizia: “ou pedágio ou não pedágio”, isso foi superado, independentemente, se tivesse razão ou não. Os pedágios, hoje, estão constituídos com uma realidade que nós temos que lidar com ela, pelo menos em algumas estradas importantes no nosso Estado, porque é impossível volta atrás e não termos pedágios, porque não termos pedágio significaria nós aumentarmos a carga de impostos para jogar na substituição daqueles recursos que vêm dos pedágios para a manutenção e construção de estradas, é um raciocínio bem elementar, não é uma questão nem de paixão, de ser a favor ou de se contra o pedágio.

Agora, o nosso Governo se coloca. Qual o melhor modelo? Qual o modelo que melhor atende o interesse público? Qual o melhor modelo que preserva as nossas estradas? Qual o modelo mais barato? Qual o modelo que respeita as cidades nas suas integridades? Qual o modelo que não se torna, na verdade, uma estrutura de contenção das populações de baixa renda para fluir as próprias estradas? Nós temos que responder isso. Tem questões ideológicas aí no meio? Tem. Mas tem uma questão concreta que tem que ser respondida porque é um projeto que nós temos que resolver ainda este ano, para o ano que vem ter os modelos adequados para organizar o pedagiamento e em que regiões esse pedagiamento vai ser estruturado em nosso Estado.

Outras questões como a questão da região metropolitana.

Eu me lembro uma época que se discutia a questão dos consórcios municipais. É válido? Não e válido? Deve? Não se deve? Eu me lembro que essa discussão se deu em um determinado momento em que se discutia não ainda a questão do saneamento básico e das bacias metropolitanas para a questão do saneamento, se discutia, naquele momento, a integração do transporte coletivo e da necessidade de consórcios para a organização desse transporte coletivo.

Hoje, nós temos uma lei dos consórcios municipais, dos consórcios públicos no País. Eu tive a honra de ser um coordenador da aprovação no Congresso Nacional, e nós temos que responder, aqui, na nossa região metropolitana, se vamos utilizá- los? Como utilizá-los? E quais as integrações metropolitanas necessárias para responder a questão ambiental, a questão específica do saneamento básico, a questão do transporte coletivo metropolitano que em última instância se constituem em responder a direitos fundamentais da nossa cidadania, e principalmente de quem? Das populações mais pobres. Se nós, pessoas de classe média, ou pessoas mais abonadas ou pessoas ricas. A questão do transporte coletivo metropolitano é só um dado sociológico, empírico, mas para milhões de pessoas é uma questão vital para a sua mínima qualidade de vida.

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Então, esse Conselho vai ter que nos orientar nessa discussão, articulado com a Metroplan e com os consórcios que já estão se formando. Qual a atitude que nós vamos ter em relação à formação de uma região metropolitana integrada que tenha a capacidade de acolhimento da nossa população para o melhor padrão de vida.

Está primeira Carta de Concertação é um terreno no qual nós vamos cristalizar as nossas recomendações, os nossos consensos e vamos também suscitar as nossas dúvidas, estabelecer as nossas controvérsias. Nós aprendemos, Esthersinha, Feijóo e Bumlai, lá no CDES do nosso País que muitas vezes a divergência é suprida pela proposta, embora os fundamentos da mesma permaneçam inalterados em cada consciência, a proposta supriu a divergência, porque ela é um pacto concreto naquele momento para realizar uma determinada concertação em cima de um tema.

Vou dar um exemplo concreto: a política de recuperação do salário-mínimo que está instituída, agora, por lei. Pela política do Presidente Lula era uma das fortes polemicas em que nós tínhamos dentro do CDES, quando foi feita uma proposta de que a política de recuperação do salário-mínimo tinha que estar ligada ao crescimento do PIB, com o crescimento do País, com o ingresso da classe trabalhadora no mundo da carteira assinada essa proposta se tornou praticamente consensual e é um dos enunciados estratégicos do CDES que trabalhou conosco e naquela oportunidade, a Fundação Getúlio Vargas e que continuará trabalhando conosco, se tudo correr bem, como nós achamos que vai correr aqui no CDES-RS. Vocês já têm, inclusive, na sua pasta uma contribuição da Fundação Getúlio Vargas sobre a natureza do nosso conselho.

Então, eu queria fazer dessa minha primeira intervenção apenas estas observações.

Quando nós chegarmos aqui na nossa reunião de trabalho, nós temos que nos acostumar, não precisam vocativos, não é uma reunião de solenidades, não tem que se reportar a Mesa, elogiar o Governador,- pode criticar, se for para criticar não tem problema, elogiar não precisa, não é uma reunião de formalidade, é uma reunião de trabalho.

Então, o Conselheiro chega aqui e dá o seu recado, e se possível o mais direto, o mais objetivo que ele consiga dar, vocês vão ver que no começo nós vamos criando, inclusive, um corpo de linguagem que vai criando a identidade, e essa criação da identidade é fundamental para o Conselho poder produzir. Vão ter determinados temas, às vezes polêmicos que nós vamos chamar o Conselho, extraordinariamente, para consultar e apresentar uma determinada proposta onde o Conselho vai produzir, rapidamente, uma recomendação ou vai evitar se quiser se manifestar sobre aquele tema.

Então, trata-se, na verdade, uma estrutura coletiva de assessoria superior do Governador e de consultoria superior do Governador, essa é a função do CDES;

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ninguém, aqui precisa abdicar da sua ideologia, da sua identidade política, do seu partido, da sua trajetória, muito menos, obviamente, da sua inteligência e da sua capacidade de discernimento.

Mas o trabalho do Conselho é um trabalho que visa municiar o Estado para ele responder de maneira democrática aos grandes temas concretos de natureza econômica, social e política que um governo democrático tem que enfrentar.

A palavra concertação, segundo informaram-me os gramáticos da época, onde eu coloquei essa palavra no Termo de Referência que eu tirei do Conselho Português e também da experiência espanhola, disseram-me naquela época que não existia nos dicionários brasileiros, por que não existia? Porque esse hábito não existia, então a palavra que lhe dava qualidade, que revelava o seu conteúdo não existia. Existia a palavra conciliação que significava. na gramática política brasileira, uma unidade sem princípios entre pessoas ou entre classes para prejudicar uma terceira.

Então, não é um Conselho de Conciliação , é um Conselho de Concertação, onde estes objetivos sínteses levam a sociedade para frente, distribui renda geram empregos, geram iniciativas a iniciativa privada, geram políticas públicas no estado para sairmos de mais desigualdade social para menos desigualdade, menos coesão para mais coesão, menos identidade de nacional, no caso concreto, identidade regional para mais identidade regional e, portanto, um convite para que o Rio Grande do Sul dê mais um exemplo para o nosso Brasil que irá cada vez melhor se nós continuarmos no rumo que nós estamos construindo de maneira plural e coletiva como fazemos até agora. Muito Obrigado.

Christian Müller Jung

Damos por encerrada esta Cerimônia de instalação do Conselho e informamos que refaremos a Mesa para dar início aos trabalhos do Pleno do CDES.

Solicitamos que os Senhores Conselheiros, por gentileza, permaneçam sentados em suas bancadas.

Gostaríamos de convidar para compor a Mesa dos trabalhos os Exmos. Senhores, Governador do Estado, Tarso Genro, Secretário Executivo do CDES, Marcelo Danéris; e os Senhores Secretários de Estado, Secretário Estadual de Governo Estilac Xavier, Fazenda, Odir Tonollier, Planejamento, Gestão e Participação Cidadã, João Motta, Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Mauro Kinijnik; Trabalho e Desenvolvimento Social, Luiz Augusto Lara; Ciência e Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, Cleber Prodanov; Economia Solidária e Apoio a Micro e Pequena Empresa, Maurício De Sedrik; Chefe da Casa Civil, Carlos Pestana; Agricultura Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi; Desenvolvimento Rural e Cooperativismo, Ivar Pavan; Reitor da UERGS, Professor Fernando Guaranha Martins e a Secretária Adjunta do CDES, Mari Machado.

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De imediato, passamos a palavra ao Senhor Secretário Executivo do CDES, Marcelo Danéris, que coordenará os trabalhos.

Marcelo Danéris

Bom, Conselheiros e Conselheiras vamos dar início imediato aos nossos trabalhos nessa tarde, pedir a colaboração daqueles que estão saindo da solenidade, que o tom de voz seja mais baixo ou deixe para conversar, ali, depois das escadas para que nós tenhamos uma boa dinâmica de trabalho.

Eu queria pedir, de imediato, a Assessoria Técnica Executiva que colocasse nos telões as propostas do Termo de Referência e do Regimento Interno.

O Termo de Referência e o Regimento Interno nós entregamos com bastante antecedência para todos os Conselheiros e as Conselheiras.

Termo de Referência é o termo que diz os objetivos e as características do Conselho, todo isso que nós viemos conversando e dialogando já há algum tempo: o Conselho, para que serve? O que a Secretaria Executiva faz? O que não faz? O que cada Conselheiro tem para fazer? Ou seja, ali não estão os elementos efetivos, do nosso debate, que são os elementos do desenvolvimento do Estado. A mesma Coisa o Regimento Interno, também entregamos com antecedência, é um Regimento, obviamente, mais simples porque a organização dos nossos trabalhos não se comparam com os Regimentos Interno do Legislativo e do Judiciário, mas ele é um Regimento que organiza um pouco os nossos trabalhos a nossa vida.

Para todos os Conselheiros e as Conselheiras nós pedimos que se tivessem contribuições, tanto ao Termo de Referência, quanto ao Regimento Interno, que nos passassem com antecedência para que nós fôssemos absorvendo e de fato aconteceu isso.

Muitos Conselheiros e Conselheiras passaram-nos contribuições ao Regimento Interno e ao Termo de Referência e nós absorvemos todas as propostas, basicamente uma ou outra que não encaixava por um ajuste mais de trabalho legal, nós conversamos imediatamente com o Conselheiro e a Conselheira que fez a proposta.

Eu queria, para que nós tivéssemos uma celeridade maior no nosso trabalho inicial e possamos passar direto ao nosso objetivo central que é discutir a Carta de Concertação que o Governador vai aqui falar sobre ela,que nós abríssemos os debates com os Conselheiros e as Conselheiras, que se não tivesse desacordo dos Conselheiros e das Conselheiras dos Termos de Referência e do Regimento Interno, que nós possamos aprová-los, agora, e passarmos adiante no tema da Pesquisa que é um produto do próprio Conselho feita pelos próprios Conselheiros e pelas Conselheiras. Eu não sei se tem algum desacordo? Aqueles que mandaram já sabem, obviamente, que nós já absorvemos. Se não tiver nenhum desacordo desse material vou considerar aprovada. Pode ser? Aprovado o Termo de Referência, e aprovado o Regimento Interno do CDES.

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Eu queria convidar, de imediato, o Professor Marco Aurélio Rúdiger que vai fazer a apresentação do nosso material que é a pesquisa que nós realizamos, que é um quadro para aquele Conselheiro e Conselheira que nós conseguimos conversar ao longo dos últimos dias, que foram lá na Secretaria Executiva, ou que nos encontramos em atividades nós já dissemos: nós vamos apresentar uma pesquisa que dá um perfil do Conselho feita pelos próprios Conselheiros e Conselheiras, ao final de mandato de dois anos, nós vamos fazer novamente. E vamos fazer mais uma no meio caminho, mas pelo menos no final do mandato. E aí nós vamos ver como é que o Conselho se iniciou e pensou e priorizou temas e como é que ele encerra o seu mandato de dois anos.

Então, essa pesquisa que o Professor Marco Aurélio Ruediger vai nos apresentar agora, sempre com o a pelo da Mesa e nós vamos nos acostumar um pouco com isso para que o professor trabalha a apresentação em 10 minutos no máximo.

Obrigado, Professor Marco Aurélio Ruediger da Fundação Getúlio Vargas.

Marco Aurélio Ruediger

Boa-tarde a todos! Eu queria agradecer o convite ao Governador, ao Secretário Marcelo Danéris, aos Conselheiros aqui presentes, demais Secretários, demais convidados, isso é um convite que evidentemente muito honra a Fundação Getúlio Vargas, que, inclusive, leva o nome do mais proeminente dos gaúchos, por isso minha instituição se sente muito orgulhosa em estar aqui representada nessa oportunidade com o Governador Tarso Genro.

Eu posso afirmar que, pessoalmente, eu me sinto muito feliz e orgulhoso em estar aqui, não só pela confiança do Senhor Governador, mas também porque minha família é de gaúchos, eu sou carioca, mas minha família está toda aqui no Rio Grande do Sul.

Se eu pudesse fazer uma síntese da aferição que fizemos, consultando os diversos Conselheiros eu vou entrar direto no assunto, até porque o tempo é curto, eu diria que esse Conselho tem três preocupações básicas que ficaram muito bem representadas nas diversas pesquisas e cruzamentos e dos quais nós não trouxemos todos, trouxemos só uma parte, essa apresentação vai ser disponibilizada posteriormente para todos os Conselheiros, ela é um pouco mais extensa do que o material que vocês já receberam.

A três preocupações em síntese é crescimento, disparado, justiça social e existe um olhar muito específico na questão de segurança que chamou muito a atenção.

O primeiro gráfico mostra um equilíbrio muito grande entre o universo de atores do Conselho, ou seja, ele está bem balanceado em termos das diversas representações, nós vemos aqui os sindicatos, os trabalhadores, as organizações relacionadas 18,4%, por exemplo, indústria 11,5%, mas ela somada serviço, etc. nós

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vemos um Conselho muito equilibrado, muito interessante do ponto de vista dos diversos atores que vão ter que interagir, a Mesa do Conselho, essa experiência que nós tivemos a oportunidade de acompanhar no Governo Federal não é uma Mesa de dois lados, não é uma Mesa, por exemplo, de negociação sindical, clássica, mas sim uma Mesa redonda; uma Mesa em que as composições poliárquicas, entre os diversos atores, vão se dando em decorrência dos temas e dos processos, inclusive, das redes que vão se constituindo entre os representantes das diversas áreas num processo de conhecimento e concertação.

Em geral a esmagadora expectativa positiva em relação ao Conselho, se for pego alto e médio é bastante grande, evidentemente, isso não é exatamente igual por todos os grupos aqui representados, eles têm algumas variações, e essas variações poderiam ser explicadas até numa direção um pouco mais longa, etc, política e sociológica sobre as diversas expectativas, mas existem algumas pequenas variações.

De qualquer maneira, o que é fundamental capturar nesse instante como ideia chave é que o Conselho tem uma expectativa muito grande, ele nasce com uma expectativa muito grande com um espaço realmente de discussão dessa agenda temática, principalmente, voltada para o crescimento.

Se nós fizermos um cruzamento bem variado, e olharmos pelos atores, são dados que vocês não tiveram, mas nós vamos passar, nós vemos alguns dados bastantes interessantes e até mesmo surpreendentes; por exemplo, o setor de indústria, a expectativa é de 100% em cima das possibilidades auspiciosas que o Conselho tem, por exemplo. Em outro caso também e em outros nem tanto.

E uma questão, Governador, que me veio a mente, até quando a pouco, o Senhor estava falando, porque por exemplo, alguns segmentos que são voltados a questão da produção se tornam tão energéticos em temos da ideia do Conselho, tão pró-ativo na questão do Conselho, porque para produzir para crescer é necessário planejamento e esse País ficou muito tempo sem planejamento, e esse País ficou muito tempo sem a capacidade de pensar o futuro e de construir uma série de regras e de vetores e indutores estáveis e sustentáveis.

Então, eu acho que a expectativa que o Conselho possa encontrar essas saídas, aqui no Estado do Rio Grande do Sul, e coordená-las com as expectativas não só do País, mas também globais.

Fizemos um ranking, também, das Expectativas Temáticas: Educação , evidentemente, como em geral acontece, em primeiro lugar sempre. Segurança Pública em seguida e Saúde .

Esses três elementos, esses três irmãos estão sempre presente nas pesquisas que se fazem no Brasil como um todo, mas aqui, bastante forte.

A Capacidade de Investimento do Estado, na questão de Modernização do Estado , o Estado é muito central. Então, parece-nos que existe uma expectativa

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que o Estado do Rio Grande do Sul, do Governo do Estado, a estrutura do Estado tenha uma modernização e consiga responder de forma mais pró-ativa as expectativas e os desafios que vão ser postos por esse Conselho.

Alguns pontos que requerem certa atenção, eu pincei alguns: Infraestrutura e Logística, parecem bastantes determinantes nas discussões que vai haver aqui, a capacidade de Investimento do Estado na área Central, Educação , idem como já mencionei anteriormente. Saúde , evidentemente, o Setor Energético, ele trás muita atenção, muita preocupação dos Conselheiros, Desenvolvimento Regional , a questão da Transparência do Estado , fator absolutamente fundamental, esse é apontado com bastante frequência, os Conselheiros têm uma expectativa que o Governo do Estado seja, absolutamente, transparente nas suas ações, transparente nas suas contas, transparente na responsificidade que dará a sociedade civil gaúcha, e a questão da Modernização do Estado é muito forte também, provavelmente, como um elemento não só indutor, mas também um elemento articulador das possibilidades de desenvolvimento local.

Finalmente, eu queria ressaltar, aqui, a Questão da Segurança , ela aparece de forma muito forte, como crítica, além de outras questões vinculadas ao desenvolvimento, um Desenvolvimento Social Urbano muito forte, evidentemente, Habitação , uma questão central. Em síntese.

Observando esse grupo de inferências com as áreas temáticas já estabelecidas pelo Conselho, os grupos temáticos, nós já vemos um interesse enorme que está refletido ali, tem uma relação grande no grupo de trabalho de educação, por exemplo, o grupo de trabalho de educação será extremamente concorrido e o que nós vemos em geral todos os grupos têm um interesse grande, mas certamente, outros grupos de trabalho focados nos elementos que foram observados anteriormente como críticos, por exemplo, segurança, como por exemplo, a questão energética, a questão da modernização do Estado, que certamente deverão ser abertos para frente é uma solicitação dos Conselheiros e também em concordância com o próprio Secretário do Conselho.

Em linhas gerais, um brevíssimo diagnóstico e perfil que nós gostaríamos de traçar, talvez para auxiliá-los, e a pesquisa completa com todos os cruzamentos nós vamos encaminhar logo em seguida para a Secretaria Geral do Conselho para poder distribuir a todos os Conselheiros.

Mais uma vez, eu queria agradecer, obrigado, e qualquer coisa nós estamos à disposição para qualquer dúvida. Obrigado.

Marcelo Danéris

Obrigado, Professor Marco Aurélio Ruediger, da Fundação Getúlio Vargas pela apresentação, pela brevidade, pelo apoio que tem dado ao trabalho da Secretaria Executiva do Conselho de Desenvolvimento, professor e toda a sua equipe da Fundação Getúlio Vargas.

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Dois avisos rápidos: nós optamos, Conselheiros e Conselheiras, e pedimos a compreensão de vocês, no dia de hoje, de que nós não fizemos muito movimento de café e água aqui, porque tínhamos a solenidade e essa movimentação iria ficar complicada; nós vamos passar a água, agora, para que o pessoal não fique sem água.

Mas depois vai ter um coffee break, não queremos massacrar os Conselheiros e as Conselheiras durante a tarde inteira.

Segundo, exatamente, por conta do evento vocês estão vendo aqui, os Secretários e Secretárias de Estado do nosso Governo que são parte do Conselho, além de representar o Governo também estão participando do Conselho, normalmente sentarão junto dos Conselheiros, hoje, para facilitar a formação e para a solenidade nós colocamos todos junto à Mesa e também para visualizar os Secretários e sabem com quem conversa que são esses Secretários membros permanentes do Conselho, outros Secretários e Secretárias poderão ser convidados para tratar de temas.

Rapidamente, também falar do que tem na pasta, além do bloquinho, pois esta parte é a mais fácil.

Mas tem aqui a pesquisa que foi apresentada pelo Professor Marco Aurélio Ruediger, a proposta para a Primeira Carta de Concertação para o Desenvolvimento do Rio Grande do Sul, que o Governador Tarso Genro apresentará logo em seguida, a Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul nos ofereceu, nós trabalhamos juntos para que tivesse um resumo estatístico do Rio Grande do Sul, qual é a ideia?

É que todo o Conselheiro, que toda a Conselheira tenha o mesmo nível de informação, que às vezes a nossa área de atuação nos favorece em informações econômicas, sociais e estatísticas e outras não.

Então, para que todos tivessem um mínimo, uma base de informação importante, nós estamos oferecendo esse material, obviamente não é o único, ao longo do nosso debate, nós vamos sempre produzir conjuntamente ou buscar outros estudos para subsidiar o nosso trabalho.

O Relatório dos Grupos de Trabalho que logo a seguir eu vou tratar, que é o que os Grupos de Trabalho fizeram até agora. Depois tem uma Ficha de Contribuições para o Debate. O que é isso?

Nós temos 10 inscrições que foram feitas depois que nós abrimos a inscrição pelo emeio, e avisamos com 48 horas/uteis para se escrever falar hoje, mas teve um final de semana no meio, mas foi rápido, as inscrições; na sexta-feira, no final da tarde já estavam encerradas praticamente. Muito interessante é isso.

Nós colocamos na pasta, porque, independentemente, de vir aqui falar ou não toda a contribuição que um Conselheiro ou uma Conselheira quiser dar para o

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nosso debate, para colocar na Pauta para sugerir, pode ser feito nessa ficha e ser entregue para a Eunice Araújo, que muitos de vocês já conhecem ou já conversaram pelo telefone, ela está ali no fundo e estará com uma equipe recebendo todas essas contribuições para constar em Ata e para fazer parte do nosso debate. É como se estivesse vindo aqui falar e registrar. Aqueles que falaram e também querem deixar por escrito, para não ter erro de entendimento, entre o que Conselheiro falou e quem fez a Ata, também coloque aqui e nós vamos trabalhar com esse material escrito.

E tem uma ficha menor, que é uma ficha de inscrição nas Câmaras Temáticas que nós estamos propondo hoje. Muitas dúvidas, como é que funcionam as Câmaras Temáticas? Com os Secretários, com os Conselheiros e uma terceira parte são os convidados.

As Câmaras Temáticas são grupos de trabalho, é para realizar um trabalho dedicado mais aprofundado, gerar um documento, um relatório, uma recomendação ou o que achar mais conveniente que virá para esse Pleno para ser aprovado e irá para a mão do Governador, aprovado pelo nosso Pleno.

Então, obviamente, as Câmaras Temáticas não são grandes seminários o tempo inteiro, em que todos falam e que todos são convidados e tudo é aberto e não se chega a um ponto comum onde tenha gente trabalhando, finalizando o texto e colocando a resolução para que venha para cá, para que tenha concretude, materialidade o trabalho. Secretários, Conselheiros e quem esses dois acharem conveniente convidar, e, portanto, convidados, para que sejam ouvidos nos temas, fazem parte da Câmara Temática, fará esse debate e depois trará para cá para escolher uma agenda um prazo, tudo isto. Cada Conselheiro, nós sugerimos participar de uma Câmara Temática para que participe efetivamente. Agora, se tem condições, na sua agenda pessoal, de participar de mais de uma, será bem-vindo.

Quanto mais os Conselheiros participarem melhor para a Câmara Temática, melhor para os nossos trabalhos. O Conselheiro Técnico pode participar? Pode participar, na medida, também, do bom-senso, é isso que nós estamos trabalhando e nós sempre vamos conversar, se numa Câmara Temática, por exemplo, como nós vimos ali do PAC Gaúcho pela Educação, participar 40 Conselheiros, mais 40 Conselheiros Técnicos, mais convidados, mais Secretaria, obviamente, não agiliza o trabalho, mas isso nós vamos tratar com bom-senso quando recebemos. Porque cada Conselheiro e cada Conselheira faz uma livre adesão à Câmara Temática, por isso que nós colocamos assim: eu quero participar dessa .

Então, não é uma sugestão que nós testamos dando para que Conselheiros tais, participem aqui ou ali.

O que nós estamos propondo aprovar hoje? Que as Câmaras Temáticas, que são, hoje, grupos de trabalho criados pelo nosso Governador Tarso Genro, no início de janeiro, quais são? Estão aí com vocês?

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É o Piso Regional, Desenvolvimento da Região da Serra e Arranjos Produtivos, O Pacto Gaúcho pela Educação, Os Pedágios, A Câmara de Desenvolvimento Metropolitano da Previdência, o Governador já tinha anunciado, mas não fizemos um grupo de trabalho, esperamos para criar a Câmara Temática, a Ciência e Inovação Tecnológica, e a Cadeia Produtiva do Setor Coureiro Calçadista, mais uma que precisa da aprovação do projeto na Assembleia, então, a nossa proposta que não se crie hoje e aguarde a aprovação do projeto na Assembleia que seria da Indústria Naval, Petróleo e Gás Natural, para que nós possamos discutir esse tema que, também, será fundamental para o futuro do Estado.

E, por último, o Desenvolvimento Regional, com a proposta do nosso Governador e do nosso Vice-Governador, Beto Grill, para que nós tenhamos uma Câmara que se discuta desenvolvimento regional, com uma ênfase inicial para a Metade Sul e todos nós sabemos da urgência de dar a resposta; o caso de São Lourenço evidencia, ainda mais, a urgência desse tema. Com isso nós teríamos nove Câmaras Temáticas.

Nossa proposta aqui da Mesa, aprovamos as nove Câmaras Temáticas, todos os Conselheiros e as Conselheiras têm direito de apresentar propostas de Câmara Temática, temas.

A proposta da Mesa, obviamente, porque nós já ouvimos o Conselheiro Sérgio Schneider tem uma proposta de Câmara Temática que envolve a Questão Ambiental, temos outro Conselheiro, que é o Conselheiro Cláudio José Allgayer, que está propondo o tema da Saúde, por exemplo, são temas relevantes. Todas as propostas vocês devem escrever, e nos entreguem, para que o Comitê Gestor, que é formado por nove Conselheiros e Conselheiras, vá hierarquizando quantas delas entram, no primeiro momento, quantas ficam para o segundo, e vão hierarquizando essas Câmaras Temáticas. Para retirar um pouco desta ansiedade que eu acho que é natural nossa e de todos os Conselheiros nós vamos ir formando Câmaras Temáticas ao passo que encerramos aquele tema e temos o relatório, podemos formar outra, a Secretaria Executiva, suporta hoje, funcionando bem, doze Câmaras Temáticas ao mesmo tempo. Então, nós estamos propondo aprovar nove, que mais ou menos nós já estamos trabalhando e acumulando, os Conselheiros vêm para o Comitê Gestor e nós escolhemos mais duas ou três, vamos discutir, e conforme elas vão encerrando o seu tema, nós vamos criando outras Câmaras Temáticas.

Se não tiver desacordo de que nós aprovemos as nove e receba no Comitê Gestor todas as contribuições e sugestões das outras Câmaras Temáticas em que nós possamos analisar, nós gostaríamos de aprovar essas Câmaras Temáticas para que os Conselheiros poderem se escrever e receber as contribuições por escrito de todas as sugestões de Câmaras temáticas que ao final da nossa reunião formaremos o Comitê Gestor e ele trará a proposta para a nossa próxima reunião da formação de novas Câmaras Temáticas. Pode ser? Então, se estamos de acordo: Aprovadas as Câmaras Temáticas.

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Eu quero apresentar em especial sobre esse tema (eu peço que fique de pé para que eles todos possam te ver) a Mari Machado, que é a nossa Secretária Adjunta da Secretaria Executiva do CDES e é a Coordenadora Geral das Câmaras Temáticas, e ela que vai fazer o acompanhamento de todo a trabalho e está fazendo esse planejamento e feito o levantamento e acompanhado toda a assessoria. Conselheiro Frei Sérgio.

Conselheiro Frei Sérgio

(Sem microfone, inaudível)

Marcelo Danéris

O Governador está dizendo, aqui para nós, que está certo, a sugestão é que nós façamos uma aprovação sobre esta condição. Eu faria uma mediação, aqui, Conselheiro Frei Sérgio, como nós temos um grupo de trabalho que acumulou material e tem uma expectativa forte sobre o Piso Regional, o Desenvolvimento dos Arranjos Produtivos, Pactos Gaúchos, Pedágios, esses temas e Desenvolvimento Metropolitanos e Previdências nós deixamos aprovado, já a Ciência e Inovação Tecnológica, Cadeia Produtiva do Setor Coureiro Calçadista, Desenvolvimento Regional, estás que são Câmaras Temáticas e as três, portanto, mais seis ficam em análise pelo Comitê Gestor. Pode Ser? Combinado, Aprovado . Governador Tarso Genro

Tarso Genro

Frei Sérgio, acho que a tua observação é correta, porque tem que ocorrer uma reflexão em cima dessas que estão propostas, mas essa fórmula permite que nós tenhamos flexibilidade, se não houver um conjunto de propostas que prejudique, elas permanecem aprovadas, se não as que foram prejudicadas são trazidas aqui novamente para a avaliação do Plenário do Conselho.

Marcelo Danéris

Obviamente, nós estamos caminhando e construindo um caminho junto, nossa primeira reunião nós vamos ajustando.

Eu queria só fazer uma chamada de atenção especial que é a partir do dia 21 com o Governador Tarso Genro e o Secretário João Motta, Secretaria de Planejamento, em Caxias do Sul, nós abrimos da nossa parte, da Secretaria Executiva, as Caravanas CDES que vão discutir o Desenvolvimento Regional, vão passar pelas nove Macrorregiões dos COREDES e junto a Secretaria de Planejamento, parceria das duas Secretarias trabalhando junto, nós vamos fazer o PPA-Participativo, que é uma discussão com todo o PPA nas nove Macrorregiões do Estado.

Então, a partir do dia 21 está aí com vocês está agenda também. Nós vamos avisar de qualquer forma todos os Conselheiros e Conselheiras, sempre com

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antecedência sobre a reunião, para que aqueles que desejarem participar, nós vamos ouvir primeiro, criar da Câmara Temática do Desenvolvimento Regional, nós estalamos com subsídios que vêm das Regiões para ter uma base no início dos nossos trabalhos.

Então, de imediato, eu queria passar a palavra para o nosso Governador Tarso Genro, que vai fazer a apresentação da Primeira Carta de Concertação e, de imediato, após a fala do Governador nós já vamos ouvir os Conselheiros e as Conselheiras.

Tarso Genro

Na verdade, vocês já receberam a Carta, acompanharam o rascunho, e alguns fizeram sugestões. O que eu vou falar não é sobre a Carta, propriamente dito, eu vou falar sobre o conteúdo da Carta, que se trata do seguinte:

É necessário mudar o padrão de acumulação capitalista aqui do Estado estabelecendo na mudança desse padrão um processo de Distribuição de Renda, Inclusão Social e Participação Popular, Por quê?

Nós partimos do pressuposto que independentemente dos seus méritos o modela tradicional de desenvolvimento que trouxe o Estado a esta situação - e prossigo - com seus méritos, e seus deméritos dependendo do lugar em que se olha da parte geográfica que se observa e da situação do indivíduo na pirâmide social, esse modelo está esgotado, esse modelo tem uma trajetória na história econômica do nosso Estado, primeiro o Rio Grande do Sul forma-se com modelo produtivo baseado na Pecuária Extensiva, esse modelo da Pecuária Extensiva desdobra-se depois, - eu estou sendo muito sumário - num modelo agroexportador acompanhado de uma base industrial emergente, que hoje tem 60% do seu PIB industrial, aqui no eixo Caxias/Porto Alegre, esse modelo trouxe ao Rio Grande do Sul uma dinâmica capitalista, acelerada, em determinados momentos, mas de repente ele foi engolfado por um processo global novo, novo para o tempo histórico, que nós sabemos que 10 anos é um segundo.

Nós últimos 30 anos, principalmente, com a aceleração da globalização financeira econômica e com o não acompanhamento na estrutura federativa do País, dos efeitos dessa globalização no território ocorreu uma mudança da dinâmica e da eficácia desse modelo aqui no Estado, O Estado passou a ser de um Estado com desenvolvimento relativamente acelerado, baseado fundamentalmente na monocultura, nos momentos mais ricos, mais desenvolvidos e depois com certa diversificação, o Estado passou a ser o pagador do arranjo federativo que não foi reorganizado, e o Estado hoje é um Estado que mais sofre dos efeitos da globalização do que os frui de maneira planejada. Esse é o padrão, que na nossa opinião, nós devemos superar. E como se supera esse padrão? Obviamente, cada um de vocês poderia nos dar uma lição sobre isso, mas temos coisas que são comuns, como por exemplo, incorporar o Estado do Rio Grande do Sul na dinâmica de crescimento econômico do País, temos duas vertentes que se

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aproximam daqui, que nos chamam: o Pré-Sal e o Polo Naval e ainda há uma terceira vertente que são os investimentos do PAC1 e PAC2, isso vincula o Rio Grande do Sul a dinâmica econômica nacional.

O que é esse novo padrão de acumulação? É como organizar a nossa estrutura produtiva, modernizá-la, qualificá-la tecnologicamente, e promover dentro da nossa estrutura social um processo de inclusão social massiva para não somente fortalecer o poder aquisitivo de um conjunto de setores sociais que devem emergir cada vez mais, como também, dar qualidade para a nossa base produtiva, atrair parcerias de fora, atrair empresas que queiram se instalar aqui, mas, sobretudo fortalecer a nossa base industrial, a nossa base agrária exportadora, a nossa agricultura familiar cooperativada para gerar uma coesão social nova, ou seja, que haja mais convergência no Estado do que mais divergência, menos confronto, inclusive, confronto de interesse de classe, e mais convergência em cima de uma dinâmica de crescimento que só será virtuosa se for inclusiva senão ela vai permanecer sendo cada vez mais conflitiva. Então, isso não é nenhuma supressão de interesses fracionários que existe em toda a sociedade, nenhum interesse corporativo que existe na sociedade, que existe no setor público, que existe no setor privado, que existe nas empresas, que existe nos Sindicatos, mas é colocar esses conjuntos de interesses no mínimo em cima de um processo de crescimento e distribuição de renda em que esses conflitos possam ser resolvidos de uma forma democrática e distributiva. É isso que esboça essa Carta de Concertação.

Quais são os meios, os instrumentos, os processos de composição e os conflitos que nós temos que dirimir e quais as políticas públicas que nós temos que trabalhar a partir do Estado para alavancar esse processo, é a tarefa do Conselho, eu já dei alguns exemplos liminares na minha intervenção inicial, essa é a nossa tarefa.

Então, se nós tivermos a capacidade de contribuir com essa dinâmica, induzindo o Estado, chamando o Estado a produzir determinadas políticas públicas que nos alavanquem a partir daí nós seremos vitoriosos. Então nós vamos sair daquilo que, equivocadamente, alguns chamam de “crise do Rio Grande do Sul”; o Rio Grande do Sul não está em crise, o Rio Grande do Sul está crescendo, está se desenvolvendo, nem no período anterior ele parou de crescer, cresceu um pouco menos que o Brasil, o que nós temos é um desarranjo estrutural do Estado, da estrutura estatal para responder ao novo momento histórico do Estado. Um Estado que está com a estrutura estatal despotencializada para cumprir a sua missão em qualquer das área, na Educação, na Saúde, na Produção de Ciência e Tecnologia, na Produção de Parcerias Estruturais com os Agentes Privados e com os Agentes Públicos não estatais que também compartilham desse conjunto.

Esse é o nosso movimento, não tem saída espetacular. Quem ainda tem ilusão que com um (como é que dizia o cidadão aquele) com um tiro só eu tenho que abater a inflação , quem tem ilusão com isso, na minha opinião, na nossa opinião do Governo, está equivocado, é um processo, é um processo complexo,

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organizado, um Estado indutor regulador com negociação política e social permanente com a maioria estável na Assembleia para alavancar o Estado para um novo patamar.

Nós chegamos nessa situação de dificuldade que estamos, a estrutura estatal do Estado, em função de um processo de mais de trinta anos, não é um tiro certeiro que vai resolver isso, é um conjunto de movimento de posição, de elaboração, de paciência, de medidas que, às vezes são medidas que têm efeito positivo na sociedade para o Governo, às vezes não, mas é esse o caminho que nós propomos em função dessa Carta de Concertação. Obrigado.

Marcelo Danéris

Obrigado Governador, vamos de imediato para as inscrições que foram feitas previamente dos Conselheiros que terão 4 minutos e nós vamos avisar em um, quando tiver faltando 1 minuto nós avisaremos para que já comece a fazer as suas considerações. Conselheiro Eduardo Rolim. Para inaugurar Prof. Eduardo as falas.

Eduardo Rolim

Muito boa-tarde a todos! Senhor Governador, Senhores Secretários, Senhores Conselheiros é difícil para mim essa tarefa de ser o primeiro Conselheiro a falar a parte de trabalho da nossa reunião. Mas de certa maneira eu me sinto muito feliz por estar participando desse processo importante, da construção que é uma nova forma de fazer o Governo do Estado do Rio Grande do Sul, e não se podia esperar nada de diferente conhecendo a trajetória do Governador Tarso como eu conheço há muito tempo, que durante o início do seu governo se inaugurasse, também, esse processo.

Em 4 minutos é muito difícil nós nos posicionarmos, nós teremos dois anos para poder aprofundar as colocações sobre vários temas que estão aí colocados, mas eu acho que o fundamental, agora, é discutir a Carta de Concertação, a proposta de Carta de Concertação, evidente, que de todos os temas que estão ali colocados, de todas as propostas de Câmaras Temáticas que nós temos é dever nosso, como Conselheiros, e vamos nos preparar para isso, de podermos intervir em todos eles, e eu acho que todos faremos um esforço possível para isso, independente da capacidade que tenhamos num determinado tema ou não. Mas dentre todos, eu queria me posicionar mais claramente, agora, nesse primeiro momento sobre dois deles dos elementos orientadores que lá estão colocados, para poder falar sobre isso eu me permitirei apresentar rapidamente para os Conselheiros que não me conhecem, eu sou Professor da Universidade do Rio Grande do Sul, do Instituto de Química que lido lá, no Centro de Gestão de Resíduos Químicos da nossa Universidade, e sou Vice-Presidente do Sindicato Nacional dos Professores Universitários das Universidades Federais do Brasil, dessa forma os dois temas que eu achei que eram mais importantes para me posicionar

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nesse primeiro momento são os elementos orientadores número 10 e número 11 (Pacto Gaúcho pela Educação e Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico ) que eu acho que de tudo que nós podemos imaginar e ler e pensar dentro das possibilidades de desenvolvimento para um Estado com o Rio Grande do Sul, nós temos que avaliar que um Estado que tem algumas características muitos próprias e muito particulares, e uma delas fundamental na minha opinião, é que um Estado que está muito organizado do ponto de vista da Estrutura Social e da Estrutura Civil e Estrutura Estatal, há muito tempo, talvez há mais tempo que os Estados Brasileiros e para isso nós estamos inclusive num Palácio que de certa maneira representa um pouco dessa história e nós poderíamos falar desde a época de Julho de Castilho e etc.

Mas apesar de tudo isso, eu acho que o Estado perdeu muito nos últimos anos principalmente nos últimos 30, 40 anos em relação a essa organização que fazia com que era esse Estado, um Estado modelo para o País, um Estado, inclusive, de certa maneira, invejado por outros entes federados que diziam que aqui era um paraíso, que aqui era um local diferenciado, que aqui era um pedaço da Europa encravado num país pobre da América do Sul.

Hoje, nós sabemos que nem era verdade aquilo, naquele momento, pelo menos totalmente, como nem é verdade hoje, talvez, hoje, seja menos verdade ainda. Nós perdemos muito e por isso que acho que os eixos números 10 e números 11 da Carta de Concertação a Educação e do Desenvolvimento Científico Tecnológico são talvez de todos os elementos que estão colocados para a nossa reflexão e discussão nesses 2 anos, aqueles que talvez se interpenetrem mais com todas as ideias modernas, que um Crescimento Sustentável, mas que fundamentalmente trabalhe duas questões que para mim são importante: Desenvolvimento Econômico, e Desenvolvimento Social e por isso esse Conselho tem essa Capacidade de unificar essas duas visões que na minha opinião elas são absolutamente impossíveis de serem pensadas isoladamente. Porque nada vale o Desenvolvimento Econômico se nós não tivermos acompanhado disso uma visão clara de inclusão, de distribuição de renda e de valorização daquilo que é mais importante que é a sociedade com um todo, seres humanos, as pessoas mais pobres do nosso Estado Social.

Por isso, desenvolver Educação, e eu digo isso, Senhor Governador, para nós é absolutamente estratégico como Estado que quer se ver promotor de Desenvolvimento Social. Desenvolver Educação, e eu nem vou dizer aqui que nós temos ou não temos que discutir o piso do magistério, para mim isso é ponto de partida, temos que discutir é como fazer Educação, ter remuneração adequada para os professores e ter também uma valorização e a possibilidade que todos possam estar na Escola Pública, mas também combinar elementos do Desenvolvimento Científico e Tecnológico, para mim, sem isso, nós não temos a menor condição de continuar esse debate, porque a final de que servem as empresas estarem estaladas ou virem para o Rio Grande do Sul se isso não se for acompanhado, de uma capacidade que nós tivermos de desenvolver os arranjos

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produzidos locais e também desenvolver a Tecnologia aqui no Brasil para que nós possamos fazer com que isso seja um motor do Desenvolvimento Social do nosso País. Eu acho que de todos os temas que nós temos para discutir, para mim esses dois são os temas mais importantes e mais fundamentais. Muito obrigado.

Marcelo Danéris

Obrigado, Conselheiro Eduardo Rolim. Vou chamar o próximo inscrito que é o Dr. Conselheiro Nilson Luiz May, e já avisar o próximo para não pegar de surpresa. O próximo inscrito é o nosso Conselheiro Dom Gillio, depois é a Professora Mercedes Cânepa.

Quatro minutos, aviso quando faltar um.

Nilson Luiz May

Senhor Governador, Conselheiros, Secretários, com objetividade e cumprindo as regras sem vocativos. Como devem ser os nossos textos literários também. Nós trazemos aqui dentro, e é impossível que seja de forma diferente, no início, Marcelo Danéris, a questão dos segmentos, porque assim foram até apresentados aí na estatística, ali nós temos profissionais das diversas áreas, da Área Educacional, da Área Agropecuária, os Professores, os Representantes Sindicais.

Então, nesse primeiro momento, eu acredito e já vou ao final dos quatro minutos voltar a esse tema de que alguma contribuição, em termos dessa área, nós possamos, nessa fase inicial, trazê-la.

Então, a nossa perspectiva dado ao que foi apresentado lá de que o terceiro ponto em importância da própria pesquisa que foi aqui realizada pelo que o Professor apresentou, é a área da Saúde. Sendo a Área da Saúde, nós já de imediato fazemos a proposta, que já foi feita por escrito, de que uma das primeiras Comissões que fossem formadas, além das nove que aprovadas, fosse a Comissão Temática da Saúde, senão nós estamos desconsiderando aquilo que de importância foi, ali, apresentado. Nesta Comissão Temática da Saúde nós poderíamos depois com a presença..., e vem a outra sugestão do Secretário da Saúde, que eu não vejo incluído no grupo que aqui está, discutir todos os aspectos que hoje os jornais, na mídia de maneira geral, não só nos nossos jornais, a imprensa escrita, mas a televisão, as rádios, estão denunciando e isso é uma continuada denúncia da desestrutura da saúde, não só aqui, porque sabemos que depende também das ações estatais do Governo Federal, e, hoje, a nossa mídia está em cima disso de novo e assim tem sido. Eu acredito que o Conselho possa contribuir, pelo conhecimento de muitos que estão aqui, não só da área médica, para que isso não tome um outro rumo, nós precisamos depois, dentro da Secretaria da Saúde, com a presença do Secretário, que os Conselheiros consigam distinguir perfeitamente o que são ações preventivas e o que são ações da Medicina Assistencial. Hoje, a Secretaria da Saúde é uma gestora da doença, embora o nome diga – Secretaria da Saúde. Hoje, a Secretaria da Saúde é uma gestora do

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SUS, e não é isso e para isso somente que ela foi criada. Nós precisamos trabalhar nessa área, por isso que eu apresento essa sugestão. E para encerrar eu diria que a palavra concertação esse neologismo que trouxe aqui, nosso Governador, ela se aplica muito bem aqui. Por que o que é a concertação? Ela vem de um concerto; quem executa esse concerto? Uma orquestra. E por isso, os segmentos que, hoje, aqui começam o grupo de cordas, o grupo dos pianistas, o grupo de sopro e lá atrás, talvez algum isoladamente, que represente a bateria, aquela que toca lá atrás. Então, se nós com um maestro conseguirmos levar adiante que esse concerto seja integrado, porque nenhum desses grupos, e nenhum desses segmentos poderá separada, isoladamente trazer qualquer ou maior contribuição a não ser que seja pelo consenso de toda a orquestra. Então, eu acho que fica muito bem.

Parabéns, mais uma vez, até pela própria palavra e seu significado.

Marcelo Danéris

Obrigado Conselheiro Nilson Luiz May, para a próxima reunião, nós vamos preparar para dar transparência aqui no controle do tempo, aquele relojinho que fica em cima da mesa para que todos possam ver para que não ficar arbitrário aqui do coordenador da Mesa que está usando o seu próprio relógio, são essas coisas que nós vamos dando conta com o próprio trabalho.

O Conselheiro Dom Gillio com a palavra, logo depois a Conselheira Mercedes Cânepa e o Conselheiro Carlos Schneider.

Dom Gillio Felício

Senhor Governador, Secretários, Colegas Conselheiros, Senhores e Senhoras. Gostei muito dessa reflexão sobre o termo concertação, fiquei pensando será com “s”ou com “c”, em todo o caso, olhando a realidade do Rio Grande, parece que o Concerto é com “s” e com “c”, porque temos, sem dúvida, uma realidade muito rica, inversa, mais rica, no Rio Grande do Sul.

Entretanto, temos muitíssimas coisas a serem superadas, mas nessa minha interversão queria, inicialmente, dizer alguma coisa geral, depois pontuar alguns elementos e deixar a minha benção, sou Bispo de Bagé, há oito anos; confesso que quando recebi o convite do Governador, vacilei bastante, mas consultando os meus irmãos Bispos, sacerdotes, lideranças daqueles municípios, aos quais sirvo como Bispo desta parte da Região da Campanha, percebi uma aprovação muito grande da minha participação neste concerto, e nesta unânime aprovação, li uma aprovação muito forte a esta iniciativa do Governador Tarso, que deseja não desprestigiar o Poder Legislativo, mas fortalecer mecanismos de promoção do bem comum, num horizonte mais amplo.

A propósito, quero agradecer o Senhor Governador pela presença da 34ª Romaria da Terra que aconteceu lá em Candiota com uma representação

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significativa da Igreja no Rio Grande do Sul; um evento religioso com uma abertura ao diálogo cultural ecumênico, inter- religioso.

Eu penso e estou convicto disso, de que o desenvolvimento do Rio Grande do Sul não pode esquecer a Região da Campanha, porque ao lado de sua riqueza imensa, ela clama diante do baixo índice de desenvolvimento humano, diante da realidade emigratória assustadora, diante de algumas comunidades quilombola que sofrem, ainda hoje, a agressividade do racismo da discriminação racial, às vezes desconsiderados os seus justos e honestos direitos às políticas afirmativas, aos respeitos dos seus valores culturais e religiosos.

Também, em Lavras do Sul e são tantas outras reclamações, mas clamam por estradas melhores, a fim de escoar toda a riqueza da produção que lá acontece igualmente favorecer os estudos dos estudantes, socorrer os doentes. Enfim, inclusive, fortalecer o intercâmbio entre Brasil e Uruguai, no caminho do MercoSul.

Queria no fundo desse rápido depoimento, invocar a bênção de Deus, o criador do céu e da terra, para que tenhamos nesse Conselho, sabedoria, pró- atividade, coragem, como foi falado, para que, realmente, o desenvolvimento do gaúcho todo e de todos os gaúchos e gaúchas não seja apenas uma nuvem passageira, mas uma realidade que nos faça felizes e feliz todo o Rio Grande do Sul. Obrigado.

Marcelo Danéris

Obrigado Conselheiro Dom Gíllio. Conselheira Mercedes Cânepa.

Mercedes Cânepa

Boa-tarde a todos! Mesmo sem usar os vocativos, como apela o nosso Governador, eu não posso deixar de cumprimentá-lo pela iniciativa, aliás, o que eu já esperava, porque foi o grande mentor do Conselhão de âmbito nacional, e, ao mesmo tempo, agradecer ao convite para participar do Conselho.

Eu espero e acredito que seja o pensamento de todos aqui, que realmente nós tenhamos condições de contribuir para uma proposta que é muito difícil de ser executada; Desenvolvimento com Justiça Social, e Sustentabilidade Ambiental, que é o cerne da proposta, é até fácil de expressar, mas é dificílimo de cumprir, então já preparando, mais ou menos o meu modo de ser, eu começaria levantando os principais desafios que eu vejo que vai enfrentar o Governo como o conselho.

Uma das principais questões é que nós vamos ter que enfrentar ao mesmo tempo propostas estratégicas de médio e longo prazo, e necessidades prementes e demandas prementes que terão que ser respondidas, e muitas vezes elas não são claras, muitas vezes elas são contraditórias, pelo menos na aparência para muitos daqueles que estão demandando, então, é muito difícil eu acreditar que tenha

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que investir em Infraestrutura quando o problema da Educação é imediato, tenho que resolver questão de salário de professores, de formação para se acentuar.

Então, uma das primeiras questões que eu vejo que nós temos que levar em conta é que nós vamos viver essa ambiguidade, de um lado proposta de médio e de longo prazo e que nos permite realmente alavancar esse desenvolvimento, e de outro essas demandas que são prementes.

O segundo desafio que eu acho de ordem mais geral, mas eu considero três desafios que são candentes dentro do cerne da proposta, um deles já foi falado por todos que é a questão da educação, na Educação, nós não temos ainda nem a universalização do ensino médio, e sabemos todos que não se faz desenvolvimento de espécie alguma sem formação e sem educação.

Então, essa questão da Educação, e eu tenho uma convergência muito grande com o que falou o Governador e também o Rolim, realmente, junto com a questão da Educação a Questão da Ciência e Tecnologia está absolutamente articulada, sem nós não podemos pensar o desenvolvimento, no nosso caso, articulado com o desenvolvimento nacional, mas que não seja um desenvolvimento inovador, e a única forma de inovar é através da pesquisa que evidentemente leva em conta a experiência e essa articulação que se precisa ter entre a inovação...

Então o último, só para não dizer que falei de flores, o último é elemento que eu acho fundamental e também difícil é a articulação entre desenvolvimento e meio ambiente, Sustentabilidade Ambiental, como vamos pensar. As Regiões Metropolitanas e o tipo de produção que se realiza no Interior, todo o tipo de produção assegurando ao mesmo tempo e inovando nessa área da Sustentabilidade Ambiental.

Então, era isso, já que são só quatro minutos, eu falo comprido.

Marcelo Danéris

Obrigado, Conselheira Mercedes. Conselheiro Carlos Schneider. Depois o Conselheiro Celso Woyciechowski.

Carlos Schneider

Exmo. Senhor Governador, sinto-me muito honrado estar aqui hoje, a seu convite, e integrar esse Pleno do Conselho de Desenvolvimento, inclusive, trazendo um pouco da experiência de Brasília e a seu convite, também pude participar lá em Brasília, ao cumprimentar o Secretário Marcelo Danéris, cumprimento a Mesa, todos os demais Secretários, os colegas Conselheiros, a imprensa de um modo geral, e as demais pessoa que aqui estão presentes, as entidades de classes, as autoridades civis e militares.

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Confesso que o tema que eu gostaria de discutir no Conselho é um pouco espinhoso para todos nós como contribuintes e espinhoso, de certa forma, também, para o Estado.

Trata-se da questão da matriz tributária, e gostaria de trazer alguns temas para serem discutidos no pleno do Conselho, inclusive na sequência dos trabalhos temáticos, porque não existe um tema específico, Secretário Marcelo da questão da matriz tributária nessa concertação. Mas podemos vincular eles a todos os temas relacionados ao desenvolvimento econômico, questões ambientais, que dizem respeito ao desenvolvimento econômico Regional do Rio Grande do Sul e, sobretudo, social.

Um dos temas que acho ser importante ser analisado do ponto de vista administrativo e já que esse é um colegiado do Poder Executivo, Senhor Governador, a questões das certidões negativas de débitos, que são expedidas para os contribuintes do Rio Grande do Sul, que hoje têm a validade de 60 dias; como sempre foi muito bem referido que o Rio Grande do Sul deve ficar de frente para o Brasil e copiar os seus modelos, a certidão negativa de débito brasileira tem validade de 180 dias, e nós temos um minguado prazo de 60 dias, e que muitas vezes acarreta uma série de complicações para o contribuinte.

De outra sorte, também a questão dos créditos tributários, a que as empresas têm direito de contabilizar por conta de uma legislação que os beneficia e por outro lado são limitados em seu uso não podendo utilizá-los, acho que isso também merece uma atenção especial, sobretudo, porque integra o processo de crescimento e desenvolvimento econômico.

Precatórios pendentes, orçamentados vencidos e não pagos, também, é um grande problema que o Estado enfrenta, que nós gostaríamos, também, de trazer para a discussão. Uma vez que o Estado não consegue mantê-los pagos em dia, que se aproveitem, então no encontro de contas para pagamento de tributos desde que o ente devedor e credor sejam os mesmos. Outro tema que também está relacionado ao desenvolvimento econômico, e aqui são assuntos importantes também que o setor coureiro-calçadista reclama esse créditos, uma vez que até 1992, o setor coureiro calçadista era responsável pela exportação de 2,2 bilhões de dólares, hoje nós estamos beirando apenas 1 bilhão de dólares. A questão viticultura, que também merece uma questão pontual em razão dos contrabandos e das injustiças cometidas contra esse segmento da produção do Rio Grande do Sul, que, aliás, muito nos orgulha.

Como todos os demais processos de produção de bens de consumo e bens duráveis.

Portanto, Secretário e Senhor Governador, esses serão os temas que eu gostaria que fossem apreciados. E desejo a todos nós Conselheiros, muito boa-sorte! Muito obrigado.

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Marcelo Danéris

Obrigado, Conselheiro Carlos Schneider. Conselheiro Celso Woyciechowski, da CUT. Só para também os Conselheiros e as Conselheiras saberem, tudo o que está sendo dito e escrito pelos Conselheiro e Conselheiras está sendo registrado em Ata documentado e gravado. Então, a Mesa não está fazendo anotações em tempo real, porque temos suporte aqui da equipe da Secretaria Executiva do CDES, que está no entorno como vocês podem ver que organizou todo o trabalho de hoje. Conselheiro Celso.

Celso Woyciechowski

Secretário Danéris, Governador Tarso Genro, colegas Conselheiros e Conselheiras, está muito bonitinha a nossa tarde de trabalho, mas eu já queria fazer aqui algumas provocações: o Cairoli,José Cairol, já está me olhando e pensando – já vem o cara aí fazendo o debate da luta de classes .

Mas eu diria que se nós quisermos construir um processo muito forte e com muitas expectativas, de que possamos ao final de todos esses debates termos elaborado um bom projeto de desenvolvimento no nosso Estado, nós para concertar, Governador, acho que vamos precisar desconcertar várias questões que já estão instaladas no nosso Rio Grande do Sul.

Portanto, no espaço de construção da democracia como é esse, não nutro nenhuma expectativa de que aqui teremos 100% de consensos, agora, com certeza absoluta, não nutro nenhuma expectativa de que teremos 100% de dissensos.

Portanto, queremos fazer aqui, e dar uma contribuição ímpar, para o Rio Grande do Sul, na construção cidadã, na inclusão social, na justiça social, no desenvolvimento econômico e social.

Na inauguração dessa nova política, nós não viemos aqui para fazer a luta de classes, ou para expor a luta de classes, agora, viemos aqui para explicitar as diferenças de classes que existem no nosso Estado, diferenças essas incompatíveis com o equilíbrio social. Tenho a certeza que cada vez mais devemos ser protagonistas, de hoje, do futuro e construirmos um amanhã, interferindo nas transformações do mundo do trabalho, nas novas tecnologias, na agregação social, a partir do aumento da consciência cidadã para que a sociedade do conhecimento seja de abundância e não de escassez, da construção e não do conflito, do coletivo e não do indivíduo, da distribuição de renda e não da concentração de riquezas.

Nesse sentido, apresentar aqui uma opinião sobre o que pensamos sobre o conceito de desenvolvimento sustentável equilibrado: “ Dialogar de que um projeto de desenvolvimento deva compreender o processo histórico da evolução técnica e tecnológica, bem como da produção e reprodução das condições de vida no planeta, portanto, entendemos como é essencial e imperioso um profundo debate

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sobre os novos paradigmas de desenvolvimento, que sejam ambientalmente sustentável, socialmente equitativo, e geopoliticamente equilibrado. Tal formulação implica, não apenas, em novas formulações no campo econômico que aponte para muito além do estabelecimento de metas e crescimento, mas também novas abordagens sobre o papel do Estado, soberania, democracia e cidadania. Na construção do conceito de desenvolvimento sustentável, queremos pautar o debate da educação, da saúde, da erradicação total da miséria, da matriz produtiva, do meio ambiente, da cultura, mas, fundamentalmente, apropriação, a priorização da vida, respeito às diferenças e a identidade, equilíbrio com a natureza, controle social e exercício da soberania, articulada ao mundo concreto do trabalho e particularmente, no mundo atual, articulado numa visão eco socialista. Prepara o Rio Grande para o Futuro, pressupõe, erradicação total da miséria, do analfabetismo, criar novos nichos de arranjos de produção local e agregar as atuais, novas cadeias produtivas, fortalecimento, por exemplo, da agricultura familiar.

E para concluir, apresentar juntamente com o Conselheiro Celso Ludwig a criação de uma Câmara Temática para discutir e dialogar sobre agricultura familiar e soberania alimentar. Muito Obrigado.

Marcelo Danéris

Obrigado, Conselheiro Celso.

Próximo Conselheiro, companheiro Daniel Sebastiani, até eu não tinha avisado antes.

Nós teremos depois do Conselheiro Sebastiani mais três inscritos e vamos fazer o encaminhamento ao Comitê Gestor do Tema. A proposta é que a nossa reunião se encerre às cinco horas da tarde.

Então, estou avisando para que todos saibam a previsão.

Conselheiro Daniel.

Daniel Sebastiani

Governador Tarso Genro, Secretário Marcelo Danéris, os cumprimentos a todos, Conselheiras e Conselheiros, na época da barbárie humana, provavelmente, na briga entre duas tribos e dois grupos humanos, se um indivíduo se perdesse e caísse no campo adversário seria morto e talvez por que não devorado. A fome era grande. Quando surge a civilização, os inimigos que estão em conflito entendem que mesmo sendo exércitos adversários, eles tinham que ter a figura do representante plenipotenciário, diplomático, ou seja, a humanidade entendeu, desde o primórdio da civilização, que mesmo estando em guerra ela tem que conversar.

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Portanto, acredito que faz parte da evolução humana, 5 mil anos depois, nós chegarmos num espaço, como este, em que o nosso maior desafio não é nem vencer, pelo contrário, o nosso desafio é, justamente, convencer, porque não haverá maioria e, portanto, teremos que todos nós abrir mão das nossas convicções que as temos, porque aqui não é lugar para lutar por uma visão específica, não adianta lutar se não vamos vencer, trata-se aqui de encontrar pontos em que possamos consensuar e com isso trazer propostas ao Governo, e esse é um grande desafio.

Que me diz respeito, eu sou professor da Fundação Liberato Sausano, de Novo Hamburgo, a área da educação deve ser o tema que eu devo tratar e quero dizer, que quando nós vemos o resultado da pesquisa, vê que essa pesquisa está em sintonia com a sociedade, porque a sociedade também vê a Educação como um problema seriíssimo, e isso é dramático, num mundo como o nosso em que o desenvolvimento econômico e da sociedade cada vez mais está baseado e repousa sobre a inteligência.

Se o problema energético e de logística é um problema necessário a qualquer tipo de desenvolvimento, a essência de qualquer desenvolvimento, de qualquer empresa, de qualquer instituição, nós sabemos é o recurso humano, e a educação lida justamente com esse recurso humano, e por isso, é dramático nós chegarmos a essa constatação de que a educação nesta sociedade, ela é o que é.

Eu vim aqui com o texto pronto e resolvi não lê-lo, acho que superaria os quatro minutos.

Então, eu vou menos aprofundar os temas e mais sensibilizar para a discussão.

Quero dizer que é lamentável um indivíduo estudar na universidade, fazer quatro anos, uma pós-graduação, e quando alguém lhe pergunta, qual é a sua profissão? – e você responde: Professor. A pessoa tem que fazer um esforço, como quem está comendo uma bala azeda. – Ah! muito bem! – Como quem diz: “Coitado!”. Eu não vou poder dizer outra coisa, eu vou dizer muito bem. Mas nós sentimos que a pessoa está ... – ah, o que tu vais fazer? - Eu vou ser Professor.

Ah, professor!

Agora, o professor cuida, nada mais, nada menos que o futuro de um país, e tem que se desvalorizado pela sociedade, então, nós estamos desvalorizando o nosso futuro.

Então, é necessário, parece-me que nós tínhamos que fazer um estudo, e eu quero já lançar uma provocação. Porque não vamos poder aprofundar, vamos provocar para aprofundar depois.

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Eu acho que as visões neoliberais, ou a ideia do Estado mínimo, e da redução de custos na educação e a visão da esquerda com a compreensão, - e eu me identifico com a esquerda – com a compreensão equivocada de que nós vamos revolucionar a sociedade dentro da escola e desconstituir a autoridade do professor, - é revolucionário!

E implementar pedagogias que facilitem para todos passarem, sem necessariamente render, os dois lados contribuíram para trazer a educação gaúcha ao ponto que ela chegou.

Eu acho que nós temos um desafio de resgatar, desde a estrutura da Escola, até as relações de poder dentro da escola, as relações pedagógicas, o salário e eu já termino com uma proposta. Disseram que nós fôssemos práticos. Eu vejo que há muitas propagandas de governos sobre diversas coisas, e eu fiquei pensando o seguinte, claro que isso não está dissociado a questão salarial, do piso salarial que aqui já foi dito, o Professor Eduardo me precedeu eu não vou repetir a importância dele, mas como seria importante uma campanha institucional de valorização da profissão professor. Respeite o seu professor ! Porque você tem que respeitar o seu pai, a sua mãe, você tem que respeitar um pouco esta instituição que é a sua educação, isso só, já traria um alento a quem está sofrendo lá em baixo, muito maior do que nós imaginamos. O único intuito, elevar o professor. O único intuito da propaganda, seria tão importante e nós sabemos que os governos têm dinheiro para isso. Obrigado.

Marcelo Danéris

Obrigado, Conselheiro Daniel. Conselheira Maria Helena Weber.

Maria Helena Weber

Boa-tarde a todos! Exmo. Senhor Governador e Maestro desse Conselho e Secretário Marcelo Danéris.

Eu quero, na verdade, fazer uma fala um pouco particular, agradecendo a esse convite, e dizer que eu me sinto honrada e até homenageada, porque entendo esse lugar como um belo desafio, e como reconhecimento ao trabalho nos campos da comunicação do ensino e da cultura.

Eu sou professora da Universidade Federal, e minha profissão, hoje eu ganho muito bem com pesquisadora, como professora depois do Governo Lula, então, eu acho que isso é um privilégio também. E acho também que estou aqui para agradecer ao trabalho que eu posso desenvolver e o que eu aprendi com os meus colegas, alunos da UFRGS, amigos e familiares, eu acho que está na hora de retribuir a sociedade, como muito de nós, esta aprendizagem e o que eu ganhei.

Eu acho que a política está na minha vida desde os meus treze anos, e participar do CDES é algo importante, porque é um lugar estratégico, já que ele

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qualifica a democracia contemporânea, porque ele privilegia a diferença e os contrários.

E é uma honra estar em um lugar que obedece ao debate e o interesse público.

Esse Conselho, eu acredito, é um elogio a política e a sociedade que elegeu esse governo, é um elogio a esse Estado, nesse debate público, eu acredito também que eu tenho a responsabilidade de defender perspectivas contra a miséria social, política e moral, nesse sentido, identificou-me com a complexidade dos temas definidores destes tempos, especialmente, quando se fala em educação, cultura, comunicação, meios de comunicação. São áreas que abrigam as grandes disputas de poder, embora, às vezes de modo invisível, e as grandes disputas sobre conhecimento, são áreas desejadas pelo poder, e são carentes de políticas públicas, são áreas que incidem no desenvolvimento do Estado.

Vim ao CDES, então, para compartilhar minha experiência e conhecimento, como Professora, como pesquisadora e como alguém que entende um pouco de comunicação.

Quero compartilhar, também, algumas utopias, quando digo que devemos lutar contra as misérias, estou aqui para trabalhar, então pelo Desenvolvimento e a Justiça Social e talvez em relação a isso precisemos pensar numa Câmara e numa discussão que tem a ver com a Comunicação. Muito obrigada.

Marcelo Danéris

Muito obrigado, Professora Maria Helena Weber.

Conselheiro Dr. Fernando Lucchese e depois, por último, o Conselheiro Paulo Tigre.

Fernando Antônio Lucchese

Senhor Governador, Senhor Secretário, Marcelo Danéris, demais Secretários, Senhores Conselheiros, o convite para participar desse Conselho foi para mim uma ordem, e aceitei como ordem, como cidadão eu me sinto no compromisso de participar como todos nós estamos aqui.

Em segundo lugar como representante da área da saúde, que quer dizer a todos nós, não é segmento, saúde é um dever do Estado e um direito de cada um de nós, e é uma necessidade de cada um de nós, então, eu estou falando em nome de todos.

Em 40 anos de medicina, vividos na prática diária, ou como gestor de instituição de saúde, ou ainda como educador de saúde por meio dos mecanismos de mídia disponíveis e até alguns livros, eu diria que esse é o caminho certo para que nós possamos chegar a soluções na saúde do Rio Grande.

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Nós temos três médicos de plantão aqui, o Nilson May, o Cláudio Allgayer e eu. Mas eu sou o único que estou no dia a dia da prática da medicina, portanto, se tiverem que pedir consulta, ou receita de remédio peçam para mim, porque eles estão mais desatualizados.

Semana passada, nós nos reunimos para chegar a um consenso, eles são administradores de grandes instituições nossas, a Associação dos Hospitais, Cláudio Allgayer, e a Federação Unimed RS com 1 milhão e 600 mil associados no Rio Grande.

Então, nós nos sentimos em condições de propor algumas coisas.

A primeira proposta nossa o Nilson May já falou: Câmara Temática de Saúde, é fundamental, vocês viram que os três temas principais inclui Saúde sempre, ou na área mais crítica ou segunda área mais crítica ou na terceira área de maior preocupação.

Dessa reunião também surgiu outra contribuição que me parece importante, que nós vamos insistir pela restituição à Secretaria da Saúde a prerrogativa de coordenador de todas as ações de planejamento, execução e avaliação da saúde do Rio Grande do Sul, nós não temos mais uma Secretaria da Saúde, nós temos pelo processo de municipalização instituído pelo SUS, um mero repassador de recursos aos municípios é a administração do au, au. Ao Município tal, ao Município tal.

E não existe uma política clara de regionalização baseada nas vocações locais, integrando as necessidade do cidadão, esteja ele onde estiver no Estado, também não existe uma integração as ações do sistema de saúde cooperativo, tipo Unimed, vejam a importância que tem. O sistema privado de financiamento, outros planos de saúde, e até a própria saúde dos servidores, hoje, executada com brilho pelo IPE, também não é coordenada pela Secretaria da Saúde. A Secretaria da Saúde é um mero expectador do cenário da saúde do Rio Grande do Sul. Cada setor cresce independente, sem um planejamento de uma direção única, que é prover saúde de qualidade estar para os cidadãos, com isso, o Estado perdeu integração, e a qualidade se distribuiu irregularmente, caracterizando-se por uma grande dependência os serviços da Capital, todos vocês ouvem falar de “ambulância terapia ”.

Ao Secretário de Saúde cabe a tarefa de reintegrar o Rio Grande.

O SUS. SUS é um grande negócio, SUS é uma bela instituição, ela é quase perfeita, o Presidente Lula entendeu isso. Falta recurso no SUS, isso é outra coisa.

O Brasil, entre 198, é o 164 em investimentos em saúde. É muito pouco.

Bom, o SUS, tem que ser aqui no Estado, fortalecido e revigorado para que o cidadão não seja submetido a era das filas e do cobertor curto que não abriga a

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todos e principalmente classificando cidadãos em primeira e segunda classe, os que têm possibilidade e acesso ao atendimento e os que não têm.

Eu seu do interesse do Governador em repor os 12% do orçamento até o final do mandato, hoje, eu quero explicar porque o Secretário da Saúde não está aqui. Eu estive com ele, hoje de manhã, até discutindo as questões, o Doutor Ciro Simoni, teve que ir a Osório, porque um amigo muito próximo dele faleceu. Então, ele está cumprindo uma missão de amizade.

O que propomos é que a Secretaria seja mais de saúde que da doença.

Senhor Governador, a sua iniciativa de criar esse Conselho tem certamente o toque do estadista, pelo que eu ouvi, hoje, aqui. E pelo que eu vi, nesses 75 dias de governo, eu acho que volto a ter esperança no Rio Grande, e aqui não estamos numa reunião de polemizadores e corneteiros, aliás, saiu o nosso Secretário Mauro Kinijnik daqui, que conhece muito de corneta, por causa do Conselho do Grêmio. Então, essa é uma reunião de construção, e me parece, então, que eu estou muito feliz de estar aqui. Muito obrigado.

Marcelo Danéris

Obrigado, Conselheiro Fernando Lucchese.

Por último, o Conselheiro Paulo Tigre e logo em seguida nós já vamos fazer os encaminhamentos e nomear aqui e escolher o Comitê Gestor.

Paulo Tigre

Senhor Governador, Secretário Danéris, satisfação em estar aqui representando a parte produtiva do Estado, nós sempre tivemos o Conselho, até por ter sido convidado pelo Senhor para o Conselho Nacional, onde sempre tivemos um aprendizado, uma prática de democracia, vimos que a convergência é sempre maior daquilo que nós imaginávamos e talvez um ponto extremamente importante, que a divergência sempre é respeitada, eu acho que com isso nós conseguimos caminhar dentro daquilo que nós sabemos que são as realidades do Rio Grande do Sul, nós temos que participar cada vez mais de soluções plurais e essas soluções plurais são partes de um trabalho de que nós temos consciência de condições, como por exemplo como a educação.

O senhor falou que 30 anos passam rápido, Previdência, Governador. Há 20 anos, João Sayad já nos disse no Estado que a Previdência estaria quebrada no Rio Grande do Sul, e nós deixamos passar 20 anos. Nós falamos em educação e nós sabemos que a nossa educação hoje, usando o futebol, como foi usado, está na segunda divisão, nós somos o último dos três estado do Rio Grande do Sul e talvez o sexto ou sétimo no Brasil.

Então, eu acredito que nós temos coisas concretas a fazer, eu acho que o seu governo tem que continuar e ser mais rápido nas soluções, nós precisamos

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trabalhar unidos para resolver os problemas pela frente, mas nós precisamos ter coisas imediatas: educação. Como vamos resolver educação? É para hoje. Previdência. É para hoje. Isso também foi nos dado pela Agenda 2020 que nos ensinou, se nós não soubermos aonde queremos ir, nós não vamos a lugar nenhum .

E eu acho que aqui é um bom momento para nós definirmos quais os lugares que nós queremos ir, e com isso, eu acho que nós poderemos trabalhar rapidamente, vamos planejar, vamos olhar o que nós queremos, e uma coisa que nos falta muito, não só no Rio Grande do Sul, mas no Brasil, vamos medir. Nós fugimos, hoje, de ser medidos em qualquer circunstância.

Então, eu acho que dentro dessa condição, nós estamos prontos para trabalhar, vamos trabalhar trazendo aquilo que nós podemos trazer de melhor, dentro do clima do Conselho, que é um clima muito bom, e antes de terminar. Muito obrigado.

Marcelo Danéris

Obrigado, Conselheiro Paulo Tigre. Então, vamos para o nosso encaminhamento, o Governador foi fazer uma gravação e já volta aqui. Algumas informações que são importantes: o nosso método, para esta reunião, nós pretendemos permanecer com ajustes, obviamente, contribuições, já chegaram algumas aqui a Mesa, Conselheiro Telmo Magadan, já passou por escrito uma sugestão para nós pensarmos. É que se faça a inscrição prévia e depois vai ficando a suplência no caso alguém desistir, porque senão fica uma posição constrangedora para os Conselheiros e para a Mesa, se estão abertas dez inscrições e levantam vinte mãos, as mãos levantadas eu vou selecionar quem fala e quem não fala. Então, nós ajuda a organizar, inclusive, e dar celeridade a atividade.

Ao final, todos e todas se puderem deixar os crachás na saída, até porque nós também estamos fazendo parte do esforço de não ter desperdícios para pegar o PGQP, que tem o tema, por exemplo, de desperdício e de gastos supérfluos, nós fazemos a nossa parte aqui também.

Encaminhamentos. Só para entender, todos que fizerem sugestões, está ali, a Eunice Araújo, que é a Coordenadora, aqui, do Pleno e da relação com os Conselheiros e as Conselheiras, a nossa Secretária Adjunta, e, aqui a Mesa, a equipe, ao fundo na sala, todo o suporte, que queiram já deixar as suas contribuições.

O Conselheiro César Borges fez a sugestão de dar um prazo de 24, 48 horas para contribuições, eu vou dar a boa notícia, é bem mais do que isso. Como é uma Carta de Concertação, que propõe doze elementos estratégicos para o tema do desenvolvimento, ou seja, o que tem essa Carta? Aqui, estão os elementos que nós devemos passar quando falar sobre desenvolvimento econômico e social. Então, tem que ser doze, tem que ser quatorze, tem que ser quinze, tem que ser dez, dá

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para juntar dois temas, isto é o trabalho que o Comitê Gestor junto com os Conselheiros e Conselheiras fará nos próximos dois meses, e nem chega a dois meses dá um mês e meio, nós vamos organizar um seminário, nós vamos organizar grupo de trabalho, nós vamos ouvir especialistas, porque ali vai ser a organização, a agenda, dos temas que organizam o debate sobre desenvolvimento e orientam o governo sobre quais são os temas que têm que passar para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul. Então, ali está: inclusão social, infraestrutura, está cadeia produtiva local, tem uma série de temas, obviamente, precisa de um pouco mais de fôlego de discussão, então, tem mais tempo, Conselheiro César Borges, que isso; nós temos, por exemplo, uma semana, cinco dias; antes da realização do próximo Conselho, nós vamos enviar a proposta final para todos os Conselheiros, e fazendo contribuições, ouvindo mais para que na próxima reunião do Conselho nós aprovemos esta Carta de Concertação.

Então, tem tempo e o Comitê Gestor é que vai ficar responsável por isso, então, todas as contribuições são bem vindas, se nós quisermos detalhar, olha o Conselheiro Dunga que está aqui na frente, se quiser detalhar uma questão do esporte, distribuída no tema, por exemplo, o Ponto do Pacto Gaúcho pela Educação, na sensibilidade, ou mesmo no tema da Segurança com Cidadania que é a questão, por exemplo, das praças para a juventude, que privilegia o esporte como uma das formas de inclusão social, para responder ao tráfico de drogas e assim por diante.

Então, todas as contribuições são bem-vindas, não tem limites para o Comitê Gestor, pois nós vamos trabalhar com todos os sistemas.

Comitê Gestor. Eu quero pedir um voto do Conselho, porque, obviamente, nós não teríamos como consultar todos os Conselheiros e Conselheiras para a nossa primeira reunião, então, nós fizemos uma escolha que de fato é arbitrária, porque a Secretaria Executiva do Conselho assume a responsabilidade de apresentar nove nomes iniciais, por nosso Comitê Gestor, e depois esse Comitê Gestor não se repete, a cada nova reunião, nós escolhemos nove outros Conselheiros e Conselheiras e a ideia que até o final do mandato de vocês, todos tenham participado do Comitê Gestor, e não tenha um Conselheiros de primeira ou segunda categoria, com mais relação, com menos relação, todos participaram em algum momento do Comitê Gestor.

Então, para dar o pontapé inicial, nós fizemos uma proposta, que nós pensamos estar bem equilibrada, para fazer a defesa da proposta, nós trouxemos a proposta do Comitê Gestor: Conselheira Mercedes Cânepa , uma relação com a Academia; Conselheiro Claudir Antônio Nespolo , sindicalista, então, um trabalhador; Conselheira Maria Alice Lahorgue , da Academia, mas o tema dela principal é o desenvolvimento, ela trabalho com os COREDES, também, e o desenvolvimento regional, nos importa para esse primeiro momento e para a Carta; Conselheiro Mauri Cruz , vinculado ao movimento social ONGs e também o tema ambiental; Conselheiro José Antônio Martins , que é empresário, “pouco conhecido

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na região!”; Conselheiro Luís Augusto Fischer , ligado a cultura, Academia, também; Conselheira Nadine Farias Anflor , Delegada, Servidora Pública, e o tema da segurança pública, Delegada de Polícia; Conselheiro Fernando Campos Costa , que trabalha, principalmente, com a questão do meio ambiente, mas também, com um investimento na economia verde, que também nos interessas como as novas economias; o Conselheiro Ademar Schardong , que trata com o tema do sistema financeiro, e a questão da agricultura e do cooperativismo, e também nos interessa.

Então, nós tentamos fazer uma composição equilibrada, se os Conselheiros e as Conselheiras Aceitarem essa proposta inicial, a partir do próximo grupo, o Comitê Gestor, mesmo, começa a analisar e trazer uma proposta. Governador.

Tarso Genro

Deixe eu dar uma complementada aqui, Marcelo, se me permite. Eu estou vendo que não tem nenhum produtor rural, tem da área da Agricultura Familiar, ou não tem também? Tem. Então, aqui, eu acho que devia entrar, eu quero sugerir a entrada do Eduardo Macedo Linhares , e do Atílio Ibargoyen . Os dois para entrar. Eduardo, tu aceitas participar? Tu aceitas Atílio? Então, são dois produtores rurais para que nós tenhamos um equilíbrio: campo, cidade, indústria, agricultura familiar para participar do Conselho Gestor.

Marcelo Danéris

Temos acordo? Tem alguma outra sugestão?

Então, esse Comitê Gestor, para encerrar, terá três tarefas, representar o CDES nas atividades públicas, convidados pela sociedade ou pelo governo, quando tiver atos que o governo convida, por exemplo, um ato de receber um Ministro. Preparar este documento, para a próxima reunião, e preparar a Pauta da próxima reunião que nós já temos uma proposta que o Secretário João Motta apresente a proposta de PPA, na próxima reunião, para que o CDES faça a discussão do PPA que será enviada a Assembleia Legislativa também. Se não tiver mais encaminhamentos ou sugestões.

Próxima reunião do Conselho, dia 05 de maio, quinta-feira, estão todos os Conselheiros e Conselheiras convocados, e a próxima, dia 07 de julho; sempre nos intervalos as Câmaras Temáticas, Seminários e Comitê Gestor que vão funcionar nesse intervalo.

A reunião do Comitê Gestor. A Eunice que coordena o Pleno, para terça- feira, dia 22, às 14 horas na Secretária Executiva do Conselho, Centro Administrativo, 21º andar.

Se não temos mais para a reunião de hoje, declaro encerrado. o Governador está pedindo a palavra.

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Tarso Genro

Primeiro, eu quero agradecer publicamente o Secretário Marcelo Danéris e a equipe dele, a Nice, a turma toda do Conselho, a Mari, pelo bom trabalho, brilhante, excelente trabalho que fizeram.

É importante ressaltar que no intervalo das reuniões, provavelmente, vocês vão receber e-mails informativos, questionamentos, documentos, perguntas, informações permanentes, pelo que eu estou informado, vocês adotaram, também, aquele método de assistência, cada grupo de Conselheiro tem os seus assistentes dentro da estrutura do Conselho, portanto, permanentemente a quem se reportar, para requisitar informações, dar sugestões e fazer exigências.

É necessário deixar bem claro, que não tem uma postura passiva dos Conselheiros em relação ao próprio funcionamento do Conselho. Os Conselheiros podem fazer exigências e serão, obviamente, examinadas pelo Comitê Gestor e se for o caso analisada pelo Governador em recurso e solicitação do Conselho para que haja uma dinâmica permanente de crítica, de avaliação, de informação e de indução da movimentação do Conselho e das questões que o Governo vai, paulatinamente, abordando ao longo da sua agenda político administrativa.

Eu vou passar para o Marcelo encerrar, e da minha parte eu quero agradecer, novamente, a presença de todos vocês aqui e queria fazer uma referência a três Conselheiros que eu tenho certeza que eles têm aqui, independentemente de origem social de classe, de vocação política, eles têm uma enorme universalidade, é a nossa querida Daiane dos Santos, nós queria agradecer por ter aceita essa missão de Conselheira; o nosso querido grande craque e quadro da nossa sociedade de que tem uma enorme participação o Dunga, que está aqui conosco, eu não sei se o Werner está aí? O Werner Schünemann queria homenageá-lo, juntamente com o Dom Gillio, o nosso Bispo de Bagé, que aqui usou da palavra. Muito obrigado a todos vocês foi uma grande reunião, e eu posso afirmar, pela experiência que eu tenho, que nós começamos muito bem. Muito Obrigado

Marcelo Danéris

Convidamos a todos que então ao lado nós temos um coffee break.

(Encerrada a reunião às 17h10min).

(Notas Taquigráficas confeccionadas pelos Taquígrafos Fábio Alexandre e Eduardo Trevisan)

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ANEXOS

ANEXO 1 – Contribuições dos Conselheiros ao debate do Pleno

A seguir, foram inseridas as contribuições enviadas pelos conselheiros e conselheiras durante a instalação do 1º Pleno do CDES.

Contribuições ao debate:

Conselheiro Alexandrino de Salles Ramos de Alencar (em 15/03/2011)

Suas contribuições para possíveis temas para câmaras temáticas são: parcerias público/privadas na área de infraestrutura, saneamento básico na área metropolitana, inovação como diferencial, irrigação (principalmente na metade sul), novas economias como, por exemplo, a cana-de-açúcar e modernização do estado.

Conselheiro André Bier Gerdau Johannpeter (em 15/03/2011)

Conselheiro sugere a criação das seguintes Câmaras Temáticas: Saúde, Segurança Pública, Equilíbrio Fiscal e Modernização do Estado. Sugere também que, logo que possível, seja definida a agenda das reuniões para 2011 e 2012.

Conselheiro Atílio Ibargoyen (em 15/03/2011)

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Conselheiro sugere a criação de duas Câmaras Temáticas: Rio Grande do Sul – um Estado Agrointeligente e PAD gaúcho – Programa de Aceleração do Desenvolvimento do RS. A primeira proposta de Câmara reuniria os seguintes eixos: mudanças climáticas, créditos de carbono, certificação de origem, pólo cerâmico (Candiota), pólos de fruticultura/silvicultura, energias renováveis (eólica/solar), Programa “a melhor carne do mundo”, Programa ovinocultura, extração de silício (casca de arroz), qualificação do couro.

Conselheiro Athos Roberto Albernaz Cordeiro (em 15/03/2011)

Sugere a criação da Câmara Temática sobre Planejamento e Logística para o estado, abordando os setores rodoviário, aeroviário e ferroviário, pois são pilares fundamentais para o crescimento econômico e desenvolvimento do Rio Grande do Sul.

Conselheiro Cairo Fernando Reinhardt (em 15/03/2011)

Conselheiro sugere que sejam dados subsídios e financiamento para empresas que ampliem a produção e a geração de empregos. Também ressalta a necessidade de definir critérios para o financiamento para grandes grupos econômicos sob pena da formação de monopólios.

Conselheiro Carlos Raimundo Paviani (em 15/03/2011)

Com base, mas indo além do Estudo Resumo Estatístico RS/2011 (FEE), propõe que seja elaborado um mapa de indicadores do desenvolvimento econômico e social do RS. Este mapa apresentará números da situação atual e da condição ideal. Tais indicadores seriam: PIB (comparativo entre os PIBs estaduais e o nacional), PIB per capita (atual e o ideal), emprego, desemprego, população econômica ativa, nível salarial/massa salarial, poupança/crédito (investimentos públicos e privados), consumo de água, energia, gás e combustível, número de veículos e idade da frota, saneamento básico (rede de água e esgoto/ número de estações de tratamento), índices educacionais (ENEM/ Provão), avaliação das universidades, arrecadação de tributos por estado, transparência da União e de outros estados, orçamento do estado (resumo), número de profissionais da saúde, da educação e da segurança. Este mapa seria atualizado semestralmente para acompanhamento do desenvolvimento. Outros indicadores de participação política e democrática também poderiam ser listados. O mesmo será muito útil para o estabelecimento de metas de médio e longo prazo para o desenvolvimento econômico, social e de outros campos de atuação.

Conselheiro Clamir Balén (em 15/03/2011)

Entende que alguns temas precisam ser tratados. A agricultura familiar precisa de um espaço, talvez uma comissão para incluir os seguintes temas nas já existentes: merenda escolar (compra de, no mínimo, 30% da agricultura familiar, conforme lei federal). Sobre este tema, reflete que, para viabilizar esta estratégia, é

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preciso vencer um problema legal que impede os produtos alimentares inspecionados nos municípios produtores, a fim de que possam atender os grandes centros, pois a lei atual não permite deslocar produtos inspecionados pelo sistema municipal ultrapassar as divisas por questões sanitárias. É preciso vencer este tema para viabilizar alguma estratégia. Primeiro, o desenvolvimento local e regional. Segundo, o projeto agroindustrial familiar que gere emprego e renda no meio rural. Terceiro, atender a merenda escolar, pois, atualmente, a produção está nos pequenos municípios e o consumo está nas pequenas e médias cidades. Quarto, pequenas produções descentralizadas é muito mais adequado para as atuais demandas relacionadas ao meio ambiente.

Conselheiro Cláudio Augustin (em 15/03/2011)

O conselheiro afirma que, com base em dados do Ministério da Saúde, o estado do RS é o que menos gasta em saúde. A crise da saúde abrange dimensões tais como: financeira, gestão, atendimento de urgência hospitalar, etc. O poder do estado no SUS é fundamental para continuarmos a construir o maior sistema de saúde pública do mundo. Este ano, haverá a Conferência Nacional de Saúde, precedida das conferências estaduais e municipais. Nesse sentido, sugere a criação de uma Câmara Temática específica para tratar do tema da saúde.

Conselheiro Celso Ricardo Ludwig (em 15/03/2011)

O conselheiro saúda o Governador pela importante iniciativa de criação do Conselho. Devido ao fato de que a indústria de produção de alimentos e bebidas é a maior do estado, gostaria que os temas agricultura-familiar e produção de alimentos também fossem incluídos como uma Câmara Temática.

Conselheiro Celso Schröder (em 15/03/2011)

Sugere destaque para o tema do Conselho de Comunicação do estado, a partir do CDES. Também sugere maior atenção à Fundação Piratini, pois sua sobrevivência depende de ações de Estado e articulação da sociedade sobre esse assunto.

Conselheiro César Luis Pacheco Chagas (em 15/03/2011)

A Previdência Pública do Estado do Rio Grande do Sul tem mais de setenta anos, baseado no princípio da solidariedade e no cálculo atuarial, onde a relação afetiva das partes envolvidas dá-se através da participação dos servidores e do governo do estado, mantido pela contribuição do servidor e patronal “governo”, cujo a garantia do estado mantém as pensões e aposentadorias, que nem sofrendo com o aumento da sobrevida das pessoas e a diminuição das carreiras de estado e da ausência, nos últimos anos, de concurso público, fundamental para a sobrevivência do sistema previdenciário. Os servidores são os verdadeiros e legítimos interessados, atingindo número próximo a oitocentos mil. Portanto, este debate precisa ser esgotado inicialmente no âmbito dos servidores públicos, depois mostrar

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à sociedade os verdadeiros motivos que levam ao chamado caos previdenciário. Para este debate devem ser chamados os sindicatos, federações e centrais sindicais, que são representantes legítimos das pessoas atingidas com as propostas de mudanças, tão necessárias para a democracia participativa para construir uma proposta justa e viável para o governo do estado. Não devemos, de forma precipitada, corrigir problemas de mais de setenta anos a curto prazo, sem fazer os devidos esclarecimentos e debates. O direito adquirido precisa ser respeitado e novas regras poderão ser discutidas para os novos servidores. Os servidores querem o modelo exclusivo para os funcionários públicos estaduais, o IPERGS não pode ser aberto para o resto da sociedade.

Conselheiro Elton Roberto Weber (em 15/03/2011)

Propõe a criação da Câmara Temática Agricultura (Familiar), Agroindustrialização e Geração de Renda, tendo como foco modelos de produção sustentável. Esta Câmara poderá também abranger temas como meio ambiente e produção de alimentos, em concordância com a proposta de câmara temática elaborada pelo conselheiro Sérgio Schneider.

Conselheiro Franco Pallamolla (em 17/03/2011)

Na qualidade de presidente da ABIMO, Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Hospitalares, sugere que a proposta de criação de um Grupo de Trabalho para a área da Saúde, defendida por 3 conselheiros, contemple não somente os prestadores de serviço. Ancorado na Política de Desenvolvimento Produtivo – PDP - do Governo Federal, sugiro que este GT, se efetivamente criado, tenha como área foco o Complexo Industrial da Saúde – CIS, abrangendo, assim, todos os setores envolvidos neste complexo setor. Com tal abrangência, como já tem ocorrido na esfera federal, será possível encontrar soluções que, inclusive, induzam ao desenvolvimento regional através da importante alavanca da inovação tecnológica.

Conselheiro Frei Sérgio Görgen (em 15/03/2011)

Considerando o peso da agropecuária na economia e na sociedade gaúcha, a importância da agricultura de pequeno porte na economia gaúcha e que não há como desenvolver todas as regiões do estado sem desenvolver a agricultura e a agroindústria e também considerando que a maioria das cidades vive com base nessas atividades, propõe a inclusão do tema na Carta de Concertação e a criação de uma Câmara Temática sobre a agricultura e a reforma agrária.

Conselheiro Gilberto Cardoso de Aguiar (em 15/03/2011)

Não haverá desenvolvimento social no estado do Rio Grande do Sul, sem que se incorpore um olhar para a realidade da densidade urbana, concentrada nas cidades-pólo e na região metropolitana, pois nelas concentram-se os maiores

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conflitos e carências de nossa sociedade. Assim como não haverá desenvolvimento econômico enquanto as cidades forem vistas como mercadorias pelos grandes grupos econômicos. Proposta: incorporar ao GT de Desenvolvimento Metropolitano, como convidados, os conselheiros estaduais da cidade. Também sugere o mesmo para o GT Desenvolvimento Regional e para Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico.

Conselheiro Ivo Cansan (em 15/03/2011)

Sugere criar, com urgência, uma comissão para discutir o grave problema da logística e da infraestrutura, pois é um dos componentes para o desenvolvimento e para a competição a nível global. Propõe que seja discutida a questão da concorrência desleal com os demais estados por via tributária e incentivo governamental para nossas exportações. Também destaca a necessidade de agilizar cursos de formação de mão-de-obra técnica, direcionada ao desenvolvimento social e produtivo.

Conselheiro João Batista Xavier da Silva (em 15/03/2011)

Para a Câmara Temática Piso Regional, sugere a inclusão de temas como categorias e trocas de faixas.

Conselheiro Leonardo Monteiro Silveira (em 15/03/2011)

Acredita que a Câmara Temática Pacto pela Educação deva mobilizar a sociedade para o debate em torno da construção de um “Plano Estadual de Educação” para o RS, com clareza nos seus objetivos, metas, prazos e responsabilidades.

Conselheiro Luiz Fernando de Pinedo Roman Ross (em 15/03/2011)

Propõe a inclusão de uma Câmara Temática que trate de temas relacionados à agroindústria e ao pequeno produtor.

Conselheiro Luis Roberto dos Santos Machado (em 15/03/2011)

O Conselheiro afirmou que o Regimento Interno foi aprovado, com acréscimos, mas sem conhecimento de todos os conselheiros. Solicitou que todos sejam informados em casos de alterações futuras.

Conselheira Maria Berenice Dias (em 15/03/2011)

Apesar de constar do nome do Conselho a palavra social, a conselheira relata que não há nenhum GT que preveja diálogo com os movimentos sociais.

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Urge, assim, a necessidade de criar um GT ou Câmara Temática que sirva de espaço para participação de ONGs e outras entidades públicas e privadas para ensejar um amplo debate para a inclusão social dos mais diversos segmentos.

Conselheiro Milton Francisco Kempfer (em 15/03/2011)

Sugere a criação de uma Câmara Temática para a Saúde, pois afirma que não é possível deixar de investir 12% no setor, conforme Emenda 29. Também ressalta a necessidade de organização e manutenção das estruturas existentes, antes de investir em novas estruturas. Sugere: adequar horários de funcionamento dos postos de saúde, promover qualidade para os empregos em saúde, trazer para a Câmara Temática o Secretário Estadual de Saúde e o Conselho Estadual de Saúde.

Conselheira Nadine Tagliari Farias Anflor (em 15/03/2011)

Sugere apresentação por e-mail de cada conselheiro para conhecimento mútuo. Quanto à proposta para a primeira Carta de Concertação, item 3 – Recuperação das funções públicas e do Estado -, acredita ser necessário a inclusão da segurança pública quando se fala em investimentos, ampliação e qualificação dos serviços públicos de “maneira especial”. Ressalta este tópico não por fazer parte da Secretaria de Segurança, mas pelo fato de ser esse o tema elencado pelo Conselho como o segundo em grau de urgência. Nesse mesmo sentido, destaca que é preciso ter cuidado na criação de Câmaras Temáticas, pois a sugestão de criação de câmaras sobre a saúde também abre a discussão para a Câmara Temática da Segurança Pública, pelo mesmo motivo já elencado no item anterior. Em suas palavras: “Em nenhum momento, sinto-me sozinha e única representante da Segurança Pública no Conselho, até porque aqui cheguei com o objetivo de participar em nome da sociedade, esse tema é a segunda preocupação de todos os conselheiros”.

Conselheira Neuza Canabarro (em 15/03/2011)

Sugere que seja disponibilizado o estudo elaborado pela FEE (Desenvolvimento Econômico e Social nos Últimos 30 Anos). Afirma que o objetivo do Conselho é aproveitar a bagagem de cada conselheiro, não como representante de uma área, mas para analisar o estado como um todo. E, a partir desse ponto, traçar alternativas de desenvolvimento econômico e social. Sua expectativa é de que o Conselho elabore um diagnóstico da situação atual do estado. Destaca também a questão do controle interno do Executivo.

Conselheiro Nilson Luiz May (em 15/03/2011)

Sugere a criação de uma Câmara Temática sobre Saúde, dada a importância do tema e a premente necessidade de discutir os aspectos de gestão, envolvendo gestores, usuários e profissionais das áreas. Também explanou a respeito da fundamental importância da área de prevenção das ações de saúde.

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Sugere a presença do Secretário de Saúde na nominata dos convidados especiais. Propõe trabalhar para que a Secretaria de Saúde, realmente, passe a representar a saúde, e não seja “gestora da doença”, ou do SUS, como é hoje. Destaca a necessidade de parcerias com o setor complementar, com ênfase ao cooperativismo de saúde.

Conselheiro Sérgio de Miranda por seu conselheiro técnico, Leomar Fernando Mattia (em 15/03/2011)

O Conselheiro acredita que as Câmaras Temáticas estão pouco abrangentes, por conta disso, apóia a inclusão de uma câmara para discutir as mudanças climáticas e os desafios para a agricultura e o ambiente rural gaúcho, proposta pelo Professor Sérgio Schneider. Também sugere a inclusão de uma câmara para discutir a segurança alimentar.

Conselheiro Vergilio Frederico Perius (em 15/03/2011)

Sugere criação de espaço para debate para o tema “cooperativismo como instrumento de desenvolvimento econômico e social”. Fundamenta-se no Artigo 160, §1, da Constituição Estadual.

Conselheiro Vilmar Zanchin (em 15/03/2011)

Propõe a criação de duas Câmaras Temáticas: Infraestrutura nas mais diversas regiões (acessos municipais e saneamento) e Saúde (investimento público, aplicabilidade dos recursos constitucionais e SUS).

Conselheiro Walter Fabro (em 15/03/2011)

Sugere criação específica da câmara temática de (re)qualificação profissional.

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ANEXO 2

A seguir, constam todos os documentos, textos e ofícios, encaminhados pelos conselheiros à Secretaria Executiva do CDES, em momento posterior à instalação do Pleno.

Contribuição ao Debate das Câmaras Temáticas – Conselheiro Isaías Vedovatto (em 18/03/2011)

No dia 15 de março, na primeira reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, foram apresentadas diversas sugestões de câmaras temáticas, dentre elas a do conselheiro Celso, intitulada “Agricultura Camponesa (familiar) e Soberania Alimentar”.

Quero opinar a minha posição favorável a criação desta Câmara, acrescentando nela o tema da “Reforma Agrária”, visto a relevância social, política e econômica deste segmento da sociedade gaúcha, já que as famílias assentadas representam mais de 50 mil pessoas, distribuídas em 322 assentamentos localizados em 91 municípios.

Espero que tal Câmara possa também produzir elementos de análise sobre a estrutura agrária gaúcha e a complexidade das relações sociais no campo. Tenho expectativa que esta Câmara possa propor para este conselho um conjunto de ações para sua apreciação.

Quero também me posicionar sobre a sugestão feita pelo Conselheiro Professor Sergio Scnheider sobre o tema “Mudanças Climáticas sob o Enfoque da Agropecuária”, entendendo que tal tema apresenta profunda relevância para a sociedade brasileira e mundial, mas destacando que o enfoque ambiental deverá ser estendido para o conjunto da matriz produtiva gaúcha, não apenas da agropecuária, bem como em seus aspectos e impacto na vida urbana.

Conselheiro Isaías Vedovatto

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Contribuição ao Debate - Prof. Dra. Maria Helena Weber, Prof. Dr. Luís Augusto Fischer, Giba Assis Brasil, Prof. Dra. Christa Berger (assessora técnica), em 21/03/2011

Na condição de conselheiros do CDES e considerando a possibilidade de criação de novas Câmaras Temáticas, propomos e justificamos a instalação da Câmara de Cultura e Comunicação que pretende atender ao interesse de inúmeras entidades empenhadas no debate da cultura e da comunicação. O objetivo é debater temas importantes relacionados aos campos da cultura e da comunicação e que respondam ao interesse público.

Temas integradores da Câmara de Cultura e Comunicação: a) Relação Cultura, Educação e Comunicação b) Investimento em políticas públicas de comunicação c) Conselho de Comunicação Social do Estado d) Sistema Público de Comunicação (TVE e Rádio) e) Fundos de Investimento na Cultura e Comunicação f) Economia da Cultura g) Políticas de Comunicação h) Comunicação Digital e Inclusão Social i) Redes Sociais e participação social

Justificativa para criação da Câmara de Cultura e Comunicação: a) A comunicação integra o projeto politico deste governo, conforme documento, que orientou a criação da Secretaria de Comunicação, denominado “ Para uma comunicação democrática, transversal e integrada ”. b) A Democracia e a Participação Social são elementos orientadores da agenda de desenvolvimento do Estado. c) O cotidiano é determinado também pelas relações engendradas pela ação cultural e acesso aos bens culturais, entre eles os produtos de comunicação.

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d) As ações políticas, governamentais, sociais e mercadológicas dependem do espaço e da visibilidade propiciada pelos meios de comunicação de massa, mídias sociais e a comunicação pública. e) A comunicação é um bem político e cultural. f) A comunicação é essencial às democracias e aos processos de prestação de contas, transparência e difusão pública de informações e serviços junto à sociedade. g) A realização da I Conferência Nacional de Comunicação, realizada em dezembro de 2009, em Brasília, com a participação de todos os segmentos da sociedade civil, aprovou a criação de conselhos nacional, estadual, distrital e municipal de comunicação.

Agradecemos o encaminhamento deste documento e estamos à disposição para quaisquer outras informações e esclarecimentos.

Conselheiros Prof. Dra. Maria Helena Weber, Prof. Dr. Luís Augusto Fischer, Giba Assis Brasil, Prof. Dra. Christa Berger (assessora técnica)

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PROPOSIÇÃO DE CÂMARA TEMÁTICA

“O COOPERATIVISMO COMO INSTRUMENTO DE

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL” (em 17/03/2011)

O Cooperativismo é um sistema econômico, arraigado no Estado do Rio Grande do Sul, que busca aliar o desenvolvimento econômico a distribuição justa dos resultados e a valorização da democracia, do trabalho e da preocupação com a comunidade na qual está inserida. Atualmente, o Cooperativismo no Estado do Rio Grande do Sul está presente em diversos setores de atividades, distribuídos em 13 Ramos (Agropecuário, Consumo, Crédito, Educacional, Especial, Habitacional, Infraestrutura, Mineral, Produção, Saúde, Trabalho, Turismo e Lazer e Transporte), contando com 1.924.384 associados.

Da análise dos dispositivos constitucionais, verifica-se que o Cooperativismo é tratado como um mecanismo de consecução dos objetivos do Estado Democrático de Direito, notadamente em virtude da valorização do trabalho e da livre iniciativa. Tal conclusão é embasada, no que tange à Constituição Federal, no que dispõe o art. 174 e, no que concerne à Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, no que dispõe o art. 160, nos seguintes termos:

Art. 160 - A lei instituirá incentivos ao investimento e à fixação de atividades econômicas no território do Estado, objetivando desenvolver-lhe as potencialidades, observadas as peculiaridades estaduais.

Parágrafo único - Os incentivos serão concedidos preferencialmente:

I - às formas associativas e cooperativas;

II - às pequenas e microunidades econômicas;

III - às empresas que, em seus estatutos, estabeleçam a participação: a) dos trabalhadores nos lucros; b) dos empregados, mediante eleição direta por estes, em sua gestão.

O Estado do Rio Grande do Sul, através da Lei Estadual 11.995/2003, foi pioneiro no pais ao definir a Política Estadual de Apoio ao Cooperativismo, que tem por objetivos:

I - apoiar técnica e operacionalmente o cooperativismo no Rio Grande do Sul, promovendo, quando couber, parcerias operacionais para o desenvolvimento do sistema cooperativista;

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II - estimular a forma cooperativa de organização social, econômica e cultural nos diversos ramos de atuação, com base nos princípios gerais do associativismo e da legislação vigente;

III - estimular a inclusão do estudo do cooperativismo nas Escolas, visando a uma mudança de parâmetros de organização da produção e do consumo;

IV - promover estudos e pesquisas de forma a contribuir com o desenvolvimento da atividade cooperativista;

V - divulgar as políticas governamentais para o setor;

VI - organizar e manter atualizado um Cadastro Geral das Cooperativas no Estado;

VII - propiciar maior capacitação dos cidadãos pretendentes ou associados das cooperativas.

Nesse sentido, a Câmara Temática proposta pretende discutir estratégias para que o Cooperativismo Gaúcho possa contribuir ainda mais com o desenvolvimento econômico e social do Estado.

Subscrevem o presente documento os Conselheiros:

Ademar Schardong, Carlos Raimundo Paviani, Gilberto Piccinini, Nilson May, Osmildo Pedro Bieleski, Ronei Alberto Lauxen, Rui Polidoro Pinto, Vergilio Frederico Perius

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Tese: Pelo Reconhecimento Político das Diferenças!

CONSELHEIRA: SIMONE MACHADO FONTOURA

Assessora Técnica: Cíntia Fagundes

(em 15/03/2011)

Considerando que uma das prioridades de qualquer governo democrático e popular é estabelecer políticas no sentido de avançar na construção coletiva de uma sociedade que incorpore os Direitos Humanos e o combate à violência em todas as dimensões das relações sociais, radicalizando a democratização do Estado e Sociedade, em todos os níveis, uma nova mentalidade e postura, expressa em políticas afirmativas frente às questões dos Direitos Humanos e das Pessoas com Deficiência, onde as lutas pela Acessibilidade Universal, dignidade, justiça, combate às violências, solidariedade e pelo fim de todas as formas de opressão e de discriminação sejam princípios básicos norteadores de ações e proposições concretas e efetivas no sentido da construção, ampliação e qualificação da cidadania, utilizando como modelo esse Conselho que fizemos parte.

Julgamos como essencial a esse propósito o estabelecimento de políticas públicas que objetivem promover a Equiparação de Oportunidades voltadas para as Pessoas com deficiência, uma vez que em grande parte são as barreiras sociais, políticas, econômicas e culturais as principais causas dos problemas enfrentados pelas pessoas com deficiência para atingir aos objetivos proclamados pela Convenção Internacional das Nações Unidas por "Participação Plena e Igualdade" e defesa do Estatuto das Pessoas com Deficiência.

Nós, Pessoas do Movimento Gaúcho das Pessoas com Deficiência – FSM2001 e IPESA ULBRA - entendemos ser essencial a formulação dessas políticas em todos os níveis de ação do Governo Estadual objetivando promover em todas as dimensões das relações sociais a equiparação de oportunidades e a acessibilidade universal com Reconhecimento Político de nossas Diferenças.

Conselheira Simone Machado Fontoura e Assessora Técnica: Cíntia Fagundes

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PROPOSIÇÃO DE CÂMARA TEMÁTICA

O Rio Grande do Sul e as Mudanças Climáticas: desafios para agricultura e o

ambiente rural gaúcho – Professor Sérgio Schneider (em 15/03/2011)

Prezado Senhor Secretário de Estado Marcelo Danéris

Prezados Senhores e Senhoras

Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social

O Rio Grande do Sul está prestes a inaugurar uma nova etapa em sua longa e profícua história política e social. Por meio da clarividência do Governador do Estado, Senhor Tarso Genro, estão para iniciar as atividades do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), criado mediante Lei nº13.656, de 07 de fevereiro de 2011.

Na condição de Conselheiro do CDES, venho à Vossas Senhorias apresentar a proposta de criação de uma Câmara Temática para tratar dos assuntos e questões afetos às mudanças climáticas e futuro da agricultura, do meio ambiente e do espaço rural gaúcho. Apresento-vos, a seguir, um arrazoado de justificativas para a proposta que, assim espero, venha obter o seu consentimento e apoio para criação de um espaço especializado em que o CDES possa discutir, formular idéias, propostas e estratégias de enfrentamento dos problemas ambientais, edafoclimáticos e socioeconômicos que estão em curso e afetam sobremaneira a população, o meio ambiente, a agricultura e o conjunto do meio rural Rio Grande do Sul.

Nos anos recentes, o Rio Grande do Sul tem sido sobremaneira afetado por eventos climáticos, que deixaram saldo econômico negativo. As estiagens tornaram-se recorrentes, sendo a de 2004/2005 e a de 2008 de triste lembrança. Estudo realizado pela Fundação de Economia e Estatística por A.Fochezato e M.Z.Grando mostrou que o “Produto Interno Bruto gaúcho poderia ter crescido 2,1 pontos percentuais a mais que a taxa observada em 2008 (3,8%), alcançando o patamar de 5,9%, e mais da metade dos efeitos da estiagem (52%) ocorrem fora da agropecuária, recaindo sobre setores como a indústria e os serviços”.

As enchentes e enxurradas, por seu turno, tornaram-se fonte de destruição e desolação, tais como as que assistimos no município de São Lourenço do Sul nos dias correntes. Já não são fenômenos esporádicos ou ocasionais, eles se repetem e afetam lugares distintos como ocorreu nos municípios de Marquês de Souza (2009), Agudo (2008) e outros.

A agricultura e o ambiente rural gaúcho estão entre os principais afetados. As estiagens, enchentes e enxurradas retiram dos agricultores a possibilidade de colher o fruto do suor do seu trabalho. O meio ambiente e o espaço rural, por

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conseqüência, sofrem o abandono e o esvaziamento, agravando-se os desequilíbrios demográficos. Hoje, mais de 82% da população do Rio Grande do Sul viva em áreas urbanas, dos quais quase 50% aglomeram-se na região metropolitana de Porto Alegre e em algumas cidades de maior porte, nem sempre sob as condições desejadas de moradia e acesso a infraestrutura.

As catástrofes e os eventos climáticos a que temos sido submetidos são efeitos de um problema que tem causas muito profundas e não podem ser resolvidos ou enfrentados com paliativos ou medidas de prazo curto. Cientistas e estudiosos de diversas disciplinas revelam que os eventos climáticos que trazem prejuízos, dor e desalento aos afetados não são obra do acaso ou do curso normal da evolução da natureza.

A interferência humana sobre o meio ambiente, mediante utilização de técnicas e meios equivocados de exploração dos recursos naturais, tem sido apontada como a principal responsável pelas catástrofes que afetam a nossa sociedade. Alertas e avisos de todos os tipos já foram expedidos: se continuarmos a usar a natureza da forma como estamos fazendo, nossa sociedade não conseguirá legar às futuras gerações condições adequadas de vida.

Embora sejam determinados por mudanças globais, estudos mostram que há relação entre a emissão de gases causadores do efeito estufa e as transformações climáticas. Apesar disso, é preciso admitir que ainda sabemos muito pouco sobre as relações entre o aquecimento global e os efeitos decorrentes da rápida desflorestação, do assoreamento de rios, da contaminação das águas por meio de resíduos químicos, da degradação da fertilidade dos solos, da redução da cobertura vegetal e da biodiversidade.

Os problemas ambientais que nos afetam são produto e resultado de um modelo de organização produtiva e de um modo de vida que revela-se cada dia mais insustentável. E na medida em que constatamos e passamos a aceitar que nós somos os responsáveis pelo que vem ocorrendo, podemos dar o primeiro passo para admitir que as mudanças climáticas e seus riscos são um problema social, uma questão que afeta a integridade da condição humana. Trata-se, portanto, de uma questão social e de interesse público e, como tal, uma questão de Estado.

O Rio Grande do Sul, como de resto o Brasil como um todo, não parece adequadamente preparado para lidar com os eventos das mudanças climáticas. Tão pouco a sociedade gaúcha está consciente e suficientemente esclarecida sobre os necessários esforços a serem feitos. O poder público, por seu turno, ainda não detém conhecimentos, diagnósticos, estudos e pesquisas, assim como dispositivos de prevenção e de intervenção, para fazer frente às ameaças que vieram para ficar e tendem a se aprofundar.

Na carta em que o ilustre Governador nos dirigiu, menciona com clareza o repto que se impõem: “o povo gaúcho exige um modelo de desenvolvimento econômico sustentável, com forte caráter social e distributivo...” Eis o desafio ! Neste sentido, o Rio Grande do Sul precisa mobilizar o melhor de seus recursos humanos e iniciar uma profunda reflexão coletiva sobre o caminho a trilhar e o modo de vida que pretende construir e deixar como herança para as gerações futuras. Até o final da década de 1970 tínhamos uma economia de base agropecuária. Nos anos 1980 e 1990 passamos por uma industrialização acelerada, trazendo para as cidades enorme contingente humano. No presente, anos 2000, nos transformamos em um

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Estado cuja base econômica se assenta sobre os serviços, que já representa mais de 60% do PIB.

Em face disso, cabe perguntar: vamos seguir esta trilha e este modo de vida, que contribuiu para degradar e exaurir os recursos naturais? Qual legado queremos deixar aos nossos filhos para o ano de 2050, quando o planeta terra terá a impressionante cifra de 9 bilhões de habitantes?

Como membros do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social creio que a sociedade gaúcha aguarda de nós que sejamos capazes de apontar ao Governo do Estado que este problema precisa ser incorporado às reflexões e agendas políticas. A população gaúcha espera, acima de tudo, que este egrégio e notável grupo de cidadãos, escolhidos e convidados por sua expertise e distinção pelo Governador do Estado, seja capaz de indicar caminhos e alternativas às questões estratégicas e de longo alcance que afetam o povo, notadamente, pelas mudanças climáticas em curso.

Na Câmara Temática que estou propondo, temas como a gestão dos recursos naturais, a diversificação da matriz produtiva, a erradicação da pobreza e inclusão social, a redução das desigualdades regionais e dinâmica territorial com equidade, a sustentabilidade e a competitividade sistêmica, assim como o papel das cooperativas e das organizações sociais poderiam encontrar um esteio de reflexão e compartilhamento de ideias.

Embora possa ter um foco mais abrangente, estou convencido que a agricultura e os atores sociais que de um modo ou outro estão ligados ao espaço rural, sejam eles produtores ou não, estão entre os mais afetados pelo processo de mudança climática em curso. Por esta razão, proponho a criação de uma Câmara Temática no CDES que tenha sob sua incumbência e enfoque discutir as repercussões das mudanças climáticas sobre a economia agropecuária do Rio Grande do Sul e suas interfaces com os demais setores.

Sendo este seu objeto precípuo de trabalho, caberia a esta Câmara Temática realizar um diagnóstico mais amplo sobre as transformações em curso e seus possíveis impactos no médio e longo prazo, assim como discutir mecanismos de antecipação de responsabilidades e dispositivos de intervenção do Estado e a contribuição do setor privado.

Nestes termos, Prezados e Prezadas colegas Conselheiros, peço seu apoio para subscrição desta proposta na reunião do pleno do CDES que teremos no dia 15 de março do corrente.

Atenciosamente,

Professor Sergio Schneider

Intervenção na Primeira Reunião do CDES

Conselheira Mercedes Cánepa

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Gostaria de iniciar esta breve intervenção parabenizando o governador Tarso Genro pela iniciativa de criação deste Conselho e ao mesmo tempo agradecer o convite para dele participar.

Espero e acredito que deva ser um pensamento comum a todos os presentes ter a possibilidade de contribuir, em alguma medida, para que se alcance os objetivos programáticos de um desenvolvimento que atenda aos requisitos de maior justiça social, com redução substantiva das desigualdades sociais e sustentabilidade ambiental.

Embora apoiando inteiramente este Projeto, que reputo extremamente importante e generoso, não o considero de fácil execução, especialmente porque sabemos que nem todas as questões relevantes poderão ser tratadas ao mesmo tempo e o estabelecimento de “prioridades” terá sempre que conciliar objetivos estratégicos de médio e longo prazo com demandas prementes, advindas dos mais diferentes setores da economia e da sociedade em geral.

Entretanto, é bom deixar claro, acredito na possibilidade de “concertação”. A experiência brasileira dos últimos anos, em âmbito nacional, mostrou que a maior participação dos cidadãos na definição das políticas públicas, ao contrário do que poderia defender um pensamento de corte tecnocrático, é fundamental tanto para a elaboração como para a execução das mesmas (é o que tem demonstrado os fóruns, as conferências, os conselhos e as demais instâncias de participação).

Entre os muitos desafios que se apresentam para o Governo que agora inicia e, portanto, também para este conselho destacaria inicialmente três que me parecem extremamente relevantes:

1) Em primeiro lugar, nossa meta de crescimento com justiça social (distribuição de renda), deverá conciliar investimentos em infraestrutura (energia, transporte, comunicação, etc), com o investimento nas diversas áreas de serviços, boa parte deles prestados diretamente pelo Estado: educação, saúde, habitação, segurança, cultura, lazer, etc.

2) A necessidade de pesados investimentos na área da educação que associada ao desenvolvimento científico e tecnológico constitui o eixo da “sociedade do conhecimento”. Ainda não contamos nem com a universalização do ensino médio. Será preciso: investir no ensino infantil; qualificar o fundamental e o médio; investir pesadamente nos professores (salário e formação); ampliar o número e qualificar as escolas técnicas e ampliar a rede de universidades, investindo na articulação do ensino, pesquisa e extensão.

3) Por último, lembraria o desafio da sustentabilidade ambiental. Como crescer? Como investir pesadamente em infraestrutura ou no aumento da produtividade na agricultura sem grandes prejuízos ao meio ambiente? Mais uma vez, a questão da ciência e tecnologia se faz

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elemento fundamental. Será necessário investir maciçamente em pesquisa. Fico por aqui porque acabou o meu tempo.

Conselheira Mercedes Cánepa

Intervenção do conselheiro Daniel Sebastiani, entregue em 15/03/2011

Saudando a mesa, saúdo a todo este conselho. Vou me ater, de forma disciplinada, à solicitação que foi feita de sermos prosaicos nos cumprimentos e nas considerações. No entanto, é preciso manifestar o quanto é grato participar deste conselho, sobre o qual significativas parcelas da nossa sociedade, entre eles cidadãos que fazem parte do ambiente de trabalho nos quais convivo, depositam grandes esperanças. Queremos dizer que também as temos, não somente em função do caráter amplo e inteligente deste conselho, mas igualmente pela linha política que este governo defende, pelo seu programa e, por que não dizer, pela grandeza intelectual de sua linha de frente. A inteligência não é neutra, mas ela economiza muito em esforços quando praticada no âmbito político, independente de sua vertente.

Nosso compromisso aqui é contribuir, com nossa experiência política e docente, sobretudo na área da Educação, no chamado Pacto pela Educação. A educação não é pauta menor em lugar algum do mundo nestes tempos inaugurados pela Revolução Técnico-científica, a chamada Terceira Revolução Industrial. Também não deve ser para um país emergente, que almeja se posicionar de forma proeminente no mundo e, igualmente, em um estado de sua federação, como o RS, que quer descobrir suas potencialidades como centro pela educação. Qual a realidade desta no país e, sobretudo, no RS?

Embora melhoras significativas a nível nacional, temos um atraso histórico nesta área, reforçada pela política incrementada nas décadas de 80 e 90. Essas políticas estão conectadas com uma nova etapa no capitalismo mundial em que a informatização e a robotização da produção tornaram desnecessária uma mão- de-obra mais preparada em termos culturais, a não ser em uma pequena quantidade de postos de trabalho. Para a maioria cabe uma reprodução mínima do conhecimento (leitura e escritas básicas), ou, no melhor dos casos, uma educação “de treinamento”, ou seja, a preparação “focada” para um serviço específico de natureza mais técnica. Aumentou o universo atingido por esta educação mínima: ampliou-se e rebaixou-se a qualidade.

A conclusão é que para o sistema atual é desnecessário um ensino de qualidade e universalizante ou politécnico para as amplas massas. Decorrência disto tem sido adequar à política neoliberal de ajuste fiscal e estado mínimo , um tratamento discriminatório da educação básica e pública que, ao ter que formar mão-de-obra com um conhecimento mínimo, contenta-se com “professores

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mínimos, salários mínimos e estrutura mínima”. Com exceção de algumas escolas de caráter técnico ou de “referência” , a mão-de-obra mais qualificada, técnica e/ou universalizante, sai, sobretudo, das escolas básicas e técnicas privadas.

Decorre daí uma realidade muito presente: a desvalorização profissional do docente do ensino básico público. Os baixos salários, a quebra da estrutura e da disciplina, a massificação da categoria e a conseqüente perda de qualificação da mesma, fazem da profissão de docente de nível médio algo desvalorizado de forma crescente pela sociedade, se distanciando do histórico conceito de professor, que nada devia ao de advogado, médico ou juiz, por exemplo.

Infelizmente o docente de nível médio é visto como “fracassado” e isto tem feito os mais capazes se afastarem da profissão. Não soa incoerente dizer, portanto, que o resgate do simbolismo e da dignidade do professor é tão importante quanto ao resgate do seu salário. Uma se liga intrinsecamente à outra, mas ambas possuem um grau de autonomia.

Cabe, por fim, elencar algumas sugestões:

• Recuperar de forma nítida (com base na discussão do piso), a matriz salarial dos professores (abrindo a discussão sobre o novo Plano de Carreira com base na defasagem de seus níveis e não na meritocracia);

• Iniciar uma campanha institucional de valorização docente que recupere o professor como autoridade do ensino, elevando a auto-estima da categoria;

• Defender e ampliar a rede Tiradentes;

• Valorizar a Fundação Liberato e sua interação com as escolas estaduais de ensino fundamental da região;

• Fortalecer e institucionalizar um sistema estadual de escolas técnicas, integradas ao ensino médio (preferencialmente) ou não que permita direcionar verbas específicas para esta área e conceder incentivos aos professores, neste sentido é possível se valer do PROEP/Brasil Profissionalizado e outras linhas de crédito dos programas federais de apoio;

• Criar escolas pólos na rede técnica e/ou média;

• Modificar a eleição para diretor de escola aplicando o peso de 50% aos votos de docentes e funcionários e os mesmo 50% aos alunos e comunidade;

• Criar um projeto específico, junto com a federação dos pais e mestres, de subsídio ao aluno em situação crítica, que aborde desde o acesso à internet e bibliotecas, quanto às condições de estudo;

• Ampliar e aperfeiçoar o Saers como instrumento de aferição da qualidade escolar;

• Promover Olimpíadas e feiras que destaquem os alunos da rede estadual de ensino, dando às mesmas divulgação na imprensa e prêmios aos

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vencedores, este fato pode se tornar um forte emulador para docentes e alunos, se enquadrando na grande campanha pela volta do orgulho em ser professor.

Obrigado. Bom trabalho para todos!

Conselheiro Daniel Sebastiani

CONSELHO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL

DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CEDES

GOVERNO TARSO GENRO – PT

Conselheiro Carlos Otávio Schneider

A nossa participação no colegiado do Conselhão se reveste, além da honra de estar ao lado do Governador do Estado Tarso Genro, alimentar propósitos pontuais concretos em proporcionar ao Governador do Estado, alternativas para incentivar o crescimento econômico do Rio Grande do Sul a partir de adoção não só de políticas de financiamento da produção, mas também de readequação tributária, estímulo ao incremento das alternativas estruturais de infraestrutura, educação, meio-ambiente, segurança pública e previdenciário.

O modelo de administração pública requer mudanças de rumo, sobretudo, na seara da tributação gaúcha. Ela tem sido responsável entrave ao desenvolvimento econômico de empreendedores instalados e que poderiam vir se instalar no Rio Grande do Sul. Outros ainda, em grande número, migram para outros estados da federação brasileira, por conta da hedionda guerra fiscal e tributária, que a nosso juízo não merece mais espaço no cenário nacional.

Assolado ao longo dos anos por constantes práticas de políticas públicas incompatíveis e inadequadas, a reformulação da estrutura tributária precisa ser revista com urgência tanto na estrutura das obrigações acessórias, validades de certidões, critérios para sua concessão, contratos e convênios, alíquotas, etc. O Estado precisa necessariamente arrecadar tributos para atender suas demandas. Contudo, não é aumentando tributos pela via ilógica das altas alíquotas, sufocando setores como o agronegócio e de omissões na vigilância de fronteira combatendo

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o contrabando de produtos dos mais diversos segmentos tais como vinhos, calçados, eletrônicos, etc.

Alguns atos da administração pública estadual emanam necessariamente do Poder Legislativo em face do princípio da independência dos poderes. Outras são de competência privativa do Poder Executivo. Os do Poder Executivo podem, e talvez devam merecer de parte do Governador análise pontual em cada tópico (seguir indicados) a fim de buscar a adequação das proposições apresentadas às formalidades administrativos visando contribuir com o crescimento econômico e social do Estado, sem prejuízo à arrecadação e demais adequações que o Executivo entender para bem conduzir a “ res ” pública.

Os atos operados pela sociedade produtiva, contemplados em dispositivos constitucionais e, ausência de lei estadual, o judiciário deverá ser provocado para convalidá-las ou negar tais ações. É preciso proporcionar ao empreendedor instalado em solo gaúcho, meios não impeditivos ou inibidores do crescimento econômico, observados os mais elementares princípios da auto-sustentabilidade e ambientalmente corretos. Do parque industrial que se extraem as riquezas regionais, do desenvolvimento, da sustentabilidade econômica do Estado. Impor restrições desnecessárias, dessintonizadas, sob pretexto do comportamento cultural, é retrocesso injustificável que não convém social, nem ao Estado e tão pouco ao setor produtivo. O Estado, como orientador, pacificador, emissor da ordem pública e econômica, almeja sempre incremento na arrecadação tributária e o contribuinte deve se sentir seguro e incentivado a fim de possa continuar a produzir sem que se sinta lesado do seu patrimônio com uma constrição patrimonial decorrente da ordem tributária, que em alguns casos chega ser cômicos. É o caso das legislações tributárias que concedem benefícios fiscais que após apropriados e inscritos devidamente no universo contábil, o contribuinte se vê alijado do benefício, não podendo utilizá-lo por conta de restrições injustificadas. A que ponto chegamos no Rio Grande do Sul. Tais regramentos excluem o Estado da competitividade do mercado globalizado.

A natureza jurídica do tributo está consagrada no ordenamento legiferante brasileiro, onde estão indicadas em regras específicas do direito tributário a serem seguidas pelos entes políticos tributantes. Estas bases são sustentadas e autorizdas pelas vigas mestres da Constituição Federal, sobretudo, do Capítulo do Sistema Tributário Brasileiro. O debate no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Rio Grande do Sul certamente enriquecerá as possibilidades que poderão ser objeto de avaliação do Governador a fim de discutir com a sociedade produtiva gaúcha a implantação de novo modelo tributário, readequando a matriz tributária do Estado com a ordem econômica e social exigida pelo modelo contemporâneo.

TEMAS RELEVANTES

1 - Certidões Negativas de Débito e/ou Positivas de Efeito Negativo

Durante a campanha eleitoral de 2010, em muitos debates, o hoje Excelentíssimo governador muito afirmou de que o Rio Grande deve ficar de frente para o Brasil, devendo copiar o modelo do país que deu certo. Neste sentido, e

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principalmente na seara tributária, a união Federal tem se caracterizado em seus atos normativos de amenizar e diminuir, os serviços relacionados a obtenção de certidões negativas de débito.

Em direção da argumentação do Excelentíssimo Governador, vimos sugerir, com a apreciação dos demais conselheiros e conselheiros deste sodalício, a apreciação da seguinte matéria:

Propomos alteração no prazo de validade das Certidões Negativas ou Certidões Positivas de Efeito Negativo de 60 dias para 180 dias nos mesmos termos das certidões emitidas pela Secretaria da Fazenda Nacional. O Excelentíssimo Governador do Estado, eleito em 3 de outubro passado, em campanha muito tem enfatizado a adequação dos atos públicos do Rio Grande aos modelos de Brasília, não devendo o Estado Gaúcho ficar virar de costas e sim de gente para o Brasil.

Diante destas argumentações, e neste ponto entendemos oportunas as afirmativas de campanha do Excelentíssimo Governador, pressupõe a proposta do Governador de que os modelos de Brasília que deram certo devam ser seguidos e copiados na administração local. Este é um dos importantes temas a merecer destaque em nossa proposta: a dilatação do prazo de validade das certidões negativas de débito ou positivas com efeito negativo de 60 para 180 dias.

Outro tema que deve merecer atenção a administração pública fazendária é o caso de utilização dos precatórios emitidos contra o Estado do Rio Grande do Sul, orçamentados, vencidos e não pagos e utilizados pelos seus titulares para pagamento de tributos devidos ao Estado. Neste sentido, vimos ao encontra do que preceitua a Emenda Constitucional número 30 de setembro de 200 que inseriu o artigo 78 com seus respectivos parágrafos nos Atos de Disposição Constitucionais Transitórios preceito normativo, cuja aplicação tem eficácia plena e não contida, para todos os entes políticos brasileiros. Em 12 de dezembro de 2009, com a edição da Emenda Constitucional número 62, o legislador constitucional derivado, convalidou todas as compensações feitas com precatórios orçamentados, vencidos e não pagos, com tributos devidos ao Estado, independente da existência de lei estadual. Assim, levamos a apreciação do plenário de V. Exa.

2 - Aproveitamento de Créditos oriundos de Precatórios Estaduais orçamentados, vencidos e não pagos para pagamento de tributos contra o Estado.

Baixa nos registros de inscrição em dívida ativa de débitos tributários de contribuintes no sistema da Secretaria da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul, daqueles que utilizaram os precatórios orçamentados, vencidos e não pagos emitidos pelo Estado do Rio Grande do Sul para pagamento de tributos nos termos da Emenda Constitucional número 30/200 e 62/2009. Ficando afastados da compensação os precatórios emitidos pelas autarquias tais estaduais como IPERGS, DAER, etc. Estas entidades possuem seu próprio egime de caixa, não se configurando o regime de caixa único do Governo para o fim de compensar tributos. Esta medida se faz necessária em homenagem ao princípio da legalidade, moralidade e dignidade da pessoa humana baseado em princípio de norma constitucional.

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Nos termos em que se encontra atualmente, figuram débitos tributários de contribuintes inscritos como inadimplentes de certo modo fictícios. Ao adequar a norma constitucional aos preceitos normativos estaduais, certamente emanados pelo Parlamento Gaúcho, haverá de vir ao encontra da efetividade da coisa julgada nos seguintes moldes: (i) a formalização do pagamento de tributos pelo contribuinte com precatório orçamentado, vencido e não pago diminui consideravelmente o estoque devedor de precatórios pendentes de cumprimento; (ii) diminuição do déficit das contas públicas estaduais; (iii) permite que o titular do crédito oriundo de precatório cedido ou não, não leve seu crédito ao túmulo. Assim se operará o encontro de contas atendidas as formalidades que o processo exige ao caso concreto. O Déficit de precatórios orçamentados vencidos e não pagos no Estado hoje é de aproximadamente R$ 6 Bilhões de reais entre o estado e suas autarquias. Enquanto outras unidades federativas editaram normas adequando o uso do precatório em débitos tributários, o Rio Grande do Sul caminha em sentido contrário.

3 - Matriz Tributária Gaúcha

Revisão da matriz tributária do Rio Grande do Sul a fim de adequá-la aos termos e exigências do Desenvolvimento Econômico e Social, bem como analisar a evasão de empresas do Rio Grande do Sul para outras regiões do país por conta da guerra fiscal. Pretendemos auxiliar o governador na proposta de um novo modelo tributário gaúcho mais competitivo, que desonere e que seja compatível com a tributação do mercado nacional e globalizado. Nenhum setor produtivo quer exportar impostos. A desoneração tributária nos permitirá ser mais competitivo aumentando o volume das vendas, gerando mais receitas, mantendo mais empresas em solo gaúcho, aprimorando a matriz produtiva do Estado do Rio Grande do Sul. Penso que assim, o Governador do Estado deixará sua marca com um grande evento.

4 - Políticas Públicas para o Desenvolvimento Microrregional Gaúcho com nova formatação da Matriz Tributária

Estimular, através de políticas públicas, sobretudo fomentadas por uma matriz tributária que possa ser recuperada na cadeia produtiva no estado a fim de que o Rio Grande do Sul promova o desenvolvimento das microrregiões potencialmente produtivas, tais como o setor da uva, vinho, indústria primária como um todo. Não menos importante as políticas públicas a fim de enfrentar o grave problema da infraestrutura viária e nas intempéries do tempo como os constantes desastres naturais que assolam o Rio Grande do Sul. Com tais proposições, é extremamente urgente o envolvimento dos representantes gaúchos em Brasília, no remanejo de verbas públicas federais a fim de que o Governo do Estado possa integrá-las na manutenção da administração pública estadual. Fundos Constitucionais e rubricas de previsão infraconstitucional disponíveis no Governo Federal, requerem em sua grande maioria projeto para áreas específicas. Como, por exemplo, requerer maior participação na partição das verbas oriundas das Contribuições de Intervenção de Domínio Econômico – CIDEs -, sobretudo as dos combustíveis pagos por todos os gaúchos e que se perdem para regiões diferentes do país e que não retomam em parcos números. Estes recursos são necessários, sobretudo, no esforço do

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Governador e rever as modalidades dos pedágios nos Pampas, reestruturação e modernização dos aeroportos do RS, em sua grande maioria sucateados.

5 – Estimular a indústria do turismo a fim de que o Estado também possa atrair ao seu território um maior número de turistas. A França é visitada todos os anos por mais de 60 milhões de turistas. A Alemanha é visitada por mais de 40 milhões e o Brasil por modestos 4,5 milhões por anos em sua grande maioria visitam o Norte, Nordeste e Centro Oeste do país.

6 – Melhoria, implantação, instalação de estrutura física para que o magistério gaúcho possa desempenhar suas funções com segurança, com melhor remuneração, já prevendo a implantação dos “5s” neste setor.

7 – Promover a estrutura de modernização para a Segurança Pública do Rio Grande do Sul no combate às drogas e ao crime organizado, além do contrabando de fronteira, sobretudo, na entrada no país dos espumantes, cigarros e eletrônicos.

8 – Adequar a legislação tributária gaúcha a fim de que a produção primária tais como grãos, suinocultura, avicultura e a pecuária tenham tratamento focado na desoneração tributária, recuperando os valores da base da cadeia produtiva.

9 – Aproveitamento total dos créditos tributários presumidos e créditos decorrentes do incentivo a exportação no aproveitamento próprio dos contribuintes ou a sua transferência total ou parcial para terceiros.

10 – Analisar nova proposta da legislação que institui a Substituição Tributária, modelo este que vem gerando graves distorções ao modelo proposto pelo Governador do Estado no setor de Desenvolvimento Econômico e Social.

11 – Segurança Pública:

Apenas para contribuir com a administração do Estado na Segurança Pública, é mister salientar que grande parte da população carcerária são de presos com condenação definitiva judicial. Por outro lado, há de se considerar que 33% da população carcerária é composta por presos cautelares. São aqueles que estão presos até a fase final da instrução processual. Um grande número cumpriu pena superior a pena se tivessem sido condenados em sentença final, transitada em julgado. Neste sentido, sugerimos:

Estimular através da estrutura da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul em esforço concentrado, a fim de envolver também a sociedade jurídica para analisar

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cada processo de pessoas que presas cautelarmente. São aqueles que ainda não foram condenados. Estão presos apenas para que o processo seja instruído ou quando o infrator da ordem penal representar perigo à sociedade. Este é outro caso que deverá merecer nossa atenção. Assim poderemos contribuir para desobstruir as penitenciárias e abrir novas vagas nas penitenciárias para os condenados em definitivo. Também a revisão daqueles condenados que já cumpriram toda sua pena a que foram condenados, a fim de que, uma vez paga a dívida com a sociedade, sejam reinseridos ao mercado de trabalho, escola, obstruindo vagas para outros condenados em definitivo.

12 – Implantação dos “5s” na administração Pública Estadual, uma reivindicação da categoria há muitos anos. Há muitos anos as entidades sindicais da administração pública direta e indireta vem reclamando maior eficiência na administração pública. Somando a este propósito, a sugestão ao Governador do Estado para a instalação da CIPA.

Conselheiro Carlos Otávio Schneider

(Documento entregue em 15/03/2011)

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