FUTEBOL CLUBE DO PORTO - Futebol, SAD Sociedade Aberta Capital Social: 75.000.000 Euro Sede: Torre das Antas - Avenida Fernão de Magalhães, 1862 14º Piso 4350-158 Porto Matricula na 1ª Conservatória do Registo Comercial do Porto, n.º 5745 Pessoa Colectiva n.º 504 076 574
Relatório e Contas Consolidado 2002/2003
Índice
A. Relatório de Gestão 1. Mensagem do Presidente 2. Órgãos Sociais 3. Evolução dos Negócios da Sociedade 4. Factos Relevantes Ocorridos após o Termo do Exercício 5. Perspectivas Futuras 6. Proposta de Aplicação de Resultados
B. Demonstrações Financeiras Consolidadas e Anexos 1. Balanço Consolidado 2. Demonstração de Resultados Consolidados por Naturezas 3. Demonstração de Resultados Consolidados por Funções 4. Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas 5. Demonstração de Fluxos de Caixa 6. Certificação Legal das Contas 7. Relatório de Auditoria 8. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal
C. Relatório sobre o Governo das Sociedades 1. Divulgação de Informação 2. Exercício de Direito de Voto e Representação de Accionistas 3. Regras Societárias 4. Órgão de Administração
D. Participações Qualificadas
1 A. Relatório de Gestão
1. Mensagem do Presidente
A época 2002/03 ficará para sempre na história do F.C.Porto como uma das mais brilhantes de sempre. Os momentos que vivemos durante as estrondosas vitórias obtidas em todas as frentes são inesquecíveis e destacam a singularidade das conquistas. Foi no futebol e através do F.C.Porto que Portugal mostrou vitalidade e assumiu uma capacidade competitiva invulgar no panorama europeu.
O F.C.Porto representou o futebol português ao mais alto nível e brilhou. Brilhou porque assumiu uma filosofia vitoriosa, uma lógica de sucesso assente no trabalho, na metodologia e no profissionalismo. A força deste F.C.Porto tem na base o apoio dos accionistas, sócios, simpatizantes e parceiros comerciais, que sempre acreditaram neste projecto. O Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia foi o recato ideal para a equipa se preparar e amadurecer estes conceitos. Estamos orgulhosos mas ainda com mais ambição hoje do que tínhamos ontem.
Esta foi a derradeira temporada completa que vivemos no Estádio das Antas. Vamos deixar o palco de muitas alegrias, mas vamos partir para uma nova realidade, rumo a um futuro que se espera risonho. As vitórias e as enchentes de 2002/03 serviram para imortalizar um estádio que vamos amar para sempre. O Estádio do Dragão é um sonho realizado, a prova inequívoca de que tudo é possível no F.C.Porto.
Estamos, portanto, no caminho certo. A Administração da F.C.Porto – Futebol, SAD assumiu uma política de contenção e respondeu de forma eficaz às novas exigências de um mercado em crise. O plantel diminui,
2 os custos fixos foram reduzidos, mas a eficácia mantém-se. A associação entre esta filosofia de sucesso e as receitas acrescidas decorrentes da exploração do novo Estádio do Dragão permitem perspectivar os próximos tempos com grande optimismo. O futuro está traçado.
O Presidente do Conselho de Administração,
Jorge Nuno Pinto da Costa
3 2. Órgãos Sociais Assembleia Geral Presidente - Fernando Arnaldo Sardoeira Pinto Secretário - Miguel Angelo Abreu Bismarck
Conselho de Administração Presidente - Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa Adelino Sá e Melo Caldeira Fernando Soares Gomes da Silva Reinaldo da Costa Teles Pinheiro Rui Miguel Duarte Alegre
Conselho Fiscal Presidente - Domingos José Vieira de Matos Vogal - Ledo, Morgado & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, representada por José Carlos de Carvalho Velez Vogal - Joaquim Manuel Sousa Ribeiro Suplente - Jorge Bento Martins Ledo
Secretário da Sociedade Daniel Lorenz Rodrigues Pereira Suplente : Urgel Ricardo Santos Brandão Horta Martins
Conselho Consultivo Jorge Nuno Pinto da Costa Alípio Dias Adolfo Roque Álvaro Pinto Álvaro Rola Américo Amorim António Gonçalves António Lobo Xavier Armando Pinho Artur Santos Silva Augusto Paranhos Domingos Matos Fernando Pimenta Ilídio Pinho Ilídio Pinto João Nuno Macedo Silva Jorge Armindo Ludgero Marques Nuno Cardoso Rui Barros
4 3. Evolução dos Negócios da Sociedade
Futebol
2002/2003 foi a época de ouro do F.C.Porto. A conquista da Taça UEFA foi o ponto mais alto de um ano de luxo, que enche todos os adeptos de orgulho.
A temporada 2002/2003, que ficará para sempre na memória de todos os portistas, começou provavelmente com a decisão de contratar José Mourinho ainda decorria a época 2001/2002. A equipa técnica liderada por Mourinho teve a oportunidade de tomar conhecimento a um grupo de jogadores que pontualmente já demonstrava qualidade para protagonizar grandes feitos. Foram, no entanto, as decisões inerentes à constituição do plantel para a época 2002/2003 que abriram o caminho do sucesso. Nestas decisões inclui-se o regresso do capitão Jorge Costa, facto indissociável da campanha realizada. O investimento realizado incluiu as aquisições dos seguintes jogadores:
> César Peixoto > Nuno Espírito Santo > Derlei > Nuno Valente > Jankauskas > Paulo Ferreira > Maniche > Pedro Emanuel > Marco Ferreira > Tiago
Estes jogadores acrescentaram não só qualidade ao plantel, mas muito mais do que isso. Reforçaram os índices de motivação, humildade e espírito ganhador, indispensáveis para que um grupo de bons jogadores se transforme numa equipa vencedora.
5 A Superliga 2002/2003 foi marcada por um domínio inequívoco do F.C.Porto e que culminou com a obtenção de 86 pontos, consequência de 27 vitórias, 5 empates e 2 derrotas, com 73 golos marcados e 26 sofridos. O melhor marcador do F.C.Porto foi Hélder Postiga com 13 golos apontados. A vitória na Superliga garantiu a presença do F.C.Porto na edição 2003/2004 da UEFA Champions League.
A época também ficou marcada pelas vitórias em todos os jogos disputados com os principais concorrentes à vitória na Superliga.
Da análise do gráfico apresentado constatamos que o F.C.Porto tem dominado o futebol em Portugal, pois nos últimos 10 anos conquistou o título nacional em 6 edições.
Classificação na Liga Portuguesa
11 11 1 1
2 2 2
3
1993/94 1994/95 1995/96 1996/97 1997/98 1998/99 1999/00 2000/01 2001/02 2002/03
Na Taça de Portugal, o F.C.Porto conquistou o troféu depois de eliminar o Trofense, Gil Vicente, Guimarães, Varzim, Naval, e União de Leiria.
6 A final, disputada no Estádio Nacional, em Lisboa, foi uma extraordinária manifestação de alegria, apoio e carinho dos adeptos de todo o País que encheram por completo o palco deste evento e que tiveram a felicidade de assistir à conquista de mais um troféu, em função da vitória conseguida sobre a União de Leiria, com um golo solitário de Derlei.
A edição 2002/2003 da Taça UEFA colocou no caminho do F.C.Porto adversários de grande qualidade. Depois de terem sido ultrapassados adversários como o Polónia de Varsóvia, Austria de Viena, Lens e Denizlispor, o sorteio ditou uma eliminatória com o Panathinaikos, adversário com o qual o F.C.Porto já se tinha deparado em outras edições da UEFA Champions League. Depois da derrota no Estádio das Antas por 1-0, poucos acreditariam numa reviravolta na eliminatória. No entanto, uma grandiosa demonstração de ambição, vontade e qualidade permitiu uma vitória por 2-0 no terrível ambiente proporcionado pelo público grego. Poderá ter sido este o jogo decisivo da competição e foi seguramente uma demonstração da capacidade que o F.C.Porto tinha para ficar com o troféu.
As meias finais determinaram como adversário a Lázio, clube proveniente de um dos campeonatos mais competitivos do mundo. A vitória por 4-1 no Estádio das Antas, depois da Lázio ter aberto o marcador logo no início do jogo, abriu as portas da final de Sevilha. O empate sem golos em Roma carimbou definitivamente o acesso ao jogo onde se decidia a Taça UEFA.
Sevilha ficará na memória como o esplendor máximo do F.C.Porto 2002/2003. Um ambiente efervescente a rodear o jogo, duas equipas com vocação ofensiva, muitos golos e emoção em cada minuto que o
7 jogo foi disputado. Uma vitória justa por 3-2 foi o resultado final. A ficha deste jogo ficará para a história do futebol mundial.
Com esta vitória, também ficou garantida a presença na final da Supertaça Europeia, a disputar no Mónaco com o vencedor da UEFA Champions League.
Superliga 2000/2001 2001/2002 2002/2003 Classificação 2º 3º 1º Pontos 76 68 86 Melhor Marcador FCP Pena (22) Deco (13) Postiga (13) Goal-Average 73 – 27 66-34 73 – 26 Europa ¼ Final UEFA 2ª Fase CL Vitória UEFA
F.C.Porto – Futebol, SAD
O exercício 2002/2003 ainda não foi o exercício que marcou a viragem definitiva rumo ao reequilibro financeiro. No entanto, o cumprimento do orçamento apresentado aos accionistas em Novembro de 2002, indicia que o rigor na gestão está a alcançar resultados. Enquanto o orçamento sufragado pelos accionistas apresentava um resultado negativo de 17 M€, os resultados do exercício revelam um prejuízo de 18 M€.
No entanto se analisarmos a evolução do Cash-Flow Operacional nos últimos 3 exercícios, através do EBITDA, reparamos que este indicador evolui favoravelmente, passando de –4,2 M€ em 2000/01 para os +4,6 M€ evidenciados neste exercício.
8 EBITDA
4,6 3,4
2000/2001 2001/2002 2002/2003
-4,2
No que concerne ao Cash-Flow da sociedade, conclui-se, pela análise do gráfico apresentado, que este indicador evolui favoravelmente nos últimos 3 exercícios.
Cash-Flow
1,6 1,8
2000/2001 2001/2002 2002/2003
-8,3
A evolução do EBITDA e do Cash-Flow da sociedade revelam a tendência para uma melhoria da conta de exploração da sociedade.
9 Estrutura de Proveitos
Vendas PC 5% Outros Proveitos 2% TV Transferências 12% 27%
Pub. e Sponsorização 20% Bilheteira 18% Provas UEFA 16%
Os troféus conquistados ao longo da época e a qualidade evidenciada pelo plantel nos estádios de toda a Europa permitiram a realização de mais valias com transferências e empréstimos de atletas que atingiram os 15 M€, resultado, nomeadamente, da transferência de Hélder Postiga para o Tottenham Hotspurs. Assim sendo estes proveitos com transferências representaram 27% do total de proveitos da sociedade no exercício.
As mais valias realizadas surgem num contexto de estagnação no mercado de transferências em toda a Europa. No entanto, a aposta no apetrechamento da equipa com bons valores, que proporcionem excelentes resultados desportivos, tem também como contrapartida, a alavancagem da maioria das fontes de receita da sociedade, particularmente o crescimento das receitas com transferências, factor essencial ao equilíbrio financeiro da sociedade.
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Estas receitas cresceram dos 3,6 M€ em 2000/01 para os 15 M€ em 2002/03. Constata-se ainda que nos últimos cinco exercícios, apenas em 2000/01 não foram realizadas mais valias significativas com transferências devido a uma decisão da Administração e independentemente do interesse do mercado nos jogadores do F.C.Porto.
Transferências
15,0 12,9
3,6
2000/2001 2001/2002 2002/2003
Também as receitas decorrentes das parcerias comerciais têm crescido de forma sustentada. Os acordos com os principais parceiros comerciais do F.C.Porto como a Nike, Revigrés, PT e BES, têm-se revelado uma importante fonte de receitas, cuja componente variável, em função das vitórias conquistadas na temporada, teve um incremento assinalável.
11 Sponsorship
11,0 9,4
7,0
2000/2001 2001/2002 2002/2003
A exploração dos lugares para empresas no Estádio das Antas continua a ser um sucesso, facto demonstrado pelo claro excesso da procura em relação aos lugares disponíveis. Nesta área em particular, bem como noutras áreas de negócio, o início de utilização do Estádio do Dragão terá como consequência, nos próximos exercícios, um aumento considerável do volume de negócios.
Bilheteira
9,5 8,5
7,1
2000/2001 2001/2002 2002/2003
12 As receitas de bilheteira (bilhetes, lugares anuais e quotas) cresceram 26%. Os espectáculos proporcionados aos adeptos subiram de qualidade, às vitórias juntaram-se momentos de grande espectáculo, emoção e incerteza. A brilhante carreira na Taça UEFA e o facto dos jogos da UEFA disputados no Estádio das Antas não terem sido transmitidos em directo, contribuíram decisivamente para este crescimento.
TV
10,5
5,9 6,4
2000/2001 2001/2002 2002/2003
O mercado televisivo tem sofrido um certo arrefecimento, o que pode ser verificado na evolução dos respectivos proveitos. O F.C.Porto optou neste exercício por não transmitir os jogos disputados na Taça UEFA, em virtude dos valores oferecidos pelos operadores não serem suficientemente atractivos, optando por potenciar boas receitas de bilheteira e maior apoio dos sócios e simpatizantes no estádio.
No que respeita à participação em provas europeias, a excelente performance desportiva evidenciada no decorrer desta época permitiu
13 um encaixe financeiro assinalável decorrente da vitória na Taça UEFA, tendo ainda assegurado de forma inequívoca, a disputa da final da Supertaça Europeia. Assim sendo, os proveitos decorrentes da presença nesta final e que ascendem a cerca de 1,3 M€ estão contabilizados no exercício em análise.
Com a vitória na Superliga 2002/03, foi garantido o acesso automático à edição 2003/04 da UEFA Champions League. O formato financeiro desta competição prevê o pagamento de verbas aos clubes participantes em função da participação na prova (ou seja a parte fixa e cujo recebimento já está assegurado) e também em função da performance evidenciada ao longo da competição, em função das vitórias alcançadas, da passagem a fases mais avançadas da competição e ainda decorrente da distribuição dos valores do mercado televisivo, pagos em proporção das verbas pagas pelo operador de televisão do respectivo país. É pertinente ainda sublinhar que na UEFA Champions League deixará de ser disputada a 2ª fase de grupos, que será substituída pela disputa dos 1/8 Final, facto que acrescenta emotividade ao espectáculo e incerteza ao resultado, indo ao encontro dos motivos que atraem espectadores ao jogo.
A estrutura de custos revela que os custos com pessoal têm um peso determinante no orçamento da sociedade. De facto, os salários dos atletas são o factor que tem maior poder de influência sobre a sua performance económica. Estes custos representaram, no exercício 2002/03, um peso específico de 51% face aos respectivos custos totais. Neste período, os valores inscritos nos custos com pessoal incluem os prémios pagos pela conquista da Taça UEFA, Superliga e Taça de Portugal.
14 Estrutura de Custos
Amortizações FSE's 27% 15%
Outros Custos 4% Custos Financeiros 3%
Custos com Pessoal 51%
Além dos custos salariais também aqueles respeitantes às amortizações, maioritariamente incorpóreas e que reflectem o investimento realizado na aquisição de jogadores, têm um peso específico considerável, atingindo os 27% em 2002/03.
Um indicador importante numa sociedade desportiva diz respeito aos valores do total de proveitos que são absorvidos pelos custos salariais. Este rácio deverá preferencialmente situar-se abaixo dos 60%. Nos 3 últimos exercícios este rácio tem estabilizado acima deste limite, sendo que a estratégia da gestão continua a apontar no sentido de reduzir este rácio até estabilizar nos 55%.
15 Salários vs Proveitos
2000/01 84%
2001/02 61%
2002/03 64%
A estrutura patrimonial sofreu um agravamento como resultado do déficit apresentado no exercício. Os capitais próprios da sociedade são, a 30 de Junho de 2003, de cerca de 16 M€.
A autonomia financeira da sociedade diminuiu de 19% no final do 1º semestre do exercício para 18% no fim deste exercício.
30-06-2002 31-12-2002 30-06-2003
Activo Líquido 85.606.863 81.500.540 89.985.571 Capital Próprio 34.606.346 15.389.592 16.163.834 Passivo 51.000.517 66.110.948 73.821.737 Autonomia Financeira 40% 19% 18%
O passivo da sociedade a 30/6/2003 situava-se nos 74 M€. No entanto, em função da contratualização de uma operação financeira de longo prazo, verificou-se uma redução de 11% do passivo de curto prazo e um aumento do passivo de médio e longo prazo.
O valor contabilistico dos atletas sob contrato tem sofrido uma diminuição gradual, tendo decrescido dos 39 M€ no fim do exercício
16 2000/01 para os 35 M€ a 30/6/2003. Este facto decorre da diminuição do número de jogadores sob contrato e da tendência já verificada para a diminuição do investimento em novos jogadores.
30-06-2001 30-06-2002 30-06-2003 Valor Contabilístico dos Atletas 39.405.821 37.680.483 35.277.163
PortoComercial A PortoComercial é o braço comercial do universo de empresas ligadas ao F.C.Porto. A sua dinâmica comercial tem crescido nos últimos 3 anos, como fica claramente demonstrado pela análise do gráfico que apresenta a evolução do volume de negócios da sociedade entre 2000/01 e 2002/03 e que apresenta uma taxa de crescimento de 21%. Os negócios celebrados abrangem a sponsorização e incluem o direito a assistir aos jogos do F.C.Porto em camarotes especialmente concebidos para empresas, as receitas inerentes ao licenciamento de produtos com marca registada pelo F.C.Porto e as vendas de produtos através dos diversos canais de distribuição existentes, nomeadamente da rede de Lojas Azuis que opera no Grande Porto.
No próximo exercício, dado que a comercialização do negócio corporate será desenvolvida pelo F.C.Porto, o volume de negócios da PortoComercial, nesta área específica, irá diminuir consideravelmente. Esta alteração está inserida no project finance desenhado para o financiamento da construção do Estádio do Dragão, ficando o F.C.Porto com os respectivos direitos de comercialização, mandatando a PortoComercial para a efectiva comercialização dos lugares para empresas, tendo esta direito a uma comissão pela prestação do serviço.
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PortoComercial - Volume de Negócios
9,35 8,42 8,72 7,70
2000/01 2001/02 2002/03 Orç 03/04
PortoEstádio A PortoEstadio é uma sociedade especialmente concebida e orientada para a gestão de equipamentos desportivos, equipamentos que incluem o Centro de Treinos e Formação Desportiva e o novo Estádio do Dragão. Com o início de utilização do CTFD neste exercício, a actividade da PortoEstádio respeita à gestão desta infra-estrutura, conforme o contrato acordado com o explorador, o F.C.Porto. O principal cliente e utilizador desta valência é a FCP SAD.
Neste exercício a PortoEstádio apresentou um volume de negócios de cerca de 110.000 Euros e um Resultado Líquido do Exercício de aproximadamente (-40.000 Euros)
PortoMultimédia A actividade da PortoMultimédia consiste na gestão do website do F.C.Porto na internet (www.fcporto.pt). Nos últimos 12 meses procurou-
18 se adequar os conteúdos às necessidades comerciais do F.C.Porto e aos interesses dos adeptos do clube. Desenvolveu-se ainda um projecto que visou o fecho de determinados conteúdos ao utilizador e a disponibilização de um serviço de qualidade com acesso a conteúdos de acesso não generalizado (serviço premium) e que inclui a transmissão de treinos e entrevistas exclusivas em directo. Deu-se também início ao serviço de venda de bilhetes on-line.
Neste exercício a PortoMultimédia apresentou um volume de negócios de cerca de 400.000 Euros e um Resultado Líquido do Exercício de aproximadamente (-55.000 Euros)
4. Factos Relevantes Ocorridos após o Termo do Exercício
A pré-temporada permitiu a realização de alguns reajustes na constituição do plantel, com as saídas de jogadores como Paulinho, Capucho, Clayton e Postiga, e as aquisições de Benny McCarthy, Bosingwa, Ricardo Fernandes e Pedro Mendes.
A 10 de Agosto disputou-se em Guimarães a final da Supertaça Cândido de Oliveira, que colocou frente a frente o Campeão Nacional e o finalista vencido da Taça de Portugal, a União de Leiria. O resultado foi a conquista de mais um troféu para o F.C.Porto, indiciando uma época 2003/04 à imagem da anterior.
A 29 de Agosto de 2003 disputou-se no Mónaco a Supertaça Europeia, num jogo de campeões que opôs o AC Milan ao F.C.Porto. A equipa italiana conquistou o troféu após uma vitória por 1-0, consequência de um golo do ucraniano Shevchenko.
19 5. Perspectivas Futuras
O exercício 2002/03 fechou com a apresentação de um Cash-Flow de cerca de 1,8 milhões de euros e um Resultado Líquido Exercício negativo de aproximadamente 18 milhões de euros, em linha do que se verificou no exercício anterior. O Conselho de Administração entende ser fundamental reequilibrar a conta de resultados da sociedade através da conjugação de dois factores: