MARÇO DE 2019

PLANO MUNICIPAL DE EMERGÊNCIA DE PROTEÇÃO CIVIL DE

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Cascais

Equipa Técnica

Câmara Municipal de Cascais

Gestão de Projeto

Maria do Céu Garcia Coordenadora Municipal de Proteção Civil

Coordenação

Carlos Mata Diretor do Serviço Municipal de Proteção Civil de Cascais

Chefe da Divisão de Planeamento e Operações Carlos Estibeira Serviço Municipal de Proteção Civil de Cascais

Equipa Técnica – Divisão de Planeamento e Operações

António Carvalho Técnico Superior em Proteção Civil

António Veloso Geógrafo

Nuno Silva Técnico Superior em Proteção Civil

Tomás Silva Técnico Superior em Proteção Civil

PARTE I - ENQUADRAMENTO Página 1 de 336

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Cascais

Índice Índice ...... 2 Índice de figuras...... 6 Índice de tabelas ...... 6 Índice de ilustrações ...... 7 Índice de mapas ...... 7 Índice de quadros ...... 9 Lista de Siglas e Acrónimos ...... 11 Referências Legislativas...... 16 Registo de Atualizações...... 22 Registo de Exercícios do Plano ...... 23 1 Introdução ...... 24 2 Finalidade e objetivos...... 26 3 Tipificação dos riscos ...... 27 4 Critérios para ativação...... 32 4.1 Critérios gerais...... 33 4.2 Critérios específicos ...... 33 1 Estruturas ...... 34 1.1 Estrutura de direção política ...... 35 1.2 Estrutura de coordenação política ...... 35 1.3 Estrutura de coordenação institucional ...... 37 1.4 Estrutura de comando operacional ...... 37 1.4.1 Posto de Comando Operacional Municipal ...... 39 2 Responsabilidades ...... 41 2.1 Responsabilidades dos Agentes de Proteção Civil ...... 42 2.2 Responsabilidades das entidades com dever especial de cooperação ...... 51 2.2.1 Responsabilidades das unidades orgânicas da CMC e empresas municipais ...... 60 3 Organização ...... 69 3.1 Infraestruturas de relevância operacional ...... 69 3.1.1 Infraestruturas ferroviárias, Marítimas e Aéreas ...... 69 3.1.2 Redes de Telecomunicações...... 70 3.1.3 Abastecimento de Água ...... 70 3.1.4 Sistemas de produção, armazenamento e distribuição de energia e combustíveis 71

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Cascais

3.1.5 Infraestruturas Industriais ...... 72 3.1.6 Elementos estratégicos, vitais / sensíveis para operações de prot. e socorro .... 72 3.2 Zonas de Intervenção ...... 75 3.2.1 Zonas de Concentração e Reserva ...... 75 3.2.2 Zona de Receção e Reforços ...... 76 3.3 Mobilização e Coordenação de Meios ...... 76 3.4 Notificação Operacional...... 77 4 Áreas de Intervenção ...... 79 4.1 Gestão Administrativa e Financeira ...... 79 4.2 Reconhecimento e Avaliação ...... 83 4.2.1 Equipas de Reconhecimento e Avaliação da Situação ...... 83 4.2.2 Equipas de Avaliação Técnica ...... 85 4.3 Logística ...... 86 4.3.1 Apoio logístico às forças de intervenção ...... 86 4.3.2 Apoio Logístico às populações ...... 88 4.4 Comunicações ...... 92 4.5 Informação Pública ...... 96 4.6 Confinamento e evacuação ...... 100 4.7 Manutenção da Ordem Pública ...... 104 4.8 Serviços Médicos e transporte de Vítimas ...... 108 4.8.1 Emergência Médica ...... 108 4.8.2 Apoio Psicológico ...... 111 4.9 Socorro e Salvamento ...... 114 4.10 Serviços Mortuários ...... 116 1 Inventários de Meios e Recursos ...... 122 2 Lista de Contatos ...... 131 3 Modelos ...... 134 3.1 Declaração de Ativação/Desativação do Plano Municipal de Emergência ...... 134 3.2 Modelos de Relatórios ...... 136 3.3 Modelos de Requisições ...... 145 3.4 Modelos de Comunicados ...... 146 3.5 Declaração da Situação de Alerta de Âmbito Municipal ...... 147 4 Lista de Distribuição ...... 150 5 Anexos ...... 154

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Cascais

1. Caracterização Geral ...... 155 2. Caracterização Física ...... 157 2.1. Características geomorfológicas...... 157 2.1.1. Hipsometria ...... 157 2.1.2. Declives ...... 159 2.1.3. Geologia ...... 160 2.2. Sismicidade...... 162 2.3. Características Climáticas...... 163 2.3.1. Temperatura e Precipitação ...... 163 2.3.2. Humidade Relativa ...... 166 2.3.3. Vento ...... 166 2.3.4. Frequência de fenómenos adversos ...... 167 2.4. Hidrografia ...... 168 2.5. Uso e Ocupação do Solo ...... 169 3. Caraterização Socioeconómica ...... 171 3.1. Caraterização Demográfica ...... 171 3.2. Caraterização Económica ...... 180 4. Caraterização das Infraestruturas ...... 183 4.1. Infraestruturas de Comunicação ...... 183 4.1.1. Infraestruturas Rodoviárias ...... 183 4.1.2. Infraestruturas Ferroviárias, Marítimas e Aéreas ...... 184 4.2. Rede de Telecomunicações ...... 186 4.3. Infraestruturas Urbanas ...... 187 4.3.1. Sistema de Abastecimento de Água ...... 187 4.3.2. Rede de Saneamento de Águas Residuais ...... 188 4.3.3. Resíduos Sólidos Urbanos ...... 191 4.4. Sistemas de produção, armazenamento e distribuição de energia e combustíveis . 192 4.4.1. Rede Elétrica ...... 192 4.4.2. Rede de Gás ...... 194 4.4.3. Postos de Abastecimento de Combustíveis ...... 195 4.5. Elementos expostos estratégicos, vitais e/ou sensíveis para as operações de proteção civil e socorro ...... 196 4.5.1. Agentes de Proteção Civil e Organismos de Apoio ...... 196 4.5.2. Equipamentos de Utilização Coletiva ...... 197

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4.6. Outras Infraestruturas ...... 223 4.6.1. Património ...... 223 4.6.2. Unidades de Alojamento ...... 226 4.6.3. Instalações Militares e Estabelecimentos Prisionais ...... 229 4.6.4. Comércio e Indústria ...... 230 4.6.5. Barragens...... 231 4.6.6. Postos de Vigia ...... 231 4.6.7. Pontos de Água de Apoio ao Combate a Incêndios ...... 232 5. Caraterização do Risco ...... 233 5.1. Análise de Risco ...... 233 5.1.1. Nevões ...... 236 5.1.2. Ondas de Calor...... 238 5.1.3. Ondas de Frio ...... 242 5.1.4. Secas...... 245 5.1.5. Cheias e Inundações...... 247 5.1.6. Sismos ...... 255 5.1.7. Inundação por Tsunami ...... 259 5.1.8. Galgamentos Costeiros ...... 261 5.1.9. Erosão Costeira: recuo e instabilidade de arribas ...... 263 5.1.10. Inundação por Rutura de Barragens ...... 265 5.1.11. Movimentos de massa em Vertentes ...... 267 5.1.12. Acidentes Rodoviários, Ferroviários, Aéreos e Marítimos ...... 269 5.1.13. Acidentes no Transporte de Matérias Perigosas ...... 276 5.1.14. Acidentes Industriais que envolvam substâncias perigosas ...... 278 5.1.15. Colapso de Estruturas em Edifícios ...... 280 5.1.16. Incêndios Urbanos ...... 283 5.1.17. Incêndios Urbanos em Centros Históricos ...... 286 5.1.18. Incêndios Florestais...... 288 5.1.19. Emergências Radiológicas ...... 292 5.2. Análise de Vulnerabilidades« ...... 295 5.2.1. Nevões ...... 295 5.2.2. Ondas de Calor...... 296 5.2.3. Ondas de Frio ...... 298 5.2.4. Secas...... 300

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Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Cascais

5.2.5. Cheias e Inundações...... 301 5.2.6. Sismos ...... 303 5.2.7. Inundação por Tsunami ...... 306 5.2.8. Galgamentos Costeiros ...... 309 5.2.9. Erosão Costeira: Recuo e instabilidade de arribas ...... 309 5.2.10. Inundação por Rutura de barragens ...... 310 5.2.11. Movimento de Massa em Vertentes...... 310 5.2.12. Acidentes Rodoviários, Ferroviários, Aéreos e Marítimos ...... 310 5.2.13. Acidentes nos Transportes de Mercadorias Perigosas ...... 312 5.2.14. Acidentes Industriais que envolvam substâncias perigosas ...... 313 5.2.15. Colapso de Estruturas em Edifícios ...... 314 5.2.16. Incêndios Urbanos ...... 317 5.2.17. Incêndios em Centros Históricos ...... 321 5.2.18. Incêndios Florestais...... 324 5.2.19. Emergências radiológicas ...... 326 5.3. Estratégia para Mitigação dos Riscos ...... 327 6. Programa de medidas para a garantia da manutenção da operacionalidade do plano ... 330 7. Cenários ...... 331 7.1. Incêndio Florestal ...... 331 7.2. Incêndio Urbano ...... 334

Índice de figuras Figura 1- Divisão administrativa e enquadramento distrital e nacional ...... 25 Figura 2- Estrutura municipal de direção política, coordenação política, coordenação institucional e de comando operacional ...... 34 Figura 3 - Organização do posto de comando operacional (PCO)...... 39

Índice de tabelas Tabela 1 - Tipificação dos riscos no concelho de Cascais ...... 27 Tabela 2 - Matriz de riscos do concelho de Cascais ...... 31 Tabela 3 - Infraestruturas Rodoviárias, Ferroviárias e Aérea ...... 69 Tabela 4 - Reservatórios do Concelho de Cascais (Águas de Cascais, S.A., e CMC/DPT/DPIE - 2011) ...... 71 Tabela 5 - Localização de infraestruturas de agentes de proteção civil ...... 74 Tabela 6 - Constituição da ZCR ...... 76

PARTE I - ENQUADRAMENTO Índice de figuras Página 6 de 336

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Cascais

Tabela 7 - Graus de prontidão e mobilização...... 77 Tabela 8 - Mecanismos de notificação operacional...... 78 Tabela 9 - Gestão administrativa e Financeira ...... 82 Tabela 10 - Equipas de Reconhecimento e Avaliação da Situação ...... 84 Tabela 11 - Equipas de Avaliação Técnica ...... 85 Tabela 12 - Apoio logístico às forças de intervenção ...... 87 Tabela 13 - Apoio logístico às populações ...... 91 Tabela 14 - Indicativos Rádio de APC´s e OEA´s ...... 93 Tabela 15 - Indicativos Rádio do SMPC de Cascais ...... 94 Tabela 16 - Indicativos Rádio dos Técnicos do SMPC de Cascais ...... 94 Tabela 17 - Indicativos Rádios das Viaturas do SMPC de Cascais ...... 94 Tabela 18 - Indicativos Rádio dos concelhos limítrofes ...... 94 Tabela 19 – Comunicações ...... 95 Tabela 20 - Informação pública ...... 99 Tabela 21 - Confinamento/Evacuação ...... 103 Tabela 22 - Manutenção da Ordem Pública ...... 107 Tabela 23 - Serviços Médicos e Transporte de Vítimas ...... 110 Tabela 24 - Apoio Psicológico ...... 113 Tabela 25 - Socorro e salvamento ...... 115 Tabela 26 - Serviços Mortuários ...... 120 Tabela 27 - Meios Operacionais da Câmara Municipal de Cascais ...... 122 Tabela 28 - Meios Operacionais dos CB´s Existentes no Município de Cascais ...... 124 Tabela 29 - Meios Operacionais das Empresas Municipais ...... 125 Tabela 30 - Meios Operacionais de Empresas de Construção Civil e Obras Públicas ...... 126 Tabela 31 - Equipas de Especialistas em Operações de Socorro e Salvamento ...... 127 Tabela 32 - Peritos individuais em determinadas áreas de intervenção ...... 127 Tabela 33 - Grupos de Escoteiros, Agrupamentos de Escutas e Companhias de Guias existentes no concelho ...... 130

Índice de ilustrações Ilustração 1 - Diagramas de Zonas de Intervenção ...... 75

Índice de mapas Mapa 1 - Enquadramento Geográfico ...... 155 Mapa 2 - Hipsometria do concelho de Cascais ...... 157 Mapa 3 - Declives do município de Cascais ...... 159 Mapa 4 - Carta Geológica do município de Cascais ...... 161 Mapa 5 - Intensidade Sísmica do município de Cascais ...... 162 Mapa 6 - Rede hidrográfica Principal ...... 168 Mapa 7 - Uso e Ocupação do Solo ...... 169 Mapa 8 - População residente por freguesia ...... 173 Mapa 9 - Variação da População Residente entre 2001 e 2011 no município de Cascais ...... 174 Mapa 10 - Densidade Populacional (2011), por subsecção estatística ...... 175

PARTE I - ENQUADRAMENTO Índice de ilustrações Página 7 de 336

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Mapa 11 - Relação entre População Residente e População Presente (2011) por subsecção estatística ...... 176 Mapa 12 - Índice de Dependência Total (2011), por subsecção estatística ...... 178 Mapa 13 - Número de Alojamentos por edifício (2011 ...... 179 Mapa 14 - Estabelecimentos comerciais e industriais relevantes ...... 182 Mapa 15 - Infraestruturas Rodoviárias ...... 183 Mapa 16 - Infraestruturas ferroviárias, Marítimas e Aéreas ...... 184 Mapa 17 - Rede de Telecomunicações ...... 186 Mapa 18 - Rede de Abastecimento de água ...... 188 Mapa 19 - Rede de Saneamento de Águas Residuai...... 189 Mapa 20 - Localização das empresas Tratolixo e EMAC ...... 191 Mapa 21 - Rede Elétrica ...... 192 Mapa 22 - Rede de Gás ...... 194 Mapa 23 - Postos de Abastecimento de Combustíveis ...... 195 Mapa 24 - Agentes de Proteção Civil ...... 196 Mapa 25 - Equipamentos Administrativos ...... 198 Mapa 26 - Equipamentos Educativos...... 200 Mapa 27 - Equipamentos Desportivos ...... 203 Mapa 28 - Equipamentos de Saúde ...... 205 Mapa 29 - Equipamentos Socia ...... 211 Mapa 30 - Equipamentos Culturais...... 218 Mapa 31 - Equipamentos Religiosos ...... 221 Mapa 32 – Património ...... 224 Mapa 33 - Unidades de Alojamento ...... 226 Mapa 34 - Estabelecimentos Prisionais ...... 229 Mapa 35 - Comércio e Indústria ...... 230 Mapa 36 - Postos de Vigia ...... 231 Mapa 37 - Pontos de Água de Apoio ao Combate a Incêndios Florestais ...... 232 Mapa 38 - Suscetibilidade à ocorrência de nevões ...... 237 Mapa 39 - Suscetibilidade à ocorrência de Ondas de Calor ...... 241 Mapa 40 - Suscetibilidade à ocorrência de Ondas de Frio ...... 244 Mapa 41 - Intensidade de Secas ...... 246 Mapa 42 - Perigosidade de Cheias e Inundações ...... 252 Mapa 43 - Registo Sísmico...... 256 Mapa 44 - Suscetibilidade dos terrenos à ação sísmica ...... 257 Mapa 45 - Suscetibilidade a Inundação por Tsunami ...... 260 Mapa 46 - Suscetibilidade a Galgamentos Costeiros ...... 262 Mapa 47 - Suscetibilidade a Erosão Costeira ...... 264 Mapa 48 - Suscetibilidade a inundações por rutura de barragens ...... 266 Mapa 49 - Suscetibilidade a movimentos de massa em vertentes ...... 268 Mapa 50 - Suscetibilidades a acidentes rodoviários ...... 272 Mapa 51 - Acidentes Ferroviários ...... 275 Mapa 52 - Trajetos Utilizados no Transporte de Mercadorias Perigosas ...... 277 Mapa 53 - Suscetibilidade a acidentes industriais - Pedreira da JODOFER ...... 279

PARTE I - ENQUADRAMENTO Índice de mapas Página 8 de 336

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Cascais

Mapa 54 - Edifícios Precários ...... 282 Mapa 55 - Risco de Incêndio urbano e ocorrências de incêndios habitacionais (2014) ...... 285 Mapa 56 - Caraterização da época de construção e ocorrências de Incêndios habitacionais (2014) ...... 287 Mapa 57 - Risco de Incêndio Florestal ...... 290 Mapa 58 - Concentração de Radão ...... 293 Mapa 59 - Vulnerabilidade a ondas de calor ...... 297 Mapa 60 - Vulnerabilidade a ondas de frio ...... 299 Mapa 61 - Vulerabilidades Sísmica do Edificado ...... 304 Mapa 62 - Utilização Tipo do Edificado (Núcleo Urbano de Cascais) ...... 317 Mapa 63 - Utilização Tipo do Edificado (Núcleos Urbanos do e do Monte do Estoril) .. 318 Mapa 64 - Utilização Tipo do Edificado (Núcleo urbano da ) ...... 319 Mapa 65 - Utilização Tipo do Edificado (Núcleo Urbano de ) ...... 320

Índice de quadros Quadro 1 - Área territorial das freguesias (km2 e %) ...... 156 Quadro 2 - Classes hipsométricas do concelho de Cascais (Km2 e %) ...... 158 Quadro 3 - Classe de declives (em graus) do município de Cascais (Km2 e %) ...... 160 Quadro 4 - Valores extremos de temperatura ...... 165 Quadro 5 - Valores médios de Humidade Relativa (às 09h e 15h) e Insolação (horas e %) ...... 166 Quadro 6 - Área (ha e %) por classe de ocupação do solo ...... 170 Quadro 7 - Área (ha e %) espécies florestais no tipo de ocupação do solo de floresta ...... 170 Quadro 8 - Variação da População Residente (2001-2011) ...... 172 Quadro 9 - Índice de Dependência de Jovens, Idosos e Total (2011), por freguesia ...... 177 Quadro 10 - Número e Percentagem de trabalhadores por tipo de Atividade Económica (CAE Rev. 3) ...... 181 Quadro 11 - Número de estabelecimentos por tipo de atividade ...... 181 Quadro 12 - Infraestruturas Ferroviárias, Marítimas e Aéreas ...... 185 Quadro 13 - Número de antenas de telecomunicações por operador ...... 187 Quadro 14 - Infraestruturas do Sistema de Saneamento da Costa do Estoril...... 190 Quadro 15 - Síntese dos elementos que compõem a rede elétrica ...... 193 Quadro 16 - Instalações dos Agentes de Proteção Civil e Outras Entidades de Apoio ...... 197 Quadro 17 - Equipamentos Administrativos ...... 199 Quadro 18 - Equipamentos Educativos de Natureza Pública ...... 202 Quadro 19 - Equipamentos Desportivos de natureza Municipal e Pública ...... 204 Quadro 20 - Equipamentos de Saúde ...... 210 Quadro 21 - Equipamentos Sociais ...... 217 Quadro 22 - Equipamentos Culturais ...... 220 Quadro 23 - Equipamentos Religiosos ...... 223 Quadro 24 - Património de interesse municipal ...... 225 Quadro 25 - Unidades de Alojamento ...... 228 Quadro 26 - Grau de Probabilidade ...... 233 Quadro 27 - Grau de Gravidade...... 234 Quadro 28 - Número de dias com neve por estação climatológica ...... 238

PARTE I - ENQUADRAMENTO Índice de quadros Página 9 de 336

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Cascais

Quadro 29 - Distribuição espacial das ondas de calor que afetaram o Continente entre 2003 e 2014 ...... 240 Quadro 30 - Percentagem do número de dias de ondas de calor que afetaram o município .. 240 Quadro 31 - Distribuição espacial das médias das temperaturas mínimas em meses de vagas de frio entre 2003 e 2014 ...... 243 Quadro 32 - Percentagem da frequência das classes das temperaturas mínimas que afetaram o município ...... 243 Quadro 33 - Principais caraterísticas fisiográficas das bacias hidrográficas ...... 249 Quadro 34 - Caraterísticas Fisiográficas adicionais das bacias hidrográficas ...... 250 Quadro 35 - Classe de perigosidade por bacias hidrográficas...... 251 Quadro 36 - Área (Km2 e %) da suscetibilidade a movimentos de massa de vertentes ...... 268 Quadro 37 - Acidentes ferroviários na linha de cascais entre 2004 e 2013 ...... 274 Quadro 38 - Quadro de Acidentes no Transporte de Mercadorias Perigosas ...... 276 Quadro 39 - Época de Construção do Edificado ...... 281 Quadro 40 - Estado de conservação do edificado ...... 281 Quadro 41 - Área (km2 e %) por classe de risco...... 291 Quadro 42 - Exposição da população idosa à ocorrência de ondas de calor ...... 296 Quadro 43 - Exposição da população jovem e idosa à ocorrência de ondas de frio ...... 298 Quadro 44 - Elementos expostos a cheias ...... 302 Quadro 45 - Elementos expostos a sismos...... 305 Quadro 46 - Elementos expostos à ocorrência de tsunami ...... 309 Quadro 47 - Elementos expostos a movimentos de massa em vertentes ...... 310 Quadro 48 - Elementos Expostos a Incêndios Florestais ...... 311 Quadro 49 - Elementos expostos a Incêndios Florestais ...... 313 Quadro 50 - N.º de edifícios com necessidades muito grande de reparações por lugar...... 314 Quadro 51 - Elementos Expostos ...... 316 Quadro 52 - Elementos Expostos ao núcleo urbano de Cascais ...... 323 Quadro 53 - Elementos Expostos a Incêndios Florestais ...... 325 Quadro 54 - Medidas e estratégias de prevenção do risco...... 329

PARTE I - ENQUADRAMENTO Índice de quadros Página 10 de 336

Parte III Inventa rios, Modelos e Relato rios

Parte III Inventários, Modelos e Áreas de Intervenção Página 121 de 336 Relatórios

3 Modelos

3.1 Declaração de Ativação/Desativação do Plano Municipal de Emergência

DECLARAÇÃO DE ATIVAÇÃO/DESATIVAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EMERGENCIA PELO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE CASCAIS

__/__/20______: ___MIN

1. Natureza do evento

Na sequência da ocorrência (ou na iminência) de (indicar a situação de acidente grave ou catástrofe) causando cheias/inundações é declarada a ativação do plano municipal de emergência, pelo Presidente da Câmara Municipal de Cascais, nos termos do disposto na Lei n.º 27/2006, de 3 de julho (Lei de Bases da Proteção Civil).

2. Convocatória da Comissão Municipal de Proteção Civil

Para os efeitos do disposto no artigo 15.º da Lei n.º 27/2006, foi convocada a Comissão Municipal de Proteção Civil (CMPC) de Cascais, para reunião extraordinária, tendo em vista, nomeadamente, proceder à coordenação política e institucional das ações a desenvolver e decidir quanto à ativação do PMEPCC.

3. Medidas a adotar

Os procedimentos a utilizar para a coordenação técnica e operacional dos serviços e Agentes de Proteção Civil, bem como dos recursos a utilizar, são os previstos no PMEPCC, o qual define também os procedimentos de coordenação da intervenção das forças e serviços de segurança.

Medidas preventivas e medidas especiais de reação:

Sem prejuízo do disposto no PMEPCC, adotam-se, ainda, as seguintes medidas preventivas e/ou medidas especiais de reação: (Indicar quais as medidas / procedimentos a implementar, especificando, caso se entenda útil, as entidades responsáveis pelas mesmas)

______

Parte III Inventários, Modelos e Modelos Página 134 de 336 Relatórios

Avisos à população:

(Indicar, caso se considere necessário, as principais mensagens a difundir à população)

______

9. Publicação

A presente declaração, bem como a sua prorrogação, alteração ou revogação, é publicada por Edital a ser afixado nos lugares de estilo. Será também assegurada a sua divulgação pública na página da internet do município (www.cm-cascais.pt).

Cascais,__ de______de_____

O Presidente da Câmara Municipal de Cascais

______

Parte III Inventários, Modelos e Modelos Página 135 de 336 Relatórios

3.2 Modelos de Relatórios 1. Caracterização da Ocorrência Natureza da N.º de Hora Data início Ocorrência Ocorrência Alerta

Local Freguesia

Concelho Distrito

Coord. Lat. Coord. Long. Descrição da

ocorrência 2. Danos Causados Feridos Leves Feridos Graves Mortos Evacuados Desaparecidos Vítimas

Danos Vias de Hospitais Escolas Hotéis Rodoviárias Ferroviárias Aeródromos Danos Edifícios Comunicação

Redes de Água Saneamento Eletricidade Combustível Danos Infraestruturas

Descrição dos

danos 3. Disponibilidade de transportes

Aeroportos Estações Ferroviárias Centrais de Camionagem Rede Telefónica Pública e Móvel

4. Disponibilidades de comunicação SIRESP Internet Telefone Satélite ROB SICOMEC REPC

Observações:

Parte III Inventários, Modelos e Modelos Página 136 de 336 Relatórios

5. Necessidades Necessidades de Socorro: Assistência

Médica Evacuação Médica

Hospital

Posto de Socorro

Posto de Triagem

Alimentação

Abrigos

Alojamento

Vestuário Meios de

Transporte Combustíveis

Equipamentos

Viaturas Especiais

Comunicações

Outro

Parte III Inventários, Modelos e Modelos Página 137 de 336 Relatórios

4. Forças Empenhadas Força Meios Humanos Veículos Ligeiros Veículos Pesados Máquina de

Rastos Meios Aquáticos Aeronaves Outros Meios

Comentários

Finais:

Responsável:

Data:

Este modelo pode ser utilizado para:  Relatórios Imediatos de Situação (RELIM);  Relatórios de Situação Geral ou Especial (RELGER); Relatórios Diários de Situação (REDIS).

Parte III Inventários, Modelos e Modelos Página 138 de 336 Relatórios

Parte III Inventários, Modelos e Modelos Página 139 de 336 Relatórios

Parte III Inventários, Modelos e Modelos Página 140 de 336 Relatórios

Parte III Inventários, Modelos e Modelos Página 141 de 336 Relatórios

Parte III Inventários, Modelos e Modelos Página 142 de 336 Relatórios

Parte III Inventários, Modelos e Modelos Página 143 de 336 Relatórios

Parte III Inventários, Modelos e Modelos Página 144 de 336 Relatórios

3.3 Modelos de Requisições Nome:

Entidade Morada: Data Fornecedora

Nº Contribuinte:

Especificação do produto/Equipamento/Serviço QTD

Finalidade:

Responsável:

Data:

Parte III Inventários, Modelos e Modelos Página 145 de 336 Relatórios

3.4 Modelos de Comunicados

Comunicação à População do Concelho de Cascais

Vem por este meio o ______comunicar aos munícipes informações importantes relativas a ______[frase introdutória com indicação da entidade emitente e do contexto do comunicado]

Verificou-se um ______[descrição da natureza da ocorrência], no ______[localização espacial] pelas ______do dia ______[localização temporal].

Segundo informação disponível, a ocorrência deve-se a ______[causas associadas], tendo provocado ______[efeitos provocados pela ocorrência].

Estão neste momento a decorrer as operações de resposta à ocorrência com recurso aos seguintes meios: ______[meios empenhados no terreno].

Recomenda-se que a população ______[orientações à população].

Segundo informação disponível, prevê-se que a situação ______[previsão da evolução da situação].

Prevê-se que o próximo comunicado à população seja emitido ______[data e hora previstas do próximo comunicado].

[data e hora do comunicado]

[identificação do responsável]

Parte III Inventários, Modelos e Modelos Página 146 de 336 Relatórios

3.5 Declaração da Situação de Alerta de Âmbito Municipal

DECLARAÇÃO DA SITUAÇÃO DE ALERTA DE ÂMBITO MUNICIPAL PELO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE CASCAIS

DIA/MÊS/ANO | HORA:MIN

1. Natureza do evento Na sequência da ocorrência (ou na iminência) de (indicar a situação de acidente grave ou catástrofe) causando (indicar as consequências), é declarada a Situação de Alerta, pelo Presidente da Câmara Municipal de Cascais, nos termos do disposto no n.º 1, do artigo 13.º da Lei n.º 27/2006, de 3 de julho (Lei de Bases da Proteção Civil). 2. Âmbito territorial e temporal A presente declaração da Situação de Alerta tem uma abrangência territorial de (ha ou km2), correspondendo à (s) freguesia (s) de (indicar a (s) freguesia (s) abrangida (s)), do Concelho de Cascais, e produz efeitos imediatos, sendo válida por um período estimado de (indicar o número de dias) dias a contar da data de assinatura, sem prejuízo de prorrogação na medida do que a evolução da situação concreta o justificar. 3. Convocatória da Comissão Municipal de Proteção Civil Para os efeitos do disposto no artigo 15.º da Lei n.º 27/2006, é/foi (indicar a opção adequada) convocada a Comissão Municipal de Proteção Civil (CMPC) de Cascais, para reunião extraordinária, tendo em vista, nomeadamente, proceder à coordenação política e institucional das ações a desenvolver e decidir quanto à ativação do PMEPCC. 4. Estruturas de Coordenação e Controlo dos meios e recursos A Estrutura de Coordenação e Controlo na Situação de Alerta declarada é a Comissão Municipal de Proteção Civil de Cascais, a qual recorrerá aos meios disponíveis e previstos no PMEPCC. Em cada teatro de operações, o comando operacional será assumido pelo Comandante das Operações de Socorro (COS), o qual se articulará com a CMPC através dos mecanismos previstos no PMEPCC. 5. Medidas a adotar Os procedimentos a utilizar para a coordenação técnica e operacional dos serviços e Agentes de Proteção Civil, bem como dos recursos a utilizar, são os previstos no PMEPCC, o qual define também os procedimentos de coordenação da intervenção das forças e serviços de segurança. Medidas preventivas e medidas especiais de reação: Sem prejuízo do disposto no PMEPCC, adotam-se, ainda, as seguintes medidas preventivas e/ou medidas especiais de reação: (Indicar quais as medidas / procedimentos a implementar, especificando, caso se entenda útil, as entidades responsáveis pelas mesmas) ______

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Avisos à população:

(Indicar, caso se considere necessário, as principais mensagens a difundir à população)

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Meios de divulgação dos avisos: Os avisos à população serão efetuados seguindo os procedimentos e os meios previstos no PMEPCC. 6. Elaboração de Relatórios A Estrutura de Coordenação e Controlo deverá elaborar relatórios, sobre o grau de implementação das medidas preventivas e/ou especiais de reação, de acordo com a seguinte tipologia: (colocar uma X de acordo com os relatórios a produzir) Relatórios Imediatos de Situação (RELIM); Relatórios de Situação Geral ou Especial (RELGER) – Periodicidade: horas; Relatórios Diários de Situação (REDIS) – A emitir diariamente às horas. Os relatórios seguem o modelo previsto no PMEPC.

7. Deveres de colaboração 7.1. No âmbito do disposto no artigo 6.º, da Lei n.º 27/2006, é obrigatório o cumprimento das disposições decorrentes da emissão desta declaração da Situação de Alerta por parte dos:  Cidadãos e demais entidades privadas que têm o dever de colaborar na prossecução dos fins da proteção civil, observando as disposições preventivas das leis e regulamentos, acatando ordens, instruções e conselhos dos órgãos e agentes responsáveis pela segurança interna e pela proteção civil e satisfazendo prontamente as solicitações que justificadamente lhes sejam feitas pelas entidades competentes;  Funcionários e agentes do Estado e das pessoas coletivas de direito público, bem como dos membros dos órgãos de gestão das empresas públicas, que têm o dever especial de colaboração com os organismos de proteção civil;  Responsáveis pela administração, direção ou chefia de empresas privadas cuja laboração, pela natureza da sua atividade, esteja sujeita a qualquer forma específica de licenciamento têm, igualmente, o dever especial de colaboração com os órgãos e Agentes de Proteção Civil. 7.2. A desobediência e resistência às ordens legítimas das entidades competentes, quando praticadas na vigência e no âmbito da Situação de Alerta declarada, são sancionadas nos termos da lei penal e as respetivas penas são sempre agravadas em um terço, nos seus limites mínimo e máximo. 7.3. A violação do previsto nas alíneas b) e c) de 7.1 implica, consoante os casos, responsabilidade criminal e disciplinar, nos termos da lei.

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7.4. Nos termos do n.º 1, do artigo 11.º, da Lei n.º 27/2006, todos os cidadãos e demais entidades privadas, estão obrigados, na área abrangida pela presente declaração, a prestar às autoridades de proteção civil, a colaboração pessoal que lhes for requerida, respeitando as ordens e orientações que lhes forem dirigidas e correspondendo às respetivas solicitações.

8. Obrigação especial de colaboração dos órgãos de comunicação social Nos termos do n.º 2, do artigo 15.º, da Lei n.º 27/2006, a presente declaração da Situação de Alerta determina a obrigação especial de colaboração dos meios de comunicação social, em particular das rádios e das televisões, com a Estrutura de Coordenação prevista no âmbito desta declaração, visando a divulgação de informações relevantes relativas à situação.

9. Publicação A presente declaração, bem como a sua prorrogação, alteração ou revogação, é publicada por Edital a ser afixado nos lugares de estilo. Será também assegurada a sua divulgação pública na página da internet do município (www.cm-cascais.pt).

Cascais,__ de______de_____

O Presidente da Câmara Municipal de Cascais

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4 Lista de Distribuição  Agrupamento dos Centros de Saúde de Cascais-Parede  Águas de Cascais  ANPC  Ascendi  Associação de Rádio Amadores de Cascais (ARLC)  Associação dos Escoteiros de  Associação Guias de Portugal  Associação dos Bombeiros da Parede  Associação dos Bombeiros de Alcabideche  Associação dos Bombeiros de Carcavelos e S. Domingos de Rana  Associação dos Bombeiros de Cascais  Associação dos Bombeiros do Estoril  Autoridade de Saúde Concelhia  Brisa  Capitania do Porto de Cascais  Cascais Ambiente  Cascais Dinâmica  Cascais Envolvente  Cascais Próxima  ANPC/CDOS  Centros Paroquiais  Clube de Golf do Estoril  CM OEIRAS  Circuito Estoril  CM SINTRA  COM  Corpo Bombeiros de Alcabideche  Corpo Bombeiros de Carcavelos S. Domingos de Rana  Corpo Bombeiros de Cascais  Corpo Bombeiros do Estoril  Corpo Bombeiros Parede  Corpo Nacional de Escutas  CP  Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) Del. Do Estoril  Departamento de Desenvolvimento Estratégico (DDE)  Departamento de Educação, Desporto, Juventude e Promoção Cultural (DED)  Departamento de Gestão Financeira e Patrimonial (DFP) Parte III Inventários, Modelos e Lista de Distribuição Página 150 de 336 Relatórios

 Departamento de Gestão Territorial (DGT)  Departamento de Habitação e Desenvolvimento Social (DHS)  Departamento de Inovação e Comunicação (DIC)  Departamento de Intervenção Territorial (DIT)  Departamento de Planeamento e Qualificação Ambiental (DPQ)  Departamento de Policia Municipal e Fiscalização (DPF)  Departamento de Recursos Humanos e Assuntos Jurídicos (DHJ)  DIGAL  Direção Municipal de Apoio à Gestão (DMAG)  Direção Municipal de Coesão e Capacitação Social (DMCC)  Direção Municipal de Estratégia, Inovação e Qualificação (DMEI)  Direção Municipal de Gestão e Intervenção Territorial (DMGI)  Divisão de Cidadania e Participação (DCIP)  Divisão de Gestão da Estrutura Verde (DGEV)  Divisão de Licenciamentos Económicos (DLEC)  Divisão de Obra de Vias e Infraestruturas (DOVI)  Divisão de Patrimónios Culturais (DIPC)  Divisão de Valorização de Recursos Humanos (DVRH)  EDP Distribuição, Energia  Infraestruturas de Portugal  Gabinete da Presidência (GPRE)  GALP / Lisboa Gás  GNR  Hospital Dr. José de Almeida (HPP)  Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF)  Instituto de Segurança Social, I.P (ISS, I.P)  União de Freguesia de  Juntas de Freguesia de Alcabideche  União de Freguesia de  Juntas de Freguesia de S. Domingos de Rana  Moto Clube da Vila de Cascais  NOS  Associação de Radioamadores de Cascais  Portugal Telecom (PT)  Presidente da Assembleia Municipal  PSP  Rádios Locais  Águas do Tejo Atlântico  Santa Casa da Misericórdia de Cascais Parte III Inventários, Modelos e Lista de Distribuição Página 151 de 336 Relatórios

 Sapadores Florestais (SF) UTEF  Scotturb  Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF)  Serviço de Veterinário (SVET)  Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC)  Altice  Divisão de Manutenção e Serviços Logísticos (DMSL)  Divisão de Sistemas de Suporte à Decisão e de Tecnologias de Informação (DSTI)  Unidade de Transporte e Manutenção Auto (UTMA)  Vereadores da CMC  VODAFONE

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Anexos

Anexos Lista de Distribuição Página 153 de 336

5 Anexos

Cartografia de suporte a s operaço es de emerge ncia de proteça o civil

Cartografia de suporte às operações Anexos Página 154 de 336 de emergência de proteção civil

1. Caracterização Geral O município de Cascais situa-se no distrito de Lisboa e pertence à sub-região estatística da Grande Lisboa. Em conjunto com 17 municípios engloba a Área Metropolitana de Lisboa (AML), região que regista a maior concentração populacional e económica de Portugal. Cascais é atualmente dividido em 4 freguesias, (Mapa 1) resultado da reorganização administrativa do território. O município apresenta uma área aproximada de 97,40 Km2 com cerca de 206 479 habitantes. Faz fronteira com os concelhos de Sintra, a norte (integrando parte da Serra de Sintra), e Oeiras a este, sendo banhada pelo Oceano Atlântico a sul e a oeste. A Vila de Cascais assume-se como a quinta vila mais populosa de Portugal, representando também um dos destinos turísticos mais apreciados no país, devido à qualidade das suas praias, clima ameno, gastronomia e diversificado património natural e histórico.

Mapa 1 - Enquadramento Geográfico

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Entre as 4 freguesias, Alcabideche ocupa a maior área do município, com cerca de 41% da área total (Quadro 1), seguida da União das Freguesias de Cascais e Estoril (cerca de 30%). Embora tenham sido alvo da reorganização administrativa do território em 2013, as antigas freguesias de Carcavelos e da Parede revelam no seu conjunto a menor área do concelho, com cerca de 8%. Freguesia Área (Km2) Área (%) Alcabideche 39,8 40,8 São Domingos de Rana 20,4 20,9 U.F. de Carcavelos e Parede 8,1 8,3 U.F. de Cascais e Estoril 29,2 29,9 Total do Concelho 97,4 100,0 Quadro 1 - Área territorial das freguesias (km2 e %)

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2. Caracterização Física

2.1. Características geomorfológicas

2.1.1. Hipsometria A hipsometria do concelho de Cascais varia entre os 0 m e os 463 m (Mapa 2), sendo influenciada pela Serra de Sintra a noroeste, onde se localizam as cotas mais elevadas. A partir da Serra a hipsometria diminui progressivamente em direção ao oceano, verificando-se que as cotas mais baixas se localizam ao longo da faixa litoral (entre os 0 m e os 50 m).

Mapa 2 - Hipsometria do concelho de Cascais

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Observando o Quadro 2, verifica-se que cerca de 91% do território se encontra abaixo da cota dos 150 m, sendo que a maior parte do concelho (cerca de 40%) se localiza entre os 50 m e os 100 m. Classes hipsométricas (m) Área (Km2) Área (%) 0 - 50 22,2 22,8 50 - 100 39,4 40,5 100 - 150 27,0 27,7 150 - 200 3,8 3,9 200 - 250 1,8 1,9 250 - 300 1,4 1,5 300 - 350 1,1 1,1 350 - 400 0,5 0,5 400 - 463 0,2 0,2 Total do Concelho 97,4 100,0 Quadro 2 - Classes hipsométricas do concelho de Cascais (Km2 e %)

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2.1.2. Declives No território do concelho de Cascais os declives variam entre os 0° e os 85°, constatando-se a predominância dos declives mais elevados a noroeste do município (Serra de Sintra), a nordeste da freguesia de São Domingos de Rana (Ribeira da Laje) e ao longo da Ribeira dos Marmeleiros e Ribeira das Vinhas (Mapa 3).

Mapa 3 - Declives do município de Cascais

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A partir do Quadro 3 pode-se comprovar que os declives até aos 10° predominam no concelho, ocupando cerca de 78% da área total do território, onde os declives entre os 0° e os 5° se apresentam com maior expressão (57%). Os declives mais elevados, entre os 20° e os 85° estendem-se por cerca de 6% da área do concelho. Declives (°) Km2 % 0 - 5 55,6 57,1 5 - 10 20,6 21,1 10 - 15 9,2 9,5 15 - 20 5,6 5,8 20 - 85 6,4 6,5 Total do Concelho 97,4 100,0 Quadro 3 - Classe de declives (em graus) do município de Cascais (Km2 e %)

2.1.3. Geologia Segundo Ramalho et al., (2001), a geologia do concelho de Cascais (Mapa 4) caracteriza‐se pelo predomínio de rochas sedimentares carbonatadas de idade mesozoica, incluindo também materiais sedimentares detríticos da mesma idade e mais recentes. De acordo com o mesmo documento as unidades com idades desde o Jurássico Superior (Calcários de S. Pedro – ≈ 150 Ma) ao Cretácico superior (Calcários com Rudistas – ≈ 90 Ma) correspondem fundamentalmente a camadas de fácies marinha a lagunar salobra e também recifal, de calcários, calcários margosos e margas ou argilas. O Maciço de Sintra, com idade estimada entre 74 e 95 Ma, corresponde a uma intrusão subvulcânica complexa que contém um núcleo sienítico envolvido por um anel granítico e outro gabro‐diorítico, dos quais apenas os dois primeiros afloram no concelho de Cascais, junto ao seu limite norte. A intrusão do maciço de Sintra dobrou o dispositivo sedimentar encaixante e metamorfizou os calcários periféricos, dando origem aos mármores de S. Pedro e (calco) Xistos do Ramalhão (Taborda, et al., 2010). O Complexo Vulcânico Lisboa-Mafra trata‐se de uma unidade vulcânica poligénica datada de aproximadamente 70 Ma, compreendendo escoadas e piroclastos subaéreos de composição essencialmente basáltica. Os afloramentos correspondentes à atividade extrusiva estão pouco representados no concelho de Cascais, em contraste com as massas filoneanas que são ali muito abundantes e bem expostas na faixa costeira, incluindo diques e soleiras, os quais condicionam frequentemente, por erosão diferencial, formas de relevo localizadas e também o traçado da linha de costa (Taborda, et al., 2010). O Plistocénico é representado por arenitos (dunas consolidadas) e areias ou cascalheiras de antigas praias, hoje alcandoradas. As dunas consolidadas, em escassos retalhos descontínuos, subsistem em corredor de transporte eólico na região do Guincho, ainda hoje ativo e reconhecido em ventifactos e corpos dunares, móveis ou fixados por vegetação (Taborda, et al., 2010). Segundo o mesmo documento, o Holocénico (últimos 10000 anos) é constituído por aluviões que ocorrem nas principais linhas de água, areias de praia e de duna. Na envolvente do maciço da Serra de Sintra verifica-se a existência de enumeras falhas com diferentes direções, que criam discordâncias entre as várias camadas.

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Mapa 4 - Carta Geológica do município de Cascais

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2.2. Sismicidade Relativamente à carta de isossistas de intensidades máximas (Mapa 5) o concelho de Cascais abrange as classes IX (no centro e norte do concelho) e X (a sul). Segundo a informação disponibilizada no sítio do IPMA, na Escala de Mercalli Modificada, o grau IX corresponde a um abalo sísmico desastroso que pode produzir danos consideráveis em estruturas, chegando mesmo a deslocar os edifícios das fundações. O grau X corresponde a um abalo destruidor, que pode abrir fendas no solo, produzir cortes nas canalizações e provocar torção nas vias de caminho‐de‐ferro. Importa referir que o grau X é o mais elevado verificado no território português, na sismicidade histórica e instrumental. Neste contexto, considera‐se que o território do concelho de Cascais apresenta uma suscetibilidade sísmica muito elevada em toda a sua extensão.

Mapa 5 - Intensidade Sísmica do município de Cascais

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2.3. Características Climáticas

2.3.1. Temperatura e Precipitação O clima do concelho de Cascais é do tipo temperado mediterrânico, caracterizado por verões quentes e secos e invernos frios e chuvosos. A análise da precipitação e da temperatura teve por base os valores registados na estação meteorológica de Sassoeiros/Oeiras, disponibilizados nas normais climatológicas do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), para uma série de 30 anos (1961-1990). A partir do gráfico termopluviométrico da Figura 1, que representa a média dos valores mensais de precipitação e de temperatura verificados entre 1961 e 1990, constata-se que a precipitação ocorreu sobretudo entre os meses de Outubro a Fevereiro, tendo-se registado os valores mais elevados em Novembro (110 mm). Por outro lado, entre os meses de Junho e Setembro registaram-se os valores mais reduzidos. Em relação à temperatura, os valores médios mais elevados verificam-se entre Maio e Outubro, onde a média da temperatura máxima chega aos 27°C (Agosto). A média da temperatura mínima atinge o valor mais reduzido no mês de Fevereiro (7,6°C).

Figura 1 - Gráfico Termopluviométrico referente aos valores médios de Precipitação e Temperatura, entre 1961 e 1990 na estação meteorológica de Sassoeiros/Oeiras

De acordo com Taborda, et al. (2010), embora o Município de Cascais abranja um território bastante pequeno, pode distinguir‐se no seu extremo oeste o microclima da faixa costeira atlântica, mais seco e ventoso. A encosta sul da serra de Sintra também apresenta um clima um pouco mais frio e nublado que o resto do concelho. Em termos de precipitação, de acordo com os Estudos de Caraterização do Plano Diretor Municipal de Cascais, a precipitação vai aumentando com o afastamento da faixa ocidental do concelho. Segundo o mesmo documento e observando a Figura 2 nota-se o aumento da precipitação na parte Norte do concelho que se fica a dever à proximidade da serra de Sintra. Cartografia de suporte às operações Caracterização Física Página 163 de 336 de emergência de proteção civil

Fonte: Estudos de Caraterização do Plano Diretor Municipal de Cascais

Figura 2 - Distribuição da precipitação anual no município de Cascais

Em relação à temperatura e segundo o Estudo de Caraterização do Plano Diretor Municipal de Cascais, as zonas mais quentes do concelho em termos de temperatura média são as zonas urbanizadas junto à costa sul, pertencentes à união das freguesias de Cascais e Estoril, e também as zonas de Sassoeiros e Talaíde, constatando-se que o efeito de ilha urbana é bastante acentuado no concelho (Figura 3).

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Fonte: Estudos de Caraterização do Plano Diretor Municipal de Cascais

Figura 3 - Distribuição espacial da Temperatura média anual

No Quadro 4 apresentam-se os valores de temperatura extremos disponibilizados pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), referentes às duas estações meteorológicas de Lisboa (Instituto Geofísico e Gago Coutinho).

Temperatura N.º dias <= N.º dias >= Temperatura Mínima Estação Meteorológica Máxima Absoluta 0,0°C 30,0°C Absoluta (°C) (°C) (1971-2000) (01-08- Lisboa (Instituto Geofísico) -1,2 (11-02-1956) 41,8 0 41,8 2003) (01-08- Lisboa (Gago Coutinho) -1 (12-01-1985) 42 0,2 42 2003) Quadro 4 - Valores extremos de temperatura

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2.3.2. Humidade Relativa Os valores médios de humidade relativa (às 9h e às 15h) e de insolação que se apresentam no Quadro 5 foram captados pela estação meteorológica de Sassoeiros/Oeiras entre 1961 e 1990, disponibilizados nas normais climatológicas dos IPMA. Verifica-se que a humidade relativa é naturalmente mais elevada nos meses frios e chuvosos, entre Novembro e Dezembro do que nos meses de Verão, constatando-se a situação oposta em relação à insolação, onde se observa que o número de horas é bastante superior entre Maio e Setembro do que nos meses de inverno. Média da Humidade Média da Humidade Insolação (N.º Mês Insolação (%) Relativa às 9h Relativa às 15h Horas) Janeiro 84 73 112,9 37 Fevereiro 82 72 140,2 46 Março 77 67 185,3 50 Abril 76 72 224 54 Maio 74 68 318,5 72 Junho 72 64 301,3 68 Julho 71 55 344,3 76 Agosto 71 55 312,7 74 Setembro 71 62 235,8 63 Outubro 77 63 193,6 56 Novembro 80 70 141,9 46 Dezembro 82 63 57,1 20 Anual 76 65 2567,6 55 Quadro 5 - Valores médios de Humidade Relativa (às 09h e 15h) e Insolação (horas e %)

2.3.3. Vento Para a análise da velocidade e direção do vento utilizaram-se os registos horários da estação meteorológica de Cascais, disponibilizados pelo SNIRH (Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos), para o período entre 2001 e 2009. A partir da Figura 4, verifica-se que o vento incide no concelho de Cascais com predominância de Norte, atingindo velocidades entre os 2,4 e os 3,8 m/s. Segundo M. J. Alcoforado (1993) “a intensidade do vento vai diminuindo à medida que se avança para o interior e nos afastamos da costa ocidental do concelho. Os ventos mais fortes ocorrem junto às praias do Guincho e na Guia, seguidos das localidades da Biscaia, Figueira do Guincho, Malveira da Serra, Charneca, Areia e Quinta da Marinha. Os ventos mais fracos ocorrem nas localidades de Trajouce e Tires.”

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Figura 4 - Rosa anemoscópica de Cascais (2001 - 2009)

2.3.4. Frequência de fenómenos adversos Relativamente à frequência de fenómenos adversos, de acordo com os boletins climatológicos disponibilizados pelo IPMA, referentes ao período entre os anos de 2005 e 2014, encontram-se referenciados dois episódios:  Dia 19 de Novembro de 2011 ocorreram períodos de precipitação muito intensa, provocando inundações na Parede em mais de 30 residências;  Dia 5 de dezembro de 2014 existem relatos da ocorrência de um tornado na zona de Cascais. Para além destas referências importa referir, com base no site http://gerotempo.blogspot.pt/, os eventos onde se registaram danos:  No dia 22 de novembro de 2011 o vento forte que se fez sentir, em Cascais, levou à queda mais de uma dezena de árvores, o que provocou estragos em carros e habitações;  No dia 29 de dezembro de 2009 o mau tempo da madrugada de hoje provocou no concelho de Cascais algumas inundações nas vias públicas e habitações particulares nas localidades do Estoril, Trajouce e Bicesse;  No dia 18 de fevereiro de 2008 foram registadas várias ocorrências em S. Domingos de Rana, relacionadas com inundações e infiltrações em habitações e nas vias rodoviárias.

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2.4. Hidrografia A rede hidrográfica do concelho de cascais é composta por várias ribeiras distribuídas por com regularidade por todo o concelho (Mapa 6). Os cursos de água nascem maioritariamente no concelho de Sintra apresentando uma irregularidade de escoamento significativa, fortemente influenciada pela variabilidade da precipitação. O escoamento ocorre sobretudo durante o Inverno, apresentando‐se, em alguns casos, quase totalmente secas no Verão (Oliveira et al, 2010). O concelho apresenta também uma Albufeira/Barragem no Ribeiro da Mula, freguesia de Alcabideche.

Mapa 6 - Rede hidrográfica Principal

Destacam-se entre as principais ribeiras as seguintes: Ribeira dos Mochos, Ribeira das Vinhas, Ribeira de Bicesse, Ribeira de Caparide-Manique, Ribeira da Castelhana, Ribeira da Cadaveira, Ribeira das Marianas e Ribeira de Sassoeiros.

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2.5. Uso e Ocupação do Solo No concelho de Cascais, o tipo de ocupação do solo referente à Área Social predomina em praticamente todo o território. Na freguesia de Alcabideche verifica-se uma grande parcela de incultos e a norte da mesma freguesia, uma área significativa de floresta, correspondente à Serra de Sintra. Os terrenos agrícolas apresentam-se sobretudo a noroeste da freguesia de São Domingos de Rana (Mapa 7).

Mapa 7 - Uso e Ocupação do Solo

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A partir da análise do Quadro 6 verifica-se que as áreas sociais são uma das formas de ocupação do solo predominante em Cascais, abrangendo cerca de 49% do concelho, seguidas dos terrenos incultos, com cerca de 35%. As florestas (9%) surgem com maior destaque a norte da freguesia de Alcabideche, verificando-se alguns focos dispersos por todo o concelho. A agricultura representa uma parcela muito reduzida, ocupando apenas 5% da área total. Tipo de Ocupação do Solo Área (ha) Área (%) Agrícolas 450 4,6 Áreas Sociais 4728 48,6 Florestais 883 9,1 Improdutivos 283 2,9 Incultos 3389 34,8 Superfícies Aquáticas 5 0,1 Total do Concelho 9738 100 Quadro 6 - Área (ha e %) por classe de ocupação do solo

Em relação às florestas e analisando o Quadro 7 verifica-se que as áreas florestais são ocupadas predominantemente por Povoamentos mistos de Resinosas (24,5%) e Resinosas com Folhosas (24%), seguidas pelo Pinheiro Bravo (13,9%) e pelas Folhosas com Resinosas (13,9%). Com menor expressão verificam-se o Pinheiro Manso (2,6%), as Acácias (2,7%), os Eucaliptos (4,4%) e Povoamentos mistos de Folhosas (4,3%). O Sobreiro tem uma presença muito pouco significante no município (0,05%). Espécies Florestais Área (ha) Área (%) Acácia 24,2 2,74 Eucalipto 39,4 4,46 Folhosas com Resinosas 119,7 13,55 Outras Folhosas 20,3 2,30 Outras Resinosas 13,0 1,48 Pinheiro Alepo 53,6 6,07 Pinheiro Bravo 123,0 13,92 Pinheiro Manso 23,1 2,62 Povoamento misto - Folhosas 38,0 4,30 Povoamento misto - Resinosas 216,0 24,46 Resinosas com Folhosas 212,6 24,06 Sobreiro 0,4 0,05 Total 883,4 100,00 Quadro 7 - Área (ha e %) espécies florestais no tipo de ocupação do solo de floresta

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3. Caraterização Socioeconómica O contexto socioeconómico e as características do edificado do concelho de Cascais foram definidos com base na informação disponibilizada pelo Instituto Nacional de Estatística – INE (Censos de 1991, 2001 e 2011). Embora o município tenha sofrido uma reorganização administrativa do território das freguesias em 2013, a análise realizada nos pontos seguintes tem por base a organização vigente à data da realização dos últimos censos (2011), tendo sido aplicada sob a Base Geográfica de Referenciação da Informação (BGRI), que disponibiliza dados à subsecção estatística referentes a 2011. 3.1. Caraterização Demográfica A análise da evolução da população, entre 1991 e 2011, permite constatar que o município de Cascais registou nas últimas décadas um crescimento populacional constante e regular, embora se verifique ligeiramente mais acentuado a partir do ano 2000. Na (Figura 5) observa-se um aumento do número de indivíduos residentes de 155216 (em 1991), para 207924 (em 2011). Na mesma figura, verifica-se que o município de Cascais segue a tendência de evolução registada na região da Grande Lisboa, embora com menos expressão.

Fonte: INE

Figura 5 - Evolução anual da População Residente entre 1991 e 2011

Cartografia de suporte às operações Caraterização Página 171 de 336 de emergência de proteção civil Socioeconómica

A população do município de Cascais registou no total uma variação de 21% entre 2001 e 2011. Uma análise mais detalhada, ao nível das freguesias (Quadro 8), permite constatar que a antiga freguesia de Alcabideche apresenta a maior variação (cerca de 33%), seguida de São Domingos de Rana (cerca de 31%). Por outro lado, a antiga freguesia de Cascais apresenta o valor mais reduzido, com um aumento da população na ordem dos 6%. As antigas freguesias com o maior número de residentes em correspondem a Alcabideche e São Domingos de Rana (Mapa 8). Antiga Freguesia Pop. 2001 Pop. 2011 % Δ (2001-2011) Alcabideche 31801 42162 32.6 Carcavelos 20037 23347 16.5 Cascais 33255 35409 6.5 Estoril 23769 26399 11.1 Parede 17830 21660 21.5 São Domingos de Rana 43991 57502 30.7 Total do Concelho 170683 206479 21.0 Quadro 8 - Variação da População Residente (2001-2011)

Cartografia de suporte às operações Caraterização Página 172 de 336 de emergência de proteção civil Socioeconómica

Mapa 8 - População residente por freguesia

No Mapa 9 contata-se que a tendência de crescimento populacional é mais expressiva nas freguesias do interior do concelho (Alcabideche e São Domingos de Rana), justificada em parte pelo aumento das acessibilidades e crescente ritmo de construção. Na antiga freguesia de Cascais e do Estoril, com maior ligação à atividade turística, esta tendência é menos significativa.

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Mapa 9 - Variação da População Residente entre 2001 e 2011 no município de Cascais

Analisando o Mapa 10 verifica-se que as subsecções de São Domingos de Rana e de Carcavelos apresentam os valores mais elevados de densidade populacional, com destaque para os lugares de Matarraque e Sassoeiros, respetivamente. Por outro lado, as antigas freguesias com maior área relativa na classe de densidade mais elevada (10001 – 49000 hab/Km2) são a Parede e Carcavelos. Contrariamente, a freguesia de Alcabideche apresenta os valores mais reduzidos de densidade populacional, com exceção do lugar do Pai do Vento (cerca de 44000 hab/Km2).

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Mapa 10 - Densidade Populacional (2011), por subsecção estatística

Cartografia de suporte às operações Caraterização Página 175 de 336 de emergência de proteção civil Socioeconómica

Observando o Mapa 11, onde se representa a relação entre número de indivíduos residentes e o número de indivíduos presentes, destacam-se várias subsecções na antiga freguesia de Cascais com maior número de indivíduos presentes (lugar de Cascais, Quinta da Marinha e Guincho), por serem zonas essencialmente turísticas. O mesmo cenário verifica-se no lugar do Estoril, justificado pela presença da Escola Técnica e Liceal de Santo António e pelo Casino do Estoril; em Alcabideche devido ao Hospital Dr. José de Almeida; e em Tires (freguesia de São Domingos de Rana) pela presença do Aeródromo Municipal. A existência de um elevado número de unidades de alojamento no concelho, de várias tipologias (ver ponto 4.6.2 referente à descrição das unidades de alojamento existentes) e número e variedade de eventos existentes originam fluxos significativos de população flutuante no concelho.

Mapa 11 - Relação entre População Residente e População Presente (2011) por subsecção estatística

Cartografia de suporte às operações Caraterização Página 176 de 336 de emergência de proteção civil Socioeconómica

A estrutura etária da população do concelho de Cascais surge representada pela pirâmide etária da Figura 6, onde se verifica o predomínio da população adulta entre os 30 e os 50 anos. O estreitamento da base representa a fraca natalidade e a percentagem significativa de indivíduos no topo da pirâmide confirma o aumento da longevidade.

Figura 6 - Pirâmide etária do município de Cascais O Índice de Dependência de Jovens (IDJ) e o Índice de Dependência de Idosos (IDI), demonstram que a freguesia de São Domingos de Rana tem a população mais jovem do concelho, apresentando o valor de IDJ mais elevado (26 jovens por cada 100 pessoas em idade ativa) e simultaneamente o menor valor de IDI (21 idosos por cada 100 pessoas em idade ativa). Por outro lado, a antiga freguesia do Estoril apresenta a população mais envelhecida, com um IDJ de 22 jovens por cada 100 pessoas em idade ativa, e um IDI de 33 idosos por cada 100 pessoas em idade ativa.

Freguesias IDJ IDI IDT Alcabideche 25 23 48 Carcavelos 23 27 50 Cascais 22 31 54 Estoril 22 33 55 Parede 23 36 59 São Domingos de Rana 26 21 46 Total do Concelho 24 27 51 Quadro 9 - Índice de Dependência de Jovens, Idosos e Total (2011), por freguesia

Cartografia de suporte às operações Caraterização Página 177 de 336 de emergência de proteção civil Socioeconómica

O Índice de Dependência Total (IDT), que relaciona a população jovem e idosa com a população em idade ativa, é mais elevado na freguesia da Parede e mais reduzido na freguesia de Alcabideche, com 36 e 23 jovens e idosos por cada 100 pessoas em idade ativa, respetivamente. No Mapa 12, onde se apresenta o IDT ao nível da subsecção, os valores superiores a 100 significam que existem mais jovens e idosos do que pessoas em idade ativa. As subsecções do lugar da Parede, São Domingos de Rana, Cascais e Bicesse destacam-se com os valores mais elevados. Por outro lado, as subsecções de Alcabideche apresentam os valores de IDT mais baixos.

Mapa 12 - Índice de Dependência Total (2011), por subsecção estatística

No que respeita ao número de alojamentos, o concelho de Cascais contava, à data dos Censos de 2011, com 109171 alojamentos, correspondentes a 43624 edifícios. Observando o Mapa 13 verifica-se uma tendência para o número de alojamentos por edifício ser superior junto ao litoral sul, com destaque para os lugares de Carcavelos, Parede, São João do Estoril e Guia, que apresentarem os valores mais elevados (superiores a 35 alojamentos por edifício).

Cartografia de suporte às operações Caraterização Página 178 de 336 de emergência de proteção civil Socioeconómica

Mapa 13 - Número de Alojamentos por edifício (2011

Cartografia de suporte às operações Caraterização Página 179 de 336 de emergência de proteção civil Socioeconómica

3.2. Caraterização Económica Analisando a população ativa empregada por sector de atividade em 2011 (Figura 7), verifica-se que o sector terciário predomina largamente no município de Cascais com cerca de 86%, seguido do sector secundário que emprega cerca de 13% da população ativa. O sector primário tem uma expressão muito pouco significativa no concelho com apenas 1% da população ativa a trabalhar neste sector.

Figura 7 - Distribuição da população ativa por setor de atividade (2011) Através da análise deste indicador ao nível da freguesia, constata-se que a tendência é idêntica à apresentada para o concelho, ou seja, prevalece o sector terciário em todas as freguesias como sector predominante, seguido do sector secundário e uma expressão muito reduzida do sector primário.

Cartografia de suporte às operações Caraterização Página 180 de 336 de emergência de proteção civil Socioeconómica

No Quadro 10 apresenta-se o número de trabalhadores por tipo de atividade económica (CAE Ver. 3). Destaca-se neste indicador o “Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos” que emprega cerca de 22% dos trabalhadores, seguido da atividade de “Alojamento, restauração e similares” com 13%. Com uma representação muito pouco significativa no concelho, verificam-se as “Indústrias extrativas”, “Eletricidade, gás vapor, água quente e fria e ar frio” e ainda a “Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca”.

Código CAE Trabalhadores Atividade económica (CAE Rev. 3) Nível 1 N.º % A Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca 441 0,65 B Indústrias extrativas 13 0,02 C Indústrias transformadoras 4439 6,59 D Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio 87 0,13 Captação, tratamento e distribuição de água; saneamento, gestão E 1328 1,97 de resíduos e despoluição F Construção 5982 8,88 Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos G 14536 21,59 automóveis e motociclos H Transportes e armazenagem 3161 4,69 I Alojamento, restauração e similares 8807 13,08 J Atividades de informação e de comunicação 1362 2,02 L Atividades imobiliárias 1604 2,38 M Atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares 6868 10,20 N Atividades administrativas e dos serviços de apoio 6354 9,44 P Educação 2794 4,15 Q Atividades de saúde humana e apoio social 4573 6,79 R Atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas 2432 3,61 S Outras atividades de serviços 2549 3,79 Total do Concelho 67330 100,0 Quadro 10 - Número e Percentagem de trabalhadores por tipo de Atividade Económica (CAE Rev. 3)

De acordo com a informação disponibilizada pela CMC relativa aos armazéns, estabelecimentos industriais e estabelecimentos comerciais, verificavam-se em maior número (em 2009), os estabelecimentos relacionados com o comércio e reparação de automóveis, mobiliário e materiais de construção. Em relação aos armazéns, encontravam-se à mesma data, 142 encerrados, 6 devolutos e apenas 27 em funcionamento (Quadro 11). Nº de Estabelecimento Estado Estabelecimentos Devoluto 6 Armazéns Em funcionamento 27 Encerrado 142 Comercial Em funcionamento 173 Industrial Em funcionamento 50 Serviços Em funcionamento 34 Total do Concelho 432 Quadro 11 - Número de estabelecimentos por tipo de atividade

Cartografia de suporte às operações Caraterização Página 181 de 336 de emergência de proteção civil Socioeconómica

A nível comercial salientam-se os estabelecimentos de maior dimensão, como o Cascais Shopping, o Cascaisvilla Shopping Center, o Riviera, o Continente, o Jumbo, a Staples, o AKI e a Decathlon (Mapa 14). Em relação às indústrias, destacam-se pelo tipo de atividade e substâncias movimentadas, a Kenitex Química SA (Tintas), Fábrica de Plásticos Técnica e Precisão Tep Lda., Seda Ibérica Embalagens SA, AstralPool (Produtos Químicos), Rotasu-Tratamento de Superfícies Lda. e ainda a Tratolixo (tratamento de resíduos sólidos) e a Valor Price (valorização de recicláveis). A identificação dos estabelecimentos referidos está disponível no ponto 4.6.4 - Comércio e Indústria.

Mapa 14 - Estabelecimentos comerciais e industriais relevantes

Cartografia de suporte às operações Caraterização Página 182 de 336 de emergência de proteção civil Socioeconómica

4. Caraterização das Infraestruturas As infraestruturas que são identificadas de seguida para efeitos de avaliação de riscos, consideram-se elementos expostos estratégicos, vitais e/ou sensíveis. Assim, incluem-se as infraestruturas de comunicação, infraestruturas urbanas, equipamentos de utilização coletiva, Agentes de Proteção Civil, equipamentos de defesa, infraestruturas de comunicação, rede de gás, rede elétrica e áreas comerciais, industriais e de armazenamento. 4.1. Infraestruturas de Comunicação

4.1.1. Infraestruturas Rodoviárias O concelho de Cascais está dotado de uma rede rodoviária bem constituída, com enumeras vias a nível local e supraconcelhias (Mapa 15). Destacam-se pela sua dimensão e volume de tráfego a autoestrada A5 que liga Lisboa e Cascais, a A16 que faz a ligação Belas-Sintra-Cascais, e a Estrada Nacional 6 (Avenida Marginal). Representa-se ainda no mapa seguinte a localização de pontes e viadutos.

Mapa 15 - Infraestruturas Rodoviárias Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 183 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

4.1.2. Infraestruturas Ferroviárias, Marítimas e Aéreas Em relação às infraestruturas ferroviárias, o concelho de Cascais dispõe de uma linha férrea que se estende junto ao litoral com cerca de 21,5 Km, incluindo 7 estações ferroviárias (Mapa 16). As infraestruturas marítimas localizam-se na costa sul do concelho, destacando-se a Marina de Cascais e o pontão da Praia da Ribeira. Segundo o ofício do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) de 9/Fev/2015, o Aeródromo Municipal de Cascais situado na freguesia de São Domingos de Rana e o Heliporto Hospitalar de Cascais, em Alcabideche, são as únicas infraestruturas aéreas licenciadas no concelho.

Mapa 16 - Infraestruturas ferroviárias, Marítimas e Aéreas

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 184 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

No Quadro 12 estão listadas as infraestruturas ferroviárias, marítimas e aéreas existentes no concelho de Cascais, complementando-se com as denominações dos equipamentos representados no Mapa 16. Tipo de Infraestrutura Equipamento Aérea Aeródromo Municipal de Cascais (1) Estação de Cascais (2) Estação Monte Estoril (3) Estação do Estoril (4) Estação de São João do Estoril Ferroviária (5) Estação de São Pedro do Estoril (6) Estação da Parede (7) Estação de Carcavelos Linha Férrea (21,5 Km) Marina de Cascais Marítima 3 Pontões Quadro 12 - Infraestruturas Ferroviárias, Marítimas e Aéreas

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 185 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

4.2. Rede de Telecomunicações A informação referente às antenas de telecomunicações existentes no concelho de Cascais foi cedida pela CMC e representam-se no Mapa 17. A distribuição espacial das antenas abrange todo o concelho, com menos densidade junto à Serra de Sintra.

Mapa 17 - Rede de Telecomunicações

Identificam-se em Cascais 296 antenas sob gestão de diferentes operadores. Destacam-se 99 antenas da MEO, 97 da Vodafone e 80 antenas da NOS.

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 186 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

De acordo com o PMEPCC , devem-se ainda salientar os sistemas de telecomunicações de proteção civil, nomeadamente antenas e repetidores de rádio, designadamente o SICOMEC- Sistema de Comunicações de Emergência de Cascais (Repetidores: Alcabideche, Janes, Monte Estoril, Matos Cheirinhos). Operador Nº de Antenas MEO 99 NOS 80 Vodafone 97 Radiomóvel 13 SIRESP 1 Outro 6 Total 296 Quadro 13 - Número de antenas de telecomunicações por operador 4.3. Infraestruturas Urbanas

4.3.1. Sistema de Abastecimento de Água De acordo com as Águas de Cascais a água aduzida ao Sistema de Abastecimento da Águas de Cascais tem três tipos de origens:  Água adquirida à EPAL: Representa um volume superior a 88% da totalidade da água aduzida. A água é aduzida ao sistema de abastecimento por uma conduta com entrada pelo Bairro da Mina e apresenta um traçado semelhante ao da autoestrada, e a partir de Vila Fria;  Água adquirida a Sintra: Inferior a 0,2%;  Captações Próprias (água captada no Concelho): Corresponde atualmente a cerca de 11% do total da água aduzida. As Captações próprias no Concelho de Cascais repartem-se da seguinte forma:  Galerias de Minas: Malveira da Serra, Vale de Cavalos e Pisão;  Furos: Biscaia, Cardosas, Pisão, Atrozela, Pau Gordo, Quinta da Marinha, Cobre e Murches;  Albufeira: Albufeira do Rio da Mula. Segundo a mesma entidade, o Sistema de Abastecimento da Águas de Cascais serve a totalidade do Concelho e tem um comprimento de cerca de 1376 Km. Para fazer chegar a água às cotas mais elevadas, existem 22 estações elevatórias ou sobrepressoras, onde estão disponíveis, para exploração, 63 grupos de eletrobombas. Existem ainda 5 pequenas estações sobrepressoras localizadas na Adroana, Alcoitão, Cabeço de Mouro, B.º 25 de Abril e Trajouce que são usadas para pressurizar a rede de abastecimento de algumas localidades. A adução é armazenada em 25 reservatórios com uma capacidade global para cerca de 91.000m³ de água. A esta capacidade de reserva, acresce o volume de 400.000 m³ de água armazenada na Albufeira do Rio da Mula. A rede de abastecimento de água do concelho de Cascais encontra-se esquematizada no Mapa 18, de acordo com a informação disponibilizada pelo SMAS Cascais.

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 187 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

Mapa 18 - Rede de Abastecimento de água

4.3.2. Rede de Saneamento de Águas Residuais A rede de drenagem de águas residuais, explorada pelas Águas de Cascais, transporta as águas residuais para o Sistema de Saneamento da Costa do Estoril (SSCE), representado no Mapa 19. O SSCE, gerido pela SANEST, é constituído por troços emissários que conduzem as águas residuais domésticas para o intercetor principal e deste para a Estação de Tratamento de Águas Residuais da Guia. Depois de tratadas, as águas residuais são enviadas para o emissário submarino a cerca de 3 km da costa e a 45 m de profundidade (Oliveira et al, 2010). Segundo o mesmo documento o SSCE recebe diariamente águas residuais recolhidas nos municípios da Amadora, Cascais, Oeiras e Sintra.

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 188 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

Mapa 19 - Rede de Saneamento de Águas Residuai

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 189 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

De acordo com a informação cedida pela SANEST, o SSCE é constituído por vários subsistemas (Quadro 14), englobando 5 estações elevatórias no concelho de Cascais, duas Câmaras de Injeção de Peróxido, uma Estação de Tratamento da Fase Líquida (ETFL) e uma Estação de Tratamento da Fase Sólida (ETFS).~ Subsistema Infraestrutura Extensão (m) Amoreira Troço Emissário 3819 Bicesse Troço Emissário 4978 Conduta Elevatória 175 Cadaveira Estação Elevatória do Monte Estoril - Troço Emissário 4890 Conduta Elevatória 501 Caparide Estação Elevatória de São Pedro do Estoril - Troço Emissário 5815 Castelhana Troço Emissário 3769 Emissário Exutor Emissário Submarino 4697 submarino Câmara de Injeção de Peróxido da Falésia - Câmara de Injeção de Peróxido de São Pedro do Estoril - Descarga 205 Descarga de Emergência Emissário Submarino Guia - Intercetor Estação de Tratamento da Fase Líquida - Estação de Tratamento de Águas Residuais da Guia - Troço Coletor 4606 Troço Intercetor 12123 Interligação Conduta Elevatória 12338 ETFL / ETFS Laje Troço Emissário 2844 Marianas Troço Emissário 4790 Conduta Elevatória 1002 Estação Elevatória de Hípico - Mochos Troço Coletor 2105 Troço Emissário 3782 Não conhecido Estação de Tratamento da Fase Sólida - Outeiro da Vela Troço Emissário 674 Conduta Elevatória 752 Sassoeiros Estação Elevatória de Carcavelos - Troço Emissário 8301 Conduta Elevatória 180 Estação Elevatória de Vinhas - Vinhas Troço Coletor 415 Troço Emissário 2447 Quadro 14 - Infraestruturas do Sistema de Saneamento da Costa do Estoril

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 190 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

4.3.3. Resíduos Sólidos Urbanos No concelho de Cascais a Empresa Municipal de Ambiente de Cascais (EMAC) é responsável pela recolha dos resíduos sólidos urbanos, garantindo o seu transporte para o Ecoparque de Trajouce que assegura o seu tratamento. O Ecoparque de Trajouce, gerido pela Tratolixo (Mapa 20), tem uma área de 42,6 ha, sendo constituído pela Central Industrial de Tratamento de Resíduos Sólidos, por uma Estação de Transferência, pelo Ecocentro, pela Estação de Tratamento de Águas Lixiviantes, pelo Aterro Sanitário selado e pela Central de Valorização Energética do Biogás do Aterro de Trajouce.

Mapa 20 - Localização das empresas Tratolixo e EMAC

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 191 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

4.4. Sistemas de produção, armazenamento e distribuição de energia e combustíveis

4.4.1. Rede Elétrica No mapa 21representa-se a rede elétrica do concelho de Cascais (cedida pela CMC), onde se destacam as linhas de alta-tensão, média-tensão e baixa-tensão, que compõem uma rede uniforme por todo o concelho. A noroeste da freguesia de Alcabideche verifica-se uma menor densidade das linhas elétricas, associada também à menor densidade populacional. No mesmo mapa identificam-se ainda as subestações que compõem a rede.

Mapa 21 - Rede Elétrica

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 192 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

No Quadro 15 identificam-se as diferentes subestações que compõem a rede elétrica, bem como a extensão das linhas de baixa, média e alta tensão. Infraestrutura Extensão (Km) Rede de Baixa-Tensão 1521 Rede de Média-Tensão 543 Rede de Alta-Tensão 68 Subestação de Birre - Subestação da Abóboda - Subestação de Alcoitão - Subestação de Trajouce - Quadro 15 - Síntese dos elementos que compõem a rede elétrica

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 193 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

4.4.2. Rede de Gás A extensão da rede de distribuição de gás natural em serviço no final de Dezembro de 2014 no concelho de Cascais representa-se no Mapa 22. Identificam-se as tubagens, os ramais, as válvulas e os postos de regulação de pressão. No mesmo mapa identifica-se ainda dois depósitos de botijas de gás na freguesia de Alcabideche e na União das Freguesias de Cascais e Estoril.

Mapa 22 - Rede de Gás

Segundo a Galp Energia, o comprimento total da rede de gás natural é de 581,944 m, sendo composta pelas seguintes parcelas:  Gasoduto do 2º escalão – 5,028 m implantados em terrenos privados com constituição de servidão;  Rede de distribuição secundária c/ Ø ≤200 mm – 547,366 m;  Rede de distribuição secundária c/ Ø >200 mm – 29,550 m.

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 194 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

4.4.3. Postos de Abastecimento de Combustíveis De acordo com a informação recolhida, existem no concelho 37 Postos de Abastecimento de Combustíveis (PAC). No Mapa 23 identificam-se os PAC com venda e sem venda de gás. Observa- se, assim, que dos 37 PAC apenas 4 não dispõem de venda de gás.

Mapa 23 - Postos de Abastecimento de Combustíveis

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 195 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

4.5. Elementos expostos estratégicos, vitais e/ou sensíveis para as operações de proteção civil e socorro

4.5.1. Agentes de Proteção Civil e Organismos de Apoio

Mapa 24 - Agentes de Proteção Civil Em relação aos Agentes de Proteção Civil (APC) reconhecem-se 6 no concelho de Cascais (Mapa 24): os Bombeiros Voluntários, a Polícia de Segurança Pública (PSP), a Guarda Nacional Republicana (GNR), a Autoridade Marítima, a Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) e o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). Encontram-se ainda no mapa seguinte identificadas as instalações da Polícia Municipal.

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 196 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

No Quadro 16 estão listadas as instalações dos diferentes APC existentes no concelho de Cascais.

Entidade Instalações Associação dos Bombeiros Voluntários de Carcavelos e São Domingos de Rana Associação dos Bombeiros Voluntários dos Estoris Bombeiros Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Parede Voluntários Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alcabideche Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cascais Sapadores Florestais de Sapadores Florestais de Cascais Cascais Cruz Vermelha Delegação Costa do Estoril Portuguesa Esquadra de Alcabideche GNR Posto da Brigada de Trânsito Hospital Dr. José de Almeida (Hospital Central / INEM, instalações dos INEM Bombeiros Voluntários de Cascais) Capitania do Porto de Cascais Autoridade Polícia Marítima Marítima Instituto de Socorros a Náufragos Parque Municipal de Viaturas Policia Municipal Polícia Municipal de Cascais 50ª Esquadra (Cascais) 51ª Esquadra (Estoril) 52ª Esquadra (Parede) PSP 54ª Esquadra (Carcavelos) 56ª Esquadra (Trajouce) Esquadra - Posto de Turismo Esquadra de Trânsito Quadro 16 - Instalações dos Agentes de Proteção Civil e Outras Entidades de Apoio

4.5.2. Equipamentos de Utilização Coletiva

4.5.2.1. Equipamentos Administrativos No Mapa 25 representam-se as instalações dos equipamentos administrativos existentes no concelho de Cascais. Destacam-se as instalações das 4 Juntas de Freguesia, a Câmara Municipal, o Palácio da Justiça, as repartições de finanças, o registo predial entre outras.

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 197 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

Mapa 25 - Equipamentos Administrativos

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 198 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

No Quadro 17 identificam-se as instalações dos diversos equipamentos administrativos.

Entidade Instalações Câmara Municipal Câmara Municipal de Cascais Junta de Freguesia Alcabideche Junta de Freguesia União das Freguesias de Carcavelos e Parede União das Freguesias de Cascais e Estoril Junta de Freguesia de São Domingos de Rana Tribunal Palácio da Justiça – Comarca de Lisboa Oeste Instituto do Emprego e Formação Professional Delegação Regional Vale de Tejo Posto de Direção Regional de Agricultura e Floresta de Cascais Outros Instituto de Registos e Notariado Repartição de Finanças de Cascais 1 e 2 Quadro 17 - Equipamentos Administrativos

4.5.2.2. Equipamentos Educativos A informação referente aos equipamentos educativos encontra-se representada no Mapa 26. Constam neste mapa os diversos infantários/jardim-de-infância, escolas básicas, secundárias, profissionais, escolas de ensino superior, centros de atividades extra curricular, entre outros.

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 199 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

Mapa 26 - Equipamentos Educativos

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Dos 187 equipamentos identificados no mapa anterior, são apresentados no Quadro 18 os de equipamentos de natureza pública, subdivididos pelos 12 agrupamentos escolares existentes no concelho. Os equipamentos de natureza privada, IPSS e Cooperativas estão listados no Anexo 1. Agrupamento Estabelecimento Escola Básica Areias Escola Básica Bicesse Escola Básica Caparide Alapraia Escola Básica da Alapraia Escola Básica Manique Escola Básica São Pedro do Estoril Jardim Infância de Bicesse Escola Básica Alcoitão nº 2 Escola Básica Alcoitão nº 3 Escola Básica Alcoitão nº1 Escola Básica Alto da Peça Alcabideche Escola Básica de Alcabideche Escola Básica Profª Maria Margarida Rodrigues Jardim de Infância de Alcabideche Jardim de Infância de Alcoitão Escola Básica Alvide Escola Básica Cascais nº 4 Alvide Escola Básica e Secundária de Alvide Escola Básica Professor Manuel Gaião Aquilino Ribeiro Escola Básica Talaíde Escola Básica Arneiro Escola Básica Carcavelos nº 1 Escola Básica e Secundária de Carcavelos Carcavelos Escola Básica Lombos Escola Básica Rebelva Escola Básica Sassoeiros Jardim de Infância de Carcavelos Escola Básica Aldeia Juso nº 1 Escola Básica Areia-Guincho Escola Básica Branquinho da Fonseca Cascais Escola Básica de Cascais Escola Secundária de Cascais Jardim de Infância da Torre Escola Básica Birre Escola Básica e Secundária Cidadela Cidadela Escola Básica José Jorge Letria Escola Básica Malveira da Serra Jardim de Infância Murches Escola Básica Abóboda Escola Básica Abóboda nº 2 Frei Gonçalo de Escola Básica e Secundária Frei Gonçalo de Azevedo Azevedo Escola Básica Rómulo de Carvalho Escola Básica Tires nº 2 Escola Básica Trajouce Escola Básica e Secundária Ibn Mucana Ibn Mucana Escola Básica Fausto Cardoso Figueiredo

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Escola Básica Fernando José dos Santos Escola Básica Fernando Teixeira Lopes Escola Básica Raul Lino Escola Básica António Torrado Escola Básica e Secundária Matilde Rosa Araújo Escola Básica Murtal nº 2 Matilde Rosa Araújo Escola Básica Padre Agostinho da Silva Escola Básica Parede nº 4 Escola Básica São Domingos de Rana nº 1 Escola Básica Tires Escola Básica Murtal Escola Básica Parede nº 2 Escola Básica Santo António Parede Escola Básica São Domingos de Rana nº 2 Escola Secundária Fernando Lopes Graça Jardim de Infância da Parede Escola Básica Galiza nº 1 Escola Básica São João do Estoril São João do Estoril Escola Básica São João do Estoril nº 1 Escola Secundária São João do Estoril Quadro 18 - Equipamentos Educativos de Natureza Pública

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 202 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

4.5.2.3. Equipamentos Desportivos No Mapa 27 representam-se os equipamentos desportivos existentes no concelho de Cascais diferenciados pela sua natureza. De acordo com a informação disponibilizada pela CMC, identificam-se 140 equipamentos desportivos, desde academias, campos de golf, campos de ténis, autódromo, piscinas, hipódromos entre muitos outros. Pela sua dimensão e eventos que promove destaca-se o Autódromo Fernanda Pires da Silva.

Mapa 27 - Equipamentos Desportivos

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No Quadro 19 listam-se 17 equipamentos desportivos de natureza Municipal e 7 equipamentos Públicos. Natureza Designação Complexo de Piscinas da Alapraia Complexo Desportivo da Abóboda Piscinas Municipais Complexo Desportivo de Alcabideche Complexo Desportivo de São Domingos de Rana Espaço Desportivo Cabeço Mouro Espaço Desportivo da Encosta da Carreira Espaço Desportivo da Quinta do Barão Espaço Desportivo das Fontaínhas Municipal Espaço Desportivo do Bairro da Cruz Vermelha-Norte Espaço Desportivo do Bairro da Cruz Vermelha-Sul Espaço Desportivo do Bairro da Quinta do Lameiro Espaço desportivo do Bairro de Alcoitão Espaço Desportivo do Bairro de Trajouce Espaço Desportivo do Bairro do Buzano Hipódromo Manuel Possolo Mini-golf Jardins da Parede Parque Palmela Autódromo Fernanda Pires da Silva Centro de Medicina e Reabilitação de Alcoitão Estabelecimento Prisional do Linhó Pública Parque Urbano Natura Outeiro de Polima Parque Verde da Guia Pavilhão Desportivo dos Lombos Quinta da Alagoa Quadro 19 - Equipamentos Desportivos de natureza Municipal e Pública

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 204 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

4.5.2.4. Equipamentos de Saúde A informação referente aos equipamentos de saúde encontra-se representada no Mapa 28. Podem observar-se as instalações dos hospitais (Hospital Dr. José de Almeida, Centro de Medicina Física e Reabilitação de Alcoitão, Hospital Ortopédico de Sant'Ana), centros de saúde, extensões de saúde, centros de atendimento a jovens e toxicodependentes e farmácias.

Mapa 28 - Equipamentos de Saúde

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 205 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

A listagem com a identificação dos equipamentos de saúde pode observar-se no Quadro 20. Destacam-se os 3 hospitais pertencentes à rede de cuidados diferenciados e 6 centros de saúde pertencentes à rede de cuidados primários. Tipo de Morada Respostas Designação Equipamento Avenida Brigadeiro Especialidades Médicas, Hospital de Cascais Dr. Victor Novais Especialidades Cirúrgicas, José de Almeida Gonçalves Diagnóstico e Terapêutica, 2755-009 Alcabideche Urgência Médico-Cirúrgica Serviço de Psiquiatria Hospital de Sant’Ana Rua de Benguela 2779- Consultas Externas, Meios (Santa Casa da 501 Parede Complementares de Diagnóstico Misericórdia de Lisboa) e Terapêutica, Bloco Operatório,

Hospitais Internamento Centro de Medicina de Rua Conde Barão - Internamento, Consulta, Atos Reabilitação de Alcoitão Alcoitão 2649-506 Terapêuticos de Reabilitação, (Santa Casa da Alcabideche Ortoprotesia, Meios Misericórdia de Lisboa) Complementares de Diagnóstico

Rua Egas Moniz n.º Unidade de Saúde Familiar 9010 2765-618 Estoril Marginal, Unidade de Cuidados Edifício de S. João do de Saúde Personalizados do Estoril (Sede do ACES) Estoril, Unidade de Saúde Pública, Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados, Centro de Diagnóstico Pneumológico Rua Padre Moisés da Unidade de Cuidados de Saúde Edifício de Cascais Silva 2750-437 Cascais Personalizados de Cascais

Rua Rio das Grades Unidade de Cuidados de Saúde Edifício de Alcabideche 2645-037 Alcabideche Personalizados de Alcabideche,

Unidade de Saúde Familiar Rua José Elias Garcia Unidade de Cuidados de Saúde de Cascais Edifício da Parede 1057 2775-218 Parede Personalizados da Parede,

Agrupamento de Agrupamento Centros de Saúde Centros Unidade de Saúde Familiar Artemisa Estrada da Torre 1483- Unidade de Cuidados de Saúde Edifício de Carcavelos Cave 2775-688 Personalizados de Carcavelos Carcavelos

Rua Nova Aliança Unidade de Saúde Familiar Edifício de S. Domingos 2785-289 S. Domingos Emergir, Unidade de Saúde de Rana de Rana Familiar S. Domingos de Gusmão

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 206 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

Centro de Respostas Rua Dr. Francisco Sá Promoção de ações de prevenção das

Integradas (CRI) – Equipa Carneiro nº 95 R/C toxicodependências e alcoolismo, Lisboa Ocidental (inclui 3 2775 -196 Parede prestação de cuidados integrados e

equipas de Tratamento – globais a doentes toxicodependentes e Oeiras/Cascais, Amadora doentes com síndrome de abuso ou e Sintra) – Instituto da dependência de álcool, em regime Públicas Droga e ambulatório.

não hospitalares não Toxicodependência

Rede de respostas de Rede (IDT,IP)

Centro de Dia da Travessa Eng.º José Promoção de espaços terapêuticos e Fundação Portuguesa Ulrich nº15 Cave psicossociais a indivíduos com para o Estudo e Direita 2750-629 problemas de consumos de Prevenção do Cascais substâncias psicoativas e respectivos Tratamento da familiares. Motivação dos utentes para Toxicodependência – tratamento e/ou reinserção social. FPEPTT – Cascais

Apartamento de Rua Dr. Mira Promoção de competências pessoais e Reinserção da Fundação Fernandes nº 119 sociais junto dos residentes e Portuguesa para o Murtal 2775 Parede respetivas famílias, de forma a facilitar Estudo e Prevenção do o processo de reinserção sócio laboral. Tratamento da Toxicodependência – FPEPTT

Comunidade Terapêutica Quinta do Pisão 2645 Possui um total de 46 indivíduos – 37 “Casa da Barragem” – -005 Alcabideche camas protocoladas. Tratamento – Fundação Portuguesa Modelo Minesota.

para o Estudo e Prevenção do Tratamento da Toxicodependência – FPEPTT Não Não lucrativas Rua Vasco da Gama Especialidades médicas, Estética, Cruz Vermelha 243 - 2775-297 Massagens, Enfermagem, Análises Portuguesa PAREDE clínicas. Rede de respostas não hospitalares não respostas de Rede

Estrada da Malveira Autismo e Défices cognitivos, 2750 -782 Cascais Intervenção socioprofissional, Apoio e Perturbações do sono, intervenção Familiar, Terapia Orientação Escolar e Ocupacional, Terapia da fala, profissional, Fisioterapia, Educação e intervenção Centro de Apoio ao Hiperatividade, Défice em sexualidade, Desenvolvimento Infantil de Atenção e Outros

Problemas de Comportamento, Dislexia e outras dificuldades de aprendizagem Centro de Integração e Rua D. Luís da Cunha Reabilitação de nº96 Alcabideche Deficientes – Atividades Cascais

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 207 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

ocupacionais, Reabilitação física.

Rua de Platão 147 Especialidades médicas, Fisioterapia, Associação Nacional de Zambujal 2785-698 Atividades Piscina, Atividades Ginásio. Espondilite Anquilosante São Domingos de – ANEA Rana

Centro Psicogeriátrico de Rua Machado Santos 2 Nossa Senhora de Fátima 2775-236 Parede

Rua dos Encontros da Angariação de fundos, o apoio e a Luz 27 loja Adroana promoção de quaisquer entidades Associação Laço 2645-628 e/ou projetos relacionados com a (Empreendimento da Alcabideche investigação, a prevenção, o Adroana) diagnóstico precoce, o tratamento, a

informação e a sensibilização em geral do cancro da mama em Portugal. Associação Portuguesa largo do Promover o apoio e a integração social de Síndrome de Asperger Amor Perfeito nº9 A das pessoas com Síndrome de Empreendimento da Loja 1 Alcabideche Asperger (SA), favorecendo as Adroana condições para uma vida autónoma e mais digna. Rua Dr. Jacinto Nunes Tratamento Intensivo em Regime nº12 2775 – 206 Residencial de Internamento, Parede Tratamento Ambulatório, Pós

CRETA - Clínica de Tratamento, Programa de Assistência Tratamento da às Famílias, Metodologias técnicas Toxicodependência, (psicodrama, ferramentas Alcoolismo e outros motivacionais, cognitivas, didáticas,

Comportamentos lúdicas…), prevenção da recaída, Aditivos Reinserção. Comunidade terapêutica com capacidade para 14 utentes. Está licenciada pelo IDT,IP com 3 camas Lucrativas protocoladas. Tratamento –Modelo Minesota. Rua de Catembe 165 Clínica Geral, Ambulatório, Clínica Europa 2775-561 Carcavelos Imagiologia, Cirurgia, Internamento,

Rede de respostas não hospitalares não respostas de Rede Outros serviços de diagnóstico e Tratamento Av. de Sintra 1113 A Pediatria, Psicologia, Análises Clínicas, 2750-496 Cascais Clínica Geral, Medicina Interna, Clínica do Poço Novo Pneumologia, Otorrinolaringologia,

Imunoalergologia, Nutrição, Psiquiatria e Terapia da Fala. Al. dos Combatentes TAC - Tomografia Computorizada, Imagens Médicas da Grande Guerra Ecografia, Mamografia, Raios-X, Integradas de Cascais Edifício S. José 2750 Densitometria Óssea, Ressonância Cascais Magnética e Ortopantomografi.

Clínica Internacional de Rua João Infante, Cirurgia geral, Cirurgia vascular, Clínica Saúde de Cascais - (CIS Lote 1-r/c-A 2750-384 geral, Dermatologia, Fisioterapia, Cascais) Cascais Ginecologia, Medicina dentária, Obstetrícia, Oftalmologia, Ortopedia,

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 208 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

Otorrinolaringologia, Pediatria, Psicologia, Psiquiatria, Terapia do casal e Urologia. Rua Fernão Lopes 60 Anestesiologia, Cardiologia, Cirurgia Cobre-Cascais 2750- geral, Cirurgia maxilo-facial, Cirurgia 663 Cascais pediátrica, Cirurgia plástica, Cirurgia vascular, Dermatologia, Endocrinologia, Gastroenterologia, Ginecologia obstetrícia, Imagiologia, Imuno alergologia, Medicina anti- envelhicimento, Medicina dentária, Clínica CUF Medicina física e reabilitação, Medicina geral e familiar, Medicina interna, Nefrologia, Neurocirurgia, Neurologia, Nutrição oftalmologia, Ortopedia, Otorrinolaringologia, Patologia clínica, Pediatria, Pedopsiquiatria, Pneumologia, Psicologia clínica, Psiquiatria, Reumatologia, Terapia da fala e Urologia. Praça da República Análises Clínicas, Clínica Geral, Nº 4 1º Dto. 2775- Estomatologia, Med. Dentária, 624 Carcavelos Implantes, Oftalmologia, Gastroenterologia, Urofluxometria, Urologia, Ginecologia, Obstetrícia, Cardiologia, Alergologia, Clínica Carcavelos Dermatologia, Otorrinolaringologia,

Endocrinologia, Cirurgia vascular, Fleboestética – Varizes, Medicina estética, Psicologia, Nutrição, Terapia da fala, Psiquiatria, Ortopedia, Neurologia, Reumatologia, ECG/Mapa/Holter e Pediatria. Estrada Nacional 249 Acupuntura, Cardiologia Pediátrica, Multi Business Center Cirurgia geral/vascular, Ecografias, - Edifício A Abóboda Estética, Estomatologia/Medicina 2785-035 São Dentária, Exames de audiologia, Domingos de Rana Fisiatria, Fisioterapia, Gastrenterologia, Ginecologia/Obstetrícia, Hepatologia, Futuremed - Clínica de Imuno-Alergologia, Laboratório de Medicina Integrada Análises, Medicina Familiar e Medicina Geral, Medicina do Trabalho, Neurocirurgia, Neurologia, Nutrição, Oftalmologia, Ortopedia, Osteopatia, Otorrinolaringologia, Pediatria, Psicoterapia Adultos, Psicologia Infantil, Terapia da Fala (adultos/crianças), Tratamento e Enfermagem e Urologia. Avenida Tílias Lote Clínica geral, Dermatologia, Clínica Jardins da Parede 46-lj B 2775-335 Gastrenterologia, Ginecologia, Lda. Parede Ortopedia, Psicologia, Psiquiatria,

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 209 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

Pneumologia, Alergologia, Pediatria, Preparação ao parto e Dentista. Avenida Valbom 17 Cirurgia a laser, Cirurgia de cabeça, 2º-G 2750-508 Cirurgia de pescoço, Cirurgia Cascais oncológica, Diagnóstico de défices auditivos, Estudo do sono, Evocados Auditivos, Exames audiométricos, Clínica João Olías Exames endoscópicos, Patologia respiratória nasal e alérgica, realização de videonistagnografia, Tratamento cirúrgico do ressonar, Tratamento de apneia do sono, Tratamento de bronquite, tratamento de otites e Tratamento de sinusite. Quadro 20 - Equipamentos de Saúde

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4.5.2.5. Equipamentos Sociais No Mapa 29 identificam-se os equipamentos sociais existentes no concelho de Cascais. Entre os 178 equipamentos representados, constam diversos lares de idosos, casas de repouso, centros de convívio, associações e centros comunitários.

Mapa 29 - Equipamentos Socia

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 211 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

No Quadro 21 verifica-se que a União das freguesias de Cascais e Estoril apresenta o maior número de equipamentos sociais (69), seguido de São Domingos de Rana e União das freguesias de Carcavelos e Parede, com 37 equipamentos e a freguesia de Alcabideche com 35 equipamentos.

Freguesia Designação

Aldeia de Crianças S.O.S. de Bicesse e Centro Social Pôr-do-sol APSA - Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger Associação de Apoio Social dos Amigos da Paz de Bicesse Casa de Repouso de Alcabideche Centro da AISA Centro da AISI Centro da AJU Centro de Apoio Social do Pisão - SCMC Centro de Bem-Estar Social Juventude e Terceira Idade de Alcabideche Centro de Convívio de Alvide - Soc. Musical Desportiva Alvidence Centro de Dia de São Miguel (ou de Alvide) - SCMC

Centro Infantil das Fisgas - SCMC Centro Social dos Idosos da Amoreira Centro Social Nossa Senhora das Neves

Alcabideche Centro Social Paroquial de S. Vicente de Alcabideche - Ext. Alvide Centro Social Paroquial de S. Vicente de Alcabideche - sede Centro Social Paroquial de S. Vicente de Alcabideche- Ext. Bairro da Cruz Vermelha CERCICA - Residência 2 Conferência Vicentina do Mártir S. Vicente - Alcabideche Conferência Vicentina Nossa Senhora Auxiliadora - Bicesse Conferência Vicentina Sagrado Coração de Jesus - Bairro Cal.Gulbenkian Conferência Vicentina Santa Iria de São Mamede - Murches Creche e Jardim de Infância de Bicesse - SCMC Creche Familiar da Adrona CRID - Centro de Reabilitação e Integração de Deficientes Delegação local de Cascais da APD

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Gabinete + Perto da Adroana Garatuja Grupo Musical Desportivo 1º de Julho Junta de Freguesia de Alcabideche Lar/Centro de Dia das Fisgas de Alcoitão - SCMC O Narizinho - Creche e Jardim de Infância Residência Sénior Prof. Drª Maria Ofélia Leite Ribeiro - SCMC Santa Casa da Misericórdia de Cascais Três Anjos - Lar de Terceira Idade A Escolinha Mágica AMERA - Residência Assistida para Seniores ANEA - Associação Nacional da Espondilite Anquilosante Associação de Educação Popular do Zambujal Casa da Criança de Tires Casa Jubileu 2000 Casa Zambujal - Centro Social Paroquial de S. Domingos de Rana Centro Comunitário de Tires

Centro de Apoio à Família Crescer para Integrar - Coop. Horizonte Centro de Convívio "Os Vinhais" - SCMC Centro de Convívio Crescer e Viver Centro de Convívio de Mato Cheirinhos - SCMC Centro de Convívio Natael Rianço - SCMC Centro de Idosos e Deficientes do Penedo

São DomingosSão Rana de Centro Social de São José de Caparide Centro Social Paroquial de S. Domingos de Rana Colégio A Escolinha da Tita Colégio da Quinta do Lago Conferência Vicentina dos Sagrados Corações de Jesus e Maria - Talaíde Creche Familiar - Unidade 2 - Matoscheirinhos - Ideia Creche Familiar - Unidade 3 - Mata da Torre - Ideia Creche Familiar - Unidade 1 - Tires - Ideia

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 213 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

CSP Nª Sª Conceição da Abóboda - Casa Talaíde Edifício da IDEIA Estabelecimento Infantil da Abóboda - SCMC Gabinete + Perto Brejos-Zambujal Gabinete + Perto de Mato Cheirinhos Grupo de Solidariedade Justiça e Paz Infantário A Estrelinha Bibi Instituto da Sagrada Família da Madorna e C. Acolhimento Temporário Francisca Lindoso Junta de Freguesia de S. Domingos de Rana O Catavento O Cavalinho Pimpão O Mimo da Joaninha - Creche e Serviço de Baby-Sitter Olá Bebé Risonho Unidade Residencial do Zambujal - APPDA We Care - Serviços de Apoio Domiciliário A Cegonha - Infantário da Parede

Casa da Encosta Casa do Professor Centro Comunitário da Paróquia da Parede Centro Comunitário da Paróquia de Carcavelos Centro da ABLA Centro da ARIM Centro de Apoio ao Deficiente Centro de Convívio da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Parede Amadeu Duarte Centro de Cooperação Familiar O Botãozinho Centro de Educação Infantil da Parede - ISS CLAII - Bafureira

União dasUnião freguesias Carcavelosde Paredee Colégio As Abobrinhas Colégio Portugal

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 214 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

Creche do Murtal - Coop. Horizonte Creche e Jardim de Infância do Arneiro - SCMC Creche Pipoca Azul Cruz Vermelha Portuguesa - Delegação da Costa do Estoril Delegação da Linha do Estoril da CNAD Éramos um - Cooperativa de Ensino Extensão do Centro Social e Paroquial de S. Domingos de Rana - Arneiro Externato Eduarda Maria FPEPTT - Casa Amarela Infantário Bebé Sol Infantário da CP Infantário O Berço Junta de Freguesia de Parede Lar Branco Rodrigues Lar da Bafureira Lar da Boa Vontade Lar de Infância e Juventude São Francisco de Assis Lar de Nossa Senhora da Visitação O Bicharoco Residência Montepio Parede Residência Sénior da Cruz Vermelha Residências Domus Vida Traquinauta A Chupeta - Berçário e Creche AMI - Centro Porta Amiga de Cascais

Associação L.F. Novo Futuro - Casa Azul Bebés Patuscos Casa de Repouso Cantinho do Amor Casa de Repouso Cascais Jardim

Cascais e e Cascais Estoril Casa de Repouso de Cascais

União dasUnião freguesias de Casa de Repouso São José em Cascais

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 215 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

Casa de Repouso Solar do Ancião Casa dos Nossos Pais Casa Grande da Galiza - SCMC Centro Alfredo Pinheiro - SCMC Centro Comunitário da Senhora da Boa Nova Centro de Convívio Associação Desportiva da Costa do Sol Centro de Convívio da Areia - J. F. Cascais Centro de Convívio do Bairro do Rosário - J. F. Cascais Centro de Convívio do Poço Novo - J. F. Cascais Centro de Dia e de Convívio da Torre - SCMC Centro de Dia e de Convívio de Cascais - SCMC Centro de Recursos Sociais da LPDM- Unidade Local do Estoril Centro Dom Bosco Centro Engenheiro Álvaro de Sousa Centro Paroquial de Santo António do Estoril Centro Social Paroquial de São Pedro e São João do Estoril CERCICA CERCICA - Centro de Educação Especial CERCICA - Residência 1 CERCICA - Residência 3 CLAII - Torre Clube Gaivotas da Torre- Associação Juvenil Clube Sénior de Santo António Colégio Cachabiú Colégio do Rosário Colégio O Mundo do Era Uma Vez Complexo Social da Pampliheira - J. F. Cascais Conf. Vicentina de Nossa Senhora das Graças - S. Pedro e S. J. do Estoril Conferência Vicentina Beato Nuno Álvares Pereira - Cascais CooperActiva - Cooperativa de Desenvolvimento Social CPCJC - Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Cascais

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 216 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

Creche da Torre Guia Creche e Jardim de Infância de São José - SCMC Creche José Luís - SCMC Creche Marcelina Teodoro dos Santos - SCMC Creche O Pinhal - SCMC Edifício Multiserviços da Torre - Gabinete + Perto da Torre Edifício SER+ Escolinha da Ana - Creche e infantário Espaço BIPP Cascais Externato Florinda Leal Fórum Sócio-Ocupacional de Cascais - ARIA FPEPTT - Fund. Estudo, Prevenção e Tratamento da Toxicodependência Fundação O Século Gabinete + Perto da Galiza Gabinete da APAV Infantário A Cor dos Sonhos Junta de Freguesia de Cascais Junta de Freguesia do Estoril Lar Casa da Alapraia Lar de Santa Rita - Casa Pia Lar Universal Morangos Cascais - Creche e Jardim de Infância O Fraldinhas da Pampilheira O Peluche, Creche de Cascais O Xururuca Residência Geriática Santa Inês Saint John's School Santa Casa da Misericórdia de Cascais Ser Criança Serviço Local da Segurança Social de Cascais

Quadro 21 - Equipamentos Sociais

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 217 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

4.5.2.6. Equipamentos Culturais No município de Cascais existem 85 equipamentos culturais segundo a informação disponibilizada pela CMC. No Mapa 30 representam-se os diversos equipamentos culturais existentes, entre outros, destacando-se vários auditórios, museus, teatros, galerias, bibliotecas e cinemas, designadamente a Casa das Histórias Paula Rego, o Casino do Estoril ou o Centro Cultural de Cascais pela elevada afluência.

Mapa 30 - Equipamentos Culturais

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 218 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

No Quadro 22 estão listados os vários equipamentos culturais existentes no concelho de Cascais. Verificam-se em maior número as bibliotecas escolares (24), espaços polivalentes/multifuncionais (12), auditórios (8) e livrarias (8). Tipologia Designação Arquivo Histórico Municipal Arquivo Histórico Municipal de Cascais Auditório Fernando Lopes Graça Auditório Nossa Senhora da Boa Nova Centro de Congressos Centro de Medicina e Reabilitação de Alcoitão Auditório Centro Escolar Turístico e Hoteleiro do Estoril Colégio Marista de Carcavelos Escola Salesiana de Manique Escola Salesiana do Estoril Biblioteca Municipal de Cascais Infantil e Juvenil Biblioteca Municipal de Cascais Casa da Horta de Santa Biblioteca Clara Biblioteca Municipal de Cascais S. Domingos de Rana EB1 António Torrado Escola Básica de Alapraia Escola Básica de Alcabideche Escola Básica e Secundária de Alvide Escola Básica João de Deus Escola EB1 de Trajouce Escola EB1 José Jorge Letria Escola EB1 nº 1 de Aldeia de Juso Escola EB1 nº 1 de S. Domingos de Rana Escola EB1 nº 1da Abóboda Escola EB1 nº 2 da Amoreira Escola EB1 nº 2 de Aldeia de Juso Biblioteca Escolar Escola EB1 S. João do Estoril Escola EB1/JI de Alvide Escola EB23 Galiza Escola EB23 Matilde Rosa Araújo Escola EB23 Prof. António Pereira Coutinho Escola EB23 Sto. António da Parede Escola Secundária da Cidadela Escola Secundária de Cascais Escola Secundária de São João do Estoril Escola Secundária Fernando Lopes Graça Escola Secundária Frei Gonçalo de Azevedo Escola Secundária Ibn Mucana Casa de Santa Maria Casa Reynaldo dos Santos e Irene Virote Quilhó dos Santos Casa/Espaço Memória Espaço Memória do Teatro Experimental de Cascais Espaço Memória dos Exílios Centro Interpretativo Forte de São Jorge dos Oitavos Castello Lopes Cinemas Atlântida Cinema Warner Lusomundo Cinema Cascaisvilla

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 219 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

Conservatório de Música Escola de Formação Artística Escola de Dança Ana Mangericão Escola Profissional de Teatro de Cascais Associação dos Bombeiros Voluntários dos Estoris Associação Moradores do Bairro da Liberdade Casa das Histórias Paula Rego Casino do Estoril Centro Cultural de Cascais Espaço FIARTIL Polivalente/Multifuncional FNAC Grupo de Instrução Musical e Desportivo de Abóboda Grupo Musical 1º de Julho de Alcoitão Grupo Musical e Desportivo 9 de Abril de Trajouce Junta de Freguesia de São Domingos de Rana Junta de Freguesia do Estoril Atelier dos Artistas Plásticos de Carcavelos Atelier DuMonte Galeria Junta de Freguesia de Alcabideche - Espaço Montepio Junta de Freguesia de Cascais Ludoteca da Adroana Ludoteca da Galiza - Centro Social Nossa Senhora de Fátima Ludoteca Ludoteca de Alcoitão Ludoteca do Monte Estoril/Artemanhas Farol Museu de Santa Marta Museu Conde Castro Guimarães Museu Museu da Música Portuguesa - Casa Verdades Faria Museu do Mar Rei D. Carlos Moinho de Armação Tipo Americano Núcleo Museológico Núcleo Museológico da Associação Portuguesa de Colecionadores de Armas Posto de Turismo de Cascais Posto de Turismo Posto de Turismo do Estoril Teatro Gil Vicente Teatro Teatro Municipal Mirita Casimiro Quadro 22 - Equipamentos Culturais

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 220 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

4.5.2.7. Equipamentos Religiosos De acordo com a informação disponibilizada pela CMC existem no concelho de Cascais 82 equipamentos religiosos, nomeadamente 34 capelas, 33 igrejas, 3 ermidas, 1 mosteiro, entre outros (Mapa 31).

Mapa 31 - Equipamentos Religiosos

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 221 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

A listagem referente aos equipamentos religiosos existentes em Cascais apresenta-se no Quadro 23. Tipologia Designação Capela da Escola Salesiana de Manique Capela da Sagrada Família (Capela do Pisão) Capela de Nossa Senhora da Assunção Capela de Nossa Senhora da Conceição Capela de Nossa Senhora da Graça Capela de Nossa Senhora da Luz Capela de Nossa Senhora da Nazaré Capela de Nossa Senhora da Vitória Capela de Nossa Senhora das Neves Capela de Nossa Senhora de Fátima Capela de Nossa Senhora do Monte da Saúde Capela de Santa Ana Capela de Santa Iria Capela de Santo António Capela de São Brás Capela de São José (Capela da Quinta da Bicuda) Capela de São Sebastião Capela Capela do Cemitério da Guia Capela do Cemitério de Alcabideche Capela do Cemitério de São Domingos de Rana Capela do Cemitério de Trajouce Capela do Cemitério do Estoril Capela do Centro de Reabilitação de Alcoitão Capela do Centro Social e Paroquial de São Vicente Capela do Centro Social e Paroquial de Talaíde Capela do Colégio Amor de Deus Capela do Colégio Maria Auxiliadora Capela do Estabelecimento Prisional de Tires Capela do Estabelecimento Prisional do Linhó Capela do Externato Nossa Senhora do Rosário Capela do Hospital de Santana Capela do Sagrado Coração de Jesus Capela dos Salesianos do Estoril Capelinha de Nossa Senhora da Conceição Ermida de Nossa Senhora da Conceição Ermida Ermida de Nossa Senhora da Guia Ermida de Nossa Senhora de Porto Seguro Igreja Anglicana de São Paulo (St. Paul´s Church) Igreja Cristã Evangélica Internacional Igreja Cristã Manancial de Águas Vivas Igreja da Misericórdia de Cascais Igreja da Ressurreição Igreja Igreja da Sagrada Família Igreja de Cristo "Cristã" em Portugal Igreja de Nossa Senhora Auxiliadora de Bicesse Igreja de Nossa Senhora da Graça Igreja de Nossa Senhora do Rosário de Fátima (Igreja Paroquial da Parede)

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 222 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

Igreja de Santo António do Estoril Igreja do Murtal Igreja do Sagrado Coração de Jesus do Bairro da Cruz Vermelha Igreja dos Adventistas do Sétimo Dia de Cascais Igreja dos Navegantes Igreja Evangélica "Nazareno" Igreja Evangélica Baptista da Parede Igreja Evangélica Baptista de Tires Igreja Evangélica Baptista do Murtal Igreja Evangélica de Manique - "Assembleia de Deus" Igreja Evangélica de Trajouce - "Assembleia de Deus" Igreja Nossa Senhora da Assunção (Igreja Paroquial de Cascais) Igreja Nova Apostólica Igreja Paroquial de São Domingos de Rana Igreja Paroquial de São João do Estoril Igreja Paroquial de São Vicente de Alcabideche Igreja Paroquial de Sassoeiros Igreja Paroquial Nossa Senhora dos Remédios (Paróquia de Carcavelos) Igreja Universal do Reino de Deus Mosteiro Mosteiro de Santa Maria do Mar Associação das Testemunhas de Jeová Carmelo do Coração de Jesus Centro Comunitário da Paróquia de Carcavelos (Extensão de Carcavelos) Centro Comunitário de Trajouce Outro Salão do Reino das Testemunhas de Jeová Salão do Reino das Testemunhas de Jeová - Cascais Central Salão do Reino das Testemunhas de Jeová - Cascais Oeste Seminário da Torre D'Aguilha Seminário Patriarcal de São José de Caparide Quadro 23 - Equipamentos Religiosos 4.6. Outras Infraestruturas

4.6.1. Património O património existente em Cascais é bastante diversificado, comprovando-se através dos 309 exemplos de património arquitetónico, 284 elementos singulares de interesse relevante e dos 71 sítios arqueológicos, identificados a partir da informação disponibilizada pela CMC (Mapa 32). Dos vários sítios arqueológicos existentes no concelho, refira-se os classificados em meio subaquático, designadamente: Zona do Guincho, Cabo Raso, Oitavos, Zona da Guia, Zona de Santa Marta, Zona da Baia de Cascais, Zona do Estoril, Zona da Parede e Zona de Carcavelos.

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 223 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

Mapa 32 – Património

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 224 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

No Quadro 24 identificam-se os elementos classificados de Interesse Municipal segundo o site da Direção-Geral do Património Cultural (www.patrimoniocultural.pt). Os restantes elementos patrimoniais apresentam-se no Anexo 4. Património Designação Capela de Nossa Senhora do Livramento, Fontanário e Cruzeiro Casa de Santa Maria Casa dos Almadas (Casa Dom Nuno) Casa Lencastre Casa Loulé Casa Sommer Património Edifício da Escola de Ensino Básico nº1 arquitetónico Edifício na Av. das Acácias (Vila Ralph) Igreja de Nossa Senhora da Misericórdia Moinho de armação de tipo americano Palácio dos Condes da Guarda (actuais Paços do Concelho) Ponte Filipina (século XVII) Solar dos Falcões Sítio arqueológico Villa Romana de Miroiços, Malveira Quadro 24 - Património de interesse municipal

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4.6.2. Unidades de Alojamento A informação referente às unidades de alojamento do concelho de Cascais, está identificada no Mapa 33, onde se contabilizam em maior número 32 estabelecimentos de alojamento local, 30 hotéis e 5 hotéis-apartamento. Destacam-se pela sua capacidade de alojamento o Hotel Quinta da Marinha, Hotel Cascais Miragem, Hotel Atlantis Sintra Estoril, Hotel Palácio do Estoril, Hotel Praia Mar, Hotel Riviera Carcavelos e Hotel Vila Galé.

Mapa 33 - Unidades de Alojamento

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No Quadro 25 apresentam-se listadas as 72 unidades de alojamento existentes no concelho de Cascais. Tipo de Alojamento Designação Aldeamento Turístico Aldeamento Turístico Vila Bicuda Acqualiving Agarre o Momento - Guest House Apartamento Atlantic Panorama Casa Avenida Casa Costa Casa da Christina Casa das Lanternas Casa Índico Casa Lena Casa Panorâmica Casa Vela Dolce Cascais Guest House Dolce Cascais Home Alojamento Local DOLCE VITA - Guesthouse Enigmagarden - Presidência de Alojamento Local Guest House Guincho Wind Factory House Morada do Sol Moradia Pensão Residencial Baleia Mobydick Quinta Magnólia Residencial Cacos Velhos Shantiniketan Solar Dom Carlos The Charm of Cascais Toca dos Grilos Vila Albatroz Villa Unika Apartamento Turístico Hotel Estoril 7 Albergaria Valbom Amazónia Estoril Hotel Cidadela Cascais Hotel Estalagem Muchaxo Hotel Farol Design Hotel Grande Real Villa Italia Hotel & Spa Hotel Albatroz Hotel Alvorada Hotel Hotel Atlantis Sintra Estoril Hotel Baía Hotel Cascais Miragem Hotel do Guincho Hotel Inglaterra Hotel Lido Hotel Londres Hotel Palácio do Estoril

Cartografia de suporte às operações Caraterização das Página 227 de 336 de emergência de proteção civil Infraestruturas

Hotel Pestana Cascais Hotel Praia Mar Hotel Quinta da Marinha Hotel S. Julião Hotel S. Mamede Hotel Sabóia Hotel Smart Hotel Vila Galé Estoril Onyria Marinha Edition Hotel & Thalasso Pousada Cascais Riviera Hotel Carcavelos SANA Estoril Style Concept Hotel Senhora da Guia, Cascais Boutique Hotel The Oitavos Hotel Estoril Eden Hotel Apartamentos Suite Hotel Hotel Apartamento Clube do Lago Hotel-apartamento Hotel Apartamento Equador Hotel Apartamento Vila Galé Cascais Vivamarinha Hotel Apartamentos Parque de Campismo Parque Campismo Orbitur Guincho Pensão Pensão Maryluz Turismo de Habitação Casa da Pérgola Quadro 25 - Unidades de Alojamento

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4.6.3. Instalações Militares e Estabelecimentos Prisionais As antigas instalações militares da Fortaleza da Unidade Antiaérea, Zona de Treino da Armada e o Quartel Militar do Regimento de Artilharia de Costa foram reconvertidas com novas utilizações, merecendo destaque a Pousada de Cascais e o futuro Museu Militar de Artilharia de Costa. No Mapa 34 constam os dois estabelecimentos prisionais existentes no concelho, nomeadamente o Estabelecimento Prisional do Linhó, na freguesia de Alcabideche, e o Estabelecimento Prisional de Tires, localizado na freguesia de São Domingos de Rana.

Mapa 34 - Estabelecimentos Prisionais

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4.6.4. Comércio e Indústria No Mapa 35 identificam-se os armazéns, estabelecimentos industriais e estabelecimentos comerciais. Ao nível industrial e do armazenamento salientam-se as freguesias de Alcabideche e de São Domingos de Rana, onde se concentram as maiores zonas/parques industriais. Destacam-se pelo tipo de atividade e substâncias movimentadas, a Kenitex Química SA (Tintas), Fábrica de Plásticos Técnica e Precisão Tep Lda., Seda Ibérica Embalagens SA, AstralPool (Produtos Químicos), Rotasu-Tratamento de Superfícies Lda. e ainda a Tratolixo (tratamento de resíduos sólidos) e a Valor Price (valorização de recicláveis). De acordo com a informação disponibilizada pela CMC relativa aos armazéns, estabelecimentos industriais e comerciais, verificavam-se em maior número (em 2009), os estabelecimentos relacionados com o comércio e reparação de automóveis, mobiliário e materiais de construção. A nível comercial salientam-se ainda pela sua dimensão e concentração populacional o Cascais Shopping, o Cascaisvilla Shopping Center, o Continente, o Jumbo, o AKI e a Decathlon.

Mapa 35 - Comércio e Indústria

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4.6.5. Barragens A Barragem do Rio da Mula é única barragem existente no concelho, tendo sido construída pela Câmara Municipal de Cascais em 1969, com o objetivo de abastecimento de água ao Concelho. Localiza-se na vertente sul da Serra de Sintra (Mapa 6), tendo como linha de água o Rio da Mula compreendido na Bacia da Ribeira das Vinhas e que desagua na Baía de Cascais. Apresenta um muro de suporte de 18m de altura e 192m de largura, tem uma área inundada de 45000m2 e capacidade de armazenar 230000m3 de água.

4.6.6. Postos de Vigia No concelho de Cascais, existem dois postos de vigia: Pedra Amarela e Alcoitão. Adicionalmente, verifica-se que os postos de vigia de Mafra e Cabeço de Montachique que se encontram fora do concelho, influenciam as bacias de visão.

Mapa 36 - Postos de Vigia

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4.6.7. Pontos de Água de Apoio ao Combate a Incêndios A rede de pontos de água de apoio ao combate a incêndios florestais do concelho de Cascais é composta por 13 locais (Mapa 37).

Mapa 37 - Pontos de Água de Apoio ao Combate a Incêndios Florestais

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5. Caraterização do Risco

5.1. Análise de Risco A matriz de análise do risco foi realizada de acordo com os procedimentos metodológicos vertidos no Guia para a Caracterização de Risco no Âmbito da Elaboração de Planos de Emergência de Proteção Civil (ANPC, 2009). Neste contexto, o risco é classificado pela interseção entre a probabilidade de ocorrência do evento perigoso e o grau de gravidade dos danos potenciais que o mesmo pode produzir. O Quadro 26 e o Quadro 27 representam, respetivamente, os descritores das classes de probabilidade e de gravidade utilizadas neste Plano. A classificação do Risco, a partir do cruzamento entre a probabilidade e a gravidade, foi efetuada de acordo com a matriz proposta pela ANPC no Caderno Técnico n.º3 (2009). Refira-se que, na construção da matriz, se considerou, para cada categoria de risco, a possibilidade de ocorrência de eventos com a máxima severidade plausível. Adicionalmente, na caracterização global da gravidade de cada risco foi atribuída uma ponderação duas vezes superior aos impactos na população, por comparação com os admitidos para o ambiente e para a socioeconómica. Probabilidade Descrição É expectável que ocorra em quase todas as circunstâncias; E/ou nível elevado de incidentes registados; E/ou fortes evidências; Elevada E/ou forte probabilidade de ocorrência do evento; E/ou fortes razões para ocorrer; Pode ocorrer uma vez por ano ou mais. Irá provavelmente ocorrer em quase todas as circunstâncias; E/ou registos regulares de incidentes e razões fortes para ocorrer; Média-Alta Pode ocorrer uma vez em cada cinco anos. Pode ocorrer uma vez em períodos de 5-10 anos. Poderá ocorrer em algum momento; E/ou com uma periodicidade incerta, aleatória e com fracas razões para ocorrer; Média Pode ocorrer uma vez em cada 20 anos. Pode ocorrer uma vez em períodos de 20-50 anos. Não é provável que ocorra; Média-Baixa Não há registos ou razões que levem a estimar que ocorram; Pode ocorrer uma vez em cada 100 anos. Poderá ocorrer apenas em circunstâncias excecionais. Baixa Pode ocorrer uma vez em cada 500 anos ou mais. Quadro 26 - Grau de Probabilidade

Classificação Impacto Descrição Não há feridos nem vítimas mortais. Não há mudança/retirada de pessoas ou apenas de um número restrito, por um período curto (até 12 População Residual horas). Pouco ou nenhum pessoal de apoio necessário (não há suporte ao nível monetário nem material). Danos sem significado. Ambiente Não há impacte no ambiente.

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 233 de 336 de emergência de proteção civil

Não há ou há um nível reduzido de Socioeconomia constrangimentos na comunidade Não há perda financeira. Pequeno número de feridos mas sem vítimas mortais. Algumas hospitalizações e retirada de População pessoas por um período inferior a 24 horas. Algum pessoal de apoio e reforço necessário. Reduzida Alguns danos. Pequeno impacte no ambiente sem efeitos Ambiente duradoiros. Disrupção (inferior a 24 horas). Alguma perda Socioeconomia financeira. Tratamento médico necessário, mas sem vítimas mortais. Algumas hospitalizações. Retirada de População pessoas por um período de 24 horas. Algum pessoal técnico necessário. Alguns danos. Moderada Pequeno impacte no ambiente sem efeitos Ambiente duradoiros. Alguma disrupção na comunidade (menos de 24 Socioeconomia horas). Alguma perda financeira. Número elevado de feridos e de hospitalizações. Número elevado de retirada de pessoas por um período superior a 24 horas. Vítimas mortais. População Recursos externos exigidos para suporte ao pessoal de apoio. Danos significativos que Acentuada exigem recursos externos. Ambiente Alguns impactes com efeitos a longo prazo. Funcionamento parcial da comunidade com Socioeconomia alguns serviços indisponíveis. Perda significativa e assistência financeira necessária. Grande número de feridos e de hospitalizações. Retirada em grande escala de pessoas por uma População duração longa. Significativo número de vítimas mortais. Pessoal de apoio e reforço necessário. Crítica Impacte ambiental significativo e ou danos Ambiente permanentes. A comunidade deixa de conseguir funcionar sem Socioeconomia suporte significativo. Quadro 27 - Grau de Gravidade

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 234 de 336 de emergência de proteção civil

Figura 8 - Matriz de Risco

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 235 de 336 de emergência de proteção civil

5.1.1. Nevões Definição De acordo com Julião et al., (2009) os nevões correspondem à “precipitação sob a forma de neve, em volume significativo, de modo a permitir a sua acumulação e permanência na superfície terrestre. Por efeito de compactação poderá originar a formação de gelo. As suas consequências, relativamente aos riscos associados, têm efeitos significativos ao nível da circulação rodoviária, atividade aeroportuária, isolamento de populações e na agricultura e pecuária”. Dados Utilizados Os dados utilizados para a análise dos nevões foram extraídos da publicação “O clima de Portugal” do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INMG), que contém as normais climatológicas datadas num período variado, entre 1961 a 1990. Metodologia Através da Figura 9 constata-se que a relação entre o número de dias com neve e a altitude é bastante elevada (R²=92%), significando que a altitude explica quase na totalidade a probabilidade de ocorrência de nevões, pelo que, à medida que a altitude aumenta, o número de dias com neve aumenta também. Através do cruzamento entre o modelo de altitudes com a equação dada pela relação dos registos, obteve-se a suscetibilidade à ocorrência de nevões.

Figura 9 - Relação entre o número de dias com neve e a altitude (m)

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 236 de 336 de emergência de proteção civil

Análise A aplicação da metodologia descrita anteriormente permite constatar que o município de Cascais tem uma suscetibilidade à ocorrência de nevões considerada baixa em todo o seu território, como se verifica no Mapa 38.

Mapa 38 - Suscetibilidade à ocorrência de nevões

Uma vez que a partir das normais climatológicas (1961 a 1990) só se identificou uma estação no município de Cascais – a estação do Estoril – recolheram-se também os registos do número de dias com neve das estações mais próximas e com maior influência para o concelho. Utilizaram- se, então, para além da estação do Estoril, as estações climatológicas do Cabo da Roca, Colares/Sarrazola, Sassoeiros/Oeiras, Sintra/Granja/Base e Sintra/Vila.

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 237 de 336 de emergência de proteção civil

Verifica-se no Quadro 28 que apenas a estação do Estoril registou dias com neve (0,1) reforçando a baixa suscetibilidade à ocorrência de nevões obtida para o concelho de Cascais. Altitude Nº de dias Estações Climatológicas Período Concelho (m) com neve Cabo da Roca 1961 - 1990 Sintra 142 0 Colares/Sarrazola 1966 - 1990 Sintra 55 0 Estoril 1979 - 1990 Cascais 20 0,1 Sassoeiros/Oeiras 1961 - 1990 Oeiras 50 0 Sintra/Granja/Base 1961 - 1990 Sintra 134 0 Sintra/Vila 1961 - 1982 Sintra 200 0 Quadro 28 - Número de dias com neve por estação climatológica

Probabilidade A probabilidade de ocorrência de nevões no concelho de Cascais considera-se “média-baixa”, uma vez que se verificou apenas um episódio no período analisado. Dados Utilizados A gravidade associada à população, ambiente e socioeconomia é “residual” por não haver registo de feridos nem vítimas mortais, não se prever qualquer impacto no ambiente e pelos constrangimentos na comunidade serem muito reduzidos ou mesmo inexistentes, não causando perda financeira. Risco O cruzamento do grau de gravidade e de probabilidade com a matriz de risco permite classificar o grau de risco associado aos nevões como “Baixo”. Categoria Probabilidade Grau de Gravidade Risco

População Ambiente Socioeconómica Total

Nevões Média-baixa Baixo Residual Residual Residual Residual

5.1.2. Ondas de Calor Definição Segundo Julião et al., (2009) “uma onda de calor corresponde a um período de tempo de pelo menos 6 dias em que a temperatura máxima diária é superior em 5ºC ao valor médio das temperaturas máximas do período de referência (OMM). Os impactos nocivos das ondas de calor relacionam-se sobretudo com o conforto e saúde das populações, revelando-se mais evidentes na população idosa e nas faixas etárias mais jovens. Dados Utilizados A informação utilizada para a análise das ondas de calor no concelho de Cascais encontra-se nos Boletins Climatológicos disponibilizados pelo IPMA, referentes ao período entre 2003 e 2014. Metodologia

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 238 de 336 de emergência de proteção civil

A análise do perigo de ondas de calor baseou-se no cruzamento dos mapas referentes ao número de dias de onda de calor disponibilizados nos Boletins Climatológicos do IPMA, com o limite do território de Cascais, elaborando-se a contabilização e frequência das mesmas. Análise No Quadro 29 representa-se o número de dias de onda de calor entre 2003 e 2014, de acordo com os boletins climatológicos do IPMA, sobrepostos com os limites administrativos da área de estudo.

Agosto 2003 Junho 2005 Junho 2005 Maio 2006 Junho 2006

Julho 2006 Agosto 2006 Setembro 2006 Novembro 2007 Março 2009

Maio 2009 Junho 2009 Outubro 2009 Maio 2010 Julho 2010

Agosto 2010 Abril 2011 Maio 2011 Outubro 2011 Outubro 2011

Março 2012 Março 2012 Maio 2012 Julho 2013 Outubro 2014

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 239 de 336 de emergência de proteção civil

Quadro 29 - Distribuição espacial das ondas de calor que afetaram o Continente entre 2003 e 2014

Através do Quadro 30 observa-se que quando ocorreram ondas de calor em Portugal continental, o município de Cascais não foi afetado em 60% dos casos. Por outro lado, quando foi afetado, as ondas de calor duraram maioritariamente entre 6 e 7 dias (32%) e apenas 4% das ocorrências duraram entre 8 e 12 dias.

Número de dias (%) Concelho 0 a 5 6 a 7 8 a 12 Cascais 64 32 4 Quadro 30 - Percentagem do número de dias de ondas de calor que afetaram o município

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 240 de 336 de emergência de proteção civil

A partir da análise anterior, constata-se que a suscetibilidade à ocorrência de ondas de calor é baixa em todo o concelho de Cascais (Mapa 39), considerando-se porém que o interior do concelho apresenta maior propensão a este fenómeno, por oposição à faixa litoral que sofre uma amenização das temperaturas pela proximidade ao oceano.

Mapa 39 - Suscetibilidade à ocorrência de Ondas de Calor

Probabilidade A probabilidade de ocorrência a ondas de calor no concelho de Cascais considera-se “média- baixa”, visto que podem ocorrer em qualquer momento, com uma periodicidade incerta. Danos A gravidade associada à população é “moderada”, os danos no ambiente consideram-se “reduzidos” por produzirem um pequeno impacte sem efeitos duradoiros, considerando-se o mesmo grau de gravidade para a socioeconómica. Risco

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 241 de 336 de emergência de proteção civil

O cruzamento do grau de gravidade e de probabilidade com a matriz de risco permite classificar o grau de risco associado às ondas de calor como “Baixo”. Categoria Probabilidade Grau de Gravidade Risco

População Ambiente Socioeconómica Total

Onda de Média-baixa Baixo Calor Moderado Reduzido Reduzido Reduzido

5.1.3. Ondas de Frio Definição De acordo com Julião et al., (2009), uma vaga de frio “corresponde a um período de tempo de pelo menos 6 dias em que a temperatura mínima diária é inferior em 5°C ao valor médio das temperaturas mínimas do período de referência”. Dados Utilizados A informação utilizada para a análise das ondas de frio no concelho de Cascais consta nos Boletins Climatológicos disponibilizados pelo IPMA, referentes ao período entre 2003 e 2014. Metodologia A metodologia adotada baseou-se na confrontação dos mapas relativos às médias das temperaturas mínimas do ar disponibilizados nos Boletins Climatológicos do IPMA, com o limite do território de Cascais. A contabilização da frequência destes registos permitiu observar, de uma forma geral, quais as temperaturas mínimas que afetam o município nos meses em que ocorreram ondas de frio.

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 242 de 336 de emergência de proteção civil

Análise No Quadro 31 representam-se as médias das temperaturas mínimas registadas entre 2003 e 2014 de acordo com os Boletins Climatológicos do IPMA, sobrepostas com os limites administrativos da área de estudo.

Meses de Inverno Janeiro 2005 Dezembro 2005 Janeiro 2006 Dezembro 2007

Janeiro 2009 Fevereiro 2011 Dezembro 2011 Fevereiro 2012

Quadro 31 - Distribuição espacial das médias das temperaturas mínimas em meses de vagas de frio entre 2003 e 2014

Através do Quadro 32 observa-se que quando se verificaram ondas de frio em Portugal continental, o município de Cascais foi afetado principalmente com temperaturas médias mínimas superiores a 6°C (56%) e entre 4 e 6°C (33%). Registaram-se ainda temperaturas médias mínimas entre os 2 e 4°C (11%), não se tendo verificado valores médios mínimos abaixo dos 2°C.

Frequência da temperatura média mínima do ar (%) Concelho <-2 -2 a 0 0 a 2 2 a 4 4 a 6 >6 Cascais 0 0 0 11 33 56 Quadro 32 - Percentagem da frequência das classes das temperaturas mínimas que afetaram o município

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 243 de 336 de emergência de proteção civil

A partir da análise anterior, constata-se que a suscetibilidade à ocorrência de ondas de frio é baixa em todo o concelho de Cascais (Mapa 40), considerando-se porém que na faixa litoral a suscetibilidade a este fenómeno é menor pela influência do oceano.

Mapa 40 - Suscetibilidade à ocorrência de Ondas de Frio

Probabilidade A probabilidade de ocorrência a ondas de frio no concelho de Cascais considera-se “média- baixa”, visto que podem ocorrer em qualquer momento, com uma periodicidade incerta. Danos A gravidade associada à população é “reduzida”, não se conhecendo com precisão o número de mortes por consequência direta da onda de frio, uma vez que as causas se confundem habitualmente com outros motivos, como gripes e doenças crónicas. Os danos no ambiente consideram-se “reduzidos” por produzirem um pequeno impacte sem efeitos duradoiros, considerando-se que o grau de gravidade para a socioeconomia é “residual”, pelos constrangimentos na comunidade serem muito reduzidos ou mesmo inexistentes, não causando perda financeira. Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 244 de 336 de emergência de proteção civil

Risco O cruzamento do grau de gravidade e de probabilidade com a matriz de risco permite classificar o grau de risco associado às ondas de frio como “Baixo”. Categoria Probabilidade Grau de Gravidade Risco

População Ambiente Socioeconómica Total

Ondas de Média-baixa Baixo frio Reduzido Reduzido Residual Reduzido

5.1.4. Secas Definição Segundo Julião et al., (2009), “a seca (meteorológica) consiste num período de tempo seco anormal, suficientemente longo, devido à ausência ou escassez de precipitação, a qual causa um sério desequilíbrio hidrológico. Este desequilíbrio manifesta-se na considerável diminuição das reservas hídricas, como a redução significativa do caudal dos rios, do nível das albufeiras e lagos e da drástica diminuição da quantidade de água no solo e nos aquíferos (seca hidrológica) ”. Dados Utilizados Para a análise dos episódios de seca foram utilizados os Boletins Climatológicos disponibilizados pelo IPMA, referentes ao período entre novembro de 2004 a outubro de 2014, nos quais se registaram episódios de seca severa e/ou extrema em Portugal Continental. Metodologia A metodologia utilizada teve por base o índice meteorológico de seca Palmer Drought Severity Index (PDSI), disponibilizado nos boletins climatológicos do IPMA. Este índice baseia-se no conceito do balanço da água, tendo em conta dados relativos à quantidade de precipitação, temperatura do ar e capacidade de água disponível no solo, permitindo caracterizar e classificar os períodos de seca em termos de intensidade (fraca, moderada, severa e extrema).

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 245 de 336 de emergência de proteção civil

Análise O cruzamento dos mapas relativos à distribuição espacial do índice de seca meteorológica (PDSI) disponibilizados nos Boletins Climatológicos, que se referem ao apuramento obtido no final de cada mês, permite concluir que no período analisado as secas são “fracas” em todo o território do concelho (Mapa 41).

Mapa 41 - Intensidade de Secas

O registo de falhas de abastecimento de água no concelho de Cascais encontra-se relacionado com intervenções programas e não programadas na rede, não existindo dificuldades de abastecimento registadas, tendo em consideração que a água adquirida à EPAL representa 88%. Probabilidade A probabilidade de ocorrência de secas meteorológicas considera-se “média-baixa”. Danos A gravidade associada à população é “residual”, por não haver registo de feridos nem vitimas mortais.

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 246 de 336 de emergência de proteção civil

Em relação ao ambiente considera-se que os danos são “reduzidos”, visto que os impactes não devem produzir efeitos duradoiros. Os danos socioeconómicos estão essencialmente associados à falta de precipitação, situação que afeta em particular os setores agrícola e pecuário, bem como as reservas hídricas, traduzindo-se em quebras de produtividade e no agravamento dos custos com operações de rega e em alguns casos do abastecimento humano, classificando-se por isso de ”moderada”. Risco O cruzamento do grau de gravidade e de probabilidade com a matriz de risco permite classificar o grau de risco associado às secas como “Baixo”. Categoria Probabilidade Grau de Gravidade Risco

População Ambiente Socioeconómica Total

Secas Média-baixa Baixo Residual Reduzido Moderado Reduzido

5.1.5. Cheias e Inundações Definição De acordo com Julião et al., (2009) “as inundações são um fenómeno hidrológico extremo, de frequência variável, natural ou induzido pela ação humana, que consiste na submersão de terrenos usualmente emersos. As inundações englobam as cheias (transbordo de um curso de água relativamente ao seu leito ordinário, que podem ser rápidas ou lentas), a subida da toalha freática acima da superfície topográfica e as devidas à sobrecarga dos sistemas de drenagem artificiais dos aglomerados urbanos. As inundações são devidas a precipitações abundantes ao longo de vários dias ou semanas (cheias lentas e subidas da toalha freática) e a precipitações intensas durante várias horas ou minutos (cheias rápidas e sobrecarga dos sistemas de drenagem artificiais) ”. O Decreto-Lei n.º 166/2008, de 22 de Agosto, considera ainda que “ «zonas ameaçadas pelas cheias» ou «zonas inundáveis» são as áreas suscetíveis de inundação por transbordo de água do leito dos cursos de água devido à ocorrência de caudais elevados”. Dados Utilizados A informação utilizada para o cálculo da perigosidade de cheias no concelho de Cascais foi a seguinte:  Planimetria, curvas de nível e pontos cotados da cartografia à escala 1:1000, de 2010 cedidos pela CMC;  Caudais de ponta para o período de retorno de 100 anos nas seções necessárias ao estudo hidráulico, retirados do relatório “Elaboração da carta de áreas inundadas do concelho de Cascais para o período de retorno de 100 anos”, elaborado pela Hidroprojecto, em 25 de Janeiro de 2010;  Esquema e localização das PHs disponíveis no anexo I do relatório “Atualização da carta de áreas inundáveis do concelho de Cascais para o período de retorno de 100 anos” de setembro de 2012 disponibilizado no site da CMC. Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 247 de 336 de emergência de proteção civil

Metodologia A metodologia adotada para elaboração da cartografia de perigosidade das áreas inundáveis, para o período de retorno de 100 anos, foi a seguinte:  Caracterização hidrológica do regime de cheias usando os caudais determinados pela Hidroprojecto no relatório “Elaboração da carta de áreas inundadas do concelho de Cascais para o período de retorno de 100 anos” de 2010;  Estimativa das áreas inundáveis, da profundidade e da velocidade das inundações, para o período de retorno de 100 anos, em cada ribeira selecionada para análise, com recurso ao software HEC-RAS e HEC-GeoRAS.  Cálculo da Perigosidade. Importa referir que na modelação efetuada não foi analisada a componente de material sólido (isto é, considera-se que as secções da rede hidrográfica, constante da cartografia se encontram desobstruídas) nem são consideradas possibilidades de rutura de confinamentos laterais, passagens hidráulicas, etc. (com a consequente alteração da capacidade de vazão do leito em que se inserem). Para as zonas com ocupação edificada (dotadas de redes de drenagem pluvial, em que as bacias drenantes não coincidem com a delimitação das bacias efetuada com base na informação topográfica) e/ou em zonas em que existem infraestruturas que poderão funcionar como zonas preferenciais de escoamento (derivação e drenagem de caudais, que transbordam do curso de água, para outros locais fora da rede hidrográfica), os resultados obtidos devem ser encarados como aproximações, podendo não reproduzir o fenómeno real. Para uma modelação mais próxima da realidade, nas ribeiras estudadas deverá ter-se em conta nos modelos hidráulicos todas as passagens hidráulicas existentes, canais artificiais, muros de contenção assim como ter a hidrografia em 3D, elementos que neste trabalho não foram considerados. A execução dos processos anteriormente descritos produziu dois temas relativos à profundidade (m) e à velocidade do escoamento superficial (m/s) para o período de retorno de 100 anos. Para o cálculo da perigosidade de cada bacia foi utilizada uma adaptação da metodologia proposta por Wallingford et al (2006): P = pT100 x (vT100 + 0.5) Onde: p – profundidade (m) v – velocidade do escoamento superficial (m/s) A perigosidade foi classificada de acordo com as classes que constam no quadro seguinte:

Perigosidade Descrição < 0,75 Muito Baixa 0,75 - 1,25 Baixa 1,25 - 2,5 Média 2,5 - 7 Alta > 7 Muito Alta

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Análise De acordo com o relatório da revisão do Plano Diretor de Cascais referente à Reserva Ecológica Nacional (Volume I - Delimitação) (Teixeira, 2014), Cascais tem um historial de cheias rápidas e consequentes inundações:  A 26 de novembro de 1967 e devido a elevadas precipitações num curto espaço de tempo originaram cheias rápidas em diversas áreas do concelho;  Em 19 de novembro de 1983, a baixa de Cascais foi fortemente afetada, com elevados danos materiais e vítimas mortais;  Episódios semelhantes ocorreram novamente em 2008, embora com consequências menos gravosas. No Quadro 33 estão indicadas algumas das características das 16 bacias hidrográficas analisadas para Cascais, estas características referem-se apenas às partes das bacias que se encontram no interior do concelho de Cascais visto haver algumas das bacias hidrográficas que tem uma parte fora do concelho. Em termos de área, pode constatar-se que a maior bacia hidrográfica é a da Ribeira das Vinhas com 14.83 Km², segue-se a Ribeira da Foz do Guincho com 9.9 Km², a Ribeira das Marianas com 9.23 Km², a Ribeira de Manique com 8.95 Km² e a Ribeira de Sassoeiros com 6.21 Km². A maior densidade de drenagem é de 3.05 Km/ Km² na Ribeira do “Arneiro” (afluente da Ribeira da Laje), a Ribeira das Vinhas tem o valor de 2.61 Km/ Km² e a menor densidade de drenagem regista-se na Ribeira dos Mochos com o valor de 0.81 Km/ Km². Algumas das bacias têm a cota máxima próxima dos 500 m visto nascerem junto à Serra de Sintra e a maior parte das bacias hidrográficas desagua no mar tendo assim como cota mínima 0 m. Cota Cota Altura Densidade Compriment máxim mínim média Bacia Perímetro Área de o total linhas a da a da da Drenagem agua bacia bacia bacia Km Km2 Km/Km2 Km m m m Ribeira do Assobio 4.34 0.45 2.44 1.1 465 0 221.89 Ribeira de Grota 5.69 1.06 3.02 3.2 464 0 211.62 Ribeira de Praia 3.26 0.32 3.00 0.96 189 0 98.66 Ribeira do Arneiro 8.98 2.3 2.75 6.33 456 0 146.73 Ribeira da Foz do Guincho 18.43 9.9 2.43 24.1 459 0 151.24 Ribeira dos Mochos 15.52 5.52 0.81 4.49 118 0 58.5 Ribeira das Vinhas 29.68 14.83 2.61 38.71 407 0 108.71 Ribeira de Castelhana 11.45 2.02 1.92 3.87 127 0 76.56 Ribeira de Cadaveira 14.42 2.91 1.96 5.7 154 0 85.01 Ribeira de Bicesse 21.39 5.54 1.86 10.33 156 0 89.73 Ribeira de Manique 19.18 8.95 2.15 19.27 150 0 79.74 Ribeira das Marianas 19.88 9.23 1.53 14.1 148 0 76.64 Ribeira de Sassoeiros 20.95 6.21 2.01 12.51 154 0 83.38 Ribeira da Laje 7.51 2.3 1.55 3.56 157 49 109.75 Ribeira da Polima 7.25 1.95 1.64 3.2 123 51 95.55 Ribeira do "Arneiro" 3.65 0.41 3.05 1.25 120 48 83.82 (afluente laje) Quadro 33 - Principais caraterísticas fisiográficas das bacias hidrográficas

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Observando o Quadro 34 verifica-se que o declive médio das bacias oscila entre os 32.8 e 5.75%. Os cursos de água mais longos são a Ribeira das Vinhas com 9.83 Km, a Ribeira de Manique com 9.57 Km, a Ribeira de Sassoeiros com 8.76 Km, a Ribeira das Marianas com 7.8km, a Ribeira de Bicesse com 6.42 Km e a Ribeira da Foz do Guincho com 6.4 Km. A nível do caudal de ponta na foz para o período de retorno de 100 anos, a Ribeira da Laje é a que tem o maior caudal com 161.9 m3/s, seguida da Ribeira das Vinhas com 142.8 m3/s, Manique com 108.1 m3/s, Foz do Guincho com 69.8 m3/s, Marianas com 51.5 m3/s, Sassoeiros com 41.4 m3/s e Bicesse com 40.2 m3/s. Cota Caudal de Comprimento Declive máxima do Ponta na do curso de Bacia médio da curso de foz água mais bacia água mais T=100 longo longo anos % m Km m³/s Ribeira do Assobio 32.8 217.73 1.1 2.2 Ribeira de Grota 31.08 374.51 2.17 7.2 Ribeira de Praia 23.38 91.35 0.9 3.1 Ribeira do Arneiro 23.72 370 3.34 19.1 Ribeira da Foz do Guincho 19.52 302.97 6.4 69.8 Ribeira dos Mochos 6.9 67 5 38.8 Ribeira das Vinhas 16.91 336.17 9.83 142.8 Ribeira de Castelhana 14.37 91.11 3.09 14 Ribeira de Cadaveira 15.24 90.51 3.61 28.1 Ribeira de Bicesse 8.19 123.09 6.42 40.2 Ribeira de Manique 9.51 143.87 9.57 108.1 Ribeira das Marianas 5.75 117 7.8 51.5 Ribeira de Sassoeiros 6.04 151.26 8.76 41.4 Ribeira da Laje 17.06 66 1.49 161.9 Ribeira da Polima 8.13 96.76 1.37 16.1 Ribeira do "Arneiro" (afluente laje) 8.94 92.06 1 16.1 Quadro 34 - Caraterísticas Fisiográficas adicionais das bacias hidrográficas

As Zonas Ameaçadas por Cheias totalizam 379.74 hectares, correspondentes a cerca de 3.90% da área total do concelho. Relativamente à perigosidade, verifica-se que para as bacias estudadas as classes de perigosidade alta e muito alta representam uma percentagem reduzida da extensão inundada com apenas 6,8%, ocupando a classe de perigosidade muito baixa a maioria da extensão inundada com cerca de 65%. A Perigosidade Muito Alta tem o seu maior valor (0.36%) expresso na Ribeira da Laje, seguindo- se a Ribeira das Vinhas (0.09%).As restantes bacias hidrográficas têm os seus valores de perigosidade Muito Alta próximos de 0%. A Perigosidade Alta tem os valores mais elevados na bacia da Ribeira da Laje (1.51%), seguindo-se a bacia da Ribeira das Vinhas (1.28%) e a bacia da Ribeira de Manique (0.29%). A Perigosidade Média apresenta os seus valores mais elevados na bacia da Ribeira das Vinhas (1.28%) e na bacia da Ribeira de Manique (1.46%). A classe que se evidencia mais a seguir à classe de Perigosidade Nula é a Classe de Perigosidade Muito Baixa. Aqui a Bacia Hidrográfica da Ribeira de Bicesse é a que tem a maior percentagem de Classe de Perigosidade Muito Baixa (6.79%), seguida da Bacia da Ribeira de Manique (6.59%) e da Ribeira de Sassoeiros (6.53%).

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Perigosidade Nula ou Não Muito baixa Baixa Média Alta Muito Alta Aplicável Bacia Hidrográfica Área Área Área Área Área Área % % % % % % (Km2) (Km2) (Km2) (Km2) (Km2) (Km2) R. Arneiro 2.2499 97.85 0.0381 1.66 0.0053 0.23 0.0045 0.19 0.0016 0.07 - - R. Arneiro 0.4038 98.49 0.0039 0.94 0.0009 0.23 0.0011 0.28 0.0003 0.06 0.0000 0.01 Afluente R. Assobio 0.4404 98.93 0.0044 0.98 0.0003 0.07 0.0000 0.01 0.0000 0.00 - - R. Bicesse 5.0962 91.85 0.3765 6.79 0.0471 0.85 0.0242 0.44 0.0042 0.08 0.0000 0.00 R. Cadaveira 2.7970 96.07 0.0797 2.74 0.0186 0.64 0.0137 0.47 0.0024 0.08 0.0000 0.00 R.Castelhana 1.9502 96.75 0.0533 2.65 0.0080 0.40 0.0037 0.18 0.0005 0.02 - - R. Grota 1.0489 98.84 0.0099 0.94 0.0015 0.14 0.0009 0.08 0.0000 0.00 - - R. Guincho 9.6150 97.13 0.1913 1.93 0.0367 0.37 0.0384 0.39 0.0173 0.18 0.0000 0.00 R. Laje 2.1881 95.00 0.0393 1.71 0.0116 0.50 0.0211 0.92 0.0347 1.51 0.0084 0.36 R. Manique 8.0420 89.87 0.5899 6.59 0.1600 1.79 0.1309 1.46 0.0256 0.29 0.0001 0.00 R. Marianas 8.8260 95.58 0.3354 3.63 0.0386 0.42 0.0276 0.30 0.0067 0.07 0.0001 0.00 R. Mochos 5.3598 97.07 0.1045 1.89 0.0258 0.47 0.0254 0.46 0.0059 0.11 - - R. Polima 1.9213 98.74 0.0161 0.83 0.0050 0.26 0.0035 0.18 0.0000 0.00 - - R. Praia 0.3193 99.06 0.0029 0.89 0.0001 0.05 0.0000 0.00 - - - - R. Sassoeiros 5.6808 91.48 0.4053 6.53 0.0737 1.19 0.0410 0.66 0.0093 0.15 0.0000 0.00 R. Vinhas 14.1746 95.55 0.2151 1.45 0.1161 0.78 0.1893 1.28 0.1263 0.85 0.0135 0.09 Quadro 35 - Classe de perigosidade por bacias hidrográficas

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No Mapa 42 podem-se observar as zonas ameaçadas por cheias segundo as classes de perigosidade. No mapa expressam-se também os PKs das ribeiras mais afetadas com a contagem quilométrica feita a partir da foz das mesmas.

Mapa 42 - Perigosidade de Cheias e Inundações

Na Ribeira da Foz do Guincho, começando de montante para jusante existe um troço crítico à passagem da Malveira da Serra. Outras zonas críticas situam-se nos troços que vão do Pk 3+320 ao Pk 3+230 em Alcorvim de Cima e desde o Pk 2+093 (foz da Ribeira de Alcorvim) até à foz da Ribeira da Foz do Guincho. Nesta bacia hidrográfica podem-se ainda identificar como troços críticos na Ribeira de Alcorvim a passagem por Alcorvim de Baixo e na Ribeira afluente que vem de Murches o troço do Pk 2+128 ao Pk 1+630, o troço do Pk 1+385 ao Pk 1+250, o Pk 0+360 e o Pk 0+250 junto à foz deste afluente. Na Ribeira dos Mochos existem zonas críticas no troço entre o Pk 4+015 (Birre) e o Pk 3+000, no troço do Pk 2+675 (Pampilheira) ao Pk 2+250, na zona do Pk 1+790, na zona do Pk 1+570 e no troço entre o Pk 1+250 e o Pk 0+250 (junto ao hipódromo de Cascais). Relativamente à bacia hidrográfica da Ribeira das Vinhas, no curso de água que vem da Quinta do Pisão há uma zona crítica desde o Pk 0+750 do curso de água até à confluência. Na Ribeira Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 252 de 336 de emergência de proteção civil

da Penha Longa, no troço do Pk 2+085 ao Pk 1+465, na área junto ao Pk 0+960 e na confluência da Ribeira da Penha Longa com a Ribeira dos Marmeleiros e com o curso de água que vem de Pisão. Na Ribeira dos Marmeleiros identifica-se como troço crítico desde o Pk 1+110 ao Pk 0+750. Na Ribeira das Vinhas, identificam-se como troços críticos desde o Pk 4+280 ao Pk 4+122 a norte da Autoestrada A5, no Pk 3+840 na passagem por baixo da autoestrada A5, no troço do Pk 3+250 ao Pk 2+750 que passa na 3ª circular e se situa a nordeste de Cobre, na área junto ao Pk 1+750, no troço do Pk 1+500 ao Pk 1+310 e no troço desde o Pk 0+750 na zona do mercado de Cascais até à foz situada na Baía de Cascais. Relativamente à bacia hidrográfica da Ribeira da Castelhana, identificam-se como troços críticos o Pk 2+750 (situado acima da Abuxarda e abaixo do nó da autoestrada A5), o troço desde o Pk 2+130 ao Pk 1+560, a zona do Pk 1+230 e a área próxima do Pk 0+350 na Zona do Parque de Palmela. Na bacia hidrográfica da Ribeira da Cadaveira identificam-se as zonas críticas do Pk 2+990, no troço do Pk 2+390 ao Pk 2+250 e no troço do Pk 1+083 até ao Pk 0+160 na zona da antiga junta de freguesia do Estoril. Na bacia hidrográfica da Ribeira de Bicesse, identifica-se como troço crítico todo o comprimento da ribeira afluente da Ribeira de Bicesse que vem de Alcoitão. A montante da Ribeira de Bicesse, identificam-se como troços críticos o troço do Pk 5+445 ao Pk 5+100, o Pk 4+675 (Junto à Quinta de N. St.ª das Neves), o troço do Pk 4+410 (acima da estrada que liga Bicesse a Manique e também acima da interseção da Ribeira de Bicesse com um afluente) ao Pk 3+690, desde o Pk 2+940 até ao Pk 2+750, desde o Pk 2+365 (abaixo da autoestrada A5 e a este do cemitério) até ao Pk 0+790 e o troço do Pk 0+570 até à foz. O curso de água afluente da ribeira de Bicesse que vem de Pau Gordo tem como troço crítico o troço desde o Pk 1+025 à afluência com a Ribeira de Bicesse. Na bacia hidrográfica da Ribeira de Manique identificam-se como zonas críticas a ribeira afluente que vem das Fontaínhas no Pk 2+640 (Fontaínhas), no Pk 2+250, no troço do Pk 1+345 ao Pk 1+125, na zona do Pk 0+750 e no Pk 0+250. A ribeira afluente que vem da Cadeia do Linhó apresenta zonas críticas no Pk 2+750, na zona próxima ao Pk 2+250 e no troço que vai do Pk 2+000 ao Pk 0+750. A Ribeira de Manique tem zonas críticas desde o Pk 5+683 ao Pk 5+040, no troço do Pk 3+940 ao Pk 3+640, no troço que se desenvolve do Pk 2+815 ao Pk 2+330, na zona do Pk 1+890 e do Pk 1+585 (abaixo da Quinta do Pinhal) até à foz no oceano. Na bacia hidrográfica da Ribeira das Marianas identificam-se como zonas críticas o Pk 7+065 (Bº Cabeço Cação), a zona junto ao Pk 6+633, o troço do Pk 6+000 ao Pk 5+836, o troço do Pk 5+800 ao Pk 5+115 (aeródromo de Tires), o troço do Pk 4+425 (Tires, junto a um extremo da pista do aeródromo) ao Pk 3+380, o troço do Pk 2+985 ao Pk 2+020, na zona do Pk 1+886, no troço que vai desde o Pk 1+500 até ao Pk 0+150 na zona do Junqueiro. Na bacia hidrográfica da Ribeira de Sassoeiros, a Ribeira de Sassoeiros tem as zonas críticas no troço do Pk 7+815 ao Pk 7+565, na zona do Pk 7+350, no troço do Pk 7+050 ao Pk 6+928, o troço do 6+750 ao Pk 6+220, no troço do Pk 5+900 ao Pk 4+600, no troço que vai do Pk 4+350 ao Pk 3+820, na zona do Pk 3+320, na zona do Pk 2+750, o troço que vai do Pk 2+420 em São Miguel das Encostas até ao Pk 2+250, no Pk 1+786 na Quinta do Barão, no troço compreendido desde o Pk 1+392 (abaixo da Quinta das Rosas) até à foz situada na praia de Carcavelos. A linha de água afluente que vem da localidade de Cabra Figa em toda a sua extensão é crítica em termos de perigosidade de cheia. Na bacia hidrográfica da Ribeira da Laje, identificam-se como troços críticos na Ribeira da Laje a zona junto ao ponto Pk 1+850, no troço que vai do Pk 1+095 até ao Pk 0+750, a zona do Pk 0+400 e a zona próxima ao Pk 0+080. Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 253 de 336 de emergência de proteção civil

Na bacia hidrográfica do Arneiro (Afluente) identificam-se como zonas críticas o troço compreendido entre o ponto Pk 0+545 e o ponto Pk 0+443 e o troço entre o ponto Pk 0+250 e a saída do concelho. Probabilidade A probabilidade associada às cheias e inundações considera-se “média-alta”. Danos A gravidade associada à população é “moderada”, visto que poderá ser necessário tratamento médico, algumas hospitalizações e a retirada de pessoas por um período de 24 horas. No que diz respeito ao ambiente, os danos consideram-se “reduzidos” por produzirem um pequeno impacte sem efeitos duradoiros. Os danos na socioeconómica são considerados “moderados”, uma vez que poderá existir alguma perda financeira e disrupção na comunidade. Risco O cruzamento do grau de gravidade e de probabilidade com a matriz de risco permite classificar o grau de risco associado às cheias e inundações como “Elevado”. Categoria Probabilidade Grau de Gravidade Risco

População Ambiente Socioeconómica Total

Cheias e Média-alta Elevado inundações Moderado Reduzido Moderado Moderado

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5.1.6. Sismos Definição A sismicidade é definida por Julião et al., (2009) como a “propagação de ondas elásticas através dos materiais terrestres, geradas por perturbações transitórias do equilíbrio elástico, geralmente associadas a movimentações repentina as de falhas ou a períodos de atividade vulcânica”. Dados Utilizados Para a representação do padrão geral da distribuição e respetivas magnitudes sísmicas, utilizou- se o catálogo sísmico disponibilizado pelo Instituto Dom Luís - IDL (Martins, I e Víctor, L, 2001). O histórico dos eventos resultou da adaptação do Plano Especial de Emergência de Proteção Civil para o Risco Sísmico na Área Metropolitana de Lisboa e Concelhos Limítrofes (PEERS - AML - CL). Em relação à intensidade sísmica, esta obteve-se diretamente através da informação do Atlas Digital do Ambiente (APA). O mapa de suscetibilidade dos terrenos à ação sísmica provém do “Estudo de avaliação do risco de tsunami e perigosidade sísmica no Concelho de Cascais” elaborado pelo Instituto Dom Luís e pelo Centro de Geologia da Universidade de Lisboa (Costa et al, 2014). Metodologia A informação obtida através do catálogo sísmico disponibilizado pelo IDL permitiu verificar o padrão da distribuição e respetivas magnitudes sísmicas em relação ao território português. A intensidade sísmica obteve-se diretamente através da informação disponibilizada pelo Atlas Digital do Ambiente (APA), a partir da qual se verificaram as zonas de intensidade sísmica que o município integra. Adicionalmente realizou-se uma análise do mapa de suscetibilidade dos terrenos à ação sísmica, disponibilizado no “Estudo de avaliação do risco de tsunami e perigosidade sísmica no Concelho de Cascais” (Costa et al, 2014). Análise O território português situa-se numa zona de sismicidade importante, sendo afetado pela proximidade à fronteira entre a placa euro-asiática e a placa africana. Para além desta dinâmica, verifica-se uma atividade sísmica significativa, causada pela própria tectónica do território português. Importa destacar no contexto deste estudo, pelas características e proximidade ao território do concelho, a falha do Gargalo (a sudeste) e a falha do Sabugo (a nordeste) (Mapa 43). Todo o domínio terrestre de Portugal encontra-se afetado por uma sismicidade difusa e de pequena magnitude, destacando-se ligeiramente as regiões do interior Norte, a região de Évora e o Algarve litoral (Costa et al, 2014). Os mesmos autores referem ainda que “o Vale Inferior do Tejo, região cuja atividade sísmica é a mais próxima da vila de Cascais, não se destaca mais do que qualquer uma das outras regiões já referidas”.

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Mapa 43 - Registo Sísmico

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A carta de suscetibilidade dos terrenos à ação sísmica elaborada no âmbito do “Estudo de avaliação do risco de tsunami e perigosidade sísmica no Concelho de Cascais” (Costa et al, 2014), permite identificar os terrenos capazes de modificar o sinal sísmico, “podendo amplificá-lo (ou atenuá-lo) em amplitude e/ou duração”. Analisando o Mapa 44 e de acordo com o referido estudo (Costa et al, 2014), “é possível constatar que o Concelho de Cascais não tem situações particularmente perigosas no que respeita ao efeito dos solos na ação sísmica”. A classe “não aplicável” abrange a maior área no concelho, seguida da classe “baixa” que corresponde essencialmente à cobertura aluvionar. A suscetibilidade “moderada” e “elevada” encontra-se pontualmente nos locais com declives mais elevados e em áreas com maior suscetibilidade à ocorrência de movimentos de massa em vertentes, como nas arribas do litoral noroeste e nos vales da Ribeira das Vinhas, Ribeira da Cadaveira e Ribeira dos Marmeleiros.

Mapa 44 - Suscetibilidade dos terrenos à ação sísmica

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Probabilidade Como se verificou anteriormente, apesar de se registarem sismos com alguma frequência nas áreas adjacentes ao concelho de Cascais, pela sua intensidade não apresentam consequências gravosas para o concelho. Deste modo, considerando apenas os sismos com magnitudes elevadas, pode-se estimar a probabilidade de ocorrência como “média-baixa”. Danos Considerando apenas os sismos com uma magnitude considerável, capazes de produzir danos a vários níveis no concelho, define-se a gravidade associada à população como “acentuada”, uma vez que este fenómeno pode produzir um elevado número de feridos, hospitalizações e vítimas mortais. Considera-se a mesma classificação a nível socioeconómico pela perda significativa, indisponibilidade de serviços e necessidade de assistência financeira. Ao nível ambiental consideram-se os danos “reduzidos”, uma vez que os impactes não deverão produzir efeitos duradoiros. Risco O cruzamento do grau de gravidade e de probabilidade com a matriz de risco permite classificar o grau de risco associado aos sismos como “Elevado”. Categoria Probabilidade Grau de Gravidade Risco

População Ambiente Socioeconómica Total

Sismos Média-baixa Elevado Acentuado Reduzido Acentuado Acentuado

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 258 de 336 de emergência de proteção civil

5.1.7. Inundação por Tsunami Definição Segundo Julião et al., (2009), a inundação por tsunami pode ser definida pela invasão das águas do mar ou estuarinas das margens terrestres, causada por ondas de período longo resultantes de sismos acompanhados de rotura superficial no fundo do mar, erupções vulcânicas submarinas, instabilidades em vertentes submarinas ou ocorrência de movimentos de massa com velocidade de deslocamento elevada em vertentes e escarpas adjacentes às margens do mar. Dados Utilizados A informação referente à carta de suscetibilidade utilizada para a análise do risco de inundação por tsunami no concelho de Cascais provém do Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Cascais PMEPCC (CMC, 2013). Metodologia A metodologia adotada para a caracterização deste risco, baseou-se na análise da carta de suscetibilidade de inundação por tsunami disponibilizada no PMEPCC (CMS, 2013). Análise De acordo com o PMEPCC (CMC, 2013), numa eventual ocorrência de um tsunami gerado por um sismo de magnitude 8,5 com origem na margem sudoeste ibérica, os valores mais elevados seriam observados em Cascais e Carcavelos, onde a altura das ondas seria superior a 8 m. “Nas restantes zonas do concelho as alturas de onda variam entre 5 a 8 metros” (CMC, 2013). No Mapa 45 e de acordo com o PMEPCC (CMC, 2013), consideram-se zonas de suscetibilidade elevada as áreas cuja elevação esteja incluída entre a cota dos 0 e dos 10 m; e suscetibilidade moderada, as áreas com elevação entre a cota dos 10 e dos 20 m. Analisando o mapa seguinte verifica-se que todo litoral do concelho apresenta suscetibilidade elevada, com exceção da zona da Guia onde se observam arribas com declives muito acentuados. A área suscetível de inundação por tsunami representa cerca de 6,6% da área total do concelho, em que cerca de 2% diz respeito à classe elevada. Destaca-se, deste modo, a Vila de Cascais, com especial incidência na zona do porto, bem como a foz da Ribeira das Vinhas onde a suscetibilidade elevada é mais expressiva. Ainda nesta classe destaca-se a zona ribeirinha de Carcavelos, Parede, Estoril, Quinta da Marinha e do Guincho. No mapa seguinte pode observar-se o detalhe das zonas mais suscetíveis.

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Mapa 45 - Suscetibilidade a Inundação por Tsunami

Probabilidade Uma vez que não existem registos de eventos posteriores a 1755, ou seja, há 260 anos, não é possível justificar uma probabilidade remota para este tipo de fenómeno, pelo que a probabilidade atribuída à ocorrência de inundações por tsunami considera-se “média-baixa”. Danos A gravidade associada à população é “acentuada”, uma vez que este fenómeno pode produzir um elevado número de feridos, hospitalizações e vítimas mortais. Considera-se a mesma classificação a nível socioeconómico pela perda significativa, indisponibilidade de serviços e necessidade de assistência financeira. Ao nível ambiental consideram-se os danos “reduzidos”, uma vez que os impactes não deverão produzir efeitos duradoiros. Risco

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 260 de 336 de emergência de proteção civil

O cruzamento do grau de gravidade e de probabilidade com a matriz de risco permite classificar o grau de risco associado às inundações por tsunami como “Elevado”. Categoria Probabilidade Grau de Gravidade Risco

População Ambiente Socioeconómica Total

Inundação Média-baixa Elevado por Tsunami Acentuado Reduzido Acentuado Acentuado

5.1.8. Galgamentos Costeiros Definição Segundo Julião et al., (2009), o risco de Inundações e Galgamentos Costeiros carateriza-se pela inundação da faixa terrestre adjacente à linha de costa decorrente de tempestades marinhas. Corresponde às áreas de inundação pelas águas do mar durante temporais; atingidas pelo espraio das ondas de tempestade; galgamento de elementos morfológicos naturais e estruturas existentes na orla costeira. Dados Utilizados Para a análise do risco de galgamentos costeiros no concelho de Cascais foi utilizada a informação disponibilizada PMEPCC (CMC, 2013), referente às áreas suscetíveis de inundação por este fenómeno. Metodologia A metodologia utilizada para a avaliação deste risco consistiu na análise das áreas suscetíveis de inundação por galgamentos costeiros disponibilizadas no PMEPCC (CMC, 2013). Análise De acordo com Taborda et al., (2010) as cotas de inundação nas praias do Guincho atingem os 8 m, enquanto nas praias do troço meridional variam entre 5 e 7 m. A partir da análise do Mapa 46, verifica-se que as áreas suscetíveis à ocorrência de galgamentos costeiros abrangem praticamente toda a faixa litoral do concelho, mostrando no entanto, que a suscetibilidade elevada se restringe à frente marítima do Estoril. Na restante faixa litoral (Carcavelos, Parede, Guia e Quinta da Marinha) predomina a suscetibilidade moderada, verificando-se que a Baía de Cascais e o Guincho (junto à foz da ribeira) apresentam as áreas mais extensas nesta classe.

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Mapa 46 - Suscetibilidade a Galgamentos Costeiros

Probabilidade A probabilidade de ocorrência de galgamentos costeiros considera-se “média-alta” pela regularidade de ocorrência. Danos A gravidade associada à população é “reduzida”, podendo gerar um pequeno número de vítimas. Atribui-se a mesma classificação ao ambiente, uma vez que os impactes não deverão produzir efeitos duradoiros. Os danos socioeconómicos são considerados “moderados”, visto que poderá existir alguma perda financeira associada à destruição de infraestruturas ou suspensão temporária de atividades de apoio às praias. Risco O cruzamento do grau de gravidade e de probabilidade com a matriz de risco permite classificar o grau de risco associado aos galgamentos costeiros como “Moderado”.

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Categoria Probabilidade Grau de Gravidade Risco

População Ambiente Socioeconómica Total

Galgamentos Média-alta Moderado Costeiros Reduzido Reduzido Moderado Reduzido

5.1.9. Erosão Costeira: recuo e instabilidade de arribas Definição De acordo com Julião et al., (2009), entende-se por erosão costeira “o movimento de descida de uma massa de rocha ou solo coerente numa arriba litoral. O centro de gravidade do material afetado progride para jusante e para o exterior da arriba. Inclui Desabamentos (Quedas), Tombamentos (Balançamentos) e Deslizamentos (Escorregamentos) planares e rotacionais. Os movimentos são predominantemente desencadeados por precipitações intensas e/ou prolongadas, sismos, temporais no mar e ações antrópicas”. Dados Utilizados A informação referente à carta de suscetibilidade utilizada para a análise do risco erosão costeira provém do Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Cascais PMEPCC (CMC, 2013). Metodologia A metodologia utilizada para a avaliação deste risco consistiu na análise da carta de suscetibilidade de erosão costeira disponibilizada no PMEPCC (CMC, 2013). Análise Analisando o Mapa 47, onde se apresentam as áreas suscetíveis à erosão costeira, verificam-se alguns troços com suscetibilidade elevada em São Pedro do Estoril e na Parede, que apresentam, no entanto, uma extensão relativamente reduzida. Por outro lado, na frente marítima das localidades da Guia, Bairro do Rosário e Guincho as áreas suscetíveis são mais extensas, apresentando uma suscetibilidade moderada. Na baía de Cascais e na frente marítima de São João do Estoril observam-se alguns troços com suscetibilidade baixa.

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Mapa 47 - Suscetibilidade a Erosão Costeira

Probabilidade A probabilidade de ocorrência de erosão costeira considera-se “média”, podendo ocorrer em qualquer momento, com uma periocidade incerta. Danos A gravidade associada à população e à socioeconomia é “reduzida”. Os danos no ambiente consideram-se “residuais” não se prevendo qualquer impacte. Risco O cruzamento do grau de gravidade e de probabilidade com a matriz de risco permite classificar o grau de risco associado à erosão costeira como “Moderado”.

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Categoria Probabilidade Grau de Gravidade Risco

População Ambiente Socioeconómica Total

Erosão Média Moderado Costeira Reduzido Residual Reduzido Reduzido

5.1.10. Inundação por Rutura de Barragens Definição De acordo com Silva et al (2011), as causas que podem levar à rutura de uma barragem são muito diversas podendo um acidente resultar de causas naturais ou de causas provocadas pela ação humana. Segundo o mesmo autor e relativamente às primeiras causas, destacam-se, por exemplo, a insuficiência na capacidade de vazão dos órgãos descarregadores face a uma afluência extraordinária e o consequente galgamento das barragens, a alteração desfavorável da resistência do corpo da barragem, das fundações, encontros e ainda das vertentes da albufeira e, finalmente, a atuação de um sismo intenso que possa dar origem a solicitações hidrodinâmicas excessivas ou provocar o deslizamento das vertentes da albufeira. Nas segundas causas estão incluídas, entre outras, as ruturas decorrentes de atos de guerra ou sabotagem, de erros de projeto ou de construção, ações incorretas na exploração da albufeira ou de deficientes condições de manutenção ou de exploração dos órgãos de segurança. Dados Utilizados Para a análise do risco de inundação por rutura de barragens foi utilizada a informação disponibilizada PMEPCC (CMC, 2013), referente às áreas suscetíveis de inundação por este fenómeno. Metodologia A metodologia adotada para a avaliação deste risco baseou-se na caracterização da Barragem do Rio da Mula e na análise da carta de suscetibilidade de inundação por rutura de barragens disponibilizada no PMEPCC (CMS, 2013). Análise A rutura de uma barragem tem como consequência o aumento brusco do caudal no trecho do rio a jusante originando uma frente de onda abrupta que se propaga pelo vale a jusante com elevadas velocidades (Silva et al, 2011) pelo que é fundamental o conhecimento à priori das barragens a montante. Neste contexto, identifica-se no concelho de Cascais com potencial risco de rutura, a Barragem do Rio da Mula, situada na vertente sul da Serra de Sintra (na freguesia de Alcabideche). Esta barragem tem uma capacidade útil de 230x1000 m³ (CMS, 2013), integrando a Bacia hidrográfica da Ribeira das Vinhas que desagua na Baía de Cascais. No Mapa 48 apresenta-se a localização da Barragem do Rio da Mula, bem como a suscetibilidade da zona potencial de risco de inundação em caso de rutura.

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Mapa 48 - Suscetibilidade a inundações por rutura de barragens

Probabilidade Por não haver registos de rutura de barragens ou razões que levem a estimar que este evento ocorra, considera-se a probabilidade “baixa”. Danos A gravidade associada à população é “acentuada”. Os impactos socioeconómicos consideram-se “acentuados”, uma vez que poderá haver uma perda significativa e assistência financeira necessária. No que diz respeito ao ambiente, os danos classificam-se como “moderados”. Risco O cruzamento do grau de gravidade e de probabilidade com a matriz de risco permite classificar o grau de risco associado às inundações por rutura de barragens como “Moderado”.

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Categoria Probabilidade Grau de Gravidade Risco

População Ambiente Socioeconómica Total

Inundação por rutura de Baixa Moderado barragens Acentuada Moderado Acentuada Acentuado

5.1.11. Movimentos de massa em Vertentes Definição Segundo Julião et al., (2009) os movimentos de massa em vertentes são “movimentos de descida, numa vertente, de uma massa de rocha ou solo. O centro de gravidade do material afetado progride para jusante e para o exterior. Incluem Desabamentos (Quedas), Tombamentos (Balançamentos), Deslizamentos (Escorregamentos), Expansões Laterais e Fluxos (Escoadas) ”. Dados Utilizados Para a análise deste risco realizou-se um inventário dos deslizamentos, obtido com recurso a cartografia apoiada sobre ortofotomapas de 2007, disponibilizados pela AML à escala 1:10 000 (resolução de 50 cm). A unidade de terreno definida no processo de computação foi uma célula de 5m x 5m (25m²) e a entrada dos deslizamentos no modelo fez-se considerando a totalidade da área deslizada. Na avaliação da suscetibilidade foram usados 5 fatores condicionantes: declive, perfil transversal das vertentes, geologia, solos e uso e ocupação do solo. Destas variáveis, duas derivaram diretamente do modelo digital de terreno (declive e perfil transversal das vertentes) construído a partir do modelo numérico altimétrico.

Metodologia A metodologia adotada baseou-se na ficha de suscetibilidade de movimentos de massa em vertentes segundo Julião et al., (2009), de acordo com as seguintes etapas: (i) inventário, determinação da tipologia e análise dos movimentos de vertentes já verificados no território, com recurso a análise de ortofotomapas; (ii) identificação e cartografia dos fatores de pré- disposição (condicionantes) responsáveis pelo aparecimento ou aceleração dos movimentos; e (iii) interpretação dos fatores com recurso a modelos de relação espacial. A avaliação da suscetibilidade obteve-se através do método estatístico direto do Valor Informativo (VI) que assenta no princípio de Varnes (1984) em que os futuros movimentos de vertente ocorrerão sob as mesmas condições (geológicas e geomorfológicas) que desencadearam os movimentos passados e presentes; desta forma a predição destes fenómenos tem por base a correlação espacial entre os movimentos de vertente já ocorridos e um conjunto de variáveis independentes que representam fatores de predisposição (fatores condicionantes) para a instabilidade de vertentes (Guzzetti, 2005). Análise O concelho de Cascais apresenta no geral uma suscetibilidade baixa à ocorrência de movimentos de massa em vertente (90,3%), correspondendo a cerca de 87,5 Km². As áreas com

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suscetibilidade moderada abrangem 7,3 % do território, enquanto a suscetibilidade elevada representa 2,4% (Quadro 36). Suscetibilidade Área km² Área % Elevada 2,4 2,4 Moderada 7,1 7,3 Baixa 87,5 90,3 Quadro 36 - Área (Km2 e %) da suscetibilidade a movimentos de massa de vertentes

Observando Mapa 49 verifica-se que a suscetibilidade é maioritariamente baixa, sendo moderada e elevada nas vertentes com maior declive, nomeadamente a noroeste do concelho, junto à Biscaia e Figueira do Guincho, em torno do Cabeço do Vento e da Pedra Amarela e nos vales mais declivosos.

Mapa 49 - Suscetibilidade a movimentos de massa em vertentes

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Probabilidade A probabilidade de ocorrência de movimentos de massa em vertentes considera-se “média- baixa”. Danos A gravidade associada à população é “acentuada”, visto que se poderá registar um número elevado de feridos e de hospitalizações, com possibilidade de vítimas mortais. Em relação ao ambiente classificam-se os danos como “reduzidos”, uma vez que os impactes não devem produzir efeitos duradoiros. A nível socioeconómico podem-se registar danos causados por exemplo em infraestruturas e habitações, gerando perda financeira e disrupção na comunidade, pelo que se atribui um grau de gravidade “moderado” a este nível. Risco O cruzamento do grau de gravidade e de probabilidade com a matriz de risco permite classificar o grau de risco associado aos movimentos de massa em vertentes como “Moderado”. Categoria Probabilidade Grau de Gravidade Risco

População Ambiente Socioeconómica Total

Movimentos de Massa Média-baixa Moderado em Vertente Acentuado Reduzido Moderado Moderado

5.1.12. Acidentes Rodoviários, Ferroviários, Aéreos e Marítimos

5.1.12.1. Acidentes Rodoviários Definição Segundo o relatório de sinistralidade da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR, 2013), um acidente rodoviário corresponde a uma “ocorrência na via pública ou que nela tenha origem envolvendo pelo menos um veículo, do conhecimento das entidades fiscalizadoras (GNR, GNR/BT e PSP) e da qual resultem vítimas e/ou danos materiais”. Dados Utilizados O estudo dos acidentes rodoviários teve por base os dados obtidos através do Observatório de Segurança Rodoviária da ANSR, para o Distrito de Lisboa, no período de 2004 a 2013, bem como a informação referente aos acidentes rodoviários graves e pontos negros do ano de 2014, cedidos pelo Comando Metropolitano de Lisboa da PSP à AML no dia 19 de janeiro de 2015. Adicionalmente utilizou-se a carta de suscetibilidade a acidentes rodoviários do PMEPCC (CMC, 2013). Metodologia A metodologia utilizada para a avaliação deste risco consistiu numa análise estatística dos acidentes rodoviários com mortos e feridos graves, referentes ao período entre 2004 e 2013, realizada com base nos registos do Observatório de Segurança Rodoviária da ANSR. Efetuou-se

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ainda uma análise espacial dos acidentes graves e pontos negros identificados pela PSP em 2014, assim como da carta de suscetibilidade a acidentes rodoviários do PMEPCC (CMC, 2013). Análise A partir do registo dos acidentes rodoviários com mortos ou feridos graves (Figura 10), verifica- se que entre 2004 e 2013 ocorreram no município de Cascais 334 acidentes com vítimas, dos quais resultaram 59 mortos e 329 feridos graves. No ano de 2004 registou-se o maior número de ocorrências (54) e também o maior número de vítimas (10 mortos e 57 feridos graves), seguindo-se o ano de 2006 com 46 acidentes e 56 vítimas, das quais apenas 3 foram mortais. Em 2008 e 2010 verificou-se o menor número de acidentes (15 e 20, respetivamente) e também o menor número de vítimas (15 e 23, respetivamente).

Figura 10 - Acidentes rodoviários com mortos ou feridos graves por ano de ocorrência

Analisando o registo de acidentes com vítimas por mês (Figura 11), verifica-se que entre 2004 e 2013 o mês de Junho apresenta o maior número de vítimas (49), seguido dos meses de Maio e Julho com 44 e 40 vítimas, respetivamente. Os meses com maior número de vítimas mortais foram Maio (8) e Fevereiro (7), enquanto o mês de Setembro registou o valor mais baixo, com apenas 2 mortos.

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Figura 11 - Número de mortos e feridos graves por mês (2004-2013)

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Observando o Mapa 50, mais concretamente para os pontos negros identificados pela PSP, verifica-se que a Avenida Marginal (EN6) e a Estrada Nacional 249-4 apresentam a maior sinistralidade rodoviária no concelho. Analisando o mesmo mapa no que diz respeito à suscetibilidade, identificam-se vários focos com suscetibilidade elevada: Rotunda entre a Estrada de Alvide e a Rua da Escola (Alcabideche); Avenida 25 de Abril (Vila de Cascais); “Rotunda do Jumbo” (Avenida de Sintra com a Avenida Marginal); Avenida José Elias Garcia (Parede), EN6-7 (Rotunda do Barão); Largo de São Domingos (EN6-7); Rua do Zambujal (São Domingos de Rana); Avenida Francisca Lindoso (Matarraque); Largo do Chafariz (EN249-4). Identificam-se ainda com suscetibilidade elevada, vários focos ao longo da Avenida Marginal (EN6) como no Monte do Estoril, Estoril, São João do Estoril e Parede, que corroboram a análise realizada anteriormente em relação à informação disponibilizada pela PSP. De acordo com os boletins de sinistralidade rodoviária da ANSR não existem troços de via classificados como “pontos negros”.

Mapa 50 - Suscetibilidades a acidentes rodoviários

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Probabilidade A probabilidade de ocorrência de acidentes rodoviários considera-se “elevada”, uma vez que existe um nível considerável de acidentes registados, ocorrendo várias vezes por ano. Danos A gravidade associada à população é “acentuada”, visto que o número de feridos poderá ser elevado, com algumas hospitalizações e pessoal técnico necessário, podendo-se registar vítimas mortais em alguns casos. No que diz respeito ao ambiente classificou-se como “residual”, uma vez que não deverá produzir impactes no ambiente. Os danos socioeconómicos são considerados “reduzidos”, visto que poderá existir alguma perda financeira e disrupção (inferior a 24 horas). Risco O cruzamento do grau de gravidade e de probabilidade com a matriz de risco permite classificar o grau de risco associado aos acidentes rodoviários como “Elevado”. Grau de Gravidade Categoria Probabilidade Risco População Ambiente Socioeconómica Total

Acidentes Elevada Acentuado Residual Reduzido Moderado Elevado rodoviários

5.1.12.2. Acidentes Ferroviários Definição De acordo com o disposto na alínea c) do Artigo 2º do Decreto-lei nº 394/2007 de 31 de Dezembro, um acidente grave no âmbito ferroviário é “qualquer colisão ou descarrilamento de comboios que tenha por consequência, no mínimo, um morto, ou cinco ou mais feridos graves, ou danos significativos no material circulante, na infraestrutura ou no ambiente e qualquer outro acidente semelhante com impacte manifesto na regulamentação de segurança ferroviária ou na gestão da segurança”. Dados Utilizados Os dados utilizados para a análise deste risco foram enviados pela REFER à AML em 26 de janeiro de 2015 com a informação relativa aos acidentes ferroviários significativos e planos de emergência associados ao edificado e à circulação ferroviária. Metodologia Para esta análise foram georreferenciados e tipificados os acidentes ferroviários significativos da Linha de Cascais. Análise De acordo com a informação cedida pela REFER relativa aos acidentes ferroviários significativos na Linha de Cascais, contabilizam-se no concelho, entre 2004 e 2014, 18 acidentes significativos, correspondentes a colhidas em estações e em plena via, dos quais resultaram 13 mortos e 6 feridos graves.

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 273 de 336 de emergência de proteção civil

Feridos Nº Data Hora Linha KM Tipo Mortos Graves 1 05-03-2004 10:12 Linha de Cascais 23.660 Colhidas - Plena Via 1 0 2 09-04-2004 22:01 Linha de Cascais 20.270 Colhidas - Plena Via 1 0 3 15-04-2004 19:55 Linha de Cascais 21.200 Colhidas - PN 1ª Cat 1 0 4 23-08-2004 09:59 Linha de Cascais 23.600 Colhidas - Estação 0 1 5 28-10-2004 18:28 Linha de Cascais 21.200 Colhidas - PN 1ª Cat 2 0 6 13-05-2005 09:28 Linha de Cascais 23.540 Colhidas - Estação 1 0 7 20-11-2005 11:58 Linha de Cascais 17.600 Colhidas - Estação 1 0 8 28-09-2008 21:36 Linha de Cascais 22.510 Colhidas - PN Cat. A 0 1 9 18-03-2008 06:38 Linha de Cascais 25.450 Colhidas - Estação 0 1 10 11-04-2008 21:11 Linha de Cascais 23.680 Colhidas - Estação 0 1 11 23-04-2008 17:56 Linha de Cascais 21.060 Colhidas - Estação 1 0 12 31-07-2008 23:35 Linha de Cascais 23.660 Colhidas - Estação 0 1 13 28-08-2008 18:28 Linha de Cascais 21.200 Colhidas - PN de Peões 1 0 14 02-10-2008 17:56 Linha de Cascais 21.060 Colhidas - Estação 0 1 15 18-12-2008 17:57 Linha de Cascais 21.200 Colhidas - Estação 1 0 16 21-05-2013 00:06 Linha de Cascais 22.550 Colhidas - PN Cat. A 1 0 17 25-08-2013 05:38 Linha de Cascais 22.500 Colhidas - Plena Via 1 0 18 10-01-2014 10:50 Linha de Cascais 21.900 Colhidas - Plena Via 1 0 Total 13 6 Quadro 37 - Acidentes ferroviários na linha de cascais entre 2004 e 2013

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Observando o Mapa 51 verifica-se que os acidentes ferroviários significativos ocorreram maioritariamente nas proximidades das estações do Estoril, São João do Estoril e São Pedro do Estoril.

Mapa 51 - Acidentes Ferroviários Probabilidade A probabilidade de ocorrência de acidentes ferroviários considera-se “média”, uma vez que uma vez que se registaram 18 ocorrências no concelho entre 2004 e 2014. Danos A gravidade associada à população é “moderada”, visto que poderá ser necessário tratamento médico e algumas hospitalizações. Em relação ao ambiente considera-se que os danos serão “residuais”, e “moderados” para a socioeconómica, uma vez que poderá existir alguma perda financeira e disrupção na comunidade. Risco

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O cruzamento do grau de gravidade e de probabilidade com a matriz de risco permite classificar o grau de risco associado aos acidentes ferroviários como “Moderado”.

5.1.13. Acidentes no Transporte de Matérias Perigosas Definição Segundo o Decreto-Lei n.º 41-A/2010, de 29 de Abril de 2010 (alterado pelos Decretos-Lei 206- A/2012 e 42/2014), mercadorias perigosas são “quaisquer matérias, objetos, soluções ou misturas de matérias cujo transporte é proibido ou objeto de imposição de certas condições nos anexos I e II.” Dados Utilizados Para a caraterização deste risco utilizaram-se os registos de acidentes no transporte de mercadorias perigosas disponibilizados nos Boletins Estatísticos de Acidentes de Viação da ANSR para o período de 2002 a 2011. A informação referente aos trajetos utilizados neste tipo de transporte foi enviada pelo Comando Metropolitano de Lisboa da PSP à AML no dia 19 de janeiro de 2015. Utilizaram-se ainda as vias identificadas no PMEPCC (CMS, 2013), bem como os dados referentes aos postos de abastecimento de combustíveis e locais de armazenamento de gás fornecidos pela CMC. Metodologia A avaliação deste risco consistiu na identificação e análise dos acidentes ocorridos durante o transporte de mercadorias perigosas no concelho de Cascais e dos trajetos mais utilizados neste tipo de transporte. Análise Entre os anos 2002 e 2011 verificaram-se apenas 3 acidentes no transporte de mercadorias perigosas, ocorridos no ano de 2010, dos quais resultaram apenas feridos graves (Quadro 38).

Feridos Feridos Categoria Matéria Ano Data Freguesia Via Mortos Graves Leves Veículos Perigosa Rua Dia Automóvel Oxigénio 2010 01/06/2010 Parede Mundial da 0 0 1 ligeiro Líquido - 1073 Criança São Domingos Automóvel Oxigénio 2010 30/09/2010 EN6-7 0 0 1 de Rana ligeiro Líquido - 1073 Avenida do São Domingos Automóvel 2010 11/11/2010 Castelo de São 0 0 1 Não Definido de Rana ligeiro Jorge Quadro 38 - Quadro de Acidentes no Transporte de Mercadorias Perigosas

O PMEPCC (CMS, 2013) refere, em relação ao Plano de Segurança Rodoviária, que “as rotas habituais (no transporte de mercadorias perigosas) são, sempre que possível, e por esta ordem de prioridade, efetuadas em: Autoestradas; Itinerários Principais; Itinerários Complementares; outras vias.” No mesmo plano, em relação aos pareceres das empresas distribuidoras de combustíveis para automóvel e de gás, refere-se que “em função dos pontos de carga e descarga, do plano de carga, e até de condicionantes temporárias como acidentes, condições meteorológicas, cortes de vias, etc., as vias utilizadas são passíveis de alguma variabilidade, contudo, nas condições atuais, a entrada na rede viária de Cascais processa-se maioritariamente através da A5”.

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Acrescenta ainda que “as principais vias são a A5, a A16, a EN6 e a EN9 e que, relativamente ao aeródromo de Cascais, o circuito de distribuição passa pela A5, a EN249 e a Avenida Amália Rodrigues”. De acordo com a informação enviada pela PSP as vias utilizadas no transporte de mercadorias perigosas são, por norma, a EN249-4, a Variante 6-7, a EN6 (Avenida Marginal) e a EN9 (Estrada Terceira Circular). As substâncias perigosas mais significativas transportadas nas rodovias correspondem a gasolina e oxigénio liquido. A Linha Ferroviária de Cascais não consta do mapa da rede de mercadorias da CP Carga. No Mapa 52 representam-se os trajetos utilizados no transporte de mercadorias perigosas, tendo por base as referencias efetuadas anteriormente.

Mapa 52 - Trajetos Utilizados no Transporte de Mercadorias Perigosas

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 277 de 336 de emergência de proteção civil

Probabilidade A probabilidade de ocorrência de acidentes no transporte terrestre de mercadorias perigosas considera-se “média”, uma vez que se registaram 3 ocorrências no concelho entre 2002 e 2011. Danos A gravidade associada à população é “reduzida”, podendo gerar um pequeno número de vítimas e algumas hospitalizações. Considera-se a mesma classificação para a socioeconómica, uma vez que poderá causar uma disrupção (inferior a 24 horas) e alguma perda financeira. A gravidade para o ambiente classifica-se como “moderada”, visto que os impactes não devem produzir efeitos duradoiros. Risco O cruzamento do grau de gravidade e de probabilidade com a matriz de risco permite classificar o grau de risco associado aos acidentes no transporte de mercadorias perigosas como “Moderado”. Grau de Gravidade Categoria Probabilidade Risco População Ambiente Socioeconómica Total

Acidentes no transporte Média Reduzido Moderado Reduzido Reduzido Moderado de mercadorias perigosas

5.1.14. Acidentes Industriais que envolvam substâncias perigosas Definição De acordo com o Decreto-Lei n.º 254/2007 (alterado pelo Decreto-Lei n.º 42/2014) um acidente grave envolvendo substâncias perigosas é um acontecimento, designadamente uma emissão, um incêndio ou uma explosão de graves proporções, resultante do desenvolvimento não controlado de processos durante o funcionamento de um estabelecimento industrial, que provoque um perigo grave, imediato ou retardado, para a saúde humana, no interior ou no exterior do estabelecimento, ou para o ambiente, que envolva uma ou mais substâncias perigosas. Dados utilizados A avaliação do risco de acidentes industriais que envolvam substâncias perigosas teve por base o levantamento dos estabelecimentos industriais existentes no concelho, cedida pela CMC, bem como a listagem “Relação dos Estabelecimentos (Continente) ” disponibilizada no portal da APA. Metodologia A metodologia baseou-se na identificação dos estabelecimentos existentes no concelho abrangidos pelo Decreto-Lei n.º 254/2007 (alterado pelo Decreto-Lei n.º 42/2014), a partir da listagem disponibilizada pela APA. Foi também efetuado um inventário dos estabelecimentos industriais, com base no levantamento disponibilizado pela CMC, ainda que não abrangidos pelo Decreto-Lei 254/2007, manuseiem substâncias que possam constituir perigo para a população envolvente ou para o público do estabelecimento. Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 278 de 336 de emergência de proteção civil

Análise A Diretiva SEVESO II visa a prevenção e o controlo dos perigos associados a acidentes graves que envolvam substâncias perigosas, com o intuito de limitar as consequências desses acidentes para o homem e para o ambiente. Segundo a listagem disponibilizada pela APA, contata-se que no concelho de Cascais não existem estabelecimentos industriais abrangidos pelo Decreto-Lei n.º 254/2007 (alterado pelo Decreto- Lei n.º 42/2014). Embora não abrangida pela Diretiva SEVESO II, destaca-se a JODOFER – EMPREITEIROS, S.A., localizada nos Matos da Zaganita, Alcabideche, por proceder ao armazenamento e transporte de produtos explosivos na sua pedreira.

Mapa 53 - Suscetibilidade a acidentes industriais - Pedreira da JODOFER

Probabilidade A probabilidade de ocorrência de acidentes industriais que envolvam substâncias perigosas considera-se “baixa”.

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Danos A gravidade associada à população é “reduzida”. Considera-se a mesma classificação para a socioeconómica, uma vez que poderá causar uma disrupção (inferior a 24 horas) e alguma perda financeira. A gravidade para o ambiente classifica-se como “moderada”, visto que os impactes não devem produzir efeitos duradoiros. Risco O cruzamento do grau de gravidade e de probabilidade com a matriz de risco permite classificar o grau de risco associado aos acidentes industriais que envolvam substâncias perigosas como “baixo”. Grau de Gravidade Probabilidad Categoria Socioeconómic Risco e População Ambiente Total a

Acidentes industriais que Acentua Baixa Reduzido Moderado Reduzido Baixo envolvam da substâncias perigosas

5.1.15. Colapso de Estruturas em Edifícios Definição O colapso de estruturas em edifícios é um fenómeno que, embora não ocorra com elevada frequência, merece ser alvo de análise pelas consequências gravosas que dele podem resultar. A época de construção e o estado de conservação das infraestruturas são fatores condicionantes deste fenómeno. A manutenção e a verificação regular do estado de conservação deste tipo de infraestruturas torna-se essencial no sentido de prevenir e mitigar os riscos e consequências associadas. Dados Utilizados Para a análise do risco de colapso de estruturas em edifícios utilizaram-se os dados dos Censos 2011 relativos à época de construção e ao estado de conservação do edificado, disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e um levantamento das construções precárias identificadas na cartografia à escala 1: 1 000 disponibilizada pela CMC. Metodologia A metodologia utilizada para a avaliação do colapso de estruturas em edifícios consistiu na realização de uma análise do edificado quanto à época de construção e ao estado de conservação. Adicionalmente identificaram-se as construções precárias com base na cartografia disponibilizada pela CMC. Análise

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A época de construção é um indicador não apenas do carácter histórico e patrimonial do parque habitacional, mas surge também como um indicador de necessidades de revitalização e recuperação do edificado e da qualidade das infraestruturas. As classes de edifícios anteriores a 1960 representam o edificado construído antes da existência de qualquer legislação sobre construção antissísmica, que data de 1958. As classes de edifícios datados de 1961 a 1980 representam os edifícios construídos desde o período da primeira legislação antissísmica até à altura de entrada em vigor do Regulamento de Segurança e Ações em Estruturas de Edifício e Ponte (Decreto-Lei 235/83). A partir de 1980 os edifícios são construídos com a aplicação da Regulamentação em vigor até aos Censos 2011. Em relação ao total do concelho de Cascais, contabilizam-se 43 624 edifícios, dos quais cerca de 51,7% foram construídos entre 1981 e 2011 e apenas 13,5% são anteriores a 1960 (Quadro 39). Em relação às freguesias e no contexto deste risco, destaca-se a União das Freguesias de Carcavelos e Parede que apresenta o edificado mais antigo, onde 19,5% dos edifícios foram construídos até 1960 e 42% são posteriores a 1980. Por outro lado, a freguesia de São Domingos de Rana apresenta o edificado mais recente, apresentando cerca de 59% dos edifícios construídos entre 1981 e 2011 e apenas 6,2% foram construídos antes 1960.

Até 1960 1961 a 1980 1981 a 2011 Total de Freguesias Nº % Nº % Nº % Edifícios Alcabideche 1366 12,8 3489 32,7 5807 54,5 10662 São Domingos de Rana 734 6,2 4073 34,4 7027 59,4 11834 U. F. de Carcavelos e Parede 1317 19,5 2609 38,6 2828 41,9 6754 U. F. de Cascais e Estoril 2482 17,3 5008 34,8 6884 47,9 14374 Total do Concelho 5899 13,5 15179 34,8 22546 51,7 43624 Quadro 39 - Época de Construção do Edificado

Em relação ao estado de conservação do edificado e observando o Quadro 40 verifica-se que cerca de 77% dos edifícios de Cascais não têm necessidade de reparação e apenas 0,7% se encontram muito degradados. Ao nível da freguesia, destaca-se a União das Freguesias de Carcavelos e Parede, com cerca de 1,4% do edificado em estado muito degradado e a freguesia de Alcabideche com 27% dos edifícios a apresentarem necessidade de reparação.

Sem necessidade de Com necessidade de Muito degradado Total de Freguesias reparação reparação Edifícios Nº % Nº % Nº % Alcabideche 7702 72,2 2873 26,9 87 0,8 10662 São Domingos de Rana 9716 82,1 2061 17,4 57 0,5 11834 U. F. de Carcavelos e Parede 5197 76,9 1461 21,6 96 1,4 6754 U. F. de Cascais e Estoril 10831 75,4 3467 24,1 76 0,5 14374 Total do Concelho 33446 76,7 9862 22,6 316 0,7 43624 Quadro 40 - Estado de conservação do edificado

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A Mapa 54 mostra a distribuição espacial das construções precárias existentes no concelho de Cascais, com base na cartografia à escala 1: 1 000 disponibilizada pela CMC, a partir da qual se contabilizaram 23352 construções precárias.

Mapa 54 - Edifícios Precários

Probabilidade A probabilidade de ocorrência de colapso de estruturas em edifícios considera-se “média-baixa”. Danos A gravidade associada à população é “moderada”, visto que poderá ser necessário tratamento médico (sem vítimas mortais), algumas hospitalizações e a retirada de pessoas por um período de 24 horas. No que diz respeito ao ambiente classificou-se como “residual”, uma vez que não deverá produzir impactes no ambiente. Os danos socioeconómicos são considerados “reduzidos”, podendo existir alguma perda financeira e disrupção na comunidade.

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Risco O cruzamento do grau de gravidade e de probabilidade com a matriz de risco permite classificar o grau de risco associado ao colapso de estruturas em edifícios como “Baixo”.

Grau de Gravidade Categoria Probabilidade Risco População Ambiente Socioeconómica Total Colapso de Estruturas Média-baixa Moderado Residual Reduzido Reduzido Baixo em Edifícios

5.1.16. Incêndios Urbanos Definição De acordo com Castro e Abrantes (2005) um incêndio urbano “é a combustão, sem controlo no espaço e no tempo, dos materiais combustíveis existentes em edifícios, incluindo os constituintes dos elementos de construção e revestimentos no interior de zonas urbanas ou povoações”. Dados Utilizados Para a caracterização dos incêndios urbanos no concelho de Cascais utilizou-se a informação referente ao edificado, extraída da cartografia disponibilizada pela CMC à escala 1:1 000. Utilizou ainda o tema de edifícios resultante do recenseamento dos edifícios efetuado em 2011 pelo INE e a listagem de ocorrências, referente ao ano de 2014, fornecida pelo CDOS-Lisboa. Metodologia A caracterização do risco de incêndios urbanos teve por base uma adaptação da metodologia proposta por Lopes et al (2011) suportada por diferentes fatores que se entendeu considerar como condicionantes do risco de incêndio do (s) edifício (s), tendo como suporte o questionário de edifício do Censos 2011. A caracterização da vulnerabilidade dos incêndios urbanos teve por base a identificação da utilização-tipo do edificado, de acordo com a tipologia definida no Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de Novembro: Habitacionais; Estacionamentos; Administrativos; Escolares; Hospitalares e lares de idosos; Espetáculos e reuniões públicas; Hoteleiros e restauração; Comerciais e gares de transportes; Desportivos e de lazer; Museus e galerias de arte; Bibliotecas e arquivos; e Industriais, oficinas e armazéns, a análise das características físicas do edificado habitacional e das ocorrências de incêndios. Análise De acordo o mapa de ocorrência do Comando Distrital de Operações de Socorro de Lisboa (CDOS – Lisboa (Figura 12), no período de 2010 a 2014, o ano de 2012 foi o que registou maior número de ocorrência (125) em habitações e em 2013, o menor número de incêndios em habitações (96). Por tipologia, os incêndios em habitações constituem a generalidade das ocorrências, merecendo também destaque as ocorrências de incêndios Incêndio em indústrias, oficinas e armazéns e mais recentemente os incêndios em edifícios degradados ou devolutos com uma percentagem significativa das ocorrências (7% em 2013 e 8% em 2014).

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Figura 12 - Número de ocorrências de Incêndio por ano

A corporação de bombeiros que registou o maior número de ocorrências de incêndios em habitações, no ano de 2014, foi a CBV da Parede. As corporações de bombeiros com menor número de ocorrências de incêndios em habitações em 2014 são as de Alcabideche e do Estoril (55 e 57 registos). Cerca de 62% dos incêndios em habitações, para o ano de 2014, ocorreram na União das Freguesias de Cascais e Estoril, seguida de S. Domingos de Rana com 15%. Relativamente às características do edificado, importa ressalvar o elevado número de edifícios multifamiliares, registando-se 206 edifícios com mais de 9 pisos. Adicionalmente importa referir a existência de 594 edifícios, distribuídos um pouco por todo o concelho, com necessidades muito grandes de reparação. O risco de incêndio urbano é elevado ou muito elevado em cerca de 29%, moderado em 56% e baixo ou muito baixo em 15% em dos edifícios habitacionais. Apesar da dispersão espacial das várias classes de risco pelo concelho, importa fazer referência aos núcleos urbanos de maior dimensão, designadamente Cascais, Estoril, Monte do Estoril, Parede, S. João do Estoril, Alcabideche e Carcavelos.

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Mapa 55 - Risco de Incêndio urbano e ocorrências de incêndios habitacionais (2014)

Probabilidade A probabilidade de ocorrência de incêndios urbanos considera-se “elevada”, uma vez que existe um nível considerável de incidentes registados, ocorrendo várias vezes por ano. Danos A gravidade associada à população nos incêndios urbanos é “moderada”, visto que poderá ser necessário tratamento médico, algumas hospitalizações e a retirada de pessoas por um período de 24 horas. Em relação ao ambiente considera-se que os danos serão “reduzidos”, e “moderados” para a socioeconomia, uma vez que poderá existir alguma perda financeira e disrupção na comunidade. Risco O cruzamento do grau de gravidade e de probabilidade com a matriz de risco permite classificar o grau de risco associado aos incêndios urbanos como “Elevado”.

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Grau de Gravidade Categoria Probabilidade Risco População Ambiente Socioeconómica Total

Incêndios Elevada Moderado Reduzido Moderado Moderado Elevado urbanos

5.1.17. Incêndios Urbanos em Centros Históricos Definição Para definir os incêndios em centros históricos pode ser feita uma analogia à definição apresentada por Castro e Abrantes (2005) para os incêndios urbanos, limitando, no entanto, o espaço da ocorrência aos centros históricos. Assim, um incêndio num centro histórico pode ser definido como “a combustão, sem controlo no espaço e no tempo, dos materiais combustíveis existentes em edifícios, incluindo os constituintes dos elementos de construção e revestimentos no interior de zonas urbanas ou povoações”. Dados utilizados Para a caracterização dos incêndios em centros históricos utilizou-se a informação referente ao edificado proveniente do recenseamento dos edifícios, realizado em 2011 pelo INE, o limite do centro histórico de Cascais e as ocorrências do CDOS de Lisboa. Metodologia A avaliação do risco de incêndios em centros históricos teve por base a caraterização do edificado a partir das fichas censitárias dos edifícios e a identificação da utilização-tipo do edificado do centro urbano de Cascais, de acordo com a tipologia definida no Decreto-Lei n.º 220/2008: Habitacionais; Estacionamentos; Administrativos; Escolares; Hospitalares e lares de idosos; Espetáculos e reuniões públicas; Hoteleiros e restauração; Comerciais e gares de transportes; Desportivos e de lazer; Museus e galerias de arte; Bibliotecas e arquivos; e Industriais, oficinas e armazéns. Análise No Mapa 56 carateriza-se o edificado do centro de Cascais, por época de construção, necessidade de reparações e localizam-se as ocorrências em incêndios habitacionais para o ano de 2014. Mais de 90% do edificado do núcleo urbano é anterior a 1996, verificando-se mesmo que 38% dos edifícios são de uma época de construção anterior a 1945. Relativamente à necessidade de reparação dos edifícios no núcleo urbano verifica-se que esta é reduzida (2%). Relativamente ao número de pisos, verifica-se a existência de 42 edifícios com mais de 4 pisos, caracterizando-se a maioria por ter até 3 pisos. Outra caraterística importante do núcleo urbano refere-se à reduzida acessibilidade de alguns arruamentos, designadamente as ruas que constituem os quarteirões entre a Rua do Poço Novo, a Rua Alexandre Herculano e a Avenida Valbom.

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 286 de 336 de emergência de proteção civil

Mapa 56 - Caraterização da época de construção e ocorrências de Incêndios habitacionais (2014) Relativamente às ocorrências de incêndios habitacionais, em 2014, verifica-se que em 2014 estas constituem uma pequena parte (3%) do total de ocorrências registadas no concelho. Probabilidade A probabilidade de ocorrência de incêndios em centros históricos considera-se “média”. Danos A gravidade associada à população é “moderada”, visto que poderá ser necessário tratamento médico (sem vítimas mortais), algumas hospitalizações e a retirada de pessoas por um período de 24 horas. No que diz respeito ao ambiente classificou-se como “residual”, uma vez que não se preveem impactes significativos. Os danos socioeconómicos são considerados “reduzidos”, podendo existir alguma perda financeira e disrupção na comunidade. Risco

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 287 de 336 de emergência de proteção civil

O cruzamento do grau de gravidade e de probabilidade com a matriz de risco permite classificar o grau de risco associado aos incêndios em centros históricos como “moderado”. Grau de Gravidade Categoria Probabilidade Risco População Ambiente Socioeconómica Total

Incêndios em Centros Média Moderado Residual Reduzido Reduzido Moderado Históricos

5.1.18. Incêndios Florestais Definição Segundo Julião et al., (2009) “um incêndio florestal corresponde a um fogo incontrolado em florestas, matas e outros espaços com abundante vegetação (matos, áreas de incultos e áreas agrícolas). Os incêndios florestais são habituais nas áreas de clima mediterrânico, particularmente em dias quentes e secos, sobretudo quando se associa também o vento forte. Podem ser o resultado de causas naturais (trovoadas secas), mas, em regra, são devidos a negligência humana e, muitas vezes, a atos de natureza criminosa.” Dados Utilizados A informação utilizada para análise do risco de incêndio florestal no concelho de Cascais corresponde ao registo de ocorrências de incêndios e respetivas áreas ardidas, disponibilizados pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) para o período de 2001 a 2013, bem como na Carta de Risco de Incêndio Florestal e na Carta de Prioridades de Defesa do Plano Municipal da Defesa da Floresta Contra Incêndio de Cascais, 2014-2018 (PMDFCI) disponibilizada pela CMC. Metodologia A caracterização do risco de incêndio florestal para o concelho de Cascais baseou-se na análise do registo de ocorrências de incêndios, na Carta de Risco de Incêndio Florestal e na Carta de Prioridades de Defesa do PMDFCI disponibilizada pela CMS. Análise Analisando a Erro! A origem da referência não foi encontrada. verifica-se que entre o ano de 001 e 2013, registaram-se 1506 ocorrências (incêndios + fogachos) correspondentes a uma área florestal ardida de 634 ha. Destaca-se o ano de 2002 com os valores mais elevados de área florestal agrícola (153 ha), bastante superior ao restante período de análise, registando simultaneamente um número bastante elevado de ocorrências (159). Também nos anos de 2010 e 2013 se registaram valores significativos de área ardida com 92,4 e 85,8 ha, respetivamente. No período entre 2004 e 2006 registou-se o maior número de ocorrências, verificando-se mais de 170 incidentes por ano nos três casos.

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Figura 13 - Área ardida (ha) e número de ocorrências entre 2001 e 2013

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 289 de 336 de emergência de proteção civil

Observando Mapa 57, referente à carta de risco de incêndio florestal do PMDFCI de Cascais, verifica-se à partida que o risco incide sobretudo a noroeste do concelho, na freguesia de Alcabideche, mostrando um grau de risco mais elevado nas áreas florestais da Serra de Sintra. Verificam-se ainda diversas áreas de risco elevado e muito elevado, como na Quinta da Marinha, nos focos florestais ao longo da Ribeira das Vinhas e da Ribeira da Cadaveira e nos terrenos agrícolas de Manique, Tires e Trajouce. A classe de risco nulo ou não aplicável abrange mais de metade do concelho, que se explica extensa área urbana.

Mapa 57 - Risco de Incêndio Florestal

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 290 de 336 de emergência de proteção civil

Relativamente ao quadro 41 onde se apresentam as áreas ocupadas por cada classe de risco, constata-se que em cerca de 62% do território do concelho o risco de incêndio florestal não se aplica. As restantes classes de risco mostram-se semelhantes em termos de área, a rondar entre os 7 e os 8% cada. Risco Área (Km²) Área (%) Muito Baixo 7,87 8,08 Baixo 7,21 7,40 Médio 6,93 7,11 Elevado 6,90 7,09 Muito Elevado 6,86 7,04 Nulo ou Não Aplicável 61,64 63,29 Total 97,40 100 Quadro 41 - Área (km2 e %) por classe de risco

A figura 14 estabelece as prioridades de defesa em caso de incêndio florestal de acordo com o PMDFCI de Cascais. Uma vez que parte do concelho está integrada na área protegida do Parque Natural Sintra-Cascais (PNSC), os elementos prioritários distinguem-se em três categorias – habitats, flora e fauna – classificados pelo seu valor (excecional, muito elevado e elevado).

Figura 14 - Carta de Prioridades de Defesa Referira-se ainda a existência da Zona Crítica de Sintra-Cascais, mancha classificada nos termos da Portaria 1056/2004, onde se reconhece ser prioritária a aplicação de medidas mais rigorosas de defesa da floresta contra incêndios face ao risco de incêndio que apresenta e em função do seu valor económico, social e ecológico. Probabilidade

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 291 de 336 de emergência de proteção civil

A probabilidade de ocorrência de incêndios florestais considera-se “elevada”, uma vez que existe um nível considerável de ocorrências registadas. Danos A gravidade associada à população é “moderada”, podendo ser necessário tratamento médico (sem vítimas mortais), algumas hospitalizações e a retirada de pessoas por um período de 24 horas. No que diz respeito aos danos para o ambiente consideram-se “moderados”, uma vez que poderá produzir alguns impactes sem efeitos duradoiros. Em relação à socioeconomia os danos são considerados “reduzidos”, podendo haver constrangimentos em algumas atividades, gerando alguma perda financeira. Risco O cruzamento do grau de gravidade e de probabilidade com a matriz de risco permite classificar o grau de risco associado aos incêndios florestais como “Elevado”.

Grau de Gravidade Categoria Probabilidade Risco População Ambiente Socioeconómica Total

Incêndios Elevada Moderado Moderado Reduzido Moderado Elevado florestais

5.1.19. Emergências Radiológicas Definição De acordo com a definição da ANPC, as emergências radiológicas podem ser resultado de um acidente grave numa instalação com um reator nuclear (central nuclear, navio de propulsão nuclear,…), pela queda dum satélite com reator nuclear ou por um incêndio no transporte de material radioativo. Nestes casos existe o risco de dispersão de matérias radioativas que podem constituir um perigo para o homem e para o ambiente. Dados utilizados A avaliação do risco de emergências radiológicas teve por base a informação referente ao radão (gás radiológico), disponibilizada pelo Departamento de Proteção Radiológica e Segurança Nuclear do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa (http://www.itn.pt/). Metodologia A metodologia utilizada consistiu na análise da cartografia referente à concentração do radão. Análise Em Portugal não existem centrais nucleares, no entanto, verifica-se a presença de Radão, definido pelo ITN como “um gás inodoro e incolor de origem natural, radioativo, cujos átomos se desintegram originando outros elementos também radioativos, causando, todos eles, exposição do Homem às radiações ionizantes. Provém das pequenas quantidades de urânio e rádio presentes, em proporções variáveis na maior parte dos solos e rochas e, consequentemente, em materiais de construção”.

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Relativamente à distribuição da concentração de radão, o concelho de Cascais insere-se maioritariamente na zona de concentração mais elevada, com uma média anual inferior entre 50 e 200 Bq/m³ (Mapa 58). No contexto dos riscos associados a emergências radiológicas, o PMEPCC identificadas as seguintes unidades industriais: Utilizadores autorizados:  José Maria Ferreira & Filhos, Lda. - Est. Principal do Outeiro, 2009-A, Zona Industrial da Abóboda, 2785-514 S. Domingos de Rana;  Soplacas - Sociedade de Placas de Betão, S.A. - R. Projetada à Estrada do Outeiro de Polima - Abóboda, 2785-543 S. Domingos de Rana. Importador/exportador:  END - Ensaios Não Destrutivos e Controle de Qualidade, Lda. - Rua Alfredo da Silva, Lote 7 (Zona Industrial da Abóboda), Trajouce, 2785-035 S. Domingos de Rana.

Mapa 58 - Concentração de Radão

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 293 de 336 de emergência de proteção civil

Probabilidade A probabilidade de ocorrência de emergências radiológicas considera-se “média”. Danos A gravidade associada à população, ambiente e socioeconomia é “residual” por não haver registo de feridos nem vítimas mortais, não se prever qualquer impacto no ambiente e pelos constrangimentos na comunidade serem muito reduzidos ou mesmo inexistentes, não causando perda financeira. Risco O cruzamento do grau de gravidade e de probabilidade com a matriz de risco permite classificar o grau de risco associado às emergências radiológicas como “baixo”.

Categoria Probabilidade Grau de Gravidade Risco

População Ambiente Socioeconómica Total

Emergências Média Baixo radiológicas Residual Residual Residual Residual

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 294 de 336 de emergência de proteção civil

5.2. Análise de Vulnerabilidades«

5.2.1. Nevões Análise da vulnerabilidade\elementos expostos A rede viária identifica-se como o principal elemento exposto à ocorrência de nevões, uma vez que um episódio desta natureza pode levar ao corte de várias vias, condicionando deste modo a circulação.

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5.2.2. Ondas de Calor Análise da vulnerabilidade\elementos expostos De acordo com a DGS (2004) a população idosa (≥ 65 anos) é o grupo etário mais vulnerável a ondas de calor. O cruzamento da suscetibilidade com a população com 65 ou mais anos permite estimar o número de indivíduos vulneráveis em cada classe (Quadro 42).

População ≥ 65 % População ≥ 65 anos potencialmente afetada Freguesia anos Baixa Alcabideche 6643 15.8 Carcavelos e Parede 9037 20.1 Cascais e Estoril 12899 20.9 São Domingos de 8135 14.1 Rana Total do Concelho 36714 17.8

Quadro 42 - Exposição da população idosa à ocorrência de ondas de calor

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 296 de 336 de emergência de proteção civil

No Mapa 59 representa-se a percentagem de população idosa por subsecção estatística, identificando-se, deste modo, os locais onde a população é mais vulnerável a ondas de calor. Adicionalmente identificam-se também os equipamentos sociais, como lares de idosos e centros de dia, onde existe maior concentração de indivíduos nesta faixa etária. Destaca-se de uma forma geral a vila de Cascais, Alcabideche, Parede, S. Domingos de Rana e Carcavelos.

Mapa 59 - Vulnerabilidade a ondas de calor Considerando um evento de onda de calor com condições meteorológicas semelhantes às verificadas em agosto de 2003 são estimados para o concelho de Cascais 126 vítimas mortais, 106 das quais com mais de 65 anos.

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 297 de 336 de emergência de proteção civil

5.2.3. Ondas de Frio Análise da vulnerabilidade\elementos expostos Relativamente às ondas de frio, considera-se que a população jovem (entre os 0 e os 4 anos) e a população idosa (≥ 65 anos) são os grupos etários mais vulneráveis. O cruzamento da suscetibilidade com a população destas faixas etárias permite estimar o número de indivíduos vulneráveis em cada classe (Quadro 43).

População Jovem População Idosa População Jovem e Idosa Freguesia (0 – 14) (65 ou mais anos) potencialmente afetada

Alcabideche 7024 6643 13667 Carcavelos e Parede 6743 9037 15780 Cascais e Estoril 8807 12899 21706 São Domingos de Rana 10081 8135 18216 Total do Concelho 32655 36714 69369 Quadro 43 - Exposição da população jovem e idosa à ocorrência de ondas de frio

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 298 de 336 de emergência de proteção civil

No Mapa 60 representa-se a percentagem de população jovem e idosa por subsecção estatística, identificando-se, deste modo, os locais onde a população é mais vulnerável a ondas de frio. Adicionalmente identificam-se também os equipamentos sociais e equipamentos educativos onde existe maior concentração de indivíduos nestas faixas etárias. Destaca-se de uma forma geral a vila de Cascais, Alcabideche, Parede, S. Domingos de Rana e Carcavelos.

Mapa 60 - Vulnerabilidade a ondas de frio

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 299 de 336 de emergência de proteção civil

5.2.4. Secas Análise da vulnerabilidade\elementos expostos Os impactos socioeconómicos, resultantes de secas extremas ou severas, estão essencialmente associados à falta de precipitação, situação que afeta, em particular, no caso de Cascais, o abastecimento humano. A principal vulnerabilidade no abastecimento de água às populações relaciona-se com a dependência do abastecimento dos sistemas em alta (88% adquirida à EPAL).

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 300 de 336 de emergência de proteção civil

5.2.5. Cheias e Inundações No Quadro 44 identifica-se o número de habitantes e edifícios habitacionais expostos à ocorrência de cheias, bem como as infraestruturas rodoviárias, ferroviárias e Elementos expostos estratégicos, vitais e/ou sensíveis para as operações de proteção civil e socorro, agrupados por bacia hidrográfica. Elementos expostos N.º de Edifícios e Bacia estratégicos, vitais e/ou Habitantes Infraestruturas Hidrográfica sensíveis para as operações de potencialmente afetados proteção civil e socorro R. Arneiro - EN247 (PK 90+900) - R. Arneiro 1 Edifício Rede viária urbana - Afluente 6 Habitantes (195.24m) Rede viária urbana R. Assobio - - (6.13m) Rede ferroviária (PK 22+076 junto ao Forte de Santo António do Estoril) Clube Desportivo da Costa do 162 Edifícios R. Bicesse Estrada de Manique (EN Estoril 953 Habitantes 247-5 PK 8+000) Perfilider (Indústria) Marginal (EN6 - PK 15+500) Estoril Atlético Clube 44 Edifícios Rede viária urbana R. Cadaveira Antiga Junta de Freguesia do 166 Habitantes (991.87 m) Estoril Marginal (EN6 - PK R.Castelhan 6 Edifícios 18+357) Auditório Fernando Lopes Graça a 37 Habitantes Rede viária urbana (157.67 m) R. Grota - - - 9 Edifícios Rede viária urbana R. Guincho - 20 Habitantes (929.02 m) 3 Edifícios Rede viária urbana R. Laje Del Audio (Comércio) 6 Habitantes (944.88 m) Centro de Apoio à Família EN 247-5 (PK 8+936) Crescer para Integrar- Horizonte 130 Edifícios R. Manique Rede viária urbana Creche do Murtal - Coop. 474 Habitantes (2752.27 m) Horizonte Laboratórios Azevedo Aeródromo de Tires 91 Edifícios Rede viária urbana R. Marianas Hotel São Julião 465 Habitantes (1658.64 m) Igreja de Nossa Senhora da Graça 25 Edifícios Rede viária urbana R. Mochos - 87 Habitantes (629.28 m) Rede viária urbana R. Polima - - (111.64 m) R. Praia - - - EN6-7 (PK 2+734) Gelcon (Armazém) R. 135 Edifícios EN 249-4 (PK 5+000; PK Euroinsta – Cec (Comércio) Sassoeiros 612 Habitantes 7+228) Fernando L. Gaspar (Comércio) EN 579 (PK 6+527) Sol de Algés (Comércio)

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 301 de 336 de emergência de proteção civil

Elementos expostos N.º de Edifícios e Bacia estratégicos, vitais e/ou Habitantes Infraestruturas Hidrográfica sensíveis para as operações de potencialmente afetados proteção civil e socorro Rede viária urbana Igreja Evangélica de Trajouce - (3922.27 m) zzzzzz"Assembleia de Deus" Alfredo A. Flor (Comércio) Almeida e Borges (Comércio) Filag (Comércio) Original Perfil (Comércio) Panfreixo – Pão Cozido em Lenha (Comércio) S.T.E.P. (Serviços) Suma (Serviços) Antiga Junta de Freguesia de Cascais Casa Avenida (Alojamento) Biblioteca Municipal de Cascais Casa da Horta de Santa Clara Capela da Sagrada Família (Capela do Pisão) Centro de Saúde de Cascais (Sede) 147 Edifícios Rede viária urbana R. Vinhas Câmara Municipal de Cascais 511 Habitantes (3803.45 m) Departamento Serviços Financeiros GNR (Posto da Brigada Fiscal) Hotel Baía Salão do Reino das Testemunhas de Jeová - Cascais Oeste Polícia Marítima Posto de Turismo de Cascais PSP – Esquadra Quadro 44 - Elementos expostos a cheias

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 302 de 336 de emergência de proteção civil

5.2.6. Sismos Análise da vulnerabilidade\elementos expostos A vulnerabilidade sísmica reflete a capacidade que determinado elemento em risco tem para resistir, ou para ser afetado pelo sismo, sendo condicionada pelo nível de severidade do fenómeno (Sousa, 2007). O cálculo da vulnerabilidade sísmica dos edifícios teve por base uma abordagem que recorre à tipologia de construção e ao número de pisos dos edifícios, de acordo com a fórmula apresentada por Giovinazzi e Lagomarsino (2004): ∗ 푉퐼 = 푉퐼 + ∆푉푅 + ∆푉푚 Em que: ∗  푉퐼 é o índice de vulnerabilidade tipológico;  ∆푉푅 é o fator de vulnerabilidade regional;  ∆푉푚 representa a contribuição para ter em conta a presença de modificadores sísmico.

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Analisando o mapa de vulnerabilidade sísmica do edificado (Mapa 61), verifica-se que a classe mais elevada se encontra principalmente nos lugares de Rana, São João do Estoril, Estoril, Monte Estoril, Parede e Carcavelos, em contraste com as áreas mais interiores onde o número de edifícios é reduzido.

Mapa 61 - Vulerabilidades Sísmica do Edificado O cruzamento das classes de vulnerabilidade sísmica elevada com os elementos expostos estratégicos, vitais e/ou sensíveis para as operações de proteção civil, permitem identificar um elevado conjunto de elementos (Quadro 45). Destaca-se cerca de 13476 habitantes e 4052 edifícios habitacionais localizados nesta classe, assim como parte considerável da rede viária, da rede de abastecimento de água, da rede de gás e da rede de saneamento de águas residuais. Importa ainda referir os 25 equipamentos educativos, 29 equipamentos desportivos e 1 equipamento de saúde localizados nesta classe.

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 304 de 336 de emergência de proteção civil

Nº Elementos Expostos / Categoria Tipologia Extensão (km) N.º de Edifícios e Edifícios Habitacionais 5049 Habitantes potencialmente População 50229 afetados Antena de Telecomunicações 67 Infraestruturas Rodoviárias 127 Infraestruturas Ferroviárias 7 Infraestruturas Rede de Abastecimento de Água 143 Rede de Gás 87 Rede de Saneamento de Águas Residuais 11 Rede Elétrica 723 Agentes de Proteção Civil e Outras Entidades 7 Associação Cultural/Recreativa - Comércio e Indústria 11 Equipamentos Administrativos 5 Elementos expostos Equipamentos Culturais 20 estratégicos, vitais e/ou Equipamentos de Saúde 1 sensíveis para as operações Equipamentos Desportivos 29 de proteção civil e socorro Equipamentos Educativos 25 Equipamentos Religiosos 16 Equipamentos Sociais 28 Património 407 Unidades de Alojamento 21 Quadro 45 - Elementos expostos a sismos

De acordo com o cenário mais gravoso do PEERS-AML as áreas mais vulneráveis a um sismo correspondem aos quarteirões mais antigos da Alapraia, Bairro da Bela Vista, Bairro da Cadeia de Tires, Bairro da Carris, Bairro das Marianas, Bairro Zambujeiro Quadrado, Caparide, Carcavelos, Casal do Buzano, Galiza, Jardins da Parede, Madorna, Monte Estoril, Murtal, Parede, Quinta da Alagoa, Quinta da Lameira, Rana, Rebelva, São Domingos de Rana, São João do Estoril, Sassoeiros, Tires e Trajouce. Segundo o mesmo documento, são expetáveis para o concelho de Cascais, no cenário mais gravoso, 2265 vítimas mortais, 46164 desalojados e 2265 edifícios colapsados. Relativamente às infraestruturas rodoviárias e ferroviárias não se prevê a inoperacionalidade de nenhum troço ou obra de arte.

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 305 de 336 de emergência de proteção civil

5.2.7. Inundação por Tsunami Análise da vulnerabilidade\elementos expostos O cruzamento da suscetibilidade elevada a inundação por tsunami com os elementos expostos estratégicos, vitais e/ou sensíveis para as operações de proteção civil, permitem identificar um conjunto de equipamentos e infraestruturas vulneráveis à ocorrência deste fenómeno (Quadro 46). Destaca-se a possibilidade de cerca de 1378 habitantes e 443 edifícios habitacionais serem afetados, assim como parte considerável da linha férrea de Cascais e da Avenida Marginal (EN6). Importa ainda referir, pela elevada concentração de pessoas, 14 unidades de alojamento potencialmente afetadas.

Nº Elementos Categoria Tipologia Designação Expostos / Extensão (m) N.º de Edifícios Edifícios 443 Edifícios Habitacionais - e Habitantes Habitacionais potencialmente População 1378 habitantes - afetados Linha Férrea 4704 m Infraestruturas Estação Ferroviária do Estoril - Ferroviárias Estação Ferroviária do Monte Estoril - Alameda Columbano 61 m Alameda dos Combatentes da Grande Guerra 457 m Alameda Duquesa de Palmela 476 m Avenida 25 de Abril 88 m Avenida Aida 189 m Avenida Clotilde 116 m Avenida Cónego Doutor Manuel José de Sousa 18 m Avenida Costa Pinto 266 m Avenida Dom Carlos I 220 m Avenida Dom Pedro I 548 m Avenida Marginal (EN6) 3056 m Infraestruturas Avenida Marques Leal (EN6) 40 m Infraestruturas Avenida Nossa Senhora do Cabo (EN247) 430 m Rodoviárias Avenida Rei Humberto II de Itália 447 m Avenida Valbom 166 m Beco da Praia da Rainha 13 m Beco dos Inválidos 51 m Beco Esconso 36 m Beco Torto 84 m EN6-7 334 m Estrada do Guincho (EN247) 139 m Largo Amália Rodrigues 222 m Largo Cidade de Vitória 41 m Largo da Misericórdia 29 m Largo da Praia da Rainha 73 m Largo das Grutas 33 m Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 306 de 336 de emergência de proteção civil

Nº Elementos Categoria Tipologia Designação Expostos / Extensão (m) Largo de Luís de Camões 56 m Largo Mestre Henrique Anjos 159 m Marina de Cascais 1328 m Parada Dom João IV 15 m Passagem João Heliodoro Neto Ribeiro 88 m Passeio Carlos Andrade Teixeira 87 m Passeio Dom Luís I 99 m Passeio Dona Maria Pia 202 m Passeio Luís Pinto Coelho 79 m Praça 5 de Outubro 75 m Praça Costa Pinto 29 m Praça do Junqueiro 333 m Praça Doutor Francisco de Sá Carneiro 282 m Praceta de Gaza 51 m Praceta João Manuel Cordeiro Pereira 56 m Praceta Nuno Ribeiro 198 m Rua Afonso Sanches 111 m Rua Alexandre Herculano 51 m Rua Arquitecto Rosendo Carvalheira 14 m Rua Batalhão Sapadores de Caminhos de Ferro 61 m Rua Carlos Ribeiro 101 m Rua da Bela Vista 17 m Rua da Misericórdia 62 m Rua da Palma 23 m Rua da Palmeira 138 m Rua da Ribeira das Vinhas 128 m Rua da Saudade 149 m Rua das Flores 137 m Rua de Benguela 34 m Rua de Catembe 29 m Rua de Doutora Iracy Doyle 103 m Rua de Gaza 269 m Rua de Luanda 231 m Rua de Melo e Sousa 50 m Rua de Santa Rita 81 m Rua do Arco 44 m Rua do Gurué 27 m Rua do Poço Novo 117 m Rua Doutor Álvaro Lacerda e Melo 73 m Rua Farol de Santa Marta 61 m Rua Fernandes Thomaz 141 m Rua Frederico Arouca 485 m Rua Frei Nicolau de Oliveira 62 m Rua José Félix de Moura e Lima 52 m Rua Manuel Joaquim de Avelar 14 m Rua Manuel Vieira de Araújo Viana 15 m

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 307 de 336 de emergência de proteção civil

Nº Elementos Categoria Tipologia Designação Expostos / Extensão (m) Rua Marques Leal Pancada 62 m Rua Nova da Alfarrobeira 37 m Rua Padre Moisés da Silva 124 m Rua Regimento 19 de Infantaria 92 m Rua Sebastião José Carvalho e Melo 45 m Rua Visconde da Luz 261 m Sítio do Castelo 14 m Travessa Afonso Sanches 39 m Travessa da Alfarrobeira 52 m Travessa da Conceição 83 m Travessa da Misericórdia 35 m Travessa da Palmeira 45 m Travessa da Ressurreição 42 m Travessa das Flores 26 m Travessa do Poço Novo 36 m Travessa do Visconde da Luz 53 m Travessa Frederico Arouca 55 m Energia e Posto de Abastecimento de Combustíveis 3 Combustíveis 50ª Esquadra (Cascais) - Agentes de Esquadra - Posto de Turismo - Proteção Civil Policia Marítima - Posto da Brigada Fiscal - Câmara Municipal de Cascais Departamento Serviços - Financeiros Equipamentos Câmara Municipal de Cascais Departamento Urbanismo e Administrativos - Infraestrutura Junta de Freguesia de Cascais e Estoril - Biblioteca Municipal de Cascais - Casa da Horta de Santa - Elementos Clara expostos Casa de Santa Maria - estratégicos, Farol Museu de Santa Marta - vitais e/ou Fernando Grego Lda. - sensíveis para Livraria Bulhosa Livreiros - as operações Equipamentos Livraria Europa América - de proteção Culturais Livraria Galileu SA - civil e socorro Livraria Municipal de Cascais - Museu Conde Castro Guimarães - Núcleo Museológico da Associação Portuguesa de - Coleccionadores de Armas Posto de Turismo de Cascais - Posto de Turismo do Estoril - Equipamentos Centro de Saúde de Cascais (Sede) - de Saúde ADN Atividades Desportivas Náuticas - Equipamentos Clube Naval de Cascais - Desportivos Estalagem Muchaxo - Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 308 de 336 de emergência de proteção civil

Nº Elementos Categoria Tipologia Designação Expostos / Extensão (m) Estoril Atlético Clube - Hipódromo Manuel Possolo - Marina de Cascais - Piscina Tamariz - Equipamentos Colónia Infantil de Educação Popular - Educativos Capela de São Sebastião - Capela dos Salesianos do Estoril - Equipamentos Ermida de Nossa Senhora da Conceição - Religiosos Igreja da Misericórdia de Cascais - Salão do Reino das Testemunhas de Jeová - Cascais Oeste - CooperActiva - Cooperativa de Desenvolvimento Social - Equipamentos Residências Domus Vida - Sociais Santa Casa da Misericórdia de Cascais - Albergaria Valbom - Apartamento 2 Casa Avenida - Casa da Pérgola - Estalagem Muchaxo Hotel - Farol Design Hotel - Unidades de Hotel Albatroz - Alojamento Hotel Apartamento Vila Galé Cascais - Hotel Baía - Hotel Praia Mar - Hotel S. Julião - Hotel Vila Galé Estoril - Vila Albatroz - Quadro 46 - Elementos expostos à ocorrência de tsunami

5.2.8. Galgamentos Costeiros Análise da vulnerabilidade\elementos expostos As áreas de maior vulnerabilidade correspondem à frente marítima do Estoril, podendo verificar- se alguns danos na estação ferroviária do Estoril e do Monte do Estoril, bem como na Colónia Infantil de Educação Popular. Na marina de Cascais também poderão observar-se constrangimentos, assim como nos edifícios da Baía de Cascais mais próximos da linha de costa. Em Fevereiro de 2014, segundo o CDOS, registou-se um galgamento costeiro na praia da Parede, pelo que esta zona deverá também merecer especial atenção.

5.2.9. Erosão Costeira: Recuo e instabilidade de arribas Análise da vulnerabilidade\elementos expostos As áreas de maior vulnerabilidade correspondem aos locais em que foram colocadas placas de aviso (topo e/ou base da arriba), com acesso público.

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 309 de 336 de emergência de proteção civil

5.2.10. Inundação por Rutura de barragens Análise da vulnerabilidade\elementos expostos Identificam-se como zonas mais vulneráveis as quintas e áreas agrícolas localizadas ao longo do vale da Ribeira das Vinhas.

5.2.11. Movimento de Massa em Vertentes Análise da vulnerabilidade\elementos expostos

O cruzamento das classes de suscetibilidade elevada a movimentos de massa em vertentes com os elementos expostos estratégicos, vitais e/ou sensíveis para as operações de proteção civil, permitem identificar um conjunto de infraestruturas vulneráveis à ocorrência deste fenómeno. Identifica-se no Quadro 47 as diversas infraestruturas rodoviárias, elementos da rede de abastecimento de água e da rede elétrica que poderão ser afetados.

Nº Elementos Categoria Tipologia Designação Expostos / Extensão (Km) Estrada da Malveira da Serra (EN9-1) 28 m Estrada da Serra (EN9-1) 12 m Infraestruturas Rua da Biscaia 6 m Rodoviárias Rua de Cascais (EN9-1) 99 m Rua do Campo 2 m Sem nome 526 m Distribuição - Tubagem de diâmetro Infraestruturas 42 m entre 110 e 350 mm Rede de Distribuição - Tubagem de diâmetro Abastecimento de 1459 m inferior a 110 mm Águas Adutor Vale Gatos-Vale Cavalos 227 m Captações 23 Rede de Baixa-Tensão 454 m Rede Elétrica Rede de Média-Tensão 52 m Quadro 47 - Elementos expostos a movimentos de massa em vertentes

5.2.12. Acidentes Rodoviários, Ferroviários, Aéreos e Marítimos

5.2.12.1. Acidentes Rodoviários Análise da vulnerabilidade\elementos expostos Relativamente aos acidentes rodoviários, considera-se que a vulnerabilidade se restringe elementos envolvidos no acidente, ou seja, ocupantes dos veículos, peões ou veículos acidentados.

5.2.12.2. Acidentes Ferroviários Análise da vulnerabilidade\elementos expostos Em relação aos acidentes ferroviários a vulnerabilidade restringe-se aos elementos envolvidos no acidente, considerando-se como principais elementos expostos os ocupantes das composições ferroviárias (tripulação e passageiros), bem como as próprias composições ferroviárias e a linha férrea.

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 310 de 336 de emergência de proteção civil

5.2.12.3. Acidentes Aéreos Análise da vulnerabilidade\elementos expostos No quadro seguinte constam os elementos expostos resultantes do cruzamento da classe de suscetibilidade elevada.

Nº Elementos Categoria Tipologia Designação Expostos / Extensão (Km) N.º de Edifícios e 1559 Edifícios Habitacionais (Caparide, Manique, Edifícios Habitacionais - Habitantes Matarraque e Tires) potencialmente População 3917 Habitantes - afetados A5 0.95 Infraestruturas Rodoviárias Rede Viária Municipal 15.5

Rede Elétrica Rede Aérea 47.9 Telecomunicações 3 antenas de telecomunicações móveis Sede da Cooperativa e CREA - Centro de Recursos

Educativos e de Aprendizagens Escola Básica Tires Equipamentos Educativos EB1 António Torrado Infraestruturas Ideia - Instituto para o Desenvolvimento Educativo

Integrado na Acção Igreja de Nossa Senhora da Graça Equipamentos Religiosos Capela de Nossa Senhora da Graça Creche Familiar - Unidade 1 - Tires - Ideia Centro Comunitário de Tires Edifício da IDEIA Equipamentos Sociais Grupo de Solidariedade Justiça e Paz

Casa da Criança de Tires

Quadro 48 - Elementos Expostos a Incêndios Florestais

5.2.12.4. Acidentes Marítimos Análise da vulnerabilidade\elementos expostos Em relação aos acidentes marítimos, considera-se que a vulnerabilidade se restringe à população presente nas embarcações.

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 311 de 336 de emergência de proteção civil

5.2.13. Acidentes nos Transportes de Mercadorias Perigosas Análise da vulnerabilidade\elementos expostos As localidades mais vulneráveis à ocorrência de acidentes no transporte de mercadorias perigosas serão naturalmente as existentes nas proximidades da A5, da A16, da EN6 (Avenida Marginal), da Variante 6-7, da EN9 (Estrada Terceira Circular), da EN249, da EN249-4 e da Avenida Amália Rodrigues, visto que é por estas vias que se efetua o transporte de mercadorias perigosas.

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 312 de 336 de emergência de proteção civil

5.2.14. Acidentes Industriais que envolvam substâncias perigosas O cruzamento das classes de suscetibilidade elevada e moderada com os elementos expostos estratégicos, vitais e/ou sensíveis para as operações de proteção civil, permitem identificar um conjunto de equipamentos e infraestruturas vulneráveis à ocorrência deste fenómeno (Quadro 49). Destaca-se pela proximidade à pedreira a localidade de Cabreiro.

Nº Elementos Categoria Tipologia Designação Expostos / Extensão (Km) N.º de Edifícios e Edifícios Habitacionais 10 Edifícios Habitacionais - Habitantes potencialmente População 27 Habitantes - afetados Rua da Calçada Antiga Infraestruturas Rua do Lameiro Rodoviárias Infraestruturas Rua Marquês de Angeja Rede de Água 1.6 Rede Elétrica 2.2 Agentes de Proteção Civil - Equipamentos - Administrativos Equipamentos Elementos expostos - Desportivos estratégicos, vitais e/ou sensíveis para Equipamentos Educativos - as operações de Equipamentos Religiosos - proteção civil e Equipamentos Sociais - socorro Indústria e Armazéns (Cabreiro) 3 Armazenamento Unidades de Alojamento - Património Quinta do Pisão de Cima e Quinta do Marquês de Angeja Quadro 49 - Elementos expostos a Incêndios Florestais

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 313 de 336 de emergência de proteção civil

5.2.15. Colapso de Estruturas em Edifícios Análise da vulnerabilidade\elementos expostos Identifica-se como área mais vulnerável à ocorrência de colapso de estruturas em edifícios, a União das Freguesias de Carcavelos e Parede, por apresentar um edificado mais antigo. Pelo facto de apresentarem um elevado número de edifícios com necessidade de reparação, destacam-se os lugares do Cabreiro, Birre, Amoreira, Sassoeiros e Carcavelos. Lugar Nº de edifícios Murtal 2 Rana 2 Abóboda 3 Estoril 5 São Pedro do Estoril 8 Janes 11 Tires 14 Murches 16 São João do Estoril 17 Bicesse 22 Parede 34 Cascais 37 Alapraia 41 Adroana 47 Carcavelos 52 Sassoeiros 61 Amoreira 66 Birre 75 Cabreiro 81 Quadro 50 - N.º de edifícios com necessidades muito grande de reparações por lugar

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 314 de 336 de emergência de proteção civil

O quadro seguinte sintetiza a população, o número total e edifícios e arruamentos com necessidades muito grande de reparações.

Nº Elementos Categoria Tipologia Designação Expostos / Extensão (Km) N.º de Edifícios Edifícios 594 - e Habitantes Habitacionais potencialmente População 1830 - afetados Avenida 25 de Abril Avenida Costa Pinto Avenida do Ultramar Avenida Dom Pedro I Avenida Emília Avenida Marginal (EN6) Avenida Marques Leal (EN6) Beco à Rua Manuel Henriques Beco das Mimosas Calçada do Juncalinho EN249-4 Estrada da Alapraia Estrada da Malveira da Serra (EN9-1) Largo do Américo Largo do Girassol Praceta Abel Botelho Praceta do Girassol Praceta do Pinhal da Alegria Praceta dos Lilazes Praceta Galileu Morgado de Moura Praceta João Manuel Cordeiro Pereira Rua 5 de Outubro Infraestruturas Rua Afonso Lopes Vieira Infraestruturas Rodoviárias Rua António Nobre Rua António Silva Rua Barros Queirós Rua Beatriz Costa Rua Camilo Pessanha Rua Cândido dos Reis Rua Carlos Anjos Rua Carvalho d'Araújo Rua Conselheiro Fernando de Sousa Rua da Alegria Rua da Areia Rua da Bela Vista Rua da Calçada Antiga Rua da Escola Nova Rua da Esperança Rua da Fonte Rua da Grécia Rua das Buganvílias Rua das Chetaínhas Rua das Codornizes Rua das Fisgas Rua das Madressilvas Rua das Papoilas Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 315 de 336 de emergência de proteção civil

Rua de Birre Rua de Dinaméne Rua de Jau Rua de Santo António Rua de São Francisco Rua de São Vicente Rua do Geraldo Rua do Girassol Rua dos Eucaliptos Rua dos Figueiredos Rua dos Gerâneos Rua dos Junquilhos Rua dos Lilazes Rua dos Lusíadas Rua dos Passarinhos Rua Doutor António Granjo Rua Doutor Félix Pereira Rua Doutor João de Menezes Rua Doutor Marques da Mata Rua Doutor Raul Loures Marques Coelho Rua Eugénio de Andrade Rua Felizardo A. Martins Rua Fernando Pessoa Rua Ferreira de Castro Rua Heliodoro Salgado Rua Heróis do Ultramar Rua João da Silva Rua José Castro Rodrigues Rua José Elias Garcia Rua Luís de Camões Rua Manuel Acácio Pereira Lourenço Rua Manuel Henriques Rua Mato da Cruz Rua Mayer Garção Rua Monte do Carmo Rua Narcisa Sousa Graça Rua Palmira Bastos Rua Pintor Carybé Rua Principal Rua Sacadura Cabral Rua Sargento Jacinto Gonçalves Rua Silva Lobo Rua Trindade Coelho Rua Visconde da Luz Rua Zeca Afonso Travessa da Escola Nova Travessa das Amoreiras Travessa do Américo Travessa do Realista Travessa dos Lusíadas Travessa Doutor Félix Pereira Travessa Emília Travessa José Freire Travessa Palmira Bastos Quadro 51 - Elementos Expostos Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 316 de 336 de emergência de proteção civil

5.2.16. Incêndios Urbanos Análise da vulnerabilidade\elementos expostos Nos mapas seguintes representa-se o edificado, classificado por tipo de utilização, de acordo com as tipologias definidas no Decreto-lei n.º 220/2008. Caracterizam-se os núcleos urbanos que apresentam a maior área no concelho, como os núcleos urbanos de Cascais, do Estoril, do Monte do Estoril, da Parede e de Alcabideche, nos quais se destacam os edifícios mais vulneráveis como as escolas, centros e extensões de saúde e lares de idosos, pela concentração de pessoas em grupos etários mais vulneráveis. Relativamente ao núcleo urbano de Cascais (Mapa 62) merece especial atenção a Creche José Luís, a Creche e Jardim de Infância de São José, “A Chupeta” - Berçário, Creche e Infantário, o Externato Nossa Senhora Assunção, o Colégio Cidadela, a Escola Básica José Jorge Letria, a Escola Básica e Secundária Cidadela, o Centro de Saúde de Cascais, a Casa de Repouso São José e a Casa de Repouso Cascais Jardim.

Mapa 62 - Utilização Tipo do Edificado (Núcleo Urbano de Cascais)

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 317 de 336 de emergência de proteção civil

Em relação aos núcleos urbanos do Estoril e do Monte do Estoril (Mapa 63) destaca-se o Externato Dona Luísa Sigea, o Externato Senhora do Monte, a Escola Básica do 1º Ciclo Monte Estoril, a Escola Alemã do Estoril, a Escola Básica Fausto Cardoso Figueiredo, a Escola Técnica e Liceal Salesiana de Santo António, a Escola Básica Raul Lino, a Escola Profissional Val do Rio, a St George's School, o Colégio Vila Ramuntcho, o Centro de Recuperação Neuropsicológico do Estoril, o Centro Paroquial do Estoril, o Lar de Santa Rita, a Ludoteca do Monte e o Clube Sénior de Santo António.

Mapa 63 - Utilização Tipo do Edificado (Núcleos Urbanos do Estoril e do Monte do Estoril)

Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 318 de 336 de emergência de proteção civil

No núcleo urbano da Parede (mapa 64) merece especial atenção o Colégio Portugal, o Colégio “As Abobrinhas”, o Colégio da Bafureira, o Externato Eduarda Maria, o Infantário “O Bicharoco”, o Jardim de Infância da Parede, a Escola Básica Parede nº 2, o Centro de Educação Infantil da Parede – ISS, Lar de Nossa Senhora da Visitação, o Lar da Bafureira e a Residência Sénior da Cruz Vermelha.

Mapa 64 - Utilização Tipo do Edificado (Núcleo urbano da Parede)

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Em relação ao núcleo urbano de Alcabideche (Mapa 65) destaca-se o Jardim de Infância de Alcabideche, a Escola Básica de Alcabideche, a Escola Básica Alto da Peça, a Escola Básica Alcoitão nº 2, a Escola Básica e Secundária Ibn Mucana, a Escola Básica Profª Maria Margarida Rodrigues, a Escola Superior de Saúde do Alcoitão, o Centro de Saúde de Alcabideche, a Casa de Repouso de Alcabideche e o Centro de Medicina Física e Reabilitação de Alcoitão. Apesar de não se identificar na no mapa seguinte merecem também especial atenção o Hospital Ortopédico de Sant'Ana e o Hospital Dr. José de Almeida.

Mapa 65 - Utilização Tipo do Edificado (Núcleo Urbano de Alcabideche)

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5.2.17. Incêndios em Centros Históricos Relativamente aos incêndios em centros históricos, consideram-se como principais elementos expostos os equipamentos educativos (creches, escolas básicas), equipamentos sociais (lares, centros de dia), equipamentos de saúde (centros e extensões de saúde), equipamentos administrativos e unidades de alojamento pela concentração de pessoas em grupos etários mais vulneráveis (jovens e idosos). Neste contexto, em relação ao núcleo urbano de Cascais, importa destacar o elevado número de elementos expostos nestas categorias, conforme se pode observar no quadro seguinte.

Categoria Tipologia Designação N.º de Edifícios Habitacionais 936 Edifícios e 2678 Habitantes potencialme População nte afetados Elementos Agentes de Proteção Civil 50ª Esquadra (Cascais) expostos Esquadra - Posto de Turismo estratégicos, vitais e/ou Policia Marítima sensíveis Posto da Brigada Fiscal para as Equipamentos Câmara Municipal de Cascais Departamento Serviços operações Administrativos Financeiros de proteção Câmara Municipal de Cascais Departamento Urbanismo e civil e Infraestrutura socorro Câmara Municipal de Cascais Divisão da Juventude Câmara Municipal de Cascais Divisão de Educação Junta de Freguesia de Cascais Repartição de Finanças de Cascais 1 Equipamentos Culturais Biblioteca Municipal de Cascais Infantil e Juvenil Biblioteca Municipal de Cascais Casa da Horta de Santa Clara Casa das Histórias Paula Rego Casa de Santa Maria Centro Cultural de Cascais Escola EB1 José Jorge Letria Farol Museu de Santa Marta Junta de Freguesia de Cascais Livraria Galileu SA Livraria Municipal - Loja Cascais Livraria Municipal de Cascais Museu Conde Castro Guimarães Museu do Mar Rei D. Carlos Núcleo Museológico da Associação Portuguesa de Coleccionadores de Armas Posto de Turismo de Cascais Teatro Gil Vicente Equipamentos de Saúde Espaço S - informação e aconselhamento médico

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Equipamentos ADN Atividades Desportivas Náuticas Desportivos Clube Naval de Cascais Hipódromo Manuel Possolo Equipamentos Educativos Colégio Cidadela - Prime School Escola Básica José Jorge Letria Externato Nossa Senhora Assunção Equipamentos Religiosos Capela de Nossa Senhora da Nazaré Capela de Nossa Senhora da Vitória Capela de São Sebastião Ermida de Nossa Senhora da Conceição Ermida de Nossa Senhora de Porto Seguro Igreja da Misericórdia de Cascais Igreja dos Adventistas do Sétimo Dia de Cascais Igreja dos Navegantes Igreja Nossa Senhora da Assunção (Igreja Paroquial de Cascais) Igreja Universal do Reino de Deus Salão do Reino das Testemunhas de Jeová - Cascais Oeste Equipamentos Sociais Centro de Convívio do Poço Novo - J. F. Cascais Conferência Vicentina Beato Nuno Álvares Pereira - Cascais CooperActiva - Cooperativa de Desenvolvimento Social Creche José Luís - SCMC Espaço BIPP Cascais Santa Casa da Misericórdia de Cascais Serviço Local da Segurança Social de Cascais Infraestruturas Estação de Cascais Ferroviárias Instalações Militares e Fortaleza Unidade Anti-aérea Estabelecimentos Prisionais Telecomunicações Antena de Telecomunicações (MEO) Antena de Telecomunicações (NOS) Antena de Telecomunicações (Radiomóvel) Antena de Telecomunicações (Vodafone) Unidades de Alojamento Albergaria Valbom Apartamento Casa Avenida Casa da Pérgola Casa Vela Farol Design Hotel Hotel Albatroz Hotel Apartamento Vila Galé Cascais

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Hotel Baía Pousada Cascais Solar Dom Carlos Vila Albatroz Quadro 52 - Elementos Expostos ao núcleo urbano de Cascais

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5.2.18. Incêndios Florestais Análise da vulnerabilidade\elementos expostos O cruzamento das classes de risco elevado e muito elevado a incêndios florestais com os elementos expostos estratégicos, vitais e/ou sensíveis para as operações de proteção civil, permitem identificar um conjunto de equipamentos e infraestruturas vulneráveis à ocorrência deste fenómeno (Quadro 53). Destacam-se as localidades da Biscaia e Figueira do Guincho por serem particularmente vulneráveis ao fenómeno e a possibilidade de cerca de 2618 habitantes e 1013 edifícios habitacionais serem afetados, assim como vários equipamentos educativos e sociais, entre os quais a Associação de Apoio Social Nossa Senhora da Assunção, o Centro de Apoio à Família Crescer para Integrar, o Centro de Apoio Social do Pisão e a Creche do Murtal. Importa ainda referir, pela elevada concentração de pessoas, as 5 unidades de alojamento potencialmente afetadas.

Nº Elementos Categoria Tipologia Designação Expostos / Extensão (Km) N.º de Edifícios Edifícios 1013 Edifícios Habitacionais - e Habitantes Habitacionais potencialmente afetados População 2618 Habitantes - A5 2,7 Km Avenida Brigadeiro Victor Novais Gonçalves 1,5 Km (3ª Circular) Avenida Nossa Senhora do Cabo (EN247) 0,5 km Estrada da Malveira da Serra (EN9-1) 0,3 Km Infraestruturas Estrada da Serra (EN9-1) 3,5 Km Rodoviárias Estrada do Guincho (EN247) 1,9 Km Estrada 3ª Circular 0,2 Km Rua de Cascais (EN9-1) 0,3 Km Rua do Cabo (EN247) 0,9 Km Rede Viária Urbana 29,1 Km Infraestruturas Depósito de Bilhas de Gás 1 Rede de Gás Posto de Regulação de Pressão 1 Rede de Alta-Tensão 4,2 Km Rede de Baixa-Tensão 50,1 Km Rede Elétrica Rede de Média-Tensão 27,6 Km Rede de Iluminação Pública 20,7 Km Antena de Telecomunicações 1 Antena de Telecomunicações (MEO) 1 Telecomunicações Antena de Telecomunicações (NOS) 5 Antena de Telecomunicações (Radiomóvel) 1 Antena de Telecomunicações (Vodafone) 5 Agentes de Proteção Polícia Municipal (Parque Municipal de Elementos - expostos Civil Viaturas) Equipamentos Posto de Direção Regional de Agricultura e estratégicos, - vitais e/ou Administrativos Floresta de Cascais sensíveis para as Equipamentos AHOKI - Hotel Penha Longa - operações de Desportivos Arriba - João Padeiro -

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proteção civil e Campo de Futebol do Grupo Desportivo - socorro Malveira da Serra Campo Golfe do Estoril - Clube de Campo D. Carlos I - Clube de Petanca de S. Pedro do Estoril - Estalagem Muchaxo - Grupo Desportivo do Zambujeiro (sede social) - Oitavos Golf - Parque Campismo Orbitur - Associação de Apoio Social Nossa Senhora da - Assunção Equipamentos Centro de Apoio à Família Crescer para Educativos Integrar- Horizonte, Cooperativa de - Solidariedade Social e de Ensino, CRL Capela da Sagrada Família (Capela do Pisão) - Equipamentos Capela de Nossa Senhora da Assunção - Religiosos Seminário Patriarcal de São José de Caparide - Centro da AISA - Equipamentos Centro de Apoio Social do Pisão - SCMC - Sociais Creche do Murtal - Coop. Horizonte - Indústria e Armazém 3 Armazenamento Atlantic Panorama - Estalagem Muchaxo Hotel - Unidades de Hotel do Guincho - Alojamento Hotel Estoril 7 - Parque Campismo Orbitur Guincho - Quadro 53 - Elementos Expostos a Incêndios Florestais

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5.2.19. Emergências radiológicas A exposição ao fenómeno do radão é considerada elevada.

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5.3. Estratégia para Mitigação dos Riscos De acordo com o PMEPCC as medidas implementadas, e a implementar, são as seguintes:

Risco Medidas Implementadas Medidas a Implementar

Plano de Emergência das Ondas de Colaboração no levantamento dos casos de Ondas de Calor da Autoridade de Saúde do risco referenciados no Plano de Emergência Calor Concelho. das Ondas de Calor bem como na logística Ações de sensibilização à população. associada à resolução dos mesmos. Articulação entre Autoridade de Saúde, Agentes de Proteção Civil, Garantir a existência de listagem atualizada unidades orgânicas da Câmara de instituições aptas a fornecer agasalhos e Municipal de Cascais e instituições cobertores. Ondas de Frio referenciadas pelo Dep. Habitação e Colaboração no levantamento de casos de Desenvolvimento Social, que têm risco. Estabelecimento de protocolos com condições para receber “sem-abrigo” instituições para eventual receção de “sem- ou indivíduos vulneráveis. Ações de abrigo” ou indivíduos vulneráveis. sensibilização à população. Num período de seca, garantir a sensibilização à população relativamente às Articulação com os Corpos de regras para o consumo adequado de água. Bombeiros e com a empresa Águas Em estreita ligação com as Águas de Cascais Secas de Cascais na distribuição de água. garantir a disponibilização de informação Ações de sensibilização à população. sobre locais de abastecimento de água potável e métodos para purificação da água em pontos de água não potável. Difusão de avisos e alerta a populações especialmente localizados em áreas de suscetibilidade. Dotação de Kit’s motobomba nas Inspeção e levantamento de riscos freguesias. das ribeiras e linhas de água, do Instalação e monitorização de medidores de Concelho de Cascais, garantindo que caudal nas ribeiras e linhas de água do no início do ano hidrológico todos os município, para garantir a identificação riscos identificados se encontrem atempada de áreas de risco de forma a criar mitigados, em articulação com a um sistema de aviso e alerta às populações, Cheias e àguas de Cascais, APA, unidades garantindo a tomada de medidas Inundações orgânicas do Município e EM’s. preventivas eficazes a cada situação. Execução das empreitadas Construção de bacias de retenção nas prioritárias de forma a mitigar os bacias hidrográficas de maior risco, riscos de inundação nos locais minimizando assim os riscos associados a críticos. cheias rápidas. Ações de sensibilização à população. Garantir a implantação das áreas de risco na Carta de Condicionantes do PDM. Garantir a execução das empreitadas planeadas, para mitigar os riscos de inundação nos locais críticos. Ações de sensibilização para a população. Cumprimento do Regulamento de Aplicação de medidas antissísmicas em Sismos Segurança e Ações (RSA), na edifícios críticos, sobretudo os construídos construção de novas edificações e antes de 1985. obras de arte. Ações de sensibilização à população. Cartografia de suporte às operações Caraterização do Risco Página 327 de 336 de emergência de proteção civil

Garantir a existência um sistema de canais de comunicação adequados para difundir em tempo útil mensagens de aviso e / ou alerta à população, garantindo a tomada de medidas preventivas adequadas. Inundação Ações de sensibilização à população Articulação com as operadoras das redes de por Tsunami comunicação móveis, de forma a garantir os avisos e alerta. Implementação de uma rede de sinalética, onde seja percetível dos caminhos de evacuação de Tsunami. Levantamento anual de riscos nas áreas sensíveis na orla costeira. Interdição total ou parcial de acesso Garantir a existência de canais de aos locais de risco. comunicação adequados para difundir em Galgamentos Rede de sinalética nas áreas de risco. tempo útil mensagens de aviso e / ou alerta Costeiros Monitorização da evolução das à população em ordem à tomada de condições dos fenómenos de medidas preventivas adequadas. agitação marítima e galgamentos. Ações de sensibilização à população. Levantamento anual de riscos nas áreas sensíveis na orla costeira. Interdição total ou parcial de acesso Erosão aos locais de risco. Garantir a existência de canais de Costeira: Rede de sinalética nas áreas de risco. comunicação adequados para difundir em recuo e Monitorização da evolução das tempo útil mensagens de aviso e / ou alerta instabilidade condições dos fenómenos de à população em ordem à tomada de de arribas agitação marítima e galgamentos. medidas preventivas adequadas Ações de sensibilização à população. Levantamento anual de riscos nas áreas sensíveis na orla costeira Inundação por Rutura de Barragens Garantir a implantação das zonas de risco Inspeções e visitas aos locais mais na Carta de Condicionantes do PDM. Movimentos suscetíveis da ocorrência de Implementação de medidas corretivas, nos de Massa em movimentos de massa em vertente. locais de maior risco. Vertentes Ações de sensibilização à população. Monitorização tecnológica das vertentes de maior risco. Identificação dos “pontos negros” de tráfego. Acidentes Sinalização rodoviária. Rodoviários, Implantação de rotundas nos Melhoramento da sinalização existente. Ferroviários, cruzamentos de maior risco. Eliminação de todas as passagens de nível. Aéreos e Eliminação de algumas passagens de Marítimos nível. Ações de sensibilização à população. Acidentes no Condicionamento de circulação rodoviária e Transporte de Formação de todos os condutores estacionamento em algumas vias de maior Matérias destes veículos com formação ADR. risco. Perigosas

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Garantir a existência dos Planos de Emergência Internos nas respetivas Acidentes Plano Prévio de Intervenção para os unidades industriais. Industriais Riscos Industriais do Concelho de Atualizar os Planos Prévios de Intervenção que Envolvam Cascais. de Riscos Industriais do Concelho de Substâncias Visitas às instalações industriais. Cascais. Perigosas Ações de sensibilização à população. Execução de exercícios nas indústrias de maior risco. Colapso de Monitorização periódica das entidades Inspeções e visitas às estruturas com Estruturas em responsáveis pela manutenção de cada uma sinais de degradação visíveis. Edifícios das infraestruturas. Ações de sensibilização à população; Criação de acessos privilegiados para intervenção dos bombeiros. Incêndios Retirar, em articulação com os

Urbanos proprietários, carga potencialmente combustível de edifícios devolutos situados nas zonas antigas dos núcleos urbanos. Plano de Emergência do Centro Incêndios em Urbano Histórico de Cascais. Elaboração de planos de emergência para Centros Visitas aos diversos Centros Urbanos os restantes Centros Urbanos Históricos. Históricos Históricos. Ações de sensibilização à população. Gestão da Faixas de combustível em redor da Rede Viária Florestal (RVF). Manutenção da RVF. Limpeza das faixas de combustível em redor dos aglomerados populacionais (100m). Limpeza das faixas de combustível Criação de zonas de viragem na RVF. em redor de edificações isoladas Ampliação da rede de pontos de água. (50m). Sistema de deteção remota de incêndios Incêndios Criação e manutenção de pontos de florestais. Florestais água. Sistema de avisos e / ou alertas à Uso da técnica de fogo controlado na população. gestão de faixas de combustível. Criação de um espaço destinado a ser um Plano Municipal da Defesa da carregadouro. Floresta Contra Incêndios. Plano Operacional Municipal. Vigilância privilegiada nas Fases Charlie e Delta – Dispositivo Especial Combate Incêndios Florestais. Ações de sensibilização à população Garantir a existência dos Planos de Emergência Internos nas respetivas Plano Prévio de Intervenção para os unidades industriais. Riscos Industriais do Concelho de Emergências Atualizar os Planos Prévios de Intervenção Cascais. Radiológicas de Riscos Industriais do Concelho de Visitas às instalações industriais. Cascais. Ações de sensibilização à população. Execução de exercícios nas indústrias de maior risco. Quadro 54 - Medidas e estratégias de prevenção do risco

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6. Programa de medidas para a garantia da manutenção da operacionalidade do plano De modo a testar a operacionalidade do PMEPC de Cascais e a validação dos pressupostos nele contidos, o SMPC promove a realização de exercícios com a periodicidade máxima de dois anos. Os exercícios poderão envolver o teste à totalidade ou apenas a parte do plano e ser do tipo TTX (Table Top Exercise), CPX (Comand Post Exercise, CPX), ou LIVEX (Live Exercise). A seleção do tipo de exercício a efetuar deve ter em consideração o nível de articulação existente entre os diversos intervenientes no subsistema de proteção e socorro e os meios e recursos cuja eficiência e eficácia se pretenda testar. Sem prejuízo da periodicidade referida anteriormente, será realizado um exercício CPX no prazo máximo 180 dias após a data da aprovação do plano. Os exercícios devem ser objeto de avaliação. Este processo incluirá a elaboração de relatórios sectoriais por parte de todos agentes de proteção civil, entidades e outros organismos de apoio envolvidos. Serão elaborados relatórios finais com as conclusões retiradas dos relatórios sectoriais, os quais devem constar em ata elaborada para o efeito.

Cartografia de suporte às operações Programa de medidas para a Página 330 de 336 de emergência de proteção civil garantia da manutenção da operacionalidade do plano

7. Cenários

7.1. Incêndio Florestal Seguidamente é descrito um cenário de incêndio florestal ocorrido numa área de mato, junto à localidade de Biscaia.

Descrição do cenário Tipo de cenário Incêndio florestal com origem numa área de mato junto à localidade de Biscais Descrição dos Tratamento médico e hospitalizações. Retirada de pessoas por um período de danos 72 horas. Danos substanciais (um edifício totalmente destruído e três parcialmente destruídos; duas viaturas destruídas). Disrupção na comunidade (corte de comunicações fixas a cerca de 100 habitantes). Impacte no ambiente com efeitos duradoiros. Elevada perda financeira. Localização Área de mato a sudoeste da localidade de Biscaia.

Dimensão da área Zona de mato afetada com cerca de 2 hectares de área; Zona urbana afetada afetada com 0,1 hectares. Objetivo cenário Prestar o socorro às vítimas para um tratamento atempado dos ferimentos. Impedir a propagação do incêndio a zonas habitacionais. Completar o aviso com informação precisa através dos meios previstos. Apoiar a evacuação das populações. Extinguir o incêndio. Minimizar os danos que interrompem a atividade da comunidade no menor espaço de tempo. Limpar os espaços públicos e os edifícios públicos para garantir a continuidade dos serviços.

Fita do tempo Ações Descrição 0:00 h Ocorrência 1 Aviso de incêndio Mobilização de meios 1ª intervenção e combate - CB's, para o Ação 1 local. [AI - Socorro e salvamento] Ação 2 O COS avalia a situação. [AI Reconhecimento e avaliação]

O SMPC avalia a gravidade da situação. [AI Reconhecimento e Ação 3 avaliação] Ação 4 Solicitado reforço de meios e empenhar no TO. O Diretor do Plano avalia em articulação com a Autoridade de Segurança e Comandante da CB a necessidade de ativação do 0:20 h Decisão 1 plano tendo em consideração os critérios de ativação estabelecidos no PMEPC

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Ação 5 Convocação da CMPC. O Diretor do SMPC ativa organismos/entidades de apoio. Ação 6 Acionada VCOC para Posto de Comando. Decisão 2 A CMPC ativa o PMEPC Coordenação das evacuações e deslocações. [AI Confinamento Ação 7 e/ou evacuação] Ativação de meios para prestação de cuidados médicos. [AI Ação 8 Serviços médicos e transporte de vítimas] Alerta e apoio à população com necessidades especiais 0:40 h Ação 9 (cognitivas ou sensitivas, ou com mobilidade reduzida. [AI Informação pública] Preparação e disseminação de avisos segundo modelos de Ação 10 comunicados. [AI Informação pública] Verificação de que os avisos são corretos e atempados. [AI Ação 11 Informação pública] Coordenação dos meios de socorro e emergência. [AI Socorro e Ação 12 salvamento] Ação 13 Garante da segurança pública. [AI Manutenção da ordem pública] Ação 14 Monitorização dos pedidos de ajuda e aferição das localizações. Ação 15 CMPC reunida. 1:20 h Decisão 3 CMPC contacta entidades e serviços de apoio Seleção de locais para concentração de meios internos e externos Ação 16 ao município. Comunicação e informação. Coordenação da concentração de meios. [AI Logística] Deslocação dos meios próprios de combate a incêndios dos CB's Ação 1 (Cont.) para o local. [AI Socorro e Salvamento] CMPC informa realização Ponto da Situação junto dos O. C. Social 2:40 h Decisão 4 e Presidente da CM declara Situação de Alerta Ação 9 (Cont.) Apoio direto à população com necessidades especiais. Coordenação dos meios de socorro e emergência. Gestão das Ação 12 (Cont.) intervenções voluntárias. Solicitado apoio de meios aéreos. [AI Socorro e Salvamento] Ação 13 (Cont.) Garante da segurança pública. [AI Manutenção da ordem pública]

Ação 14 (Cont.) Monitorização dos pedidos de ajuda e aferição das localizações. Coordenação das evacuações e deslocações. [AI Confinamento Ação 7 (Cont.) e/ou evacuação] Prestação de cuidados médicos. [AI Serviços médicos e transporte Ação 8 (Cont.) de vítimas] Presidente da Câmara realiza novo ponto de situação junto dos O. 4:00 h Decisão 5 C. Social [AI Informação pública] Coordenação das populações deslocadas e organização dos Ação 17 alojamentos de emergência. 12:00 h Decisão 6 CMPC reavalia prioridades de emergência 24:00 h Ocorrência 2 Extinção do incêndio na proximidade de zona habitacional Combate a incêndio. Rescaldo da zona urbana. [AI Socorro e Ação 1 (Cont.) Salvamento] Cartografia de suporte às operações Cenários Página 332 de 336 de emergência de proteção civil

Coordenação das populações deslocadas e gestão dos Ação 17 (Cont.) alojamentos de emergência - prossegue até resolução total. [AI Apoio às Populações] 40:00 h Ocorrência 3 Extinção do incêndio florestal Ação 1 (Cont.) Rescaldo das zonas afetadas. [AI Socorro e Salvamento] Avaliações dos danos nas infraestruturas de transporte e Ação 18 comunicações. [AI Socorro e Salvamento] Contacto e apoio no terreno às entidades para implementar Ação 19 alternativas provisórias de transporte. [AI Logística] Contacto e apoio no terreno às entidades para implementar 56:00 h Ação 20 resolução das falhas de comunicações. [AI Comunicações] Decisão 7 Desativação do PMEPC (CMPC) 72:00 h Decisão 8 Início das operações de reabilitação Contacto e apoio às entidades para executar trabalhos de Ação 21 construção civil de reparação e limpeza da via pública por forma a garantir a continuidade dos serviços. Contacto e apoio aos organismos para o restabelecimento das Ação 22 infraestruturas de transporte e de comunicações - prossegue até resolução total.

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7.2. Incêndio Urbano

Seguidamente é descrito um cenário de incêndio urbano, ocorrido num edifício localizado na vila de Cascais.

Descrição do cenário Tipo de cenário Incêndio Urbano Descrição dos Tratamento médico e hospitalizações de pessoas. Estabelecimento danos inutilizado. 2 Edifícios vizinhos totalmente destruídos e 3 com danos parciais. Destroços e sujidade na via pública. Impacte no ambiente sem efeitos duradoiros. Perda financeira significativa. Localização Rua Gomes Freire, n.º 11

Dimensão da área O edifício (destruído) e área envolvente até 312 m² (com danos variáveis). afetada Objetivo cenário Proceder ao socorro dos feridos. Controlar o incêndio até à sua extinção. Prevenir a propagação do incêndio a zonas habitacionais com potencial de explosão. Evacuar potenciais áreas de perigo e limitar o acesso da área de perigo ao público.

Fita do tempo Ações Descrição 0:00 h Ocorrência 1 Incêndio no estabelecimento Mobilização de meios 1ª intervenção e combate - CB's, Ação 1 para o local. [AI - Socorro e salvamento]

Combater a propagação do incêndio. [AI - Socorro e Ação 2 salvamento]

O COS avalia o ponto da situação. [AI Reconhecimento e Ação 3 avaliação] 0:40 h Ocorrência 2 Propagação do Incêndio aos edifícios vizinhos O SMPC avalia a gravidade da situação. [AI Ação 4 Reconhecimento e avaliação]

Ação 5 Comunicação ao Presidente da Câmara.

Decisão 1 O Diretor do Plano propõe ativação do plano

Deslocação da VCOC para coordenação dos meios de

Ação 6 socorro. Execução das operações de socorro. [AI Socorro e Salvamento] 1:20 h Decisão 2 A CMPC ativa o PMEPC Cartografia de suporte às operações Cenários Página 334 de 336 de emergência de proteção civil

Fita do tempo Ações Descrição Ação 7 Reforço no terreno dos meios de combate. Ação 8 Comunicação de ativação do PMEPC. Avaliar zona de perigo. Evacuar pessoas na zona de perigo. Ação 9 Limitar as intervenções voluntárias. [AI Confinamento e/ou evacuação] Corte das vias de acesso e abertura dos corredores de 2:00 h Ação 10 emergência. [AI Manutenção da ordem pública] Decisão 3 Presidente da CM desloca-se para local Ativados meios da Câmara Municipal para apoio às Ação 11 operações de emergência. Comunicar a informação.

Coordenar a concentração de meios. [AI Logística]

Coordenação dos meios de socorro e executar operações Ação 6 (Cont.) de socorro. [AI Socorro e salvamento]

Prestação de cuidados médicos. [AI Serviços médicos e Ação 7 (Cont.) transporte de vítimas] Combate à propagação do incêndio. [AI Socorro e Ação 2 (Cont.) salvamento] 3:40 h Decisão 4 Briefing com O. C. Social Extinção do incêndio. Operações de rescaldo. [AI Socorro Ação 12 e salvamento] 6:00 h Decisão 5 Início das operações de reabilitação. Ação 13 Avaliação dos danos no espaço público. Contacto e apoio no terreno às entidades gestoras das Ação 14 redes e responsáveis do espaço público para implementar reabilitação urgente. Decisão 6 Início das operações de reabilitação Contacto e apoio aos organismos para o restabelecimento 24:00 h Ação 15 das infraestruturas de transporte e de comunicações - prossegue até resolução total. Decisão 7 Desativação do PMEPC (CMPC)

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FIM

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