UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS - UNISINOS UNIDADE ACADÊMICA DE GRADUAÇÃO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - BACHARELADO

MICAEL LUÃ BERGAMASCHI

INTERPRETAÇÕES PALEOAMBIENTAIS DO PLEISTOCENO MÉDIO COM BASE EM FORAMINÍFEROS BENTÔNICOS DA BACIA DE SANTOS – BRASIL

SÃO LEOPOLDO 2012

Micael Luã Bergamaschi

INTERPRETAÇÕES PALEOAMBIENTAIS DO PLEISTOCENO MÉDIO COM BASE EM FORAMINÍFEROS BENTÔNICOS DA BACIA DE SANTOS – BRASIL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Biológicas, pelo Curso de Ciências Biológicas da Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS

Orientador: Prof. Dr. Itamar Ivo Leipnitz

São Leopoldo 2012

Aos meus pais, Cláudia e Fernando. Presentes nos momentos de eclipse e luz em minha vida.

AGRADECIMENTOS

Ao finalizar este estudo e concluir mais uma etapa em minha vida, gostaria de agradecer àqueles que colaboraram de diversas e significativas maneiras no desenvolvimento e evolução deste trabalho:

Ao meu orientador, Itamar Ivo Leipnitz, que sempre me incentivou, apoiou e abriu portas na minha jovem caminhada ao longo destes anos que venho me dedicando aos estudos com foraminíferos.

Aos pesquisadores e amigos, Carolina Jardim Leão e Fabricio Ferreira, pela oportunidade, ideias e ensinamentos passados, contribuindo para a realização deste trabalho e motivação para muitos outros que estão por vir.

À Petrobras por ter cedido as amostras para execução deste trabalho.

Aos colegas do Instituto Tecnológico de Micropaleontologia (ITT Fossil – Unisinos), pelo suporte técnico de fundamental importância. Pelas risadas e diversos momentos de descontração.

Aos amigos da Biologia, pelos momentos de diversão e discussões biológicas, que de forma direta ou indireta contribuíram para a conclusão deste trabalho.

Aos pesquisadores, Guilherme Krahl e Thièrs Wilberger, por ótimas discussões e sugestões, e também pelo incentivo e amizade.

Ao Rogério da Silva Martins da Costa, responsável técnico do microscópio eletrônico de varredura (MEV) do Cenpes/Petrobras, pelo auxílio na obtenção das fotomicrografias de foraminíferos.

Ao pesquisador John W. Murray pela singular ajuda em discussões por e-mail relacionadas à sistemática e metologia aplicada.

Ao professor Renato Luiz Romera Carlson pelo essencial suporte nas análises estatísticas.

Aos meus pais, Fernando e Cláudia, meus exemplos maiores de amor, determinação e perseverança. Sou muito grato por todo o carinho, amo vocês!

A minha irmã Natalie, pela amizade e companheirismo eternos. Por todo o carinho, convivência e força, você é muito importante em minha vida e uma grande fonte de alegria. A minha querida tia Janaina, muitas alegrias e brigas... e é claro, vitórias conquistadas sem perder o bom humor. Sempre estará em meu coração.

Ao grande amigo Adriano Misturini, pela amizade e grandes momentos de alegrias e aprendizados... e que você perdoe a ausência de quem tem orgulho de te chamar de irmão!

Ao Nando, por todo amor, companheirismo e compreensão. Obrigado por estar em minha vida e por toda a coragem que você me passou durante esta jornada, que também dedico a você.

“The fact that we live at the bottom of a deep gravity well, on the surface of a gas covered planet going around a nuclear fireball 90 million miles away and think this to be normal is obviously some indication of how skewed our perspective tends to be”

Adams (2003, p. 55).

RESUMO

O Pleistoceno (2,58 milhões de anos a 12 mil anos atrás) foi um período muito dinâmico na história geológica da Terra, caracterizado por grandes oscilações climáticas que modificaram as condições dos ambientes no planeta e moldaram a distribuição da biodiversidade marinha. Foraminíferos são protistas em sua grande maioria marinhos, muito sensíveis a variações ambientais, e largamente utilizados em estudos paleoecológicos. O presente estudo teve como objetivo analisar as associações de foraminíferos bentônicos do testemunho BS-A, na busca de contribuir com o conhecimento acerca das características paleoecológicas e paleoambientais do Pleistoceno Médio. O testemunho analisado foi coletado a uma profundidade de 2.141 metros no talude continental da Bacia de Santos e possui recuperação contínua de 20,65 m. Selecionaram-se 25 amostras representantes do Pleistoceno Médio, processadas dentro da metodologia padrão para microfósseis calcários. Foram identificados 26.629 espécimes, distribuídos em 64 gêneros e 147 espécies de foraminíferos bentônicos, entretanto apenas três apresentaram um padrão de abundância e distribuição consistente (Epistominella exigua, Alabaminella weddellensis, e Cassidulina californica). Através dos dados de distribuição da fauna e análises de regressão, foi possível subdividir o intervalo estudado em três subintervalos. Os subintervalos A (mais antigo, entre 2.037 e 1.946 cm) e C (mais recente, entre ~1.509 e 849 cm), apresentaram elevada dominância de E. exigua, grande densidade de espécimes de foraminíferos por grama de sedimento (ind/g) e baixa diversidade. A espécie E. exigua é oportunista e capaz de se reproduzir rapidamente, em resposta a depósitos sazonais de fitodetritos. Sugere-se que nesses dois momentos, tenham ocorrido consideráveis aportes de material fitodetrítico ao fundo oceânico e um consequente aumento na abundância de E. exigua, o que condicionou uma fauna com elevada dominância e baixa diversidade. Já o subintervalo B, intermediário cronoestratigraficamente (entre 1.910 e ~1.529 cm), apresentou uma comunidade de mais diversificada, com elevada abundância de morfotipos infaunais, baixa densidade e abundância de E. exigua. Esses dados sugerem um momento de maior estabilidade ambiental, e a inexistência de um aporte considerável de fitodetrítos ao fundo oceânico, possibilitando um aumento da diversidade na comunidade de foraminíferos. A espécie C. californica, mesmo sendo a espécie infaunal mais abundante no testemunho, não possui relação estatística com a abundância desse morfotipo, e apresentou seus maiores valores nos subintervalos A e B, sugerindo que outros fatores paleoambientais tenham controlando suas populações, normalmente associada à presença de grande quantidade de carbono orgânico total na interface água-sedimento. Uma oposição da abundância de A. weddellensis com a de E. exigua indica momentos que apresentaram diferentes tipos de fluxos fitodetríticos, depositados em pulsos sazonais (subintervalos A e C) e intercalados por períodos onde a deposição da matéria orgânica ocorreu de forma mais gradual (subintervalo B), provavelmente associada à oscilação no ciclo do fósforo. Os padrões de distribuição das três espécies citadas permitiram caracterizar o Pleistoceno Médio do talude continental da Bacia de Santos como uma zona de alta produtividade marinha, com variações no aporte de matéria orgânica de origens diversas e intensidade variável, além de uma possível oscilação na influência das correntes de fundo ao longo desse período.

Palavras-chave: Paleocologia. Quaternário. Fitodetritos. Mar profundo. Foraminíferos bentônicos. Análises de regressão.

ABSTRACT

Pleistocene (2.58 million years to 12,000 years ago) was a very dynamic period in geologic history of Earth, characterized by large climatic fluctuations that changed the conditions of the environments on the planet and regulated the distribution of marine biodiversity. are mostly marine, very sensitive to environmental changes, and widely used in paleoecological studies. The present study aims to examine the benthic foraminiferal associations from the core BS-A, in order to contribute to knowledge about the paleoecological and paleoenvironmental characteristics of Middle Pleistocene. The core examined was collected at a depth of 2,141 m on the continental slope of the Santos basin and has continues recovery of 20.65 m of sediment. Were selected 25 samples belonging to Middle Pleistocene, processed within the standard methodology for calcareous microfossils. We identified 26,629 specimes, distributed in 64 genera and 147 species of benthic foraminifera, however three showed a consistent pattern of abundance and distribution (Epistominella exigua, Alabaminella weddellensis and Cassidulina californica). Using data distribution of fauna and regression analysis it was possible to subdivide the interval studied in three subintervals. The subintervals A (oldest, between 2,037 and 1,946 cm) and C (latest, between ~1,509 and 849 cm), had moments of dominance with high E. exigua abundance, high density of foraminifera specimens per gram of sediment (ind/g) and low diversity. The species E. exigua is opportunistic and able to reproduce rapidly, in response to seasonal phytodetritus deposits. This suggests that in these two moments have occurred considerable influx of phytodetritic organic matter to the seafloor and a consequent increase in the abundance of E. exigua, which conditioned a fauna with high dominance and low diversity. Already the subinterval B, intermediate chronostratigraphically (between 1.910 and ~1.529 cm), presented a more diverse community of foraminifera, with high abundance of infaunal morphotypes, low density and low abundance of E. exigua. This data suggest a moment of greater environmental stability, and the absence of considerable phytodetritical organic matter flow to the seafloor, enabling an increase of diversity in the community of foraminifera. The species C. californica, in spite of being the most present infaunal species in the core, has no statistical relationship with the abundance of this morphotype, and presented its highest values in subintervals A and B, suggesting that other paleoenvironmental factors have controlling their populations, usually associated with the presence of large amounts of total organic carbon in sediment-water interface. An opposition abundance of A. weddellensis with E. exigua indicates moments that suffered different types of phytodetritc flow deposited in seasonal pulses (subintervals A and C) and interspersed with periods where the deposition of organic matter occurred more gradually (subinterval B), possibly associated with phosphorus oscillation of the flow. The distribution patterns of the three mentioned species allowed to characterize the Middle Pleistocene continental slope of the Santos Basin as an area of high marine productivity, with variations in the input of organic matter from different backgrounds and varying intensity, as well as a possible oscillation on the influence of bottom currents along this period.

Keywords: Paleoecology. Quaternary. Phytodetritus. Deep-sea. Benthic foraminifera. Regression analysis.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Mapa de localização da Bacia de Santos e local de coleta do testemunho BS-A ... 14 Figura 2 – Carta estratigráfica da Bacia de Santos ...... 15 Figura 3 – Distribuição vertical das massas d´água na Bacia de Santos ...... 19 Figura 4 – Morfologia básica de um foraminífero ...... 24 Figura 5 – Ciclo reprodutivo de um foraminífero bentônico ...... 25 Figura 6 – Formas de carapaças uniloculares ...... 27 Figura 7 – Formas de carapaças seriadas...... 28 Figura 8 – Formas de carapaças mistas ...... 28 Figura 9 – Formas de carapaças planoespiraladas evolutas ...... 29 Figura 10 – Formas de carapaças planoespiraladas involutas ...... 29 Figura 11 – Formas de carapaças trocoespiraladas ...... 29 Figura 12 – Formas de carapaças angulares ...... 30 Figura 13 – Exemplo da morfologia de espécies epifaunais ...... 31 Figura 14 – Exemplo da morfologia de espécies infaunais ...... 32 Figura 15 – Tipos de aberturas presentes na carapaça de foraminíferos ...... 33 Figura 16 – Distribuição da fauna de foraminíferos conforme a batimetria ...... 35 Figura 17 – Modelo TROX ...... 37 Figura 18 – Perfil litológico do testemunho BS-A ...... 40 Figura 19 – Abundância relativa das principais espécies do intervalo estudado ...... 49 Figura 20 – Abundância relativa das três principais espécies, morfotipos, carapaças e valores dos índices ecológicos ao longo do intervalo estudado ...... 51 Figura 21 – Gráfico de dispersão mostrando linha de tendência (cúbico) para a distribuição da abundância relativa dos morfotipos ao longo do intervalo estudado ...... 53 Figura 22 – Gráficos de dispersão para as análises de regressão mais relevantes ...... 56 Figura 23 – Gráficos de dispersão com subintervalos identificados no ...... 63 Figura 24 – Estampa 1 com fotomicrografias em MEV das principais espécies de ...... 106 Figura 25 – Estampa 2 com fotomicrografias em MEV das principais espécies de ...... 107 Figura 26 – Estampa 3 com fotomicrografias em MEV das principais espécies de ...... 108

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Avaliação qualitativa do grau de correlação entre duas variáveis ...... 44 Tabela 2 – Distribuição da fauna identificada conforme a composição das carapaças ...... 50 Tabela 3 – Análises de regressão realizadas e respectivos dados estatísticos ...... 60 Tabela 4 – Abundância absoluta da fauna ao longo do intervalo estudado ...... 109 Tabela 5 – Abundância relativa da fauna ao longo do intervalo estudado ...... 113 Tabela 6 – Dados dos índices ecológicos ...... 120

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AAF Água Antártica de Fundo ACAS Água Central do Atlântico Sul AIA Água Intermediária Antártica AL Água do Litoral APAN Água Profunda do Atlântico Norte AST Água Superficial Tropical AT Água Tropical BS Bacia de Santos CB Corrente do Brasil CCD Dissolução do Carbonato de Cálcio (Calcium Carbonate Dissolution) CCS Correntes da Componente Sul CM Corrente das Malvinas CNB Corrente Norte do Brasil CSE Corrente Sul Equatorial Ka Mil anos Ma Milhões de anos MBE Evento Mid-Brunhes (mid-Brunhes event) MEV Microscópio Eletrônico de Varredura MPT Transição do Pleistoceno Médio (mid-Pleistocene transition) T Temperatura TROX Modelo de condições tróficas e concentrações de oxigênio (TRophic conditions and OXygen concentrations) S Salinidade ZCST Zona de Convergência Subtropical μm Micrômetros

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...... 12 1.1 OBJETIVOS ...... 13 1.1.1 Objetivos Específicos ...... 13 1.2 ÁREA DE ESTUDO: BACIA DE SANTOS ...... 13 1.2.1 Contexto Morfológico ...... 16 1.2.2 Contexto Fisiográfico ...... 16 1.2.3 Contexto Sedimentológico ...... 17 1.2.4 Contexto Hidrológico ...... 17 1.3 PERÍODO QUATERNÁRIO: PLEISTOCENO ...... 20 2 FORAMINÍFEROS ...... 23 2.1 O ORGANISMO EM VIDA ...... 24 2.2 MORFOLOGIA DA CARAPAÇA ...... 26 2.3 FORAMINÍFEROS BENTÔNICOS E SUAS APLICAÇÕES ...... 34 3 MATERIAL E MÉTODOS ...... 39 3.1 TRIAGEM E CLASSIFICAÇÃO ...... 41 3.2 ANÁLISES QUALI-QUANTITATIVAS ...... 41 3.2.1 Análises de Regressão ...... 43 3.3 TRATAMENTO DOS DADOS ...... 45 3.4 FOTOMICROGRAFIAS EM MEV ...... 46 4 RESULTADOS ...... 47 4.1 ANÁLISES DE REGRESSÃO ...... 52 5 DISCUSSÕES ...... 62 5.1 SUBINTERVALOS A e C ...... 63 5.1.1 A. weddellensis x E. exigua ...... 66 5.2 SUBINTERVALO B ...... 67 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...... 70 REFERÊNCIAS ...... 72 APÊNDICE A – LISTAGEM TAXONÔMICA E FOTOMICROGRAFIAS EM MEV 83 APÊNDICE B – DADOS DAS ANÁLISES QUALI-QUANTITATIVAS DA FAUNA . 109

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1 INTRODUÇÃO

Foraminíferos são protistas de água doce ou marinhos, cosmopolitas, muito sensíveis a variações ambientais e condições ecológicas como produtividade, oxigenação e batimetria, fatores esses que podem influenciar a distribuição e composição de suas associações. As formas bentônicas estão diretamente relacionadas à interface água-sedimento e dominam as comunidades nesse ambiente. Possuem um comportamento dinâmico, principalmente em águas profundas, assim sua aplicação em modelos paleoecológicos torna-se uma tarefa complexa, mas largamente utilizados em estudos paleoecológicos e paleoceanográficos, como importantes ferramentas na identificação de mudanças ambientais e na delimitação de correntes oceânicas. (BOLTOVSKOY, 1965; DOUGLAS; HEITMAN, 1979; GOODAY, 1994). O Pleistoceno Médio foi um dinâmico período na história climática da terra, com sucessivas mudanças entre fases glaciais e interglaciais que acabaram modificando os ambientes marinhos e, consequentemente, a distribuição da biodiversidade nos oceanos. (MAHER; THOMPSON, 1999). Na Bacia de Santos, localizada na região sudeste da margem continental brasileira, o grau de conhecimento para os foraminíferos bentônicos desse período ainda é incipiente, principalmente em regiões mais profundas no talude. Com este estudo pretende-se ampliar o conhecimento do grupo bem como a sua paleoecologia para a região. O trabalho descrito a seguir encontra-se estruturado da seguinte forma: inicia com o apontamento dos objetivos propostos, segue com uma descrição da área de estudo, do período Quaternário e uma síntese sobre foraminíferos e suas aplicações. Após são apresentados o material e métodos, a descrição dos resultados, desenvolvem-se as discussões, considerações finais e demais informações complementares presentes nos apêndices (e.g. listagem taxonômica e dados de distribuição da fauna). Pelo motivo de grande parte do referencial teórico estar na língua inglesa e ter sido traduzido pelo autor, optou-se por não utilizar a expressão “tradução nossa” nas citações bibliográficas para evitar a repetição e tornar mais claro o texto para o leitor.

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1.1 OBJETIVOS

O presente estudo teve como foco principal analisar as associações de foraminíferos bentônicos do testemunho BS-A, na busca de contribuir com o conhecimento acerca das características paleoecológicas e paleoambientais do Pleistoceno Médio do talude continental da Bacia de Santos.

1.1.1 Objetivos Específicos

Os objetivos específicos propostos para o presente trabalho foram: a) identificar taxonomicamente os foraminíferos bentônicos recuperados; b) definir padrões de abundância e ocorrência da fauna; c) reconhecer espécies indicadoras de características paleoecológicas; d) correlacionar dados de distribuição da fauna com índices faunísticos, a partir de análises de regressão; e) caracterizar a composição das associações de foraminíferos bentônicos, buscando comparar as mudanças faunísticas com condições paleoambientais presentes na área durante o Pleistoceno Médio.

1.2 ÁREA DE ESTUDO: BACIA DE SANTOS

A Bacia de Santos está localizada na região sudeste da margem continental brasileira, entre os paralelos 23° e 28° Sul (figura 1), abrangendo os litorais do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Geologicamente, tem seus limites marcados ao norte com a bacia de Campos pelo alto do Cabo Frio, e ao sul com a bacia de Pelotas, pelo alto de Florianópolis. Possui uma área aproximada de 350.000 km2, dos quais 200.000 km2 encontram-se em lâminas d’água até 400 metros e o restante entre as cotas de 400 e 3.000 metros. (MOHRIAK, 2003; MOREIRA et al., 2007).

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Figura 1 – Mapa de localização da Bacia de Santos e local de coleta do testemunho BS-A

Fonte: Adaptada de Nunes, Viviers e Lana (2004, p. 12).

Nota: Local aproximado de coleta do testemunho destacado em vermelho.

Esta bacia foi identificada e descrita pela primeira vez durante estudos de refração sísmica realizados pelo Lamont-Doherty Geological Observatory na década de 1960. A litoestratigrafia foi inicialmente definida na década de 1970, e em 1994 estabelecido o detalhamento do arcabouço crono-estratigráfico. (MOREIRA et al., 2007; PEREIRA; FEIJÓ, 1994). A formação da Bacia de Santos iniciou-se a partir da separação dos continentes da América do Sul e África (período Juro-Cretáceo) em decorrência da atuação de processos tectônicos. (PEREIRA et al., 1986). O testemunho analisado, de acordo com Moreira et al. (2007), encontra-se na Formação Marambaia (MAR) (figura 2), depositada nas regiões do talude e caracterizada por apresentar sedimentos lamosos intercalados por siltitos e folhelhos, além de diamictitos e margas.

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Figura 2 – Carta estratigráfica da Bacia de Santos

Fonte: Moreira et al. (2007, p. 549).

Notas: Local aproximado de coleta do testemunho BS-A destacado em vermelho. Formações: ARI - Ariri; BVE – Barra Velha; CAM - Camboriú; FLO – Florianópolis; GUA – Guarujá; IGP - Iguape; ITA – Itajaí-Açu; ITN - Itanhaém; ITP - Itapema; JUR - Juréia; MAR – Marambaia; PAG – Ponta Aguda; PIÇ - Piçarras; SAN - Santos.

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1.2.1 Contexto Morfológico

A Bacia de Santos possui uma extensão de 800 km em seu sentido nordeste-sudoeste, paralelo à linha da costa, e mais 450 km em sentido noroeste-sudoeste na direção do mergulho. Em seu setor oeste, está limitada pela cadeia de montanhas que possuem de 800 até 2.200 metros, compreendendo a Serra do Mar e a Serra da Mantiqueira, que confinam a bacia em seu domínio offshore, e estende-se a leste até o sopé da feição fisiográfica conhecida como Platô de São Paulo. (DUARTE; VIANA, 2007). A planície costeira é muito estreita e marcada pela ausência de grandes rios, principalmente em sua área central, entre o Rio de Janeiro e Santos, apresentando uma série de grandes baías e várias ilhas originadas por exposições do embasamento Pré-Cambriano. Em sua direção sul e extremo NE, a zona litorânea está associada a sistemas de lagunas e faixas de praias. (DUARTE; VIANA, 2007; MODICA; BRUSH, 2004). Fleming et al. (2009) destacam que sua morfologia atual e seus ambientes sedimentares rasos evoluíram sob a influência de sucessivas migrações do litoral (transgressões e regressões), ligados às oscilações dos níveis do mar no Quaternário.

1.2.2 Contexto Fisiográfico

A fisiografia da margem da bacia é uma combinação de estruturas derivadas de processos tectônicos, retrabalhamentos do sedimento por correntes superficiais em águas rasas e correntes de fundo na plataforma continental. (SOUZA, 1991 apud DUARTE; VIANA, 2007). A faixa da plataforma continental possui uma largura média de 100 km a 200 km mas, em sua região próxima ao Cabo Frio, a plataforma possui apenas 70 km de largura. Uma alternância de saliências e embaiamentos caracterizam a transição relativamente suave entre a plataforma e talude, com a quebra da plataforma ocorrendo próximo a 200 metros de profundidade, com um escarpamento de 100 metros de altura e 5º de inclinação. (DUARTE; VIANA, 2007). O talude médio tem sua passagem para o talude inferior em 1.500 metros de profundidade e é delimitado expressivamente pela falha do Cabo Frio, que é um canal paralelo ao talude e que marca a região do limite interno do escorregamento do sal em direção ao fundo oceânico. Nessa área encontram-se feições que criam um padrão complexo de mini-bacias e altos topográficos que seguem o aumento da profundidade. (DUARTE; VIANA, 2007). Um conspícuo escarpamento de direção nordeste-sudoeste caracteriza a base do talude, que corresponde ao flanco interno de um canal secundário e paralelo ao talude. (MOREIRA; CARMINATI, 2004).

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1.2.3 Contexto Sedimentológico

Com base em dados bioestratigráficos, a idade de deposição na bacia estende-se desde o Plioceno Inferior ao Recente. (MOREIRA et al., 2007). A evolução sedimentológica da bacia é marcada por um significativo padrão progradacional, que foi intensificado no Eoceno Inferior, com a ocorrência do aumento da taxa de aporte siliciclástico, devido à reativação do soerguimento da Serra do Mar. (FLEMING et al., 2009; MOREIRA; CARMINATI, 2004). Após, foi dominada novamente por processos marinhos que redistribuíram os sedimentos depositados, com uma deriva para o norte da carga sedimentar continental que foi transferida para o oceano durante o Neógeno. (CHANG; KOWSMANN; FIGUEIREDO, 1988; DUARTE; VIANA, 2007). A região do talude-bacia é composta por uma sequência deposicional do Eoceno Inferior-Médio e está preenchida por rochas siliciclásticas formadas por fluxos gravitacionais de sedimentos. São organizadas nos sistemas deposicionais Arenoso e Lamoso. O Sistema Arenoso é constituído por sedimentos extrabacinais e tem sua deposição em nível de mar baixo. Os principais elementos deposicionais desse sistema são: canais fluviais, cânions, canais submarinos e leques arenosos. (MOREIRA; CARMINATI, 2004). O Sistema Lamoso é formado por sedimentos intra-bacinais e possui sistemas deposicionais deltaicos em zona de margem na plataforma. Seus elementos deposicionais são: deltas de margem de plataforma, superfícies erosivas de alto ângulo, cunhas de acreção sedimentar e depósitos de paraconglomerados suportados por matriz argilosa nas regiões de sopé do talude. (MOREIRA; CARMINATI, 2004).

1.2.4 Contexto Hidrológico

A dinâmica das massas d’água é controlada por fatores geomorfológicos e oscilações do nível eustático do mar, caracterizada por fatores hidrodinâmicos e disponibilidade de sedimentos. Tais processos exercem um papel importante na transferência, armazenamento e retrabalhamento dos sedimentos de águas profundas. (MELLO, 2006). Existe uma estratificação vertical em correntes que fluem em diferentes níveis na coluna d’água, porque nela existem diferenças na densidade e temperatura, permitindo assim dividi-la em águas superficiais e profundas. (KENNET, 1982). Os primeiros 500 metros da lâmina d’água possuem uma camada de águas quentes (águas superficiais) que fluem acima de uma grande camada de águas frias (águas profundas). Logo abaixo das águas superficiais existe uma zona chamada termóclina (próxima à isóbata de 500 metros), onde ocorre a rápida mudança de temperatura

18 entre as águas quentes e frias. Desse modo, as temperaturas tendem a ser cada vez menores quanto maior for a profundidade. (KENNET, 1982). A Bacia de Santos é composta por massas d’águas que fluem na margem sudeste brasileira (figura 3). Como correntes superficiais estão: a Água Tropical (AT), que flui em sentido norte-sul, e a Água Central do Atlântico Sul (ACAS) em sentido sul-norte. Como correntes profundas estão: a Água Intermediária Antártica (AIA), que flui em sentido sul-norte, a Água Profunda do Atlântico Norte (APAN) em sentido norte-sul e a Água Antártica de Fundo (AAF) em sentido sul-norte. As águas superficiais são influenciadas por um regime anticiclônico de ventos (DUARTE; VIANA, 2007) e compreendem duas massas d’água: a) Água Superficial Tropical (AST) – formada pela mistura de três tipos de correntes: Água Tropical (AT – T>18°C, S>36‰), a Água do Litoral (AL) e ressurgências da Água Central do Atlântico Sul (ACAS). (SOUZA, 2000). As águas superficiais são transportadas para sul pela Corrente do Brasil (CB), que está associada ao Giro Subtropical do anticiclone que domina a movimentação da circulação superior do Atlântico Sul. A CB tem sua origem a 10°S de latitude, onde o ramo sul da Corrente Sul Equatorial (CSE) se bifurca formando a Corrente Norte do Brasil (CNB) (STRAMMA, 1991), que flui adjacente a costa em direção sul até a região da Zona de Convergência Subtropical (ZCS) em aproximadamente 35°S, onde se une com a Corrente das Malvinas (CM) e segue para norte separando-se da costa. A AT é transportada para sudoeste ao longo da quebra plataforma-talude pela CB na Bacia de Santos, na profundidade de 200 metros. (SOUZA, 2000); b) Água Central do Atlântico Sul (ACAS) – flui entre o limite inferior da AT, cerca de 300 a 500-600 metros de profundidade, considerada uma contracorrente da CB. Mais fria e menos salina (6°

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Figura 3 – Distribuição vertical das massas d´água na Bacia de Santos

Fonte: Adaptada de Matsuura (1986, apud MELLO, 2006, p. 16).

Como águas oceânicas profundas, provenientes de processos polares e subpolares que as caracterizam como águas mais frias (DUARTE; VIANA, 2007), estão: a) Água Intermediária Antártica (AIA) – uma corrente mais rasa logo abaixo da ACAS, no talude médio entre 500-600 metros até 1.200 metros. Formada na Fronte Subantártica a 45ºS com uma temperatura entre 6º e 2ºC, alto teor de oxigênio dissolvido e salinidade mínima de 34,2‰. (PIOLA; GORDON, 1989; REID, 1989). Flui para o norte de Cabo Frio até a ZCS em 35ºS, após contornar o Alto do Rio Grande, e modifica sua direção para leste acompanhando o giro do anticiclone subtropical no Hemisfério Sul. Une-se a Corrente de Benguela na margem continental africana e retorna para oeste após cruzar a Cadeia Meso-Atlântica,

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cruzando o flanco norte da elevação de Rio Grande e voltando a margem de Cabo Frio em 22ºS. (PETTERSON; STRAMMA, 1991). b) Água Profunda Circumpolar (APC) – essa é a maior massa d’água em volume dentre as correntes oceânicas do Atlântico sul, origina-se próximo da Antártica e segue para norte. Em 55ºS é bifurcada em duas camadas (APC superior e inferior que se funde na APAN). (KENNETT, 1982). A APC é uma corrente de água fria, rica em nutrientes, pobre em oxigênio, com baixa salinidade, baixa concentração de

CO2 e alto teor de sílica. (REID, 1989; VOLBERS; HEINCH, 2004); c) Água Profunda do Atlântico Norte (APAN) – ocorre imediatamente entre 1.200 e 3.500 metros de profundidade, entre o talude superior e a borda do Platô de São Paulo. Possui temperaturas que variam entre 3° e 4°C e salinidades entre 34,6‰ e 35‰, é pobre em nutrientes e rica em oxigênio. Tem seu fluxo em sentido norte- sul ao longo do limite oeste da margem até 32°S, onde parte do fluxo retorna para o norte. Acima de 25ºS, todas as correntes exceto a APAN fluem para sul. (REID, 1989; VOLBERS; HEINCH, 2004); d) Água Antártica de Fundo (AAF) – é uma corrente muito densa e fria, com baixa concentração de oxigênio e altas taxas de nutrientes, encontra-se abaixo da profundidade de 3.500 metros e tem seu fluxo no sentido sul-norte, não ocorrendo na área de estudo. (VOLBERS; HEINCH, 2004).

A reconstrução da paleocirculação da Bacia de Santos é uma tarefa difícil, decorrente do complexo padrão de circulação atual da área. Dados sísmicos indicam que a sedimentação do Neógeno ao Recente foi dominada por uma circulação que redistribuiu os sedimentos transferidos para a bacia, durante os níveis de mar alto e mar baixo, sendo possível sugerir o percurso e intensidade relativa das águas de fundo nas diversas condições climáticas e paleooceanográficas. (DUARTE; VIANA, 2007).

1.3 PERÍODO QUATERNÁRIO: PLEISTOCENO

O período Quaternário compreende os últimos 2,58 Ma (Ma = milhões de anos) e é subdividido em duas épocas: Pleistoceno (~2,58-0,01 Ma) e Holoceno (~0,012 Ma - Recente). (GIBBARD et al., 2010). A época Pleistocênica é marcada por mudanças no sistema climático da Terra, com períodos de temperaturas mais frias (fases glaciais) e de temperaturas mais

21 quentes (fases interglaciais). O Holoceno é caracterizado por uma fase de aquecimento climático e um consequente recuo das geleiras pleistocênicas, culminando no início do atual interglacial. (MAHER; THOMPSON, 1999; VICALVI, 1997). As oscilações climáticas, durante o Quaternário, acarretaram em momentos mais frios com avanços das camadas de gelo continental e diminuição do nível eustático do mar, e em momentos mais quentes com consequentes recuos das geleiras e aumentos nos níveis dos oceanos. Essas oscilações ocasionaram grandes mudanças nos ambientes marinhos e continentais, e acabaram moldando a distribuição da biodiversidade no planeta. Atualmente, são muito discutidos quais seriam os fatores responsáveis por estas oscilações climáticas, mas sugere-se que as principais causas estejam ligadas a mudanças na órbita terrestre, na radiação solar ou na concentração de gases responsáveis pelo efeito estufa. (MAHER; THOMPSON, 1999; VICALVI, 1997). O Quaternário é caracterizado por dois importantes eventos, a transição do Pleitoceno Médio (mid-Pleistocene transition – MPT) e o evento de Mid-Brunhes (mid-Brunhes event – MBE). Durante o MPT (~1.250 até ~600 ka) os contrastes entre estágios glaciais e interglaciais se tornaram mais evidentes, com longas fases de resfriamento interrompidas por fases de aquecimento relativamente rápidas, associadas à diminuição do gelo. (BERGER; JANSEN, 1994). Mudanças significativas na circulação termohalina ocorreram durante essa transição climática, modificando a circulação e a posição das correntes oceânicas, alterando assim o perfil de distribuição vertical de carbono e nutrientes, e a produtividade primária que enriquece as águas profundas e superficiais. (SARNTHEIN-LOTICHIUS; WINN, 1990). O MBE (~600 até ~200 ka) é responsável por grande parte das oscilações climáticas e ambientais do Pleistoceno Médio, e representa a maior reorganização de condições climáticas em diferentes latitudes, com contrastes entre estágios glaciais e interglaciais superiores a 8°C, um grande aumento no nível relativo dos oceanos e as maiores taxas de produção da APAN. Esse período também é marcado pelo grande aumento na acumulação de carbonato nos oceanos, provavelmente causado pela massiva proliferação de fitoplâncton. (DROXLER et al., 2003). A frequência e amplitude das mudanças no clima desse período encontram-se bem evidenciadas no registro geológico, bem como a sua periodicidade, mas ainda permanecem esclarecimentos sobre outras variações menores, pois oscilações no sistema climático terrestre são espacialmente dissimilares, e reagem de formas variadas em cada ecossistema no planeta. (MAHER; THOMPSON, 1999). Os registros quaternários marinhos encontram-se bem preservados, de forma quase contínua, em comparação com o registro continental, o que

22 possibilita diversos estudos paleoambientais, bioestratigráficos e paleoceanográficos. (MAHER; THOMPSON, 1999). Os foraminíferos, por possuírem uma alta sensibilidade ecológica, são uma importante ferramenta de informações sobre as mudanças ambientais desse período, e um amplo campo a ser investigado no Quaternário marinho brasileiro, principalmente em regiões de mar profundo, onde atualmente existem poucos estudos.

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2 FORAMINÍFEROS

Os foraminíferos (do latim foramen = orifício, ferre = possuir) são microrganismos unicelulares, eucariontes e heterotróficos, e classificados no Reino Protozoa, Filo Foraminifera, Classe Polythalamea, segundo Cavalier-Smith (2004). São cosmopolitas e predominantemente marinhos, com apenas uma família de água doce (Allogromiidae). Possuem um tamanho médio que varia de 100 μm a 1 mm, mas podem apresentar tamanhos maiores, como por exemplo, a já extinta Lepidocyclina elephantina Lemoine e Douvillé, 1904, com 14 cm e a Neusina agassizi Goes, 1892 com 19 cm de tamanho. (BIGNOT, 1988; SEN GUPTA, 1999). Secretam uma carapaça, ou teca, que pode ser de composição calcária ou constituída pela aglutinação de partículas minerais ou biogênicas, e raramente de composição orgânica (Família Allogromiidae) ou silicosa (Família Silicoloculinidae). A taxonomia do grupo é principalmente baseada na morfologia da carapaça, levando em consideração a forma, tipo de enrolamento das câmaras, tipos de aberturas, composição da parede da carapaça, perfurações e presença ou ausência de estruturas externas. (ARENILLAS, 2004). Sua carapaça encontra-se dividida em uma ou mais câmaras, apresenta pequenos septos que dividem a carapaça internamente e forâmens, os quais conectam as câmaras internas (ver morfologia básica na figura 4). Sua célula é constituída por uma massa citoplasmática que internamente à carapaça chama-se endoplasma e circula entre as câmaras através dos forâmens. A porção externa chama-se ectoplasma e projeta-se através de aberturas ou poros, na forma de pseudópodos reticulados, os quais são utilizados para locomoção, respiração, captura de alimento, construção da carapaça e fixação. São onívoros e geralmente alimentam-se de bactérias, algas, diatomáceas, partículas orgânicas, larvas de invertebrados ou outros protozoários. (ARENILLAS, 2004; BOLTOVSKOY, 1965). Os foraminíferos possuem hábito bentônico ou planctônico. Os bentônicos foram os primeiros a surgir no registro fóssil no início do período Cambriano (há 545 Ma) como formas aglutinantes, e posteriormente no Siluriano (há 444 Ma) surgem as formas calcárias. Vivem associados ao sedimento marinho, podem apresentar movimentos (formas vágeis) ou serem totalmente sésseis fixando-se ao sedimento através de uma cimentação carbonática ou orgânica (formas sésseis). (ARMSTRONG; BRASIER, 2005).

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Figura 4 – Morfologia básica de um foraminífero

Fonte: Zerfass (2009, p. 37).

Notas: A = vista lateral em seção longitudinal parcial, com respectivas estruturas internas e externas; B = Vista apertural e abertura abaixo da última câmara.

Os bentônicos podem ser de hábito epifaunal, quando vivem na superfície do sedimento oceânico, ou infaunal, quando vivem enterrados nos primeiros centímetros do sedimento, utilizando suas projeções protoplasmáticas ou secreções calcárias para se fixarem. (CORLISS; CHEN, 1988). Os foraminíferos planctônicos surgiram no final do Triássico (205 Ma), habitam a lâmina d’água flutuando passivamente, encontram-se dispersos sob a ação das correntes e não possuem movimentos próprios de locomoção, apenas subidas e descidas sazonais na lâmina d’água controladas pelo ciclo lunar. (MOLINA, 2004).

2.1 O ORGANISMO EM VIDA

Os foraminíferos possuem dimorfismo sexual, com um ciclo reprodutivo apresentando duas fases de gerações (figura 5), uma assexuada e outra sexuada, que podem ter duração anual, mensal (regulado pelo ciclo lunar) ou de algumas semanas (pelo ciclo semilunar). A geração microesférica é a mais estável do ciclo e dá origem a embriões por meiose, que posteriormente irão formar um organismo haplóide. O indivíduo haplóide faz parte da geração macroesférica, que é a fase mais efêmera do ciclo, onde o indivíduo formará um cisto para posteriormente liberar os gametas, que se formarão por meio de mitose. Esses gametas irão se fundir e formar o zigoto, que novamente originará o indivíduo microesférico diplóide. Frente a condições ambientais desfavoráveis pode não ocorrer a reprodução sexuada, mas ainda são pouco conhecidos os detalhes do seu ciclo reprodutivo e variações que possam ocorrer entre as espécies. (MOLINA, 2004).

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Figura 5 – Ciclo reprodutivo de um foraminífero bentônico

Fonte: Bellier, Mathieu e Granier. (2010, p. 52).

Nota: Ciclo de reprodução co-dominante haplóide-diplóide dos foraminíferos, exemplo de reprodução de Elphidium crispum (Linnaeus, 1758).

Existem numerosas espécies de foraminíferos que apresentam uma variação morfológica devido ao ciclo reprodutivo, podendo diferir no tamanho e dimensões do prolóculo. A fase macroesférica geralmente corresponde a formas com prolóculo de grande tamanho, já as formas com prolóculo pequeno são correspondentes da fase microesférica. Por ainda não terem sua carapaça completamente diferenciada, uma classificação a nível específico ou até mesmo genérico se torna mais difícil para indivíduos juvenis (com prolóculo grandes), e assim

26 trazer problemas para micropaleontólogos que designam nomes duplicados para espécies que possuem um dimorfismo intraespecífico, não bem definido em formas fósseis. (MOLINA, 2004). O tempo de vida de um foraminífero pode variar entre 15 dias e 16 meses, de acordo com estudos realizados em laboratório com espécimes vivos. (MURRAY, 2000). Os foraminíferos bentônicos possuem uma estratégia de alimentação bem diversificada, são herbívoros ativos aqueles que se alimentam de diatomáceas, algas ou bactérias enquanto se locomovem no substrato. Herbívoros passivos são epifaunais sésseis que capturam diatomáceas ou partículas orgânicas que passam ao redor de onde estão fixados, e aqueles considerados carnívoros se alimentam de pequenos artrópodes ou outros protistas. Várias espécies são oportunistas onívoras, mas também podem ser simbiontes associados a diatomáceas, clorófitas, dinoflagelados, crisófitas ou rodófitas, as quais os ajudam no fornecimento de energia. (BELLIER; MATHIEU; GRANIER, 2010; MOLINA, 2004).

2.2 MORFOLOGIA DA CARAPAÇA

A carapaça dos foraminíferos é a parte do organismo que fossiliza, e é essencial conhecer a sua morfologia para identificação e taxonomia do grupo. Como já citado, sua carapaça é secretada pelo próprio organismo e muda na forma, ornamentação e constituição. O único grupo que secreta carapaças unicamente constituídas por material biogênico são formas uniloculares pertencentes à família Allogromiidae, mas pouco presentes em estudos e muito raramente fossilizados. Os demais tipos de constituições das carapaças são produzidos por biomineralização, e são caracterizados como. (BELLIER; MATHIEU; GRANIER, 2010; CAMACHO; LONGOBUCCO, 2007): a) aglutinantes: tem sua construção pela aglutinação de partículas capturadas pelo organismo como grãos de quartzo, espículas de esponjas ou qualquer outro tipo de partícula presente no substrato, que são agregadas por uma secreção orgânica. São aglutinantes as espécies pertencentes as famílias Astrorhizida, Lituolida, Trochamminida e Textulariida; b) porcelânicos: são aqueles com carapaças de parede calcária, secretada pelo organismo possuindo um aspecto uniforme imperfurado, liso e homogêneo, com uma superfície branca brilhante ou assemelhando-se a âmbar brilhante (família );

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c) hialinos: carapaças também calcárias e secretadas pelo animal, mas perfuradas com a aparência vítrea, transparente ou translúcida, apresentando ornamentações (famílias Buliminida, Carterinida, Globigerinida, Involutinida, , Spirillinida, Robertinida e ).

Além desses três principais tipos de carapaças existem outras constituições já encontradas em organismos fósseis, mas muito raras ou não existentes em foraminíferos recentes. (BELLIER; MATHIEU; GRANIER, 2010; CAMACHO; LONGOBUCCO, 2007): a) aragonítica: outro tipo raro de constituição calcária aragonítica presente em gêneros das famílias Involutinida e Robertinida, formas que tiveram sua origem no Permiano; b) calcítica: presente em fósseis do Paleozóico, em alguns representantes da família Fusulinina. Apresentam uma carapaça calcária de configuração microgranular, com microcristais de calcita arranjados em secções finas; c) microgranular: algumas espécies tem carapaças calcárias do tipo microgranular (família Fusulinida, do Paleozóico), que possuem microcristais de calcita dispostos em formas de “estrias” dando um aspecto fino a carapaça, chamada de carapaça pseudofibrosa; d) silicosa: durante o período Cretáceo ocorreu um raro grupo de foraminíferos que apresentava uma carapaça formada pela biomineralização de sílica, pertencentes a família Silicoloculinina como por exemplo o gênero Rzehakina Cushman, 1927.

Em relação à disposição das câmaras durante o crescimento da carapaça, podem ser do tipo unilocular (figura 6), que consiste na forma mais simples com apenas uma câmara, geralmente esférica ou tubular, ou com crescimento do tipo multilocular que é diversificado em vários aspectos de organização. (MOLINA, 2004):

Figura 6 – Formas de carapaças uniloculares

Fonte: Molina (2004, p. 108).

28 a) formas seriadas (figura 7): são carapaças constituídas por câmaras dispostas em uma, duas ou três séries ao longo de um eixo reto. Pode haver formas mistas (figura 8), que iniciam como bisseriados e passam a ser uniseriados, como trisseriados à bisseriados, como trisseriados-bisseriados-unisseriados ou até mesmo enrolamentos espiralado-seriados;

Figura 7 – Formas de carapaças seriadas

Fonte: Molina (2004, p. 109).

Figura 8 – Formas de carapaças mistas

Fonte: Molina (2004, p. 111). b) formas espiraladas: são aquelas dispostas em forma espiral: a) modo planoespiral: onde as câmaras dispõem-se em um plano de forma paralela ao eixo de enrolamento, formando uma carapaça simétrica. Podem ser do tipo evoluto (figura 9), quando as câmaras da última volta da espiral não envolvem as voltas da espiral anterior, permitindo visualizar todas as voltas da espiral na carapaça com umbigos amplos, ou do tipo involuto (figura 10), quando as câmaras da última volta abraçam as da volta anterior da espiral, tornando apenas visíveis as câmaras da última volta da espiral, com umbigos estreitos ou profundos;

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Figura 9 – Formas de carapaças planoespiraladas evolutas

Fonte: Molina (2004, p. 109).

Figura 10 – Formas de carapaças planoespiraladas involutas

Fonte: Molina (2004, p. 110).

b) modo trocoespiral (figura 11): as câmaras se arranjam obliquamente ao eixo de enrolamento e o crescimento da espiral não se encontra num plano, mas se desenvolve helicoidalmente. São assimétricas, e apresentam três distintos lados: dorsal ou espiral (lado evoluto) onde aparecem todas as câmaras, ventral ou umbilical onde é visível a última volta (lado involuto) e axial ou vista periférica (vista lateral da carapaça).

Figura 11 – Formas de carapaças trocoespiraladas

Fonte: Molina (2004, p. 110). c) formas angulares (figura 12): são as câmaras que se enrolam espiraladamente, mas situando-se em posições fixas por um determinado número de eixos com carapaças dispostas em ângulos: a) modo quinquelocular: câmaras em posições alternadas separadas por ângulos de 144°, configurando cinco eixos separados por um ângulo de 72°; b) modo trilocular: as câmaras se dispõem em três eixos separados por um ângulo de 72°;

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c) modo bilocular: as câmaras se dispõem alternadas em ângulos de 180º, podendo ser do tipo evoluto ou involuto; d) modo pseudounilocular: as câmaras estão alternadas de um lado a outro sobre o eixo de crescimento como os biloculinares, mas as câmaras envolvem por completo as anteriores, dando a carapaça um aspecto unilocular; e) modo sigmoidal: câmaras dispostas em ângulos maiores de 144° e menores de 180°, apresentando formas juvenis com uma disposição quinqueloculinar.

Figura 12 – Formas de carapaças angulares

Fonte: Molina (2004, p. 112).

Outros dois tipos de crescimentos também existentes, mas menos comuns são. (MOLINA, 2004): a) formas polimórficas: com câmaras dispostas num misto entre formas trocoespirais e miliolídeos. b) formas estreptoespiraladas: câmaras enroladas de forma desorganizada trocando sua direção e dando resultado a uma forma oval irregular. c) formas de cicloanelares: dispostas em anéis concêntricos criando uma concha discoidal plana. d) formas orbitoidais: similar às formas ciclo-anelares, mas adicionando-se dois espessamentos laterais com pequenas câmaras.

A subdivisão de foraminíferos bentônicos em formas epifaunais (que habitam a superfície do sedimento) e infaunais (que vivem enterrados nos primeiros centímetros do sedimento), pode ser observada conforme caracteres diagnósticos específicos na morfologia da carapaça. (CORLISS; CHEN, 1988):

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a) epifaunais: caracterizados morfologicamente por possuírem carapaças com enrolamento em ângulos (miliolídios) ou enrolamento trocoespiral em formas planoconvexas ou biconvexas. Além disso, podem possuir poros em apenas um lado da carapaça ou estarem ausentes (figura 13);

Figura 13 – Exemplo da morfologia de espécies epifaunais

Fonte: Elaborada pelo autor.

Notas: A, B- Gyroidina altiformis, trocoespiral arredondado; C, D- Planulina sp.1, trocoespiral planoconvexo; E, F- lamarckiana, miliolídio quinqueloculinar; G, H- Lenticulina sp., trocoespiral biconvexo. Escala equivalente a 10 μm. Fotomicrografias de espécimes identificadas neste estudo.

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b) infaunais: possuem enrolamento planoespiral ou seriado e apresentam poros em toda a carapaça, seu formato é geralmente achatado, ovoide, afilado-cilíndrico, esférico ou cônico-achatado (figura 14).

Figura 14 – Exemplo da morfologia de espécies infaunais

Fonte: Elaborada pelo autor.

Notas: A, B- Nonion pacificum, planoespiral arredondado; C, D- Cassidulina delicata, bisseriado ovóide achatado, E- formosa, unilocular ovóide achatado, F- Parafissurina lateralis f. carinata, unilocular ovóide achatado, G- Bulimina striata, cônico, H- Uvigerina costai, trisseriado cilíndrico, I- subglobosa, bisseriado esférico, J- gracilis, unilocular cilíndrico, K- Bolivina subaenariensis var. mexicana, bisseriado achatado cônico, L- Brizalina alata, bisseriado achatado cônico. Escala equivalente a 10 μm. Fotomicrografias de espécimes identificadas neste estudo.

Outro aspecto igualmente importante na morfologia é o tipo de abertura, podendo ser arredondada (figura 15D), em forma de ferradura (figura 15L), em arco, em meia lua (figura 15E), em vírgula (figura 15H), radiais, periféricas, dendríticas ou múltiplas. Sua posição pode ser

33 terminal (figura 15D), subterminal, situadas na base da última câmara ao longo da sutura final (figura 15B), no centro da última câmara (figura 15C), periféricas, umbilicais (figura 15I) ou laterais. Nas formas troco-espirais podem-se distinguir aberturas na região umbilical, na sua periferia ou fora desta região. Nas formas plano-espirais está presente na periferia da carapaça. Também podem apresentar aberturas com modificações na forma de dentes (figuras 15I e 15L), lábios ou placas. (CAMACHO; LONGOBUCCO, 2007; MOLINA, 2004).

Figura 15 – Tipos de aberturas presentes na carapaça de foraminíferos

Fonte: Boltovskoy (1965, p. 77).

Notas: A-H= aberturas simples; I-L= aberturas dentadas; M-R= aberturas complexas; S- V= aberturas múltiplas.

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A estrutura interna mais comum na carapaça de foraminíferos são os septos que delimitam as câmaras, podendo ser mais espessos e com sistemas de alvéolos/tubos ou mais afinados. Ornamentações da carapaça são um importante critério utilizado na classificação em nível de gênero ou de espécie, tem sua localização nas paredes externas e consiste na adição de tecido calcário que pode ter formas de costelas, protuberâncias, espinhos, pústulas, dobras, linhas, redes ou granulações. (MOLINA, 2004).

2.3 FORAMINÍFEROS BENTÔNICOS E SUAS APLICAÇÕES

As primeiras menções a foraminíferos foram por Heródoto (cerca de 484-425 a.C.), Strabo (63 a.C. até 20 d.C.) e Pliny The Elder (23-79 d.C.) que observaram nas rochas calcárias das pirâmides egípcias a acumulação de objetos em forma de lentes, atualmente conhecidos como foraminíferos do gênero Nummulites. Foi em 1826 que Alcide d’Orbigny produziu a primeira classificação e reconhecimento do grupo na sua obra intitulada “Tableau métodique de la classe de Céphalopodes”. Em 1872, a famosa expedição HMS Challenger realizou um grande levantamento científico do fundo marinho e o foraminiferólogo H. B. Brady esteve presente. Mais recentemente, Joseph Cushman destaca-se como um dos primeiros na utilização prática de foraminíferos como indicadores bioestratigráficos, na determinação da idade de sedimentos. (CUSHMAN, 1928). Os foraminíferos tem sua aplicabilidade demonstrada como ferramentas na prospecção de petróleo, pelo fato de estarem presentes em todos os oceanos, possuirem carapaças facilmente preservadas nos sedimentos marinhos, terem um rápido desenvolvimento evolutivo e alta diversidade. (CUSHMAN, 1928). Natland (1933) realizou o primeiro estudo estritamente paleoambiental na determinação da profundidade de deposição de sedimentos de uma bacia. Ao longo dos anos foram realizados estudos para determinações paleobatimétricas, focados principalmente em espécies isobatiais que habitam a mesma profundidade em todos os oceanos. (BANDY; ARNAL, 1957; PHLEGER; PARKER, 1951). Ainda como determinantes batimétricos, foi proposto o cálculo da razão entre foraminíferos planctônicos e bentônicos, muito utilizado até os dias atuais (GRIMSDALE; VAN MORKHOVEN, 1955) juntamente com a razão entre o número de carapaças hialinas, porcelânicas e aglutinantes como um indicador de profundidade e salinidade da água (figura 16). Ambientes de plataforma continental são caracterizados pela grande abundância de formas calcárias bentônicas, zonas de talude pelo predomínio de foraminíferos planctônicos, e regiões abissais ou afetadas pela Zona de

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Compensação de Carbonato de Cálcio (Calcium Corbonate Dissolution – CCD), pela dominância de formas aglutinantes. (ARMSTRONG; BRASIER, 2005; BANDY; ARNAL, 1957; MURRAY, 1973).

Figura 16 – Distribuição da fauna de foraminíferos conforme a batimetria

Fonte: Adaptada de Saidova (1967, apud ARMSTRONG; BRASIER, 2005, p. 154).

Ao decorrer dos anos, diversos estudos detalharam as diferentes características físico- químicas que podem variar no ambiente (como incidência de luz, pH, salinidade, tipo de sedimento e batimetria) e influenciar na distribuição das comunidades no fundo oceânico. A partir do trabalho de Parker (1958), diversos estudos começaram a reconhecer em ambientes pobres em oxigênio faunas específicas (BERNHARD, 1986; DOUGLAS; HEITMAN, 1979; SMITH, 1964; ZWAAN, 1982), geralmente com baixa diversidade e dominadas por poucas espécies morfologicamente adaptadas a se desenvolver em condições limitantes. Como consequência, a quantidade de oxigênio das águas oceânicas profundas foi gradualmente sendo aceita como um dos mais importantes fatores ambientais que condicionam a fauna de foraminíferos. (BERNHARD, 1986; ZWAAN, 1982).

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Com o desenvolvimento de estudos oceanográficos, Murray (1973), Schnitker (1974) e Streeter (1973) foram os pioneiros em na relação entre a distribuição dos foraminíferos bentônicos atuais e as massas d’água, para o esclarecimento de padrões de paleocirculação de correntes oceânicas profundas, pela sua resposta a parâmetros físico-químicos das massas d’água. Condições específicas como: oxigenação, aporte de nutrientes, salinidade, pH e temperatura são responsáveis por propiciar o desenvolvimento de associações específicas da fauna e sugerir mudanças na influência de massas d’água de fundo entre períodos glaciais e interglaciais. (GOODAY, 1994; GOODAY; HUGHES, 2002; SCHMIEDL; MACHENSEN, 1997; STREETER, 1973). Ainda no final do século XX eram usuais as análises da relação entre uma espécie, ou grupos de espécies, e um único parâmetro ambiental, levando a uma tendência geral de simplificação da complexa organização dos ambientes aquáticos, onde uma série de fatores ambientais interagem e controlam a ecologia dos foraminíferos. A ocorrência de espécies podem ser controladas pela redução do oxigênio devido à adição de matéria orgânica, dando início a uma nova fase no campo das interpretações sobre os fatores que efetivamente influenciam a fauna de foraminíferos. (PFLUM; FRERICHS, 1976). No uso como indicadores de produtividade oceânica foi esclarecido que a entrada de matéria orgânica e a oxigenação das águas de fundo eram os principais parâmetros ambientais que controlam as associações da fauna bentônica em águas profundas, e mais importantes que a profundidade, temperatura e salinidade da água. (BERGER; WEFER, 1990). Houve um aumento no número de estudos ecológicos e paleoecológicos envolvendo foraminíferos bentônicos, explorando com maior eficácia seu potencial como ferramenta paleoceanográfica, a partir da década de 1980. Basov e Khusid (1983), Corliss (1985) e Corliss e Chen (1988), observaram que os foraminíferos bentônicos não habitam somente a superfície do fundo oceânico, mas também os primeiros 10 centímetros do sedimento, em habitats que se tornam cada vez mais pobres em oxigênio conforme se afastam do topo. Os foraminíferos bentônicos encontram-se adaptados a microhabitats específicos, e a partir de preferências alimentares específicas e caracteres morfológicos de suas carapaças, podem ser divididos em hábitos epifaunais ou infaunais. Os epifaunais habitam a superfície do sedimento e caracterizam ambientes bem oxigenados, enquanto os infaunais encontram-se enterrados no sedimento e adaptados a ambientes com entradas de matéria orgânica e baixa concentração de oxigênio. (CORLISS; CHEN, 1988).

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Utilizando como base os trabalhos pioneiros nessa área (CORLISS; CHEN, 1988 CORLISS; EMERSON, 1990; LOUBERE; GARY; LAGOE, 1993) Jorissen, Stigter e Widmark (1995) propuseram o chamado “modelo TROX” (TRophic conditions and OXygen concentrations) (figura 17), o qual estabelece que organismos bentônicos possam viver com uma determinada quantidade de oxigênio disponível, e na presença do oxigênio, a distribuição vertical no sedimento é controlada pela disponibilidade de alimento.

Figura 17 – Modelo TROX

Fonte: Adaptada de Jorissen, Stigter e Widmark (1995) e Zwaan et al. (1999 apud BETANCUR; MARTÍNEZ, 2003, p. 99).

Nota: Gráfico esquemático demonstrando o assumido no modelo conceitual de TROX.

Com isso, o modelo TROX estabelece que, toda espécie tem certa quantidade/qualidade crítica de oxigênio e nutrientes necessários. Em ambientes muito oligotróficos, todas as partículas de nutrientes são consumidas na superfície do sedimento, e por esse motivo os infaunais estarão ausentes. Em áreas mesotróficas a eutrofizadas, pode ser observado um aumento na profundidade do microhabitat, como resultado da metabolização da matéria orgânica, qual não está mais restrita a superfície e é conduzida por bioturbações para camadas

38 mais profundas do sedimento, onde provêm nutrientes para as espécies infaunais. Em regiões muito eutrofizadas, o nível crítico de oxigênio criado pela oxidação da matéria orgânica é maior que os níveis de transporte de nutrientes, limitando a penetração da fauna na camada de sedimento. (JORISSEN; STIGTER; WIDMARK, 1995). Ambientes instáveis são uma exceção ao proposto no modelo TROX, sugerindo que espécies epifaunais oportunistas (r-estrategistas) possam colonizar com sucesso nichos vazios. Em casos de fluxos sazonais de fitodetritos ao fundo oceânico, onde a maior parte da produtividade marinha é concentrada em curtos períodos, resultam em faunas muito dominadas por espécies epifaunais pioneiras oportunistas (e.g. Alabaminella weddellensis, Epistominella exigua e Epistominella pusilla). (GOODAY, 1993; JORISSEN; STIGTER; WIDMARK, 1995; LEÃO, 2011; SMART; GOODAY, 1997; THOMAS; GOODAY, 1996). O fluxo de matéria orgânica para o fundo marinho não ocorre de forma constante, podendo apresentar uma grande variabilidade sazonal e/ou interanual. Eventos episódicos podem ser responsáveis pela maior parte da adição de nutrientes, e determinadas espécies de foraminíferos bentônicos rapidamente colonizam esses depósitos de fitodetritos, com altas taxas de reprodução. Após florescimentos de fitoplâncton, a fauna de foraminíferos responde rapidamente aumentando sua densidade. Como consequência, levam ao aumento na dominância de pequenas espécies oportunistas que são capazes de crescer na comunidade bentônica frente a materiais fitodetríticos recém-depositados na interface água sedimento. (GOODAY, 1993, 1996; GOODAY; HUGHES, 2002; GOODAY; LAMBSHEAD, 1989; SMART et al., 1994; THOMAS; GOODAY, 1996). A deposição de fitodetritos é bem documentada nas regiões batiais e abissais para o Atlântico Norte, como demonstrado pelo trabalho de Gooday e Turley (1990). O material fitodetrítico consiste em agregados orgânicos que, sazonalmente, chegam ao fundo marinho, e são provenientes de florescimentos (bloom) fitoplanctônicos na zona eutrófica, que ocorre geralmente na primavera. Os fitodetritos provêm alimento para essas espécies e controlam a dinâmica de suas populações, que rapidamente dominam o sedimento marinho. (GOODAY, 1993, 1994; SMART; GOODAY, 1997). Smart et al. (1994), discutindo sobre como fluxos fitodetríticos aos sedimentos marinhos que ocorrem durante períodos de semanas geram traços no registro fóssil, estabeleceram que episódios sazonais de fitodetritos ocorridos durante períodos geológicos de tempo significantes são capazes de documentar picos de espécies fitodetríticas oportunistas, como indicadores locais de variações na produtividade superficial.

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3 MATERIAL E MÉTODOS

O testemunho BS-A foi coletado a uma profundidade de 2.141 metros de lâmina d’água, no talude continental da Bacia de Santos (figura 1), pelo navio de sondagem Fugro Explorer, no ano de 2007, com o auxílio de um amostrador “Jumbo Piston Core” que realizam a perfuração do sedimento por queda livre, movidos pela gravidade, que promove a sucção e coleta do sedimento. O testemunho BS-A apresenta uma recuperação contínua de 20,65 metros e teve sua litologia descrita (figura 18) no Laboratório de Exploração e Pesquisa – bacia de Campos/Petrobras, na cidade de Macaé (RJ). Foram selecionadas 25 amostras de sedimento representantes do Pleistoceno Médio, entre as profundidades de 831 e 2.065 cm (figura 18) (FERREIRA; LEÃO, [2012]). Cada amostra contém 10 cm3 de sedimento e foram coletadas com espaçamento padrão de 30 cm entre elas ou quando se observou alteração litológica. As amostras foram armazenadas em recipientes plásticos apropriados, identificadas e levadas ao Instituto Tecnológico de Micropaleontologia (ITT Fossil) da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Para sua preparação, adotou-se o procedimento padrão para a análise de foraminíferos (LEIPNITZ et al., 2005; LEIPNITZ; AGUIAR, 2002), conforme as seguintes etapas: a) pesagem da amostra; b) lavagem em peneira de malha 63 μm, com água corrente; c) secagem em estufa a 60ºC; d) pesagem da amostra seca.

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Figura 18 – Perfil litológico do testemunho BS-A

Fonte: Ferreira e Leão ([2012], p. 30).

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3.1 TRIAGEM E CLASSIFICAÇÃO

A triagem consiste na separação de microfósseis de interesse para o estudo (carapaças de foraminíferos bentônicos) com o auxílio de um estereomicroscópio. Para tal, as amostras foram quarteadas, quando necessário, para a obtenção de 300 a 600 espécimes de foraminíferos bentônicos (PATTERSON; FISHBEIN, 1989) e, após, peneiradas em malhas de 63 e 125 μm para facilitar a triagem. (BOLTOVSKOY, 1965). O grupo Foraminifera foi enquadrado em nível de filo com base em Cavalier-Smith (2004). A classificação sistemática dos foraminíferos bentônicos foi realizada segundo a proposta de Sen Gupta (1999) até nível hierárquico de ordem, segundo Loeblich Júnior e Tappan (1988) até nível hierárquico de gênero, e a nível específico conforme demais trabalhos: Barbosa (2002), Barker (1960), Boltovskoy et al. (1980), Boltovskoy e Kahn (1982), Boltovkoy e Watanabe (1977), Cushman (1918, 1920, 1922, 1923, 1929, 1930, 1931, 1932), Ellis e Messina (2012), Hayward et al. (2011), Hayward e Buzas (1979), Holbourn e Henderson (2002), Loeblich Júnior e Tappan (1994), McCulloch (1977), Mello (2006), Milker e Schmiedl (2012) e Phleger e Parker (1951). Os espécimes que apresentaram carapaças dissolvidas, deformadas ou fragmentadas, dificultando uma classificação específica, foram classificados em nível genérico conforme nomenclatura aperta (expressões em latim; sp. e spp.). Aqueles que se apresentavam muito fragmentados, impossibilitando até mesmo uma classificação genérica, foram divididos em Aglutinantes, Rotalídeos e Miliolídeos quebrados. Táxons que apresentavam características como carapaças muito pequenas, câmaras pouco desenvolvidas e diâmetro do prolóculo relativamente maior às outras câmaras, foram separadas como formas juvenis diferenciadas em Miliolídeos ou Rotalídeos.

3.2 ANÁLISES QUALI-QUANTITATIVAS

A caracterização da fauna de foraminíferos bentônicos baseou-se na sua classificação e contagem do número de espécimes de cada espécie por amostra, elaboração de tabelas de distribuição, cálculo de índices ecológicos, definição de padrões de abundância e ocorrência das mesmas ao longo do intervalo estudado. Para consecutiva análise dos parâmetros ecológicos com base em associações/espécies indicadoras paleoecológicas/paleoambientais. Para mensurar a fauna em suas características paleoecológicas, foram calculados os seguintes índices ecológicos, extraídos de Dajoz (1983), Magurran (1987) e Murray (2006):

42 a) abundância absoluta (n): corresponde ao número total de indivíduos de cada espécie por amostra, sendo esses valores o somatório das frações analisadas (>125 e 63 μm) e extrapolados quando usado o quarteamento; b) abundância relativa (p): corresponde ao número proporcional de indivíduos da espécie por amostra, expresso em porcentagem e definido por: 푛 푥 100 푝 = (1) 푇 Onde: p = abundância relativa; n = número de indivíduos de uma determinada espécie na amostra; T = número total de indivíduos de todas as espécies da amostra. c) riqueza de espécies (S): consiste no número absoluto de espécies numa amostra, sendo desconsiderados os táxons classificados como Rotalídeos, Miliolídeos e Aglutinantes quebrados e juvenis. d) índice de Shannon-Weaver (H’): um índice de diversidade é a medida de “dispersão qualitativa” de uma população de indivíduos pertencentes a várias categorias qualitativamente diferentes, com o intuito de distinguir a abundância das espécies ao longo do testemunho e observar possíveis diferenças na diversidade das associações. O índice de Shannon-Weaver é muito utilizado na literatura para medir a diversidade da fauna na comunidade de maneira que esse possa ser comparado entre as amostras, leva em consideração as variações nas abundâncias e riqueza das espécies principalmente em amostras onde a comunidade inteira não pode ser inventariada. Seu valor mínimo ocorre quando todos os indivíduos pertencem à mesma espécie e o máximo quando cada indivíduo pertence uma espécie diferente, sendo definido por: 퐻′ = ∑푝푖. ln (푝푖) (2) Onde: 퐻′ consiste no somatório da abundância relativa de cada espécie na amostra (pi), multiplicado pelo logarítimo natural de pi (pi=ni/N); ni = valor de importância de cada espécie e N = total de valores de importância na amostra.

e) índice de Dominância (Dcomp): o índice de Simpson representa o nível de dominância de espécies numa amostra, pois calcula a probabilidade de dois indivíduos sorteados de uma comunidade pertencerem à mesma espécie. É capaz de estabilizar com menores tamanhos de amostras, não dando muita importância às

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espécies raras. Leva em consideração a riqueza e equitabilidade, e tem como ponto forte capturar bem a variação das distribuições da abundância: 2 퐷푐표푚푝 = 1 − ∑ 푝푖 (3) Onde: p = abundância relativa da espécie na amostra.

f) equitabilidade de Pielou (J): significa o número máximo de espécimes que estão distribuídas entre as espécies, ou seja, uma distribuição da abundância entre as espécies. É utilizado através da seguinte equação: 퐻′ 퐽 = ⁄퐻푚푎푥 (4) Onde: H’ é o valor do índice de Shannon-Weaver, Hmax é a diversidade máxima

que a amostra teria sendo sua equitabilidade máxima, que é calculado por log 2S; S = número de espécies da amostra.

g) densidade de foraminíferos (Dens): consiste na quantidade de espécimes de foraminíferos encontradas por grama de sedimento (ind/g) em cada amostra. É obtido através da equação: 푃 퐷푒푛푠 = (5) 푁 Onde: Dens consiste na divisão do peso seco da amostra (P) pela abundância total de foraminíferos da amostra (N).

h) índice de fragmentação (frag): consiste na percentagem de foraminíferos quebrados por amostra, obtido pela soma do valor de espécimes de Rotalídeos e Miliolídeos quebrados e posterior transformação em percentagem.

3.2.1 Análises de Regressão

Regressão é um método estatístico que permite explorar e inferir a relação de uma variável dependente (y = variável resposta) com variáveis independentes específicas (x = variável explicatória). Uma regressão entre duas variáveis pode apresentar relação linear, onde os valores ajustam-se em uma linha reta, ou não-linear quando a relação não apresenta um único sentido (polinomial, exponencial, logarítmica, de potência ou média móvel). Ao realizar uma análise de regressão, é necessário identificar o grau e a direção da relação entre

44 as variáveis, através dos coeficientes de correlação ou determinação. (HAIR JÚNIOR, 2010; MILES; SHEVLIN, 2004). O coeficiente de correlação (r) indica a força e a direção do relacionamento entre duas variáveis, pode variar entre –1 e +1 onde valores negativos indicam uma relação inversamente proporcional (se uma variável aumenta a outra diminui), valores positivos uma relação diretamente proporcional (onde as duas variáveis aumetam) e um valor igual a 0 para dois parâmetros totalmente independentes. O coeficiente de determinação (r²) também fornece a existência ou não de vinculação, com a capacidade de estimar corretamente os valores da variável resposta, indicando quanto da variância da variável resposta é explicada pela variância das variáveis explicativas, seu valor fica situado no intervalo entre 0 e 1 (quanto maior, mais explicativo é o modelo), sem apontar a direção da relação. (HAIR JÚNIOR, 2010; MILES; SHEVLIN, 2004). Ao rodar o teste de regressão, foi selecionado o método de melhor ajuste (linear ou não- linear) para uma melhor representatividade da análise em cada caso (tabela 3). Para uma comparação entre os resultados, optou-se em utilizar o coeficiente de correlação (r), com subsequente classificação quanto ao grau de regressão de y em relação a x, conforme a tabela 1. Após os dados, foram representados em um gráfico cartesiano de pontos denominado gráfico de dispersão, para avaliar se a relação entre as características quantitativas é relevante e possui uma distribuição equilibrada conforme a linha de tendência, para uma posterior interpretação. (CALLEGARI-JACQUES, 2003; HAIR JÚNIOR, 2010; MILES; SHEVLIN, 2004):

Tabela 1 – Avaliação qualitativa do grau de correlação entre duas variáveis | r | A relação é dita 0 Nula 0,01 > 0,24 Muito fraca 0,25 > 0,49 Fraca 0,50 > 0,74 Moderada 0,75 > 0,99 Forte 1 Perfeita Fonte: Elaborada com base em Callegari-Jacques (2003).

Para avaliar a significância do modelo de regressão utilizado, foi realizado um teste de significância da regressão através de uma análise de variância (Anova), a qual visa fundamentalmente verificar o grau de confiabilidade da regressão. Foram consideradas

regressões com significado estatístico, aquelas que apresentaram p < 0,05, indicando uma

45 probabilidade menor que 5% para que o valor observado seja casual. (CALLEGARI- JACQUES, 2003; HAIR JÚNIOR, 2010). As análises de regressão entre os valores de abundância das principais espécies e dos índices ecológicos (tabela 3) foram realizadas com o auxílio do programa estatístico IBM® SPSS® Statistics 20, e através do CorelDRAW® X4 dispostos gráficos de dispersão com linhas de tendência para os casos de maior relevância (figura 22).

3.3 TRATAMENTO DOS DADOS

Para as interpretações das informações paleoecológicas, foram utilizadas apenas as espécies que apresentaram uma abundância relativa mínima de 2% em ao menos uma das amostras do intervalo. Na análise de dados, a presença de uma fauna esparsa com espécies raras que apresentam poucos indivíduos (<2%) pode tornar-se um impacto sobre a análise, pois esta fauna não resultará em informações paleoecológicas devido a sua baixa presença. (SEN GUPTA, 1999). A fauna foi subdividida em morfotipos epifaunais e infaunais com base em Corliss e Chen (1988) e Gooday (1994), para mensurar a abundância de cada morfotipo foram desconsiderados os espécimes quebrados e juvenis, fornecendo assim uma relação equilibrada em seus valores de abundância (e.g. quando epifaunais tiverem 60%, infaunais terão 40% de abundância relativa). Após, foram definidos os padrões de ocorrência e abundância das principais espécies, e estabelecida a existência e o grau de relação entre as variáveis através das análises de regressão. O princípio de sobreposição de camadas, definido por Nicolaus Steno, define que a deposição dos estratos sedimentares ocorre por ordem cronológica e horizontal da base para o topo da coluna estratigráfica, estabelecendo que cada camada é mais moderna que a camada que a recobre, mas mais antiga que a camada que a cobre, conceito que perdura até hoje como base da estratigrafia sedimentar. (DUNBAR, 1957). Ao realizar a interpretação dos dados obtidos pelas análises quali-quantitativas, foi considerado que a idade de deposição varia cronoestratigraficamente ao longo da profundidade das amostras, e representa amostras mais antigas na base do testemunho e conseguinte diminuição da idade até culminar nas amostras mais recentes no topo do intervalo estudado. O cálculo dos índices e valores estatísticos foi realizado com o programa Paleontological Statistics – Past 2.15 e Microsoft® Excel® 2010, a montagem de gráficos e

46 tabelas foi desenvolvida com o auxílio do Pangaea® PanPlot® 2 (HAMMER; HARPER; RYAN, 2001) e CorelDRAW® X4.

3.4 FOTOMICROGRAFIAS EM MEV

Foram selecionados os espécimes mais representativos, com o intuito de ilustrar os foraminíferos bentônicos identificados neste trabalho. As fotomicrografias foram realizadas em um microscópio eletrônico de varredura (MEV) da marca Zeizz® (modelo EVO-40), nas instalações do Cenpes/Petrobras, com o auxílio do responsável técnico Rogério da Silva Martins da Costa. O pós-processamento e montagem das imagens foi desenvolvido no ITT Fossil (Unisinos) com a utilização do programa de edição de imagem Adobe® Photoshop® CS4 e da suíte de aplicativos gráficos CorelDRAW® X4.

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4 RESULTADOS

No testemunho BS-A foram recuperados 26.629 espécimes de foraminíferos bentônicos em 25 amostras analisadas, e identificadas 147 espécies distribuídas em 6 ordens, 46 famílias, 27 subfamílias e 69 gêneros. A listagem taxonômica das espécies identificadas e as imagens em MEV das principais espécies são apresentadas no apêndice A. Lagenida é a ordem mais representativa com 51 espécies e 18 gêneros (Cushmanina, Dentalina, Favulina, Fissurina, Globofissurella, Laevidentalina, Lagena, Lagenosolenia, Lenticulina, Marginulina, Nodosaria, Oolina, Palliolatella, Parafissurina, Procerolagena, Pyrulina, Reussolina, Seabrokia), seguidos por Buliminida com 38 espécies e 15 gêneros (Angulogerina, Bolivina, Bolivinellina, Brizalina, Bulimina, Buliminella, Cassidulina, Evolvocassidulina, Fursenkoina, Gavelinopsis, Globocassidulina, Loxostomum, Paracassidulina, Siphouvigerina, Uvigerina), Rotaliida com 32 espécies inclusas em 21 gêneros (Alabaminella, Anomalinoides, Cibicides, Cibicidoides, Discorbinella, Epistominella, Eponides, Gyroidina, Laticarinina, Lobatula, Melonis, Neocornobina, Nonion, Nonionoides, Parreloides, Planulina, Pullenia, Osangularia, Oridorsalis, Rutherfoidoides, Sphaeroidina), Miliolida com 22 espécies inclusas em 11 gêneros (Adelosina, Cornuspira, Miliolinella, Nummoloculina, Pyrgo, Quinqueloculina, Sigmoipolsis, Sigmopyrgo, Spirophtalmidium, , Triloculinella), Textulariida com 2 espécies e 2 gêneros (Eggerella e Siphotextularia) e Robertinida com 2 espécies em 2 gêneros (Epistomina e Robertina). Apenas 32 espécies apresentam mais de 2% de abundância relativa em ao menos uma das 25 amostras do intervalo estudado (figura 19), dentre estas espécies, as com maior abundância relativa são: Epistominella exigua (19,88%; N=5.293), Alabaminella weddellensis (18,68%; N=4.973), Cassidulina californica (10,46%; N=2.786), Cassidulina laevigata (4,48%; N=1.194), Cassidulina carinata (3,23%; N=861), Bolivina aculeata (1,82%; N=485), Pullenia quinqueloba (1,30%; N=345) e Cassidulina delicata (1,18%; N=313). As demais 115 espécies não apresentaram uma abundância relativa mínima (>2% em ao menos uma amostra) e foram enquadradas na categoria denominada outras (tabela 4, apêndice B). Apenas E. exigua, A. weddellensis e C. californica possuem uma boa representatividade ao longo das amostras analisadas (figura 19). A espécie E. exigua é a mais abundante no testemunho, com pico de abundância relativa ocorrendo nos intervalos 1.428 cm (43,59%; N=238), 1.408 cm (44,41%; N=270), 1.317 cm (34,58%; N=480), 1.174 cm (30,33%; N=472)

48 e 849 cm (34,88%; N=780), e baixa abundância no intervalo entre 1.910 cm (1,43%; N=3) e 1.621 cm (1,61%; N=4) onde praticamente desaparece (figura 19). Abundante durante todo o intervalo estudado (figura 19), A. weddellensis apresenta picos em 1.722 cm (34,97%; N=256), 1.529 cm (42,31%; N=528) e 1.134 cm (57,10%; N=1.576), e seus menores valores ocorrem em 1.509 cm (2,93%; N=58), 1.174 cm (3,60%; N=56) e 849 cm (0,27%; N=4). A espécie C. californica tem picos de abundância distribuídos em várias profundidades ao longo do intervalo (figura 19): 1.250 cm (19,87%; N=252), 1.215 cm (21,64%; N=264), 1.104 cm (19,66%; N=456) e 1.052 cm (21,08%; N=164); e seus menores valores em: 2.037 cm (2,46%; N=20), 1.996 cm (1,27%; N=24), 1.529 cm (2,88%; N=36) e 1.134 cm (2,90%; N=80). As demais espécies que apresentaram 2% em pelo menos uma amostra exibiram picos isolados e menores de abundância (figura 19).

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Figura 19 – Abundância relativa das principais espécies do intervalo estudado

Fonte: Elaborada pelo autor.

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As formas com carapaça calcário-hialina foram as que apresentaram uma maior riqueza e abundância no testemunho (96,66%; N=20.581) (e.g. Epistominella exigua e Alabaminella weddellensis), acompanhado dos porcelanosos (3,18%; N=677) (e.g. Quinqueloculina e Pyrgo) e aglutinantes (0,15%; N=32) (e.g. Eggerella bradyi) (tabela 2). Nas amostras 1.250 cm e 1.910 cm, os porcelanosos apresentam um pico de 10,64% (N=100) e 7,24% (N=11) respectivamente, desviando do padrão de abundância relativa média por amostra (~3%). Já as formas aglutinantes estão pouco representadas, com apenas duas espécies e maior abundância em 1.509 cm (3,86%; N=10) (figura 20).

Tabela 2 – Distribuição da fauna identificada conforme a composição das carapaças Composição das Abundância Abundância Ordem Riqueza (S) carapaças absoluta relativa (%) Aglutinantes Textulariida 2 32 0,15 Buliminida 38 7.610 35,74 Lagenida 51 815 3,83 Calcário-hialinos Robertinida 2 72 0,34 Rotaliida 32 12.084 56,76 Calcário porcelanosos Miliolida 22 677 3,18 Fonte: Elaborada pelo autor.

Através da distribuição dos morfotipos, foi verificada uma maior riqueza de espécies com o hábito de vida infaunal (70%; N=103), enquanto as espécies com o hábito de vida epifaunal apresentaram uma maior abundância relativa (57,41%; N=12.222). Na base do testemunho (2.037 cm), os epifaunais são mais abundantes (56,51%; N=356), entre as profundidades 1.996 e 1.621 cm o hábito infaunal passa a dominar (52,82%; N=2.719). No intervalo seguinte (entre 1.571 e 904 cm), os epifaunais são mais representativos com 62,97% (N=9.014), e no topo do intervalo (849 cm) a fauna infaunal domina novamente (64,67%; N=776) (figura 20). Dentre os gêneros epifaunais mais representativos estão: Epistominella (19,88%; N=5.293), Alabaminella (18,68%; N=4.973), Oridorsalis (2,21%; N=588) e Pyrgo (1,95%; N=520); dentre os infaunais estão: Cassidulina (19,95%; N=5.313), Bulimina (2,55%; N=679), Pullenia (1,95%; N=520), Brizalina (1,81%; N=482) e Bolivina (1,43%; N=380).

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Figura 20 – Abundância relativa das três principais espécies, morfotipos, carapaças e valores dos índices ecológicos ao longo do intervalo estudado

Fonte: Elaborada pelo autor.

Notas: A.= Alabaminella; E.= Epistominella; C.= Cassidulina; Ab= Abundância; Frag= Fragmentação.

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O índice de diversidade de Shannon-Weaver (H’) variou entre 1,361 (1.428 cm) e 3,281 (1.910 cm), apresentando os valores mais elevados nos intervalos 1.910 cm (H’=3,281), entre 1.682 (H’=2,776) e 1.571 cm (H’=2,853), em 1.509 cm (H’=2,522) e 1.250 cm (H’=2,513). Os menores valores são observados em 1.428 cm (H’=1,361), 1.408 cm (H’=1,392) e 1.134 cm (H’=1,394) (figura 20). A amostra 1.910 cm é a que possui maior diversidade (H’=3,281) e apresentou o menor número de indivíduos de foraminíferos por grama de sedimento com 19,8 ind/g, acompanhada das amostras 1.621 cm (27,7 ind/g), 1.571 cm (22,7 ind/g) e 1.509 cm (32,7 ind/g). Esses são valores baixos comparados com a média de 100 ind/g e os maiores valores encontrados em 1.996 cm (198,3 ind/g) e 904 cm (190,4 ind/g) (figura 20). O índice de equitabilidade de Pielou (J) apresentou os maiores valores em amostras de maior diversidade de Shannon-Weaver, e oscilou entre 0,454 (1.428 cm) e 0,465 (em 1.134 e 1.408 cm), até 0,927, 0,952 e 1,095 em 1.682, 1.571 e 1.910 cm respectivamente (figura 20). A dominância de espécies, calculada através do índice de Simpson (D), também apresentou os menores valores em amostras de maior diversidade: em 1.910 cm (6,2%), entre 1.682 (13,1%) e 1.571 cm (9%), em 1.509 cm (15,3%) e 1.250 (14,7%). E seus valores máximos em amostras de menor diversidade: 1.428 cm (42%), 1.408 cm (45,2%) e 1.134 cm (50,1%) (figura 20). A riqueza de espécies (S) tem os menores valores nas profundidades entre 1.408 e 849 cm (S=20), e os mais elevados em 1.946 cm (S=53), 1910 cm (S=44), 1.864 cm (S=44), 1.793 cm (S=41) e 1.682 cm (S=42) (figura 20). Conforme a quantificação de foraminíferos fragmentados, as amostras com menores valores foram: 1.946 cm (1,13%; N=12), 1.509 cm (0,86%; N=3) e 1.104 cm (1,74%; N=96); enquanto os mais elevados níveis de fragmentação foram em: 1.910 cm (10,95%; N=23), 1.793 cm (11,11%; N=45) e 1.571 cm (9,22%; N=20) (figura 20).

4.1 ANÁLISES DE REGRESSÃO

Conforme os resultados obtidos através das análises de regressão (tabela 3), foram identificadas e são apresentadas a seguir (figura 22) as regressões estatisticamente significativas (p<0,05) e mais relevantes, possuindo grau de regressão moderado ou forte. Observaram-se variações na distribuição da abundância dos morfotipos (epifaunal e infaunal) ao longo da idade das amostras (profundidade) (r=0,60; p=0,021; figura 21). Na base do testemunho (2.037 cm), o hábito epifaunal apresenta uma tendência de domínio, com

53 subsequente dominância de infaunais até 1.571 cm, onde os epifaunais passam a ser mais abundantes (entre 1.571 e 904 cm), enquanto os infaunais retornam a apresentar uma maior abundância no topo do intervalo estudado (849 cm).

Figura 21 – Gráfico de dispersão mostrando linha de tendência (cúbico) para a distribuição da abundância relativa dos morfotipos ao longo do intervalo estudado

Fonte: Elaborada pelo autor.

A abundância de epifaunais encontra-se diretamente ligada com o índice de dominância de espécies (r=0,78; p<0,001; figura 22N). A diversidade e equitabilidade apresentam relação inversamente proporcional à abundância de morfotipos (diversidade: r=–0,71; p=0,002; equitabilidade: r=–0,75; p<0,001), a qual demonstra haver uma menor diversidade e equitabilidade em amostras com menores abundâncias de infaunais e maior dominância de epifaunais (figuras 22M e 22O). A diversidade apresenta-se inversamente relacionada com a dominância de espécies (r=– 0,97; p<0,001; figura 22R), e explica diretamente a equitabilidade da fauna (r=0,96; p<0,001; figura 22Q). A riqueza de espécies apresenta relação inversa com a dominância (r=–0,63; p=0,004; figura 22T) e moderada relação com a idade das amostras (r=0,55; p=0,019; figura

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22D), mas sem apresentar clara distribuição no gráfico de dispersão conforme a idade das amostras. A densidade de foraminíferos apresenta relação polinomial de 3º grau com a idade das amostras (r=0,63; p=0,013), num primeiro momento com uma densidade bastante elevada na base do testemunho, com uma progressiva diminuição no sentido base-topo até 1.571 cm, onde aumenta novamente apresentando os maiores valores nas amostras mais recentes (figura 22C). A densidade apresenta moderada relação inversa com a diversidade de espécies (r=–0,66; p=0,006; figura 22P), uma moderada relação entre densidade e dominância, mas com baixa relevância conforme gráfico de dispersão (r=0,62; p=0,001; figura 22S) e não apresenta relação significativa com a distribuição dos morfotipos (r=0,30, p=0,148; tabela 3). Já os valores de dominância e diversidade, não apresentam relação consistente com a idade das amostras (dominância: r=–0,34; p=0,093; diversidade: r=0,36; p=0,075; tabela 3). Maiores valores de diversidade foram encontrados em amostras com menor abundância de E. exigua (r=–0,59; p=0,002; figura 22G). A dominância de espécies é diretamente explicada pela maior abundância das duas espécies fitodetríticas somadas (E. exigua e A. weddellensis) (r=0,83; p=0,001; figura 22J), bem como para a análise realizada separadamente entre a abundância de E. exigua e a dominância de espécies, com uma moderada relação (r=0,65; p=0,009; figura 22H), mas não apresentou significância entre a abundância de A. weddellensis e a dominância (r=0,35; p=0,090; tabela 3). Apesar da densidade de foraminíferos apresentar moderada relação com as espécies fitodetríticas (r=0,63; p<0,001), não foi observada uma clara relação no gráfico de dispersão (figura 22K). A abundância de epifaunais e das duas espécies fitodetríticas apresentam uma forte relação diretamente proporcional (r=0,90; p<0,001; figura 22L), enquanto a regressão entre a abundância de E. exigua e epifaunais apresenta uma moderada relação (r=0,73; p=0,001; figura 22F), e entre A. weddellensis e epifaunais uma fraca relação (r=0,49; p=0,042; tabela 3). Uma tendência de oposição foi observada entre A. weddellensis e E. exigua (r=–0,53; p=0,003; figura 22I), enquanto não foi observada uma consistente relação entre a abundância de A. weddellensis e a idade das amostras, conforme o gráfico de dispersão (r=0,52; p=0,008; figura 22E). Uma comparação entre a abundância de E. exigua e a idade das amostras exibe uma moderada relação (r=0,68; p=0,006; figura 22A), demonstrando uma maior presença de E. exigua na base do intervalo (2.037 cm), diminuindo consideravelmente sua abundância entre 1.910 e 1.621 cm, e voltando a dominar até o topo do intervalo (849 cm).

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A espécie C. californica tende a aumentar sua abundância em amostras mais próximas ao topo do intervalo estudado (r=–0,63; p=0,013; figura 22B), e mesmo sendo a espécie infaunal mais abundante, não possui relação significativa com os infaunais (r=0,40; p=0,167; tabela 3). Ao comparar a abundância de C. californica e A. weddellensis, estas espécies não apresentam relação significativa (r=–0,34; p=0,093; tabela 3). Foi verificado que a A. weddellensis possui uma distribuição relativamente homogênea ao longo do intervalo estudado (figura 19). As demais espécies apresentaram picos isolados e menores de abundância não apresentando relação entre os índices ou distribuição dos morfotipos.

56

Figura 22 – Gráficos de dispersão para as análises de regressão mais relevantes

(continua)

57

(continuação)

58

(continuação)

59

(conclusão)

Fonte: Elaborada pelo autor.

Notas: A.= Alabaminella; C.= Cassidulina; E.= Epistominella.

60

Tabela 3 – Análises de regressão realizadas e respectivos dados estatísticos (continua) Coeficiente Coeficiente Gráfico de Modelo de Variável A Variável B correlação determinação Sig. (p) dispersão regressão (r) (r2)

Profundidade (cm) Densidade (ind/g) Cúbico 0,63 0,40 0,013 figura 22C

Profundidade (cm) Dominância (%) Linear –0,34 0,12 0,093 -

Profundidade (cm) Morfotipos (%) Cúbico 0,60 0,36 0,021 figura 21

Profundidade (cm) Equitabilidade (J) Linear –0,29 0,09 0,151 -

Profundidade (cm) Riqueza (S) Quadrático 0,55 0,30 0,019 figura 22D

Profundidade (cm) Shannon (H') Linear 0,36 0,13 0,075 -

Profundidade (cm) E. exigua (%) Cúbico 0,68 0,46 0,006 figura 22A

Profundidade (cm) A. weddellensis (%) S 0,52 0,27 0,008 figura 22E

Profundidade (cm) C. californica (%) Cúbico –0,63 0,39 0,013 figura 22B

Profundidade (cm) Fitodetríticas (%) Exponencial 0,33 0,11 0,105 -

E. exigua (%) Morfotipos (%) Quadrático 0,73 0,54 0,001 figura 22F

E. exigua (%) Shannon (H') Logarítimico –0,59 0,35 0,002 figura 22F

E. exigua (%) Densidade (ind/g) Inverso 0,40 0,16 0,047 -

E. exigua (%) Dominância (%) Cúbico 0,65 0,42 0,009 figura 22H

E. exigua (%) A. weddellensis (%) Linear –0,53 0,28 0,003 figura 22I

A. weddellensis (%) Morfotipos (%) Quadrático 0,49 0,24 0,042 -

A. weddellensis (%) Densidade (ind/g) Inverso 0,13 0,02 0,519 -

A. weddellensis (%) Shannon (H') Exponencial 0,15 0,02 0,460 -

A. weddellensis (%) Dominância (%) Linear 0,35 0,12 0,090 -

A. weddellensis (%) C. californica (%) Logarítimico –0,34 0,12 0,093 -

C. californica (%) Morfotipos (%) Quadrático 0,40 0,15 0,167 -

C. californica (%) Densidade (ind/g) Quadrático 0,32 0,10 0,311 -

C. californica (%) Shannon (H') Quadrático 0,28 0,08 0,410 -

C. californica (%) Dominância (%) Quadrático 0,34 0,12 0,258 -

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(conclusão) Coeficiente Coeficiente Gráficos de Variável A Variável B Modelo de correlação determinação Sig. (p) dispersão (independente) (dependente) regressão (r) (r2)

C. californica (%) E. exigua (%) Linear 0,27 0,07 0,198 -

Fitodetríticas (%) C. californica (%) Quadrático –0,35 0,12 0,232 -

Fitodetríticas (%) Dominância (%) Linear 0,83 0,69 <0,001 figura 22J

Fitodetríticas (%) Densidade (ind/g) S 0,63 0,4 <0,001 figura 22K

Fitodetríticas (%) Morfotipos (%) Cúbico 0,90 0,81 <0,001 figura 22L

Morfotipos (%) Shannon (H’) Quadrático –0,71 0,51 0,002 figura 22M

Morfotipos (%) Dominância (%) Quadrático 0,78 0,61 <0,001 figura 22N

Morfotipos (%) Densidade (ind/g) S 0,30 0,09 0,148 -

Morfotipos (%) Riqueza (S) Exponencial –0,28 0,08 0,175 -

Morfotipos (%) Equitabilidade (J) Inverso –0,75 0,56 <0,001 figura 22O

Shannon (H’) Densidade (ind/g) Cúbico –0,66 0,44 0,006 figura 22P

Shannon (H’) Equitabilidade (J) Linear 0,96 0,92 <0,001 figura 22Q

Dominância (%) Shannon (H’) Exponencial –0,97 0,94 <0,001 figura 22R

Dominância (%) Densidade (ind/g) S 0,62 0,39 0,001 figura 22S

Dominância (%) Riqueza (S) Quadrático –0,63 0,40 0,004 figura 22T

Fonte: Elaborada pelo autor.

Notas: A.= Alabaminella; C.= Cassidulina; E.= Epistominella; ind/g= indivíduos de foraminíferos por grama de sedimento; Sig.= valor de significância da regressão calculado pela Anova. Valores de significância aceitáveis com erro abaixo de 5% destacados com sublinhados duplos. Graus de relação com base no coeficiente de correlação (r): apresenta relação forte (r > 0,75); apresenta moderada relação (r=0,50 > 0,74); apresenta fraca relação (r =0,25 > 0,49); apresenta relação muito fraca (r < 0,24).

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5 DISCUSSÕES

O intervalo estudado é constituído por uma recuperação contínua de 1.188 cm de sedimento que, segundo Ferreira e Leão ([2012]), representam amostras do Pleistoceno Médio com diferentes idades conforme a profundidade, das mais antigas na base do intervalo (2.037 cm) até amostras mais recentes no topo do intervalo (849 cm) (figura 18). Os baixos níveis de fragmentação das carapaças de foraminíferos indicam uma boa preservação, os valores de abundância absoluta e riqueza uma expressiva recuperação da fauna bentônica ao longo de todo o intervalo analisado. Foi encontrada uma fauna característica da região de talude, com dominância de formas do tipo calcário-hialina (ARMSTRONG; BRASIER, 2005) ao longo do Pleistoceno Médio da Bacia de Santos. Uma grande variedade de espécies de foraminíferos bentônicos foi identificada, entretanto 22% (N=32) das mesmas apresentaram uma abundância mínima (2%) em ao menos uma amostra e apenas três apresentaram um padrão de abundância e distribuição consistente (Epistominella exigua, Alabaminella weddellensis e Cassidulina californica; figura 19). A composição das associações de espécies de mar profundo é influenciada por condições ambientais. (GOODAY, 1994; SCHNITKER, 1974). Em águas rasas, os efeitos na comunidade referentes à concentração de oxigênio e fluxo orgânico podem ser difíceis de serem separados. Contudo, em águas profundas, onde os níveis de oxigênio são raramente limitantes, algumas espécies podem ser boas marcadoras do fluxo orgânico. A utilização da abundância de espécies da fauna bentônica, valores de dominância e diversidade podem ser boas ferramentas para identificar os efeitos de altas concentrações de fluxo orgânico ou baixos níveis de oxigênio dissolvido. (ZWAAN et al., 1999). Com base nos dados das análises de regressão, foi possível identificar quais variáveis estão relacionadas estatisticamente, fornecendo assim informações para uma interpretação paleoecológica/paleoambiental. Através disso e com base nas linhas de tendência para oscilações da abundância relativa de E. exigua, C. californica, morfotipos (epifaunal e infaunal) e a densidade de foraminíferos, foi possível subdividir o intervalo estudado em três subintervalos (figura 23) com distintas características paleoecológicas, a partir de delimitações aproximadas com base nas linhas de tendência dos gráficos de dispersão. Os subintervalos A e C apresentam tendências muito semelhantes quanto às suas características paleoecológicas, separados pelo subintervalo B que apresenta uma oposição de tendências de acordo com as análises de regressão e a distribuição da fauna.

63

Figura 23 – Gráficos de dispersão com subintervalos identificados no Pleistoceno Médio da Bacia de Santos

Fonte: Elaborada pelo autor.

5.1 SUBINTERVALOS A e C

O primeiro subintervalo (A) identificado na base do testemunho possui as amostras mais antigas recuperadas, correspondentes à extensão entre 2.037 cm e 1.946 cm. O subintervalo C possui as amostras mais recentes, localizado entre ~1.509 cm e 849 cm. Os subintervalos A e C, separados cronoestratigraficamente, são caracterizados por uma grande abundância do morfotipo epifaunal, elevada dominância da espécie E. exigua e grande densidade de foraminíferos bentônicos (figura 23). A maior abundância de epifaunais está relacionada com os maiores índices de dominância (r=0,78; p<0,001), enquanto a diversidade

64

(r=–0,71; p=0,002) e equitabilidade de espécies (r=–0,75; p<0,001) são consideravelmente menores em relação a maior abundância de epifaunais. Na tentativa de explicar quais fatores estariam influenciando a distribuição da fauna e condicionando uma baixa diversidade e grande dominância de epifaunais, muitos estudos citam o modelo TROX (JORISSEN; STIGTER; WIDMARK, 1995), o qual estabelece que todas espécies de foraminíferos possuem certa quantidade/qualidade crítica de oxigênio e nutrientes necessários. Em ambientes com alta entrada de matéria orgânica e sua posterior oxidação, os níveis de concentração de oxigênio são conduzidos ao esgotamento na superfície do sedimento, controlando as populações de epifaunais e permitindo que os infaunais dominem, pois parte da matéria orgânica é levada a partir de bioturbações a camadas mais profundas do sedimento. Enquanto em ambientes com baixa entrada de matéria orgânica, é a disponibilidade de alimento que controlará a abundância a fauna, possibilitando que os epifaunais dominem. (BETANCUR; MARTÍNEZ, 2003; GOODAY, 1994). Entretanto existem casos de exceção ao proposto pelo modelo, pois em ecossistemas instáveis certas espécies epifaunais oportunistas têm a capacidade de colonizar nichos vazios, formados por condições paleoambientais específicas, e assim dominá-los. (GOODAY, 1993; SMART et al., 1994). As análises de regressão demonstram que a espécie epifaunal E. exigua é a mais representativa nesses subintervalos (A e C), e explica a grande abundância desse morfotipo (r=0,73; p=0,001), diretamente relacionada com os maiores índices de dominância (r=0,65; p=0,009). A espécie E. exigua é usualmente conhecida como fitodetrítica e oportunista, sendo capaz de se reproduzir e aumentar suas populações rapidamente frente a depósitos sazonais de fitodetritos, o que permite utilizá-la para o reconhecimento de pulsos de matéria orgânica fitodetrítica no registro fóssil. (JORISSEN; FONTANIER; THOMAS, 2007; LEÃO, 2011; SMART et al., 1994; SMART, 2008; SMART; GOODAY, 1997; SUN et al., 2006; THOMAS et al., 1995; THOMAS; GOODAY, 1996). Sugere-se que nos dois momentos de dominância da E. exigua (subintervalos A e C) tenha ocorrido consideráveis aportes de material fitodetrítico ao fundo oceânico, o que ocasionou uma resposta nas populações de E. exigua aumentando sua abundância e dominando a fauna de foraminíferos bentônicos. A abundância de E. exigua tem influência na diversidade de espécies (r=–0,59; p=0,002), podendo ser a responsável pela baixa abundância de infaunais, o que estaria restringindo a abundância desse morfotipo e a diversidade de espécies nos subintervalos A e C. Como epifaunais vivem na superfície do sedimento e esgotam primeiro a oferta de nutrientes, com a dominância de espécies epifaunais fitodetríticas na comunidade bentônica, cria-se um ambiente

65 limitante para as espécies infaunais. (GOODAY, 1993, 1994, 1996; JORISSEN; STIGTER; WIDMARK, 1995; SMART; GOODAY, 1997). Além disso, o índice de diversidade inversamente proporcional à abundância de E. exigua já foi relatado em outros estudos, como característica indicativa de populações associadas a elevados depósitos de fitodetritos. (GOODAY, 1993, 1999; GOODAY et al, 1998). A densidade de foraminíferos nesses dois subintervalos é elevada (figura 23). Um estudo realizado por Yamashita (2011), no talude da bacia de Campos, evidenciou maiores densidades de foraminíferos ocorrendo em sedimentos com maior percentagem de areia, o que poderia estar indicando um maior desenvolvimento de espécies oportunistas em função do aporte de fitodetritos, principalmente pelo fato da densidade de indivíduos apresentar uma relação inversa com a diversidade de espécies (r=–0,66; p=0,006), indicativo de fluxos fitodetríticos. Estudos demonstraram que a densidade e a reprodução de algumas espécies oportunistas são controladas por acelerados acréscimos na chegada de matéria orgânica ao fundo marinho. Apenas de 1 a 3% da produção primária das águas superficiais é exportada e atinge o assoalho oceânico, esta matéria orgânica lábil é rapidamente consumida por bactérias e foraminíferos bentônicos ligados a aportes de fitodetritos, gerando assim uma colonização de espécies na superfície da camada sedimentar, aumentando a densidade de indivíduos decorrente do domínio de espécies oportunistas. (GOODAY, 1993; GOODAY; LAMBSHEAD, 1989; GOODAY; TURLEY, 1990; MURRAY, 2006). Apesar de serem observadas características paleoecológicas semelhantes para esses dois subintervalos, existem diferenças no grau de intensidade de suas características (figura 23) as quais indicam tendências mais elevadas e definidas para o subintervalo C. Na base do subintervalo A, a maior abundância de E. exigua e densidade de foraminíferos sugere um paleoambiente com considerável aporte fitodetrítico, e gradual diminuição até o contato com o subintervalo B, onde o aporte fitodetrítico é menor. No subintervalo C uma situação inversa é observada, com contínuo aumento na densidade de foraminíferos e mair dominância de E. exigua apartir da base até aproximadamente 1.250 cm, sugerindo elevados níveis de aporte fitodetrítico, até o topo do subintervalo onde o aporte estaria menos presente. A diversidade de espécies é muito baixa e inversamente proporcional à dominância (r=–0,97; p<0,001), o que sugere dois momentos com elevado nível de estresse ambiental. (BUZAS; GIBSON, 1969; ZWAAN et al., 1999).

66

5.1.1 A. weddellensis x E. exigua

A segunda espécie mais abundante no Pleistoceno Médio da Bacia de Santos é a A. weddellensis, também oportunista e indicadora de aportes fitodetríticos ao fundo marinho. Esta espécie não apresenta sua distribuição relacionada com os subintervalos descritos acima, mas exibe uma considerável tendência de oposição à abundância de E. exigua (r=–0,53; p=0,003). A A. weddellensis é bastante abundante e juntamente com E. exigua explica a dominância do morfotipo epifaunal (r=0,90; p<0,001). Está presente em breves momentos onde E. exigua diminui sua abundância nos subintervalos A e C (figura 20). No intervalo B onde E. exigua praticamente desaparece, A. weddellensis exibe grande abundância. Sun et al. (2006) sugerem que momentos de maior abundância de A. weddellensis indicam áreas de alta produtividade primária, enquanto E. exigua apresenta seus maiores valores em áreas com deposição intermitente de nutrientes. Assim, sugere-se que existam aportes de materiais fitodetríticos com diferentes características ao longo do intervalo estudado, os subintervalos A e C dominados por deposições intermitentes de fitodetrítos (↑E. exigua) com breves momentos onde a deposição ocorreu de forma mais gradual (↑A. weddellensis). Intercalados por um subintervalo onde o aporte de nutrientes ao fundo marinho foi menos intenso e mais gradual. Uma explicação alternativa refere a A. weddellensis como não sendo unicamente fitodetrítica, mas que se alimenta de bactérias que remineralizam o fósforo e, logo, apresenta crescimento de suas populações frente ao acréscimo desse nutriente. (PAYTAN; MCLAUGHLIN, 2007). Bertilsson et al., 2003 salientam que as maiores abundâncias de A. weddellensis ocorrem em períodos nos quais existe uma menor concentração de nutrientes chegando ao sedimento marinho, sugerindo que A. weddellensis possa estar se alimentando de certas espécies de picofitoplâncton (tamanho relativo entre 0,2 a 2 µm), que apresentam altas taxas de reprodução como resposta ao aumento na concentração de fósforo na interface água-sedimento. O fósforo no fundo oceânico é um nutriente limitante para a produtividade biológica e o maior controlador da produtividade marinha. Oscilações nas concentrações de fósforo presentes nos sedimentos podem ser decorrentes de rochas sedimentares na forma de carbonato- fluorapatita, mineral que se forma principalmente em sedimentos da margem continental em regiões com alta produtividade primária. Em períodos glaciais, o recuo do mar deixa expostas regiões da plataforma continental ricas em carbonato-fluorapatita, sofrendo assim dissolução

67 pelas condições de intemperismo. Nos estágios interglaciais, o nível do mar sobe e o fósforo é carregado para áreas mais profundas do oceano. (FILIPPELLI, 2008; TYRRELL, 1999). Esta dinâmica no ciclo do fósforo poderia estar controlando a abundância de A. weddellensis, que demonstra ter preferências e estratégias alimentares distintas de E. exigua. Entretanto, análises mais aprofundadas são necessárias para confirmar a influência do fósforo na dinâmica das populações de foraminíferos bentônicos, principalmente pelo fato de ser menos estudado do que o nitrogênio e o carbono, no que diz respeito a sua participação no ciclo de produtividade oceânica e em como determinados organismos utilizam cada um desses nutrientes; bem como referente às preferências alimentares das espécies fitodetríticas. (LEÃO, 2011; PAYTAN; MCLAUGHLIN, 2007).

5.2 SUBINTERVALO B

A comparação da distribuição da fauna de foraminíferos bentônicos e as análises de regressão possibilitaram a identificação de um subintervalo com características paleoecológicas e paleoambientais substancialmente diferentes dos anteriores, encontrando-se numa seção intermediária aos subintervalos A e C (entre 1.910 e ~1.529 cm) sendo mais recente que o subintervalo A e mais antigo que o subintervalo C. No subintervalo B ocorre a maior abundância de infaunais (figura 23), associada aos menores índices de dominância (r=–0,78; p<0,001), e aos maiores valores de diversidade (r=0,71; p<0,001) e equitabilidade de espécies (r=0,75; p<0,001). Conforme as características paleoecológicas citadas anteriormente, sugere-se um momento com condições paleoambientais mais equilibradas, onde a comunidade de foraminíferos bentônicos infaunais foi capaz de se diversificar e aumentar em abundância. (BUZAS; GIBSON, 1969; GOODAY, 1993, 1996; JORISSEN; STIGTER; WIDMARK, 1995; ZWAAN et al., 1999). Nesse subintervalo, a espécie epifaunal E. exigua apresentou os menores valores de abundância, praticamente desaparecendo em algumas amostras (figura 23), o que sugere a inexistência de um aporte considerável de fitodetrítos ao fundo oceânico nesse período, possibilitando com que os infaunais aumentassem em diversidade na comunidade. (GOODAY, 1996; JORISSEN; STIGTER; WIDMARK, 1995). Observa-se também uma grande abundância de A. weddellensis, a qual apresenta fraca relação com a abundância de epifaunais (r=0,49; p=0,042) e nenhuma relação com a dominância de espécies (r=0,35; p=0,090), provavelmente relacionada a outras características paleoambientais como citado anteriormente. Sugere-se um

68 momento de menor e gradual chegada de nutrientes ao sedimento, o que permitiu que tanto a A. weddellensis como os infaunais dominassem. Esse período apresenta um gradual incremento dos valores de abundância de C. californica no sentido base-topo, com uma abundância maior que no subintervalo C, mas menor que no subintervalo A (figura 23). Mesmo C. californica sendo a espécie infaunal mais presente no testemunho, não possui relação estatística com a abundância de infaunais (r=0,40; p<0,167), e não apresenta relação com a abundância das espécies epifaunais E. exigua ou A. weddellensis (E. exigua: r=0,27; p<0,198; A. weddellensis: r=-0,34; p<0,12), e exibe seus maiores valores no subintervalo A, onde a E. exigua domina, sugerindo que outros fatores paleoambientais estariam controlando as populações de C. californica. Alguns autores a citam como sendo indicadora de períodos de fluxo muito intenso de matéria orgânica degradada, muitas vezes ligada ao aporte de areias. (OTTO; HERMELIN; SHIMMIELD, 1995; THOMAS et al., 1995). A espécie também é indicadora de alta depleção dos níveis de oxigênio, e relacionada a amostras ricas em Carbono Orgânico Total (LEÃO, 2011; SCHMIEDL; MACKENSEN, 1997). A espécie Cassidulina laevigata apresenta seus maiores valores de abundância nesse subintervalo (figura 19) e é conhecida na literatura por ser adaptada a fluxos orgânicos de grau moderado a alto. (ALTENBACH et al., 1999). Outros gêneros infaunais bem representados nesse subintervalo são Bolivina e Bulimina (figura 19), conhecidos por habitarem sedimentos lamosos, serem detritívoros e possuírem algumas espécies tolerantes a disoxia. (MURRAY, 2006). A densidade de foraminíferos está inversamente relacionada com a diversidade de espécies (r=–0,66; p=0,006) apresentando os menores valores nesse subintervalo (figura 23), com uma maior densidade nas amostras mais antigas na base do período, gradual diminuição até as amostras intermediárias e conseguinte aumento da densidade próximo ao contato com o subintervalo A. Como citado por Yamashita (2011), os menores valores de densidade e maiores de diversidade podem estar ligados a uma estabilidade ambiental e a inexistência de espécies oportunistas dominando a fauna nesse momento. Conforme as oscilações na distribuição da fauna e nos parâmetros avaliados e discutidos acima, sugere-se que os três subintervalos identificados no Pleistoceno Médio, possam ter sido influenciados por modificações nas massas d’água de fundo atuantes no talude continental da Bacia de Santos. Estudos documentam durante esse período episódios com consideráveis reduções na formação da corrente de fundo APAN (Água Profunda do Atlântico Norte), decorrentes da diminuição do nível dos oceanos. Isso muitas vezes pode desencadear descargas

69 sedimentares da plataforma em direção ao talude, ou até mesmo aumentar a força das correntes de fundo atuantes na área, a partir da diminuição da APAN e o consequente aumento das Correntes da Componente Sul (CCS), sendo estas correntes responsáveis pela remobilização do material de fundo. (RAYMO et al, 1990). Assim, modificações na dinâmica das massas d’água de fundo pode ser uma explicação para o aumento na produtividade local e elevado aporte fitodetrítico nos subintervalos A e C, que levaram a uma abundância de E. exigua, intercalados por um período com diferente influência de massas d’água (subintervalo B), possibilitando uma maior estabilidade paleoambiental e diversidade da fauna de foraminíferos bentônicos.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo paleoecológico da fauna de foraminíferos bentônicos, presentes no talude continental da Bacia de Santos, possibilitou identificar três momentos no Pleistoceno Médio com distintas características paleoambientais. A fauna de foraminíferos bentônicos é principalmente representada pelas espécies Epistominella exigua, Alabaminella weddellensis e Cassidulina californica, e apresentou flutuações na composição e diversidade de espécies, com dois momentos de instabilidade ambiental (subintervalo A e C), na qual poucas espécies foram capazes de dominar a fauna, principalmente E. exigua, e um momento de maior estabilidade ambiental (subintervalo B) com uma comunidade de foraminíferos bentônicos mais diversificada: a) subintervalo A: é o período mais antigo, caracterizado por um momento de estresse ambiental e elevados valores de dominância, podendo ser decorrente de um maior aporte de material fitodetrítico ao sedimento marinho, o que permitiu a dominância da espécie epifaunal oportunista E. exigua, fitodetrítica e que condicionou a composição da fauna restringindo a diversidade e abundância de infaunais; b) subintervalo B: intermediário no registro geológico, apresentou a maior abundância de infaunais e os maiores índices de diversidade e equitabilidade, indicando um momento de maior estabilidade ambiental. A espécie E. exigua praticamente desaparece, sugerindo que nesse momento não tenha ocorrido um considerável aporte fitodetrítico, possibilitando assim que espécies infaunais dominassem e se diversificassem na comunidade. A espécie C. californica não exibiu relação com a abundância de infaunais e apresentou um considerável aumento a partir desse intervalo, indicando a presença de grande quantidade de carbono orgânico total nos sedimentos do talude da Bacia de Santos; c) intervalo C: é o período mais recente, onde a fauna apresentou baixa diversidade e densidade de foraminíferos bentônicos, e uma elevada dominância de E. exigua. Sugere-se que nesse intervalo tenha ocorrido um considerável aporte de material fitodetrítico ao fundo oceânico, de maneira mais representativa que no intervalo A, o que caracteriza um momento de instabilidade ambiental, onde poucas espécies foram capazes de dominar a comunidade de foraminíferos.

71

A inexistência de relação entre A. weddellensis e a idade das amostras, e uma oposição com a abundância da E. exigua, indica momentos que apresentaram diferentes tipos de fluxos fitodetríticos, depositados em pulsos sazonais (subintervalos A e C) e intercalados por períodos onde a deposição da matéria orgânica ocorreu de forma mais gradual, provavelmente associada à oscilação do fluxo de fósforo (subintervalo B). Os padrões de distribuição das três espécies citadas permitiram caracterizar o Pleistoceno Médio do talude continental da Bacia de Santos como uma zona de alta produtividade marinha, com variações no aporte de matéria orgânica de origens diversas e intensidade variável, além de uma possível oscilação na influência das correntes de fundo ao longo desse intervalo. Foi possível utilizar estas espécies como indicadoras de variações paleoambientais e de produtividade marinha no intuito de compreender melhor o quebra-cabeça das associações de foraminíferos bentônicos no dinâmico período que foi o Pleistoceno.

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YAMASHITA, Cintia. Distribuição dos foraminíferos bentônicos vivos no talude continental e Platô de São Paulo, bacia de Campos (23° 12’-24° 30’ e 39° 59’-41° 20’): fatores ambientais condicionantes. 2011. Dissertação (Mestrado em Ciências) -- Programa de Pós-Graduação Oceanografia Química e Geológica, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, 2011.

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83

APÊNDICE A – LISTAGEM TAXONÔMICA E FOTOMICROGRAFIAS EM MEV

Segue a listagem taxonômica das espécies de foraminíferos bentônicos identificadas neste estudo. Na revisão taxonômica, foi verificada a sinonímia para cada espécie, e pelo fato de grande parte das espécies identificadas serem bem representadas na literatura específica, a sinonímia foi restringida a citação original e ao nome científico válido atualmente.

Domínio EUKARYOTA Cavalier-Smith, 1998 Reino PROTOZOA Cavalier-Smith, 2002 Subreino BICILIATA Cavalier-Smith, 2002 Infrarreino Cavalier-Smith, 2002 Filo FORAMINIFERA (d’Orbigny, 1826) Classe POLYTHALAMEA Cavalier-Smith, 2002 Ordem TEXTULARIIDA Sen Gupta, 1999 Subordem TEXTULARIINA Delage e Hérouard, 1896 Superfamília TEXTULARIACEA Ehrenberg, 1838 Família EGGERELLIDAE Cushman, 1937 Subfamília EGGERELLINAE Cushmann, 1937 Gênero Eggerella Cushmann, 1935 Eggerella bradyi (Cushman, 1911) Verneuilina bradyi Cushman, 1911. Eggerella bradyi (Cushman).

Subfamília SIPHOTEXTULARIINAE Loeblich e Tappan, 1985 Gênero Siphotextularia Finlay, 1939 Siphotextularia affinis (Fornasini, 1883) Sagraina affinis Fornasini, 1983. Siphotextularia affinis (Fornasini).

84

Ordem MILIOLIDA Sen Gupta, 1999 Subordem MILIOLINA Delage e Hérouard, 1896 Superfamília CORNUSPIRACEA Schultze, 1854 Família CORNUSPIRIDAE Schultze, 1854 Subfamília CORNUSPIRINAE Schultze, 1854 Gênero Cornuspira Schultze, 1854 Cornuspira planorbis Schultze, 1854 Cornuspira planorbis Schultze, 1854.

Família OPHTHALMIDIIDAE Wiesner, 1920 Gênero Spirophthalmidium Cushmann, 1927 Spirophthalmidium acutimargo (Brady, 1884) Spiroloculina acutimargo Brady, 1884. Spirophthalmidium acutimargo (Brady).

Superfamília Ehrenberg, 1839 Família Schwager, 1876 Subfamília HAUERININAE Schwager, 1876 Gênero Quinqueloculina d'Orbigny, 1826 Quinqueloculina seminulum (Linnaeus, 1758) Serpula seminulum Linnaeus, 1758. Quinqueloculina seminulum (Linnaeus).

Quinqueloculina venusta Karrer, 1868 Quinqueloculina venusta Karrer, 1868.

Quinqueloculina vulgaris d'Orbigny, 1826 Quinqueloculina vulgaris d'Orbigny, 1826.

Quinqueloculina weaveri Rau, 1948 Quinqueloculina weaveri Rau, 1948.

Quinqueloculina sp.

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Subfamília MILIOLINELLINAE Vella, 1957 Gênero Miliolinella Wiesner, 1931 Miliolinella sp.

Gênero Pyrgo Defrance, 1824 Pyrgo bulloides (d'Orbigny, 1826) (figuras 26M e 26N – apêndice A – p. 108) Biloculina bulloides. d’Orbigny, 1826. Pyrgo bulloides (d'Orbigny).

Pyrgo depressa (d'Orbigny, 1826) Biloculina depressa d´Orbigny, 1826. Pyrgo elongata (d’Orbigny).

Pyrgo elongata (d'Orbigny, 1826) Biloculina elongata d’Orbigny, 1826. Pyrgo elongata (d’Orbigny).

Pyrgo murrhina (Schwager, 1866) Biloculina murrhina Schwager, 1866. Pyrgo murrhina (Schwager).

Gênero Triloculina d'Orbigny, 1826 Triloculina lucernuloides (Ujiié, 1990) Pyrgo lucernuloides Ujiié, 1990. Triloculina lucernuloides (Ujiié).

Triloculina oblonga (Montagu, 1803) Vermiculum oblongum Montagu, 1803. Triloculina oblonga (Montagu).

Triloculina tricarinata d'Orbigny, 1826 Triloculina tricarinata d'Orbigny, 1826.

86

Triloculina trigonula (Lamarck, 1804) Miliolites trigonula Lamarck, 1804. Triloculina trigonula (Lamarck).

Gênero Triloculinella Riccio, 1950 Triloculinella pseudoblonga (Zheng, 1980) (figuras 26O e 26P – apêndice A – p. 108) Miliolinella pseudooblonga Zheng, 1980. Triloculinella pseudooblonga (Zheng).

Subfamília SIGMOILINITINAE Luczkowska, 1974 Gênero Nummoloculina Steinmann, 1881 Nummoloculina contraria (d'Orbigny, 1846) Biloculina contraria d’Orbigny, 1846. Nummoloculina contratia (d’Orbigny).

Gênero Sigmopyrgo Hofker, 1983 Sigmopyrgo vespertilio (Schlumberger, 1891) Biloculina vespertilio Sclumberger, 1891. Sigmopyrgo vespertilio (Sclumberger).

Subfamília SIGMOILOPSINAE Vella, 1957 Gênero Finlay, 1947 Sigmoilopsis schlumbergeri (Silvestri, 1904) schlumbergeri Silvestri, 1904. Sigmoilopsis schlumbergeri (Silvestri).

Família APIROLOCULINIDAE Wiesner, 1920 Gênero Adelosina d'Orbigny, 1826 Adelosina laevigata d'Orbigny, 1826 Adelosina laevigata d'Orbigny, 1826.

87

Ordem LAGENIDA Sen Gupta, 1999 Subordem LAGENINA Delage e Hérouard, 1896 Superfamília NODOSARIACEA Ehrenberg, 1838 Família NODOSARIIDAE Ehrenberg, 1838 Subfamília NODOSARIINAE Ehrenberg, 1838 Gênero Dentalina Risso, 1826 Dentalina flintii (Cushman, 1923) Nodosaria flintii Cushman, 1923. Dentalina flintii (Cushman).

Gênero Laevidentalina Loeblich e Tappan, 1986 Laevidentalina bradyensis (Dervieux, 1894) Dentalina bradyensis Dervieux, 1894. Laevidentalina bradyensis (Dervieux).

Gênero Nodosaria Lamarck, 1812 Nodosaria sp.

Família VAGINULINIDAE Reuss, 1860 Subfamília LENTICULININAE Chapman, Parr, e Collins, 1934 Gênero Lenticulina Lamarck, 1804 Lenticulina sp.

Subfamília MARGINULININAE Wedekind, 1937 Gênero Marginulina d'Orbigny, 1826 Marginulina obesa Cushman, 1923 Marginulina obesa Cushman, 1923.

Família LAGENIDAE Reuss, 1862 Gênero Lagena Walker e Jacob, 1798 Lagena elongata (Ehrenberg, 1844) Miliola elongata Ehrenberg, 1844. Lagena elongata (Ehrenberg).

88

Lagena foveolatiformis McCulloch, 1977 Lagena foveolatiformis McCulloch, 1977.

Lagena hispidula Cushman, 1913 Lagena hispidula Cushman, 1913.

Lagena nebulosa (Cushman, 1923) Lagena laevis var. nebulosa Cushman, 1923. Lagena nebulosa (Cushman).

Lagena plumigera Brady, 1881 Lagena plumigera Brady, 1881.

Lagena semistriata (Williamson, 1958) Lagena vulgaris Williamson var. semistriata Williamson, 1857. Lagena semistriata (Williamson, 1958).

Lagena striata (d'Orbigny, 1839) Oolina striata d’Orbigny, 1839. Lagena striata (d’Orbigny).

Lagena wiesneri Parr, 1950 Lagena wiesneri Parr, 1950.

Lagena spp.

Gênero Procerolagena Puri, 1954 Procerolagena gracilis (Williamson, 1848) Lagena gracilis Williamson, 1848. Procerolagena gracilis (Williamson).

89

Procerolagena mollis Cushman, 1944 Lagena mollis Cushman, 1944. Procerolagena mollis (Cushman).

Gênero Reussolina Colom, 1956 Reussoolina laevis (Montagu, 1803) Vermiculum laeve Montagu, 1803. Reussoolina laevis (Montagu).

Família POLYMORPHINIDAE d’Orbigny, 1839 Subfamília POLYMORPHININAE d’Orbigny, 1839 Gênero Pyrulina d’Orbigny, 1839 Pyrulina angusta (Egger, 1857) Polymorphina angusta Egger, 1857. Pyrulina angusta (Egger).

Gênero Globofissurella Patterson, 1986 Globofissurella quadricarinata (Sidebottom, 1912) Lagena staphyllearia var. quadricarinata Sidebottom, 1912. Globofissurella quadricarinata (Sidebottom).

Família ELLIPSOLAGENIDAE A. Silvestri, 1923 Subfamília OOLININAE Loeblich e Tappan, 1961 Gênero Cushmanina R. W. Jones, 1984 Cushmanina desmophora (Jones, 1872) Lagena desmophora Jones, 1872. Cushmanina desmophora (Jones).

Gênero Favulina Patterson e Richardson, 1987 Favulina hexagona (Williamson, 1848) Entosolenia squamosa Montagu var. hexagona Williamson, 1848. Favulina hexagona (Williamson).

90

Favulina melo (d'Orbigny, 1839) Oolina melo d’Orbigny, 1839. Favulina melo (d’Orbigny).

Gênero Oolina d'Orbigny, 1839 Oolina acuticosta Reuss, 1862 Lagena acuticosta Reuss, 1862. Oolina acuticosta (Reuss).

Oolina apiopleura (Loeblich e Tappan, 1953) Lagena apiopleura Loeblich e Tappan, 1953. Oolina apiopleura (Loeblich e Tappan).

Oolina globosa (Montagu, 1803) Vermiculum globosum Montagu, 1803. Oolina globosa (Montagu).

Oolina ovum (Ehrenberg, 1843) Lagena ovum Ehrenberg, 1843. Oolina ovum (Ehrenberg).

Oolina spp.

Subfamília ELLIPSOLAGENINAE A. Silvestri, 1923 Gênero Fissurina Reuss, 1850 Fissurina auriculata (Brady, 1881) Lagena auriculata Brady, 1881. Fissurina auriculata (Brady).

Fissurina auriglobosa (McCulloch, 1977) Lagena auriglobosa McCulloch, 1977. Fissurina auriglobosa (McCulloch).

91

Fissurina circularis Todd, 1954 Fissurina circularis Todd, 1954.

Fissurina elliptica (Cushman, 1923) Lagena orbignyana var. elliptica Cushman, 1923. Fissurina elliptica (Cushman).

Fissurina extera McCulloch, 1977 Fissurina extera McCulloch, 1977.

Fissurina formosa (Schwager, 1866) Lagena formosa Schwager, 1866. Fissurina formosa (Schwager).

Fissurina kerguelenensis Parr, 1950 Fissurina kerguelenensis Parr, 1950.

Fissurina laevigata Reuss, 1850 Fissurina laevigata Reuss, 1850.

Fissurina marginata (Montagu, 1803) Vermiculum marginatum Montagu, 1803. Fissurina marginata (Montagu).

Fissurina multicostulata McCulloch, 1977 Fissurina multicostulata McCulloch, 1977.

Fissurina orbignyana Seguenza, 1862 Fissurina orbignyana Seguenza, 1862.

Fissurina quadrata (Williamson, 1858) Entosolenia quadrata Williamson, 1858. Fissurina quadrata (Williamson).

92

Fissurina semimarginata (Reuss, 1870) Lagena marginata (Montagu), var. semimarginata Reuss, 1870. Fissurina semimarginata (Reuss).

Fissurina seminiformis (Schwager, 1866) Lagena seminiformis Schwager, 1866. Fissurina seminiformis (Schwager).

Fissurina serena McCulloch, 1977 Fissurina serena McCulloch, 1977.

Fissurina spinosa (Sidebottom, 1912) Lagena fasciata Egger var. spinosa Sidebottom, 1912. Fissurina spinosa (Sidebottom).

Fissurina subrevertens Parr, 1950 Fissurina subrevertens Parr, 1950.

Fissurina spp.

Gênero Lagenosolenia McCulloch, 1977 Lagenosolenia bradyiformata McCulloch, 1977 Lagenosolenia bradyiformata McCulloch, 1977.

Lagenosolenia incomposita Patterson e Pettis, 1986 Lagenosolenia incomposita Patterson e Pettis, 1986.

Lagenosolenia strigimarginata Loeblich Júnior e Tappan, 1994 Lagenosolenia strigimarginata Loeblich Júnior e Tappan, 1994.

93

Gênero Palliolatella Patterson e Richardson, 1987 Palliolatella palliolata (Earland, 1934) Lagena palliolata Earland, 1934. Paliolatella palliolata (Earland).

Subfamília PARAFISSURININAE R.W. Jones, 1984 Gênero Parafissurina Parr, 1947 Parafissurina aperta (Matthes, 1939) Lagena aperta Matthes, 1939. Parafissurina aperta (Matthes).

Parafissurina felsinea (Fornasini, 1894) Lagena felsinea Fornasini, 1894. Parafissurina felsinea (Fornasini).

Parafissurina lata (Wiesner,1931) Ellipsolagena lata Wiesner, 1931. Parafissurina lata (Wiesner).

Parafissurina lateralis (Cushman, 1913) Lagena lateralis Cushman, 1913. Parafissurina lateralis (Cushman).

Parafissurina lateralis (Chushman) f. carinata Cushman, 1913 Lagena lateralis Cushman var. carinata Buchner, 1940. Parafissurina lateralis (Chushman) f. carinata Cushman, 1913.

Parafissurina lateralis (Chushman) f. crassa Cushman, 1913 Lagena lateralis Cushman var. crassa Buchner, 1940. Parafissurina lateralis (Cushman) f. crassa Cushman, 1913.

94

Parafissurina lateralis(Chushman) f. longispina Cushman, 1913 Lagena lateralis Cushman var. longispira Buchner, 1940. Parafissurina lateralis (Cushman) f. longispina Cushman, 1913.

Parafissurina subventricosa McCulloch, 1977 Parafissurina subventricosa McCulloch, 1977.

Parafissurina uncifera (Buchner, 1940) Lagena uncifera Buchner, 1940. Parafissurina uncifera (Buchner).

Parafissurina spp.

Família GLANDULINIDAE Reuss, 1860 Subfamília SEABROOKIINAE Cushmann, 1927 Gênero Seabrookia Brady, 1890 Seabrookia curta McCulloch, 1977 Seabrookia curta McCulloch, 1977.

Ordem BULIMINIDA Sen Gupta, 1999 Superfamília BOLIVINACEA Glaessner, 1937 Família BOLIVINIDAE Glaessner, 1937 Gênero Bolivina d’Orbigny, 1839 Bolivina barbata Phleger e Parker, 1951 Bolivina barbata Phleger e Parker, 1951.

Bolivina compacta (Sidebottom, 1905) Bolivina robusta var. compacta Sidebottom, 1905. Bolivina compacta (Sidebottom).

95

Bolivina inflata Heron-Allen e Earland, 1913 (figura 24F – apêndice A – p. 106) Bolivina inflata Heron-Allen e Earland, 1913.

Bolivina lowmani Phleger e Parker, 1951 Bolivina lowmani Phleger e Parker, 1951.

Bolivina simplex Phleger e Parker, 1951 Bolivina simplex Phleger e Parker, 1951.

Bolivina sp. (figura 24J – apêndice A – p. 106)

Gênero Bolivinellina Saidova, 1975 Bolivinellina translucens (Phleger e Parker, 1951) Bolivina translucens Phleger e Parker, 1951. Bolivinellina translucens (Phleger e Parker).

Gênero Brizalina d’Orbigny, 1839 Brizalina fragilis (Phleger e Parker, 1951) (figura 24E – apêndice A – p. 106) Bolivina fragilis Phleger e Parker, 1951. Brizalina fragilis (Phleger e Parker).

Brizalina ordinaria (Phleger e Parker, 1951) (figura 24G – apêndice A – p. 106) Bolivina ordinaria Phleger e Parker, 1952. Brizalina ordinaria (Phleger e Parker).

Brizalina striatula (Cushman, 1922) (figura 24H – apêndice A – p. 106) Bolivina striatula Cushman, 1922. Brizalina striatula (Cushman).

96

Brizalina subaenariensis (Cushman, 1922) (figura 24I – apêndice A – p. 106) Bolivina subaenariensis Cushman, 1922. Brizalina subaenariensis (Cushman)

Superfamília LOXOSTOMATACEA Loeblich e Tappan, 1962 Família LOXOSTOMATIDAE Loeblich e Tappan, 1962 Gênero Loxostomum Ehrenberg, 1854 Loxostomum truncatum Phleger e Parker, 1951 Loxostomum truncatum Phleger e Parker, 1951.

Superfamília CASSIDULINACEA d'Orbigny, 1839 Família CASSIDULINIDAE d'Orbigny, 1839 Subfamília CASSIDULININAE d'Orbigny, 1839 Gênero Cassidulina d'Orbigny, 1826 Cassidulina angulosa Cushman, 1933 (figuras 24M e 24N – apêndice A – p. 106) Cassidulina angulosa Cushman, 1933.

Cassidulina californica Cushman e Hughes, 1925 (figuras 24O e 24P – apêndice A – p. 106) Cassidulina californica Cushman e Hughes, 1925.

Cassidulina carinata Silvestri, 1896 (figuras 24Q e 24R – apêndice A – p. 106) Cassidulina laevigata d’Orbigny var. carinata Silvestri, 1896. Cassidulina carinata Silvestri.

Cassidulina delicata Cushman, 1927 (figuras 25A e 25B – apêndice A – p. 107) Cassidulina delicata Cushman, 1927.

97

Cassidulina laevigata d'Orbigny, 1826 (figuras 25C e 25D – apêndice A – p. 107) Cassidulina laevigata d'Orbigny, 1826.

Gênero Evolvocassidulina Eade, 1967 Evolvocassidulina bradyi (Norman, 1881) Cassidulina bradyi Norman, 1881. Evolvocassidulina bradyi (Norman).

Gênero Globocassidulina Voloshinova, 1960 Globocassidulina subglobosa (Brady, 1881) (figuras 25O e 25P – apêndice A – p. 107) Cassidulina subglobosa Brady, 1881. Globocassidulina subglobosa (Brady).

Gênero Paracassidulina Nomura, 1983 Paracassidulina nipponensis (Eade, 1969) Cassidulina orientale Cushman, 1925. Paracassidulina nipponensis (Eade).

Superfamília BULIMINACEA Jones, 1875 Família BULIMINIDAE Jones, 1875 Gênero Bulimina d'Orbigny, 1826 Bulimina aculeata d'Orbigny, 1826 (figura 24C – apêndice A – p. 106) Bulimina aculeata d´Orbigny, 1826.

Bulimina alazanensis Cushman, 1927 Bulimina alazanensis Cushman, 1927.

Bulimina marginata d´Orbigny, 1826 Bulimina marginata d’Orbigny, 1826.

98

Bulimina rostratiformis McCulloch, 1977 Bulimina rostratiformis McCulloch, 1977.

Bulimina striata d' Orbigny, 1826 (figura 24D – apêndice A – p. 106) Bulimina striata d´Orbigny, 1826.

Família BULIMINELLIDAE Hofker, 1951 Gênero Buliminella Cushman, 1911 Buliminella elegantissima (d'Orbigny, 1839) Bulimina elegantissima d’Orbigny, 1839. Buliminella elegantissima (d´Orbigny).

Subfamília UVIGERININAE Haeckel, 1894 Gênero Siphouvigerina Parr, 1950 Siphouvigerina ampullacea (Brady, 1884) Uvigerina asperula Czjzek var. ampullacea Brady, 1884. Siphouvigerina ampullacea (Brady).

Gênero Uvigerina d'Orbigny, 1826 Uvigerina aculeata d’Orbigny, 1846 Uvigerina aculeata d'Orbigny, 1846.

Uvigerina costai Said, 1955 Uvigerina costai Said, 1955.

Uvigerina hispido-costata Cushman e Todd, 1945 Uvigerina hispido-costata Cushman e Todd, 1945.

Uvigerina mediterranea Hofker, 1932 Uvigerina mediterranea Hofker, 1932.

99

Uvigerina peregrina Cushman, 1923 Uvigerina peregrina Cushman, 1923.

Uvigerina striatula Cushman, 1913 Uvigerina striatula Cushman, 1913.

Subfamília ANGULOGERININAE Galloway, 1933 Gênero Angulogerina Cushman, 1927 Angulogerina angulosa (Williamson, 1858) (figura 24A – apêndice A – p. 106) Uvigerina angulosa Williamson, 1858. Angulogerina angulosa (Williamson).

Angulogerina asperrima (Chapman e Parr, 1937) (figura 24B – apêndice A – p. 106) Angulogerina angulosa (Williamson) var. asperrima Chapman e Parr, 1937. Angulogerina asperrima (Chapman e Parr).

Superfamília FURSENKOINACEA Loeblich e Tappan, 1961 Família FURSENKOINIDAE Loeblich e Tappan, 1961 Gênero Fursenkoina Loeblich e Tappan, 1961 Fursenkoina complanata (Egger, 1893) Virgulina complanata Egger, 1893. Fursenkoina complanata (Egger).

Fursenkoina sp.

Gênero Rutherfordoides McCulloch, 1981 Rutherfordoides sp.

100

Ordem ROTALIIDA Sen Gupta, 1999 Subordem ROTALIINA Delage e Hérouard, 1896 Superfamília DISCORBACEA Ehrenberg, 1838 Família EPONIDIDAE Hofker, 1951 Subfamília EPONIDINAE Hofker, 1951 Gênero Alabaminella Saidova, 1975 Alabaminella weddellensis (Earland, 1936) (figuras 24K e 24L – apêndice A – p. 106) Eponides weddellensis Earland, 1936. Alabaminella weddellensis (Earland).

Gênero Eponides de Montfort, 1808 Eponides alabaminaeformis Subbotina, 1960 (figuras 25I e 25J – apêndice A – p. 107) Eponides alabaminaeformis Subbotina, 1960.

Eponides antillarum d'Orbigny, 1839 (figuras 25K e 25L – apêndice A – p. 107) Eponides antillarum d'Orbigny, 1839.

Eponides regularis Phleger e Parker, 1951 Eponides regularis Phleger e Parker, 1951.

Família ROSALINIDAE Reiss, 1963 Gênero Gavelinopsis Hofker, 1951 Gavelinopsis vesiformis (Brady, 1953) (figuras 25M e 25N – apêndice A – p. 107) Rotalia vesiformis Bandy, 1953. Gavelinopsis vesiformis (Brady).

Gênero Neoconorbina Hofker, 1951 Neoconorbina sp.

101

Família SPHAEROIDINIDAE Cushman, 1927 Gênero Sphaeroidina d'Orbigny, 1826 Sphaeroidina bulloides d'Orbigny, 1826 Sphaeroidina bulloides dʹOrbigny, 1826.

Superfamília DISCORBINELLACEA Sigal, 1952 Família PARRELLOIDIDAE Hofker, 1956 Gênero Cibicidoides Thalmann, 1939 Cibicidoides mundulus (Brady, Parker e Jones, 1888) (figura 25E e 25F – apêndice A – p. 107) Truncatulina mundula Brady, Parker e Jones, 1888. Cibicidoides mundulus (Brady, Parker e Jones).

Cibicidoides wuellerstorfi (Schwager, 1866) Anomalina wuellestorfi Schwager, 1866. Cibicidoides wuellestorfi (Schwager).

Gênero Parrelloides Hofker, 1956 Parrelloides bradyi (Trauth, 1918) (figura 26G e 26H – apêndice A – p. 107) Truncatulina bradyi Trauth, 1918. Parrelloides bradyi (Trauth).

Família PSEUDOPARRELLIDAE Voloshinova, 1952 Subfamília PSEUDOPARRELLINAE Voloshinova, 1952 Gênero Epistominella Husezima e Maruhasi, 1944 Epistominella exigua (Brady, 1884) (figura 25G e 25H – apêndice A – p. 107) Pulvinulina exigua Brady, 1884. Epistominella exigua (Brady).

102

Família DISCORBINELLIDAE Sigal, 1952 Subfamília DISCORBINELLINAE Sigal, 1952 Gênero Discorbinella Cushman e Martin, 1935 Discorbinella bertheloti (d'Orbigny, 1839) Rosalina bertheloti d’Orbigny, 1839. Discorbinella bertheloti (dʹOrbigny).

Gênero Laticarinina Galloway e Wissler, 1927 Laticarinina pauperata (Parker e Jones, 1865) Pulvinulina repanda var. menardii subvar. pauperata Parker e Jones, 1865. Laticarinina pauperata (Parker e Jones).

Superfamília PLANORBULINACEA Schwager, 1877 Família PLANULINIDAE Bermúdez, 1952 Gênero Planulina d'Orbigny, 1826 Planulina costata (Hantken, 1875) Truncatulina costata Hantken, 1875. Planulina costata (Hantken).

Planulina sp.

Família CIBICIDIDAE Cushman, 1927 Subfamília CIBICIDINAE Cushman, 1927 Gênero Cibicides de Montfort, 1808 Cibicides grossepunctatus Earland, 1934 Cibicides grossepunctatus Earland, 1934.

Gênero Lobatula Fleming, 1828 Lobatula lobatula (Walker e Jacob, 1798) (figuras 26C e 26D – apêndice A – p. 108) Nautilus lobatulus Walker e Jacob, 1798. Lobatula lobatula (Walker e Jacob).

103

Superfamília NONIONACEA Schultze, 1854 Família NONIONIDAE Schultze, 1854 Subfamília NONIONINAE Schultze, 1854 Gênero Nonion de Montfort, 1808 Nonion pacificum (Cushman, 1924) (figuras 26E e 26F – apêndice A – p. 108) Nonionina umbilicatula (Montagu) var. pacifica Cushman, 1924. Nonion pacificum (Cushman).

Gênero Nonionoides Saidova, 1975 Nonionoides auris (d'Orbigny, 1839) Valvulina auris dʹOrbigny, 1839. Nonionoides auris (d´Orbigny).

Subfamília PULLENIINAE Schwager, 1877 Gênero Melonis de Montfort, 1808 Melonis barleeanum (Williamson, 1858) Nonionina barleeana Williamson, 1858. Melonis barleeanum (Williamson).

Melonis pompilioides (Ficht. e Moll, 1798) Nautilus pompilioides Fichtel e Moll, 1798. Melonis pompilioides (Fichtel e Moll).

Gênero Pullenia Parker e Jones, 1862 Pullenia bulloides (d'Orbigny, 1826) (figuras 26I e 26J – apêndice A – p. 108) Nonionina bulloides d’Orbigny, 1826. Pullenia bulloides (d’Orbigny).

104

Pullenia quinqueloba (Reuss, 1851) (figura 26K-L – apêndice A – p. 108) Nonionina quinqueloba Reuss, 1851. Pullenia quinqueloba (Reuss).

Superfamília CHILOSTOMELLACEA Brady, 1881 Família OSANGULARIIDAE Loeblich e Tappan, 1964 Gênero Osangularia Brotzen, 1940 Osangularia bengalensis (Schwager, 1866) Anomalina bengalensis Schwager, 1866. Osangularia bengalensis (Schwager).

Família ORIDORSALIDAE Loeblich e Tappan, 1984 Gênero Oridorsalis Andersen, 1961 Oridorsalis tener (Brady, 1884) Truncatulina tenera Brady, 1884. Oridorsalis tener (Brady).

Oridorsalis umbonatus (Reuss, 1851) Rotalia umbonatus Reuss, 1851. Oridorsalis umbonatus (Reuss).

Oridorsalis westi Andersen, 1961 Oridorsalis westi Andersen, 1961.

Família HETEROLEPIDAE Gonzáles-Donoso, 1969 Gênero Anomalinoides Brotzen, 1942 Anomalinoides globulosus (Chapman e Parr, 1937) Anomalina globulosa Chapman e Parr, 1937. Anomalinoides globulosus (Chapman e Parr).

105

Família GAVELINELLIDAE Hofker, 1956 Subfamília GAVELINELLINAE Hofker, 1956 Gênero Gyroidina d'Orbigny, 1826 Gyroidina altiformis (Stewart e Stewart, 1930) Gyroidina soldanii d’Orbigny var. altiformis Stewart e Stewart, 1930. Gyroidina altiformis (Stewart e Stewart).

Ordem ROBERTINIDA Sen Gupta, 1999 Subordem ROBERTININA Loeblich e Tappan, 1984 Superfamília CERATOBULIMINACEA Cushman, 1927 Família EPISTOMINIDAE Wedekind, 1937 Subfamília EPISTOMININAE Wedekind, 1937 Gênero Epistomina Terquem, 1883 Epistomina elegans (d'Orbigny, 1826) (figuras 26A e 26B – apêndice A – p. 108) Rotalia (Tubinuline) elegans d’Orbigny, 1826. Epistomina elegans (d'Orbigny).

Superfamília ROBERTINACEA Reuss, 1850 Família ROBERTINIDAE Reuss, 1850 Subfamília ROBERTININAE Reuss, 1850 Gênero Robertina d'Orbigny, 1846 Robertina imperatrix (Karrer, 1868) Bulimina imperatrix Karrer, 1868. Robertina imperatrix (Karrer).

106

Figura 24 – Estampa 1 com fotomicrografias em MEV das principais espécies de foraminíferos bentônicos classificadas

Fonte: Elaborada pelo autor.

Notas: A- Angulogerina angulosa, vista lateral; B- Angulogerina asperrima, vista lateral; C- Bulimina aculeata, vista lateral; D- Bulimina striata, vista lateral; E- Brizalina fragilis, vista lateral; F- Bolivina inflata, vista lateral; G- Brizalina ordinaria, vista lateral; H- Brizalina striatula, vista lateral; I- Brizalina subaenariensis, vista lateral; J- Bolivina sp., vista lateral; K, L- Alabaminella weddellensis, vista ventral e dorsal; M, N- Cassidulina angulosa, vista ventral e dorsal; O, P- Cassidulina californica, vista ventral e periférica; Q, R- Cassidulina carinata, vista ventral e periférica. Escala equivalente a 10 μm.

107

Figura 25 – Estampa 2 com fotomicrografias em MEV das principais espécies de foraminíferos bentônicos classificadas

Fonte: Elaborada pelo autor.

Notas: A, B- Cassidulina delicata, vista ventral e periférica; C, D- Cassidulina laevigata, vista dorsal e periférica; E, F- Cibicidoides mundulus, vista dorsal e periférica; G, H- Epistominella exigua, vista ventral e dorsal; I, J- Eponides alabaminaeformis, vista ventral e dorsal; K, L- Eponides antillarium, vista ventral e dorsal; M, N- Gavelinopsis vesiformis, vista ventral e dorsal; O, P- Globocassidulina subglobosa, vista ventral e dorsal. Escala equivalente a 10 μm.

108

Figura 26 – Estampa 3 com fotomicrografias em MEV das principais espécies de foraminíferos bentônicos classificadas

Fonte: Elaborada pelo autor.

Notas: A, B- Epistomina elegans, vista ventral e dorsal; C, D- Lobatula lobatula, vista ventral e dorsal; E, F- Nonion pacificum, vista lateral e apertural; G, H- Parrelloides bradyi, vista ventral e dorsal; I, J- Pullenia bulloides, vista lateral e apertural; K, L- Pullenia quinqueloba, vista lateral e apertural; M, N- Pyrgo bulloides, vista frontal e apertural; O, P- Triloculinella pseudoblonga, vista lateral. Escala equivalente a 10 μm.

109

APÊNDICE B – DADOS DAS ANÁLISES QUALI-QUANTITATIVAS DA FAUNA

Tabela 4 – Abundância absoluta da fauna ao longo do intervalo estudado (continua)

.

.

.

.

.*

spp

spp

spp

sp spp

livina

anina desmophora

Bo Bolivina

Dentalina flintii

Buliminella

Cassidelina

Cassidulina

Bolivina simplex

Bolivina inflata*

Bolivina barbata Eggerella bradyi

Bulimina striata*

Bolivina lowmani

Brizalina fragilis*

Bolivina compacta

Bulimina aculeata*

Brizalina striatula*

Adelosina laevigata

Profundidade (cm) Bulimina marginata

Brizalina ordinaria*

Epistomina elegans*

Bulimina alazanensis

Cornuspira planorbis

Cassidulina delicata*

Cassidulina carinata*

Epistominella exigua*

Cassidulina angulosa*

Cassidulina laevigata*

Discorbinella bertheloti

Cibicidoides mundulus*

Cassidulina californica*

Angulogerina angulosa*

Bulimina rostratiformis*

Bolivinellina translucens

Cushm

Angulogerina asperrima*

Buliminella elegantissima Cibicidoides wuellerstorfi

Brizalina subaenariensis*

Cibicides grossepunctatus

Anomalinoides globulosus

Alabaminella weddellensis*

Eponides alabaminaeformis*

849 0 4 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 16 4 0 0 60 4 0 0 0 0 0 0 92 168 300 0 64 0 0 0 0 0 0 0 0 0 388 0 0 904 0 164 12 8 4 0 0 0 0 4 0 0 0 40 0 0 0 4 4 8 20 8 0 0 0 32 292 248 0 144 0 0 0 4 0 0 0 0 0 780 0 0 1052 4 54 2 0 0 0 0 2 0 6 0 0 4 16 6 0 6 0 0 0 2 4 0 0 0 2 164 0 26 0 0 0 6 0 0 0 0 0 0 150 0 0 1104 8 272 8 64 0 0 0 0 0 40 0 0 16 56 24 0 0 24 0 8 0 0 0 0 0 0 456 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 640 8 0 1134 16 1576 8 8 0 0 0 16 0 24 0 16 0 16 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 80 0 88 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 224 8 0 1174 0 56 20 8 0 0 0 0 8 0 0 0 0 8 0 0 0 232 0 0 0 44 0 0 0 0 124 8 48 28 0 0 8 8 0 0 0 0 0 472 0 0 1215 0 196 24 0 0 4 0 0 0 12 0 0 4 8 0 4 4 0 0 0 4 8 0 0 0 0 264 20 4 44 0 0 0 8 0 0 0 0 0 300 0 0 1235 0 300 0 0 0 0 0 0 0 0 0 32 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 124 0 24 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 120 12 0 1250 0 192 0 0 0 12 0 12 4 24 0 4 8 0 4 4 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 252 0 24 0 0 0 0 0 4 0 0 12 0 112 8 0 1317 0 172 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 84 4 0 0 0 0 0 0 0 232 0 28 4 0 0 0 0 0 0 0 4 0 480 0 0 1408 0 46 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 10 0 2 0 0 38 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 270 0 0 1428 0 16 6 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 82 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 238 0 0 1509 0 58 3 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 19 0 4 1 0 0 0 0 0 0 0 0 2 62 1 0 1529 0 528 4 0 0 0 0 8 0 0 4 0 0 4 0 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 36 0 40 0 0 0 0 0 0 4 0 0 4 152 0 8 1571 0 22 1 0 0 0 0 0 0 2 1 0 0 4 0 0 1 1 2 0 5 15 0 0 2 0 14 0 5 0 0 0 2 1 0 0 0 0 0 25 0 0 1621 0 34 1 0 0 0 3 12 0 0 0 1 0 15 14 2 0 0 0 4 1 0 0 0 0 0 36 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 1 0 1682 0 140 14 0 0 0 2 48 4 6 0 0 0 0 24 8 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 52 0 6 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 18 14 0 1722 2 256 0 0 0 0 0 2 2 0 0 0 2 0 4 0 0 42 0 0 0 0 0 0 0 0 94 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 12 2 0 1793 0 83 2 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 10 0 7 0 1 0 1 0 5 0 0 0 2 27 5 0 26 0 0 0 0 0 0 0 0 0 16 0 5 1834 0 98 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 8 0 3 0 3 0 0 0 0 0 0 0 4 27 8 0 94 1 0 2 0 0 0 0 0 0 1 0 2 1864 0 228 6 0 0 2 2 0 0 6 0 0 0 20 10 16 0 18 0 0 0 4 0 0 0 0 64 12 0 124 0 0 2 0 0 2 0 0 2 0 0 24 1910 0 26 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 7 1 3 6 6 0 1 0 8 0 0 0 0 9 2 1 9 0 0 5 0 0 0 0 0 0 3 0 0 1946 0 178 4 0 0 0 2 40 0 0 0 0 0 0 16 28 2 0 0 0 0 0 2 0 0 0 88 2 2 22 0 0 4 0 0 0 2 0 0 278 12 8 1996 0 96 4 12 0 0 0 0 0 0 0 0 4 20 0 4 0 0 0 0 0 8 0 0 0 12 24 196 0 564 0 20 0 0 0 0 0 0 0 388 0 12 2037 0 178 10 0 0 0 0 0 2 4 0 0 0 0 2 2 0 0 0 2 6 0 0 0 0 14 20 50 12 70 0 0 0 0 0 0 0 0 0 160 0 6

110 (continuação)

.

.

.

spp

.

.

spp

.

sp

spp

spp

subglobosa*

spp

semistriata

Lagena

Eponides

Fissurina

Favulina melo

Lagena striata

Fursenkoina

Fissurina extera

Lagena wiesneri

Fissurina serena Lagena elongata

Lagena nebulosa

Lagena hispidula

Fissurina spinosa

Fissurina elliptica Lagena acuticosta Lagena plumigera

Fissurina formosa

Eponides regularis

Lagena

Favulina hexagona Fissurina quadrata

Fissurina laevigata

Laevidentalina

Fissurina circularis

Profundidade (cm)

Fissurina auriculata Fissurina marginata Gyroidina altiformis

Eponides antillarum* Fissurina orbignyana

Fissurina auriglobosa

Globocassidulina

Fissurina subrevertens

Fissurina seminiformis

Lagena foveolatiformis

Fissurina multicostulata

Fissurina kerguelenensis Fursenkoina complanata

Gavelinopsis vesiformis*

Fissurina semimarginata

Evolvocassidulinabradyi

Laevidentalina bradyensis

Globocassidulina

Globofissurella quadricarinata

849 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 8 0 4 0 0 4 4 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 904 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 4 0 0 4 8 4 0 0 0 0 8 0 0 4 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 4 0 0 1052 0 14 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 4 4 0 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1104 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 8 0 0 8 0 0 0 0 0 8 0 0 8 48 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1134 0 0 8 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 8 0 8 0 0 8 0 8 0 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1174 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1215 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1235 0 4 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0 4 8 0 0 28 0 0 4 12 0 0 0 0 0 0 4 0 4 0 0 0 0 0 4 1250 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 16 0 0 28 4 0 0 0 4 4 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 1317 0 0 0 4 0 0 0 4 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 12 0 0 4 0 0 4 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 1408 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1428 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 1509 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 0 1 1 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1529 28 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 4 0 1571 0 2 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1621 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 2 2 0 0 0 2 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1682 0 6 0 0 0 0 0 0 0 2 0 2 0 2 0 0 0 2 0 0 0 0 0 2 0 0 4 2 0 0 4 2 14 0 0 0 0 0 0 2 0 0 2 1722 0 2 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 2 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1793 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 5 0 0 0 2 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 2 1834 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 1 1 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 2 0 2 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1864 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 2 6 0 0 0 2 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 4 1910 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 3 3 0 0 2 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 1 0 0 1946 0 0 0 2 2 0 0 0 0 2 0 0 2 2 2 0 0 0 0 0 2 0 2 2 4 0 8 14 0 0 2 2 0 0 0 0 0 2 4 0 0 2 0 1996 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 12 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2037 0 0 0 0 2 0 2 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 4 4 0 2 2 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0

111 (continuação)

.

.

.

.

.

.

.

sp

.

spp

sp

spp

sp

spp

sp

spp

spp

Oolina

Oolina ovum

Planulina

Nodosaria

Planulina

Miliolinella

Oridorsalis

Lenticulina

Oolina globosa*

Oridorsalis tener Oridorsalis westi

Planulina costata

Neoconorbina

Parafissurina lata

Nonionoides auris

Parafissurina

Oolina apiopleura

Marginulina obesa Nonion pacificum*

Lobatula lobatula*

Pullenia bulloides*

Profundidade (cm)

Melonis barleeanum

Parafissurina aperta Parrelloides bradyi*

Melonis pompilioides

Procerolagena mollis

Parafissurina felsinea

Parafissurina uncifera

Parafissurina lateralis

Palliolatella palliolata

Oridorsalis umbonatus

Procerolagena gracilis

Laticarinina pauperata

Loxostomum truncatum

Osangularia bengalensis

Nummoloculina contraria

Lagenosolenia incomposita

Parafissurina subventricosa

Paracassidulina nipponensis

Lagenosolenia bradyiformata

Lagenosolenia strigimarginata

Parafissurina lateraliscrassa f.

Parafissurina lateraliscarinata f.

Parafissurina lateralislongispina f.

849 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 16 0 0 0 0 4 904 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 56 20 0 0 4 0 0 12 0 0 0 0 0 4 0 8 0 0 0 0 4 1052 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 2 0 0 0 0 0 10 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 2 2 4 0 0 0 0 8 1104 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 24 0 0 0 0 0 0 0 1134 0 0 0 0 0 16 16 0 0 0 0 0 8 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 8 0 0 1174 4 0 0 8 4 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 12 0 12 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 20 0 0 0 0 8 1215 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 4 0 0 0 0 0 16 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 4 0 4 0 0 0 0 8 1235 0 0 0 0 0 52 0 0 0 0 0 12 0 0 0 0 0 4 0 0 0 4 0 4 0 0 0 0 0 0 4 4 0 0 0 0 0 4 4 0 4 4 4 32 1250 4 0 0 0 0 8 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 4 8 0 0 0 0 0 0 32 4 0 0 4 0 12 1317 4 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 32 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 1408 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 4 2 0 88 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 4 2 0 0 0 0 0 1428 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 2 0 0 62 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1509 1 0 0 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 7 0 0 2 1 0 27 0 0 0 2 0 4 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 14 1529 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 16 0 0 4 12 0 16 0 0 0 0 0 8 4 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 4 0 8 1571 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 1 0 24 0 0 0 0 0 1 2 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 7 1621 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 17 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 4 1682 4 0 0 0 2 2 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 0 2 0 0 0 6 0 0 0 0 2 0 8 0 2 0 0 0 14 1722 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 40 0 0 0 0 0 2 4 0 0 0 2 0 0 0 2 0 0 2 0 6 1793 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 1 1 22 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 2 1834 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 2 0 0 0 0 2 1864 0 0 0 0 2 6 6 0 0 0 0 0 0 4 0 0 2 4 0 2 6 2 0 34 0 0 0 0 4 2 2 0 2 0 0 0 0 0 6 0 0 0 0 4 1910 0 1 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 2 2 1 0 5 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 2 2 0 1 0 0 4 1946 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 2 2 4 4 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 10 6 0 0 0 2 6 0 0 0 0 0 2 18 4 0 0 0 2 30 1996 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 4 0 0 0 0 0 20 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 16 0 0 0 0 0 2037 0 2 0 0 0 0 0 0 6 2 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 2 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 2 2 0 0 0 0 4

112 (conclusão)

.

.

sp

sp

costata

-

.

spp

Infaunal

Hialinos

Epifaunal

Pyrgo

Aglutinantes Porcelânicos

Pyrgo elongata

Pyrgo depressa

Pyrgo murrhina

Uvigerina costai

Pyrgo bulloides*

Pyrulina angusta Seabrookia curta

Reussoolina laevis

Rotalídeos Juvenis

Uvigerina striatula

Uvigerina aculeata

Miliolídeos Juvenis

Rutherfordoides

Triloculina oblonga

Profundidade (cm)

Quinqueloculina

Uvigerina peregrina

Robertina imperatrix

Triloculina trigonula

Siphotextularia affinis

Rotalídeos Quebrados

Triloculina tricarinata

Pullenia quinqueloba*

Miliolídeos Quebrados

Sigmopyrgo vespertilio Sphaeroidina bulloides

Uvigerina mediterranea

Quinqueloculina venusta

Quinqueloculina weaveri

Triloculina lucernuloides

Quinqueloculina vulgaris

Uvigerina hispido

Siphouvigerina ampullacea

Sigmoilopsis schlumbergeri

Quinqueloculina seminulum

Triloculinella pseudooblonga*

Spirophthalmidium acutimargo

849 16 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 160 120 0 0 424 776 0 1196 4 904 16 0 0 8 24 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 4 0 0 4 0 144 64 0 32 1076 920 0 1960 36 1052 16 0 0 0 0 2 0 0 2 0 0 0 2 0 0 0 2 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 6 8 4 0 150 56 2 0 266 304 2 554 14 1104 8 0 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 24 0 0 392 80 8 16 968 856 0 1800 24 1134 0 0 0 0 16 0 0 0 16 8 8 8 0 0 0 0 8 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 392 48 32 0 1944 344 8 2208 72 1174 12 8 8 4 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 8 0 0 8 0 0 0 0 0 0 12 12 0 0 204 76 8 16 640 612 8 1208 36 1215 4 4 0 0 12 12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 4 0 0 144 36 0 32 552 456 0 980 28 1235 44 0 0 0 12 0 0 0 8 0 16 8 0 0 0 4 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 164 68 32 20 576 360 0 888 48 1250 4 0 0 0 8 0 0 0 4 0 12 4 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 4 64 0 0 0 0 0 0 228 60 40 0 496 444 8 832 100 1317 20 4 0 0 16 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 204 28 0 4 724 428 12 1120 20 1408 2 0 0 0 8 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 66 26 4 8 430 74 4 488 12 1428 4 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 62 22 0 8 322 132 10 442 2 1509 6 0 2 0 0 2 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 5 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 86 3 0 0 165 94 10 243 6 1529 8 4 0 0 4 0 0 0 4 0 0 0 0 4 0 0 4 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 4 0 0 192 68 4 20 772 192 12 940 12 1571 3 0 0 0 2 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 1 0 0 5 0 30 19 1 1 83 83 4 157 5 1621 16 1 0 0 3 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 36 13 1 1 65 132 4 188 5 1682 8 0 6 0 4 0 0 0 4 0 4 2 0 0 4 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 166 14 2 12 228 246 4 450 20 1722 24 0 4 2 6 0 0 0 2 0 8 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 2 0 0 0 0 108 22 10 24 344 224 10 532 26 1793 16 1 0 1 0 0 1 0 1 0 2 0 0 0 0 0 2 0 1 1 0 0 0 1 0 0 0 0 2 1 1 1 0 86 39 3 6 136 135 3 261 7 1834 18 3 0 3 1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 7 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 109 29 4 4 118 203 8 306 7 1864 46 4 2 0 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 148 60 2 8 328 404 14 704 14 1910 4 7 0 0 2 1 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 1 0 2 35 19 0 4 59 93 3 138 11 1946 0 0 0 0 0 0 2 0 6 0 4 14 0 2 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 160 10 12 2 554 322 0 846 30 1996 24 0 0 8 24 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 4 8 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 32 4 4 8 0 212 84 8 24 596 960 8 1512 36 2037 26 0 0 0 0 2 2 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 4 0 124 56 2 0 356 274 0 626 4 Fonte: Elaborada pelo autor.

Nota: *Principais espécies, com mais de 2% de abundância relativa em ao menos uma amostra.

113

Tabela 5 – Abundância relativa da fauna ao longo do intervalo estudado (continua)

ima*

.

.

.

.*

spp

spp

sp spp

subaenariensis*

Bolivina Bolivina

Buliminella

Cassidelina

Bolivina simplex

Bolivina inflata*

Bolivina barbata

Bulimina striata*

Bolivina lowmani

Brizalina fragilis*

Bolivina compacta

Brizalina striatula* Bulimina aculeata*

Adelosina laevigata

Profundidade (cm)

Bulimina marginata

Brizalina ordinaria*

Bulimina alazanensis

Cassidulina angulosa*

Angulogerina angulosa*

Bulimina rostratiformis*

Bolivinellina translucens

Angulogerina asperr

Buliminella elegantissima

Brizalina

Anomalinoides globulosus

Alabaminella weddellensis*

849 0,00% 0,27% 0,54% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1,08% 0,27% 0,00% 0,00% 4,05% 0,27% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 6,22% 904 0,00% 7,33% 0,54% 0,36% 0,18% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,18% 0,00% 0,00% 0,00% 1,79% 0,00% 0,00% 0,00% 0,18% 0,18% 0,36% 0,89% 0,36% 0,00% 0,00% 0,00% 1,43% 1052 0,51% 6,94% 0,26% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,26% 0,00% 0,77% 0,00% 0,00% 0,51% 2,06% 0,77% 0,00% 0,77% 0,00% 0,00% 0,00% 0,26% 0,51% 0,00% 0,00% 0,00% 0,26% 1104 0,34% 11,72% 0,34% 2,76% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1,72% 0,00% 0,00% 0,69% 2,41% 1,03% 0,00% 0,00% 1,03% 0,00% 0,34% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1134 0,58% 57,10% 0,29% 0,29% 0,00% 0,00% 0,00% 0,58% 0,00% 0,87% 0,00% 0,58% 0,00% 0,58% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1174 0,00% 3,60% 1,29% 0,51% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,51% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,51% 0,00% 0,00% 0,00% 14,91% 0,00% 0,00% 0,00% 2,83% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1215 0,00% 16,07% 1,97% 0,00% 0,00% 0,33% 0,00% 0,00% 0,00% 0,98% 0,00% 0,00% 0,33% 0,66% 0,00% 0,33% 0,33% 0,00% 0,00% 0,00% 0,33% 0,66% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1235 0,00% 24,59% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,62% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,33% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1250 0,00% 15,14% 0,00% 0,00% 0,00% 0,95% 0,00% 0,95% 0,32% 1,89% 0,00% 0,32% 0,63% 0,00% 0,32% 0,32% 0,00% 0,32% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1317 0,00% 12,39% 0,29% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 6,05% 0,29% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1408 0,00% 7,57% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,33% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1,64% 0,00% 0,33% 0,00% 0,00% 1428 0,00% 2,93% 1,10% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,37% 0,00% 0,00% 0,00% 1,47% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,37% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1509 0,00% 16,67% 0,86% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,29% 0,00% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,57% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1529 0,00% 42,31% 0,32% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,64% 0,00% 0,00% 0,32% 0,00% 0,00% 0,32% 0,00% 0,64% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1571 0,00% 10,14% 0,46% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,92% 0,46% 0,00% 0,00% 1,84% 0,00% 0,00% 0,46% 0,46% 0,92% 0,00% 2,30% 6,91% 0,00% 0,00% 0,92% 0,00% 1621 0,00% 13,71% 0,40% 0,00% 0,00% 0,00% 1,21% 4,84% 0,00% 0,00% 0,00% 0,40% 0,00% 6,05% 5,65% 0,81% 0,00% 0,00% 0,00% 1,61% 0,40% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1682 0,00% 20,96% 2,10% 0,00% 0,00% 0,00% 0,30% 7,19% 0,60% 0,90% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 3,59% 1,20% 0,00% 0,90% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1722 0,27% 34,97% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,27% 0,27% 0,00% 0,00% 0,00% 0,27% 0,00% 0,55% 0,00% 0,00% 5,74% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1793 0,00% 20,49% 0,49% 0,00% 0,00% 0,25% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,47% 0,00% 1,73% 0,00% 0,25% 0,00% 0,25% 0,00% 1,23% 0,00% 0,00% 0,00% 0,49% 1834 0,00% 20,99% 0,00% 0,00% 0,00% 0,21% 0,00% 0,21% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1,71% 0,00% 0,64% 0,00% 0,64% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,86% 1864 0,00% 24,00% 0,63% 0,00% 0,00% 0,21% 0,21% 0,00% 0,00% 0,63% 0,00% 0,00% 0,00% 2,11% 1,05% 1,68% 0,00% 1,89% 0,00% 0,00% 0,00% 0,42% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1910 0,00% 12,38% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,48% 0,00% 0,00% 0,00% 3,33% 0,48% 1,43% 2,86% 2,86% 0,00% 0,48% 0,00% 3,81% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1946 0,00% 16,79% 0,38% 0,00% 0,00% 0,00% 0,19% 3,77% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1,51% 2,64% 0,19% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,19% 0,00% 0,00% 0,00% 1996 0,00% 5,10% 0,21% 0,64% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,21% 1,06% 0,00% 0,21% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,42% 0,00% 0,00% 0,00% 0,64% 2037 0,00% 21,92% 1,23% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,25% 0,49% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,25% 0,25% 0,00% 0,00% 0,00% 0,25% 0,74% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1,72%

114

(continuação)

.

.

spp

spp

Eponides

Favulina melo

Dentalina flintii

Cassidulina

Eggerella bradyi

Fissurina elliptica

Eponides regularis

Favulina hexagona

Fissurina circularis

Profundidade (cm)

Fissurina auriculata

Epistomina elegans*

Eponides antillarum*

Cornuspira planorbis

Cassidulina delicata*

Cassidulina carinata*

Fissurina auriglobosa

Epistominella exigua*

Cassidulina laevigata*

Discorbinella bertheloti

Cibicidoides mundulus*

Cassidulina californica*

Evolvocassidulinabradyi

Cushmanina desmophora

Cibicidoides wuellerstorfi

Cibicides grossepunctatus

Eponides alabaminaeformis*

849 11,35% 20,27% 0,00% 4,32% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 26,22% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,27% 0,00% 904 13,06% 11,09% 0,00% 6,44% 0,00% 0,00% 0,00% 0,18% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 34,88% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,18% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1052 21,08% 0,00% 3,34% 0,00% 0,00% 0,00% 0,77% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 19,28% 0,00% 0,00% 0,00% 1,80% 0,00% 0,26% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1104 19,66% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 27,59% 0,34% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1134 2,90% 0,00% 3,19% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 8,12% 0,29% 0,00% 0,00% 0,00% 0,29% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,29% 0,00% 1174 7,97% 0,51% 3,08% 1,80% 0,00% 0,00% 0,51% 0,51% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 30,33% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,26% 0,00% 0,00% 0,00% 1215 21,64% 1,64% 0,33% 3,61% 0,00% 0,00% 0,00% 0,66% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 24,59% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1235 10,16% 0,00% 1,97% 0,00% 0,00% 0,00% 0,33% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 9,84% 0,98% 0,00% 0,00% 0,33% 0,00% 0,00% 0,33% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1250 19,87% 0,00% 1,89% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,32% 0,00% 0,00% 0,95% 0,00% 8,83% 0,63% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1317 16,71% 0,00% 2,02% 0,29% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,29% 0,00% 34,58% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,29% 0,00% 0,00% 0,00% 0,29% 0,00% 0,29% 1408 6,25% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 44,41% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,66% 1428 15,02% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,37% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 43,59% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,37% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1509 5,46% 0,00% 1,15% 0,29% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,57% 17,82% 0,29% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,29% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1529 2,88% 0,00% 3,21% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,32% 0,00% 0,00% 0,32% 12,18% 0,00% 0,64% 2,24% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1571 6,45% 0,00% 2,30% 0,00% 0,00% 0,00% 0,92% 0,46% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 11,52% 0,00% 0,00% 0,00% 0,92% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,46% 1621 14,52% 0,00% 0,40% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1,61% 0,40% 0,00% 0,00% 0,40% 0,00% 0,00% 0,40% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1682 7,78% 0,00% 0,90% 0,00% 0,00% 0,00% 0,30% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,69% 2,10% 0,00% 0,00% 0,90% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,30% 1722 12,84% 1,37% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,27% 1,64% 0,27% 0,00% 0,00% 0,27% 0,00% 0,00% 0,00% 0,27% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1793 6,67% 1,23% 0,00% 6,42% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 3,95% 0,00% 1,23% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1834 5,78% 1,71% 0,00% 20,13% 0,21% 0,00% 0,43% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,21% 0,00% 0,43% 0,00% 0,00% 0,00% 0,21% 0,21% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1864 6,74% 1,26% 0,00% 13,05% 0,00% 0,00% 0,21% 0,00% 0,00% 0,21% 0,00% 0,00% 0,21% 0,00% 0,00% 2,53% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,21% 0,00% 0,00% 1910 4,29% 0,95% 0,48% 4,29% 0,00% 0,00% 2,38% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1,43% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1946 8,30% 0,19% 0,19% 2,08% 0,00% 0,00% 0,38% 0,00% 0,00% 0,00% 0,19% 0,00% 0,00% 26,23% 1,13% 0,75% 0,00% 0,00% 0,00% 0,19% 0,19% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,19% 1996 1,27% 10,40% 0,00% 29,94% 0,00% 1,06% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 20,59% 0,00% 0,64% 0,00% 0,21% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2037 2,46% 6,16% 1,48% 8,62% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 19,70% 0,00% 0,74% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,25% 0,00% 0,25% 0,00% 0,25% 0,00%

115

(continuação)

.

.

.

spp

.

spp

sp

arginata

spp

Fissurina

Fursenkoina

Fissurina extera

Fissurina serena Lagena elongata

Fissurina spinosa

Fissurina formosa Lagena acuticosta

Fissurina quadrata

Fissurina laevigata

Laevidentalina

Profundidade (cm)

Fissurina marginata Gyroidina altiformis

Fissurina orbignyana

Globocassidulina

Fissurina subrevertens

Fissurina seminiformis

Lagena foveolatiformis

Fissurina multicostulata

Fissurina kerguelenensis Fursenkoina complanata

Fissurina semim Gavelinopsis vesiformis*

Laevidentalina bradyensis

Globocassidulinasubglobosa*

Globofissurella quadricarinata

849 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,54% 0,00% 0,27% 0,00% 0,00% 0,27% 0,27% 0,00% 0,00% 0,27% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 904 0,18% 0,00% 0,00% 0,18% 0,36% 0,18% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,36% 0,00% 0,00% 0,18% 0,00% 0,00% 0,00% 0,18% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,18% 0,00% 1052 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,26% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,51% 0,51% 0,00% 1,03% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1104 0,00% 0,00% 0,00% 0,34% 0,34% 0,00% 0,00% 0,34% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,34% 0,00% 0,00% 0,34% 2,07% 0,00% 0,00% 0,34% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1134 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,29% 0,00% 0,00% 0,29% 0,00% 0,29% 0,00% 0,00% 0,29% 0,00% 0,29% 0,00% 0,29% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1174 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,26% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,26% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1215 0,00% 0,00% 0,00% 0,33% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,33% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1235 0,00% 0,00% 0,00% 0,66% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,33% 0,66% 0,00% 0,00% 2,30% 0,00% 0,00% 0,33% 0,98% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,33% 0,00% 1250 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1,26% 0,00% 0,00% 2,21% 0,32% 0,00% 0,00% 0,00% 0,32% 0,32% 0,00% 0,00% 0,00% 1317 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 0,00% 0,29% 0,00% 0,00% 0,29% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,29% 0,00% 1408 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,33% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,33% 0,33% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1428 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,37% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1509 0,00% 0,00% 0,00% 0,29% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,57% 0,00% 0,29% 0,29% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1529 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,32% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,32% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1571 0,00% 0,00% 0,00% 0,46% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,46% 0,00% 0,46% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1621 0,00% 0,00% 0,00% 0,40% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,40% 0,00% 0,00% 0,81% 0,81% 0,00% 0,00% 0,00% 0,81% 0,00% 0,40% 0,40% 0,40% 0,00% 0,00% 0,00% 1682 0,00% 0,30% 0,00% 0,30% 0,00% 0,00% 0,00% 0,30% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,30% 0,00% 0,00% 0,60% 0,30% 0,00% 0,00% 0,60% 0,30% 2,10% 0,00% 0,00% 0,00% 1722 0,00% 0,00% 0,00% 1,09% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,27% 0,00% 0,55% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,27% 0,00% 0,00% 0,00% 1793 0,00% 0,00% 0,00% 0,49% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,25% 1,23% 0,00% 0,00% 0,00% 0,49% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,25% 0,00% 0,25% 1834 0,00% 0,00% 0,00% 0,43% 0,00% 0,21% 0,21% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1,50% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,43% 0,00% 0,43% 0,00% 0,00% 0,21% 0,00% 0,00% 1864 0,00% 0,00% 0,42% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,21% 0,63% 0,00% 0,00% 0,00% 0,21% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,21% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1910 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,48% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,48% 0,00% 0,00% 0,00% 1,43% 1,43% 0,00% 0,00% 0,95% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,48% 0,00% 0,00% 1946 0,00% 0,00% 0,19% 0,19% 0,19% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,19% 0,00% 0,19% 0,19% 0,38% 0,00% 0,75% 1,32% 0,00% 0,00% 0,19% 0,19% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1996 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,64% 0,00% 0,00% 0,21% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2037 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,49% 0,00% 0,00% 0,00% 0,49% 0,49% 0,00% 0,25% 0,25% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

116

(continuação)

.

.

.

.

sp

.

.

sp

sp

spp

spp

spp

ulina obesa ulina obesa

Oolina

Lagena

Oolina ovum

Nodosaria

Lagena striata

Miliolinella

Lenticulina

Lagena wiesneri

Oolina globosa*

Lagena nebulosa

Lagena hispidula

Neoconorbina

Lagena plumigera

Nonionoides auris

Oolina apiopleura

Margin Nonion pacificum*

Lagena semistriata Lobatula lobatula*

Profundidade (cm)

Melonis barleeanum

Melonis pompilioides

Laticarinina pauperata

Loxostomum truncatum

Nummoloculina contraria

Lagenosolenia incomposita

Lagenosolenia bradyiformata

Lagenosolenia strigimarginata

849 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,54% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 904 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,18% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,18% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1052 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,51% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,26% 0,00% 0,26% 0,00% 0,00% 1104 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,34% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1134 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,58% 0,58% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,29% 0,29% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1174 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,26% 0,00% 0,00% 0,51% 0,26% 0,00% 0,26% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1215 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,33% 0,00% 0,00% 0,00% 0,33% 0,00% 0,00% 1235 0,33% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,33% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 4,26% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,98% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,33% 0,00% 0,00% 1250 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,32% 0,00% 0,00% 0,32% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,63% 0,63% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,32% 0,00% 0,00% 1317 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,29% 0,00% 0,00% 0,29% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1408 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,33% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,66% 0,00% 0,00% 1428 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,37% 0,00% 0,00% 0,73% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1,47% 0,00% 0,00% 1509 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,29% 0,29% 0,00% 0,29% 0,00% 0,00% 0,57% 0,00% 0,29% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1,44% 0,00% 0,00% 0,00% 2,01% 0,00% 0,00% 1529 0,00% 0,00% 0,00% 0,32% 0,00% 0,32% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,32% 0,00% 0,00% 0,00% 1,28% 0,00% 0,00% 1571 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,92% 0,00% 1621 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,40% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,02% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1682 0,00% 0,00% 0,00% 0,30% 0,00% 0,00% 0,30% 0,60% 0,00% 0,00% 0,00% 0,30% 0,30% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,30% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1722 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,27% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1793 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,49% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,74% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,25% 0,00% 0,00% 0,25% 0,00% 1834 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,21% 0,21% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,21% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,21% 0,00% 0,21% 1864 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,42% 0,42% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,21% 0,63% 0,63% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,42% 0,00% 0,00% 0,21% 0,42% 0,00% 0,21% 1910 0,00% 0,00% 0,48% 0,00% 0,48% 0,00% 0,00% 0,00% 0,48% 0,48% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,48% 0,00% 0,00% 0,00% 0,48% 0,00% 0,00% 0,48% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,95% 1946 0,00% 0,19% 0,38% 0,00% 0,00% 0,19% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,19% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,19% 0,19% 0,38% 0,38% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,38% 1996 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,42% 0,00% 0,00% 0,00% 0,21% 0,00% 0,00% 2037 0,00% 0,25% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,25% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,74% 0,25% 0,00% 0,00% 0,00% 0,49% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

117

(continuação)

.

.

.

spp

spp

sp

spp

bulloides*

lateraliscrassa f.

Planulina

Planulina

Oridorsalis

Pyrgo bulloides*

Oridorsalis tener Oridorsalis westi

Planulina costata

Parafissurina lata

Parafissurina

Pullenia

Profundidade (cm)

Parafissurina aperta Parrelloides bradyi*

Procerolagena mollis

Parafissurina felsinea

Parafissurina uncifera

Parafissurina lateralis

Palliolatella palliolata Pullenia quinqueloba*

Oridorsalis umbonatus

Procerolagena gracilis

Osangularia bengalensis

Parafissurina subventricosa

Paracassidulina nipponensis

Parafissurina

Parafissurina lateraliscarinata f.

Parafissurina lateralislongispina f.

849 0,00% 0,00% 0,00% 0,81% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1,08% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,27% 1,08% 0,00% 904 0,00% 0,00% 0,00% 2,50% 0,89% 0,00% 0,00% 0,18% 0,00% 0,00% 0,54% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,18% 0,00% 0,36% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,18% 0,72% 0,00% 1052 0,00% 0,00% 0,00% 1,29% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,26% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,26% 0,26% 0,51% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1,03% 2,06% 0,00% 1104 0,00% 0,34% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,34% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1,03% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,34% 0,00% 1134 0,00% 0,00% 0,00% 0,29% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,29% 0,00% 0,00% 0,00% 0,29% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1174 0,26% 0,77% 0,00% 0,77% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,26% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1,29% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,51% 0,77% 0,51% 1215 0,00% 0,00% 0,00% 1,31% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,66% 0,00% 0,00% 0,33% 0,00% 0,33% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,66% 0,33% 0,33% 1235 0,00% 0,33% 0,00% 0,33% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,33% 0,33% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,33% 0,33% 0,00% 0,33% 0,33% 0,33% 2,62% 3,61% 0,00% 1250 0,00% 0,00% 0,00% 0,32% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,32% 0,63% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,52% 0,32% 0,00% 0,00% 0,32% 0,00% 0,95% 0,32% 0,00% 1317 0,00% 0,29% 0,00% 2,31% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,29% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1,44% 0,29% 1408 0,66% 0,33% 0,00% 14,47% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,33% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,66% 0,33% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,33% 0,00% 1428 0,37% 0,00% 0,00% 11,36% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,73% 0,00% 1509 0,57% 0,29% 0,00% 7,76% 0,00% 0,00% 0,00% 0,57% 0,00% 1,15% 0,86% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 4,02% 1,72% 0,00% 1529 0,32% 0,96% 0,00% 1,28% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,64% 0,32% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,32% 0,00% 0,00% 0,32% 0,00% 0,64% 0,64% 0,32% 1571 0,00% 0,46% 0,00% 11,06% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,46% 0,92% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,46% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 3,23% 1,38% 0,00% 1621 0,00% 0,00% 0,00% 6,85% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,40% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,40% 0,00% 0,00% 1,61% 6,45% 0,40% 1682 0,00% 0,00% 0,00% 0,30% 0,30% 0,00% 0,30% 0,00% 0,00% 0,00% 0,90% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,30% 0,00% 1,20% 0,00% 0,30% 0,00% 0,00% 0,00% 2,10% 1,20% 0,00% 1722 0,00% 0,00% 0,00% 5,46% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,27% 0,55% 0,00% 0,00% 0,00% 0,27% 0,00% 0,00% 0,00% 0,27% 0,00% 0,00% 0,27% 0,00% 0,82% 3,28% 0,00% 1793 0,00% 0,25% 0,25% 5,43% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,25% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,25% 0,00% 0,00% 0,00% 0,25% 0,49% 3,95% 0,25% 1834 0,00% 0,64% 0,00% 0,21% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,21% 0,00% 0,00% 0,43% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,43% 3,85% 0,64% 1864 0,63% 0,21% 0,00% 3,58% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,42% 0,21% 0,21% 0,00% 0,21% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,63% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,42% 4,84% 0,42% 1910 0,95% 0,48% 0,00% 2,38% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,48% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,95% 0,95% 0,00% 0,48% 0,00% 0,00% 1,90% 1,90% 3,33% 1946 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,94% 0,57% 0,00% 0,00% 0,00% 0,19% 0,57% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,19% 1,70% 0,38% 0,00% 0,00% 0,00% 0,19% 2,83% 0,00% 0,00% 1996 0,00% 0,00% 0,00% 1,06% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,85% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1,27% 0,00% 2037 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,25% 0,00% 0,25% 0,00% 0,00% 0,00% 0,25% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,25% 0,25% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,49% 3,20% 0,00%

118

(continuação)

.

.

sp

sp

.

spp

Pyrgo

Pyrgo elongata

Pyrgo depressa

uvigerina ampullacea

Pyrgo murrhina

Pyrulina angusta Seabrookia curta

Reussoolina laevis

Uvigerina aculeata

Rutherfordoides

Triloculina oblonga

Profundidade (cm)

Quinqueloculina

Robertina imperatrix

Triloculina trigonula

Siphotextularia affinis

Triloculina tricarinata

Sigmopyrgo vespertilio Sphaeroidina bulloides

Quinqueloculina venusta

Quinqueloculina weaveri

Triloculina lucernuloides

Quinqueloculina vulgaris

Sipho

Sigmoilopsis schlumbergeri

Quinqueloculina seminulum

Triloculinella pseudooblonga*

Spirophthalmidium acutimargo

849 0,00% 0,00% 0,00% 0,27% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 904 0,00% 0,36% 1,07% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,18% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1052 0,00% 0,00% 0,00% 0,26% 0,00% 0,00% 0,26% 0,00% 0,00% 0,00% 0,26% 0,00% 0,00% 0,00% 0,26% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,51% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1104 0,34% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,34% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1134 0,00% 0,00% 0,58% 0,00% 0,00% 0,00% 0,58% 0,29% 0,29% 0,29% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,29% 0,00% 0,00% 0,00% 0,29% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1174 0,51% 0,26% 0,51% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,51% 0,00% 0,00% 0,51% 0,00% 0,00% 0,51% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1215 0,00% 0,00% 0,98% 0,98% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1235 0,00% 0,00% 0,98% 0,00% 0,00% 0,00% 0,66% 0,00% 1,31% 0,66% 0,00% 0,00% 0,00% 0,33% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,33% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1250 0,00% 0,00% 0,63% 0,00% 0,00% 0,00% 0,32% 0,00% 0,95% 0,32% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,63% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,32% 5,05% 0,00% 1317 0,00% 0,00% 1,15% 0,00% 0,29% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1408 0,00% 0,00% 1,32% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,33% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,66% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,33% 0,00% 1428 0,00% 0,00% 0,37% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1,83% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1509 0,57% 0,00% 0,00% 0,57% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,57% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1,44% 0,00% 0,86% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1529 0,00% 0,00% 0,32% 0,00% 0,00% 0,00% 0,32% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,32% 0,00% 0,00% 0,32% 0,00% 0,32% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,32% 1571 0,00% 0,00% 0,92% 0,00% 0,00% 0,46% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,46% 0,00% 0,00% 0,00% 1,84% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,92% 0,00% 1621 0,00% 0,00% 1,21% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,40% 0,00% 0,00% 0,00% 0,40% 0,00% 1,21% 0,00% 0,40% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1682 0,90% 0,00% 0,60% 0,00% 0,00% 0,00% 0,60% 0,00% 0,60% 0,30% 0,00% 0,00% 0,60% 0,00% 0,60% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1722 0,55% 0,27% 0,82% 0,00% 0,00% 0,00% 0,27% 0,00% 1,09% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1,09% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,27% 0,00% 0,00% 1793 0,00% 0,25% 0,00% 0,00% 0,25% 0,00% 0,25% 0,00% 0,49% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,49% 0,00% 0,25% 0,25% 0,00% 0,00% 0,00% 0,25% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1834 0,00% 0,64% 0,21% 0,00% 0,21% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,21% 0,00% 0,00% 0,00% 1,50% 0,00% 0,21% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1864 0,21% 0,00% 0,84% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1,05% 0,00% 0,21% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1910 0,00% 0,00% 0,95% 0,48% 0,48% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,48% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,48% 0,00% 0,95% 0,95% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1946 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,19% 0,00% 0,57% 0,00% 0,38% 1,32% 0,00% 0,19% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,19% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,19% 0,00% 0,00% 0,00% 1996 0,00% 0,42% 1,27% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,21% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,21% 0,42% 0,00% 0,00% 0,21% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2037 0,00% 0,00% 0,00% 0,25% 0,25% 0,00% 0,25% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,25% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

119 (conclusão)

costata

-

Infaunal

Hialinos

Epifaunal

Aglutinantes Porcelânicos

Uvigerina costai

Rotalídeos Juvenis

Uvigerina striatula

Miliolídeos Juvenis

Profundidade (cm)

Uvigerina peregrina

Rotalídeos Quebrados

Miliolídeos Quebrados

Uvigerina mediterranea

Uvigerina hispido

849 0,00% 0,27% 0,00% 0,00% 0,00% 10,81% 8,11% 0,00% 0,00% 35,33% 64,67% 0,00% 99,67% 0,33% 904 0,18% 0,00% 0,00% 0,18% 0,00% 6,44% 2,86% 0,00% 1,43% 53,91% 46,09% 0,00% 98,20% 1,80% 1052 0,00% 0,77% 1,03% 0,51% 0,00% 19,28% 7,20% 0,26% 0,00% 46,67% 53,33% 0,35% 97,19% 2,46% 1104 0,34% 0,00% 1,03% 0,00% 0,00% 16,90% 3,45% 0,34% 0,69% 53,07% 46,93% 0,00% 98,68% 1,32% 1134 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 14,20% 1,74% 1,16% 0,00% 84,97% 15,03% 0,35% 96,50% 3,15% 1174 0,00% 0,77% 0,77% 0,00% 0,00% 13,11% 4,88% 0,51% 1,03% 51,12% 48,88% 0,64% 96,49% 2,88% 1215 0,00% 0,66% 0,33% 0,00% 0,00% 11,80% 2,95% 0,00% 2,62% 54,76% 45,24% 0,00% 97,22% 2,78% 1235 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 13,44% 5,57% 2,62% 1,64% 61,54% 38,46% 0,00% 94,87% 5,13% 1250 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 17,98% 4,73% 3,15% 0,00% 52,77% 47,23% 0,85% 88,51% 10,64% 1317 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 14,70% 2,02% 0,00% 0,29% 62,85% 37,15% 1,04% 97,22% 1,74% 1408 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 10,86% 4,28% 0,66% 1,32% 85,32% 14,68% 0,79% 96,83% 2,38% 1428 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 11,36% 4,03% 0,00% 1,47% 70,93% 29,07% 2,20% 97,36% 0,44% 1509 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 0,00% 24,71% 0,86% 0,00% 0,00% 63,71% 36,29% 3,86% 93,82% 2,32% 1529 0,00% 0,00% 0,32% 0,00% 0,00% 15,38% 5,45% 0,32% 1,60% 80,08% 19,92% 1,24% 97,51% 1,24% 1571 0,46% 0,00% 0,00% 2,30% 0,00% 13,82% 8,76% 0,46% 0,46% 50,00% 50,00% 2,41% 94,58% 3,01% 1621 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 14,52% 5,24% 0,40% 0,40% 32,99% 67,01% 2,03% 95,43% 2,54% 1682 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 24,85% 2,10% 0,30% 1,80% 48,10% 51,90% 0,84% 94,94% 4,22% 1722 0,27% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 14,75% 3,01% 1,37% 3,28% 60,56% 39,44% 1,76% 93,66% 4,58% 1793 0,49% 0,25% 0,25% 0,25% 0,00% 21,23% 9,63% 0,74% 1,48% 50,18% 49,82% 1,11% 96,31% 2,58% 1834 0,00% 0,00% 0,21% 0,00% 0,00% 23,34% 6,21% 0,86% 0,86% 36,76% 63,24% 2,49% 95,33% 2,18% 1864 0,00% 0,00% 0,00% 0,42% 0,00% 15,58% 6,32% 0,21% 0,84% 44,81% 55,19% 1,91% 96,17% 1,91% 1910 0,95% 0,00% 0,48% 0,00% 0,95% 16,67% 9,05% 0,00% 1,90% 38,82% 61,18% 1,97% 90,79% 7,24% 1946 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 15,09% 0,94% 1,13% 0,19% 63,24% 36,76% 0,00% 96,58% 3,42% 1996 1,70% 0,21% 0,21% 0,42% 0,00% 11,25% 4,46% 0,42% 1,27% 38,30% 61,70% 0,51% 97,17% 2,31% 2037 0,00% 0,25% 0,00% 0,49% 0,00% 15,27% 6,90% 0,25% 0,00% 56,51% 43,49% 0,00% 99,37% 0,63% Fonte: Elaborada pelo autor.

Nota: *Principais espécies, com mais de 2% de abundância relativa em ao menos uma amostra.

120

Tabela 6 – Dados dos índices ecológicos

)

)

)

J

a

)

S

H’

Riqueza (

Ab Absolulta

Shannon (

Frag index (

Dominance (D)

Equitability(

Densidade (ind/g)

Profundidade (cm) 849 20 1480 122,075 1,922 0,208 0,642 8,11% 904 38 2236 170,017 2,108 0,216 0,704 4,29% 1052 35 778 36,168 2,339 0,181 0,781 7,20% 1104 26 2320 101,672 1,980 0,224 0,661 4,14% 1134 30 2760 146,479 1,394 0,501 0,465 1,74% 1174 33 1556 122,745 2,273 0,201 0,759 5,91% 1215 27 1220 113,258 1,991 0,214 0,664 5,57% 1235 35 1220 94,737 2,464 0,160 0,822 7,21% 1250 37 1268 105,028 2,513 0,147 0,839 4,73% 1317 24 1388 124,946 1,775 0,263 0,593 2,31% 1408 20 608 56,629 1,392 0,452 0,465 5,59% 1428 16 546 45,174 1,361 0,420 0,454 5,49% 1509 35 348 24,365 2,522 0,153 0,842 0,86% 1529 35 1248 121,564 1,855 0,341 0,619 7,05% 1571 33 217 17,382 2,853 0,090 0,952 9,22% 1621 32 248 22,060 2,642 0,112 0,882 5,65% 1682 42 668 51,917 2,776 0,131 0,927 3,89% 1722 30 732 40,717 1,920 0,288 0,641 6,28% 1793 41 405 29,521 2,583 0,153 0,862 11,11% 1834 37 467 26,661 2,191 0,207 0,731 7,07% 1864 44 950 80,440 2,551 0,160 0,851 7,16% 1910 44 210 14,353 3,281 0,062 1,095 10,95% 1946 53 1060 103,791 2,547 0,162 0,850 1,13% 1996 30 1884 163,789 2,034 0,222 0,679 5,73% 2037 38 812 64,286 2,315 0,173 0,773 6,90% Fonte: Elaborada pelo autor.