Criação De Mercados Em Angola
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CREATING MARKETS IN ANGOLA MARKETS IN CREATING COUNTRY PRIVATE SECTOR DIAGNOSTIC SECTOR PRIVATE COUNTRY DIAGNÓSTICO DO SECTOR PRIVADO DO PAÍS CRIAÇÃO DE MERCADOS EM ANGOLA Oportunidades de Desenvolvimento através do Sector Privado DIAGNÓSTICO DO SECTOR PRIVADO DO PAÍS CRIAÇÃO DE MERCADOS EM ANGOLA Oportunidades de Desenvolvimento através do Sector Privado Sobre a IFC A IFC - uma organização cofilial do Banco Mundial e membro do Grupo Banco Mundial - é a maior instituição de desenvolvimento global virada para o sector privado em mercados emergentes. Trabalhamos com mais de 2.000 empresas em todo o mundo, usando nosso capital, experiência e influência para criar mercados e oportunidades nas áreas mais difíceis do mundo. No ano fiscal de 2018, entregamos mais de US$ 23 biliões em financiamento de longo prazo para países em desenvolvimento, alavancando o poder do sector privado para acabar com a pobreza extrema e impulsionar a prosperidade partilhada. Para mais informações, visite www.ifc.org © International Finance Corporation 2019. Todos direitos reservados. 2121 Pennsylvania Avenue, N.W. Washington, D.C. 20433 www.ifc.org O material neste trabalho é protegido por direitos autorais. Copiar e/ou transmitir partes ou todo este trabalho sem permissão pode ser uma violação da lei aplicável. A IFC não garante a exactidão, confiabilidade ou integridade do conteúdo incluído neste trabalho, nem as conclusões ou julgamentos aqui descritos, e não aceita responsabilidade por omissões ou erros (incluindo, sem limitação, erros tipográficos e erros técnicos) no conteúdo ou para este ser consubstanciado. As constatações, interpretações, opiniões e conclusões aqui expressas são de responsabilidade dos autores e não reflectem necessariamente os pontos de vista dos Directores Executivos da International Finance Corporation ou do Banco Internacional Reconstrução e desenvolvimento (o Banco Mundial) ou dos governos que estes representam. Esta publicação usa a ortografia dos EUA. Todas as menções de dólares referem-se a dólares americanos, salvo indicação em contrário. Fotos: Capa Andre Silva Pinto/Shuttestock. ÍNDICE Agradecimentos vi Acrónimos vii Sumário Executivo viii PARTE I VISÃO GLOBAL 01 CONTEXTO DO PAÍS: POR QUE UM DIAGNÓSTICO DO SECTOR PRIVADO AGORA? 2 02 UM SECTOR PRIVADO SUBDESENVOLVIDO 5 O boom económico não gerou criação de empregos e transformação económica 5 Um pequeno sector privado dominado por poucas empresas politicamente conectadas 8 03 CRIAR OPORTUNIDADES DE MERCADO: RECONSTRUIR A ECONOMIA COM O SECTOR PRIVADO 13 Resultados do scan e restrições do sector 13 Abrir mercados repensando o papel do Estado 22 Sectores para intervenções e investimentos prioritários 28 0 4 O CAMINHO A SEGUIR: COMO CRIAR MERCADOS EM ANGOLA? 52 Contexto 52 Sete bons princípios de gestão de processos de reforma 53 Principais recomendações do Diagnóstico do Sector Privado do País 57 Referências 61 ANGOLA DIAGNÓSTICO DO SECTOR PRIVADO DO PAÍS iii ANGOLA DIAGNÓSTICO DO SECTOR PRIVADO DO PAÍS CAIXAS 2.1 Transformação estrutural em Angola 10 2.2 Activos produtivos do governo angolano 11 3.1 Centro Médico de Luanda 37 3.2 O desafio da importação de medicamentos em Angola 38 3.3 Instituto Superior Politécnico do Cazenga 40 3.4 Educartis 41 FIGURAS 2.1 Transformação estrutural em Angola 6 2.2 Exportações de Angola 6 2.3 Os principais fornecedores de Angola são da Europa 7 2.4 Emprego por sector em Angola 7 2.5 Activos das EPEs por sector no portfólio IGAPE 9 3.1 Resumo dos resultados da pontuação 16 3.2 Um novo pacto para criação de mercado 21 4.1 Acções complementares para criação de mercado 53 4.2 Quadro institucional para a reforma das políticas económicas em Angola 54 4.3 Etapas de implementação da reforma: em que etapa está Angola? 55 TABELAS ES.1 Resumo das principais recomendações do CPSD xxviii 4.1 Principais recomendações do CPSD 58 iv AGRADECIMENTOS O Diagnóstico do Sector Privado Angolano foi elaborado por uma equipa liderada por Zenaida Hernandez Uriz, Jean-Christophe Maur e Stephan Dreyhaupt, e incluía François Caulier, Kátia Daude, Luciana Harrington, Lindsey Lim, Delfim Mawate e António Muhungo. A equipa reconhece com gratidão a orientação dada por Mona Haddad, Elisabeth Huybens, Kevin Njiraini, Sebastian Molineus, Jumoke Jagun-Dokunmu, Olivier Lambert, Lisa Kaestner, Rashmi Shankar, Vincent Palmade, Frank Armand D. Douamba, Caroline A. Goldie, e Daria Taglioni. A equipa agradece, igualmente, os comentários apresentados pelos revisores: Hans Beck, Gabriel Goddard e as contribuições concedidas para a análise aprofundada de Vasco Nunes (agronegócio), Pierre Pozzo di Borgo (transporte) e Kjetil Hansen (repensando o papel do Estado). Foi prestado apoio administrativo por Magalie Pradel e Lydia Waribo. Benjamim Mutti e Jesus Alberto Lino prestaram apoio local à equipa. A equipa beneficiou dos comentários e sugestões de muitos, incluindo: Sandra Leila Antunes Boumah, Andre Aquino, Diego Arias, Soumya Banerjee, Rafael Barroso, Ariana Batori, Andreas Blom, Mazen Bouri, Marcel Bruhwiler, Carmen Carpio, Dan Croft, German Cufre Rostan Schwab Issa Diaw, Emily Elaine Gardner, Chijioke Gbolahan Egejuru, Norbert Fiess, Doyle Gallegos, Chabir Hassam, Roberto F. Iunes, Camilo Lombana, Ramatou Magagi, Lais Miachon Silva, Bernard Micallef, Maria Paulina Mogollon, Ricardo Jorge Monteiro Mota, Paul Mukasa, Xavier Muron, Riadh Naouar, Ken Osei, Mariana Petrei, Zaid Safar, Markus Scheuermaier, Leila Celia Serrao, Javier Soriano Tabares, e Melanie Trost. A equipa gostaria de exprimir gratidão pelas percepções partilhadas pelos representantes dos sectores público e privado angolanos, que se reuniram durante a elaboração deste relatório. vi ANGOLA DIAGNÓSTICO DO SECTOR PRIVADO DO PAÍS ACRÓNIMOS ARSEG Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros BCI Banco de Comércio e Indústria BNA Banco Nacional de Angola BPC Banco de Poupança e Crédito CPSD Country Private Sector Diagnostic (Diagnóstico do Sector Privado do País) CPF Country Partnership Framework (Quadro de Parceria do País) EGTI Empresa Gestora dos Terrenos Infraestructurados do Estado ENANA Empresa Nacional de Exploração de Aeroportos e Navegação Aérea ENSA Seguros de Angola, S.A. IDE Investimento Directo Estrangeiro FSDEA Fundo Soberano de Angola PIB Produto Interno Bruto ICD Inland container depots (Depósitos de Contentores no Interior) TIC Tecnologia da Informação e Comunicação IGAPE Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado FMI Fundo Monetário Internacional IPREC Insituto de Preços e Concorrencia JICA Japan International Cooperation Agency (Agência de Cooperação Internacional do Japão) MPLA Movimento Popular de Libertação de Angola MOSAP Market Oriented Smallholder Agriculture Project (Projecto de Desenvolvimento para Pequenos Agricultores Orientado para o Mercado) PND Plano de Desenvolvimento Nacional NPLs Crédito mal parado PAPAGRO Programa de Aquisição de Produtos Agropecuários PRODESI Programa para Reforçar a Produção, Diversificar Exportações e Substituir Importações PPPs Parcerias Público-Privadas SADC Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral PME Pequenas e Médias Empresas EPE Empresas de Propriedade Estatal SAPP Southern African Power Pool (Grupo de Energia da África Austral) ZEE Zona Económica Especial SSA África Subsaariana TVET Technical and Vocational Education and Training (Educação e Formação Técnico-Profissional) IVA Imposto sobre o valor acrescentado ANGOLA DIAGNÓSTICO DO SECTOR PRIVADO DO PAÍS vii SUMÁRIO EXECUTIVO O presente Diagnóstico do Sector Privado do País (CPSD) identifica oportunidades para estimular o crescimento económico e o desenvolvimento sustentável aproveitando o poder do sector privado em Angola. Aplicando uma “lente” sectorial, o CPSD alavanca o conhecimento e a experiência do sector privado para acelerar o investimento transforma- cional. Também apresenta recomendações operacionais que destacam os pontos de entrada estratégicos para a diversificação e crescimento, enquanto aborda as principais restrições à participação do sector privado. O CPSD discute princípios de implementação inspirados nas boas práticas internacionais. Informa as estratégias do Banco Mundial e da IFC, preparando o caminho para a programação conjunta de modo a criar mercados e libertar o potencial do sector privado. EM BUSCA DE UM NOVO PARADIGMA DE CRESCIMENTO A crise económica em Angola levou a repensar novas fontes de crescimento e revelou o custo da má governação económica passada. Com reservas de petróleo limitadas e preços que provavelmente não voltarão a ganhar os patamares anteriores, o sector público deve renunciar o seu papel como um motor central de crescimento. Desde 2000, a despesa do governo e o crescimento do sector financeiro foram responsáveis por quase metade do crescimento de Angola, enquanto o consumo alimentado por preços de petróleo mais elevados representou quase 40 porcento. As infra-estruturas e o desenvolvimento do capital humano, contudo, contribuíram muito pouco, apesar da grande despesa pública. A presença de Empresas Públicas (EPs) com baixo desempenho em sectores produtivos e, de um modo mais geral, o domínio de interesses ligados à política não levaram à esperada diversificação da economia. viii ANGOLA DIAGNÓSTICO DO SECTOR PRIVADO DO PAÍS SUMÁRIO EXECUTIVO Depois dos anos do boom do petróleo, Angola está a recuperar lentamente de uma crise macroeconómica severa causada pela queda acentuada e prolongada dos preços de petróleo desde meados de 2014. O crescimento do produto interno bruto (PIB) entrou em colapso em 2015 e contraiu-se ao longo