Universidade Federal De Juiz De Fora Instituto De Artes E Design
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA INSTITUTO DE ARTES E DESIGN ELISA MARIA RODRIGUES BARBOZA MÚSICA, AUDIOVISUAL E INTERATIVIDADE: Um estudo sobre videoclipe interativo a partir da banda Arcade Fire Juiz de Fora 2015 ELISA MARIA RODRIGUES BARBOZA MÚSICA, AUDIOVISUAL E INTERATIVIDADE: Um estudo sobre videoclipe interativo a partir da banda Arcade Fire Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Artes, Cultura e Linguagens da Universidade Federal de Juiz de Fora para obtenção do título de Mestre. Linha de pesquisa: Cinema e audiovisual Orientador: Prof. Dr. Sérgio Puccini Juiz de Fora 2015 Nome: Elisa Maria Rodrigues Barboza Título: Música, audiovisual e interatividade: um estudo sobre videoclipe interativo a partir da banda Arcade Fire Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Artes, Cultura e Linguagens da Universidade Federal de Juiz de Fora para obtenção do título de Mestre. Linha de Pesquisa: Cinema e Audiovisual. Aprovada em: Banca Examinadora: ________________________________________________________________________ Professor Doutor Sérgio José Puccini Soares (Orientador) Universidade Federal de Juiz de Fora ________________________________________________________________________ Professora Doutora Raquel Rennó Nunes Universidade Federal do Recôncavo da Bahia ________________________________________________________________________ Professor Doutor Sérgio Nesteriuk Gallo Universidade Anhembi Morumbi AGRADECIMENTOS Agradeço à minha mãe, Elza Branquinho, e ao meu pai, Daniel Silva, por acreditarem tanto em mim e me apoiarem nas minhas escolhas. Aos meus irmãos, Daniano Barboza e Laís Barboza. Ao meu namorado, Gabriel Martins, meu presente de saturno. A todos meus amigos, especialmente ao Filipe, ao Mateus e ao Marcelo. Ao meu orientador, Sérgio Puccini, à minha co-orientadora, Raquel Rennó, e ao professor convidado para a qualificação e para a banca final, Sérgio Nesteriuk, obrigada por acreditarem na minha pesquisa. Ao professor Pau Waelder Laso, por sua orientação e ajuda à distância. Ao Eduardo Jesus, que foi quem começou comigo e com meus amigos, ainda no trabalho de conclusão de curso, na PUC MG, essa investigação sobre videoclipes interativos. Aos meus amigos de trabalho de conclusão de curso, Alfredo Guerra, Ana Cláudia, Bárbara Pamplona e Franciele Soares, que me inspiraram na graduação e que, certamente, influenciaram a minha escrita até aqui. À cidade de Juiz de Fora, que me recebeu tão bem e onde conheci tantas pessoas tão preciosas… entre elas Camila Neves, Blenda Viana, Rodrigo Souza, Elis Candian, Tálisson Melo, Ronan Rangel, Henrique Hopke, Taís Marcato… Ao Instituto de Artes e Design da UFJF e, especialmente, ao professor Luis Alberto (com quem tive aulas tão incríveis sobre cinema brasileiro). Aos professores Cacá Falci, André Brasil e Carlos Magno por me aceitarem para suas surpreendentes disciplinas na UFMG, já na prorrogação do segundo tempo. Ao Vincent Morisset, por abrir as portas do Studio Aatoaa e me conceder uma entrevista tão enriquecedora. À OiKabum! Belo Horizonte, por ter me permitido ter as minhas primeiras experiências (em níveis de discussão já tão avançados!) na área da educação. Enfim, muito obrigada a todos que estiveram do meu lado nessa empreitada. Era uma vez, na China, uma senhora belíssima que fazia enlouquecer de amor todos os homens da cidade; uma vez caiu nas profundezas de um lago e assustou os peixes. John Cage RESUMO Inicialmente tido como um produto audiovisual principalmente televisivo, o videoclipe, nos últimos anos, tem se expandido e ganhado força no ambiente virtual. Abarcando as transformações tecnológicas, principalmente no âmbito da interatividade na web, culmina com a aparição dos videoclipes interativos. Que, por sua vez, combinam aspectos de diversos meios, como, por exemplo, da televisão, do cinema e da arte digital, para criar narrativas nas quais os espectadores podem modificar os resultados através da sua intervenção em um meio digital. Uma das bandas que se destaca nessa vertente é o Arcade Fire, que teve, ao longo de seu trajeto, quatro projetos audiovisuais interativos realizados por dois diretores, Vincent Morisset e Chris Milk e, em alguns casos, em parceria com a Google. Os videoclipes em questão são: Neon Bible (Vincent Morisset, 2007), Sprawl II (Moutains beyond mountains) (Vincent Morisset, 2010), The Wilderness Dowtown (Chris Milk, 2010) e Just a Reflektor (Vincent Morisset, 2013). Através da investigação do que é o videoclipe (inicialmente em seu formato não interativo), do ambiente no qual florescem as experiências interativas desse formato, da sua conexão com as narrativas digitais, bem como do aprofundamento acerca dos elementos envolvidos na produção dos clipes interativos feitos para o Arcade Fire, será produzida uma análise sobre os trabalhos realizados para a banda. Palavras-chave: Videoclipe, interatividade, Arcade Fire ABSTRACT Initially had as an audiovisual product turned primarily to the television, the music video, in recent years, has expanded and gained strength in the virtual environment. Embracing the technological changes, particularly in the context of interactivity on the web, it culminates with the appearance of the interactive video clips. Those, in turn, combine aspects of various media such as television, film and digital art to create narratives in which the viewers can modify the results through their intervention in a digital environment. One of the bands that stands out in this aspect is Arcade Fire, who had, along its path, four interactive audiovisual projects carried out by two directors, Vincent Morisset and Chris Milk and, in some cases, in partnership with Google. Their music videos are: Neon Bible (Vincent Morisset, 2007), Sprawl II (Moutains beyond mountains) (Vincent Morisset, 2010), The Wilderness Dowtown (Chris Milk, 2010) and Just a Reflektor (Vincent Morisset, 2013). We propose an analysis of the interactive music videos produced for Arcade Fire, through the investigation of the music video (initially in its non-interactive format), the environment in which the experience of this interactive format flourished, its connection with the digital narratives, as well as a focus on the elements involved in the production of the band’s interactive videos. Keywords: Music video, interacticity, Arcade Fire SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 9 2 VIDEOCLIPE INTERATIVO E SUAS RELAÇÕES COM AS NARRATIVAS DIGITAIS ..................................................................................................................................... 13 2.1 DEFINIÇÃO DO VIDEOCLIPE ....................................................................................... 14 2.1.1 Entre o artístico e o comercial ...................................................................................... 17 2.1.2 Questões sobre uma linguagem múltipla ...................................................................... 19 2.2 INTERATIVIDADE & VIDEOCLIPE ............................................................................... 21 2.3 VIDEOCLIPE & NARRATIVAS DIGITAIS ................................................................... 24 2.3.1 A banda Arcade Fire e sua trajetória na produção da videoclipes interativos .............. 31 3 REALIZADORES E CONEXÕES ......................................................................................... 38 3.1 GOOGLE CREATIVE LAB E ARCADE FIRE: ENTRE A SINCRONIA E A COMPREENSÃO DE DOIS TEMPOS .................................................................................... 40 3.2 AARON KOBLIN ............................................................................................................... 45 3.3 CHRIS MILK ...................................................................................................................... 49 3.4 AARON KOBLIN & CHRIS MILK: APROXIMAÇÕES ENTRE ARTE DIGITAL E VIDEOCLIPE INTERATIVO .................................................................................................. 57 3.5 VINCENT MORISSET ....................................................................................................... 61 3.6 AUTORES E AUTORIA .................................................................................................... 65 4 APROFUNDANDO AS RELAÇÕES DO VIDEOCLIPE INTERATIVO E O ARCADE FIRE: UMA ANÁLISE DOS CLIPES INTERATIVOS DA BANDA ................................... 68 4.1 NEON BIBLE (VINCENT MORISSET, 2007) ................................................................... 69 4.2 SPRAWL II (MOUNTAINS BEYOUND MOUTAINS) (VINCENT MORISSET, 2010) .... 74 4.3 THE WILDERNESS DOWNTOWN (CHRIS MILK, 2010) ................................................ 80 4.4 JUST A REFLEKTOR (VINCENT MORISSET, 2013) ...................................................... 87 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................... 96 REFERÊNCIAS ......................................................................................................................... 102 ANEXO: ENTREVISTA COM O DIRETOR VINCENT MORISSET .............................. 109 1 INTRODUÇÃO Gesamtkunstwerk, em alemão, ou “obra de arte completa” em português. Termo que vem do romantismo alemão do século XIX e geralmente é associado ao compositor Richard Wagner. Em seu contexto originário, o termo se referia principalmente às óperas, por conjugarem em um único