Trajetória De Vida De Miguel De Oliveira Couto (1865 – 1934), Médico, Educador E Político

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Trajetória De Vida De Miguel De Oliveira Couto (1865 – 1934), Médico, Educador E Político Trajetória de vida de Miguel de Oliveira Couto (1865 – 1934), médico, educador e político DOI:http://dx.doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2020.v5.n14.p900-915 TRAJETÓRIA DE VIDA DE MIGUEL DE OLIVEIRA COUTO (1865 – 1934), MÉDICO, EDUCADOR E POLÍTICO JOSÉ MARIO D´Almeida http://orcid.org/0000-0001-9016-3441 Universidade Federal Fluminense Claudia AlveS D´Almeida http://orcid.org/0000-0001-7274-2757 Fundação Osvaldo Cruz RESumo Com o presente trabalho apresentamos a trajetória acadêmica e profissional do médico Miguel de Oliveira Couto (1865-1934), voltada para três áreas: Clínica, Educação e Política. Foram abordados im- portantes pontos da carreira médica de Miguel Couto, como clínico em hospitais como a Santa Casa de Misericórdia e o Hospital São Sebastião, ambos na Cidade do Rio de Janeiro, como professor de Clínica Médica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Foram abordadas as suas atividades políticas, como deputado constituinte de 1934, defensor ferrenho da Educação. Procuramos também discu- tir as suas ideias, muitas extremamente conflitantes, segregacionis- tas e racistas, muito embora, adotadas pela maioria dos intelectuais da época. Palavras-chave: Miguel Couto. Constituinte de 1934. Pensamento mé- dico. ABStract LIFE TRAJECTORY OF MIGUEL DE OLIVEIRA COUTO (1865 - 1934), DOCTOR, EDUCATOR AND POLITICIAN With the present work we present the academic and professional tra- jectory of the doctor Miguel de Oliveira Couto (1865-1934), focused on three areas: Clinic, Education and Politics. Important points of Miguel Couto’s medical career were discussed, as a clinician in hospitals such as Santa Casa de Misericórdia and Hospital São Sebastião, both in the city of Rio de Janeiro, as a professor of Clinical Medicine at the Faculty of Medicine of Rio de Janeiro. His political activities were discussed, as a 1934 constituent deputy, staunch advocate of Educa- tion. We also tried to discuss his ideas, many of which were extremely 900 Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica, Salvador, v. 05, n. 14, p. 900-915, maio/ago. 2020 José Mario d´Almeida; Claudia Alves d´Almeida conflicting, segregationist and racist, although they were adopted by most intellectuals of the time. Keywords: Miguel Couto. Constituent of 1934. Medical thought. RESumen TRAYECTORIA DE LA VIDA DE MIGUEL DE OLIVEIRA COUTO (1865-1934), MÉDICO, EDUCADOR Y POLÍTICO Con el presente trabajo presentamos la trayectoria académica y pro- fesional del doctor Miguel de Oliveira Couto (1865-1934), centrada en tres áreas: Clínica, Educación y Política. Se discutieron puntos impor- tantes en la carrera médica de Miguel Couto, como clínico en hos- pitales como Santa Casa de Misericórdia y Hospital São Sebastião, ambos en la ciudad de Río de Janeiro, como profesor de Medicina Clínica en la Facultad de Medicina de Río de Janeiro. Se discutie- ron sus actividades políticas, como diputado constituyente de 1934, firme defensor de la educación. También tratamos de discutir sus ideas, muchas de las cuales eran extremadamente conflictivas, se- gregacionistas y racistas, aunque fueron adoptadas por la mayoría de los intelectuales de la época. Palabras clave: Miguel Couto. Constituyente de 1934. Pensamiento médico. Introdução A carreira do médico Miguel Couto, entre os com projetos voltados para a melhoria da edu- anos de 1885 e 1934, esteve voltada para três cação do povo brasileiro. Participou de várias áreas: a primeira delas foi a área médica, liga- associações médicas e educacionais, como a da à sua formação acadêmica, na qual foi con- Academia Nacional de Medicina (ANM) e a Aca- siderado um dos mais brilhantes clínicos do demia Brasileira de Letras (ABL), instituições Rio de Janeiro, no final do século XIX e início integradas por ilustres intelectuais. Inúmeros do século XX, clinicando em importantes hos- foram os motivos que nos levaram a estudar a pitais; a segunda atividade do nosso persona- trajetória acadêmica do Dr. Miguel Couto, den- gem foi exercida na área de Educação, como tre eles, nos chamou a atenção uma pergunta professor da Faculdade Nacional de Medicina, básica: Apesar de muitas homenagens, prê- atualmente Faculdade de Medicina da Univer- mios criados com o seu nome (Prêmio Miguel sidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Con- Couto) da ANM, por que as fontes de consulta vém ressaltar que o envolvimento com a ati- são escassas? Em meio à literatura pesquisa- vidade educacional esteve relacionado com a da, sobre o nosso personagem, observamos 1 terceira frente de trabalho do médico doutor conflitos ideológicos, envolvendo assuntos Miguel Couto, que foram as atividades políti- polêmicos, tais como: eugenia, autoritarismo e cas, como deputado da Constituinte em 1934, racismo, embora que, contestados por Couto. 1 Miguel Couto diplomou-se pela Academia Imperial de Também, chamou-nos a atenção certos Medicina em 1883 sendo, portanto, médico, foi assis- aspectos relativos à sua personalidade, até tente da Cadeira de Clínica Médica até doutorar-se em 1885, tornando-se, pois, doutor. no discurso de recepção, escrito por Mario de Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica, Salvador, v. 05, n. 14, p. 900-915, maio/ago. 2020 901 Trajetória de vida de Miguel de Oliveira Couto (1865 – 1934), médico, educador e político Alencar (1872-1925), filho de Jose de Alencar, na era o filho mais novo de quatro irmãos. Ficou ABL, encontramos também indicativos sobre o órfão de pai aos cinco anos, recebendo da mãe quão misterioso poderia ser Miguel Couto, nas os primeiros ensinamentos de leitura e escrita. palavras do autor: Sobre a sua mãe, falava Miguel Couto: O lampião de querosene fez-se lâmpada elétri- A formação do meu caráter a elas devo: a pri- ca, o sobrado da Prainha dilatou-se no palacete meira – minha mãe, que costurava dia e noite de Marquês de Abrantes, a clientela da Saúde para extrair do anonimato da nossa extrema universalizou-se em clientela de toda a Capital pobreza, um doutor. Enquanto viveu, privei-me e do Brasil [...] Não consentis que o descanso de construir família, para não dividir a dedica- vos feche as pálpebras antes de concluída a ção que lhe devia; a outra aquela que transfor- tarefa cotidiana [...] E assim realizais a tarefa mou em realidade a minha visão Canaã e é há formidável de acompanhar pari passu as múlti- 20 anos a fonte e a inspiração de minha vida. plas, diárias, infatigáveis pesquisas e descober- (NAVARRO, 1950, p. 8) tas das ciências médicas que em anos edificam Miguel Couto se referindo aos psicólogos, bibliotecas e inundam revistas de todas as lín- dizia que com essas suas declarações, certa- guas, num sem-conto que parece emular a ação das moléstias e da morte. [...]A vossa atitude é mente encontrariam explicações para o seu a da curiosidade tímida, que não abona para comportamento modesto (ACAMERJ, 2019). Mo- o comum dos homens a posse da sabedoria; a rando em Niterói no Rio de Janeiro, estudou vossa palavra, quando não exercita o dever do no Colégio Briggs onde cursou Humanidades. professor, sussurra e pergunta, que não recita Nessa escola conheceu Alberto Torres, advoga- nem afirma; e o vosso semblante sorri em plá- cido alheamento de vós mesmo. Esse é o vos- do, político e jornalista, deputado da Assem- so enigma, e eu quis entendê-lo, e penso ex- bleia Constituinte do Estado do Rio de Janeiro plicá-lo – pedindo-vos que me releveis à conta (1892), deputado federal, ministro da Justiça e de mau psicológico o meu engano ou a minha Negócios Interiores e ministro do Supremo Tri- indiscrição. [...]Contentastes-vos com as vossas bunal Federal (STF). Alberto Torres foi abolicio- lições de professor, que dão a medida do que nista e republicano, suas principais obras, se- seria a vossa obra, realizada num pensamento de glória. Sábio, sem o aspecto de sábio; au- gundo Alves (2016) foram – A organização na- tor em virtualidade, sem a ambição de o ser cional e O problema nacional – que nasceram em grandes livros que seriam razão de orgulho de artigos publicados no Diário de Notícias e para a medicina brasileira; erudito, sem into- no Jornal do Comércio. Nesses dois livros, Tor- lerância; penso ter achado a solução do vosso res defende suas ideias nacionalistas além da enigma: vós sois um cético. (ABL, 2019) defesa da miscigenação, posição encontrada Assim sendo, com o presente trabalho, ob- também em seu último livro, As fontes da vida jetivamos discutir aspectos ligados à trajetó- no Brasil, de 1915. Dessa amizade, surgem as ria de vida e produção acadêmica do médico, discussões a respeito da “República, progres- educador e político Miguel de Oliveira Couto so e educação” (ALVES,2016). Convém destacar que muitas dessas ideias de Alberto Torres não Dados biográficos do Dr. Miguel foram, no futuro, compartilhadas por Miguel Couto, como veremos no decorrer do texto. Couto Miguel Couto aos 15 anos começou a cursar a Miguel de Oliveira Couto nasceu em 1° de maio Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, além de 1865 no Rio de Janeiro, no bairro da Saúde, de trabalhar na farmácia do irmão mais velho. filho do português Francisco de Oliveira Couto Era casado com Maria Barroso Jales Couto e e da brasileira Maria Rosa do Espírito Santo; pai de Miguel Couto Filho (1900-1969), que era 902 Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica, Salvador, v. 05, n. 14, p. 900-915, maio/ago. 2020 José Mario d´Almeida; Claudia Alves d´Almeida médico, também envolvido com política, mi- Janeiro, tenaz defensor da medicina preventi- nistro da Saúde (1953-1954), foi governador do va, junto à população (COUTO, 1927). É impor- estado do Rio de Janeiro (1955-1958) e senador tante destacar, também, o lado humano de (1959-1967) (ALVES, 2016). Couto, ressaltado em depoimentos registrados Miguel Couto faleceu no Rio de Janeiro por muitos amigos e admiradores: em 6 de junho de 1934, ainda como deputado Segundo relatos de amigos próximos, como Al- constituinte, em função de um ataque súbito berto Torres, muitas vezes grandes nomes da de angina pectoris, após ter saído da missa de política brasileira, esperavam em seu consul- sétimo dia da escritora Júlia Lopes de Almeida.
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