Estrutura Funcional Das Comunidades Arbóreas De Florestas Alagáveis Na Amazônia Central
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INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA- INPA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA ESTRUTURA FUNCIONAL DAS COMUNIDADES ARBÓREAS DE FLORESTAS ALAGÁVEIS NA AMAZÔNIA CENTRAL Gisele Biem Mori Manaus, Amazonas Março, 2019 Gisele Biem Mori ESTRUTURA FUNCIONAL DAS COMUNIDADES ARBÓREAS DE FLORESTAS ALAGÁVEIS NA AMAZÔNIA CENTRAL Orientadora: Dra. MARIA TERESA FERNANDEZ PIEDADE Coorientadora: Dra. Juliana Schietti Tese apresentada ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia como parte dos requisitos para obtenção do título de Doutora em Biologia (Ecologia). Manaus, Amazonas Março, 2019 i ii SEDAB/INPA © 2019 - Ficha Catalográfica Automática gerada com dados fornecidos pelo(a) autor(a) Bibliotecário responsável: Jorge Luiz Cativo Alauzo - CRB11/908 M232e Mori, Gisele Biem Estrutura funcional das comunidades arbóreas de florestas alagáveis na Amazônia Central / Gisele Biem Mori; orientadora Dra. Maria Teresa Fernandez Piedade; coorientadora Dra. Juliana Schietti. -- Manaus:[s.l], 2019. 116 f. Tese (Doutorado - Programa de Pós Graduação em Ecologia) -- Coordenação do Programa de Pós-Graduação, INPA, 2019. 1. Atributos funcionais. 2. Gradientes ambientais. 3. Solos. 4. Alagamento sazonal. 5. Florestas tropicais. I. Piedade, Dra. Maria Teresa Fernandez , orient. II. Schietti, Dra. Juliana, coorient. III. Título. CDD: 598 iii Sinopse Nesta tese investigamos como os filtros ambientais alagamento sazonal e propriedades do solo determinam a estrutura funcional de florestas alagáveis amazônicas. Foram usados dados de comunidades para comparar a composição funcional entre florestas de várzea e igapó, e entender as respostas funcionais da vegetação em relação a gradientes hídricos e edáficos, dados de pares congenéricos para entender a influência do habitat na divergência de atributos em espécies filogeneticamente próximas, e dados de espécies para entender a relação da densidade da madeira entre diferentes partes da planta. Palavras-chave: 1. Atributos funcionais. 2. Gradientes ambientais. 3. Solos. 4. Alagamento sazonal. 5. Florestas tropicais. iv AGRADECIMENTOS Eu não imaginava o quão desafiador seria desenvolver um doutorado na Amazônia, nem que tantas pessoas especiais cruzariam meu caminho. Eu aprendi muito, pessoal e profissionalmente, através da ajuda e dos ensinamentos de muitas pessoas que fizeram parte não só deste trabalho, mas da minha vida durante estes quatro anos. Aqui, agradeço com muito carinho à todos que fizeram parte desta incrível experiência amazônica! Começo agradecendo às minhas orientadoras Maria Teresa Fernandez Piedade e Juliana Schietti, duas mulheres fortes e inspiradoras, que tanto me ensinaram. Maite, obrigada pela sua dedicação, confiança e amizade. Obrigada por compartilhar tanto conhecimento e me inspirar cada vez mais a conhecer as lindas florestas alagáveis. E também pela paciência, compreensão e por me passar confiança, força e otimismo sempre! Ju, obrigada pela sua dedicação, positividade e calma. Pelas conversas e discussões produtivas, pelo entusiasmo e compreensão. Agradeço ao Lourens Poorter, da Universidade de Wageningen, por aceitar participar do trabalho e por me receber na Holanda. Obrigada por ter se dedicado como um real professor, me incentivando a aprender e a aproveitar as oportunidades, sempre com muito entusiasmo e bom- humor. Obrigada também por me inserir no grupo FEM e pelas dicas para viver na Holanda. Agradeço também ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazâonia (INPA), ao Programa de Pós-graduação em Ecologia do INPA e à Universidade de Wageninen (Holanda) pela oportunidade. E à todos os funcionários pelo excelente trabalho. Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pelas bolsas de estudos concedidas. E ao CNPq, à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) e ao projeto Centro de Estudos da Adaptação da Biota Aquática da Amazônia (ADAPTA) pelo financiamento do projeto. Ao Departamento de Mudanças Climáticas e Gestão de Unidades de Conservação da Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Estado do Amazonas (DEMUC/SEMA) e ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) pelas licenças concedidas. i Ao Grupo MAUA por terem me acolhido de braços abertos e com tanto carinho quando cheguei em Manaus. Este trabalho não seria possível sem o trabalho e dedicação da equipe técnica, Betinha, Kelvin, Celso, Mário, Lúcia, Val e Wallace. Obrigada por sempre estarem presentes e dispostos a fazer o seu melhor. Obrigada Maite, Jochen, Florian, Aline, Adriano, Bia, Gel, Gui, Tito, Abner, Ju, Maíra, Lu, Tay, Yuri, Layon, Flávia, Vivi e Gildo por todas as conversas e discussões enriquecedoras, e pelo aprendizado. Obrigada Socorro e do Carmo, por ajudarem a deixar este espaço ainda mais agradável. Agradeço à todos do MAUA pelas risadas e pelos bons momentos que passamos juntos. Ao Planteco, pelas discussões e seminários científicos tão enriquecedores. Ao Grupo FEM por me receberem com alegria e disposição. Passar quatro meses trabalhando com vocês foi um aprendizado incrível! Obrigada por todos os bons momentos, pelas boas conversas e bolos dos ‘coffe-breaks’, pela hospitalidade e pelos passeios. Em especial, obrigada Jose e Andréia, pela cumplicidade e amizade. Este trabalho não seria possível sem a participação dos moradores das comunidades Jarauá e Abacate. Agradeço em especial ao Jackson, Marlene, Zequinha e Diana, por me receberem em suas casas, por trabalharem comigo com tanto carinho, dedicação e alegria. Também agradeço aos meus companheiros de campo, que me acompanharam nas comunidades com paciência e dedicação, Zé Ramos, Adriano, Abib, João e Carlos. É com muita alegria que agradeço à tantos amigos que formam minha ‘família manauara’. Obrigada especialmente Lis, Ana Laura, Aione, Kelly, Thiago, Nati, Abib, Magno, Sara, Lau, Gel, Falvinha e Pantoja. Obrigada também Cazuza, Xoão, Arthur, Adriano, Minhoca, Ramiro, Azeite, Bernardo, Carol, Flávia Costa, Clara, Wandinho, Tay, Peterson, Maju, Abner, Flávia, Jarmi e Maya. Obrigada por tanta alegria! Como foi bom conhecer e conviver com tantas pessoas bonitas. Agradeço aos meus amigos que carrego de outros tempos, Maíra, Deh, Melina, Sté, Tali, Ligia, Pri, Manu, Pameli, Moyra, Iéti, Bruna, Nati, Irene, Aline. Obrigada pelos ótimos reencontros, cheios de saudades e risadas. Aos meus companheiros de casa de Manaus, Cami, Nati, Adriano, João, Kelly, Sara, Mari, Lau, Frida e Maya. Obrigada pela convivência harmoniosa, pela amizade, carinho e companheirismo. Aos meus companheiros de casa em Droevendaal, Claudi, Jeroen, Henneke, Anna, Stijn e Plou. Obrigada pela amizade, parceria e pelo ambiente tão aconchegante naquele frio holandês. ii Agradeço ao Yoga e toda sua essência. Há bastante tempo esta prática é importante na minha vida, e agradeço àqueles que contribuíram para que o Yoga fosse fortalecido em Manaus. Obrigada Chacrinha, Casa Linda, Iara e Cardume pela oportunidade de ensinar e, principalmente, aos meus alunos pela bonita troca. Agradeço à turma de mestrado da Ecologia do Inpa de 2015, por compartilhar minha chegada à Manaus, pelos momentos desafiadores das disciplinas, pelos campos na Amazônia e pelas comemorações. Agradeço à turma de Tecido acrobático da Ufam e ao pessoal do ‘Tecido na casa da Flávia’, que me permitiram continuar fortalecendo esta arte linda. Obrigada pelos treinos, risadas e amizade. Ao André pelo amor, amizade e companheirismo. Obrigada pela dedicação, pelo bom humor e paciência frente à todas as situações. Obrigada por fazer parte deste ciclo e deixar tudo mais leve e colorido. Obrigada Pedrinho, pelo imenso aprendizado e pelos sorrisos. E Doce, pela fofura e carinho. Agradeço imensamente à minha família, meus pais Mori e Célia, e minha irmã Raquel. Obrigada por possibilitarem a construão da minha história, por todo caminho percorrido até agora, com amor e dedicação. Obrigada por me apoiarem nesta jornada amazônica. À Floresta pela sua energia e beleza. iii “LOKAH SAMASTAH SUKHINO BHAVANTHU” que todos os seres sejam felizes e livres iv RESUMO Entender a estrutura das comunidades vegetais é essencial para fazer predições ecológicas frente às mudanças ambientais. Como as florestas alagáveis tropicais são um alvo crescente dos impactos antrópicos, elas necessitam de mais estudos para fundamentar estratégias eficazes para sua conservação. Nesta tese investigamos a estrutura funcional de comunidades arbóreas de florestas alagáveis de várzea e igapó de águas pretas da Amazônia Central, em relação ao alagamento sazonal e as propriedades do solo. As propriedades do solo foram bons preditores da variação dos atributos funcionais, diferenciando as estratégias ecológicas entre as comunidades de várzea e igapó. As comunidades de várzea se caracterizaram por possuírem valores de atributos relacionados ao melhor uso e captação dos recursos e um crescimento rápido, enquanto que as comunidades do igapó se caracterizaram por possuírem valores de atributos para melhor conservação dos recursos, desenvolvimento de tecidos mais resistentes e, consequentemente, crescimento mais lento. Surpreendentemente, o nível e a duração do alagamento tiveram pouca influência na variação dos atributos, mesmo entre as comunidades com o mesmo tipo de solo. Nós também encontramos que a diferenciação dos atributos funcionais entre várzea e igapó ocorre mesmo entre espécies filogeneticamente próximas, com o mesmo padrão de diferenciação entre as estratégias aquisição versus conservação de recursos, indicando a ocorrência