Instrumento De Transação
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ANEXO I - TERMO DE REQUERIMENTO DE LICENÇA NÃO REMUNERADA VOLUNTÁRIA (LNRV) ANEXO II - LISTA ÚNICA DE SENIORIDADE ANEXO III - PRAZOS DE CARÊNCIA DA SUSEP ANEXO IV - TERMO DE INTERESSE EM RECONTRATAÇÃO ANEXO V – TERMO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE INCENTIVO À DEMISSÃO (PID) ANEXO VI – TERMO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE APOSENTADORIA INCENTIVADA (PAI) ANEXO VII – LISTA DE CANDIDATOS APROVADOS NO PROCESSO SELETIVO PARA COMISSÁRIO EM MARÇO 2020 ACORDO COLETIVO DE TRABALHO AZUL/SNA - COMISSÁRIOS PANDEMIA CORONAVÍRUS – MEDIDAS TEMPORÁRIAS PERÍODO - 01/07/2020 A 31/12/2021 Pelo presente Acordo Coletivo, nesta data e na melhor forma de direito, de um lado: SINDICATO NACIONAL DOS AERONAUTAS - SNA, entidade sindical de primeiro grau e com representação nacional, Registro Sindical MTE nº 00750008214-3, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 33.452.400/0002-78, com sede na Rua Barão de Goiânia, nº 76, Bairro Vila Congonhas, Município de São Paulo, Estado de São Paulo, CEP 04612-020, neste ato representado na forma de seu estatuto social, por seu Presidente, Sr. Ondino Dutra Cavalheiro Neto, inscrito no CPF sob o nº xxx.xxx.xxx-xx, doravante simplesmente denominado “SINDICATO”; e, de outro lado, AZUL LINHAS AÉREAS BRASILEIRAS S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 09.296.295/0001-60, com sede na Avenida Marcos Penteado de Ulhôa Rodrigues, nº 939, Castello Branco Office Park, Torre Jatobá, 9º andar, Bairro Tamboré, Município de Barueri, Estado de São Paulo, CEP 06460-040, neste ato representada na forma de seu estatuto social, doravante simplesmente denominada “EMPRESA”, ambos a seguir simplesmente designados como “PARTES”, CONSIDERANDO ser fato público e notório que o Brasil enfrenta uma emergência de saúde pública e estado de calamidade decorrentes da pandemia do coronavírus (COVID-19); CONSIDERANDO que os órgãos de Saúde mundiais e, internamente, o próprio Ministério da Saúde, reconheceram a ocorrência de uma pandemia, com inúmeras recomendações, dentre elas o fechamento do comércio e o isolamento social como forma de conter a proliferação do vírus, o que restou adotado por inúmeros governantes ao redor do mundo, não se excluindo o Brasil; CONSIDERANDO que o Brasil, por meio do Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, reconheceu a presente crise como “estado de calamidade pública” e a Medida Provisória nº 927, de 22 de março de 2020, reconheceu, para fins trabalhistas, que a crise se enquadra na hipótese de “força maior”, nos termos do artigo 501 da CLT; CONSIDERANDO que a crise, e as medidas que esta impõe, afetaram a aviação regular como nunca se viu em toda a sua história, tendo, no caso da EMPRESA, reduzido de forma drástica sua malha. CONSIDERANDO que a EMPRESA, desde o início da pandemia, implementou medidas visando reduzir os impactos da crise nos contratos de trabalho por essa mantidos, notadamente, um programa de Licença Não Remunerada Voluntária (LNRV), considerando períodos curtos e diversos para a suspensão contratual; CONSIDERANDO que as medidas até então adotadas pela EMPRESA, inclusive em negociação coletiva anterior, não foram suficientes para fazer frente à redução operada na malha da EMPRESA que conta, atualmente, com um vasto excedente de empregados, ameaçando a manutenção dos respectivos contratos de trabalho; CONSIDERANDO que há necessidade de implantação de outras medidas, que demandam a negociação coletiva, para que, de alguma forma, se tente manter os contratos de trabalho e o próprio negócio da EMPRESA; CONSIDERANDO que a adoção de medidas alternativas ao desligamento é de interesse da EMPRESA, do SINDICATO, dos empregados e de toda a comunidade, de modo a viabilizar, na medida do possível, a continuidade do negócio e a preservação de postos de trabalho; CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 8º, incisos III e VI da Constituição Federal e 513, alíneas “a” e “b” da CLT, o SINDICATO detém a representatividade dos empregados aeronautas da EMPRESA, tendo a prerrogativa de representá-los na celebração de Acordo Coletivo de Trabalho que enderece os interesses dos trabalhadores; CONSIDERANDO os princípios da autonomia da vontade coletiva e da prevalência do negociado sobre o legislado, consagrado pelo artigo 611-A da CLT, e do direito ao reconhecimento das normas coletivas de trabalho, fixado como cláusula pétrea no artigo 7º, inciso XXVI, da Constituição Federal; CONSIDERANDO que o presente Acordo Coletivo foi aprovado em Assembleia, realizada nos dias 23 e 24 de junho de 2020; RESOLVEM as PARTES celebrar o presente ACORDO COLETIVO DE TRABALHO, com fulcro nos artigos 7º, incisos VI e XXVI, 8º, inciso VI, da Constituição Federal, e 611-A, inciso I e §3º, da CLT, que se regerá pelas seguintes cláusulas e condições, que as PARTES mutuamente aceitam e acordam. CLÁUSULA PRIMEIRA – DA ABRANGÊNCIA As cláusulas e condições estabelecidas neste Acordo Coletivo são fruto da livre negociação coletiva, e do consenso entre os signatários, e se aplicam a todos os COMISSÁRIOS com contrato ativo na EMPRESA, doravante denominados COMISSÁRIOS, bem como aqueles que, no período de vigência deste Acordo, forem reintegrados, recontratados ou contratados por ordem ou acordo judicial ou retornarem de alguma licença, lotados em todas as unidades existentes no território nacional, e que integrem a categoria dos aeronautas, nos termos da Lei n°. 13.475/2017. CLÁUSULA SEGUNDA - DA VIGÊNCIA O presente Acordo Coletivo de Trabalho tem prazo de validade de 18 (dezoito) meses, a partir de 01 de julho de 2020 a 31 de dezembro de 2021, independente do registro, conforme decisão assemblear. CLÁUSULA TERCEIRA – DO RECONHECIMENTO DAS PARTES As partes acordam e reconhecem expressamente que o Sindicato Nacional dos Aeronautas - SNA é a entidade representante da categoria de aeronautas com contratos de trabalho regulamentado pelas leis brasileiras, em todo o território nacional e fora dele, sendo vedada a eleição de comissão de empregados ou de outra instituição para representar referidos COMISSÁRIOS. CLÁUSULA QUARTA – DO OBJETO Fica ajustado entre as partes que a EMPRESA se sujeita à Convenção Coletiva de Trabalho da Aviação Regular e demais Acordos Coletivos vigentes, salvo naquilo que contrariar as cláusulas dispostas nesse Acordo Coletivo de Trabalho, devendo prevalecer o presente instrumento. Parágrafo único: Fica ajustado que o presente Acordo Coletivo de Trabalho altera, em seu objeto, o contrato individual de trabalho, bem como eventuais aditivos, firmados com os COMISSÁRIOS, sendo certo que, na existência de disposições conflitantes ou distintas, deverão prevalecer as previstas no presente Acordo Coletivo com vigência de 18 (dezoito) meses. CLÁUSULA QUINTA – DOS PROGRAMAS VOLUNTÁRIOS Ficam instituídos os seguintes Programas Voluntários: 5.1 – DA LICENÇA NÃO REMUNERADA VOLUNTÁRIA (LNRV); 5.2 – DO PROGRAMA DE INCENTIVO À DEMISSÃO (PID) e 5.3 – DO PROGRAMA DE APOSENTADORIA INCENTIVADA (PAI), nos termos e condições descritas em cada um dos programas. 5.1 – DO PROGRAMA DE LICENÇA NÃO REMUNERADA VOLUNTÁRIA (LNRV) Os COMISSÁRIOS poderão aderir ao Programa de Licença Não Remunerada Voluntária (LNRV), pelo período de no mínimo 03 (três) e no máximo 18 (dezoito) meses, renováveis dentro do prazo de vigência do presente ACORDO, com início de gozo a partir de 1º agosto de 2020. Parágrafo Primeiro: Os pedidos de LNRV’s deverão ser feitos sempre por períodos mínimos de 3 (três) meses, e serão solicitados até o dia 15 do mês anterior ao início do próximo trimestre que será gozada a licença. Excepcionalmente para os pedidos referentes ao terceiro trimestre de 2020, estes deverão ser feitos até o dia 15 de julho de 2020, para início em 1º de agosto, e serão de no mínimo 2 (dois) meses (agosto e setembro), conforme exemplificado na tabela abaixo: Trimestre Pedidos Início da LNRV 3ºT20 Até 15 julho de 2020 1º de Agosto de 2020 4ªT20 De 16 de julho de 2020 Até 15 de setembro de 2020 1º de Outubro de 2020 1ºT21 De 16 de setembro de 2020 Até 15 de dezembro de 2020 1º de Janeiro de 2021 2ºT21 De 16 de dezembro de 2020 Até 15 de março de 2021 1º de Abril de 2021 3ºT21 De 16 de março de 2021 Até 15 de junho de 2021 1º de Julho de 2021 4ºT21 De 16 de junho de 2021 Até 15 de setembro de 2021 1º de Outubro de 2021 Parágrafo Segundo: Serão elegíveis ao Programa de Licença Não Remunerada Voluntária (LNRV) os COMISSÁRIOS ativos na EMPRESA e aqueles que estiverem em gozo de LNRV anteriormente requeridas. Parágrafo Terceiro: Caso ainda existam COMISSÁRIOS em gozo de LNRV’s anteriormente requeridas, estas serão canceladas até 31 de julho de 2020, ficando autorizada nova solicitação, respeitado os prazos do Parágrafo Primeiro e regras desse ACORDO. Parágrafo Quarto: O COMISSÁRIO deverá requerer período de LNRV através de Termo de Requerimento de LNRV (ANEXO I), a ser disponibilizado eletronicamente pela EMPRESA. Parágrafo Quinto: Ao COMISSÁRIO que aderir a LNRV fica assegurado o retorno à base contratual e a posição que ocupava na LISTA ÚNICA DE SENIORIDADE em junho de 2020 (Anexo II). Parágrafo Sexto: A EMPRESA poderá negar o pedido de adesão ao Programa de Licença Não Remunerada Voluntária (LNRV) por razões que afetem sua capacidade de operação. Parágrafo Sétimo: A EMPRESA poderá requerer o retorno do COMISSÁRIO antes do término final da LNRV desde que esteja encerrada a REDUÇÃO DE REMUNERAÇÃO FIXA MENSAL prevista na Cláusula Sétima. Parágrafo Oitavo: Caso seja interesse do próprio COMISSÁRIO pedir o retorno às atividades antes do término da sua LNRV, ficará a critério da EMPRESA aceitar. Parágrafo Nono: Fica ajustado que em caso de pedido de recuperação judicial,