Sob O Signo Da Imagem
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Ana Maria Mauad de Sousa Andrade hhhhhghggggg SOB O SIGNO DA IMAGEM A Produção da Fotografia e o Controle dos Códigos de representação Social da Classe Dominante, no Rio de Janeiro, na Primeira Metade do Século XX gh Tese apresentada ao curso de Mestrado em História da Universidade Federal Fluminense como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre. Orientador: Rachel Soihet Universidade Federal Fluminense Centro de Estudos Gerais Instituto de Ciências Humanas E Filosofia UFF-CEG-ICHF Niterói – RJ – Novembro 1990 A mamãe e a vovó, tema desta e de outras histórias AGRADECIMENTOS Na tentativa de recuperar o tempo que passou, para então, agradecer àqueles que auxiliaram na construção deste tempo-presente, uma sucessão de imagens tais como aquelas analisadas ao longo da pesquisa, compôs uma determinada memória, na qual, ficam registradas pessoas realmente especiais que, de forma direta ou indireta fazem parte desse trabalho. Quero agradecer, em primeiro lugar, à duas pessoas sempre presentes e dispostas a ler, criticar, ajudar a mudar e assim crescer: a minha orientadora professora Rachel Soihet, pela sua disposição em orientar e, acima de tudo, coragem em acreditar na possibilidade de uma nova abordagem em História das Mentalidades e o professor Ciro Flamarion Santana Cardoso, por ter me aberto os olhos e indicado o caminho para tratar a inovação com seriedade e segurança. Um agradecimento especial merece ser dado para a ala da infra-estrutura da pesquisa, composta por Haydée Luz, com o “faraônico” trabalho de revelar mais de novecentas fotografias, resultado do meu desejo quase insano de captar todas as mudanças possíveis na imagem fotográfica, pela minha avó Mariana Jabour Mauad que, pacientemente, datou e localizou todas as fotos da coleção familiar, gravando horas de entrevista sobre a história de nossa família e pela Cláudia Ricci, hábil arquiteta, dublê de cartógrafa e ilustradora, responsável pelos mapas e tabelas finais. As três me auxiliaram de forma indispensável e merecem o maior reconhecimento do mundo! Ao pessoal do Centro de Memória da Eletricidade no Brasil, em especial à Elizabeth Dezouzard Cardoso, Lorilei Ferraz Rosa Pereira, Margareth C. Pereira, Sérgio Lamarão, Teresa Cristina Maia, Cláudia Ricci e ao meu querido e saudosíssimo amigo Oswaldo Porto Rocha, integrantes do projeto Energia Elétrica e Urbanização, do qual participei ao longo dos anos 1988 e 1989, gostaria de agradecer as dicas, os toques, o interesse, as críticas e o aprendizado. Ao Renato Feliciano Dias, agradeço ter me incentivado exercitar o imprescindível ofício de historiador e por ter investido na viabilização de uma nova Histó ria. Agradeço às minhas colegas de mestrado, Jacqueline Hermann, Soninha e Marialva Barbosa que, através de nossas discussões, no café do Plaza, me apontaram os perigos e as possibilidades das minhas idéias. Um especial agradecimento para a Professora Sonia Maria Mendonça, sempre presente com indicações de leituras precisas e com sua amizade e carinho tão queridos. Aos professores do mestrado da UFF, em especial Margarida Souza neves, pelo seu interesse e críticas importantes, Vânia Fróes, pelo apoio e orientação, Hamilton Monteiro, por sua confiança na plena realização do trabalho e Berenice Cavalcante pelas boas discussões, nos cursos vespertinos, que muito contribuíram para o amadurecimento de minhas reflexões, um super-obrigado. Quero também agradecer às instituições de apoio à pesquisa, Capes e Faferj, pelas bolsas de mestrado e conclusão do mestrado, que foram indispensáveis para a minha sobrevivência durante a realização do trabalho e a Secretaria Estadual de Educação por Ter concedido, no ano da redação da tese, o meu afastamento das atividades letivas e à Diretora da Escola Estadual de Ensino Supletivo Pero Vaz de Caminha, professora Marlée Bischer por ter apoiado tal afastamento. Aos funcionários da Biblioteca Nacional, seção de periódicos, em especial a Jane da parte de microfilme, da Biblioteca do Museu de Arte Moderna, do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, em especial ao Fernando Campos, da Biblioteca Estadual, seção guanabarina, do Instituto Histórico e Geográfico, agradeço o incentivo e a boa vontade em ajudar a encontrar o material necessário da forma mais eficiente o possível. Agradeço ainda à Marcia Melo, do MAM, à Sra. Hermínia Nogueira Borges, ex- diretora de Fotoclube Brasileiro, ao professor Gilberto Ferrez, pela entrevista concedida, ao professor Ivan Lima, pela disponibilidade em ler e criticar o trabalho e pelo imenso incentivo, ao professor Guilherme Pereira das Neves por ter, em uma outra época, me ensinado a pesquisar e organizar o material para a redação da tese e ao Ricardo Augusto que sempre indicou novidades para enriquecer o trabalho e aos professores Danilo, Zilda, Isabel, Dimitri e Dulce, da Escola Pero Vaz de Caminha, pela força e companheirismo ao longo destes anos de pesquisa. Na etapa de revisão gramatical contei com o apoio das professoras Marilena Wanderley Pessoa, Daisy Guimarães Mendes Xavier, Alice Rocha Moreira e Lubélia Gualda Dantas, as quais gostaria de agradecer o tempo dispendido e a boa vontade. À Rosário, excelente datilógrafa, que não só bateu o trabalho mas concedeu-lhe uma feição mais bonita, o meu muito obrigado. Como não poderia deixar de ser a ala familiar contribuiu, em muito para a realização desta pesquisa, assim quero agradecer ao meu primo Emir, pelos serviços gráficos, pagos sempre com um sorriso, ao grande Ulisses pelo apoio e disponibilidade para quebrar galhos, ao meu cunhado Alfredo e à minha irmã Inês, pelo apoio em horas difíceis, à minha irmã Cláudia, pelo auxílio na revisão final, à minha irmã Ligia pelo apoio datilográfico nas etapas iniciais, ao meu cunhado Cláudio por me convencer a descansar, às super-amigas Teresa Areal e Elizabeth Dutra, pelo ânimo, ao meu pai e à minha mãe, pelo apoio e carinho, à Tia Juju, pelos almoços e promessas à Sta. Rita, à minha família chilena pela torcida internacional, em especial à minha querida sogra, Lucy Hernandez, pelas longas conversas nas tardes de Santiago, e ao Alejandro pelo afeto, companhia e compreensão. Enfim, agradeço a todos aqueles que, sabendo ou não, contribuíram para a realização deste trabalho. RESUMO O presente trabalho revela, através da análise histórico-semiótica de três séries fotográficas, o caráter tipicamente burguês das representações sociais e dos comportamentos da classe dominante, no Rio de Janeiro, durante a primeira metade do século XX. SUMMARY The presente work shows up, through an historical and semiotics analysis of three series of photographies, the typical bourgeois character of the social representations and ways of behaving from the Rio de Janeiro’s upper class, during the first half of the twentieth century. Conteúdo Introdução: O Fascínio Pela Imagem Capítulo I: Sob o Signo da Imagem 1.1 – IMAGENS E SIGNIFICADOS 1.2 – DONOS DE UM CERTO OLHAR 1.3 – AMANHECER EM 1900 1.3.1 – NASCE UMA METRÓPOLE 1.3.2 – GEOGRAFIA DO SER MODERNO 1.3.3 – MISE-EN-SCÊNE DO SER MODERNO 1.4 – NO RITMO DO “JAZZ-BAND” 1.4.1 – DUAS FACES DA MESMA CIDADE 1.4.2 – PETRÓPOLIS OU COPACABANA 1.5 – UM JEITO DE SER CARIOCA 1.5.1 – MUDANÇA DE TOM 1.5.2 – OS RUMOS DA CIDADE 1.5.3 – “UMA INICIATIVA QUE PÕE A CIDADE AO ALCANCE DE TODOS” 1.5.4 – FEIRA DAS VAIDADES 1.6 – O SÉCULO XX FAZ CINQUENTA ANOS 1.6.1 – ARES DE IGUALDADE E LIBERDADE 1.6.2 – “RIO DE JANEIRO CIDADE QUE ME SEDUZ CAPÍTULO II: Criação/Revelação, ou Mera Reprodução? Fotografia e Fotógrafos, na Cidade do Rio de Janeiro, Na Primeira Metade do Século XX 2.1 – FOTÓGRAFOS 2.1.1 – PASSAGEIRO, PROFISSÃO: FOTÓGRAFO 2.1.2 – AMADORES E SEUS AMORES 2.2 – A EDUCAÇÃO DO OLHAR 2.3 – “APERTE O BOTÃO QUE NÓS FAREMOS O RESTO” 2.4 – BREVE COMENTÁRIO SOBRE OS RECURSOS DA TÉCNICA FOTOGRÁFICA DISPONÍVEIS NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO 2.5 – PEQUENA CRONOLOGIA DOS RECURSOS DA TÉCNICA FOTOGRÁFICA LISTA DE ILUSTRAÇÕES CAPÍTULO III: Fotos/Cartões, Emoções/Recordações: Fotografia Familiar, Um Exemplo 3.1 – ALÉM MAR 3.2 – NATUREZA DO MATERIAL E ORGANIZAÇÃO DA ANÁLISE 3.3 – DESENVOLVIMENTO DA ANÁLISE 3.3.1 – O ESPAÇO FOTOGRÁFICO 3.3.2 – O ESPAÇO GEOGRÁFICO 3.3.3 – O ESPAÇO DO OBJETO 3.3.4 – O ESPAÇO DA FIGURAÇÃO 3.3.5 – O ESPAÇO DA VIVÊNCIA TABELAS: PLANO DA FORMA DA EXPRESSÃO PLANO DA FORMA DO CONTEÚDO Capítulo IV: Na Mira do Olhar 4.1 – MIL E UMA PUBLICAÇÕES 4.1.1 – “THELEGRAPHIA SEM ARAME” 4.1.2 – SOB O IMPÉRIO D’O CRUZEIRO 4.2 – A CRÔNICA FOTOGRÁFICA NAS REVISTAS ILUSTRADAS 4.2.1 – FLAGRANTES E INSTANTÂNEOS 4.3 – PASSOS DA ANÁLISE 4.3.1 – A ESCOLHA DO CORPUS 4.3.2 – O EIXO DA ANÁLISE: A CODIFICAÇÃO DA NOÇÃO DE ESPAÇO 4.4 – DESENVOLVIMENTO DA ANÁLISE 4.4.1 – O ESPAÇO FOTOGRÁFICO 4.4.2 – O ESPAÇO GEOGRÁFICO 4.4.3 – O ESPAÇO DO OBJETO 4.4.4 – O ESPAÇO DA FIGURAÇÃO 4.4.5 – O ESPAÇO DA VIVÊNCIA TABELAS: PLANO DA FORMA DA EXPRESSÃO E DO CONTEÚDO REVISTA CARETA PLANO DA FORMA DA EXPRESSÃO E DO CONTEÚDO REVISTA O CRUZEIRO Capítulo V: Códigos, Comportamentos e Imagens: A Experiência Burguesa, Na Cidade do Rio de Janeiro, na Primeira Metade do Século XX 5.1 – EM BUSCA DE UMA (IN)DEFINIÇÃO 5.2 – O PODER DA IMAGEM FOTOGRÁFICA 5.3 – SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS Conclusão: Fascínio pela Imagem II Bibliografia 1) FONTES PRIMÁRIAS 2) OBRAS DE HISTÓRIA DO BRASIL E DO RIO DE JANEIRO 3) OBRAS TEÓRICAS 4) OBRAS GERAIS SOBRE FOTOGRAFIA Fichas para Levantamento Fotográfico INTRODUÇÃO O FASCÍNIO PELA IMAGEM I “Fotografar é, num mesmo instante e numa fração de segundo, reconhecer o fato e a organização rigorosa das formas percebidas visualmente, que exprimem e significam este fato. É colocar na mesma mira: a cabeça, o olho e o coração.” (Henri-Cartier Bresson) Materialização da experiência vivida, doce lembrança do passado, memórias de uma trajetória de vida, flagrantes sensacionais, ou ainda, mensagem codificada em signos.