5318 DIARIO DA REPUBLICA - I SERIE-A N. a 194 - 18deAgosto de2004

da alfnea c) do n.? 1 do artigo 198.° da Constituicao, o Governo decreta 0 seguinte:

CAPITULO I Disposicoes gerais

Artigo 1.0 Objecto

o presente diploma estabelece 0 regime juridico da conservacao, fomento e exploracao dos recursos cine­ geticos, com vista a sua gestae sustentavel, bern como os principios reguladores da actividade cinegetica.

Artigo 2.° Deflnicfies Para efeitos do presente diploma, considera-se: a) «Aparcamentos de gado», exploracao pecuaria que pratica processos de pastoreio ordenado em areas compartimentadas; b) «Areas classificadas», areas que sao considera­ das de particular interesse para a conservacao MINISTERIO DA AGRICULTURA, da Natureza, nomeadamente areas protegidas, sitios da Lista Nacional de Sitios, sitios de inte­ DESENVOLVIMENTO RURAL EPESCAS resse comunitario, zonas especiais de conser­ vacao e zonas de proteccao especial criadas nos Decreta-Lei n.?202/2004 termos das normas juridicas aplicaveis onde 0 de 18 de Agosto exercicio da caca pode ser sujeito a restricoes ou condicionantes: A Lei de Bases Gerais da Caca estabelece os prin­ c) «Areas de proteccao», areas onde 0 exercicio cipios orientadores que devem nortear a actividade cine­ da caca pode causar perigo para a vida, saude getica nas suas diferentes vertentes, com especial enfase ou tranquilidade das pessoas ou constitui risco para a conservacao do meio ambiente, criacao e melho­ de danos para os bens; ria das condicoes que possibilitam 0 fomento das espe­ d) «Arcas de refugio dc caca», areas dcstinadas cies cinegeticas e exploracao racional da caca, na pers­ a assegurar a conservacao ou fomento de espe­ pectiva da gestae sustentavel dos recursos cinegeticos, cies cinegeticas, justificando-se a ausencia total o importante contributo da actividade cinegetica para ou parcial do exercicio da caca ou locais cujos a economia do meio rural, a necessidade de compa­ interesses especfficos da conservacao da natu­ tibilizacao permanente com as restantes actividades que reza justificam interditar a caca; se desenvolvem nestes espacos, os aspectos culturais, e) «Armas de caca», armas de fogo, legalmente sociais e ambientais relacionados e, ainda, a componente classificadas como de caca, 0 arco, a besta e hidica associada revestem a caca de uma complexidade a lanca; acrescida, com reflexos directos na propria legislacao. f) «Batedor», auxiliar de cacador com a funcao A experiencia de aplicacao da regulamentacao da Lei de procurar, perseguir e levantar caca maior sem de Bases Gerais da Caca tcm vindo a dcmonstrar a ajuda de cacs ou caca mcnor com ou scm ajuda necessidade de se proceder a alteracoes que permitam de caes; urn melhor enquadramento da actividade cinegetica, na g) «Caca», a forma de exploracao racional dos salvaguarda do interesse publico e dos cidadaos, bern recursos cinegeticos; como a sirnplificacao e clarificacao de imimeros aspec­ It) «Cacador», individuo que, com excepcao dos tos, que permitam adequar 0 ediffcio legislativo a rea­ auxiliares, pratica 0 acto venatorio, sendo titular lidade do sector, que ao longo das ultimas decadas tern de carta de cacador ou dela esta dispensado vindo a sofrer profundas alteracoes. nos termos previstos na lei; Competindo ao Governo a regulamentacao da lei, i) «Campos de treino de caca», areas destinadas compete igualmente a este orgao de soberania proceder a pratica, durante todo 0 ano, de actividades a sua alteracao por forma a garantir a salvaguarda do de caracter venatorio, nomeadamente 0 exer­ superior interesse nacional, assegurando uma maior jus­ cicio de tiro e de treino de caes de caca eaves tica, transparencia e rigor em materia de caca, com vista de presa, a realizacao de provas de caes de caca, agestae sustentavel destes recursos naturais. de aves de presa, corricao e de provas de Santo Foram ouvidos os orgaos de governo proprio das Huberto, sobre especies cinegeticas produzidas Regi6es Autonomas e a Associacao Nacional de Muni­ em cativeiro; cipios Portugueses. j) «Direito a nao caca», faculdade dos proprie­ Assim: tarios ou pessoas singulares ou colectivas que No desenvolvimento do regime juridico estabelecido detern direitos de usa e fruicao nos termos pela Lei n.? 173/99, de 21 de Setembro, enos termos legais, neste caso quando as formas contratuais N° 194-18deAgosto de2004 DIARIO DA REPUBLICA - I SERIE-A 5319

de uso e fruicao incluem a gestae cinegetica, de determinada area geografica, cuja elaboracao de requererem, por periodos renovaveis, a proi­ compete aDGRF, com a colaboracao das OSC; bicao da caca nos seus terrenos; bb) «Recursos cinegeticos», as aves e os mamiferos I) «Enclave», terrenos situados no interior de zona terrestres que se encontrem em estado de liber­ de caca nao inclufdos na mesma, ou que con­ dade natural, quer os mesmos sejam sedentarios finam com ela em, pelo menos, quatro setimos no territorio nacional quer migrem atraves do seu perimetro; deste, ainda que provenientes de processos de m) «Epoca venatoria», periodo que decorre entre reproducao em meios artificiais ou de cativeiro 1 de Junho de cada ano e 31 de Maio do ano e CInefignrem 11:1 lista de especies CIneseja puhli­ seguinte; cada com vista a regulamentacao da presente n) «Exercicio da caca ou acto venatorio», todos lei, considerando 0 seu valor cinegetico, e em os actos que visam capturar, vivo ou morto, qual­ conformidade com as convencoes internacionais quer exemplar de especies cinegeticas que se e as directivas cornunitarias transpostas para a encontre em estado de liberdade natural, legislacao portuguesa; nomeadamente a procura, a espera e a per­ cc) «Reforco cinegetico», actividade de caracter seguicao; venatorio que consiste na libertacao de exem­ 0) «Jornada de caca», exercicio do acto venat6rio plares de especies cinegeticas criadas em cati­ de urn cacador por urn dia de caca, considerado, veiro para captura no proprio dia ou nos tres em principio, entre 0 nascer e 0 par do Sol; dias seguintes, a realizar apenas dentro dos p) «Lanca», arma de caca constituida por uma periodos venatorios dessas especies; lamina curta adaptada a uma haste suficiente­ dd) «Repovoarnento», libertacao num determinado mente longa que possibilite ser empunhada com territorio de exemplares de especies cinegeticas as maos afastadas uma da outra ou 0 conjunto com 0 objectivo de atingir niveis populacionais formado por punhal e haste amovivel de adap­ compativeis com as potencialidades do meio e tacao, destinada a prolongar 0 seu punho para a sua exploracao cinegetica; ser utilizado como lanca; ee) «Secretario ou mochileiro», auxiliar do cacador q) «Largadas», actividade de caracter venatorio que tern a funcao de transportar equipamentos, que consiste na libertacao de exemplares de mantimentos, municoes ou caca abatida eaves especies cinegeticas criadas em cativeiro para de presa; captura no proprio dia; ff) «Terrenos cinegeticos», aqueles onde e permi­ r) «Matilha de caca maior», conjunto de caes uti­ tido 0 exercicio da caca, incluindo as areas de lizados em montarias, com mirnero maximo de jurisdicao maritima e as aguas interiores; 25 animais; gg) «Terrenos murados», os terrenos circundados s) «Matilheiro», auxiliar do cacador que tern a fun­ em todo 0 seu perfrnetro por muro ou parede cao de procurar, perseguir e levantar caca maior com altura minima de 1,5 m; com ajuda de caes; hh) «Terrenos nao cinegeticos», aqueles onde nao t) «Negaceiro», auxiliar do cacador que tern a fun­ epermitido 0 exercicio da caca; cao de atrair especies cinegeticas com a utili­ ii) «Unidade biologica», area onde se encontram zacao de negaC;as; reunidos os factores fisicos e bioticos indispen­ u) «Ordenamento cinegetico», 0 conjunto de medi­ saveis para 0 estabelecimento de uma determi­ das e accoes nos dominies da conservacao, nada populacao em todas as fases do seu ciclo fomento e exploracao racional dos recursos de vida. cinegeticos, com vista a obter a producao optima e sustentada, compativel com as potencialidades do meio, em harmonia com os limites impostos CAPITULO II pelos condicionalismos ecologicos, economicos, sociais e culturais e no respeito pelas convencoes Conservacao das especies cinegeticas internacionais e as directivas comunitarias trans­ postas para a legislacao portuguesa; Artigo 3.° v) «Organizacoes do sector da caca (OSC»>, as Recursos cinegeticos organizacoes de ambito nacional representativas de organizacoes de cacadores, de entidades que 1 - Constituem recursos cinegeticos as especies iden­ se dedicam a exploracao econ6mica dos recursos tificadas no anexo I ao presente diploma e que dele cinegeticos, ou de cacadores de modalidades faz parte integrante, adiante designadas por especies especificas, a quem seja reconhecida represen­ cinegeticas. tatividade; 2 - Em cada epoca venatoria so e permitido 0 exer­ x) «Periodo de lua cheia», 0 periodo que decorre cicio da caca as especies cinegeticas identificadas em entre as oito noites que antecedem a noite de portaria do Ministro da Agricultura, Desenvolvimento lua cheia e a noite seguinte anoite de lua cheia; Rural e Pescas. z) «Plano especifico de gestae», instrumento que define as normas de ordenamento e exploracao Artigo 4.° das areas em que se verifiquem importantes con­ centracoes ou passagem de aves migradoras, Preservacao da fauna e das especies cinegeticas cuja elaboracao compete a Direccao-Geral de 1 - Tendo em vista a preservacao da fauna e das Recursos Florestais (DGRF), com a colabora­ especies cinegeticas, proibido: cao das OSC; e aa) «Plano global de gestae», instrumento que a) Capturar ou destruir ninhos, covas e luras, ovos define as normas de ordenamento e exploracao e crias de qualquer especie, salvo quando auto- 5320 DIARIO DA REPUBLICA - I SERIE-A N. a 194 - 18de Agosto de 2004

rizado nos termos definidos nos mimeros sente diploma e sua regulamentacao, com as adaptacoes seguintes; previstas nos artigos 116.° e seguintes. b) Cacar especies nao cinegeticas; c) Cacar exemplares de especies cinegeticas fora das condicoes legais do exercicio da caca; Artigo 8.° d) Cacar nas queimadas, areas percorridas por incendios e terrenos com elas confinantes, numa Normas de ordenamento cinegetico faixa de 250 m, enquanto durar 0 incendio e nos 'in dias segnintes; 1- 0 ordenamento cinegetico rege-se pelas normas e) Cacar em terrenos cobertos de neve, com excep­ constantes do presente diploma e sua regulamentacao, cao de especies de caca maior; por pianos de ordenamento e a exploracao cinegetica, f) Cacar nos terrenos que durante as inundacoes por pianos de gestae (PG) e pianos de exploracao (PE). fiquem completamente cercados de agua e 2 - as pianos referidos no nurnero anterior garan­ numa faixa de 250 m adjacente a linha mais tern, na area a que se aplicam, a gestae sustentavel dos avancada das inundacoes, enquanto estas dura­ recursos cinegeticos, atraves da conservacao, fomento rem enos 30 dias seguintes; e exploracao da caca. g) Abandonar os animais que auxiliam e acom­ 3 - a ordenamento e a exploracao de uma unidade panham 0 cacador no exercicio da caca. biol6gica para determinada populacao cinegetica, que seja constituida por varias zonas, sao feitos nos termos 2 - A DGRF pode autorizar a captura de exemplares previstos em pianos globais de gestae (PGG). de especies cinegeticas, seus ovos ou crias quando se 4 - a ordenamento e a exploracao de areas em que destinem a fins didacticos ou cientificos, ou a garantir se verifiquem importantes concentracoes ou passagem urn adequado estado sanitario das populacoes ou ainda de aves migradoras sao feitos nos termos previstos em a repovoamentos ou reproducao em cativeiro. pianos especificos de gestae (PEG). 3 - As auiorizacoes referidas IlU numero anterior 5 - Os pianos referidos nos mimeros anteriores determinam as especies cinegeticas e 0 mirnero de exern­ devem submeter-se as orientacoes contidas nas direc­ plares cuja captura e autorizada, bern como os processos, tivas da Comunidade Europeia e nas convencoes inter­ os meios, os periodos e os locais em que a mesma pode nacionais subscritas pelo Estado Portugues. ser efectuada.

Artigo 5.° Artigo 9.° Repovoamentos, refurcos cinegeticos e largadas Zonas de caca

1 - S6 e permitido efectuar repovoamentos, reforcos 1-As zonas de caca, a constituir em areas continuas, cinegeticos e largadas com as especies cinegeticas iden­ de acordo com as normas referidas no artigo anterior, tificadas em portaria do Ministro da Agricultura, Desen­ podem prosseguir objectivos da seguinte natureza: volvimento Rural e Pescas. 2 - Nas accoes de repovoamento referidas no a) De interesse nacional, a constituir em areas que, mirnero anterior deve ser salvaguardada a pureza gene­ dadas as suas caracteristicas fisicas e biol6gicas, tica e 0 born estado sanitario das populacoes de origem permitam a formacao de micleos de potencia­ e, sempre que possivel, a sua semelhanca com a popu­ lidades cinegeticas a preservar ou em areas que, lacao receptora. por motivos de seguranca, justifiquem ser 0 3 - As accoes de repovoamento em areas classifi­ Estado 0 unico responsavel pela sua adminis­ cadas carecem de parecer do Instituto da Conservacao da Natureza (ICN). tracao, adiante designadas por zonas de caca nacionais (ZCN); b) De interesse municipal, a constituir para pro­ CAPITULO III porcionar 0 exercicio organizado da caca a urn mirnero maximizado de cacadores em condicoes Gestao e ordenamento dos recursos clnegeticos particularmente acessiveis, adiante designadas por zonas de caca municipais (ZCM); SEcC;Ao I c) De interesse tunstico, a constituir por forma Disposi~iies gerais a privilegiar 0 aproveitamento econ6mico dos recursos cinegeticos, garantindo a prestacao de Artigo 6.° services adequados, adiante designadas por zonas de caca turfs ticas (ZCT); Gestae dos recurs os cinegetlcos d) De interesse associativo, a constituir por forma A gestae dos recursos cinegeticos compete ao Estado a privilegiar 0 incremento e manutencao do e pode ser transferida 011 concessionada nos termos do associativismo dos cacadores, conferindo-lhes presente diploma legal. assim a possibilidade de exercerem a gestae cinegetica, adiante designadas por zonas de caca associativas (ZCA). Artigo 7.° Areas classificadas 2 - Salvo deterrninacao legal ou regulamentar em A gestae dos recursos cinegeticos nas areas c1assi­ contrario, as aguas e os terrenos do dorninio publico ficadas e aplicavel 0 regime juridico constante do pre- fluvial e lacustre existentes no interior das zonas de caca N° 194-18deAgosto de 2004 DIARIO DA REPUBLICA - I SERIE-A 5321 consideram-se abrangidos pelas mesmas e regem-se SEcc;Ao II pelas normas de natureza cinegetica aplicaveis a res­ pectiva zona de caca. Zonas de caca nacionais e municipais 3 - as diplomas que criam zonas de caca podem DIVISAoI determinar que as areas e terrenos do dominio publico fluvial e lacustre confinantes sejam abrangidos, na tota­ Disposic;;6es gerais lidade ou em parte, pela respectiva zona de caca. 4 - A titulo excepcional, pode ser autorizada a cons­ 0 titllic;;'io de vonas de C:1C;:1 em :1re:1S descontinuas. Artigo 14. Transferencia Artigo 10.0 a Estado pode transferir para associacoes e fede­ Acesso as zonas de caca racoes de cacadores, organizacoes de agrieultores, de proprietaries, de produtores florestais e de defesa do 1 - As ZCN e as ZCM tern acesso todos os caca­ ambiente, autarquias locais ou para outras entidades 0 dores, sem prejuizo do disposto no artigo 15. , no n.? 6 colectivas integradas por aquelas: do artigo 23. 0 e n." 3 do artigo 26. 0 2 - As ZCT tern acesso todos os cacadores que cum­ a) A gestae de ZCN; pram as normas privativas de funcionamento das mes­ b) A gestae das areas referidas a terrenos cine­ mas, desde que devidamente publicitadas. geticos nao ordenados, com vista a constituicao 3 - As ZCA tern acesso os respectivos associados dcZCM. e os seus convidados. Artigo 15.0 Artigo 11.0 Acesso Anexacau de terrenos 1 - a acesso as ZCN e ZCM e feito pela seguinte A anexacao de terrenos a zonas de caca ja constituidas ordem de prioridade e obedecendo a criterios de pro­ e aplicavel 0 definido para a respectiva constituicao, porcionalidade a regular nos termos do mimero com as devidas adaptacoes, mantendo-se 0 prazo inicial seguinte: ou da renovacao. a) as proprietaries ou pessoas singulares ou colec­ Artigo 12.0 tivas que detenham direitos de usa e fruicao nos termos legais sobre os terrenos nelas inse­ Terrenos do sector publico ridos e os cacadores que integrem a direccao da entidade que gere a ZCN ou ZCM, bern 1 - as terrenos do sector publico sao afectos prio­ ritariamente a ZCN e ZCM. como os membros das associacoes que parti­ cipem na sua gestae, desde que nao associados 2 - Quando a DGRF, em articulacao com 0 ICN, em zonas de caca; no casu de localizacao em areas classificadas, considerar b) as cacadores residentes nos municipios onde inadequada a constituicao de ZCN e ZCM nos terrenos as mesmas se situam, nao associados em zonas do sector publico, podem os mesmos, atraves de con­ de caca integradas na mesma regiao cinegetica; curso publico, vir a constituir ou ser integrados em ZCA c) as cacadores nao residentes nos municipios ou ZCT. onde as mesmas se situam, nao associados em 3 - dispensado 0 concurso publico referido no E zonas de caca integradas na mesma regiao mimero anterior nos seguintes casos: cinegetica; a) Quando a area total dos terrenos do sector d) as demais cacadores. publico nao excede 300 ha; b) Sempre que a entidade gestora desses terrenos 2 - as criterios de proporcionalidade da participa­ se proponha explorar os recursos cinegeticos cao dos diferentes grupos sao fixados nas respectivas directamente ou associada a outra entidade; portarias de transferencia. c) Em areas superiores a 300 ha, nos processos

de rcnovacao que incluam terrenos do sector 0 publico desde que existam acordos de explo­ Artigo 16. racao cinegetica validos. Instrucao do processo

1 - A instrucao dos processos relativos criacao e Artigo 13.0 a transferencia de gestae de ZCN e ZCM e da compe­ Levantamento da sinalizaca« tencia da DGRF. 2 - as processos que incluam terrenos situados em 1 - A remocao da sinalizacao da zona de caca e da areas classificadas carecem de parecer do ICN. responsabilidade de quem detinha a qualidade de titular 3 - a prazo para a ernissao do parecer referido no da mesma, no prazo de 30 dias a contar da data da mimero anterior e de 30 dias, findo 0 qual pode 0 pro­ sua extincao. cedimento prosseguir e vir a ser decidido sem 0 parecer. 2 - Findo 0 prazo previsto no mimero anterior, a 4 - as prazos e termos do procedimento para a cria­ DGRF procede ao seu levantamento, sendo as despesas cao e transferencia de gestae de zonas de caca sao regu­ correspondentes da responsabilidade de quem detinha lados por portaria do Ministro da Agricultura, Desen­ a qualidade de titular da zona de caca. volvimento Rural e Pescas. 5322 DIARIO DA REPUBLICA - I SERIE-A N. a 194 - 18de Agosto de 2004

Artigo 17. 0 e da execucao financeira respeitantes a epoca Decisao da Direccao-Geral de Recursos Florestais venat6ria anterior, em termos a regulamentar por meio portaria do Ministro da Agricultura, Finda a instrucao do processo, a DGRF deve: Desenvolvimento Rural e Pescas; j) A DGRF deve tratar estatisticamente os resul­ a) Indeferir 0 pedido, sempre que 0 mesmo nao tados da exploracao cinegetica recebidos das retina os requisitos legais ou nao se revele com­ zonas de caca e remeter ao Instituto Nacional pativel com os criterios e principios superior­ de Estatistica 0 quadro de resultados obtidos, mente aprovados; nomeadarnenre 0 mimcro total de peC;:1S :1h:1­ b) Propor ao Ministro da Agricultura, Desenvol­ tidas de cada especie cinegetica constante do vimento Rural e Pescas a criacao e ou trans­ anexo I do presente diploma, que dele faz parte ferencia de gestae da respectiva zona de caca, integrante. sempre que nao se verifiquem as situacoes pre­ vistas na alinea anterior. Artigo 20. 0 Intervencao sobre os terrenos 0 Artigo 18. Nas areas em que a gestae dos recursos cinegeticos Decisau final seja exercida directamente pelo Estado ou tenha sido objecto de transferencia, as accoes que requeiram inter­ o Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural vencao sobre os terrenos dependem de autorizacao pre­ e Pescas pode: via dos titulares de direitos sobre os mesmos. a) Conceder, por portaria, a respectiva transferen­ cia de gestae; Artigo 21. 0 b) Por despacho devidamente fundamentado, inde­ ferir 0 pedido de transferencia. Renovacao da transferencia o requerimento de renovacao da transferencia de ges­ Artigo 19. 0 tao deve ser apresentado entre urn ana e seis meses antes do termo da transferencia da respectiva zona de Obrtgucocs das cntidudcs gcstorus caca, aplicando-se, com as devidas adaptacoes, 0 dis­ Constituem obrigacoes das entidades gestoras, desig­ posto para a transferencia inicia!. nadamente: 0 a) Efectuar a sinalizacao das zonas de caca e con­ Artigo 22. serva-la em born estado; Extincau da transferencia b) Cumprir e fazer cumprir as normas reguladoras 0 do exercicio da caca; A transferencia de gestao prevista no artigo 14. c) Cumprir os PG, assim como os pianos anuais extingue-se: de exploracao; a) A pedido da entidade gestora; d) Nao permitir 0 exercicio da caca ate a aprovacao b) Por incumprimento das obrigacoes previstas no 0 do plano anual de exploracao (PAE); artigo 19. ; e) Garantir igualdade de oportunidades a todos c) Por caducidade, se decorrido 0 prazo de trans­ os cacadores interessados em exercer 0 acto ferencia esta nao for renovada. venat6rio, no respeito pelo definido no n.? 1 do artigo 15.0 do presente diploma; j) Apresentar a DGRF da area onde se situa a DIVISAo II zona de caca urn PAE, ate 15 de Junho de cada Zonas de caca nacionais ano, propondo nomeadamente: i) Especies e processos de caca autorizados; Artigo 23. 0 ii) Numero de exemplares de cada especie Constitnicao e gestae a abater, devendo, no casu da caca maiar, com excepcao do javali, ser indicados 0 1 - As ZCN sao criadas por portaria do Ministro sexo e a idade; da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas ou pur iii) Numero previsto de jornadas de caca e portaria conjunta deste Ministro e dos ministros com­ limite de pecas a abater; petentes em razao da materia. 2 - As ZCN sao geridas pela DGRF em conjunto g) Ap6s a aprovacao do PAE, promover a divul­ com 0 ICN nas areas protegidas e em colaboracao nas gacao das condicoes de candidatura e de acesso restantes areas classificadas ou, sempre que estejam em dos cacadores as jornadas de caca ate a data causa razoes de seguran~a, pelos services competentes limite de recepcao de candidaturas a jornadas em razao da materia. de caca, nos locais do costume e, pelo menos, 3 - Em casos devidamente tundamentados, a gestae num jornal de expansao nacional; das ZCN pode ser efectuada por outras entidades, nos h) Manter actualizada uma contabilidade simpli­ termos a regulamentar por despacho do Ministro da ficada, na qual sejam registadas as receitas e Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas e minis­ despesas efectuadas, e onde se possa apurar 0 tros cornpetentes em razao da materia. resultado final; 4 - E da responsabilidade da entidade gestara da i) Apresentar anualmente, ate 15 de Junho, a ZCN, com 0 apoio da DGRF, quando solicitado, ela­ DGRF os resultados da exploracao cinegetica borar os PG ou os pianos de ordenamento (PO) e os N° 194-18deAgosto de2004 DIARIO DA REPUBLICA - I SERIE-A 5323

PAE, bern como suportar os encargos com a sua gestae renos cinegeticos nao ordenados, mediante apresenta­ e funcionamento. cao de candidatura na DGRF. 5 - A aprovacao dos pianos referidos no mirnero 2 - 0 processo de candidatura e instruido com: anterior e da responsabilidade da DGRF, em conjunto a) Requerimento dirigido ao Ministro da Agricul­ com 0 ICN nas areas classificadas. tura, Desenvolvimento Rural e Peseas do qual 6 - 0 exercicio da caca nas ZCN esta sujeito ao paga­ constem a identificacao da entidade que se pro­ mento de taxas, cujo montante e fixado por despacho poe gerir a ZCM, a designacao, a localizacao do ministro que tutela a entidade que gere a zona de e a area do terreno cinegetico nao ordenado C:1C;:1- para a qual se pretende a transferencia; b) Planta dos terrenos, com localizacao daqueles Artigo 24. 0 que estao integrados em areas classificadas e delimitacao da area referida no n.? 4 do Transferencia de gestiio 0 artigo 26. , nos termos a definir em portaria 1 - 0 Ministro da Agricultura, Desenvolvimento do Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas pode autorizar a abertura de urn processo Rural e Pescas; de candidatura para a transferencia de gestae de ZCN. c) Plano de gestae, contendo, nomeadamente: 2 - A transferencia de gestao e efectuada por perio­ i) Apresentacao generica das accoes de dos minimos de 6 anos e maximos de 12 anos, atraves ordenamento cinegetico a desenvolver; de portaria que estabelece as condicoes da mesma. ii) Recursos humanos e materiais a dispo­ 3 - Nas ZCN a suspensao e revogacao e determinada nibilizar pela entidade candidata; por portaria do Ministro da Agricultura, Desenvolvi­ iii) Listagem das especies cinegeticas objecto mento Rural e Pescas, que estabelece ainda, no casu de exploracao e estimativa qualitativa das da suspensao, 0 prazo para a supressao do motivo que respectivas populacoes, assim como as a determinou. medidas a implernentar para 0 seu fomento e conservacao; Artigo 25. 0 iv) Processos de estimacao de efectivos das especies cinegeticas sedentarias; Plano unual de cxplorucfio v) PAE para a primeira cpoca venat6ria em que seja previsivel ter inicio a actividade 1 - A elaboracao do plano anual de exploracao cabe cinegetica; a entidade gestora da ZCN, que suporta os encargos vi) Proposta dos criterios de proporcionali­ com a sua gestae e funcionamento e arrecada as receitas dade a utilizar para 0 aeesso dos caca­ resultantes do exercicio da caca. dores e sua fundamentacao; 2 - proibido 0 exercfcio da caca em ZCN rei a­ E vii) Proposta das taxas a cobrar pelo exercicio tivamente as quais nao exista PAE aprovado. da caca; viii) Identificacao do tecnico responsavel, DIVISAo III 0 Zonas de caca municipais Artigo 28. Exclnsiio de terrenos Artigo 26. 0 1 - Os proprietaries ou pessoas individuais ou colec­ Constituicao tivas podem requerer a exclusao dos seus terrenos da ZCM no momenta da constituicao ou renovacao desta, 1 - As ZCM sao criadas por portaria do Ministro sem prejuizo das situacoes constituidas ao abrigo do da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, que direito anterior, desde que se verifiquem cumulativa­ define as condicoes da transferencia de gestae. mente as seguintes condicoes: 2 - As ZCM sao constituidas por periodos de seis anos. a) Sejam titulares de direitos de uso e fruicao nos termos legais, quando as formas de usa e fruicao 3 - 0 exercicio da caca nas ZCM esta sujeito ao incluirem a gestae cinegetica; pagamento de taxas, cujo montante maximo e fixado por portaria do Ministro da Agricultura, Desenvolvi­ b) Nao tenham estabelecido acordos com a enti­ dade gestora. mento Rural e Pescas. 4 - Para assegurar melhores condicoes de conser­ 2 - A exclusao dos terrenos produz efeitos na data vacao e fomento das especies cinegeticas nas ZCM, 0 exercicio da caca nao e permitido em pelo menos urn de entrada em vigor da portaria que redefine os limites da zona de caca na qual os terrenos referidos no numero decimo da sua area, a qual devera ser identificada anterior se encontravam integrados. perante os cacadores e agentes fiscalizadores. 3 - No casu de alteracao dos titulares de direitos sobre os predios, aplica-se 0 disposto no n.? 5 do Artigo 27. 0 artigo 36. 0 Transferencia 4 - No casu em que os terrenos excluidos constituam enclaves ou confinem com outras figuras de ordena­ 1 - As associacoes e federacoes de cacadores, asso­ mento cinegetico e a sua area individualmente consi­ ciacoes de agricultores, de produtores florestais e de derada nao exceda 10 % da area total da zona de caca defesa do ambiente, autarquias locais ou outras enti­ ate urn maximo de 50 ha, passam os mesmos a ser con­ dades integradas por aquelas isoladamente ou em par­ siderados terrenos nao cinegeticos, ate que sejam inte­ ceria podem requerer a transferencia da gestae de ter- grados noutra figura de ordenamento da caca. 5324 DIARIO DA REPUBLICA - I SERIE-A N. a 194 - 18de Agosto de 2004

Artigo 29.0 Artigo 31. 0

Acompanhamento da gestae das zonas de caca municipais Limites territoriais das zonas de caca turistica 1 - A area minima para as ZCT e de 400 ha. 1 - Compete a DGRF: 2 - Em casos devidamente fundamentados de caca a uma unica especie ou grupo de especies, a area minima a) Aprovar 0 PAE; b) Apoiar tecnicamente a sua execucao; pode ser inferior a prevista no n.? 1 do presente artigo. c) Colaborar na divulgacao a que se refere a ali­ ll neag) do artigo lY. ; Artigo 32. 0 d) Verificar 0 cumprimento cabal das obrigacoes previstas no artigo 19. 0 Gestao das zonas de caca turistica As ZCT podem assumir formas de gestae especificas, 2 - 0 prazo para aprovacao do plano referido na nas condicoes e termos a definir pelo Ministro da Agri­ alfnea a) do n.? 1 do presente artigo e de 15 dias, findo cultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, norneada­ o qual pode 0 procedimento prosseguir e vir a ser deci­ mente no que respeita aos periodos, as especies, aos dido sem 0 parecer. processos e aos meios de caca, 3 - No casu de a ZCM incluir terrenos situados em areas classificadas, a aprovacao do PAE, referida no 0 mirnero anterior carece de parecer do ICN, que tern Artigo 33. 15 dias para 0 cmitir, findo 0 qual podc 0 proccdimcnto Prazos de constuutcao prosseguir e vir a ser decidido sem 0 parecer. 4 - Na situacao referida no mimero anterior, a A constituicao de zonas de caca associativa e turistica DGRF tern cinco dias para remeter 0 plano referido e efectuada pelos prazos minima de 6 anos e maximo ua alinea u) do u.? 1 do preseute artigu au ICN, recep­ de 12 anos, renovaveis por iguais penodos. cionar 0 parecer desta entidade e informar 0 interessado do resultado do mesmo, suspendendo a contagem do Artigo 34. 0 prazo previsto no n.? 2 com 0 envio do plano ao ICN, e sempre que sejam solicitados esclarecimentos e infer­ Lxercictu da caca nas zonas de caca associativas macoes adicionais ao interessado. 1- Nas ZCA nao pode ser exigido a cacadores con­ 5 - E proibido 0 exercfcio da caca ate a aprovacao do plano anual de exploracao. vidados 0 pagamento de quaisquer quantias pelo exer­ 6 - A suspensao da actividade cinegetica, em termos cicio da caca, a regulamentar, e determinada por despacho do direc­ 2 - A area correspondente a cada associado nao 50 tor-geral das Florestas, que estabelece 0 prazo para a pode ser superior a ha. supressao da falta que a determinou. 7 - A extincao da zona de caca e determinada por DIVlSAo II portaria do Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas. Procedimentos para a concessao das zonas de caca associativa e turistica

SEc<.;Ao III Artigo 35.0 Requerimento inicial Zonas de caca associativa eturistica 1 - A concessao de zonas de caca e requerida ao DIVISAo I Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pes­ Disposic;;6es gerais cas, mediante pedido apresentado nos services da DGRF, do qual deve constar: Artigo 30.0 a) A identificacao do requerente; b) 0 tipo de zona de caca pretendido, prazo de Concessao concessao e eventuais periodos de renovacao automatica; 1 - As ZCA sao concessionadas por portaria do c) Area total e localizacao de predios a integrar. Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pes­ cas a associacoes de cacadores com urn minima de 20 ca­ 2 - 0 requerimento e instruido com os seguintes cadores associados. documentos: 2 - As ZCT sao concessionadas por portaria do Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pes­ a) Delimitacao perimetral da area requerida, em cas a entidades publicas ou privadas que tenham por suporte digital, com localizacao daquela que objecto a exploracao econ6mica dos recursos cinege­ esteja integrada em areas ciassificadas, nos ter­ ticos. mos a definir em portaria do Ministro da Agri­ 3 - A prestacao de services de cariz turistico, para cultura, Desenvolvimento Rural e Pescas; alern das actividades cinegeticas, que as entidades ges­ b) Listagem com a identificacao dos predios a inte­ toras ou outras pretendam desenvolver associadas as grar e respectivos titulares; ZCT tern enquadramento na legislacao especffica exis­ c) Acordos escritos com os titulares de direitos tente, devendo encontrar-se licenciadas para 0 efeito sobre os predios, nos termos do disposto no pelo Ministerio da Economia. artigo seguinte; N° 194-18deAgosto de 2004 DIARIO DA REPUBLICA - I SERIE-A 5325

d) Plano de ordenamento e exploracao cinegetica Artigo 38. 0 (POEC), do qual devem constar: Instrucao do processo i) A cartografia da ocupacao do solo e dos 1 - A instrucao dos processos relativos a concessao recursos hidricos disponiveis para a de ZCA e ZCT e da competencia da DGRF. fauna; 2 - Os processos que incluam terrenos situados em ii) Listagem das especies cinegeticas objecto areas classificadas carecem de parecer do ICN. de exploracao e estimativa qualitativa das 3 - 0 prazo para a ernissao do parecer referido no respectivas populacoes, assim como as n.? 2 do presente artigo e de 30 dias, findo 0 qual pode medidas a implementar para 0 seu o procedimento prosseguir e vir a ser decidido sem 0 fomento e conservacao; parecer. iii) Processos de estimacao dos efectivos das 4 - Os prazos e termos do procedimento para con­ especies cinegeticas sedentarias; cessao de zonas de caca sao regulados por portaria do Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas. e) Identificacao do tecnico responsavel.

Artigo 39. 0 Artigo 36.0 Decisao da Direccao-Geral de Recursos Florestais Acordos Finda a instrucao do processo, a DGRF deve: 1 - Os acordos sao estabelecidos entre a entidade a) Indeferir 0 pedido, sempre que 0 mesmo nao que acede ao direito de caca e os proprietaries ou pes­ retina os requisitos legais ou nao se revele com­ soas individuais ou colectivas que sejam titulares de pativel com os criterios e principios superior­ direitos de 11S0 e fruicao nos termos legais, glle incluarn mente aprovados; a gestae cinegetica, e deles tern obrigatoriamente que b) Propor ao Ministro da Agricultura, Desenvol­ constar: vimento Rural e Pescas a concessao da respec­ tiva zona de caca, sempre que nao se verifiquem a) Identificacao dos predios a integrar na zona de as situacoes previstas na alfnea anterior. caca; b) Prazo e condicoes de eventuais renovacoes. Artigo 40.0 Decisao final 2 - No caso de terrenos do sector publico, os acordos Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural devem ser subscritos pelo orgao executivo da entidade o e Pescas decide: publica a que os mesmos estejam afectos. 3 - 0 prazo estabelecido nos acordos referidos no a) Conceder, por portaria, a respectiva concessao; n." 1 do presente artigo tern de ser coincidente, pelo b) Por despacho devidamente fundamentado, in­ menos, com 0 periodo da concessao pretendida, deferir 0 pedido de concessao. podendo ser renovados automaticamente, caso dos mes­ mos conste clausula especifica nesse sentido. Artigo 41.0 4 - A demincia dos acordos que preveem renovacao automatica tern de ser feita ate urn ana antes do termo Cunteudo da portaria de concessao da concessao ou renovacao. As portarias de concessao de zonas de caca devem 5 - Qualquer alteracao dos titulares dos direitos especificar, designadamente: sobre os predios integrados em zona de caca obriga ao estabelecimento de novo acordo, no termo do prazo a) A identificacao do concessionario; da concessao ou renovacao. b) 0 tipo de zona de caca; 6 - No caso de 0 requerente ser 0 proprietario dos c) A area e localizacao dos terrenos abrangidos; terrenos a integrar na zona de caca, esta 0 mesmo dis­ d) 0 prazo de concessao e eventuais periodos de pensado de apresentar acordo previo. renovacao.

Artigo 42° Artigo 37.0 Obrigacoes dos titulares de zonas de caca Impossibilidade de acordo previo 1 - Constituem obrigacoes dos titulares de zonas de caca: 1 - Na impossibilidade de obter 0 consentimento previo de algumas das pessoas mencionadas no artigo a) Efectuar a sinalizacao da zona de caca e con­ anterior, por ser desconhecida a sua identidade ou 0 serva-la em born estado; seu paradeiro, os interessados devem instruir 0 processo b) Cumprir e fazer cumprir as normas reguladoras com uma declaracao da junta de freguesia que 0 do exercicio da caca; certifique. c) Efectuar 0 pagamento da taxa anual; 2 - Se a zona de caca incluir terrenos sem 0 con­ d) Cumprir 0 POEC; sentimento dos titulares de direitos sobre os predios, e) Comunicar a DGRF os resultados anuais de nos termos do mimero anterior, aqueles podem, a todo exploracao da epoca venatoria anterior, bern o tempo de duracao da concessao, solicitar ao Ministro como 0 mimero, a nacionalidade e a qualidade da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas a sua dos utentes no caso das zonas de caca turisticas, exclusao. ate 15 de Junho de cada ano; 5326 DIARIO DA REPUBLICA - I SERIE-A N. a 194 - 18de Agosto de 2004

f) Nao permitir 0 exercicio da caca ate a entrega 120 dias, 0 obito e manifestar a sua posicao quanta dos resultados anuais de exploracao; aconcessao. g) Nao permitir que, nos dois ultimos anos de con­ 4 - Na mudanca de concessionario mantem-se os cessao, seja cacado urn mirnero de exemplares direitos e obrigacoes do anterior concessionario bern de especies cinegeticas sedentarias superior a como 0 prazo da concessao, media dos dois anos precedentes, salvo nos casos 5 - A mudanca de concessionario e efectuada por autorizados pela DGRF. portaria do Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas. 2 - Sempre CIne ocorrnm :11 reracoes, os concessio­ Artigo 46.° narios de ZCA devem enviar a DGRF, ate 15 de Junho, a actualizacao dos cacadores associados em cada zona Alteracfies multiplas de caca, reportadas a 31 de Maio desse ano. Ocorrendo alteracao na estrutura ou tipologia de uma 3 - Os concessionarios de zonas de caca devem ou varias zonas de caca confinantes entre si, seja por comunicar a DGRF as alteracoes da sede social, no divisao de uma zona de caca, por unificacao de varias prazo de 90 dias contado da mesma. zonas, por anexacao, por mudanca de tipologia ou 4 - Os concessionarios devem proceder a actualiza­ outras, em que se verifique simultaneidade ou sucessao c;ao dos planos de ordenamento cinegetico sempre que temporal imediata de actos, sao os mesmos objecto de ocorram alteracoes significativas no meio com reflexos uma unica portaria do Ministro da Agricultura, Desen­ sobre as especies a explorar. volvimento Rural e Pescas. 5 - Os concessionarios devem prestar informacoes e colaborar com a DGRP e com 0 K'N no que respeita as areas classificadas, em tudo 0 que estas fundamen­ Artigo 47.° tadamente solicitarem. Dcsanexacao de predios 1 - Sem prejuizo dos direitos emergentes de dernin­ Artigo 43.° cia unilateral de acordos, a desanexacao de predios de Resultados anuais de exploracao zonas de caca ja constituidas e a pedido do conces­ sionario e aplicavel 0 definido nos artigos 35.° e 38.° 1 - Os resultados anuais de exploracao, referidos na a 40.° com as devidas adaptacoes. alfnea e) do n.? 1 do artigo 42.°, devem referir: 2 - Excepciona-se do mimero anterior a audicao do a) Numero total de cacadores que exerceram 0 Conselho Cinegetico Municipal prevista na alfnea d) acto venatorio; do artigo 158.° b) Numero de jornadas de caca e de dias de caca; DIVISAo III c) Exemplares de cada especie cinegetica abatidos, devendo, no casu da caca maior, serem indi­ Renovac;;ao, suspensao e extlncao de concess6es cados 0 sexo, a idade e 0 processo. Artigo 48.° 2 - Para os efeitos do disposto no mirnero anterior, as entidades concessionarias devem dispor de urn sis­ Renovacau de cuncessoes tema de registo dos dados por jornada de caca. 1 - A renovacao pode ser autornatica desde que a 3 - Ate a entrega dos resultados de exploracao e respectiva portaria de concessao 0 preveja e as condicoes proibido 0 exercicio da caca. que estiveram na sua origem nao tenham sido alteradas ou, ainda, se no decorrer da concessao ou renovacao Artigo 44. 0 vier a reunir as condicoes que 0 permitam. 2 - No fim de cada periodo de concessao, 0 Estado Obrigacoes do Estado pode denunciar a sua renovacao automatica, notificando A DGRF, em articulacao com 0 ICN nas areas clas­ o concessionario com a antecedencia minima de urn sificadas, deve apoiar tecnicamente a gestae das zonas ano em relacao ao termo do prazo da concessao. de caca e proceder a inspeccoes destinadas a avaliar 3 - A nao renovacao das concess6es nao confere aos o cumprimento das obrigacoes referidas nos artigos que tinham a qualidade de concessionarios 0 direito anteriores. a qualquer indernnizacao. 4 - Sernpre que se verifique exclusao de predios de uma zona de caca ou a concessao nao retina as condicoes Artigo 45.° que permitam a sua renovacao automatica, 0 conces­ Mudanca de concessionariu sionario deve apresentar requerimento dirigido ao Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pes­ 1 - A mudanca de concessionario de zona de caca cas, junto da DGRF, no prazo que decorre entre 15 e requerida pelo interessado em aceder a concessao e 9 meses em relacao ao termo da concessao. junto da DGRF. 5 - 0 requerimento de renovacao de concessao pode 2 - Para 0 efeito do numero anterior, e necessario entrar nos services nos tres meses seguintes ao termo apresentar os acordos entre 0 concessionario e 0 inte­ do prazo previsto no mimero anterior, ou ate ao termo ressado e entre este e os proprietaries ou as pessoas da concessao mediante 0 pagamento de taxas a fixar individuais ou colectivas que detenham direitos de uso por despacho do Ministro da Agricultura, Desenvolvi­ e fruicao nos termos legais, neste casu quando as formas mento Rural e Pescas. de uso e fruicao incluirem a gestae cinegetica. 6 - Os prazos estipulados no mirnero anterior apli­ 3 - Em casu de morte de concessionario de ZCT, cam-se tambern a renovacao automatica de concess6es, os herdeiros devem comunicar a DGRF, no prazo de aquando do seu termo. N° 194-18deAgosto de2004 DIARIO DA REPUBLICA - I SERIE-A 5327

7 - Sem prejuizo do disposto na alinea a) do a que se referem os n.O S 1 e 2 do artigo 49.° artigo 39.°, decorridos os prazos estipulados no n.° 4 ou quando deixem de se verificar os requisitos do presente artigo, a renovacao deve ser recusada pela exigidos para a concessao. DGRF. 8 - Arenovacao de concessoes requerida nos termos 2 - No casu previsto na altnea a) do rnimero anterior do n.° 5 aplica-se 0 disposto nos artigos 35.° a 41.°, e devida indemnizacao reportada ao termo do periodo com as necessarias adaptacoes. de concessao ou de cada periodo de renovacao em curso. 9 - Excepciona-se do mirnero anterior a audicao do Conselho Cinegerico Mnnicipal prevista na alinea d) do artigo 158.° CAPITULO IV 10 - Nas concessoes cujos titulares requeiram a reno­ Terrenos nao cinegeticos e de caca condicionada vacao da concessao no prazo do n.? 4 do presente artigo e cujos processos nao ficaram concluidos ate ao termo da concessao ficam suspensas as actividades de caracter Artigo 52.° venatorio. Terrenos nau cinegeticos 1 - Sao terrenos nao cinegeticos: Artigo 49.° a) As areas de proteccao; Suspensao da actividade cinegetica b) As areas de refugio de caca; c) as campos de treino de caca; 1 - Sem prejuizo da aplicacao de outras sancoes pre­ d) as enclaves ou terrenos que confinem com vistas na lei, 0 incumprimento, por parte de entidades outras figuras de ordenamento cinegetico e cuja concessionarias de zonas de caca, de obrigacoes decor­ area individualmente considerada nao exceda rentes da concessao pode constituir causa de suspensao 10 % da area total da zona ate urn maximo de das actividades de caracter venatorio, 50 ha; 2 - Constitui ainda causa de suspensao das activi­ e) As zonas interditas a caca integradas em areas dades de caracter venatorio a constatacao de que, no classificadas e outras que venham a ser con­ decurso da vigencia da concessao ou renovacao, nao sideradas como tal em despacho do Ministro foram ou deixaram de ser cumpridos os requisitos essen­ da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas ciais amesma. a requerimento da entidade gestora. 3 - Nos casos previstos nos mimeros anteriores e no n.? 10 do artigo 48.°, a suspensao e determinada DGRF, 2 - A sinalizacao dos terrenos referidos no mimero que estabe1ece ainda 0 prazo para a supressao da falta anterior e da responsabilidade da entidade gestora nos que a determinou. casos seguintes: a) Enclaves, terrenos que confinem com outras Artigo 50.° figuras de ordenamento cinegetico e campos de Extincao treino de caca; b) Todos os terrenos que a requerimento da enti­ 1 - As concessoes de zona de caca associativa e de dade gestora venham a ser alvo de despacho zona de ca~a turfstica extinguem-se por: do Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas. a) Revogacao a pedido do concessionario; b) Dernincia, nos termos do disposto no n.° 2 do artigo 48.°; Artigo 53.° c) Revogacao, nos termos do disposto no artigo Areas de proteccao seguinte; d) Caducidade. 1 - Constituem areas de proteccao os locais seguin­ tes: 2 - No casu de caducidade da concessao ou reno­ a) Povoados, praias de banho, terrenos adjacentes vacao, e na salvaguarda do patrimonio cinegetico exis­ a estabelecimentos de ensino, hospitalares, pri­ tente, a extincao da zona de caca e determinada apenas sionais ou tutelares de menores, cientfficos, lares por portaria do Ministro da Agricultura, Desenvolvi­ lie idosos, instalacoe« militates uu lie Iorcas lie mento Rural e Pescas, nao sendo entretanto permitida seguranca, estabelecimentos de proteccao a a actividade cinegetica. infancia, estacoes radioelectricas, farois, portos maritimos e fluviais, aeroportos, instalacoes Artigo 51.° turfs ticas, parques de campismo e desportivos, instalacoes industriais e de criacao animal, bern Revogacao das concessfies como quaisquer terrenos que os circundem, 1 - a Ministro da Agricultura, Desenvolvimento numa faixa de proteccao de 500 m; b) As estradas nacionais e as linhas de caminho Rural e Pescas pode em qualquer altura revogar a con­ de ferro e numa faixa de proteccao de 100 m; cessao de zonas de caca quando: c) as aerodromes, os cemiterios e as estradas a) A concessao se tome inconveniente para 0 inte­ municipais; resse publico; d) as terrenos ocupados com culturas floricolas b) a titular da zona de caca nao cumpra de forma e horticolas, desde a sementeira ou plantacao reiterada ou continuada obrigacoes a que esta ate ao termo das colheitas, e os terrenos ocu­ vinculado, nao supra tempestivamente as faltas pados com viveiros; 5328 DIARIO DA REPUBLICA - I SERIE-A N. a 194 - 18de Agosto de 2004

e) Os terrenos com culturas fruticolas, com excep­ Artigo 55. 0 cao dos olivais, desde 0 abrolhar ate ao termo das colheitas; Campos de treino de caca f) Os aparcamentos de gado nas condicoes defi­ nidas em portaria do Ministro da Agricultura, 1 - Constituem campos de treino de caca as areas Desenvolvimento Rural e Pescas; destinadas durante todo 0 ana ao exercicio de tiro com g) Os apiaries e pombais, bern como quaisquer ter­ armas de fogo, legalmente classificadas como de caca, renos que os circundem, numa faixa de pro­ arco ou besta, e a pratica de actividades de caracter teccao de 100 m; venatorio, designadamente 0 treino de caes de caca e h) Os terrenos situados em zonas militares ou de de aves de presa, a realizacao de provas de caes e de forcas de seguranca, terrenos de estabelecimen­ Santo Huberto ou outras, sobre especies cinegeticas cria­ tos de ensino, hospitalares, prisionais ou tute­ das em cativeiro. lares de menores, de lares de idosos e os ter­ 2 - Nos campos de treino de caca pode ser auto­ renos onde decorram accoes de investigacao ou rizada a formacao ou avaliacao de individuos inscritos experimentacao que possam ser prejudicadas para exame de carta de cacador, quando inseridas em pelo livre exercicio da caca, situados para alern cursu aprovado pela DGRF. do ambito prcvisto na alinca a); 3 - As associacoes de cacadores, os clubes de cani­ i) Os olivais e os pomares e vinhas com instalacao cultures, os clubes de tiro e as entidades titulares de de rega gota a gota e por microaspersao; zonas de caca podem ser autorizadas a instalar campos j) Os terrenos ocupados com culturas arvenses e de treino de caca, nos termos a definir em portaria do us ocupados cum sernenteiras uu plantacoes de Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e especies florestais com altura media inferior a Pescas. 80 em; 4 - Nos campos de treino de caca sao permitidas I) Os terrenos situados entre 0 nivel de agua das competicoes desportivas envolvendo a utilizacao de ani­ albufeiras e 0 nivel de pleno armazenamento rnais quando realizadas sob controlo das competentes (NPA), com excepcao das situacoes previstas confederacoes, federacoes ou associacoes e no estrito nos n. OS 2 e 3 do artigo 9. 0 cumprimento dos respectivos regulamentos. 5 - Para a realizacao das provas referidas no n.? 4, pode excepcionalmente ser considerado campo de 2 - eficacia proibicao venatorio A da do acto referida treino, durante 0 periodo de realizacao da prova, toda nas almeasf), g), h), i) e j) do mirnero anterior depende a area da zona de caca, desde que a entidade gestora de os terrenos em causa se encontrarem sinalizados, o comunique a DGRF em conjunto com a entidade nos termos a definir por portaria do Ministro da Agri­ organizadora, apos parecer do ICN, quando inserido cultura, Desenvolvimento Rural e Pescas. em areas classificadas, a emitir no prazo de 10 dias, 3 - A sinalizacao dos aparcamentos de gado e dos findo 0 qual pode 0 procedimento prosseguir e vir a terrenos referidos na alinea h) do n.? 1 do presente ser decidido sem 0 parecer. artigo carece de autorizacao previa da UGKt'. 6 - Fora do periodo venatorio para as especies de caca menor, so e permitido 0 abate de especies cine­ Artigo 54. 0 geticas criadas em cativeiro. 7 - Para fins didacticos ou cientfficos, a DGRF pode Areas de refugio de caca constituir campos de treino de caca, bern como ser auto­ rizada a sua instalacao a estabelecimentos de ensino. 8 - A pratica das actividades de caracter venatorio 1 - As areas de refugio de caca sao criadas por por­ definidas no n.? 1 do presente artigo so e permitida taria do Ministro da Agricultura, Desenvolvimento a cacadores titulares dos documentos legalmente exi­ limitacoes Rural e Pescas, que estabelece as as acti­ gidos para 0 exercicio da caca, com excepcao da licenca vidades que prejudiquem ou possam perturbar as espe­ de caca. cies cinegeticas e nao cinegeticas, cuja conservacao, 9 - A realizacao de largadas fora dos periodos vena­ fomento ou proteccao se pretende. torios so e permitida em campos de treino de caca. 2 - As compensacoes devidas pelos prejuizos que 10 - Nas largadas e permitida a utilizacao de porn­ advenham das limitacoes referidas no mirnero anterior sao suportadas pclo Estado. bos. 11- Nos campos de treino de caca devem ser reco­ 3 - Sem prejuizo do disposto para correccao de den­ Ihidos todos os residues resultantes das actividades sidades das populacoes de especies cinegeticas, 0 exer­ desenvolvidas. cicio da caca e proibido nas areas de refugio de caca. 4 - Para us efeitos da correccao de densidade de populacoes cinegeticas, as normas de acesso dos caca­ Artigo 56.0 dores sao definidas por edital da DGRF. 5 - As areas de refugio de caca devem ser sinalizadas Terrenos de caca condicionada nos termos a definir em portaria do Ministro da Agri­ cultura, Desenvolvimento Rural e Pescas. 1 - E proibido cacar sem consentimento de quem 6 - 0 Ministerio das Cidades, Ordenamento do Ter­ de direito nos quintais, parques ou jardins anexos a casas ritorio e Ambiente pode propor areas de refugio quando de habitacao bern como em quaisquer terrenos que os estejam em causa especies nao cinegeticas, a criar atra­ circundem numa faixa de 250 m e ainda nos terrenos yes de portaria conjunta dos Ministros da Agricultura, murados. Desenvolvimento Rural e Pescas e das Cidades, Orde­ 2 - E ainda proibido cacar sem consentimento de namento do Territorio e Ambiente. quem de direito nas zonas de caca. N° 194-18deAgosto de 2004 DIARIO DA REPUBLICA - I SERIE-A 5329

CAPITULO V d) Quando ocorrer violacao da proibicao de cacar por parte dos titulares ou com 0 seu con­ Direito it nao caca sentimento.

Artigo 57° Artigo 62. 0 Direito a nau caca Obrigacoes dos titulares do direito a nau caca 1 - 0 direito a nao caca e a faculdade dos proprie­ tarios requererem a proibicao da caca nos seus terrenos, 1 - Os titulares do direito anao caca tern a obrigacao passando estes a constituir areas de nao caca. de colocar a sinalizacao respectiva e de a conservar em 2 - As pessoas singulares ou colectivas que detenham born estado. direitos de uso e fruicao nos termos legais, neste caso 2 - Extinto 0 direito a nao caca, os que tinham a quando as formas de uso e fruicao incluirern a gestae qualidade de titular devem retirar a sinalizacao no prazo cinegetica, podem, em conjunto com 0 proprietario, de 30 dias. requerer 0 direito anao caca. 3 - Se a sinalizacao nao for retirada, nos termos do 3 - Os requerentes nao podem ser titulares de carta mirnero anterior, a DGRF procede ao seu levantamento, de cacador e, no caso de pessoas colectivas, 0 objecto sendo os responsaveis obrigados ao pagamento das des­ social nao pode contemplar a exploracao dos recursos pesas efectuadas. cinegeticos nem os elementos que integram os orgaos sociais serem titulares de carta de cacador. CAPITULO VI Artigo 58. 0 Exerdcio da caca Procedimeoto SEcCAo I o reconhecimento do direito a nao caca e requerido ao Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Disposi~iies gerais Pescas, mediante pedido apresentado nos services da DGRF do qual eonste, designadamente: Artigo 63. 0 a) Identificacao completa do requerente; b) Identificacao dos predios nisticos a afectar e Requisitos para 0 exercfcio da caca respectiva planta dos terrenos, em suporte digi­ tal, nos termos a definir em portaria do Ministro Salvo nos casos previstos na lei, s6 e permitido 0 da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pes­ exercicio da caca aos titulares de carta de cacador, da cas; respectiva licenca de caca, de seguro de responsabilidade c) Direitos do requerente sobre os predios; civil por danos causados a terceiros e dos demais docu­ d) Declaracao onde conste que sobre 0 predio nao mentos legalmente exigidos. incide qualquer acordo de integracao em zona de caca. Artigo 64.0

Artigo 59.0 Direito as pecas de caca

Prazo 1 - 0 cacador adquire 0 direito a propriedade do a direito a nao caca e concedido por urn periodo animal por ocupacao, sem prejuizo de regime diverso de seis anos, renovavel mediante requerimento a apre­ em zonas de caca e em montarias e batidas a especies sentar ate seis meses antes do fim do prazo. cinegeticas de caca maior em terrenos cinegeticos nao ordenados, nao podendo, porern, ser recusado ao caca­ dor 0 direito ao trofcu dos exemplares de caca maior, Artigo 60. 0 desde que cumpridos os termos regulamentares ou Decisao contratuais. 2 - Considera-se ocupado 0 animal que durante 0 o reconhecimento do direito a nao caca e tornado acto venat6rio for morto ou apanhado pelo cacador, publico por edital da DGRF da area onde se situam pelos seus caes ou aves de presa. os predios, ap6s decisao do Ministro da Agricultura, 3 - 0 cacador adquire 0 direito a ocupacao do ani­ Desenvolvimento Rural e Pescas. mal logo que 0 fere, mantendo esse direito enquanto for em sua perseguicao. 4 - 0 cacador que ferir ou matar exemplar que se Artigo 61.0 refugie ou tombe em terreno onde 0 exercicio da caca Extincao seja proibido ou condicionado nao pode entrar nesse terreno sem legitima autorizacao, salvo tratando-se de direito nao caca extingue-se: o a terreno nao murado e aquele se encontre visivel, caso a) Quando se extinguirem os direitos que funda­ em que 0 pode fazer desde que sozinho e sem armas mentam a atribuicao do direito a nao caca; nem caes. b) Por caducidade, se decorrido 0 prazo do direito 5 - Quando for necessaria a autorizacao referida no anao caca nao for renovado; mirnero anterior e esta seja negada, e obrigat6ria a c) Quando deixarem de se verificar as condicoes entrega do animal ao cacador, no estado em que se 0 previstas no n.? 3 do artigo 57. ; encontre, sempre que tal seja possfvel, 5330 DIARIO DA REPUBLICA - I SERIE-A N. a 194 - 18de Agosto de 2004

Artigo 65.0 5 - Os titulares de carta de cacador em que nao conste qualquer especificacao estao habilitados a exercer Documentos que devem acompanhar 0 cacador os actos venatorios correspondentes a especificacao «com arma de fogo». 1-Durante 0 exercicio da caca 0 cacador e obrigado a trazer consigo e a apresentar as entidades com com­ petencia para a fiscalizacao, sempre que Ihe seja exigido: Artigo 67. 0 a) A carta de cacador, quando nao esteja dispen- Exame para obtencao de carta de cacador sado BUS termos da lei; 1 - A obtencao de carta de cacador fica dependente b) A licenca de caca; de exame teorico ao qual tern acesso os candidatos que c) A licenca dos caes que 0 acompanhem; frequentarem com aproveitamento uma accao de for­ d) A licenca de uso e porte de arma e 0 livrete macae a ministrar pelas OSC, em termos a regulamentar de manifesto, quando utiliza armas de fogo, bern por despacho do Ministro da Agricultura Desenvolvi­ como a declaracao de ernprestimo, quando a mento Rural e Pescas arma nao seja do proprio; 2 - Os interessados que, nao sendo titulares de carta e) 0 recibo comprovativo do pagamento do pre­ de cacador, pretendam obter mais de uma especificacao mio do seguro de caca valido; realizam uma unica prova teo rica. f) 0 bilhete de identidade ou passaporte; g) Quando menor, a autorizacao escrita da pessoa 0 que legalmente 0 represente especificando 0 Artigo 68. periodo para 0 qual a mesma e valida. Juri de exame 1 - 0 exame para obtencao de carta de cacador e 2 - Os documentos previstos na alfnea d) do mirnero efectuado perante urn juri constituido por urn repre­ anterior podem, no casu de estrangeiros e de portu­ sentante da DGRF e por urn representante das OSC. gueses nao residentes em territorio portugues, bern 2 - A presidencia do juri cabe ao representante da como de membros do corpo diplomatico e consular acre­ DGRF, tendo este voto de qualidade. ditados em , ser substituidos por outros que 3 - Na falta do representante de qualquer das OSC legitimem 0 usa e porte da arrna de que sejam por­ referidas no n.? 1 e 0 mesmo substituido por urn repre­ tadores. sentante da DGRF. SEc<;;Ao II 4 - Da decisao do juri cabe recurso para 0 direc­ tor-geral dos Recursos Florestais, a interpor no prazo Carta de cacadnr de 15 dias apos a comunicacao do resultado ao exa­ minado. Artigo 66.0 5 - 0 exame para obtencao de carta de cacador pode ser realizado na Regiao Autonorna dos Acores, podendo Carta de cacador a DGRF delegar a sua representacao em organismo daquela Regiao e cabendo as OSC designar 0 respectivo 1 - A carta de cacador so pode ser emitida a favor representante. de pessoas que reunam as seguintes condicoes: 6 - Os criterios para a representacao dos cacadores referida no n.? 1 sao definidos por portaria do Ministro a) Terem mais de 16 anos; da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas. b) Nao serem portadoras de anomalia psiquica ou de deficiencia organica ou fisiologica que tome 0 perigoso 0 exercicio da caca; Artigo 69. c) Nao estarem sujeitas a proibicao de cacar por Requerimento e emissao de carta de cacador disposicao legal ou decisao judicial; d) Terem sido aprovadas em exame destinado a 1 - Os interessados que tenham obtido aprovacao apurar a aptidao e 0 conhecimento necessario em exame devem requerer a ernissao da carta de cacador ao exercicio da caca. ate 31 de Maio do ano seguinte ao da sua realizacao, em impresso proprio, de modelo a definir por portaria 2 - A carta de cacador adrnitc as seguintes espe- do Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e cificacoes: Pescas, nos services da DGRF ou do municipio da sua residencia ou, casu nao residam em territorio portugues, a) Sem arma de caca nem ave de presa; no respectivo consulado portugues. b) Com arma de fogo; 2 - Para os efeitos do disposto no mirnero anterior c) Arqueiro-cacador; deve 0 interessado apresentar: d) Cetreiro. a) Atestado medico comprovativo de que nao e portador de anomalia psiquica ou de deficiencia 3 - 0 titular de carta de cacador com a especificacao organica ou fisiologica que tome perigoso 0 «com arma de fogo» ou «arqueiro-cacador» ou exercicio da caca ou, ainda que portador de tal «cetreiro» esta habilitado tambem a exercer os actos anomalia ou deficiencia, a mesma so limite 0 venatorios com lanca e correspondentes a especificacao interessado a exercer a caca com 0 emprego definida na alfnea a) do mimero anterior. de arma de fogo, arco ou besta; 4 - A carta de cacador com a especificacao «arquei­ b) Certificado de registo criminal; ro-cacador» permite ao seu titular exercer 0 acto vena­ c) Quando menor, nao emancipado, a autorizacao torio com arco ou com besta. escrita da pessoa que legalmente 0 represente. N° 194-18deAgosto de 2004 DIARIO DA REPUBLICA - I SERIE-A 5331

3 - A carta de cacador e emitida pela DGRF, dela SEc<;Ao III devendo constar, designadamente: ucencas e seguros a) 0 mimero da carta; b) As especificacoes nos termos do n.? 2 do Artigo 73.0 0 arligu 66. ; c) A identificacao do titular pela mencao do nome, Tipos de licencas de caca e validade data de nascimento e residencia; Os tipos, validade, condicoes gerais e especificas da d) A data da concessao e de validade. licenca de caca sao regulamentados por portaria do Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e 4 - Os titulares da carta de cacador, quando dela Pescas. devam ser privados, sao obrigados a entrega-la sempre 0 que para 0 efeito sejam notificados. Artigo 74. 5 - Quando a carta de cacador seja apreendida por Emissao e requerimento pratica de infraccao ou tenha sido entregue pelo seu titular nos termos do mirnero anterior, e emitido recibo 1 - As licencas de caca sao emitidas pela DGRF. de modelo aprovado pelo Ministro da Agricultura, 2 - As licencas de caca podem ser requeridas nos Desenvolvimento Rural e Pescas, comprovativo da sua services da DGRF, nos municipios ou nas associacoes apreensao ou entrega, recibo que substitui a referida de cacadores para tal habilitadas por acordo estabe­ carta, casu 0 seu titular possa continuar a exercer 0 lecido com a DGRF. acto venatorio correspondente a especificacao da 3 - As licencas de caca sao atribuidas a titulares de mesma. carta de cacador, ou a quem dela esteja legalmente dis­ pensado, e de seguro de responsabilidade civil contra 0 0 terceiros valido para periodo autorizado pela respec­ Artigo 70. tiva licenca. Equivalencia de carta de cacador Artigo 75.0 1 - Os portugueses e os estrangeiros residentes em Licenca para nau residentes em territ6rio portugues territorio portugues que sejam titulares de carta de caca­ dor ou documento equivalente ernitido por outro pais 1 - A licenca de caca para nao residentes em ter­ da Uniao Europeia podem requerer ao director-geral ritorio portugues so pode ser emitida a favor de pessoas de Recursos Florestais a ernissao de carta de cacador que se encontrem nas situacoes previstas no artigo 22.0 portuguesa com especificacao correspondente, desde da Lei n.? 173/99, de 21 de Setembro. que 0 referido documento esteja valido e os interessados 2 - A licenca de caca para nao residentes em ter­ reunarn as demais condicoes exigidas no n.? 2 do ritorio portugues pode ser requerida nos services da artigo 21.0 da Lei n.? 173/99, de 21 de Setembro. DGRF e nas OSC para tal habilitadas por acordo com 2 - A ernissao de carta de cacador portuguesa, rela­ a DGRF, devendo os interessados, para alern do segura tivamente a equivalencia concedida aos estrangeiros a que se refere 0 n.? 3 do artigo 74.0 e com excepcao residentes em territorio portugues, e condicionada ao dos membros do corpo diplornatico ou consular acre­ regime de reciprocidade. ditados em Portugal, apresentar, ainda: a) Documento que perrnita cumpruvar a residencia Artigo 71.0 no estrangeiro; b) Documento equivalente carta de cacador ou Valida de da carta de cacador a licenca de caca que comprove estarem habili­ 1 - Salvo renovacao nos termos dos mimeros seguin­ tados a cacar no pais da sua nacionalidade ou tes ou disposicao em contrario, a carta de cacador e residencia ou, no casu de nesse pais nao ser valida ate aos 60 anos e seguidamente por periodos permitida a caca, documento que comprove de cinco anos. estarem habilitados a manusear armas de fogo. 2 - A renovacao da carta de cacador deve ser reque­ rida pelo interessado nos 12 meses que antecedem a Artigo 76.0 data de validade, juntando para 0 efeito os documentos referidos no n.? 2 do artigo 69.0 Seguros 3 - No prazo de cinco anos apos a data de validade da carta de cacador pode ainda ser requerida a sua 1 - Para 0 exercicio da caca, os cacadores devem renovacao excepcional, sob pena de a mesma caducar. celebrar urn contrato de seguro de responsabilidade civil contra terceiros no montante minima de € 100000, no casu de acto venatorio com arma de caca, e de € 25 000, Artigo 72.0 nos restantes casos. Sujei~ao a exame medico 2 - No casu de realizacao de montarias, batidas e largadas, as entidades responsaveis pelas mesmas devem 1 - Sempre que haja fundado receio de 0 titular de celebrar urn contrato de seguro em termos a regula­ carta de cacador ter deixado de reunir os requisitos pre­ mentar por portaria do Ministro da Agricultura, Desen­ vistos na alfnea b) do n.? 2 do artigo 21.0 da Lei volvimento Rural e Pescas e dos ministros competentes n.? 173/99,de 21 de Setembro, a DGRF pode determinar em razao da materia. a sua sujeicao a exame medico. 3 - Os montantes mmimos dos seguros referidos nos 2 - Na sequencia do exame medico, a carta de caca­ mimeros anteriores podem ser actualizados por portaria dor pode ser mantida, revogada ou alteradas as suas do Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e especificacoes, Pescas e dos ministros competentes em razao da materia. 5332 DIARIO DA REPUBLICA - I SERIE-A N. a 194 - 18de Agosto de 2004

SEcC;Ao IV 4 - No exercicio da caca com armas de fogo, os caca­ dores devem recolher os cartuchos vazios ap6s a sua Auxiliares e meios de caca utilizacao. S - Fora do exercicio da caca ou de actividades de 0 Artigo 77. caracter venat6rio apenas e permitido 0 transporte de Auxiliares armas de fogo legalmente classificadas como de caca quando descarregadas e acondicionadas em estojo ou 1-Os secretaries ou mochileiros nao podem pra­ bolsa. ticar quaisquer actos venat6rios ou exercer funcoes de 6 - 0 disposto no mirnero anterior nao e aplicavel matilheiro ou batedor e s6 podem ser portadores de as deslocacoes entre locais de espera, desde que a dis­ armas de fogo, arco ou besta desde que acondicionados tancia entre eles nao exceda 100 m. em estojo ou bolsa e de aves de presa aparelhadas com 7 - Exceptua-se do disposto na alinea b) do n.? 3 pi6s e avessada. a caca as raposas e saca-rabos, durante as montarias 2 - Os negaceiros, os batedores e os matilheiros nao e batidas de caca maior realizadas em terreno ordenado, podem ser portadores de arma de fogo, arco ou besta em que epermitido 0 usa de bala. nem capturar qualquer exemplar de especie cinegetica, com excepcao dos matilheiros no remate de urn animal Artigo 80. 0 ferido. 3 - Nos terrenos cinegeticos nao ordenados cada Arco e besta cacador s6 pode ser acompanhado por urn auxiliar. 1 - No exercicio da caca com arco ou com besta 4 - Os auxiliares nao podem fazer parte da linha e proibido 0 usn ou detencao de flechas e virotoes: de cacadores. a) Envenenados ou portadores de qualquer pro­ Artigo 78. 0 duto destinado a acelerar a captura dos animais; Meius lie caca b) Com pontas explosivas, com barbelas ou com farpa; 1 - No exercicio da caca e dentro dos limites fixados c) Com menos de duas laminas na ponta e com nos artigos seguintes apenas sao permitidos os seguintes uma largura de corte inferior a 2S mm, na caca meios: as especies de caca maior. a) Armas de caca; b) Pau; 2 - Fora do exercicio da caca ou de actividades de caracter venat6rio apenas permitido 0 transporte de c) Negacas e chamarizes; e arco ou besta devidamente acondicionado em estojo ou d) Aves de presa; bolsa. e) Caes de caca; 3 - 0 disposto no mirnero anterior nao aplicavel f) Furao; e as deslocacoes entre locais de espera, desde que a dis­ g) Barco; tancia entre eles nao exceda 100 m. h) Cavalo.

2 - Para os efeitos do presente diploma, sao con­ Artigo 81. 0 siderados objectos os instrumentos e meios utilizados Pan no exercicio da caca. 3 - No acto venat6rio e proibido iluminar as pe<;as o usa de pau s6 e permitido no exercicio da caca a cacar. a corricao e de saito. Artigo 82. 0 Artigo 79. 0 Negacas e chamarizes Armas de fogo 1 - 0 usa de negacas e chamarizes s6 e permitido 1 - No exercicio da caca apenas podem ser utilizadas nos termos definidos nos artigos 92. 0 a 106. 0 do presente as armas de fogo classificadas, nos termos da lei apli­ diploma para cada uma das especies cinegeticas. cavel, como armas de caca, 2 - Durante 0 exercicio venat6rio e proibida a uti­ 2 - As armas semiautomaticas, que correspondem lizacao ou a detencao de aparelhos que emitam ultra­ as armas de fogo que se recarregam automaticamente -sons e ainda dos que, funcionando por bateria ou pilhas, por accao do disparo, apenas podem ser utilizadas no tenham por efeito atrair as especies cinegeticas, bern exercicio da caca quando estejam previstas ou trans­ como 0 usa de negacas que sejam animais cegos ou formadas de forma que nao possam comportar mais mutilados. de tres municoes, 0 3 - No exercicio da caca com armas de fogo e proi­ Artigo 83. bido 0 usa ou detencao de: Aves de presa a) Cartuchos carregados com rmiltiplos projecteis 1 - No exercicio da caca com aves de presa eproibido de diametro superior a 4,S mm, vulgarmente soltar simultaneamente mais de duas aves a uma presa. designados por zagalotes; 2 - Os proprietaries de aves de presa destinadas a b) Na caca as especies de caca menor, cartuchos cetraria devem proceder ao seu registo na DGRF, carregados com urn projectil unico, vulgarmente mediante apresentacao dos certificados de proveniencia designado por bala; de cativeiro e CITES (Convencao Internacional das c) Na caca as especies de caca maior, cartuchos Especies da Fauna e Flora Selvagens Ameacadas de carregados com multiples projecteis, vulgar­ Extincao, aprovada, para ratificacao, pelo Decreto mente designados por chumbos. n.? SO/80, de 23 de Julho). N° 194-18deAgosto de2004 DIARIO DA REPUBLICA - I SERIE-A 5333

Artigo 84.° 2 - Na caca com utilizacao de cavalo e proibido usar armas de fogo, arco ou besta. Caes de caca 1-No exercicio da caca as especies de caca menor, cada cacador s6 pode utilizar ate dois des, sem prejuizo SEc<;:Ao V das seguintes excepcoes: Periodos e processos de caca a) Na caca de batida, em que 0 mirnero de des nao e limitado; Artigo ggo b) Na caca ao coelho-bravo, por processo diferente do de batida, cada cacador ou grupo de caca­ Jornada de caca dores pode utilizar ate 10 des; 1 - a exercicio da caca s6 e permitido no periodo c) Na caca a raposa a corricao podem ser utilizados ate 50 caes. que decorre entre 0 nascer e 0 par do Sol, excepto: a) Na caca aos patos pelo processo de espera ate 2 - as galgos s6 podem ser utilizados na caca a lebre 100 m dos pianos de agua, em que e permitido a corricao. desde uma hora antes do nascer do Sol ate uma 3 - Na caca a lebre a corricao e proibido utilizar hora depois do par do sol; mais de dois des de busca ou soltar mais de dois galgos b) Na caca a especies de caca maior pelos processos a cada especime. de aproximacao e, em periodo de lua cheia, de 4 - Nas montarias e caca de saito, prevista no espera. artigo 105.°, 0 mimero de des nao e limitado, podendo apenas ser utilizadas matilhas de caca maior. 2 - A jornada de caca aos pombos, tordos e estor­ 5 - A DGRF deve organizar e manter urn cadastro ninho-malhado, bern como a detencao de exemplares nacional das matilhas de caca maior. destas especies no exercicio da caca, s6 e permitida entre 6 - A organizacao do cadastro referido no mirnero o nascer do Sol e as 16 horas, exceptuando-se em locais anterior pode ser transferida para as OSC mediante de passagem: protocolo estabelecido entre 0 Ministerio da Agricultura Desenvolvimento Rural e Pescas e cada uma destas. a) Em terreno que nao esteja sujeito a qualquer 7 - as des que compoern as matilhas de caca maior tipo de ordenamento cinegetico, em locals devi­ devem ser portadores de coleira ou marca corporal que damente identificados em edital da DGRF; identifique 0 seu proprietario, sem prejuizo do disposto b) Em zonas de caca identificadas em edital da nos Decretos-Leis n.os 312/2003, 313/2003, 314/2003 e DGRF, nos locais que tenham sido autorizados. 315/2003, todos de 17 de Dezembro. Artigo 89.° Artigo 85.° Dias de caca Furao 1- Nos terrenos cinegeticos ordenados, os dias de 1 - As entidades gestoras de zonas de caca e as asso­ caca sao: ciacoes de cacadores devem proceder ao registo anual a) Para as especies de caca maior, os previstos nos dos furoes nos services da DGRF da area onde os mes­ respectivos pianos de ordenamento cinegetico mos se encontrem instalados. ou exploracao; 2 - A utilizacao de furoes em accoes de ordenamento b) Para as especies de caca menor sedentaria: de populacoes de coelho-bravo ou na sua caca depende de autorizacao previa da DGRF da area onde se situe i) As quintas-feiras, domingos, feriados a zona de caca. nacionais obrigat6rios e urn dia a escolha 3 - a transporte e a utilizacao de furoes devem ser previsto nos pianos de ordenamento e acompanhados de guia de transporte de modelo da exploracao cinegetica e anuais de explo­ DGRF, emitida pela entidade detentora dos mesmos. racao, no caso das ZCA, ZCM e ZCN; ii) as dias previstos nos pianos de ordena­ mento e exploracao cinegetica, no caso Artigo 86.° das ZCT; Barco c) Para as especies de caca menor migrat6ria: 1 - E proibida a utilizacao dc barco na caca, com excepcao da caca aos patos, ao galeirao e a gali­ i) As quintas-feiras, domingos, feriados nha-d'agua. nacionais obrigat6rios e 0 dia a escolha 2 - E proibida a utilizacao de barco para perseguir referido na subalinea i) da alinea b) do presente mimero, no caso das ZCA, a caca, bern como atirar com 0 barco em movimento ou com 0 motor em funcionamento. ZCMeZCN; ii) as feriados nacionais obrigat6rios e os tres dias da semana constantes nos res­ Artigo 87.° pectivos nos pianos de ordenamento e Cavalo exploracao cinegetica, no caso das ZCT. 1 - A utilizacao de cavalo s6 e permitida na caca 2 - A escolha do dia referida na subalinea i) da ali­ as especies de caca maior, a raposa e a lebre e na caca nea b) do mirnero anterior tera de ser comunicada a de cetraria. DGRF, produzindo efeitos cinco dias ap6s a recepcao 5334 DIARIO DA REPUBLICA - I SERIE-A N. a 194 - 18de Agosto de 2004 da mesma, podendo apenas sofrer uma alteracao por anteriores a realizacao da batida ou montaria e numa epoca venatoria. faixa com largura de 500 m circundante daqueles ter­ 3 - Nos terrenos cinegeticos nao ordenados, os dias renos, nos dias das batidas ou montarias, desde que de caca sao as quintas-feiras, domingos e feriados nacio­ devidamente sinalizados. nais obrigatorios, exceptuando-se: 4 - E proibido enxotar, bater ou praticar quaisquer actos que possam conduzir intencionalmente as especies a) A caca de batida a raposa e saca-rabos e caca cinegeticas de uns terrenos para outros, com excepcao ao javali prevista no n.? 2 do artigo 105.0 nos das batidas e montarias devidamente autorizadas. meses de Janeiro e Fevereiro, que pode ser exer­ cida aos sabados; b) A caca de cetraria, a caca a raposa a corricao, Artigo 91.0 a caca com lanca e a caca com arco ou besta, que se exerce as quartas-feiras e sabados nao Calendario venat6rio coincidentes com dia de feriado nacional obri­ 1 - A portaria referida no n.? 2 do artigo 3.0 fixa gatorio. igualmente em cada epoca venatoria os penodos, os processos e outros condicionamentos venatorios, com 4 - E proibido cacar nos dias em que se realizem as limitacoes fixadas nos artigos 78.0 a 90.0 e 92.0 a eleicoes ou referendos nacionais e, ainda, quando se 106.0 realizem eleicoes ou referendos locais na area das res­ 2 - As especies constantes na portaria referida no pectivas autarquias. mirnero anterior, os periodos, os processos e os outros condicionamentos venat6rios podem variar consoante Artigo 90.0 as regioes cinegeticas, os processos de caca e os terrenos Processos de caca cinegeticos estarem ou nao ordenados. 3 - Os limites diaries de abate autorizados para cada 1 - A caca pode ser exercida pelos seguintes pro­ especie cinegetica sao fixados pel a portaria referida no cessos: n.? 1 do presente artigo. 4 - No casu das especies cinegeticas sedentarias, os a) De saito - aquele em que 0 cacador se desloca para procurar, perseguir ou capturar exemplares limites referidos no mimero anterior so se aplicam aos de especies cinegeticas que ele proprio levanta, terrenos uao ordenados, aplicando-se IlUS terrenos orde­ com ou sem auxilio de des de caca; nados os limites estabelecidos nos respectivos POBC ouPG. b) A espera - aquele em que 0 cacador, parado, emboscado ou nao, com ou sem negaca ou cha­ SEc<;Ao VI mariz e com ou sem des de caca para cobro, aguarda as especies cinegeticas a capturar; Condicionamentos venatcrlos c) De batida - aquele em que 0 cacador aguarda, para capturar, as especies cinegeticas que Ihe 0 sao levantadas por batedores, com ou sem des Artigo 92. de caca, no casu de caca menor, e sem des, Caca ao coelho-bravo no casu de caca maior; d) Com furao - aquele em que 0 cacador se 1 - A ca<;a ao coelho-bravo pode ser exercida de coloca a espera para capturar coelhos-bravos salto, de batida, a espera, a corricao, de cetraria e com com auxflio de furao; furao, sem prejuizo do disposto no mimero seguinte. e) A corricao - aquele em que 0 cacador se des­ 2 - Os processos de caca de batida e com furao so loca a pe ou a cavalo para capturar especies podem ser exercidos em zonas de caca, desde que pre­ cinegeticas apenas com 0 auxilio de des de caca vistos no POBC ou PG devidamente aprovado. e com ou sem pau; 3 - A caca ao coelho-bravo pode ser permitida nos f) De cetraria - aquele em que 0 cacador, para meses de Setembro a Dezernbro, inclusive, sem prejuizo capturar especies cinegeticas utiliza aves de do disposto no mimero seguinte. presa para esse fim adestradas, com ou sem auxi­ 4 - As entidades gestoras das zonas de caca podem lio de des de caca; autorizar a caca ao coelho-bravo durante 0 mes de Julho g) De aproximacao - aquele em que 0 cacador desde que tal esteja previsto na portaria referida no se desloca para capturar determinado exemplar n." 2 do artigo 3.0 de caca maior; h) 0 De montaria - aquele em que cacador aguarda, 0 em local previamente definido, para capturar Artigo 93. exemplares de caca maior levantados por matilhas Caca alebre de caca maior conduzidas por matilheiros; i) Com lanca - aquele em que 0 cacador para 1 - A caca a lebre pode ser exercida de saito, de capturar exemplares de caca maior utiliza lanca, batida, a espera, a corricao e de cetraria, sem prejuizo com ou sem auxilio de cavalo e de des de caca. do disposto no numero seguinte. 2 - 0 processo de caca de batida so pode ser auto­ 2 - Nos terrenos cinegeticos nao ordenados, no pro­ rizado em zonas de caca. cesso de caca de salto, os grupos ou linhas de cacadores 3 - A caca a esta especie pode ser permitida nos nao podem ser constituidos por mais de cinco cacadores, meses de Setembro a Fevereiro, inclusive, sem prejuizo devendo entre linhas mediar no minimo 150 m. do disposto no mirnero seguinte. 3 - Nos terrenos cinegeticos nao ordenados a bater 4 - Nos meses de Janeiro e Fevereiro, a caca a lebre ou a montear eproibido 0 exercicio venatorio nos 15 dias epermitida em zonas de caca e a corricao. N° 194-18deAgosto de 2004 DIARIO DA REPUBLICA - I SERIE-A 5335

Artigo 94.0 4 - Em terrenos cinegeticos nao ordenados, nos meses de Agosto, Setembro e Janeiro, aos patos e galei­ Caca a raposa e ao saca-rabos rao, e, ainda, Fevereiro, agalinha-d'agua; a caca a estas 1 - A caca araposa e ao saca-rabos pode ser exercida especies so e permitida de espera e de cetraria e apenas de salto, aespera e de batida, podendo ainda a raposa nos locais e nas condicoes estabelecidos por edital da ser cacada a corricao e, em terrenos ordenados, no DGRF. decurso de montarias. Artigo 98.0 2 - E permitida a utilizacao de chamariz na caca araposa. Caca a tarambola-dourada 3 - A caca a raposa e ao saca-rabos pode ser per­ 1 - A caca a estas especies pode ser exercida de saito mitida nos meses de Outubro a Fevereiro, inclusive, e aespera. sem prejufzo do disposto no n.? 5. 2 - 0 exercicio da caca a estas especies pode ser 4 - E permitido 0 usa de bala na caca a raposa e permitido nos meses de Outubro a Fevereiro, inclusive, ao saca-rabos durante as montarias e batidas de caca sem prejuizo do disposto no mimero seguinte. maior realizadas em terreno ordenado. 3 - Em terrenos cinegeticos nao ordenados, nos 5 - Em terrenos cinegeticos nao ordenados: meses de Janeiro e Fevereiro, a caca a esta especie s6 permitida espera e apenas nos locais e nas con­ a) A caca de saito so pode ser permitida nos meses e a dicoes estabelecidos por edital da DGRF. de Outubro a Dezernbro, inclusive; b) A caca de batida e a corricao so pode ser per­ 0 mitida nos meses de Janeiro e Fevereiro e ape­ Artigo 99. nas nos locais e nas condicoes estabelecidos em Caca as narcejas edital da DGRF. 1 - A caca anarceja-comum e anarceja-galega pode ser exercida de saito e aespera. Artigo 95.0 2 - 0 exercicio da caca a estas especies pode ser Caca a perdiz-vermelha e ao faisao permitido nos meses de Outubro a Fevereiro, inclusive, nos termos definidos anualmente na portaria que esta­ 1 - A caca a perdiz-vermelha e ao faisao pode ser belece 0 calendario venatorio, sem prejuizo do disposto exercida de salto, de batida e de cctraria, scm prcjuizo no numero seguinte. do disposto no mirnero seguinte. 3 - Em terrenos cinegeticos nao ordenados, nos 2 - A caca de batida so e autorizada em zonas de meses de Janeiro e Fevereiro, a caca a estas especies caca. so e permitida nos locais e nas condicoes estabelecidos 3 - A caca a estas especies pode ser permitida nos por edital da DGRF. meses de Outubro a Janeiro, inclusive, nos termos defi­ nidos anualmente na portaria que estabelece 0 calen­ Artigo 100.0 dario venatorio, sem prejuizo do que vier a ser definido au abrigu do disposto nu arligu 32.0 Caca agalinhola 4 - A DGRF pode autorizar a caca a perdiz-ver­ 1 - A caca a galinhola pode ser exercida de saito. melha com chamariz ou nega<;a, em terrenos ordenados 2 - 0 exercicio da caca a esta especie pode ser per­ nos meses de Fevereiro a Abril. mitido nos meses de Outubro a Fevereiro, inclusive, sem prejuizo do disposto no mirnero seguinte. Artigo 96.0 3 - Em terrenos cinegeticos nao ordenados, nos meses de Janeiro e Fevereiro, a caca a esta especie Caca ao gaio, a pega-rabuda e a gralha-preta so e permitida nos locais e nas condicoes estabelecidos 1 - A caca ao gaio, a pega-rabuda e a gralha-preta por edital da DGRF. pode ser exercida de saito, a espera e de cetraria.

2 - A caca a estas especies pode ser permitida nos 0 meses de Agosto a Fevereiro, inclusive, sern prejuizn Artigo 101. do disposto no n.? 4. Caca a rola-comum 3 - E permitida a utilizacao de negacas na caca a 1 - A caca a esta especie pode ser exercida espera. pega-rabuda e gralha-preta. a a 2 - 0 exercicio da caca a esta especie pode ser per­ 4 - Em terrenos cinegeticos nao ordenados, nos mitido nos meses de Agosto e Setembro. meses de Agosto, Setembro, Janeiro e Fevereiro, a caca 3 - Em terrenos cinegeticos nao ordenados so e per­ a estas especies so e permitida nos locais e nas condicoes mitida a caca a esta especie nos locais e nas condicoes estabelecidos por edital da DGRF. estabelecidos por edital da DGRF. 4 - E proibido 0 exercfcio da caca a esta especie Artigo 97.0 a menos de 100 m de pontos de agua acessiveis afauna e de locais artificiais de alimentacao. Caca aos patos, a gallnha-d'agua e ao galeirao

1 - A caca aos patos, agalinha-d'agua e ao galeirao Artigo 102.0 pode s~r exercida de saito, de espera e de cetraria. 2 - E permitida a utilizacao de negaca e chamariz Caca a codorniz na caca aos patos. 1 - A caca a codorniz pode ser exercida de saito 3 - A caca a estas especies pode ser permitida nos e de cetraria. meses de Agosto a Janeiro, inclusive, aos patos e galeirao 2 - 0 exercicio da caca a esta especie pode ser per­ e ate de Fevereiro a galinha-d'agua, sem prejuizo do mitido nos meses de Setembro a Dezembro, inclusive, disposto no mirnero seguinte e no artigo 32.0 sem prejuizo do disposto no mirnero seguinte. 5336 DIARIO DA REPUBLICA - I SERIE-A N. a 194 - 18de Agosto de 2004

3 - Em terrenos cinegeticos nao ordenados, no mes 2 - E permitida a utilizacao de chamariz na caca de Setembro, s6 epermitida a caca acodorniz nos locais ao veado e ao coree. e nas condicoes estabelecidos em edital da DGRF. 3 - Com excepcao da caca pelos processos de batida e de montaria, que s6 pode ser permitida nos meses

0 de Outubro a Fevereiro, inclusive, a caca a estas especies Artigo 103. pode ser permitida durante toda a epoca venat6ria, sem Caca aos pombos prejuizo do disposto no mimero seguinte. 4 - Em terrenos cinegeticos nao ordenados, a caca 1 - A caca ao pombo-da-rocha, ao pombo-bravo e :1 estas especies so pode ser exercirla nos C:1S0S e con­ ao pornbo-torcaz pode ser exercida de saito, a espera dicoes autorizados pelo Ministro da Agricultura, Desen­ e de cetraria. volvimento Rural e Pescas. 2 - 0 exercicio da caca ao pornbo-da-rocha, ao porn­ bo-bravo e ao pornbo-torcaz pode ser permitido nos meses de Agosto a Fevereiro, inclusive, sem prejuizo CAPITULO VII do disposto nos mimeros seguintes. 3 - E permitida a utilizacao de negacas na caca aos Especies cinegetlcas em cativeiro pombos. 4 - Em terrenos cinegeticos nao ordenados, a caca Artigo 107.0 a estas especies nos meses de Agosto, Setembro, Janeiro e Fevereiro s6 e permitida de espera e de cetraria e Especies cinegeticas em cativeiro apenas nos locais e nas condicoes estabelecidos por edi­ tal da DGRF. 1 - A reproducao, criacao e detencao de especles cinegeticas em cativeiro pode ser autorizada para fins 5 - Nos meses de Agosto e Setembro e proibido 0 exercicio da caca a estas especies a menos de 100 m de repovoamento, utilizacao em campos de treino, pro­ de pontos de agua acessfveis afauna e de locais artificiais ducao de reprodutores, consumo alimentar, producao de alimentacao. de peles ou fins cientificos, didacticos, recreativos e de 6 - 0 exercicio da caca ao pombo-da-rocha s6 eper­ coleccao. mitido nos municipios definidos em portaria do Ministro 2 - S6 epermitida a reproducao, criacao e detencao da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas. em cativeiro das especies cinegeticas e subespecies iden­ tificadas em portaria do Ministro da Agricultura, Desen­ volvimento Rural e Pescas, que estabelece os fins a que Artigo 104.0 se destina cada especie e, ainda, as condicoes de

Cncu nos tordos, no melro e no estorninho-mnlhndo autorizacao. 3 - A reproducao, a criacao e a detencao de especies 1 - A caca aos tordos, ao melro e ao estorninho­ cinegeticas em cativeiro dependem de autorizacao -rnalhado pode ser exercida de saito, a espera e de expressa da DGRF, ap6s parecer favoravel da Direc­ cetraria. gao-Geral da Veterinaria sobre os aspectos sanitarios, 2 - 0 exercicio da caca a estas especies pode ser com excepcao do pombo, e ainda a reproducao de coe­ permitido nos meses de Outubro a Fevereiro, inclusive, lho-bravo de populacoes locais em zonas de caca com sem prejuizo do disposto no mimero seguinte. o fim exclusivo de proceder ao respectivo repovoamento. 3 - Em terrenos cinegeticos nao ordenados, nos 4 - A DGRF pode ainda autorizar a detencao de meses de Janeiro e Fevereiro, a caca a estas especies especies cinegeticas em centros de recuperacao de s6 epermitida aespera e de cetraria e apenas nos locais animais. e nas condicoes estabelecidos por edital da DGRF. 5 - Os alvaras para reproducao, criacao e detencao de especies cinegeticas em cativeiro definem as obri­ gacoes decorrentes da autorizacao e sao validos por Artigo 105.0 cinco anos civis, renovaveis por iguais periodos. Caca ao javali 6 - A reproducao de pombos e de coelho-bravo pre­ vista no n.? 3 nao carece de alvara, devendo ser comu­ 1 - A caca ao javali pode ser exercida a espera, de nicada aDGRF. saito, de aproximacao, de batida, de montaria e com lanca. 2 - Em terrenos cinegeticos nao ordenados, a caca CAPITULO VIII a esta especie s6 pode ser permitida, de batida e de montaria, nos meses de Outubro a Fevereiro, nos locais Detencao, comercio, transporte e nas condicoes estabelecidos por edital da DGRF. e exposicao de especies cinegeticas 3 - Em terrenos cinegeticos ordenados, com excep­ <;ao da caca de saito, de batida e de montaria, que s6 Artigo 108.0 pode ser permitida nos meses de Outubro a Fevereiro, inclusive, a caca ao javali pode ser permitida durante Exemplares mortos toda a epoca venatoria. 1 - S6 e permitida a comercializacao, a detencao, o transporte e a exposicao ao publico para fins de comer­ Artigo 106.0 cializacao de exemplares mortos de especies cinegeticas, Caca ao gamo, ao veado, ao corco e ao mufliio bern como de qualquer parte ou produto obtido a partir dos mesmos, identificados em portaria de Ministro da 1 - A caca ao garno, ao veado, ao coree e ao muflao Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas. pode ser exercida aespera, de aproximacao, de batida, 2 - S6 epermitido 0 transporte, 0 comercio, a ceden­ de montaria e com lanca. cia e a exposicao para venda de exemplares mortos de N° 194-18deAgosto de 2004 DIARIO DA REPUBLICA - I SERIE-A 5337

especies cinegeticas durante os periodos venatorios res­ b) Pela DGRF, quando provenientes de capturas pectivos e nos cinco dias seguintes. de animais silvestres ou de paises cornunitarios. 3 - Exceptua-se do disposto no mirnero anterior:

a) 0 transporte, 0 comercio e a exposicao para Artigo 111.° venda efectuados ao abrigo do Decreto-Lei Impurtacao e exportacao de exemplares vivos n.° 44/96, de 10 de Maio, com as alteracoes que Ihe foram introduzidas pelo Decreto-Lei Depende de autorizacao da DGRF e da Direccao­ n.? 481/99, de 11 de Setembro, bern como de -Geral de Veterinaria, quanta aos aspectos higio-sani­ especies produzidas em cativeiro, desde que tarios, a importacao e a exportacao de exemplares vivos devidamente marcadas; de especies cinegeticas, sem prejuizo do disposto no b) 0 transporte, pelo proprio cacador, de exem­ Decreto-Lei n.? 565/99, de 21 de Dezembro, com as plares mortos de especies cinegeticas em paises alteracoes que Ihe foram introduzidas pelo Decreto-Lei cornunitarios ou em paises terceiros, quando n.° 205/2003, de 12 de Seternbro. acompanhados de documento comprovativo da sua origem. Artigo 112.° 4 - Os exemplares mortos no exercicio da caca Marcacao de exemplares vivos podem estar sujeitos a marcacao, nos termos a definir A marcacao de exemplares de especies cinegeticas em portaria do Ministro da Agricultura, Desenvolvi­ prevista no presente diploma e efectuada pela DGRF mento Rural e Pescas. 5 - Os quantitativos de exernplares de especies cine­ ou pelas entidades por esta autorizadas. geticas a transportar diariamente por cada cacador durante os respectivos periodos venatorios nao podem CAPITULO IX ser superiores aos limites diaries de abate fixados na portaria a que se relere u u.? 2 du artigu 3.° Correccao da densldade dus animals prejudlclals 6 - 0 disposto no mirnero anterior nao se aplica it caca, pesca e agricultura quando, nos termos do artigo 89.°, ocorram dias de caca consecutivos, em que e permitido 0 transporte de quan­ Artigo 113.° titativos de exernplares de especies cinegeticas corres­ Correccao da densidade das especies cinegeticas pondentes ao somatorio dos limites diaries de abate permitidos para essas especies. 1 - As populacoes de especies cinegeticas podem, 7 - Os exemplares abatidos em dias diferentes dos fora das condicoes regulamentares do exercicio da caca, permitidos nu terreno nao ordenado uu em quantidades ser objecto de accoes de correccao quando tal seja neces­ superiores as permitidas naqueles terrenos devem ser sario para prevenir ou minimizar a ocorrencia de danos acompanhados de guia de transporte emitida pela enti­ na fauna, na flora, nas pescas, nas florestas, na agri­ dade gestora da zona de caca ou do campo de treino cultura e na pecuaria ou ainda para a proteccao da de caca. saude e seguran<;a publicas. Artigo 109.° 2 - As accoes de correccao carecem de autorizacao daDGRF. Exemplares naturalizados e trofeus 3 - A DGRF dispoe de urn prazo de cinco dias para 1 - A avaliacao e classificacao de trofeus de caca decidir 0 pedido de autorizacao da realizacao das accoes maior compete a uma comissao nacional de homolo­ de correccao, findo 0 qual se considera deferida a gacao de trofeus nomeada pelo Ministro da Agricultura, autorizacao. Desenvolvimento Rural e Pescas. 4 - 0 prazo referido no mirnero anterior e de 10 2 - A DGRF organiza e mantern urn cadastro nacio­ dias quando as accoes de correccao sao em areas nal de trofeus de caca maior. classificadas. 3 - A formacao e 0 funcionamento da comissao refe­ 5 - As accoes de correccao sao efectuadas pelos inte­ rida no n.° 1 podem ser assegurados por OSC, em termos ressados, associacoes de cacadores ou outras entidades. a regulamentar por despacho do Ministro da Agricul­ 6 - A entidade que realiza a accao de correccao tura, Desenvolvimento Rural e Pescas. comunica a DGRF, no prazo de 30 dias contado do termo da accao, 0 resultado desta. Artigo 110.° 7 - As accoes de correccao para prevenir ou mini­ mizar danos na fauna revestem-se de caracter excep­ Exemplares vivos ciona!. 1 - A detencao, 0 comercio, a cedencia a titulo gra­ tuito, 0 transporte e a exposicao de exemplares vivos Artigo 114.° de especies cinegeticas e seus produtos so sao permitidos desde que autorizados nas condicoes constantes dos n.os Responsabilidade por prejuizos 2 e 3 do artigo 4.° ou quando se trate de exemplares 1-As entidades titulares de zonas de caca, de ins­ provenientes de cativeiro. talacoes para a criacao de caca em cativeiro e de campos 2 - 0 transporte de exemplares vivos de especies de treino de caca sao obrigadas a indemnizar os danos cinegeticas ou dos seus produtos deve ser acompanhado que, por efeitos da sua actividade, forem causados nos de certificado sanitario e guia de transporte de modelo terrenos vizinhos enos proprios terrenos. da DGRF emitida: 2 - Nas areas de direito a nao caca, a responsabi­ a) Pela entidade detentora de alvara, quando pro­ lidade por prejuizos causados pelas especies cinegeticas venientes de estabelecimentos de reproducao, nos terrenos vizinhos enos proprios e dos titulares do criacao e detencao em cativeiro; direito, podendo a DGRF ou entidade por ela auto- 5338 DIARIO DA REPUBLICA - I SERIE-A N. a 194 - 18de Agosto de 2004

rizada proceder ao seu controlo, a pedido e a expensas Artigo 118.° do requerente. Zonas de caca 3 - A obrigacao de indemnizacao referida no n.? 1 do presente artigo nao existe nas situacoes em que os 1 - A criacao de zonas de caca, a anexacao e desa­ danos nao se teriam verificado caso tivessem sido auto­ nexacao de terrenos, bern como a sua renovacao, revo­ rizadas pelas autoridades competentes as medidas cor­ gacao e mudanca de concessionario, sao efectuadas por rectivas requeridas pelas entidades em causa. portaria dos Ministros da Agricultura, Desenvolvimento 4 - As indemnizacoes previstas nos mimeros ante­ Rural e Pescas e das Cidades, Ordenamento do Ter­ rimes podem ser fixadas pm tribunal arhitra L ritorio e Amhiente. 2 - A DGRF deve comunicar ao ICN as inforrnacoes que Ihe forem prestadas nos termos do disposto nas Artigo 115.° almeas [) e i) do artigo 19.° e do n.? 1 do artigo 43.° Responsabilidade do Estado 3 - A criacao e renovacao de ZCT em areas c1as­ sificadas aplica-se 0 disposto no n.? 3 do artigo 30.° 1 - 0 Estado, atraves da DGRF, eobrigado a indern­ nizar os danos causados pelas especies cinegeticas nas Artigo 119.° florestas, na agricultura e na pecuaria, desde que nao tenha autorizado medidas de correccao ou efectuado Terrenos nao cinegeticos directamente as mesmas. Constituem zonas interditas acaca: 2 - As entidades que tenham sido autorizadas a pro­ ceder as accoes de correccao nao tern direito a receber a) Reservas integrais constituidas em areas pro­ indemnizacoes pelos prejuizos causados por especies tegidas; cinegeticas. b) Os locais definidos em portaria dos Ministros 3 - Nao ha tambern lugar a indemnizacao prevista da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas no n." 1 do presente artigo quando, designadamente, e das Cidades, Ordenamento do Territorio e as culturas ou plantacoes prejudicadas nao estiverem Ambiente, ponderados os interesses especfficos devidamente licenciadas. de conservacao da natureza.

Artigo 120.° CAPITULO X Perfudos, processos e condicionantes venat6rios Areas cIassificadas 1 - Por portaria dos Ministros da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas e das Cidades, Orde­ Artigo 116.° namento do Territorio e Ambiente pode ser fixado urn calendario venatorio proprio para as areas classificadas. Ordenamento e exploracao dos recurs os cinegeticos 2 - A caca ao coelho-bravo no mes de Julho e a o regime jurfdico a que devem obedecer 0 ordena­ caca pelo processo com furao carece de parecer do ICN, mento e a exploracao cinegetica nas areas classificadas a emitir no prazo de cinco dias, findo 0 qual pode 0 eestabelecido por portaria dos Ministros da Agricultura, procedimento prosseguir e vir a ser decidido sem 0 Desenvolvimento Rural e Pescas e das Cidades, Orde­ parecer. namento do Territorio e Ambiente. 3 - A caca ao veado, gamo, coree e muflao em ter­ renos cinegeticos nao ordenados depende de autoriza­ cao conjunta dos Ministerios da Agricultura, Desenvol­ Artigo 117.° vimento Rural e Pescas e das Cidades, Ordenamento do Territorio e Ambiente. Recursos cinegeticos e preservacao da fauna 4 - Os editais previstos na altnea b) do n.° 5 do 1 - Por portaria dos Ministros da Agricultura, artigo 94.°, n.? 4 do artigo 96.°, n.? 4 do artigo 97.°, Desenvolvimento Rural e Pescas e das Cidades, Orde­ n.? 3 do artigo 98.°, n.? 3 do artigo 99.°, n.? 3 do namento do Territorio e Ambiente, pode ser interdito artigo 100.°, n.? 3 do artigo 101.°, n.? 3 do artigo 102.°, o exercicio da caca a determinadas especies cinegeticas. n.? 4 do artigo 103.°, n.? 3 do artigo 104.° e n.? 2 do 2 - As autorizacoes previstas no artigo 4.° relativas artigo 105.° carecem de parecer do ICN, no prazo de a areas c1assificadas dependent de parecer do ICN. 10 dias, findo 0 qual pode 0 procedimento prosseguir 3 - A aprovacao dos PAE referidos na alfnea c) do e vir a ser decidido sem 0 parecer. artigo 19.° carece de parecer do ICN, a emitir no prazo 5 - As autorizacoes previstas no n.? 2 do artigo 113.° de 15 dias, findo 0 qual pode 0 procedimento prosseguir carecem de parecer do ICN, que tern urn prazo de cinco e vir a ser decidido sem 0 parecer. dias para a sua ernissao, findo 0 qual pode 0 proce­ 4 - 0 ICN pode solicitar aDGRF, por oficio, infor­ dimento prosseguir e vir a ser decidido sem 0 parecer. macoes e documentos em falta ou adicionais, suspen­ 6 - A realizacao de montarias e batidas a especies dendo-se a contagem do prazo previsto no mirnero ante­ de caca maior carecem de comunicacao ao ICN. rior, por uma unica vez, no perfodo de tempo que se verifique entre a entrada do primeiro offcio na DGRF Artigo 121.° e a entrada do offcio de resposta da DGRF aquele no Correccao de animais prejudiciais acaca, ICN. pesca e agricultura 5 - Os pianos referidos nos n.os 3 e 4 do artigo 8.° sao elaborados pela DGRF em conjunto com 0 ICN. 1 - As accoes de correccao da densidade das especies 6 - Nas areas classificadas os pianos de exploracao cinegeticas previstas no artigo 113.° carecem de parecer sao anuais. do ICN a emitir no prazo de 10 dias, findo 0 qual pode N° 194-18deAgosto de 2004 DIARIO DA REPUBLICA - I SERIE-A 5339

o procedimento prosseguir e vir a ser decidido sem 0 Artigo 126.0 parecer. Autos de noticia 2 - 0 ICN pode efectuar accoes de correccao. 3 - A responsabilidade pelo pagamento da indem­ 1 - Os autos de noticia sao levantados nos termos nizacao prevista no n.? 1 do artigo 115.0 compete ao previstos no C6digo de Processo Penal, acrescendo as ICN sempre que 0 indeferimento do pedido de auto­ seguintes mencoes: rizacao resulte de parecer desfavoravel emitido nos ter­ a) Numero e data da carta de cacador ou da licenca mos do n.? 1 do presente artigo. para nao residentes; b) Preceito legal violado; Artigo 122.0 c) Especies e mimero de exemplares cacados ou Receitas destruidos e 0 processo usado; d) Meios e instrumentos utilizados na pratica da Constitui receita do ICN uma percentagem das recei­ infraccao ou abandonados pelo infractor; tas provenientes das taxas cobradas pela concessao e e) Danos causados, 0 seu valor provavel e a iden­ manutencao de zonas de caca nas areas classificadas tificacao dos lesados e dos predios ou coisas e do montante liquido das licencas de caca cobradas, danificados; em percentagem equivalente a superficie das areas clas­ f) Apreensoes efectuadas. sificadas onde e permitido 0 exercicio da caca, a fixar por portaria dos Ministros da Agricultura, Desenvol­ 2 - Nos autos de noticia levantados pelos agentes vimento Rural e Pescas e das Cidades, Ordenamento de autoridade referidos no n.? 1 do artigo anterior do do Territ6rio e Ambiente. presente diploma, por contra-ordenacoes que tenham presenciado em materia de caca, e dispensada a indi­ cacao de testemunhas sempre que as circunstancias do CAPITULO XI facto a tornem impossivel, sem prejuizo de faze rem fe Regime sancionat6rio ate prova em contrario.

SEc<;;AoI Artigo 127.0 Disposi~iies gerais Envio dos autos de noticia

1 - Levantado 0 auto de noticia, caso se trate de 0 Artigo 123. contra-ordenacao, os dois exemplares sao remetidos a Infraccues de caca DGRF, acompanhados da carta de cacador ou da licenca especial para nao residentes. 1 - Constitui infraccao de caca todo 0 facto punivel 2 - Caso se trate de crime, urn dos exemplares e que seja praticado com violacao das normas legais em remetido ao tribunal competente para conhecer da materia de caca, infraccao, sendo 0 outro remetido a DGRF, acompa­ 2 - As infraccoes de caca sao crimes ou contra­ nhado da carta de cacador ou da licenca especial para -ordenacoes. nao residentes. seccxo II SEcc,:;AoII Conhecimento da infrac~ao de caca Apreensiies e destino dos bens apreendidos

Artigo 124.0 Artigo 128.0 Partlcipacao Apreensao de objectos e documentos Os agentes de autoridade competentes para 0 poli­ 1 - Os agentes de autoridade sempre que presen­ ciamento e fiscalizacao da caca que tiverem conheci­ ciarem a pratica de urn facto punivel procedem a apreen­ mento da pratica de qualquer infraccao em materia de sao da carta de cacador do infractor, da licenca de caca caca que nao tenham presenciado devem efectuar a com­ para nao residentes, quando for caso disso, e procedem petente participacao e envia-la as entidades competentes a ernissao da respectiva guia, nos termos da Portaria para 0 respectivo procedimento criminal ou contra­ n.? 1239/93, de 4 de Dezembro. -ordenacional. 2 - Os agentes de autoridade procedem, ainda, a apreensao de todos os objectos que tiverem servido ou Artigo 125.0 estivessem destinados a pratica de infraccao de caca, ou que constituam seu produto, e de todos os objectos Levantamento dos autos de noticia que tiverem sido deixados pelo agente no local da infrac­ 1 - 0 levantamento de autos de noticia compete aos cao e quaisquer outros susceptiveis de servir de prova. agentes de autoridade que realizam 0 policiamento e a fiscalizacao da caca, sem prejufzo das competencias Artigo 129.0 das demais autoridades judiciarias, administrativas e Apreensao e devolucao de objectos policiais. 2 - Os autos de noticia sao emitidos em duplicado. 1 - Podem ser provisoriamente apreendidos pelas 3 - 0 autuante, no momenta do levantamento do autoridades policiais ou administrativas competentes os auto de noticia, deve notificar 0 arguido, com a indicacao objectos que serviram ou estavam destinados a servir do preceito legal violado pela sua conduta e da sancao para a pratica de infraccao de caca e quaisquer outros aplicavel, que forem susceptiveis de servir de prova. 5340 DIARIO DA REPUBLICA - I SERIE-A N. a 194 - 18de Agosto de 2004

2 - Os objectos sao restituidos logo que se tornar 2 - As testemunhas arroladas pelo arguido sao noti­ desnecessario manter a apreensao para efeitos de prova, ficadas pel a entidade a qual for confiada a instrucao. a menos que possam ser declarados perdidos a favor 3 - 0 arguido pode proceder a substituicao das tes­ do Estado. temunhas ate ao dia designado para a sua audicao, 3 - Os objectos apreendidos sao restituidos logo que devendo, neste caso, por ele ser apresentadas. a decisao se tome definitiva e os mesmos nao tenham sido declarados perdidos. Decisao 4 - Consideram-se perdidos a favor do Estado os objectos CIne renharn sido aprccndidos e CIne :1pOS nori­ Artigo 134.0 ficacao aos interessados a ordenar a sua entrega nao Proposta de decisao tenham sido reclamados no prazo de dois meses. 5 - Os bens e produtos resultantes da infraccao de Finda a instrucao do processo, 0 instrutor elabora, caca perdidos a favor do Estado revertem para a DGRF, no prazo de 20 dias, proposta de decisao, devidamente que Ihes da 0 destino que julgar adequado. fundamentada, em relatorio, donde constem os elemen­ tos previstos no artigo 58. 0 do Decreto-Lei n.? 433/82,

0 de 27 de Outubro, na ultima redaccao que Ihe foi con­ Artigo 130. ferida pela Lei n.? 109/2001, de 24 de Dezembro. Apreensau de animais 1 - Os exemplares de animais mortos apreendidos Artigo 135.0 e susceptiveis de consumo publico sao entregues a ins­ Decisao tituicoes de solidariedade social da area onde a infraccao foi cometida. 1 - Compete ao director-geral de Recursos Flores­ 2 - Os exemplares vivos de especies cinegeticas ili­ tais aplicar as coimas e as sancoes acessorias. citamente capturados em zonas de caca sao entregues 2 - A cornpetencia prevista no mirnero anterior pode as autoridades que administram essas zonas, salvo se ser delegada em funcionario com categoria nao inferior Ihes for imputavel total ou parcialmente a pratica da a director de services ou equiparado e, no casu das infraccao. areas classificadas, no presidente do ICN. 3 - Verificando-se a excepcao prevista na ultima parte do mimero anterior e, bern assim, quando a infrac­ Pagamento cao haja sido cometida fora de zonas de caca, os exem­ 0 plares capturados sao entregues a DGRF. Artigo 136. 4 - Os exernplares vivos de especies cinegeticas deti­ Pagamentn voluntario dos indevidamente e perdidos a favor do Estado sao infractor tern a possibilidade de efectuar 0 paga­ pertenca da DGRF, que Ihes da 0 destino adequado. o mento voluntario da coima, nos termos do artigo 36.0 da Lei n.? 173/99, de 21 de Setembro. SEc<;Ao II Processos de contra-erdenacao SEc<;Ao III Contra-ordena~iies Artigo 131.0 Instrucao Artigo 137.0 1 - A instrucao dos processos de contra-ordenacao Contra-ordenacoes e coimas compete aDGRF e au ICN relativamente a Iactos pra­ 1 - Constituem contra-ordenacoes de caca: ticados nas areas classificadas. 2 - A instrucao de processos de contra-ordenacao a) 0 exercicio da caca sem licenca de caca valida, nao pode ser atribuida ao autuante ou ao participante. em violacao do disposto no artigo 63.0 e na ali­ nea b) do n.? 1 do arligo 65. 0 do presente diploma; Artigo 132.0 b) 0 exercicio da caca em local que nao seja Prazo permitido; c) Efectuar repovoamentos fora das condicoes pre­ 1 - 0 prazo para a instrucao e de 60 dias. 0 vistas no n.? 1 do artigo 5. ; 2 - Se por fundadas razoes a entidade que dirigir d) A violacao dos criterios de proporcionalidade a instrucao nao a puder completar no prazo indicado no acesso dos cacadores as ZCN e ZCM fixados no nurnero anterior solicita a sua prorrogacao aentidade nas respectivas portarias de constituicao de que ordenou a instrucao pelo prazo indispensavel a sua ZCM e nas portarias de transferencia de gestae conclusao. deZCN; Artigo 133.0 e) 0 nao cumprimento pelas respectivas entidades Notificacao e defesa do arguido gestoras de ZCN e ZCM das obrigacoes cons­ 0 tantes nas alfneasj) e i) do artigo 19. ; 1 - Recebido 0 auto de noticia ou participacao, 0 j) 0 nao cumprimento pelas respectivas entidades arguido deve ser notificado para, no prazo de 15 dias, gestoras de ZCN e ZCM das obrigacoes cons­ apresentar resposta escrita, arrolar testemunhas, juntar tantes nas almeas b), d), g), e h) do artigo 19.0 0 documentos, requerer quaisquer meios de prova ou com­ e no n.? 2 do artigo 25. ; parecer em dia determinado, a fim de prestar depoi­ g) A exigencia de quaisquer contrapartidas, por mento. parte das ZCA, a cacadores nao socios pelo N° 194-18deAgosto de 2004 DIARIO DA REPUBLICA - I SERIE-A 5341

exercicio da caca ou de actividades de caracter hh) A reproducao, criacao e detencao de especies venat6rio; cinegeticas em cativeiro, quando nao autori­ h) A infraccao ao disposto na alfnea a) do zadas; artigo 19.° e na altnea a) do n.? 1 do artigo 42.°; ii) A detencao de especies cinegeticas em centros i) 0 nao cumprimento pelos titulares de zonas de de recuperacao de animais, quando nao auto­ caca do disposto nas almeas b), c) e f) do n.° 1 rizada; do artigo 42.° e no n.° 3 do artigo 43.°; jj) A reproducao, criacao e detencao em cativeiro j) 0 nao cumprimento pelos titulares de zonas de de perdizes que nao sejam das especiesAlectoris caca do disposto na alinea e) do n.? 1 enos rufa; n.os 2, 3 e 5 do artigo 42.°; ll) 0 nao cumprimento das obrigacoes definidas I) 0 nao cumprimento pelos titulares de zonas de no respectivo alvara de reproducao, criacao e caca do disposto na alinea g) do n.? 1 do detencao de especies cinegeticas em cativeiro; artigo 42.°; mm) A infraccao ao disposto nos n.os 1 e 2 do m) Nao cumprimento pelas respectivas entidades artigo 108.°; gestoras de ZCN e ZCM das obrigacoes cons­ nn) A nao marcacao dos exemplares mortos no exer­ tantes da alfnea c) do artigo 19.°; cicio da caca quando a mesma seja exigida nos n) A pratica de actividades de caracter venat6rio termos do n.° 4 do artigo 108.°; previstas no n.? 1 do artigo 55.° fora de campos 00) Deter ou transportar quantitativos de exempla­ de treino de caca; res mortos de especies cinegeticas superiores 0) A infraccao ao disposto nos n.os 8 e 9 do aos definidos nos termos do n.° 5 do artigo 108.° artigo 55.°; e bern assim a detencao, no exercicio da caca, p) A infraccao ao disposto no n." 4 do artigo 64.°; de pombos, tordos e estorninhos malhad os, q) A infraccao ao disposto no n.? 1 do artigo 65.°; depois de finda a jornada de caca a estas r) 0 exercicio da caca no periodo estabelecido especies; para a renovacao excepcional da carta de caca­ pp) A infraccao ao disposto no n.° 7 do artigo 108.°; dor, definido no n.° 3 do artigo 71.° e antes qq) A comercializacao, a detencao, 0 transporte e que opere a respectiva caducidade; a exposicao ao publico para fins de comercia­ s) 0 transporte de armas de fogo e de aves de lizacao de exernplares mortos de especies cine­ presa, por parte dos secretaries ou mochileiros, geticas, bern como qualquer parte ou produto fora das condicoes previstas no n.? 1 do obtido a partir dos mesmos fora das condicoes artigo 77.°; estabelecidas nos termos do n.° 1 do artigo 108.°; t) A infraccao ao disposto nos n.O S 3 e 4 do rr) A infraccao ao disposto no artigo 110.°; artigo 77.°; ss) A infraccao ao disposto no artigo 111.°; u) A infraccao ao disposto nas alineas a) a c) do n.? 3 do artigo 79.° e nas almeas a) a c) do tt) A infraccao ao disposto no n.° 6 do artigo 113.° n.° 1 do artigo 80.°; v) A infraccao ao disposto no n.? 5 do artigo 79.° 2 - As contra-ordenacoes previstas no mimero ante­ e no n.° 2 do artigo 80.°; rior sao punidas com as seguintes coimas: x) A infraccao ao disposto no n.? 2 do artigo 83.°, no n.° 7 do artigo 84.° e n.° 3 do artigo 85.°; a) De € 50 a € 500, no caso das almeas e), j), p), z) A utilizacao, no exercicio venat6rio, de caes em q), r), s), t), x), z), cc), ii), nn) e tt); mirnero superior ao previsto nos n.O S 1 e 3 do b) De € 100 a € 1000, no caso das almeas h), v), artigo 84.°; oo)epp); aa) A infraccao ao disposto no n.° 2 do artigo 87.°; c) De € 100 a € 3700, no caso da alinea hh); bb) A infraccao ao disposto no n.° 4 do artigo 89.°; d) De € 250 a € 1850, no caso das almeas g), I), cc) A formacao nos terrenos cinegeticos ordenados, dd) e ee); no processo de caca de saito, de grupos ou linhas e) De € 300 a € 2500, no caso das alineas d), m), com mais de cinco cacadorcs c bcm assim a n), u), aa), ll)' mm), qq) e 11"); distancia entre grupos ou linhas de menos f) De € 500 a € 3700, no caso das almeas a), b), de 150 m; c), f), i), 0), bb),jf), gg),jj) e ss). dd) A infraccao ao disposto no n." 3 do artigo 90.°; ee) A infraccao ao disposto no n." 4 do artigo 90.°, 3 - No caso de se tratar de pessoas colectivas, 0 mon­ no n.° 4 do artigo 101.0, no n.° 5 do artigo 103.°, tante maximo das coimas definidas nas alineas a), b), no n.? 2 do artigo 77.° e no n.? 1 do artigo 85.°; c), d) e e) do mimero anterior ede € 22400. jf) A caca fora dos locais e sem observancia das 4 - A tentativa e a negligencia sao puniveis. condicoes estabelecidas no respectivo edital da DGRF, nos termos da alinea b) do n.? 5 do artigo 94.°, no n.° 4 do artigo 96.°, no n.° 4 Artigo 138.° do artigo 97.°, no n.? 3 do artigo 98.°, no n.? 3 ll ll do artigo 99. , no n." 3 do artigo 100. , no n." 3 Sancoes acess6rias do artigo 101.0, no n.° 3 do artigo 102.°, no n.? 4 do artigo 103.°, no n.? 3 do artigo 104.° Cumulativamente com as contra-ordenacoes previstas e no n.? 2 do artigo 105.°, sem prejuizo da apli­ nas almeas a), b), c), r), t), u), ee), jf), hh), mm), nn), cacao ao caso de outra sancao; pp), qq), rr) e ss) podem ser aplicadas, em funcao da gg) A nao observancia das condicoes previstas nas gravidade da infraccao e da culpa do agente, as sancoes autorizacoes a que se refere 0 n.? 4 do acess6rias previstas no artigo 35.° da Lei n.° 173/99, artigo 106.°; de 21 de Setembro. 5342 DIARIO DA REPUBLICA - I SERIE-A N. a 194 - 18de Agosto de 2004

Artigo 139. 0 2 - Os concessionarios de zonas de caca podem pro­ Aplicacau e destino das coimas por a DGRF a norneacao de guardas florestais auxiliares, com funcoes de fiscalizacao da actividade cinegetica. o produto das coimas e distribuido da seguinte forma: a) 10% para a cntidadc autuantc; Artigo 145.0 b) 20 % para a entidade que instrui 0 processo; Subordinacao juridica dos guardas tlorestais auxiliares c) 10% para a entidade que aplica a coima; d) 60 % para 0 Estado. 1 - Os guardas florestais auxiliares ficam submetidos a uma relacao juridica de emprego privado com as enti­ Artigo 140. 0 dades concessionarias de zonas de caca. 2 - Os guardas florestais auxiliares exercem funcoes Actualizaca» das coimas de policia e, relativamente a estas, dependem hierar­ Sern prejuizo dos Iimites maximos previstos no quica e disciplinarmente do director-geral dos Recursos Regime Geral das Contra-Ordenacoes e Coimas e na Florestais. Lei de Bases Gerais da Caca, os quantitativos das coimas previstos neste diploma serao actualizados automatica­ Artigo 146. 0 mente de acordo com as percentagens de aumento da rernuneracao minima nacional mais elevada, arredon­ Competencias dos guardas tlorestais auxiliares dando-se 0 resultado obtido para a unidade de euro 1 - Os guardas florestais auxiliares contratados para imediatamente superior. fiscalizacao das zonas de caca tern cornpetencia para o policiamento e fiscalizacao das zonas de caca. Artigo 141. 0 2 - Os guardas fiscais auxiliares participam a DGRF Regime subsldlarto todas as infraccoes que tenham presenciado ou de que tomem conhecimento. Em tudo 0 que nao for contrario ao presente diploma 3 - 0 guarda florestal auxiliar, no exercicio da sua aplica-se subsidiariamente as normas do Regime Geral competencia para fiscalizar a caca, tern competencia das Contra-Ordenacoes e Coimas. para: a) Verificar a posse, pelos que exercam a caca, CAPITULO XIII da carta de cacador e das respectivas licencas de caca; Administracao e flscalizacao da ca~a b) Verificar a identidade e 0 conteudo do equi­ pamento dos que cometam qualquer infraccao Artigo 142. 0 relativa a disposicoes sobre caca ou sejam sus­ peitos da sua pratica; Regifies cinegeticas c) Tomar as medidas cautelares necessarias a pre­ Para efeitos de organizacao e adrninistracao da caca servacao de vestigios das infraccoes, bern como o Pais considera-se dividido em cinco regioes cinegeticas relativamente a objectos susceptiveis de apreen­ conforme definido no anexo II ao presente diploma e sao; que dele faz parte integrante. d) Ordenar aos cacadores que descarreguem as armas, as coloquem no chao e se afastem 10 m Artigo 143. 0 do local on de a arma fica colocada, ordem que Ihes e transmitida levantando 0 brace estendido Fiscalizacau da caca na vertical e efectuando, tres vezes seguidas, 1-0 policiamento e a fiscalizacao da caca com­ o levantamento do brace e 0 seu abaixamento petem ao Corpo Nacional da Guarda Florestal, a Guarda lateral, ate 0 juntar ao corpo num movimento Nacional Republicana, a Policia de Seguranca Publica, lento e cadenciado. aos guardas florestais auxiliares, a Policia Maritima, a policia municipal e aos vigilantes da natureza, nos ter­ 4 - A accao fiscalizadora dos guardas florestais auxi­ mos das suas competencias, bern como as autoridades liares e exercida numa ou mais zonas de caca. a quem venham a ser atribuidas essas cornpetencias.

2 - Os agentes de autoridade aos quais compete 0 LJ policiamento e fiscalizacao da caca nao podem cacar Artigo 14/. durante 0 exercicio das suas funcoes. Cumpetencias dos services do Ministerio da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas Artigo 144.0 1 - Compete ao Ministerio da Agricultura, Desen­ Recrutamento e nomeacao de guardas tlorestais auxiliares volvimento Rural e Pescas, pel a DGRF, a prossecucao das atribuicoes e 0 exercicio das competencias previstas 1-0 recrutamento dos guardas florestais auxiliares no artigo 39. 0 da Lei n.? 173/99, de 21 de Setembro. obedece aos requisites Iixados na lei geml para os guar­ 2 - Compete aDGRF propor a celebracao de acor­ das florestais, com excepcao de: dos e convencoes internacionais no ambito da conser­ a) Limite de idade maxima; vacao e gestae da fauna cinegetica e do exercicio da b) As habilitacoes literarias, que devem correspon­ caca, bern como participar nas actividades dos organis­ der no minima a escolaridade obrigat6ria, se mos internacionais relativas aquelas materias. nao forem detentores de tres anos de exercicio 3 - Compete a DGRF promover accoes de formacao de funcoes semelhantes reconhecidas pela para os guardas florestais e guardas florestais auxiliares, DGRF. bern como promover ou apoiar accoes de formacao a N° 194-18deAgosto de2004 DIARIO DA REPUBLICA - I SERIE-A 5343 levar a efeito pelas forcas policiais com cornpetencia 3 - a reconhecimento das organizacoes representa­ na fiscalizacao da actividade cinegetica. tivas de cacadores e a sua intervencao ao nivel da admi­ 4 - as cursos de formacao para os guardas florestais nistracao da caca sao objecto de diploma pr6prio. auxiliares podem ser organizados pelas federacoes ou confederacoes de cacadores, nos termos a estabelecer, Artigo 150.0 por acordo, com 0 Ministerio da Agricultura, Desen­ volvimento Rural e Pescas. Federacoes e confederacoes de cacadores 5 - Sao encargos da DGRF: 1 - As associacoes de cacadores previstas neste a) As despesas resultantes da execucao deste diploma diploma podem federar-se ou confederar-se a nivcl e demais legislacaorelativa a caca; regional ou nacional nos termos da lei. b) As dotacoes e subsidies eventuais a conceder 2 - As federacoes e confederacoes de cacadores por accoes que tenham por objecto a caca ou compete, no ambito da respectiva area de actuacao: com ela relacionadas, nomeadamente a sua pro­ a) Administrar ou participar na administracao dos teccao, fomento e fiscalizacao; terrenos cinegeticos nos termos deste deere­ c) as prernios a atribuir a agentes de fiscalizacao to-lei; da caca que se revelem particularmente diligen­ h) Propor a atribuicao ou conceder subsidios a tes no desempenho das suas funcoes; associacoes de cacadores ou outras entidades d) A organizacao de missoes de estudo, congress os, individuais ou colectivas que tenham desenvol­ e da representacao nestes, exposicoes, estudos vido actividades relevantes em favor do patri­ e publicacao de trabalhos que tenham por m6nio cinegetico; objecto a caca. c) Cooperar com os services oficiais na apreciacao de projectos, pianos e orcamentos e na reso­ Artigo 148.0 lucao de problemas emergentes da pratica do ordenamento e da aplicacao da lei e seus Receitas regulamentos; d) Contribuir para a formacao dos cacadores por­ 1 - Para fazer face aos encargos e despesas resul­ tugueses, auxiliando nessa funcao as associacoes tantes da execucao da Lei n.? 173/99, de 21 de Setembro, e c1ubes de cacadorcs, nomeadamente na pre­ e do presente diploma sao atribuidas a DGRF, sem paracao dos candidatos a carta de cacador; prejuizo do disposto nos mimeros seguintes, as receitas 0 e) Fomentar nos cacadores 0 espirito associativo; previstas no artigo 41. da referida lei, de acordo com f) Dar pareceres sobre materias que Ihes sejam portaria do Ministro da Agricultura, Desenvolvimento solicitadas, designadamente sobre as propostas Rural e Pescas, e 0 produto das coimas resultantes de quanta a especies, locais e processos de caca contra-ordenacoes de caca, nos termos previstos no 0 para cada epoca venat6ria; artigo 140. do presente diploma. g) Representar os cacadores portugueses a nfvel 2 - 0 disposto no mirnero anterior aplica-se a todos nacional e internacional; os casos de infraccao a lei da caca, excepto quando h) Exercer as competencias que Ihes sejam come­ a aplicacao da coima pertenca em primeira instancia tidas. as entidades judiciais, casu em que Ihes pertence a res­ pectiva receita. 3 - as municipios e as OSC que tenham intervencao Artigo 151.0 no processo de concessao de licencas de caca e de cobranca de quaisquer taxas previstas nas disposicoes Outras urganizacries legais e regulamentares sobre caca ficam autorizadas 1 - As entidades dedicadas aexploracao econ6mica a arrecadar 30% das taxas referidas como contrapartida dos recursos cinegeticos, previstas no presente diploma, dos services prestados. designadamente as entidades concessionarias de zonas de caC;a, turfstica, podem associar-se nos termos da lei. 2 - As organizacoes representantes das entidades CAPITULO XIV referidas no mirnero anterior compete, no ambito da Organizacao venat6ria respectiva area de actuacao: u) Adrniuistrar uu participar na admiuistracao dos Artigo 149.0 terrenos cinegeticos nos termos deste deere­ to-lei; Organizacao venat6ria b) Propor a atribuicao ou conceder subsidies a 1 - a associativismo dos cacadores elivre e as asso­ entidades individuais ou colectivas que tenham ciacoes e os clubes constituem-se nos termos da lei. desenvolvido actividades relevantes em favor do 2 - As associacoes e clubes de cacadores que tenham patrim6nio cinegetico; como objective gerir zonas de caca associativa ou par­ c) Cooperar com os services oficiais na apreciacao ticipar na gestae de zonas de caca nacionais ou muni­ de projectos, pianos e orcamentos e na reso­ cipais deverao prosseguir, designadamente, os seguintes lucao de problemas emergentes da pratica do fins: ordenamento e da aplicacao da lei e seus regulamentos; a) Contribuir para 0 fomento dos recursos cine­ d) Contribuir para a formacao dos gestores e enti­ geticos e para a pratica ordenada e melhoria dades concessionarias das zonas de caca; do exercicio da caca; e) Fomentar nos gestores e entidades concessio­ b) Zelar pelas normas legais sobre a caca. narias de zonas de caca 0 espirito associativo; 5344 DIARIO DA REPUBLICA - I SERIE-A N. a 194 - 18de Agosto de 2004

f) Dar pareceres sobre materias que Ihes sejam selhos cinegeticos municipais, circunscrevern-se a area solicitadas, designadamente sobre as propostas do concelho e sao presididos pelo presidente da res­ quanta a especies, locais e processos de caca pectiva camara municipal. para cada epoca venatoria; 2 - as conselhos cinegeticos municipais sao cons­ R") Representar as entidades que se dedicam a tituidos pelos seguintes vogais: exploracao comercial dos recursos cinegeticos a nivel nacional e internacional. a) Tres representantes dos cacadores do concelho; b) Dois representantes dos agricultores do con­ celho; CAPITULO XV c) Urn represeutante lias ZCT do coucelho; d) Urn representante das associacoes de defesa do Participacao da sociedade civil ambiente existentes no concelho; Urn autarca de freguesia a eleger em assembleia 0 e) Artigo 152. municipal; Partlcipacao da sociedade civil 1) Urn representante da DGRF sem direito a voto; g) Urn representante do ICN, no casu da area do 1 - A participacao da sociedade civil na politica cine­ municipio abranger areas classificadas, sem getica efectiva-se no Conselho Nacional da Caca e da direito a VOIO. Conservacao da Fauna enos conselhos cinegeticos e da conservacao da fauna. 3 - A composicao de cada conselho efixada por des­ 2 - Na constituicao dos orgaos referidos no mirnero pacho do Ministro da Agricultura, Desenvolvimento anterior e dada preferencia as associacoes cuja area de Rural e Pescas. accao mais se aproxime do ambito territorial de cada 4 - A duracao do mandato dos membros destes con­ urn desses orgaos, selhos de quatro anos. 3 - A representatividade das associacoes de cacado­ e res, de agricultores e outras entidades colectivas obedece aos principios gerais inscritos na lei. Artigo 158.0 Cumpetencias Artigo 153.0 No desernpenho das SlI:1S ::Jtrihllic;oes, :10S conselhos Conselho Nacional da Caca e da Conservacao da Fauna cinegeticos municipais compete, no que respeita a sua area geografica, nomeadamente, 0 seguinte: a Conselho Nacional da Caca e da Conservacao da Fauna epresidido pelo Ministro da Agricultura, Desen­ a) Propor a administracao as medidas que con­ volvimento Rural e Pescas e a sua cornposicao e definida siderem uteis agestao e exploracao dos recursos de acordo com os criterios fixados na lei. cinegeticos; b) Propiciar que 0 fomento cinegetico e 0 exercicio Artigo 154.0 da caca, bern como a conservacao da fauna, con­ tribuam para 0 desenvolvimento local, nornea­ Funcionamento damente para a melhoria da qualidade de vida a Ministro da Agricuitura, Desenvolvimento Rural das populacoes rurais; e Pescas pode convidar para participarem nas reunioes c) Apoiar a Administracao na fiscalizacao das nor­ do Conselho Nacional da Caca e da Conservacao da mas legais sobre a caca e na definicao de medi­ Fauna representantes de services publicos ou pessoas das tendentes a evitar danos causados pela caca de reconhecida cornpetencia sobre as materias a apre­ a agricuitura; ciar. d) Emitir parecer, no prazo de 15 dias, sobre a concessao de ZCA e ZCT, a criacao e trans­ ferencia de ZCN e ZCM, bern como sobre a Artigo 155.0 anexacao de predios nisticos a zonas de caca Cumpetencias e, ainda, sobre a transferencia de gestae de ter­ renos cinegeticos nao ordenados e suas reno­ a Conselho Nacional da Caca e da Conservacao da vacoes, findo 0 qual pode 0 procedimento pros­ Fauna tern funcoes consuitivas do Ministro da Agri­ cultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, no que se seguir e vir a ser decidido sem 0 parecer; refere a todos os assuntos de caractcr cincgctico sobre e) Emitir parecer sobre as prioridades e limitacoes dos diversos tipos de zona de caca; que 0 Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas entenda consulta-lo. 1) Facilitar e estimular a cooperacao entre os orga­ nismos cujas accoes interfiram com 0 ordena­ mento dos recursos cinegeticos, Artigo 156.° Conselhos cinegeticos e da conservacao da fauna CAPITULO XVI as conselhos cinegeticos e da conservacao da fauna sao orgaos consultivos que se constituem a nivel muni­ Taxas cipal. Artigo 159.0 Artigo 157.0 Cobranca de taxas Conselhos ctnegeucos e da conservacao da fauna municipais 1 - Sao devidas taxas nos seguintes casos: 1 - as conselhos cinegeticos e da conservacao da a) Concessao de zonas de caca, cujo montante e fauna municipais, designados, abreviadamente, por con- reduzido para metade, no casu das ZCA; N° 194-18deAgosto de2004 DIARIO DA REPUBLICA - I SERIE-A 5345

b) Exame para carta de cacador; Artigo 163.° c) Emissao de carta de cacador; Reconhecimento de assinaturas d) Renovacao de carta de cacador, nos 60 dias que antecedem 0 prazo de validade e num ana ap6s Salvo legislacao especifica em contrario, as assinaturas o prazo de validade; previstas no ambito da instrucao dos processos previstos e) Emissao de segunda via de carta de cacador, no presente diploma nao carecem de reconhecimento. por deterioracao, extravio, alteracao de dados ou de modelo de carta; Artigo 164.° 1) Atrihuictio de licencas de C:1C;:1; g) Atribuicao dos alvaras para reproducao, criacao Zonas de caca e detencao de especies cinegeticas em cativeiro 1 - Exceptuando 0 disposto no artigo seguinte, as e sua renovacao. zonas de caca criadas ao abrigo da Lei n.? 30/86, de 27 de Agosto, mantern-se validas ate ao fim do respectivo 2 - as montantes das taxas sao fixados por portaria periodo de vigencia, salvo se forem renovadas nos ter­ do Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e mos do presente diploma. Pescas. 2 - Com a renovacao referida no mirnero anterior, 3 - A aplicacao da taxa referida na alinea a) do n.? 1 deve ser requerida a mudanca de concessionario quando do presente artigo pode ser reduzida ou isentada por este nao reunir os requisitos previstos no n.° 2 do portaria do Ministro da Agricultura, Desenvolvimento artigo 30.° do presente diploma. Rural e Pescas. 3 - as processos de caca em instrucao e pendentes de decisao a data de entrada em vigor do presente diploma regulam-se pela legislacao em vigor a data da CAPITULO XVII sua apresentacao. Disposicoes finais e transit6rias Artigo 165.° Artigo 160.0 Zonas de caca sociais

Limitacocs tcrritoriais 1 - As zonas de caca sociais podem ser convertidas em zonas de caca de urn dos tipos previstos no presente 1 - A area global abrangida por zonas de caca que diploma, atraves de requerimento dirigido ao Ministro nao sejam nacionais ou municipais, durante 0 periodo da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas. de cinco anos ap6s a entrada em vigor da Lei n.° 173/99, 2 - As zonas de caca sociais que nao sejam objecto de 21 de Setembro, nao pode exceder 50 % da area de conversao, nos termos do mirnero anterior, extin­ total dos respectivos municipios, exceptuando as situa­ guem-se em 2005 ou no termo do respectivo prazo de coes existentes a data de entrada em vigor do presente vigencia, quando este for anterior a 2005. diploma. 2 - A percentagem referida no mimero anterior pode Artigo 166.° ser alterada por despacho do Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, ouvidos os conselhos Colaboracao das OSC cinegeticos e da conservacao da fauna respectivos. 1 - 0 Ministerio da Agricultura, Desenvolvimento 3 - A alteracao da percentagem prevista no mirnero Rural e Pescas pode celebrar protocolos com as OSC anterior fundamenta-se, designadamente, em situacoes que tenham como objecto a colaboracao destas rela­ relativas a integracao de enclaves em zonas de caca ja tivamente as seguintes materias: constituidas e a localizacao dos terrenos em areas classificadas. a) Instrucao dos processos relativos a criacao e transferencia de ZCN e ZCM a que se refere Artigo 161.° o n.? 1 do artigo 16.° do presente diploma; Cartas de cacador b) Recepcao do requerimento inicial do procedi­ mento de concessao de zonas de caca a que 1 - Ate a publicacao do despacho referido no n.° 1 se refere 0 n.? 1 do artigo 35.° do presente do artigo 67.°, 0 exame para a obtencao de carta de diploma; cacador e composto por uma prova te6rica e, no casu c) Instrucao Jus processus relatives a coucessao de carta de cacador com arma de fogo, de arqueiro de ZCA e ZCT a que refere 0 n.° 1 do artigo 38.° cacador e de cetreiro, por uma prova pratica ou do presente diploma; teorico-pratica. d) Recepcao do requerimento inicial do procedi­ 2 - Sao dispensados da prova te6rica referida no mento relativo a mudanca de concessionario de mirnero anterior os titulares de carta de cacador que zona de caca a que se refere 0 n.? 1 do artigo 45.° pretendam obter outras especificacoes. do presente diploma; e) Recepcao do requerimento inicial relativo ao procedimento de renovacao de concessao de Artigo 162.° zona de caca a que se refere 0 n.° 4 do artigo 48.° Conselhos cinegeticos e de conservacao da fauna do presente diploma. Ate a publicacao das portarias que fixam a compo­ 2 - A obrigacao constante do n.? 3 do artigo 45.° sicao dos conselhos cinegeticos e de conservacao da pode ser satisfeita junto das entidades identificadas no fauna, mantem-se em vigor as portarias de constituicao mirnero anterior que, para esse efeito, tenham celebrado existentes. protocolo com 0 MADRP. 5346 DIARIO DA REPUBLICA - I SERIE-A N. a 194 - 18de Agosto de 2004

3 - Excepciona-se do mirnero anterior a materia res­ f) 0 despacho n.? 19853/2001 (2.a serie), de 20 peitante as ZCN. de Setembro, que aprova 0 modelo de impresso de requerimento para realizacao de exame para obtencao de carta de cacador; 0 Artigo 167. g) 0 despacho n.? 6358/2002 (2.a serie), de 22 de Exclusao de terrenos de ZCM Marco, que aprova as regras de procedimento aplicaveis a realizacao da prova teorica para 1 - A exclusao dos terrenos referidos no n.? 2 do obtencao de carta de cacador; artigo 28.0 pode ser requerida: h) 0 despacho n.? 6424/2002 (2.a serie), de 25 de Marco, que aprova as regras de procedimento a) No prazo de urn ano sobre a data de publicacao aplicaveis a realizacao das provas pratica e teo­ da portaria de transferencia de gestae, ate 2005, rico-pratica para obtencao de carta de cacador; inclusive; i) A Portaria n.? 409/2001, de 9 de Maio, que b) A qualquer momenta nas ZCM criadas ou reno­ determina que as licencas gerais e especiais de vadas a partir de 2006, inclusive. caca sejam tituladas por vinhetas a emitir anual­ mente e fixa os montantes das taxas devidas 2 - 0 disposto no mirnero anterior nao se aplica as em cada epoca venatoria; ZCM que tenham sido objecto de portaria de trans­ j) A Portaria n.? 736/2001, de 17 de Julho, que ferencia de gestae em data anterior a da entrada em identifica os municipios onde e permitida a caca vigor do presente diploma. ao pornbo-da-rocha (Columbia livia); 1) A Portaria n.? 553/2004, de 22 de Maio, que estabelece 0 calendario venatorio para a epoca Artigo 168.0 de 2004-2005; Infurmacao m) A Portaria n.? 893/98, de 10 de Outubro, que actualiza as normas de funcionamento das zonas A DGRF fornece a Direccao-Geral do Turismo os 0 de caca sociais e revoga a Portaria n." 640-C/94, elementos previstos na alfnea e) do n.? 1 do artigo 42. de 15 de Julho; n) A Portaria n.? 1119/2001, de 21 de Setembro, Artigo 16Y.ll que define as normas gerais que eoneretizam o direito de acesso dos cacadores e as condicoes Regiues Autonomas particulares do exercicio da caca nas zonas de caca nacionais (ZCN), geridas pelas direccoes 1 - Nas Regi6es Autonomas dos Acores e da regionais de agrieultura (DRA) ou, em eon­ as competencias cometidas a DGRF pelo pre­ junto, com 0 Instituto da Conservacao da Natu­ sente diploma sao exercidas pelos competentes services reza (ICN); e organismos das respectivas adrninistracoes regionais. 0) A Portaria n.? 1118/2001, de 20 de Setembro, 2 - 0 produto das coimas cobradas nas Regi6es que fixa os valores das taxas a pagar pelo exer­ Autonornas constitui receita propria destas. cicio da caca em zonas de caca municipais; p) 0 Despacho Normativo n.? 41/2003, de 30 de Artigo 170.0 Setembro, que estabelece os valores das taxas a pagar pela concessao de autorizacoes especiais Revogacao de caca da zona de caca nacional (ZCN) do Sao revogados: perimetro florestal da Contenda; q) A Portaria n.? 1103/2000, de 23 de Novembro, a) 0 Decreto-Lei n.? 227-B/2000, de 21 de Setern­ que define os modelos e as condicoes de colo­ bro, e 0 Decreto-Lei n.? 338/2001, de 26 de cacao das tabuletas e sinais a utilizar na deli­ Dezembro, que cria 0 regime juridico da gestae mitacao de zonas de caca, campos de treino de sustentada dos recursos cinegeticos e regula­ caca, areas de refugio, areas sujeitas ao direito menta a Lei n.? 173/99, de 21 de Sctcmbro (Lei a nao caca, aparcamentos de gado, bern como de Bases Gerais da Caca); de outras areas de proteccao em que a eficacia b) Os n.os 1 e 4 do artigo 3.0 do Decreto-Lei da proibicao ao acto venatorio depende de os n.? 64/98, de 17 de Marco, relativos a zona de terrenos em causa se encontrarem sinalizados; caca existente na Tapada Nacional de Mafra; r) A Portaria n." 1391/2002, de 25 de Outubro, c) A Portaria n.? 1239/93, de 4 de Dezembro, que que altera a Portaria n.? 1103/2000, de 23 de define os modelos de impressos, os documentos Novembro; a apresentar, 0 procedimento para a concessao, A portaria n.? 1288/2001 (2.a serie), de 25 de renovacao e ernissao de segundas vias da carta Julho, que define a sinalizacao aplicavel as zonas de cacador e 0 valor das taxas devidas; interditas a caca; d) A Portaria n.? 123/2001, de 23 de Fevereiro, s) A Portaria n.? 1391/2002, de 25 de Outubro, que define os termos, os conteudos das provas que estabelece os requisitos, prazos e termos eo processo do exame e 0 valor das taxas devidas de procedimento administrativo a seguir em pel a inscricao para realizacao de exame para processos relativos a zonas de caca municipais, obtencao de carta de cacador; associativas e turisticas, bern como os periodos e) A Portaria n.? 229/2002, de 12 de Marco, que de sinalizacao das zonas de caca e 0 valor das altera a Portaria n.? 123/2001, de 23 de Feve­ taxas anuais devidas pela concessao de zonas reiro, que define os termos, os conteudos das de caca, e revoga as Portarias n.os 439/2001, provas e 0 processo do exame para obtencao 467/2001 e 1123/2001, respectivamente de 28 de da carta de cacador; Abril, de 8 de Maio e de 24 de Setembro; N° 194-18deAgosto de2004 DIARIO DA REPUBLICA - I SERIE-A 5347

t) A Portaria n.? 45/2004, de 14 de Janeiro, que ii) A Portaria n.? 247/2001, de 22 de Marco, que altera 0 n.? 8.0 da Portaria n.? 1391/2002, de define as condicoes e os termos em que os ter­ 25 de Outubro; renos sujeitos a pastoreio ordenado podem ser u) 0 Despacho Normativo n.? 6/2001, de 2 de Feve­ considerados aparcamento de gado e autoriza reiro, que estabelece as condicoes a preencher a colocacao de sinalizacao indicativa da proi­ pelos tecnicos responsaveis pelos pianos de bicao do exercicio da caca nos mesmos; ordenamento e exploracao cinegeticos a apre­ jj) 0 despacho n.? 25 035/2002 (2.a serie), de 25 sentar nos termos da alfnea d) do n.? 2 do de Novembro, que estabelece a composicao e artigo 31.0 do Decreto-Lei n.? 227-B/2000, de Iuncirmamcnto d a Comissao Nacinna l de 15 de Setembro; Homologacao de Trofeus; v) 0 Despacho Normativo n.? 21/2001, de 3 de ll) 0 despacho n.? 1104/2001 (2.a serie), de 19 de Maio, que estabelece 0 valor da taxa devida pelo Janeiro, que aprova 0 modelo de guia de trans­ pedido de renovacao de zonas de caca turisticas porte de furoes (privativo da Direccao-Geral das (ZCT) e associativas (ZCA) fora do prazo Florestas, nao sendo de reproducao livre) e normal; define as condicoes da sua utilizacao e aquisicao. x) 0 despacho n.? 23133/2001 (2.a serie), de 15 de Novembro, que aprova 0 modelo de impresso para efeitos de declaracao anual, por entidades Artigo 171.0 gestoras de zonas de caca associativas(ZCA), Entrada em vigor dos cacadores associados; z) 0 despacho n.? 2203/2002 (2.a serie), de 28 de o regime previsto nos diplomas ora revogados man­ Janeiro, que aprova 0 modelo de impresso para tern-se transitoriamente em vigor ate apublicacao das apresentacao de proposta de plano anual de portarias e dos despachos previstos no presente diploma. exploracao de zonas de caca; Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 1 de aa) 0 despacho n.? 2417/2002 (2.a serie), de 30 de Julho de 2004. - Mana Manuela Dias Ferreira Janeiro, que aprova 0 modelo de impresso para Leite - Maria Manuela Dias Ferreira Leite - Antonio apresentacao dos resultados de exploracao de Jorge de Figueiredo Lopes - Maria Celeste Ferreira Lopes zonas de caca; Cardona - Carlos Manuel Tavares da Silva - Armando bb) A Portaria n.? 466/2001, de 8 de Maio, que iden­ Jose Cordeiro Sevinate Pinto - Maria da Graca Martins tifica as especies ou subespecies cinegeticas com da Silva Carvalho - Arlindo Marques da Cunha. que e permitido efectuar repovoamentos e esta­ belece normas particulares para repovoamentos Promulgado em 2 de Agosto de 2004. com corcos; cc) A Portaria n.? 465/2001, de 8 de Maio, que esta­ Publique-se. belece as normas para autorizar a instalacao de Presidente da Republica, JORGE SAMPAIO. campos de treino de caca; o dd) A Portaria n." 463/2001, de 8 de Maio, que res­ Referendado em 5 de Agosto de 2004. tringe a cornercializacao a detencao, 0 trans­ porte e a exposicao ao publico para fins de o Primeiro-Ministro, Pedro Miguel de Santana Lopes. cornercializacao de exemplares mortos de espe­ cies cinegeticas; ANEXOI ee) A Portaria n.? 464/2001, de 8 de Maio, que define os termos da autorizacao para criacao Lista de especles cinegeticas e detencao de especies e subespecies cinegeticas 1 - Caca menor em cativeiro; I - Mamfferos if) 0 Despacho Normativo n.? 4/2002, de 31 de Janeiro, que determina que a sancao a aplicar Coelho-bravo - Oryctolagus cuniculus. pelo nao pagamento das taxas anuais devidas Lebre - Lepus granatensis. pel a autorizacao de criacao ou detencao de Raposa - Vulpes vulpes. especies em cativeiro seja graduada de acordo Saca-rabos - Herpestes ichneumon. com 0 prejuizo concreto e com urn certo criterio; gg) 0 despacho n.? 23 134/2001 (2.a serie), de 15 II-Aves de Setembro, que aprova 0 modelo da guia de transporte de exemplares mortos de especies a) Aves sedentartas cinegeticas, a emitir pelas entidades gestoras de Perdiz-vermelha - Alectoris rufa. ZC sempre que os quantitativos de exemplares Faisao - Phasianus colchicus. a transportar sao superiores aos limites diaries Pombo-da-rocha - Columba livia. de abate permitidos em terrenos cinegeticos nao Gaio - Garrulus glandarius. ordenados, e define as condicoes da sua uti­ Pega-rabuda - Pica pica. lizacao e aquisicao; Gralha-preta - Corvus caron.e. hh) 0 despacho n.? 1105/2001 (2.a serie), de 19 de Melro - Turdus merula. Janeiro, que aprova 0 modelo de guia de trans­ porte de exemplares vivos de especies cinege­ b) Aves migradoras ou parcialmenle migradoras ticas e define as condicoes da sua utilizacao e aquisicao. Estabelece que, ate se esgotarem, Pato-real-Anas platyrhynchos (*). podem continuar a ser utilizadas as guias de Frisada -Anas strepera (*). modelo aprovado ao abrigo da Portaria Marrequinha -Anas crecca (*). n.? 487/95, de 22 de Maio; Pato-trombeteiro -Anas clypeata (*). 5348 DIARIO DA REPUBLICA - I SERIE-A N. a 194 - 18de Agosto de 2004

Marreco -Anas querquedula (*). G Arrabio -Anas acuta (*). Piadeira -Anaspenelope (*). Gondomar. Zarro-comum - Aythya ferina (*). Guimaraes. Negrinha -Aythya fuligula (*). L Galinha d'agua - Gallinula clzloropus (*). Galeirao - Fulica atra (*). Lamego. Tararnbola-dourada - Pluvialis apricaria. Lousada. Galinhola - Scolopax rusticola. Rola-comum - Streptopelia turtur. M Rola-turca - Streptopelia deacoto. Macedo de Cavaleiros. Codorniz - Coturnix coturnix. Maia. Pornbo-bravo - Columba oenas. Marco de Canaveses. Pornbo-torcaz - Columba palumbus. Matosinhos. Tordo-zornal - Turdus pilaris. Melgaco. Tordo-comum - Turdus philomelos. Mesao Frio. Tordo-ruivo - Turdus iliacus. Miranda do Douro. Tordeia - Turdus viscivorus. Mirandela. Estorninho-rnalhado - Sturnus vulgaris. Mogadouro. Narceja-comum - Gallinago gallinago. Moimenta da Beira. Narceja-galega - Lymnocryptes minimus. Moncao. Mondim de Basto. 2 - Caca maior Montalegre. Javali - Sus scrofa. Murca. Garno - Cervus dama. o Veado - Cervus elaphus. Coree - Capreolus capreolus. Oliveira de Azemeis. Muflao - Ovis ammon. p (*) Aves aquaticas para efeitos deste diploma. Paces de Ferreira. Paredes. ANEXO II Paredes de Coura. Regioes cinegeticas Penafiel. Penedono. 1.8 regiao Peso da Regua. A Ponte da Barca. Ponte de Lima. Alfandega da Fe. . Alij6. P6voa de Lanhoso. Amarante. P6voa de Varzim. Amares. Arcos de Valdevez. R Armamar. Arouca. Resende. Ribeira de Pena. B s Baiao. Barcelos. Sabrosa. Boticas. Santa Maria da Feira. Braga. Santa Marta de Penaguiao. Braganca. Santo Tirso. Sao Joao da Madeira. c Sao Joao da Pesqueira. Cabeceiras de Basto. Seruancelhe. Caminha. T Carrazeda de Ansiaes. Castelo de Paiva. Tabuaco. Celorico de Baste. Tarouca. Chaves. Terras de Bouro. Cinfaes. Torre de Moncorvo. Trofa. E Espinho. v Esposende. Vale de Cambra. F Valenca, Valongo. Fafe. Valpacos. Felgueiras. Viana do Castelo. Freixo de Espada aCinta. Vieira do Minho. N° 194-18deAgosto de 2004 DIARIO DA REPUBLICA - I SERIE-A 5349

Vila do Conde. Marinha Grande. Vila Flor. Mealhada. Vila Nova de Cerveira. Meda. Vila Nova de Famalicao. Mira. Vila Nova de Foz Coa. Miranda do Corvo. Vila Nova de Gaia. Montemor-o-Velho. Vila Pouca de Aguiar. Mortagua. Vila Real. Murtosa. Vila Verde. Vimioso. N Vinhais. Vizela. Nelas. o 2a reqlao Oleiros. A Oliveira de Frades. Agueda, Oliveira do Bairro. Aguiar da Beira. Oliveira do Hospital. Albergaria-a-Velha. Ovar. Almeida. p Alvaiazere. Anadia. Pampilhosa da Serra. Ansiao. Pedrogao Grande. Arganil. Penacova. Aveiro. Penalva do Castelo. B Penamacor. Penela. Batalha. Pinhel. Belmonte. Pombal. c Porto de M6s. Proenca-a-Nova. Cantanhede. Carregal do Sal. s Castanheira de Pera. Sabugal. Castelo Branco. Santa Comba Dao. Castro Daire. Celorico da Beira. Sao Pedro do SuI. Coimbra. Satao. Condeixa-a-Nova. Seia. Covilha. Serta. Sever do Vouga. E Soure. Estarreja. T F Tabua. Figueira da Foz. Tondela. Figueira de Castelo Rodrigo. Trancoso. Figueir6 dos Vinhos. v Fornos de Algodres. Fundao. Vagos. Vila de Rei. G Vila Nova de Paiva. G6is. Vila Nova de Poiares. Gouveia. Vila Velha de R6dao. Guarda. Viseu. Vouzela. I Idanha-a-Nova. 3 a regiao Ilhavo. A L Abrantes. Leiria. Alcanena. Lousa. Alcobaca. Alcochete. M Alenquer. Macao. Almada. Mangualde. Almeirim. Manteigas. Alpiarca, 5350 DIARIO DA REPUBLICA - I SERIE-A N. a 194 - 18de Agosto de 2004

Amadora. T Arruda dos Vinhos. Azambuja. Tomar. Torres Novas. B Torres Vedras. Barreiro. V Benavente. Bombarral. Vila Franca de Xira. Vila Nova da Barquinha. C 4a reqlao Cadaval. Caldas da Rainha. A Cartaxo. Cascais. Alandroal. Chamusca. Alcacer do Sal. Constancia, Aljustrel. Coruche. Almodovar. Alter do Chao. E Alvito. Arraiolos. Entroncamento. Arronches. F Avis. Ferreira do Zezere. B G Barrancos. Beja. Golega. Borba. L C Lisboa. Campo Maior. Lourcs. Castelo de Vide. Lourinha, Castro Verde. Crato. M Cuba. Mafra. E Moita. Montijo. . Estremoz. N Evora. Nazare. F 0 Ferreira do Alentejo. Obidos, Fronteira. Odivelas. G Oeiras. Ourem. Gaviao. Grfllldola. p M Palmela. Peniche. Marvao. Mertola. R Monforte. Monternor-o-Novo. Rio Maior. Mora. S Moura. Mourao. Salvaterra de Magos. Santarern. N Sardoal. Sesimbra. Nisa. Seixal. 0 Setubal. . Odemira. Sobral de Monte Agraco. Ourique. N° 194-18deAgosto de 2004 DIARIO DA REPUBLICA - I SERIE-A 5351

p

Ponte de Sor. Portalegre. Porte!.

R Redondo. Reguengos de Monsaraz. s Santiago do Cacern. Serpa. Sines. Souse!. v Vendas Novas. Viana do Alentejo. Vidigueira. Vila Vicosa.

5.a reqlao

A Albufeira. Alcoutim. Aljezur.

C Castro Marim. F Faro.

L Lagoa. Lagos. Louie.

M Monchique. 0 Olhao. p

Portimao.

S Sao Bras de Alporte!. Silves. T Tavira. V Vila do Bispo. Vila Real de Santo Antonio.