Crianças Rezam Pela Paz Na Peregrinação Ao
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braga P.04 braga P.06 HOJE UGT GARANTE PASTORAL QUE CONSEGUE DA CULTURA COLOCAR PROMOVE SESSÕES SALÁRIO MÍNIMO ONDE SE APRENDE ACIMA DOS 600 EUROS A LER A ARTE PATRIMÓNIO | Valença: Núcleo Museológico III DOMINGO.06.MAI 2018 WWW.DIARIODOMINHO.PT 0,90 € Diretor: DAMIÃO A. GONÇALVES PEREIRA | Ano XCIX | n.º 31752 DM Cultura e sabor marcaram almoço entre refugiados e voluntários BRAGA P.06 Sp. Braga adia acesso à Proliga Crianças rezam pela paz DESPORTO P.23 HC Braga na peregrinação ao Sameiro regressou aos triunfos RELIGIÃO Cerca de sete mil crianças provenientes de todos os arciprestados da Arquidiocese de Braga peregrinaram, ontem, ao santuário de Nossa Senhora do Sameiro, acompanhadas de catequistas e familiares. Presidida pelo cónego DESPORTO P.24 José Paulo Abreu, a segunda peregrinação das crianças realizou-se sob o lema “Com Maria sou feliz”. P.16-17 Alunos do D. Diogo de Sousa Festival de Órgão de Braga Vitória goleou assumiram em festa a sua fé «é um êxito absoluto» em Tondela DESPORTO P.19 BRAGA P.05 BRAGA P.09 STAND Nº1 DM Viegas Miguel ǁǁǁ͘ĂƵƚŽĮdž͘Ɖƚ 02 DIÁRIO DO MINHO / DOMINGO / 06.05.18 www.diariodominho.pt vítor aguiar e silva Eduardo Jorge Madureira lopes OS DIAS DA SEMANA A democracia e a corrupção “Métro, boulot, dodo” as últimas semanas, as es- judicial, têm sido ouvidas vozes a favor étro, boulot, bis- os cidadãos transformados, todos, em tações de televisão em Por- e contra a emissão dos referidos progra- tro, mégots, do- consumidores”. tugal transmitiram durante mas, conforme as simpatias ou as anti- do, zéro” é o Serge July sublinhava uma marca dias seguidos e com largas patias ideológicas e pessoais em relação que diz o ver- de Maio de 1968: “Os estudantes, com audiências, programas com a José Sócrates. so completo de inúmeros dos seus professores, denun- o registo de imagens e de- Deixando para as autoridades compe- um poema de ciam as novas alienações. Eles falam de Nclarações de José Sócrates, no âmbito das tentes o juízo sobre a legalidade da publi- “MPierre Béarn, um livreiro parisiense, uma ‘sociedade industrial de consumo investigações judiciais do processo desig- citação televisiva de peças relevantes do mas dele apenas se reteve “métro, bou- dirigida pelo marketing’. Há uma rejei- nado por «operação marquês». Embora as processo judicial em curso, só quero su- lot, dodo”, para acentuar os momentos ção da manipulação da vida pelas for- transmissões televisivas tenham incluído blinhar, neste breve artigo, que se tornou menos estimulantes da rotina diária ças económicas, pelas multinacionais. também imagens e declarações de outros evidente, pela informação proporciona- e forjar um dos mais célebres slogans Perde-se a vida a ganhá-la”. arguidos neste processo – em particular da pelos programas em causa, que a cor- de Maio de 1968. As três palavras, en- Hoje não é nas paredes, mas nos li- de responsáveis cimeiros da administra- rupção é desde há muitos anos um cancro tão muitas vezes pintadas nas paredes vros catalogados como de auto-ajuda ção da defunta PT –, é indubitável que foi que afecta letalmente a sociedade, a admi- das ruas da capital francesa, condensa- que se encontram as mais abundantes José Sócrates a personagem central des- nistração pública, a economia e o Estado vam o que não queriam os estudantes. recomendações para que a vida possa tes programas, mesmo quando esteve au- de Portugal, levando compreensivelmente Rejeitavam eles, pois, uma vida que se ser orientada para algo mais do que milhões de cidadãos a não confiarem nas resumia a uma cadência triste: ir pa- consumir coisas. Num livro publicado instituições políticas, na classe política, no ra o trabalho, trabalhar e dormir. Di- em Abril, Nietzsche para stressados (o tí- A corrupção é sistema bancário, nos próprios tribunais, to de outro modo: andar de transpor- tulo é excessivamente pretensioso para desde há muitos etc. São tantos os milhões de euros que têm um banalíssimo livro de auto-ajuda), circulado impunemente no labirinto da repete-se um tópico comum, sugerin- anos um cancro que corrupção activa e da corrupção passiva, do que não é a melhor das ideias per- afecta letalmente que o cidadão comum e cumpridor, sob Hoje não é nas der a vida a ganhá-la: “Para muitas pes- todos os aspectos, dos seus deveres de soas dos países desenvolvidos, o grande a sociedade, a cidadania, não pode deixar de se sentir paredes, mas nos obstáculo à felicidade é o universo de administração politicamente descrente, frustrado e livros catalogados necessidades inúteis que criaram à sua pública, a economia revoltado. como de auto-ajuda volta. É como se não se pudesse viver A regeneração do sistema político é por sem trocar de carro a cada cinco anos; e o Estado de isso urgente e imperiosa, sem cedência que se encontram considerar a actual casa uma rampa de Portugal, levando a derivas populistas e pseudonacionalis- as mais abundantes lançamento para ter outra maior; com- tas, a radicalismos esquerdistas e a obscu- prar uma segunda casa para passar os compreensivelmente ros e promíscuos conluios do chamado recomendações para fins-de-semana; inscrever os filhos em milhões de cidadãos «centrão». Quando um ministro recebe que a vida possa actividades extra-curriculares dispen- duradouramente, para além do seu ven- diosas; viajar para tão longe e com tan- a não confiarem nas cimento oficial, um suborno mensal de ser orientada para to conforto como os amigos e os fami- instituições políticas, muitos milhares de euros, é todo o edi- algo mais do que liares”. O autor do livro, Allan Percy, fício da democracia que corre o risco de apresentado na badana como “perito na classe política, no se desmoronar. consumir coisas. em coaching e autor de vários livros de sistema bancário, A democracia, como a história com- desenvolvimento pessoal”, regista ainda prova, é frequentemente vulnerável aos que “à pressão exercida por todas estas nos próprios venenos e às seduções da corrupção, que necessidades artificiais há que somar tribunais, etc. inquinam de modo inexorável os seus va- tes públicos para ir trabalhar, dormir os problemas emocionais – e muitas lores fundamentais: a liberdade, a igual- para trabalhar e trabalhar para consu- vezes económicos – daqueles que sal- dade e a justiça. Esta permeabilidade da mir era, para muitos, um logro que era tam de relação em relação”. democracia aos venenos e às seduções da forçoso evitar. A rematar, emerge uma interpelação: sente dos ecrãs televisivos. Ver e ouvir um corrupção funciona muitas vezes de modo A “contestação vai atravessar os anos “Convém perguntarmo-nos do que pre- ex-primeiro-ministro a responder às per- sigiloso e até secreto, mas também ocor- 60 no momento em que a sociedade cisamos para nos sentirmos realizados”. guntas das autoridades judiciais sobre os re, como demonstra a crónica de mui- de consumo se impõe no mundo co- A pergunta, que, há 50 anos, era públi- seus possíveis delitos foi um espectáculo tos autocratas e ditadores, com exibição mo uma espécie de ideal”, recordava ca, colectiva e política, está hoje sob a inédito entre nós. despudorada dos seus frutos e proveitos. no início da semana, quando se estava alçada privada do chamado “desenvol- A Procuradoria-Geral da República A fim de garantir a saúde, o vigor e a a celebrar o Dia do Trabalhador, na rá- vimento pessoal”. Seja como for, cin- anunciou, como era inevitável, a aber- legitimidade do poder democrático são dio RTL, Serge July, que fundou e di- co décadas depois de Maio de 1968, a tura de um inquérito para apurar as res- factores imprescritíveis a liberdade, a éti- rigiu o Libération no tempo em que o resposta continua a não ser “métro, bou- ponsabilidades jurídicas dos autores, até ca, seja de matriz religiosa, seja de matriz diário francês era um grande jornal. lot, dodo” ou, sobretudo, no caso por- agora anónimos, da transmissão daque- secular, e a justiça. O declínio e a falência A sociedade de consumo, lembrava tuguês, “auto, boulot, dodo”. les programas, mas é possível que o in- destes valores abrem a porta aos demó- ele, “é a do desejo de apropriação de quérito se prolongue indefinidamente nios da corrupção, da mentira e da revolta. bens materiais, de um estilo de vida ou que as suas conclusões não esclare- que é a cópia mais ou menos parecida çam aquelas responsabilidades. Na co- O autor não escreve segundo as nor- do American way of life, com um mun- municação social e nas esferas do poder mas do chamado «acordo ortográfico» do transformado em supermercado e 06.05.18 / DOMINGO / Publicidade / DIÁRIO DO MINHO 03 www.diariodominho.pt AGENDA 9 de MAIO 15:00 | Sessão de abertura • António Gil Machado, Diretor da Vida Imobiliária • Manuel Reis Campos, Presidente da CPCI – Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário • Ricardo Rio, Presidente da Câmara Municipal de Braga 15:00 | Uma nova política de habitação - Os fundamentos • Helena Roseta, Deputada à Assembleia da República, Grupo Parlamentar Partido Socialista _2VQRYRVSURJUDPDVGHȴQDQFLDPHQWR¢ Reabilitação Urbana 2VQRYRVȴQDQFLDPHQWRVGRΖ)558H&$6$()Ζ&Ζ(17(HP apresentação e discussão. Venha conhecer as novas formas GHȴQDQFLDUD5HDELOLWD©¥R8UEDQDHDVVXDVRSRUWXQLGDGHV 10 de MAIO 10:00 | Conservação, Memória, Reabilitação – O equilíbrio que faz cidade A memória do passado e o respeito pelo Património na GLVFXVV¥RGD5HDELOLWD©¥R8UEDQD ȏ9DVFR3HL[RWRGH)UHLWDV3URIHVVRU8QLYHUVLW£ULR Presidente do GeCorpa • Mesa Redonda de Debate – Reabilitação & Património, onde está o equilíbrio? 11:30 | Uma nova política de habitação – As novidades legislativas $Q£OLVHGDV1RYDV3ROLWLFDVGH+DELWD©¥RRVGHVDȴRVHDV oportunidades que apresenta! • Mariana Guedes da Costa, Advogada Associada, Abreu Advogados • Mesa Redonda de Debate – Que mercado de habitação em Braga? 14:30 | Braga na rota do Turismo do Emprego – O impacto da R.U. $GLQ¤PLFDGR7XULVPRHDDWUD©¥RGHHPSUHVDVV¥RHVVHQFLDLV VIVER A SDUDFRPSUHHQGHURIHQµPHQRGD5HDELOLWD©¥R8UEDQD • Carlos Oliveira, Presidente, InvestBraga REABILITAÇÃO ȏ 0HVD5HGRQGDGH'HEDWH%UDJDQDURWDGR7XULVPRGR (PSUHJRRLPSDFWRGD58 09 - 10 MAIO | BRAGA 16:00 | A oportunidade dos centros comerciais de MUSEU D.