ISSN: 2358-2464

Vol. 03 - Nº3 - Agosto de 2015 – www.apac.pe.gov.br

BOLETIM DO CLIMA

Síntese Climática

GOVERNO DO ESTADO DE Governador – Paulo Henrique Saraiva Câmara

SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO Secretário – Thiago Norões

SECRETARIA EXECUTIVA DE COORDENAÇÃO GERAL Secretário – José Almir Cirilo

AGÊNCIA PERNAMBUCANA DE ÁGUAS E CLIMA Diretor-Presidente - Marcelo Cauás Asfora

DIRETORIA DE REGULAÇÃO E MONITORAMENTO Diretor – Marconi Soares Azevedo

GERÊNCIA DE METEOROLOGIA E MUDANÇAS CLIMÁTICAS Gerente – Patrice Rolando da Silva Oliveira

Equipe Técnica da GMMC: Autor: Romilson Ferreira da Silva (Meteorologista)

Co-autores: Carlos Alexandre Wanderley da Silva (Técnico em Meteorologia) Edvânia Pereira dos Santos (Meteorologista) Fabiano Prestrelo de Oliveira (Meteorologista) Hailton Dias da Silva Junior (Meteorologista) Josafá Henrique Gomes (Técnico em Meteorologia) Maria Aparecida Fernandes Ferreira (Meteorologista) Roberto Carlos Gomes Pereira (Meteorologista) Roni Valter de Souza Guedes (Meteorologista) Thiago Luiz do Vale Silva (Meteorologista) Vinícius Gomes Costa Júnior (Meteorologista) Zilurdes Fonseca L opes (Meteorologista)

Instituições Colaboradoras:

CHESF CODECIPE COMPESA/SRHE MCT/INPE/CPTEC INMET IPA ANA CPRM CPRH

INTRODUÇÃO

O presente boletim é uma síntese climática do mês de agosto 2015 para o estado de Pernambuco, constando informações sobre o comportamento das variáveis meteorológicas medidas nas estações como: chuva, temperatura e umidade relativa do ar, bem como análises dos parâmetros oceânicos e atmosféricos globais. O mês de agosto teve como predominância a ausência de grandes volumes de precipitação no Estado, chovendo abaixo da média histórica em quase todas as mesorregiões. A mesorregião do Sertão apresentou grandes desvios negativos de precipitação, entretanto, ressalta-se que a média esperada para toda a região é de 10 mm, aproximadamente. No Agreste, o desvio ficou 22% abaixo do esperado, com exceção de algumas localidades do Agreste Setentrional. Na Região Metropolitana do , o desvio foi de 42% abaixo da média, e na Zona da Mata 37% abaixo da média. De maneira geral, a precipitação acumulada entre janeiro e agosto de 2015 no estado de Pernambuco ficou com precipitação abaixo da média climatológica, os maiores valores acumulados neste período foram registrados na Região Metropolitana do Recife e Zona da Mata, destacando-se a Mata Sul, resultados dentro da média climatológica. As precipitações foram mal distribuídas tanto no tempo como no espaço, ou seja, chuvas intensas concentradas em poucos dias e de forma localizada, intercaladas com grandes intervalos de dias sem chuvas. As temperaturas no mês de agosto oscilaram entre 10 °C, registrada no Sertão do Moxotó em Sertânia, e 35,9°C em Afrânio na região do Sertão Pernambucano. Na RMR, Zona da Mata e Agreste as temperaturas ficaram dentro da média, e o comportamento das temperaturas mais baixas é esperado devido ao aumento da umidade e a diminuição da radiação nessa época do ano. Os menores valores de umidade relativa foram registrados no Sertão, com registros abaixo de 15%. No Oceano Pacífico equatorial observou-se a permanência do fenômeno El Niño, as anomalias continuam positivas. As áreas mais aquecidas correspondem as dos Niño 3 e Niño 3.4 com valores acima de 2,3°C e 2,2ºC, respectivamente. No Oceano Atlântico Tropical, observou-se que próximo à costa do Nordeste do Brasil, a média ficou entre normal com pequenas variações acima desta.

1. ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO EM AGOSTO

A distribuição espacial da precipitação observada no mês de Agosto, em milímetros (mm), e o desvio em relação à média histórica, em percentual (%), estão apresentados nas Figuras 1 e 2, respectivamente. No mês de Agosto, destacam-se os baixos valores de precipitação, ficando mais evidente no Sertão, onde os valores médios da região ficaram em torno de 4 mm, ressalta-se que são esperados acumulados inferiores a 10 mm. Da mesma forma, o Agreste e a Zona da Mata/Litoral tiveram baixos índices, 41 mm e 65 mm, em média, respectivamente. Os maiores acumulados de chuva no período ocorreram na RMR e Zona da Mata, Jaboatão dos Guararapes (188,8mm), Cabo (165,0mm) e (157,1mm). No Agreste, os destaques foram as localidades de (128,6mm), (125,6mm) e Brejão (104,7mm). Para o Sertão, os destaques foram os municípios de Tabira (41,4mm), Triunfo (34,1mm) e Manari (30,0mm).

Figura 1 – Distribuição espacial da precipitação acumulada (mm) em Agosto de 2015 no estado de Pernambuco.

Figura 2 – Desvio relativo (%) da precipitação acumulada em Agosto de 2015 no estado de Pernambuco.

Na RMR, a precipitação média acumulada no mês de agosto foi de 102 mm, apresentando um desvio de 42% abaixo da média histórica. Na Zona da Mata, as chuvas foram abaixo da média (65 mm) em grande parte dos municípios. Ficando em média com 36% abaixo do valor esperado. No Agreste, a média da precipitação (41 mm) ficou 22% abaixo da média histórica. Já no Sertão ficou 64% do valor esperado, ressaltando-se que a média é de 9,8mm na região.

1.1 ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO ACUMULADA ENTRE OS MESES DE JANEIRO A AGOSTO DE 2015

A precipitação acumulada entre janeiro a agosto de 2015 está representada na Figura 3, os maiores valores acumulados neste período foram registrados no setor leste do Estado, com destaque para a Zona da Mata e Meridional. De maneira geral, o estado de Pernambuco ficou com precipitação abaixo da média climatológica com exceção de alguns municípios da região do Sertão do Araripe, Mata Sul e RMR, como mostra a Figura 4.

Figura 3 – Distribuição espacial da precipitação acumulada (mm) de Janeiro a Agosto de 2015 no Estado de Pernambuco.

Figura 4 – Desvio relativo (%) da precipitação acumulada entre Janeiro e Agosto de 2015 no Estado de Pernambuco.

No Sertão, a precipitação acumulada no período, em média foi de 311 mm, enquanto que a média climatológica é de 516 mm, com desvio médio de 40% abaixo da média. Os maiores acumulados ocorreram em Triunfo (854 mm), (599 mm) e Carnaíba (576 mm). No Agreste, grande parte dos municípios apresentaram desvios negativos, aproximadamente 29% abaixo da média. A região teve acumulado médio de 479 mm, tendo média climatológica próxima de 669 mm. Os maiores valores foram registrados

em Barra de Guabiraba (1548 mm), Correntes (1019 mm), e (933 mm). Na Mata Pernambucana, o acumulado médio da chuva do período foi de aproximadamente 921,4 mm, cujo valor esperado para o período é de 1247 mm, com um desvio de aproximadamente 25% abaixo da média esperada. Os maiores valores acumulados ocorreram em, (1893 mm), Sirinhaém (1616 mm) e Barreiros (1504 mm). Na Região Metropolitana do Recife, o acumulado médio foi de 1387 mm, desvio de 22% em relação à média histórica, de 1773 mm. Os maiores acumulados de precipitação foram observados em Jaboatão (1788 mm), Ipojuca (1749 mm) e Recife (1717 mm), Segue em anexo os dados de precipitação.

2. MONITORAMENTO DA SECA

A APAC faz o monitoramento da seca através da técnica dos quantis, os quais são elaborados por regiões pluviométricas homogêneas representadas na Figura 5. As regiões pluviométricas homogêneas são regiões com características similares de quantidade e de período de chuvas. O método dos quantis associa a precipitação mensal a cinco intervalos regulares a partir de uma função de distribuição acumulada. A precipitação observada é enquadrada em um intervalo de cinco classes, as quais representam a seguinte classificação climática: Muito Seco, Seco, Normal, Chuvoso e Muito Chuvoso.

Figura 5 - Microrregiões de pluviometrias homogêneas do estado de Pernambuco.

SERTÃO

A estação chuvosa do Sertão inicia em janeiro e finaliza em abril, sendo março o mês mais chuvoso. A precipitação do mês de janeiro associou o mês a uma classificação como muito seco em todas as regiões do Sertão. Já no mês de fevereiro, as regiões do Alto Sertão e Sertão do Pajéu foram classificadas como seco e nas regiões do São Francisco e do Moxotó a classificação ficou no limite entre seco e normal. No mês de março, a região do Moxotó foi classificada como muito seco, e as demais regiões foram classificadas como um mês de chuvas dentro da faixa normal. O mês de abril foi considerado seco em quase todas as sub-regiões do Sertão, exceto no Sertão de São Francisco, em que as chuvas apresentaram um valor dentro da média. Em maio, a região do Sertão ficou na categoria normal no Alto Sertão e Sertão do São Francisco, este último, ficou no limite da faixa chuvoso e o Sertão do Pajeú permaneceu na categoria seca e do Moxotó desceu para a faixa muito seca. No mês de junho, o Sertão de São Francisco e o Sertão do Pajeú ficaram na faixa do normal. Em Julho o Alto Sertão, Sertão do Pajeú e Sertão do São Francisco a classificação se deu no muito chuvoso os dois primeiros e chuvoso o último, enquanto que o Sertão do Moxotó se deu na categoria normal. O mês de agosto está fora da quadra chuvosa, tendo valores de precipitação insignificantes para a análise de quantil.

Figura 6 - Quantis mensais para o Alto Sertão (2015)

Figura 7 - Quantis mensais para o Sertão do São Francisco (2015).

Figura 8 - Quantis mensais para o Sertão do Pajeú (2015)

Figura 9 - Quantis mensais para o Sertão do Moxotó (2015)

AGRESTE, ZONA DA MATA E LITORAL

O período mais chuvoso nessas regiões compreende os meses de março a julho, enquanto que os meses de outubro, novembro e dezembro são considerados os mais secos. Em fevereiro, os índices pluviométricos ainda permanecem baixos em comparação aos meses que os sucedem, levando em consideração que o mês de abril tem início o período chuvoso do Agreste e Litoral. No Agreste Setentrional e Meridional, o mês de abril foi classificado como muito seco, enquanto que no Agreste central a precipitação ficou na classificação seco. Em maio o Agreste Setentrional passou da categoria muito seca para seca enquanto que o Agreste Meridional e Central permaneceram na faixa muito seca e seca, respectivamente. No mês de junho, o Agreste Meridional e o Setentrional ficaram na faixa normal, enquanto que o Agreste Central ficou na faixa chuvoso. No mês de Julho apesar de ter chovido entre as categorias chuvoso (Agrestes Meridional e Setentrional) e muito chuvoso (Agreste Central), ainda continua sendo crítica a situação pluviométrica da Região. Na Zona da Mata e Litoral, as chuvas foram classificadas na categoria normal para o mês de abril. Apesar da melhora quanto à quantidade de precipitação ocorrida em junho e julho, a Mata pernambucana e Região Metropolitana do Recife ainda estão com chuvas abaixo no esperado para o período até o mês de julho. No mês de julho, todo o Litoral ficou na categoria chuvoso. No mês de Agosto o Agreste teve uma grande variabilidade espacial de chuva, ficando evidente nos quantis apresentados, o Agreste Meridional ficou classificado como seco, o Agreste Central como chuvoso, enquanto no Agreste Setentrional como muito seco. A Zona da Mata e o Litoral também foram classificados como muito seco.

Figura 10: Quantis mensais para o Agreste Meridional (2015)

Figura 11: Quantis mensais para o Agreste Central (2015).

Figura 12: Quantis mensais para o Agreste Setentrional (2015)

Figura 13: Quantis mensais para Zona da Mata e Litoral (2015)

2.1 MONITOR DE SECAS DO NORDESTE

O Monitor de Secas é um processo de acompanhamento regular e periódico da situação da seca no Nordeste, objetivando integrar o conhecimento técnico e científico já existente em diferentes instituições estaduais e federais para alcançar um entendimento comum sobre as condições de seca, como: sua severidade, a evolução espacial e no tempo, e seus impactos sobre os diferentes setores envolvidos. Os resultados consolidados com as diversas instituições envolvidas são divulgados mensalmente por meio do Mapa do Monitor de Secas (Figura 14), contendo

informações sobre a situação de secas, com indicadores que refletem o curto prazo (últimos 3, 4 e 6 meses) e o longo prazo (últimos 12, 18 e 24 meses), indicando a evolução da seca na região. As cores do mapa indicam as categorias de seca. Quanto mais escuro, mais seco está. O As letras indicam a intensidade do impacto da seca. O impacto pode ser de Curto prazo (C) ou de Longo Prazo (L) ou de Curto e Longo prazo ao mesmo tempo (CL). As linhas do mapa delimitam em que regiões os impactos da seca são de Longo prazo (L), Curto prazo (C) ou Curto e Longo prazo (CL). As categorias de seca descrevem os efeitos (impactos) da seca nas lavouras, na disponibilidade de agua, nas pastagens etc. Veja na tabela abaixo os níveis de seca e a descrição do que acontece (impacto) em cada nível de seca.

Tabela 1: Estágios de seca, ou categorias, as quais definem a intensidade de seca no mapa do Monitor. Fonte: Adaptado do National Drought Mitigation Center, Lincoln, Nebraska, U.S

Síntese do Traçado do Monitor das Secas de Junho de 2015 para Pernambuco

No estado de Pernambuco, as poucas chuvas que ocorreram no mês de agosto de 2015 refletiram com o agravamento da seca, principalmente, na área com intensidade excepcional (S4). Tal expansão foi mais evidente na mesorregião Agreste, onde teve um pequeno avanço sobre as mesorregiões do São Francisco e Sertão. Nas demais áreas do Estado, não foram verificadas mudanças significativas na intensidade da seca, ou seja, na mesorregião Litoral, a seca varia de fraca (S0) a moderada (S1), com impacto de curto prazo, enquanto que, nas mesorregiões do Agreste, Sertão e São Francisco, a seca varia de grave (S3) a excepcional (S4), com impacto de curto e longo prazo.

Figura 14: Mapa do Monitor de Secas do Nordeste de Agosto de 2015

Maiores informações sore o Monitor de Secas do Nordeste podem ser acessadas no link “Monitor de Secas do Nordeste” do site da APAC (www.apac.pe.gov.br) ou diretamente no site http://monitordesecas.ana.gov.br/.

3. ANÁLISE DOS PARÂMETROS OCEÂNICOS E ATMOSFÉRICOS EM AGOSTO DE 2015

As anomalias de temperatura da superfície do mar (TSM) observadas no mês de Agosto de 2015 estão apresentadas na Figura 15. No Oceano Pacífico equatorial observou-se a permanência das anomalias quentes da TSM e, portanto, a continuidade do fenômeno El Niño. As áreas mais aquecidas correspondem as dos Niños 3 e 3.4 valores de 2,3ºC e 2,2ºC, respectivamente, acima da média. No Oceano Atlântico Tropical, observou-se que próximo à costa do Nordeste do Brasil, a média ficou entre normal com pequenas variações acima desta.

Figura 15 - Anomalias de temperatura da superfície do mar (ºC) referentes ao mês de Agosto de 2015. Fonte: CPTEC/INPE.

As linhas de corrente representam o comportamento médio do vento na atmosfera. O campo médio das linhas de corrente no nível de 850 hPa (baixos níveis da atmosfera) no mês de Agosto de 2015 estão representadas na Figura 16. Neste mês a (ASAS) Alta Subtropical do Atlântico Sul (circulação anti-horária sobre o Atlântico Sul) permaneceu mais ao sul do continente sul-americano e com ventos ligeiramente mais intensos que a média climatológica. Ficando propícia a entrada de umidade nos baixos níveis.

Figura 16 – Anomalias de linhas de corrente referentes ao mês de Agosto de 2015 - 850 hPa. Fonte: CPTEC/INPE.

A circulação do vento nos altos níveis está representada no campo de linhas de corrente em 200 hPa na Figura 17. Observa-se um predomínio de um escoamento de oeste sobre o Nordeste Brasileiro, os campos médios apresentam um cavado em altos níveis, com eixo sobre parte do Nordeste Brasileiro. Neste caso, com eixo sobre o estado, inibindo o desenvolvimento de nuvens maiores.

Figura 17 – Anomalia de linhas de corrente referentes ao mês de Agosto de 2015 – 200 hPa. Fonte: CPTEC/INPE.

4. ANÁLISE DA TEMPERATURA E UMIDADE RELATIVA DO AR

Os campos com a distribuição espacial das médias das temperaturas máximas e mínimas e da umidade relativa mínima diária, registradas em Agosto, estão representados nas Figuras de 18 a 20. Observa-se que na maior parte do Sertão de São Francisco, as médias das temperaturas máximas diárias ficaram entre 31,2ºC a 32,7ºC; no Sertão de Pernambuco entre 27,6°C e 32,4°C. Na mesorregião do Agreste variou entre 23,9ºC a 30,6ºC; na Zona da Mata e RMR a variação foi entre 28,1°C e 29,6°C. As maiores temperaturas diárias registradas nos municípios do Sertão foram em: Afrânio (35,9°C), Floresta (35,9°C) e (35,4°C). No Agreste, as maiores temperaturas foram registradas em Águas Belas (33,5°C) e (32,6°C), já na Zona da Mata as maiores temperatura registrada foi em Vitória de Santo Antão (30,9°C) e Palmares (30,8°C). Na Região Metropolitana, a maior temperatura ocorreu em São Lourenço da Mata (32°C).

Figura 18 – Média mensal das temperaturas máximas (0C) em Agosto de 2015.

Vale salientar que, em condições normais, as maiores temperaturas diárias, ocorrem à tarde, após o máximo de incidência da radiação solar, enquanto as menores ocorrem no período da madrugada, antes do nascer do sol, devido a perda radiativa. Outro fator importante é a altitude local, como se observa na Figura 19, as menores

médias das temperaturas mínimas ocorreram no Sertão do Pajeú. Esta é também a mesorregião onde ocorreram as maiores variabilidades das temperaturas mínimas médias, variando entre de 14,3°C e 18,7°C. No Agreste, esses valores variaram entre 16,3°C e 18,8°C e na Zona da Mata as entre 19,7 ºC e 23,0°C. As menores temperaturas diárias registradas no Sertão ocorreram em Sertânia (10,0°C), e São José do Egito (11,5°C). Já no Agreste as menores temperaturas ocorreram em Brejão (12,9°C) e Caruaru (13,4°C).

Figura 19 – Média mensal das temperaturas mínimas (0C) em Agosto de 2015.

A umidade relativa do ar representa a quantidade de água presente na atmosfera, por isto, os valores da faixa litorânea sempre estão mais elevados, devido à proximidade do oceano. Como é característica do Estado, a umidade mínima ocorreu no Sertão, os valores médios chegaram a 25,5% em algumas localidades. No Agreste, a variação entre 46% e 66%. Na Zona da Mata e RMR a umidade mínima em média variou entre 53,1% a 59%. O menor valor diário de umidade relativa ocorreu em 14%. A umidade relativa do ar é inversamente proporcional à temperatura e por isso os menores valores de umidade ocorrem justamente na região que está mais quente, neste caso o Sertão. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o valor de umidade relativa do ar considerado aceitável, deve estar acima dos 30%. Em valores diários, os menores registros ocorreram em Afrânio (22%) e Araripina (24%).

Figura 20 – Média mensal das umidades relativas mínimas (%) em Agosto de 2015.

Os mapas de temperatura e umidade analisados anteriormente refletem o comportamento médio dessas variáveis, mas ocorreram dias em que os valores máximos e mínimos foram mais expressivos em determinados horários. A Tabela 1 mostra o maior e o menor valor de temperatura absoluto que foi registrado no mês de Agosto, para cada localidade onde há registro, assim como o menor valor de umidade ocorrido durante o mês.

Tabela 1 – Valores extremos ocorridos em um dia específico durante o mês de Agosto de 2015. Temperatura Máxima Temperatura Umidade Mínima Localidade Absoluta Mínima Absoluta Absoluta 30,7 13,6 31 Afrânio 35,9 17,3 22 Águas Belas 33,5 15,6 35 Araripina 33,3 15 24 Barreiros 29,5 14,4 37 Belém do São Francisco 34,0 16,5 28 Brejão 28,5 12,9 50,0 Cabrobo 34,4 17,3 17 29,8 18,9 46,0 Caruaru 29,7 13,4 40,0 Cupira 28,6 15,7 45,0 Floresta 35,9 17 19 29,4 18,5 49,0 35,2 15,3 23 Ipojuca (Suape) 30,9 20,8 45,0 35,1 17,6 15 Palmares 30,8 17,4 45,0 35,0 17,8 18

Recife 30,5 18,6 38,0 Salgueiro 35,4 17,3 19 São José do Egito 33,4 11,5 27 Serra_talhada 34,4 16,7 14 Sertânia 34,0 10 - Vertentes 32,6 16,6 37,0 Vitória de Santo Antão 30,9 17,9 35,0 São Lourenço da Mata 32,0 18,4 43,0

ANEXOS

PRECIPITAÇÃO EM AGOSTO DE 2015

REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE Acumulado Agosto Média Anomalia Desvio Posto (mm) (mm) (mm) (%) Abreu e Lima 93 201,5 -108,5 -53,85 Araçoiaba (Granja Cristo Redentor) 53,8 125,8 -72 -57,23 Cabo 108,6 157,1 -48,5 -30,87 Cabo (Barragem de Gurjaú) 165 192 -27 -14,06 Cabo (Barragem de Suape) 133,5 192 -58,5 -30,47 97,9 185,5 -87,6 -47,22 Igarassu 123,7 165,6 -41,9 -25,30 Igarassu (Bar,Catucá) 22,3 168 -145,7 -86,73 Igarassu (Usina São José) 76,7 168 -91,3 -54,35 Ipojuca 157,1 169,7 -12,6 -7,42 Itamaracá 55 173,5 -118,5 -68,30 73 163,2 -90,2 -55,27 Jaboatão dos Guararapes 188,8 187,9 0,9 0,48 Jaboatão dos Guararapes (Bar,Duas Unas) 96 160 -64 -40,00 Moreno 73,7 157,2 -83,5 -53,12 124 207 -83 -40,10 Olinda (Academia Santa Gertrudes) 88,5 160 -71,5 -44,69 Olinda (Alto da Bondade) 120,4 160 -39,6 -24,75 110,4 193,6 -83,2 -42,98 Recife (Alto da Brasileira) 68,7 186 -117,3 -63,06 Recife (Várzea) 116,6 213,4 -96,8 -45,36

ZONA DA MATA Acumulado Agosto Média Anomalia Desvio Posto (mm) (mm) (mm) (%) Água Preta 89,2 141,2 -52 -36,83 Aliança 54,5 90,4 -35,9 -39,71 Amaraji 135 120,5 14,5 12,03 Barreiros - PCD 68,4 192,5 -124,1 -64,47 Belém de Maria 77,2 65,9 11,3 17,15 Buenos Aires 42,9 87,3 -44,4 -50,86 46 86,3 -40,3 -46,70 Carpina (Est, Exp, de Cana-de-Açúcar) 29,2 82 -52,8 -64,39 132,5 95 37,5 39,47 Chã de Alegria 38,2 109 -70,8 -64,95 Chã Grande 71,5 77,6 -6,1 -7,86 Condado 40,5 113,7 -73,2 -64,38 Cortês 68,7 175,9 -107,2 -60,94 Escada 69,5 136,8 -67,3 -49,20 Ferreiros 36 89,4 -53,4 -59,73 110,6 140,8 -30,2 -21,45 Glória do Goitá 31,2 86,6 -55,4 -63,97 Goiana (Itapirema - IPA) 103,5 132,7 -29,2 -22,00

Itambé (IPA) 36,1 102,7 -66,6 -64,85 44 115,4 -71,4 -61,87 89,3 61,5 27,8 45,20 Joaquim Nabuco 80,9 148,6 -67,7 -45,56 Lagoa de Itaenga (Barragem de Carpina) 31,6 77,4 -45,8 -59,17 42,4 84,8 -42,4 -50,00 60,3 78 -17,7 -22,69 59,6 54,8 4,8 8,76 Nazaré da Mata 56 96,4 -40,4 -41,91 Palmares 88,8 135,8 -47 -34,61 60,1 86 -25,9 -30,12 Paudalho (Barragem de Goitá) 42,7 144,2 -101,5 -70,39 16,4 57,4 -41 -71,43 Primavera 91,5 115,8 -24,3 -20,98 Quipapá 69,7 64,5 5,2 8,06 Ribeirão 104,8 130,9 -26,1 -19,94 (Usina Cucaú) 94,5 191,3 -96,8 -50,60 São Benedito do Sul 83,5 55 28,5 51,82 São José da Coroa Grande 62,8 194 -131,2 -67,63 Sirinhaém 59,9 208 -148,1 -71,20 Tamandaré 79 146,8 -67,8 -46,19 Timbaúba 31,8 72,7 -40,9 -56,26 Tracunhaém 29,3 91,6 -62,3 -68,01 Vicência 35,5 84,7 -49,2 -58,09 Vitória de Santo Antão (IPA) 42,3 75,4 -33,1 -43,90 Xexéu (Engenho Bom Mirar) 126,8 158 -31,2 -19,75

AGRESTE Acumulado Agosto Média Anomalia Desvio Posto (mm) (mm) (mm) (%) 53 52,2 0,8 1,53 Águas Belas 30,4 48,6 -18,2 -37,45 16 59,6 -43,6 -73,15 Altinho 42,5 45,9 -3,4 -7,41 66,4 80,2 -13,8 -17,21 Barra de Guabiraba 125,6 97,2 28,4 29,22 19,1 36 -16,9 -46,94 Belo Jardim (Açude Bituri) 30,2 36,8 -6,6 -17,93 12 31,3 -19,3 -61,66 (IPA) 25,5 71,3 -45,8 -64,24 Bom Jardim 37,8 108,3 -70,5 -65,10 Brejão (IPA) 104,7 148,1 -43,4 -29,30 (Fazenda Nova) 0 39 -39 -100,00 Cachoeirinha 22,7 35,6 -12,9 -36,24 Caetés 22,1 54,4 -32,3 -59,38 Calçados 53,6 54,4 -0,8 -1,47 Camocim de São Felix 80,5 54 26,5 49,07 78,4 77,7 0,7 0,90 34,7 48,8 -14,1 -28,89

Caruaru 19,4 41,2 -21,8 -52,91 Caruaru - PCD 29,7 41,2 -11,5 -27,91 Caruaru (IPA) 128,6 43,4 85,2 196,31 13,5 66 -52,5 -79,55 Correntes 89 111,8 -22,8 -20,39 22,5 4,8 17,7 368,75 Cupira 59,5 54,3 5,2 9,58 Feira Nova 35 60,6 -25,6 -42,24 (Algodão do Manso) 11,2 46,6 -35,4 -75,97 77,7 74 3,7 5,00 Gravatá 35 60,2 -25,2 -41,86 45,5 43,6 1,9 4,36 Itaiba 34 38,8 -4,8 -12,37 João Alfredo 47 86,3 -39,3 -45,54 40,1 42,1 -2 -4,75 62 47,2 14,8 31,36 Jurema 102,3 55,5 46,8 84,32 61,8 124,3 -62,5 -50,28 48,5 57,2 -8,7 -15,21 Lajedo 42,6 44,9 -2,3 -5,12 41,2 77,1 -35,9 -46,56 48 91,3 -43,3 -47,43 Orobó 43 92,5 -49,5 -53,51 Palmeirina 100,5 102,2 -1,7 -1,66 48,5 53,1 -4,6 -8,66 53 79,4 -26,4 -33,25 18,5 49,1 -30,6 -62,32 Pedra (São Pedro do Cordeiro) 5,2 33,4 -28,2 -84,43 Pesqueira 30,6 37,6 -7 -18,62 Poção 42 29,7 12,3 41,41 8,4 22,4 -14 -62,50 Sairé 61,4 61,8 -0,4 -0,65 Salgadinho 21,3 52 -30,7 -59,04 Saloá 17,6 77,8 -60,2 -77,38 Sanharó 24,7 32,9 -8,2 -24,92 13,8 25,6 -11,8 -46,09 Santa Maria do Cambuca 14,2 47,9 -33,7 -70,35 São Bento do Una (IPA) 30,7 33,1 -2,4 -7,25 São Caetano 15,5 39,7 -24,2 -60,96 São João 62,7 78,2 -15,5 -19,82 São Joaquim do Monte 101 65,1 35,9 55,15 São Vicente Férrer 52,7 81 -28,3 -34,94 24,5 44,7 -20,2 -45,19 Tacaimbó 19 36,8 -17,8 -48,37 33 31,7 1,3 4,10 34,2 107,9 -73,7 -68,30 16,1 27,1 -11 -40,59 36,2 46,9 -10,7 -22,81 10,3 40 -29,7 -74,25 Vertente do Lério 15,2 49,9 -34,7 -69,54 Vertentes - PCD 12,7 51 -38,3 -75,10 Vertentes (IPA) 12,9 48,1 -35,2 -73,18

SERTÃO Acumulado Agosto Média Anomalia Desvio Posto (mm) (mm) (mm) (%) Afogados da 4 8,4 -4,4 -52,38 Afrânio 0 1 -1 -100,00 Afrânio - PCD 0 0,8 -0,8 -100,00 Araripina 0 3 -3 -100,00 Araripina - PCD 1,4 2,3 -0,9 -39,13 Arcoverde - PCD 29,3 37,8 -8,5 -22,49 Arcoverde (Canela da Ema) 0 33 -33 -100,00 Arcoverde (INMET) 28,5 39,4 -10,9 -27,66 Belém de São Francisco (CHESF) 0 3 -3 -100,00 Belém de São Francisco (Ibó - CHESF) 0,9 10,1 -9,2 -91,09 Belém de São Francisco (IPA) 6 3 3 100,00 Betânia 6,5 4,7 1,8 38,30 Bodocó 0 5,6 -5,6 -100,00 0 8,7 -8,7 -100,00 Cabrobó 0 11,9 -11,9 -100,00 5,8 19,9 -14,1 -70,85 Carnaíba 5 9,1 -4,1 -45,05 0 3,6 -3,6 -100,00 Cedro 4 4,2 -0,2 -4,76 Custódia 10 8,2 1,8 21,95 0 1,5 -1,5 -100,00 Exu (IPA) 0 4,3 -4,3 -100,00 Flores 3 8,9 -5,9 -66,29 Floresta 2 6,1 -4,1 -67,21 Floresta - PCD 1,3 5 -3,7 -74,00 Floresta (CHESF) 0 5 -5 -100,00 0 3,6 -3,6 -100,00 Ibimirim (IPA) 0 11,9 -11,9 -100,00 1,5 9 -7,5 -83,33 Inajá (CHESF) 8,8 12,5 -3,7 -29,60 Ingazeira 0 7,4 -7,4 -100,00 4 5,3 -1,3 -24,53 0 8,2 -8,2 -100,00 3 9,8 -6,8 -69,39 Jatobá 0,8 40,2 -39,4 -98,01 Lagoa Grande 0 2,7 -2,7 -100,00 Manari 30 28,5 1,5 5,26 0 4 -4 -100,00 Moreilândia 0 6,4 -6,4 -100,00 Orocó 0 5,9 -5,9 -100,00 Ouricuri - PCD 0,8 3,4 -2,6 -76,47 Parnamirim 0 2,9 -2,9 -100,00 Petrolândia 0 30,6 -30,6 -100,00 Petrolina 0 2 -2 -100,00 Petrolina - PCD 0 2 -2 -100,00 Petrolina (INMET) 0,1 2 -1,9 -95,00 19,5 12,2 7,3 59,84

Salgueiro 0,2 3,5 -3,3 -94,29 Salgueiro - PCD 1,4 4 -2,6 -65,00 Santa Cruz da Baixa Verde 5,2 32,8 -27,6 -84,15 Santa Cruz da Venerada 0 2,8 -2,8 -100,00 Santa Filomena 0 2,9 -2,9 -100,00 (CHESF) 0 2 -2 -100,00 Santa Terezinha 1 8,9 -7,9 -88,76 São José do Belmonte 0 6,1 -6,1 -100,00 São José do Egito (Faz, Muquén) 0 5 -5 -100,00 Serra Talhada 1,9 8,3 -6,4 -77,11 Serra Talhada - PCD 1,8 8,3 -6,5 -78,31 Serra Talhada (Açude Cachoeira) 6,5 8,3 -1,8 -21,69 Serra Talhada (IPA) 3,2 8,1 -4,9 -60,49 0 2,4 -2,4 -100,00 Serrita (Santa Rosa) 0 3,9 -3,9 -100,00 Sertânia 0 8,4 -8,4 -100,00 Sertânia (IPA) 0 8,9 -8,9 -100,00 Solidão 9 9,8 -0,8 -8,16 Tabira 41,4 8,1 33,3 411,11 (Sítio Gameleira) 0 43,5 -43,5 -100,00 Terra Nova 0 5,1 -5,1 -100,00 Trindade 0 4,2 -4,2 -100,00 Triunfo 34,1 38,1 -4 -10,50 8 12 -4 -33,33 Tuparetama (Fazenda Riacho) 11,6 6,4 5,2 81,25 0 4,3 -4,3 -100,00