A Construção Da Liderança Política De Flores Da Cunha: Governo, História E Política (1930- 1937)

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A Construção Da Liderança Política De Flores Da Cunha: Governo, História E Política (1930- 1937) UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS – UNICAMP INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS - IFCH PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA A CONSTRUÇÃO DA LIDERANÇA POLÍTICA DE FLORES DA CUNHA: GOVERNO, HISTÓRIA E POLÍTICA (1930- 1937) ANTÔNIO MANOEL ELÍBIO JÚNIOR CAMPINAS, FEVEREIRO DE 2006 ii ANTÔNIO MANOEL ELÍBIO JÚNIOR A CONSTRUÇÃO DA LIDERANÇA POLÍTICA DE FLORES DA CUNHA: GOVERNO, HISTÓRIA E POLÍTICA (1930-1937) Tese de Doutoramento apresentada ao Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas sob a orientação da Professora Dra. Vavy Pacheco Borges. Este exemplar corresponde à redação final da tese defendida e aprovada pela Comissão Julgadora em ____/____/2006. BANCA: Profª. Drª.Vavy Pacheco Borges (Orientadora) – IFCH – UNICAMP Profª. Drª. Iara Lis Schiavinatto (Co-orientadora) – IA – UNICAMP Profª. Drª. Maria Stella M. Bresciani – IFCH - UNICAMP Profª. Drª. Ilka Stern Cohen - ANPUH - SP Profª. Drª. Cynthia Machado Campos – CFH – UFSC Suplentes Profª. Drª. Maria Helena Rolim Capelato – FFLECH - USP Profª. Drª. Silvana Rubino - IFCH – UNICAMP Prof°. Dr°. Ítalo Arnaldo Tronca – IFCH – UNICAMP CAMPINAS, FEVEREIRO DE 2006 iv À Jucélia, minha mãe; e a Leonardo, meu companheiro. v AGRADECIMENTOS À Profª Vavy Pacheco Borges, a quem sempre serei grato pela orientação intelectual, tolerância, confiança e acolhida nos momentos difíceis. Devo à Vavy a continuidade e conclusão deste trabalho. Sua inestimável contribuição com críticas argutas e com sua sensibilidade foram imprescindíveis a cada passo dessa pesquisa. À Profª Iara Lis, pela leitura contínua dos meus textos esparsos. Foi ela que me conduziu aos caminhos do estudo da “imagem”. Sou grato, sobretudo, por sua orientação crítica e consistente. À Profª Ilka Cohen pelas sugestões precisas durante meu exame de qualificação. Aos meus amigos que sempre me incentivaram com frutíferas sugestões. Mesmo não sabendo exatamente qual era o objeto de pesquisa, suas palavras diminuíram minha angústia e aumentaram minha gratidão. Aos amigos da “história” Maurício, Rogério, Karla, Jazam, Karen, Manu, Cris e Denise expresso meu carinhoso agradecimento. A mais recente “apaixonada” pela história, Fernanda Nascimento, pela sua investigação precisa e cuidadosa nos Arquivos do Rio Grande do Sul. Fernanda muito obrigado. Aos meus amigos da Unisul que conviveram comigo o “doce prazer” de escrever uma Tese. Cláudia Cárdenas pela leitura e sugestões de redação, Fernanda Lago pelo companheirismo e sorrisos, Marina Móros por sua espontânea indicação literária. Aos funcionários do CPDOC que disponibilizaram com muita dedicação as minhas inúmeras solicitações de documentos, especialmente à Bárbara Russo e Daniele Amado. E, em especial, aos meus irmãos e irmãs. Juliano, Jorge, Antônio Carlos, Giselle, Soraya, Sibeli e Maria, essa Tese só foi possível devido a dedicação, carinho e confiança que vocês depositaram. Não preciso repetir o quanto amo essa família. Aos cunhados e irmãos Grover e Eraldo pela solidariedade e companherismo. vi RESUMO Esta pesquisa tem como objetivo analisar a trajetória política de José Antônio Flores da Cunha que governou o Estado do Rio Grande do Sul entre os anos de 1930 e 1937. As questões que orientaram esta investigação giraram em torno da análise da construção da liderança política de Flores da Cunha através da troca epistolar com inúmeros atores políticos e sociais. Nesse sentido, as perguntas às quais procuramos responder podem ser formuladas nos seguintes termos: Quais eram os liames políticos estabelecidos por Flores da Cunha e o Governo Federal? Como situar a gestão política de Flores da Cunha no âmbito dos Partidos Políticos do Rio Grande do Sul? Quais os embates travados pelo político nos momentos da Revolução de 1930, Revolução Constitucionalista de 1932, durante os trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte em 1934 e a partir da decretação do Estado de Sítio em 1935? Para discutir esses aspectos, empregamos como fonte tanto os documentos epistolares depositados no Centro de Pesquisa de História Contemporânea do Brasil – CPDOC – FGV, no Fundo do Gabinete Civil da Presidência no Arquivo Nacional, no acervo da Biblioteca Nacional-, quanto os jornais A Federação, Jornal da Manhã, Correio do Povo, Diário Liberal depositados no acervo do Museu de Comunicação Social Hipólito da Costa. Além disso, também usamos como fontes as edições da revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul publicadas entre os anos de 1921 e 1937. Os resultados aos quais chegamos possibilitam apreender que, embora não exercendo uma efetiva interferência na política nacional, Flores da Cunha mediou constantemente às demandas políticas e econômicas do Rio Grande do Sul e, a partir de 1935, iniciou um franco confronto com Getúlio Vargas. Concluímos, também, que a mediação de Flores da Cunha entre o poder federal e as elites econômicas e políticas do Rio Grande do Sul, não se fundou exclusivamente em uma mera disposição deste em acatar as designações do Governo Federal, mas, sim, constituiu uma prática política de negociações baseada numa diversidade de interesses circunstanciais. Palavras-chave: História Política, Governo, Estado, Rio Grande do Sul. vii ABSTRACT This research aims to analize the political trajectory of José Antônio Flores da Cunha who has led the brazilian state of Rio Grande do Sul between the years of 1930 and 1937. The issues that guided this investigation revolved around the analyses of the construction of the political leadership of Flores da Cunha through the exchange of written record with many social and political actors. Due to this fact, the questions that are sought to be answered can be made on these terms: What were the political limits stablished by Flores da Cunha and the Federal Government? How to locate the political management of Flores da Cunha in the Political Parties scenario in Rio Grande do Sul? What were the conflicts fought by this politician during the 1930’s Revolution, the Constitutional Revolution of 1932, during the works around the stablishment of the Federal Constitution in 1934 and from the time of the State of Siege in 1935? To discuss these aspects, the source of the research was as follows: the letters found at the Centro de Pesquisa de História Contemporânea do Brasil – CPDOC – FGV, at the Fundo do Gabinete Civil da Presidência no Arquivo Nacional, the collection found at the Brazilian National Library, the newspapers A Federação, Jornal da Manhã, Correio do Povo, Diário Liberal, stored at the Museu de Comunicação Social Hipólito da Costa in Porto Alegre. Some issues of the magazine of the Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, published between the years of 1921 and 1937, were used as source as well. The results achieved made it possible to learn that, although not making an effective interference in the national politics, Flores da Cunha mediated constantly the economic and political demands of Rio Grande do Sul, and starting in 1935 he iniciated an open confrontation with Getúlio Vargas. It was also concluded that the mediation of Flores da Cunha between the federal power and the economic and political elites of Rio Grande do Sul wasn’t simply based in his attempts to attack the designations of the Federal Government, but instead, it was a political practice of negociation settled on a variety of circunstancial interests. Keywords: Political History, Government, State, Rio Grande do Sul. viii SUMÁRIO RESUMO.............................................................................................................................VI ABSTRACT.......................................................................................................................VII SUMÁRIO........................................................................................................................VIII LISTAS................................................................................................................................ X INTRODUÇÃO...................................................................................................................11 Capítulo I GOVERNO E POLÍTICA..................................................................................................47 1.1. Flores da Cunha: Interventor do Rio Grande do Sul...............................................47 1.2. Embates políticos e alianças partidárias.................................................................. 66 1.3. Movimentos armados..................................................................................................83 1.4. A fundação do Partido Republicano Liberal ............................................................98 Capítulo II DA ALIANÇA POLÍTICA AO CONFRONTO ARMADO........................................107 2.1. A FUG e as ameaças subversivas.............................................................................107 2.2. O processo constituinte e o “caso mineiro”.............................................................124 2.3. A reaproximação com a FUG e a ruptura com Vargas.........................................134 2.4. A mediação de Lindolfo Collor................................................................................162 2.5. As fórmulas de conciliação e a conspiração armada de Flores.............................174 Capítulo III FLORES DA CUNHA E AS FORÇAS DA ORDEM....................................................197 3.1. Entre os trabalhadores e Vargas..............................................................................197
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