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Plano Municipal de Educação Paim Filho/RS 2015-2025

DOCUMENTO APROVADO PELO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES E SANCIONADO PELA LEI MUNICIPAL Nº 2.094/15, DE 10 DE JUNHO DE 2015.    3

SUMÁRIO

1- APRESENTAÇÃO ...... 12

2- INTRODUÇÃO...... 13

3- HISTÓRICO DO MUNICÍPIO ...... 14

3.1- DIAGNÓSTICO DE PAIM FILHO...... 17

4 - DIAGNÓSTICO DA EDUCAÇÃO ...... 22

4.1- EDUCAÇÃO INFANTIL ...... 25

4.2 - ENSINO FUNDAMENTAL...... 27

4.3 - ENSINO MÉDIO ...... 29

4.4-FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO ...... 33

4.5 - FINANCIAMENTO E GESTÃO DA EDUCAÇÃO ...... 35

4.6 - ENSINO SUPERIOR...... 37

5 - PLANEJANDO A PRÓXIMA DÉCADA...... 39

5.1 - PRINCÍPIOS BASILARES AO PLANO...... 39

6- METAS DO MUNICÍPIO DE PAIM FILHO...... 43

7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...... 69 4

LEI Nº 2.094/2015, DE 10 DE JUNHO DE 2015.

“Aprova o Plano Municipal de Educação, para o próximo decênio e dá outras providências.”

ELTON LUIZ DAL MORO, Prefeito Municipal de Paim Filho, Estado do , FAÇO SABER, em cumprimento ao disposto na Lei Orgânica do Município, que o Poder Legislativo Municipal aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte Lei:

Art.1º - Fica aprovado o Plano Municipal de Educação – PME, com vigência por 10 (dez) anos, a contar da aprovação dessa lei, na forma do Anexo, com vistas no cumprimento do disposto em PNE, Lei do Sistema, Constituição Federal e LDB.

Art. 2º - São diretrizes do PME, em consonância com o PNE:

I – erradicação do analfabetismo;

II – universalização do atendimento escolar;

III – superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da igualdade racial, regional, de gênero e de orientação sexual;

IV – melhoria da qualidade da educação;

V – formação para o trabalho e para a cidadania;

VI – promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;

VII – promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do país;

VIII – estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade;

IX – valorização dos (as) profissionais da educação; 5

X – promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental.

Art. 3º - As metas previstas no anexo desta Lei, deverão ser cumpridas no prazo de vigência deste PME, desde que não haja prazo inferior definido para metas e estratégias específicas.

Art. 4º - As metas previstas no anexo desta Lei deverão ter como referência a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio – PNAD, o censo demográfico e os censos nacionais de educação básica e superior mais atualizados, disponíveis na data de publicação desta Lei.

§ Único. O Poder Público buscará ampliar o escopo das pesquisas com fins estatísticos de forma a incluir informação detalhada sobre o perfil das populações de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência.

Art. 5º - A execução do PME e o cumprimento de suas metas serão objeto de monitoramento contínuo e de avaliações periódicas, realizados pelas seguintes instâncias:

I - Secretaria Municipal de Educação e Cultura - SMEC;

II - Conselho Municipal de Educação - CME;

III - Fórum Municipal de Educação - FME.

§ 1º - Compete, ainda, às instâncias referidas no caput:

I - divulgar os resultados do monitoramento e das avaliações nos respectivos sítios institucionais da Internet;

II – analisar e propor políticas públicas para assegurar a implementação das estratégias e o cumprimento das metas;

III – analisar e propor a revisão do percentual de investimento público em educação.

§ 2° - A cada 2 (dois) anos, ao longo do período de vigência do PME as instituições no caput do artigo divulgarão estudos voltados para o aferimento do cumprimento das metas.

§ 3° - A meta progressiva do investimento público em educação será avaliada no quarto ano de vigência do PNE/PME e poderá ser ampliada por meio de lei para atender às necessidades financeiras do cumprimento das demais metas.

§ 4º - Será destinada a manutenção e ao desenvolvimento do ensino, em acréscimos aos recursos vinculados nos termos do Art. 212 da Constituição Federal, além de outros recursos previstos em lei, a parcela da participação no resultado ou da compensação financeira pela exploração de petróleo e de gás natural, na forma de lei específica, com finalidade de assegurar o cumprimento da meta prevista no inciso VI do art. 214 da Constituição Federal.

Art. 6° - O Fórum Municipal de Educação terá as seguintes atribuições: 6

I – acompanhar a execução do PME e o cumprimento de suas metas;

II – promover a articulação das conferências estadual e municipais ou intermunicipais que precederem a Conferência Nacional de Educação.

Art. 7º - A consecução das metas deste PME e a implantação das estratégias deverão ser realizadas em regime de colaboração entre União, Estado e Município.

§ 1° - Caberá aos gestores federais, estaduais e municipais a adoção das medidas governamentais necessárias ao atingimento das metas previstas neste Plano Municipal de Educação.

§ 2º - As estratégias definidas no Anexo desta Lei não elidem a adoção de medidas adicionais em âmbito local ou de instrumentos jurídicos que formalizem a cooperação entre os entes federados, podendo ser complementadas por mecanismos nacionais e locais de coordenação e colaboração recíproca.

§ 3º - Os sistemas de ensino do Estado e do Município deverão prever mecanismos para o acompanhamento local da consecução das metas do PNE, do PEE e do PME, conforme previsto no Art. 8º do PNE.

§ 4º - Haverá regime de colaboração específico para a implementação de modalidades de educação escolar que necessitem considerar territórios étnicos educacionais e a utilização de estratégias que levem em conta as identidades e especificidades sócias culturais e linguísticas de cada comunidade envolvida, assegurada a consulta previa e informada a essa comunidade.

§ 5º - Será criada uma instância permanente de negociação e cooperação entre a União, Estado e município.

§ 6º - O fortalecimento do regime de colaboração entre os municípios dar-se-á inclusive mediante a adoção de arranjos de desenvolvimento da educação.

Art. 8º - O Município deverá aprovar leis específicas para o seu sistema de ensino, disciplinando a gestão democrática de educação pública nos respectivos âmbitos de atuação, no prazo de 2 (dois) anos contado da publicação desta Lei, adequando, quando for o caso, a legislação local já adotada com essa finalidade.

Art. 9º - O Plano Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias e os Orçamentos anuais do Município deverão ser formulados de maneira a assegurar a consignação de dotações orçamentárias compatíveis com as diretrizes, metas e estratégias deste PME e com o PEE e o PNE, a fim de viabilizar sua plena execução.

Art. 10 - Até o final do primeiro semestre do 9º (nono) ano de vigência deste, Plano Municipal de Educação, o Poder Executivo encaminhará à Câmara de Vereadores, sem prejuízo das prerrogativas deste Poder, projeto de lei referente ao Plano Municipal de Educação vigorar no período subsequente ao final da vigência deste PME, que incluirá diagnóstico, metas e estratégias para o decênio subsequente. 7

Art. 11 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE PAIM FILHO, 10 de junho de 2015.

Elton Luiz Dal Moro,

Prefeito Municipal.

Registre-se e Publique-se:

Carlos Humberto Dall Prá,

Secretário de Administração.

A lei acima foi aprovada por unanimidade pelos seguintes vereadores:

Adelmo Prodocimo André Debiasi Zanella Celso Luiz Lorenson Jose Cassol Basso Leonel Francisco Fortuna Orides Antonio Serpa Espelocin Sergio Luiz Arsego Zilmar Pertile 8

Prefeito Municipal

Elton Luiz Dal Moro

Vice-Prefeito Municipal Alberto Cervinski

Presidente da Câmara Municipal David Conte

Coordenadoras da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SMEC) Andréia Zanella/Cleuci Fátima Barbieri/ Ivanilde Mª Gelain Conte

Presidente do Conselho Municipal da Educação Maria Mezzalira Rossignol/Cleumara Zaparolli

Diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental Irmã Maria Anastasie Adriana Baldin

Diretora da Escola Municipal de Educação Infantil Criança Maria Mezzalira Rossignol

Diretora da Escola Estadual de Educação Básica Luiza Formighieri Vania Schenatto Carlotto

Coordenador Geral do PME Robson Paim da Universidade Federal Fronteira Sul/ Campus

Fórum Municipal de Educação Conforme Decreto nº 1.956/2013, de 11 de abril de 2013

Coordenadora Geral dos Grupos de Trabalho (GTs) Cleusa Terezinha Conte Betiollo

Grupo de Trabalho da Educação Infantil Coordenadora: Daiane Mezzalira Relatora: Carine Baldin Secretária: Maria Mezzalira Rossignol 9

Colaboradores: Evelise M. Zuanazzi Luciana Maria Dal Pra Pontel Gildete Maria Bertuol Pedott Rozeli Maria Bertuol Vanz Vânia Borges Borba Loreni Maria Zapparoli Piovezan Noeli Bernardete Piana Francieli Matana Claudia Zorzan Lourdes Maria Carlotto da Silva Rosicler Baggio Adriana Conte Fortuna Cleomar de Jesus Pereira Menosso Marcia Ruaro Longhi Adriana Varela Borges Emanueli Maria Pellizzari Menin Jandira T. Caragnatto Bernardi Geice Conte Liomar M. Ferrari Chiossi

Grupo de Trabalho do Ensino Fundamental Coordenadora: Saionara Centofante Conte Relatora: Rosangela Baldin Dal Pra Secretária: Rojania Maria Barremaker Andrighetti Colaboradores: Diandra Calgarotto Jacira Santos Refosco Marineiz Foiatto Galeti Rafaela Assunta Banfi Fernanda Rodrigues Chaves Solange Maria Copatti Nedivania Dal Pra Risello Laudete Terezinha Pereira Valmorbida Tânia Maris Muraro Bertuol Rosangela Pereira Bueno Vasata Maria Helena Gelain Ivanir de Fatima Ódia Roselene Novenia Brunetto Zaparoli Lenir Casagrande Fortuna Inete Lucia Provenci Becegatto Eda Dal Molin Favero Rosemeri Manica Celia Jaqueline Padilha Baggio Dre Taíse Maria Jucoski Rosemari Fátima C. Bettiollo 10

Grupo de Trabalho do Ensino Médio e Educação Profissionalizante Coordenadora: Isabel Gusso Carniel Relatora: Jussana Zaparoli Bacchi Secretária: Miriam Piovesan Rigon Colaboradores: Glaucimeia Menon Centofante Ivanildes Conte Celso Luiz Lorenson Marli Mezalira Gusso Janice Andrighetti Maria Cristiane Cavaletti Cioatto Carolina da Luz Teles Ferreira Cleide Lucia de Souza Dall Pra Ana Cristina Baggio Sonia Buratto Nelma Fátima Betiolo Flavio Luis Zanandrea Micheila Theodoro Mauro José Rigon

Grupo de Trabalho de Formação e Valorização dos Profissionais da Educação Coordenadora: Oneide Prodocimo Belusso Relatora: Adriana Baldin Secretária: Roselei Rodrigues Campos Colaboradores: Mirvana Antonia Totti Rigon Janete Otilia Wengrzynek Brunetto Fabiana Barbara Grazziotin Dias Sidiane Fátima Bessegatto Alves Cleonice Bessegato da Silva Gildete Pereira Spironello Eunice Maria Accorsi Maria Inês Gelain Piovesan Carla Adelandra Borges Dias Derli de Paula Márcia Maria Andrighetti Jaquelina Clara Conte Rosimeri Souza de Paula Sirlei Fatima de Abreu Padilha Marindia Favero Juliana da Silva Juliane Klipel Lourdes Longhi

Grupo de Trabalho de Financiamento e Gestão Coordenadora: Edione Acorsi Relatora: Luci S. Facchin 11

Secretaria: Andria Bernardi Luppi Colaboradores: Aleson Spironello Renan Carlos Muraro Ostrowski Rodrigo Lorenson Sirlei Gusso Bernardi Maria Ines Carlotto Chiossi Daiane Paula D`Alba Paiz Diva M. B. Caragnatto Marli Gregório Becegato Leonice Casagrande Gnoatto Janir Luiz Vicenzi Cleide Basso Confortin Elaine Maria Vesenick Eva Franciane Pertile Marines Bertoldo Vanz Patrícia Pivotto Vania Schenatto Carlotto 12

1- APRESENTAÇÃO

A lei nº 13.005 de 25 de junho de 2014, que aprovou o Plano Nacional de Educação (PNE), criou em seu Artigo 8º uma obrigação para os Estados, o Distrito Federal e os municípios: “Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão elaborar seus correspondentes planos de educação, ou adequar os planos já aprovados em Lei, em consonância com as diretrizes, metas e estratégias previstas neste PNE, no prazo de 01 (um) ano contada da publicação desta Lei.”

A Elaboração dos Planos Estaduais e Municipais constitui a nova etapa, expressando em cada ente federado os objetivos e metas que lhe correspondem no conjunto e em vista de sua realidade, para que se alcance o patamar educacional proposto no Plano Nacional, no horizonte dos dez anos de sua vigência.

A Secretaria Municipal de Educação e Cultura, juntamente com o Conselho Municipal de Educação, o Fórum Municipal e toda a comunidade escolar, reuniram-se por diversas vezes a fim de discutir e elaborar o texto base do Plano Municipal de Educação, o qual foi colocado para a apreciação da comunidade painfilhense, em Audiência Publica realizada em 20 de maio de 2015.

O referido plano possui 20 metas em conformidade com o PNE e foram elaboradas a partir das diretrizes estabelecidas pela Conferencia Nacional de Educação, que contempla todas as etapas e modalidades de ensino: Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Ensino Superior e Educação Especial, além de apontar considerações importantes acerca da Valorização do Magistério, Formação de Professores, Gestão e Financiamento da Educação. Com a finalidade de diagnosticar a realidade educacional do município, realizou-se o levantamento de dados referentes à oferta do ensino, tanto na rede municipal quanto na rede estadual e, posteriormente, comparou-se com a realidade do Rio Grande do Sul e do Brasil. A partir daí, definiram-se as estratégias que serão utilizadas para que a educação de Paim Filho possa avançar, tanto na oferta quanto na qualidade.

Entendemos que a construção do PME é uma oportunidade ímpar que o município tem de articular as forças sociais e envolvê-las no processo, para que haja o comprometimento de todos na concretização das metas, que são a essência deste documento. 13

2- INTRODUÇÃO

É com grande satisfação que apresentamos o Plano Municipal de Educação – PME aos munícipes de Paim Filho/RS, com vigência de 2015 a 2025. A elaboração deste representa um marco para o município e faz parte das ações que, com olhos no futuro, planejam uma educação de qualidade. Sua trajetória se iniciou 2013, com o planejamento, a organização e levantamento de dados para seu diagnóstico em parceria com a Universidade Federal Fronteira Sul de Erechim/RS. No ano de 2014, desencadeou-se discussões acerca da política educacional a ser desenvolvida no município com a participação da equipe da SMEC, Conselho Municipal de Educação (CME), Fórum Municipal de Educação, Escola Municipal Irmã Maria Anastasie, Escola Municipal de Educação Infantil Criança Feliz, Escola Estadual de Educação Básica Luiza Formighieri, Poder Executivo, Poder Legislativo e comunidade em Geral; onde constituiu-se os GTs (Grupos de Trabalho) a fim de que discutissem as metas/estratégias em todos os níveis e modalidades de ensino, traduzindo o anseio da comunidade para a educação, pertinentes aos próximos 10(dez) anos em nosso município.

O Plano Municipal de Educação (PME) se constituiu por meio do processo democrático e participativo com a finalidade de trazer diretrizes e metas educacionais a serem executados no período de 10 (dez) anos. O Plano Decenal de Paim Filho/RS está integrado ao Plano Estadual de Educação e ao Plano Nacional de Educação e, mais integrado ainda, à realidade, e às políticas públicas do município. Tendo como principais objetivos: garantir às crianças, à juventude e a pessoas adultas, condições de acesso e permanência nas instituições de ensino de nosso município, melhorando assim a qualidade da educação oferecida.

Portanto, o Plano Municipal de Educação (PME) de Paim Filho configura-se um documento que transcende o período governamental. É um plano – em sua essência – de discussão, que foi construído para permanente flexibilidade, a partir de avaliações periódicas que respeitem as necessidades prementes do sistema educacional.

Queremos expressar nosso sincero agradecimento a todos os que se envolveram na construção deste plano; e um agradecimento especial ao Professor da Universidade Federal Fronteira Sul, Robson Paim, pela dedicação e suporte necessário à elaboração deste documento.

“Ai de nós, educadores, se deixarmos de sonhar os sonhos possíveis. E, o que eu quero dizer com sonho possível? Na verdade, há sonhos impossíveis e o critério de possibilidade ou impossibilidade dos sonhos é um critério histórico-social e não individual. O sonho impossível hoje torna-se possível amanhã ” Paulo Freire 14

3- HISTÓRICO DO MUNICÍPIO

Os habitantes da comunidade denominada Paim Filho, modelam muito bem toda a vida cultural do ilhamento de um quadrilátero de Estado Gaúcho, com descendência Italiana, isolada na imensidão territorial do Alto Uruguai, parte do meio nordeste do Rio Grande do Sul, taxado de “o homem de cultura espúria”, isso em comparação a seus irmãos que habitam a Região Sul do Estado. Paim Filho situa-se no Nordeste do Estado, com sua população de imigrantes, que em massa aqui chegaram no longínquo ano de 1910, logo após a Proclamação da República, com o intuito de ocupar os espaços vazios do Estado. No coração desta vasta ilha, em vias de aculturação em costumes, tradições e dados estatísticos,está descendentes de Italianos, possivelmente vindos de diferentes regiões da Itália. Com a situação de um povo esmagado pelo isolamento geo-físico-cultural, esse tipo humano desbravou sertões virgens da terra do nosso Estado. Em 1986, com a chegada de um grupo de imigrantes, junto com os habitantes que aqui já estavam, formou-se uma comunidade e qual lutou lutaram para o sonho da emancipação. No início do Século XX (aproximadamente em 1903), teve inicio a colonização da região da mata do imenso Município de . Através da Comissão de Terras de Erechim (hoje Getúlio Vargas) estabeleceu-se uma pequena vila que se chamou . Aquela demarcou na região da Mata nove mil lotes-colônias, de dez alqueires cada um, pagáveis em cinco anos, sem multas ao preço de 750 mil réis. Isso atraiu dezenas de colonizadores de , , Garibaldi, Bento Gonçalves, Antônio Prado, Veranópolis, Nova Pádua, e outros Municípios que aqui em terras devolutas, aos poucos foram formando a vila: um comerciante, um sapateiro, uma ferraria, uma bodega, um armazém, um alfaiate, uma capelinha, etc... A estrada que ligava a Sede Nova com Sananduva, Lagoa Vermelha e , de outro lado, com , era um picadão tortuoso aberto a machado e por cascos de cavalos e de mulas. Antes que os primeiros moradores chegassem à região, tudo aqui não passava de grande e espessa floresta, que confundia-se com campos e pinhais, recortada pelo Rio 15

Inhandava e seus afluentes. Talvez alguns Índios trafegassem pela mata em busca de água no Inhandava, mas além deles, só animais selvagens, peixes e pássaros povoavam esse pedaço do então Município de Lagoa Vermelha. Foi em 1895 que fugindo do recrutamento para a revolução iniciada em 1893, o jovem FELISBERTO MANOEL THEODORO resolveu deixar sua terra natal - ESCAPOEIRA, e partir para os “sertões” do grande Município de Lagoa Vermelha. Motivado pelo Rio Inhandava, Felisberto chegou a esta terra, fixando residência ao pé do morro da Cordilheira, dedicando-se à agricultura. Mal pensava ele que tinha acabado de fundar o Município de Paim Filho. Depois de três anos, Felisberto (o “tigre”) viu chegar o segundo morador, cujo nome até hoje permanece ignorado, mas apelidado de “CARRAPICHO”, com quem teria realizado a primeira transação imobiliária do Município (venda da casa e das terras de sua posse). Como a primeira pessoa a fixar residência no nosso Município, FELISBERTO MANOELTHEODORO é considerado fundador do mesmo. Alguns de seus descendentes ainda permanecem residindo em Paim Filho. Paim Filho teve sucessivamente vários nomes:  1° - O DISTRITO DE SEDE NOVA: Por volta de 1908, mais moradores começam a chegar, também interessados nas férteis terras que o Rio Inhandava deveria proporcionar. Entre as primeiras famílias, destacamos: a do próprio FELISBERTO THEODORO, DIAS DE PAULA, BOFF E TAQUARIANOS; alguns de origem italiana e outros brasileiros natos.Entre os anos de 1910 e 1918, outras famílias fixaram residência no povoado, como as de ANTÔNIO CARLOTO, FRANCISCO ZANELLA, CONTE, MENOSSO, BENETTI, MANFREDI, REFOSCO e outros. A Sede do Município, Lagoa Vermelha, já fora comunicada da existência de um núcleo relativamente grande de moradores. Assim, através do “Acto Municipal n° 544, de 06- 02-1918”, criou-se um novo distrito para o Município, o oitavo distrito, denominado de “SEDE NOVA”.

 2° - NOVA GORÍSIA:Em 1917, no auge da Primeira Guerra Mundial, os italianos tomaram a Gorísia. (Frei Gentil Giacomel), possivelmente em homenagem e regozijo por esse fato, durante alguns anos recebeu este nome. 16

 3° - SEDE VELHA: Com o surgimento de outra vila no Pinhal (hoje ), chamada Sede Nova, Paim Filho passou a ser Sede Velha.

 4° - SEDE FORQUILHA: Aos poucos a Sede Velha desenvolveu-se e o Prefeito de Lagoa Vermelha transformou-a em 8° Distrito, mudando-lhe o nome para Sede Forquilha. Por sua localização às margens do Rio Forquilha, seu território abrangia o dos atuais municípios de Paim Filho, São João da Urtiga e Maximiliano de Almeida, que pertencia a Marcelino Ramos.

 5° - PAIM FILHO: Durante a Revolução de 1923, houve a intervenção do General Firmino Paim Filho, que ao passar por este município apaziguou os rebeldes. O nome de Sede Farroupilha foi, então, alterado para Vila Paim Filho.

A pequena vila Sede Nova foi alvo de conflitos durante a famosa revolução de 1923. Nessa época, os “Maragatos” ou anti-governistas expulsaram o chefe de Inspetoria, que era também o centro da administração da pequena vila, tomando o controle da mesma. Os anti- governistas apoiavam a ascensão de Assis Brasil ao poder e a queda do então governador Borges de Medeiros. O Presidente da República da época era o Sr. Artur Bernardes. Tendo ficado ciente da situação, o General Firmino Paim Filho comandante das tropas governamentais, enviou um contingente de homens à vila, os quais se propuseram a lutar e acabaram retomando o controle da Sede Nova. Foi então que, por iniciativa do Intendente Municipal de Lagoa Vermelha, reconhecendo os relevantes serviços prestados pelo General Paim Filho, resolveu através do “Acto Municipal” n° 270 de 06/10/1927, alterar o nome da VILA FORQUILHA para “VILA PAIM FILHO”. Em 1937, a Vila Paim Filho havia pleiteado a sua “emancipação” e realmente apresentava todas as condições para que isto acontecesse. E só não ocorreu por motivos políticos. Foi em 1958 que a “emancipação” esteve mais próxima. Nesse ano, o Município encontrava-se apto para tantol. Formou-se então, uma comissão de emancipação, que pleiteou a independência política do Município de Paim Filho. 17

Esta luta ocorreu entre , e Paim Filho, a fim de disputar a sede, sendo que as outras duas comunidades passariam a pertencer à vencedora. Faltou sorte, Machadinho foi vencedora. Paim Filho e Cacique Doble tornaram-se distritos da mesma. Essa situação perdurou por três anos. Durante o período, as dificuldades encontradas pela vila foram inúmeras, exigindo grande esforço de seus habitantes. Mesmo assim, o desânimo não tomou conta e nova comissão emancipacionista* foi formada. Foi essa comissão que colocou o povo frente às urnas no dia 1o de outubro de 1961, a fim de votar o “SIM” no plebiscito que garantia finalmente a emancipação. Apesar das lideranças do distrito de São João da Urtiga, lutarem contra isso, o “SIM” foi vencedor. Estava criado o Município de PAIM FILHO, através da Lei Est. n° 4.213, de 05 de dezembro de 1961. Em 07 de janeiro de 1962 ocorreram as primeiras eleições para escolha do Prefeito, Vice-prefeito e Vereadores. Os eleitos assumiram em 21 de janeiro do mesmo ano. A instalação Oficial do município deu-se em março de 1962 e, considerando o trabalho e a devoção dos sacerdotes painfilhenses, escolheu-se 19 de março como o dia do município, em homenagem a São José Operário, o qual ficou o Padroeiro de Paim Filho.

3.1- DIAGNÓSTICO DE PAIM FILHO

A Nordeste / Noroeste do Rio Grande do Sul, encontra-se o município de Paim Filho. Sua localização Geográfica está na latitude 27º42`36,61 ao sul do Equador e longitude 51º 45`32,60 a oeste de Greenwich. Altitude 585 metros acima do nível do mar. A sua extensão territorial é de 182,80 Km2, inserida no bioma de Mata Atlântica. 18

Figura 1: Localização município de Paim Filho Fonte: IBGE

Ao norte, o município de Paim Filho limita-se com os municípios de Maximiliano de Almeida e Machadinho; a Leste com Cacique Doble; ao Sul com São João da Urtiga e a Oeste com Carlos Gomes, todos pertencentes ao estado do Rio Grande do Sul. No que se refere aos aspectos físicos, o município está localizado na região fisiográfica denominada Campos de Cima da Serra. O relevo é suave com recortes profundos de alguns rios. É uma região formada de planalto de inclinação oeste. O material de origem é basáltico e possui quatro tipos de solos, que se apresentam de forma mais abrangente, o Latossolo, o Neossolo, o Gleissolo e o Cambissolo (PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO, 2011). A vegetação predominante é o campo, com capões de Araucária, apresentando extensa faixa de pinhais. encravados nos campos. Somente no Vale do Rio há uma ligação direta da floresta latifoliada (subindo o vale do Uruguai e indo até as Missões) com a mesma formação na borda Leste do Planalto, contatando com as florestas atlânticas de Santa Catarina (PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO, 2011). 19

O clima é subtropical, com inverno úmido e verão seco. Chove entre 1200-1500 mm anuais. A temperatura média anual varia de 17-20º C, sendo que no mês mais frio varia entre 17-14ºC e, no mês mais quente entre 20-26ºC (ROSSATO, 2011). O principal rio que banha o município é o Inhandava, compondo a Bacia do Rio Apuaê-Inhandava, que por sua vez encontra-se dentro da Região Hidrográfica do Rio Uruguai (PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO, 2011), conforme mostra o mapa abaixo:

Figura 2: Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai Fonte: Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, 2011.

No que se refere aos aspectos econômicos do município, o Produto Interno Bruto1 ,em 2010, segundo dados do IBGE, foi de R$ 67.909.914,00, sendo o PIB per capita de R$16.005. O PIB per capita de uma determinada região é dividido pelo número de habitantes da mesma. É interessante que se note, conforme exposto pelo gráfico abaixo, que a prestação de serviços é o carro-chefe do movimento econômico do município, seguido da agropecuária e da indústria.

1 O PIB (Produto Interno Bruto) representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços produzidos em determinada região, cidade, estado, durante um período determinado de tempo (mês, trimestre, ano). 20

Figura 3: Produto Interno Bruto do município de Paim Filho Fonte: IBGE

No que se refere à agricultura, os principais produtos agrícolas cultivados na lavoura temporária são feijão com rendimento médio de 764 kg/ha, soja 2.400 kg/ha, milho 3.600 kg/ha e trigo, 2.100 kg/ha. Na lavoura permanente cultiva-se a uva com rendimento médio de 15.000kg/há., erva mate com 6.000kg/ha e laranja com rendimento de 10.000kg/há (FEE/2008 apud COREDE NORDESTE [s/d]). Na pecuária destacam-se como principais criações suínos, bovinos e aves (FEE, 2007 apud COREDE NORDESTE [s/d]). O município conta com 160 empresas atuantes, e 783 pessoas que trabalham nesse segmento, com uma média salarial de 1,9 salários mínimos (IBGE-CIDADES, 2012). A partir dos dados apresentados pelo Censo Demográfico de 2010, contata-se que o município possui 4.243 habitantes, sendo que destes, 40% em área rural e 60% em território urbano, compondo uma densidade demográfica de 23,29 habitantes por km2 no território do município. Ainda no que se refere à população, é interessante observarmos o gráfico sobre a Evolução Populacional de Paim Filho, que demostra a população decaindo nos últimos anos, se comparada com a dinâmica do estado do Rio Grande do Sul e do País. 21

Figura 4: Evolução Populacional Fonte: IBGE

Nota-se, ainda no que tange os aspectos populacionais do município, uma sensível diminuição na população de adultos jovens, acompanhada da conseqüente diminuição do número de crianças de zero a quatro anos. A dinâmica etária da população de Paim Filho vai na contramão daquelas apresentadas pelo País e pelo estado do Rio Grande do Sul, haja vista que nestes, tanto nos aspectos da população adulta jovem, quanto na população de idosos, conforme pode ser visualizado na Pirâmide etária a seguir.

Figura 5: Pirâmide Etária Fonte: IBGE 22

A pirâmide etária demonstra que há um número maior de jovens, principalmente os da faixa etária entre 15-19 anos. Já na faixa dos 20-24 esse número tem uma grande queda, voltando a se estabilizar gradualmente na faixa dos 40-44. O número de pessoas idosas também tem crescido nos últimos anos no município. Conforme mostra a pirâmide, a expectativa de vida em Paim Filho está crescendo, seguindo a mesma perspectiva do país. A partir dos dados do IBGE, a faixa etária que mais apresenta população no município é a de 60 ou mais anos de idade. Seguindo nessa perspectiva, podemos destacar o IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) é de 0, 706. Este índice serve para medir o grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população é calculada com base em dados econômicos e sociais (educação [anos médios de estudos], longevidade [expectativa de vida da população] e Produto Interno Bruto per capita). Segundo dados do IBGE o IDHM do município vem crescendo desde 1991, quando seu índice foi de 0,465.

4 - DIAGNÓSTICO DA EDUCAÇÃO

Paim Filho conta com uma rede de ensino, composta por duas escolas do sistema municipal e outra estadual, a rede municipal é composta pela Escola Municipal de Educação Infantil Criança Feliz que atende alunos de creche - 04 meses a 04 anos; e a Escola Municipal de Ensino Fundamental Irmã Maria Anastasie atende a pré-escola (maternal e pré), Ensino Fundamental Séries Iniciais e Ensino Fundamental Séries Finais (até o 8ºano) e a rede estadual pela Escola Estadual de Educação Básica Luiza Formighieri que ofertam o Ensino Fundamental Séries Inicias, Ensino Fundamental Séries Finais e Ensino Médio.

O maior número de docentes atuantes encontra-se no Ensino Fundamental, em seguida na Educação Infantil e por último no Ensino Médio. O número de matrículas também segue em maior número no Ensino Fundamental, conforme demonstram os gráficos abaixo: 23

Figura 6: Número de Escolas por Nível Fonte: IBGE

Figura 7: Número de docentes por nível Fonte: IBGE 24

Figura 8: Número de matrículas por nível Fonte IBGE

A partir dos dados sobre Educação do Censo de 2010 a taxa de analfabetismo no município é de 1,6% entre pessoas de 10 a 15 anos de idade e 11,30% ente aquelas com 15 anos ou mais. 25

4.1- EDUCAÇÃO INFANTIL

No mundo contemporâneo, a Educação Infantil representa um importante segmento do/no processo educativo. Fatores das mais diversas ordens contribuíram para demonstrar sua necessidade e justificar políticas que intentam a sua expansão, dentre as quais podemos destacar: os avanços no conhecimento das neurociências e das ciências pedagógicas acerca do desenvolvimento da criança e dos processos pedagógicos; a participação crescente da mulher no mercado de trabalho; a consciência social acerca do significado da infância e o reconhecimento social e político do direito da criança à escolarização em seus primeiros anos de vida.

A história social da família e da infância nos mostra que os sentimentos e as atribuições imputadas à infância, têm sido historicamente, determinados por modificações político-econômicas que interferem na estrutura do social. Assim, na medida em que são transformadas as relações culturais, sociais, políticas e econômicas, o papel social atribuído para a criança na sociedade também é modificado. É neste contexto que, na atualidade, a criança precisa ser cuidada, educada e escolarizada.

As diretrizes, metas e estratégias para a educação infantil apresentadas neste documento, apóiam nos seguintes princípios:

 Fortalecimento de uma concepção política e pedagógica da educação infantil que extrapole a lógica do cuidado, fortalecendo a relação intrínseca entre cuidar e educar;  Consolidar a melhoria do atendimento escolar das crianças de 0 a 5 anos;  Oportunizar nos espaços escolares a vivência da infância em sua plenitude;  Ampliação gradativa do atendimento em creches e pré-escolas;  Assegurar o direito ao desenvolvimento infantil saudável e seguro, via processo educativo com qualidade social.

No município de Paim Filho foi criada através do Decreto N° 1962/2013, de 28 de maio de 2013, a Escola de Educação Infantil Criança Feliz, localizada na Rua Frei José N° 291. 26

O Município atualmente oferece a Educação Infantil em duas Instituições:

Escola Municipal de Educação Infantil Criança Feliz atende crianças de 04 meses a 03 anos e 11 meses, divididos em 4 níveis:

Nível 1 de 04 meses a 1 ano e 11 meses,

Nível 2 de 1 ano e 11 meses a 2 anos e 11 meses,

Nível 3 de 2 anos e 11 meses a 3 anos e 11 meses,

Nível 4 de 3 anos e 11 meses a 4 anos.

Nesta Instituição estão matriculadas 65 crianças perfazendo um total de 45,13% do total de crianças do município, nesta faixa etária.

Na Escola Municipal de Ensino Fundamental Irmã Maria Anastasie está matriculadas crianças de 04 e 05 anos nas modalidades maternal e pré-escola, com um número de 71 crianças perfazendo um total de 92,2% do total de crianças do município nesta faixa etária.

O quadro de funcionários que atendem atualmente estes alunos é formado por:

EMEI CRIANÇA FELIZ EMEF IRMÃ MARIA ANASTASIE

 Atendimento na faixa etária de 4 meses a 4  Atendimento na faixa etária de 4 a 5 anos anos;  04 níveis de turno integral  03 turmas de maternal  Atendimento das 7h e 30min às 17h e  02 turmas de Pré-escola 30min  Atendimento das 7h e 35min às 11h e 35min e das 13h às 17h Quadro de profissionais: Quadro de profissionais:  Diretora  Coordenadora Pedagógica  Diretora  03 Professoras com formação em Pedagogia  Vice-Diretora Educação Infantil  02 Coordenadoras Pedagógicas  02 Professoras com formação em magistério  01 Professora com formação em  02 Atendentes com formação em Ensino Pedagogia Educação Infantil Médio  03 professoras com formação em  01 Atendente com graduação em Pedagogia Pedagogia Séries Iniciais  02 Estagiárias do CIE  01 Inspetor 27

 01 Inspetor  01 Cozinheira  01 Cozinheira  01 Servente  01 Servente  01 Nutricionista  01 Nutricionista  01 Psicóloga  01 Psicóloga  01 Dentista  01 Dentista Oficinas Oficinas  Música  Música  Dança  Dança  Teatro  Aula de Educação Física  Material escolar, transporte e  Atendimento odontológico alimentação gratuitos  AEE (Atendimento Educacional Especializado)  Alimentação de qualidade incluindo café da manhã, almoço e lanches

Podemos constatar um déficit de profissionais que atuam nessa modalidade de ensino (educadores e funcionários). Sente-se a necessidade de que se contratem mais profissionais nesta área e também que sejam proporcionados para os que já atuam, formação continuada, uma vez que a Educação Infantil é a primeira etapa da educação básica, sendo assim a base de toda a educação. É oportuno salientar que, nacionalmente, intenta-se o atendimento de 100% das crianças em creches e pré-escolas e que, de acordo com dados do Censo do IBGE (2010) e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD, 2013), no município de Paim Filho, 64,3% das crianças são atendidas nas escolas de educação infantil.

4.2 - ENSINO FUNDAMENTAL

A comunidade escolar painfilhense conta com a Escola Municipal de Educação Infantil Criança Feliz, a qual atende alunos de 04 meses até 03 anos, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Irmã Maria Anastasie, abrangendo alunos de 04 anos até ao 8º ano e a 28

Escola Estadual de Educação Básica Luiza Formighieri onde são atendidos alunos do 1º ano do Ensino Fundamental ao Ensino Médio. Os alunos matriculados na E. M. E. F. Irmã Maria Anastasie por séries são: 24 alunos na 1º ano, 34 alunos na 2º ano, 38 alunos na 3º ano, 34 alunos no 4º ano, 36 no 5º ano, 41 alunos no 6º ano, 38 alunos no 7º ano e 28 alunos no 8º ano. Na E. E. EB Luíza Formighieri os alunos matriculados no Ensino Fundamental são: 2º ano 18 alunos, 3º ano 16 alunos, 4º ano 19 alunos, 5º ano 18 alunos, 6º ano 15 alunos, 7º ano 18 alunos, 8ª séries 40 alunos. As escolas da rede municipal bem como da rede estadual, atendem a demanda de alunos no município com profissionais qualificados e dedicados à educação onde aplicam seus conhecimentos na área em que atuam, buscando sempre novas informações com o interesse da melhoria na qualidade e formação educacional. Percebe-se a falta de alguns profissionais especializados que atuem diretamente na Secretaria da Educação, tais como psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo, fisioterapeuta e nutricionista. Sabe-se que a Secretaria conta com o apoio de alguns destes profissionais, no entanto é insuficiente em virtude do número de educandos que a rede municipal e estadual atende. Neste documento, entende-se por condições didático-pedagógicas o material de uso direto do docente, bem como os recursos utilizados nas salas de aula, tanto humanos, quanto físicos, necessários à efetivação da aprendizagem. Nota-se que existem salas de aula com muitos educandos, as quais, quando superlotadas, acabam por impedir um atendimento individualizado e são propensas à falta de concentração. Outro problema agravante em ambas as escolas é a distorção da idade/série o que acontece devido ao desinteresse, falta de apoio ou desestrutura familiar. Devido a estas constatações, muitas crianças chegam à escola sem noção de valores e limites, ficando a lacuna da participação da família na vida escolar para efetivar a aprendizagem. Acontecem muitas cobranças e responsabilidades da escola sem ter a contrapartida familiar. Também encontram-se muitos educandos com dificuldades de aprendizagem, as quais, além dos problemas familiares, são consequências de problemas físicos e/ou psíquicos desmotivação, falta de perspectivas de futuro, entre outros. Quanto ao processo de implantação do Ensino Fundamental de Nove Anos, ainda existem muitas dúvidas por parte de educadores e pais. 29

Faz-se necessária uma unificação de planejamento entre as redes municipal e estadual. Seria interessante que ambos tivessem um plano político pedagógico semelhante, devido à mobilidade de educandos de uma escola para a outra. Sendo assim, o estudante perderia menos, em caso de transferência. Existem equipamentos nas escolas que poderiam servir como apoio no processo pedagógico, no entanto, é urgente e necessária a manutenção dos mesmos, como a reposição de toner nas máquinas fotocopiadoras, tinta nas impressoras, bem como a manutenção das mesmas. Os livros distribuídos pelo Programa Nacional do Livro Didático são insuficientes, principalmente para as séries iniciais do Ensino Fundamental. Nas escolas a infraestrutura não atende as necessidades do número de educandos: banheiros insuficientes e inadequados sem levar em conta as especificidades. Nenhuma das escolas é adaptada para atender educandos especiais. As bibliotecas, essenciais ao desenvolvimento da educação, são insuficientes tanto em tamanho quanto em quantidade e qualidade de materiais. As salas de aula, lócus da aprendizagem, são inadequadas, tanto na ventilação quanto na iluminação. As escolas possuem áreas que deixam a desejar para a prática de Educação Física. Nas salas de informática faltam equipamentos e a manutenção dos já existentes. Em 2014, iniciou-se a construção de uma nova escola para alunos do ensino Fundamental que frequentam a escola municipal.

4.3 - ENSINO MÉDIO

No município de Paim Filho, o Ensino Médio é atendido pela Escola Estadual de Educação Básica Luíza Formighieri, a qual, enquanto instituição pública objetiva de promover o desenvolvimento da personalidade e a integração ao meio, concitar o respeito à dignidade e às liberdades fundamentais do homem, proporcionando ao educando a formação necessária para o despertar de suas potencialidades; por elas orientá-lo a conviver na estrutura vigente, sentindo-se cidadão que busca o bem-estar comunitário e, principalmente, a sua autorrealização. 30

Neste sentido, o educandário trabalha para a formação de um ser humano aberto, crítico, consciente e livre que construa e interaja na sociedade em que vive, sendo agente participativo no processo histórico-social e saiba amar. Que busque a liberdade constante em reciprocidade com outras pessoas, que saiba viver em harmonia e se relacione bem com os outros e com a Natureza. Para tanto, investe em uma Educação que dê a todos o direito de se tornarem sujeitos críticos e transformadores da sociedade, despertando-os à responsabilidade da construção de uma nova sociedade, onde haja espaço coletivo para exercício democrático de direitos, deveres e participação; respeitando assim a diversidade cultural, étnica, religiosa e política, tendo em vista o bem estar no plano pessoal e coletivo. Tendo em mente tal concepção de educação, a escola intenta uma sociedade onde haja lugar para todos os cidadãos, que vivam de forma solidária, partilhando os bens humanos, materiais, espirituais, ecológicos, onde os sujeitos sejam críticos e atuantes, que resgatem valores essenciais para a formação do homem e passem a ser sujeitos de uma nova sociedade.

A Escola Estadual de Educação Básica Luíza Formighieri, tem sede no Município de Paim Filho, na Rua 08 de Março, Nº 45. A escola passou por vários trâmites legais até a formação da Escola Estadual de Educação Básica Luiza Formighieri. Primeiro foi a Escola Estadual Integrada de 1º Grau Divina Pastora:  Unidade Estadual de Ensino Professor Júlio Chaves de Bittencourt - 1ª a 5ª Série: Decreto de Criação: Nº 6257 de 15/07/1936, D.O 17/07/36.  Depois, Unidade Estadual de Ensino Frei Gentil - 5ª a 8ª Série: Decreto de Criação: Nº 17.790 de 07/02/1966, D.O 07/02/66.  Escola Estadual de 2º Grau Luíza Formighieri: Decreto de Criação: Nº 23.951 de 16/07/1975.

Em 1994, através da portaria de Unificação, Designação e Denominação número 00706 de 1º/11/94, passou a chamar-se de Escola Estadual de 1º e 2º Graus Luíza Formighieri. No ano de 1997, após determinação da 15ª Delegacia de Educação de Erechim e do Governo do Estado, a Escola Estadual de 1º Grau Incompleto Aristides Manfredi passa a 31

compor com alunos e professora, a estrutura da Escola Estadual de 1º e 2º Graus Luíza Formighieri. Em 2000, a Secretaria de Educação, nos termos da Resolução número 253/2000 CEED altera a designação da Escola Estadual de 1º e 2º Graus Luíza Formighieri, sob a jurisdição da 15ª Coordenadoria Regional de Educação de Erechim, passa a denominar-se Escola Estadual de Educação Básica Luíza Formighieri, através da Portaria Ato/SE 00095/00 D.O de 10/04/2000. Atualmente a Escola possui um total de 317 alunos, 32 Professores e 10 Funcionários. A Escola recebeu o nome de Luíza Formighieri para homenagear aquela que conduziu a educação com muita persistência, adquirindo confiança das famílias Painfilhenses. A Professora Luíza doou-se inteiramente à causa educacional, trabalhando pela qualidade de ensino em épocas de grandes dificuldades. A Escola tem como lema: “PORTAS ABERTAS PARA O FUTURO''. Escola, família e sociedade buscando o desenvolvimento integral do ser humano. Neste período, além da mudança de nome, a Escola mudou sua organização curricular, planos de estudo, avaliação, investindo numa educação de qualidade e inclusiva. A partir de 2007, atendendo a Lei Federal nº 11.274 de 06 de fevereiro de 2006, que determina a duração de nove anos para o Ensino Fundamental. A escola alterou a organização curricular para este nível de ensino. Com a reestruturação do Ensino Médio, em 2011, O Ensino Médio Politécnico articula as disciplinas a partir das áreas do conhecimento (Ciências Humanas, Ciências da Natureza, Linguagens e Matemática). No seminário Integrado os alunos desenvolvem atividades de pesquisa, colocando em prática os conhecimentos teóricos. A nova modalidade também busca preparar os jovens para a sua futura inserção no mundo do trabalho ou para a continuidade dos estudos no nível superior. Do ponto de vista estrutural, a escola situa-se à Rua 08 de Março, número 45, telefone 54-531-1177, com seis prédios, sendo quatro com um piso e um dos prédios com dois pisos, onde funcionam seis salas de aula, cinco banheiros, uma biblioteca, uma sala dos professores, uma sala de vídeo, uma sala de informática, uma sala de secretaria, uma sala de direção, uma sala de coordenação pedagógica, uma sala de depósito da merenda, uma sala de almoxarifado, uma sala para o passivo, uma cozinha, uma sala para o laboratório, uma sala adaptada para 32

refeitório, uma sala para guardar o material de limpeza de uso diário, uma pequena sala onde funciona como lavanderia, uma sala para guardar material de Educação Física. A Escola possui uma área de terra aproximadamente de 2.779,8 m² cercada. Quatro prédios são de alvenaria, em boas condições físicas, cujas salas de aula têm capacidade de lotação para 25 alunos e um prédio de pré-moldado desativado para salas de aula, mas que funciona como depósito e atividades das oficinas do programa Mais Educação; sala do material do programa Mais educação; sala de Arte; laboratório de ciências adaptado em uma sala; biblioteca. A Escola é composta de: seis prédios e Quadra poliesportiva inacabada, pois ainda não tem encanamento de água e banheiros; além de pátios e corredores nos prédios. No que tange ao público atendido, abrange uma clientela de alunos vindos de toda a cidade, incluindo centro, bairros São Francisco e Navegantes e comunidades do interior do município.

Os alunos do interior deslocam-se até a Escola com o transporte escolar. Essa clientela enfrenta dificuldades diversas: entre elas, levantar cedo, antes do sol clarear, caminhar para ir ao encontro das conduções que as trarão até a Escola. Em dias chuvosos isso se torna mais difícil, devido ao barro enfrentado nas estradas, pois não existe asfalto.

Do 1º ao 5º Ano, conta com 64 alunos, Do 6º ao 8º Ano com 53 alunos, 8ª Série com 43 alunos e Ensino Médio Politécnico com 157 alunos. Com um total de 317 alunos. Constituindo 16 turmas de alunos: 06 de manhã, 07 à tarde e 03 turmas à noite.

A escola garante o direito de todos à educação. Por isso a inclusão é uma inovação, pois a diversidade, especialmente no ambiente escolar é fator determinante do enriquecimento das trocas, dos intercâmbios intelectuais, sociais e culturais que possam ocorrer entre os sujeitos que neles interagem.

Nesse sentido, a escola possui tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio Politécnico alunos com Necessidades Especiais e Dificuldades de Aprendizagem inclusos nas séries regulares.

Quanto ao lazer dos alunos, a Escola dispõe de um parquinho escolar, mesas de ping- pong, mesas de xadrez; uma área coberta, uma área com e sombras para brincadeiras ao ar livre; um ginásio de esportes sem banheiros e água; bancos; um kit para teatro, com 33

casinha de fantoches, para desenvolver a expressão corporal, a criatividade e o lúdico; kits do programa Mais Educação e Proemi.

4.4-FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

Paim Filho conta com uma rede de ensino, composta por escolas do sistema municipal e outra estadual, a primeira possui 45 Professores sendo 26 com curso superior acrescido de especialização (pós-graduação), 16 com curso superior e 3 com magistério; 1 Merendeira, 1 Secretária, 1 Nutricionista, 1 Inspetor de Alunos, 1 Psicóloga, 1 Auxiliar Administrativa, 8 Serventes, 1 Atendente de creche e 2 Auxiliares de Creche. A segunda conta com 34 professores, sendo que 26 são efetivos: 20 possuem curso superior com especialização (pós- graduação); 2 possuem curso superior com especialização (mestrado) e 4 curso superior; 6 contratos lotados na rede 4 com curso superior e especialização (pós-graduação) 2 com curso superior; 2 contratos lotados em outro município que atuam na rede; 1 com curso superior especialização (pós-graduação) e 1 com curso superior, 1 Agente Educacional II – Administração Escolar efetiva, 1 Agente Educacional II - Administração Escolar contratada, 1 Agente educacional II – Interação com o educando efetiva e 4 serventes. Podemos constatar que o município possui um quadro profissional qualificado e que o investimento deve ocorrer principalmente na formação continuada buscando garantir a qualidade na educação. O Plano Municipal de Educação objetiva a melhoria dos indicadores de desenvolvimento educacional, através do oferecimento de uma educação de qualidade que assegure o acesso a todos na devida faixa etária, propiciando a permanência na escola e conduzindo os sujeitos ao aperfeiçoamento contínuo. No entanto, isso não depende só da disposição e da boa vontade de cada educador na sala de aula, não basta estabelecer objetivos sem garantir os meios (didáticos, financeiros e profissionais) para se atingir tal qualidade. É necessário contextualizar o papel dos profissionais da educação e repensar sua valorização oferecendo boas condições de trabalho, cuidados de prevenção a saúde no exercício da função, salários condizentes, plano de carreira, formação continuada, entre outras. A busca pela excelência nas redes públicas está diretamente ligada à valorização dos 34

seus profissionais, não apenas no que se refere a salários, mas, sobretudo, na valorização pessoal e afetiva. A valorização do magistério inclui uma formação profissional que assegure o domínio tanto dos conhecimentos a serem oferecidos e trabalhados na sala de aula como métodos pedagógicos necessários ao bom desempenha escolar. Faz-se necessário um sistema de educação continuada que permita ao professor um crescimento constante de seu domínio sobre a cultura letrada, correspondente a uma concepção crítica da educação. Desta forma, pensar um programa de formação continuada que envolva a realidade do município e as especificidades de cada área do conhecimento é fundamental para qualificar o trabalho do professor. Outro elemento importante a ser considerado do ponto de vista do atendimento à qualidade dos educandos é garantir um processo de formação que vai além dos professores, envolvendo todos os profissionais da educação. Assim é possível pensar na formação humana e integral respeitando seus tempos de vida e não apenas a seriação. A formação continuada pode ser realizada através de cursos, palestras, participação em congressos de educação, porém, na maioria das vezes, não se encontra o vínculo necessário para desenvolver um trabalho de acordo com a realidade dos alunos, é necessário superar o cursos isolados sem vínculo com um processo formativo. O processo formativo das redes de ensino deve ser pensado a partir da articulação das áreas do conhecimento e, com a participação dos sujeitos envolvidos no processo educacional do município. A participação dos professores e da comunidade escolar no planejamento se faz necessária, uma vez que estão diretamente envolvidos no trabalho educativo. Um ponto positivo levantado no diagnóstico com os educadores, é que grande parte deles está buscando aperfeiçoamento profissional, através da participação nos programas oferecidos como Pacto Nacional da Alfabetização e Pacto Nacional do Ensino Médio. Essas iniciativas devem ser valorizadas pelo poder público e estendido aos demais professores como incentivo ao aperfeiçoamento contínuo. A inclusão é um das dificuldades encontradas pelos profissionais da educação, para que de fato ela seja efetivada. É necessário um processo formativo consistente e condições físicas e materiais para realizá-lo, além do cumprimento das leis que disponibilizam um professor auxiliar. Os portadores de necessidades especiais precisam do comprometimento e de políticas públicas que facilitem e promovam a verdadeira inclusão. 35

Avançaremos na qualidade da educação quando programarmos uma política pública que atenda as reais necessidades dos educadores e dos educandos de forma geral, além de termos gestores que realmente se conscientizem da importância de uma população que saiba ouvir, pensar e reagir.

4.5 - FINANCIAMENTO E GESTÃO DA EDUCAÇÃO

O Plano Municipal de Educação é um instrumento de fundamental importância para uma educação de qualidade e para assegurar melhorias em todos os níveis da educação de um município. Quando se fala em educação, logo nos vem em mente um professor com seus alunos em sala de aula. Entretanto, para se atingir um nível elevado nos indicadores como IDEB, por exemplo, são necessários anos de investimentos e planejamento em longo prazo que só serão observados e terão resultados concretos no futuro. É preciso pensar em educação com investimentos em melhorias constantes, tanto no humano como na estrutura física do ambiente disponibilizado aos docentes e discentes. Mais ainda, faz-se necessário o incentivo ao profissional com remunerações justas.

Tem-se discutido muito nos últimos tempos sobre a importância de se investir em educação em âmbito nacional. Entretanto, investir em educação não significa apenas pagar salários mais dignos aos professores, profissionais de fundamental importância para a sociedade e para o futuro de uma nação significam investir em infraestrutura, em escolas decentes, em bibliotecas, em formação dos profissionais docentes, entre outras. É sabido que esta realidade, a falta de se colocar a educação em primeiro plano de um projeto político administrativo nos países de terceiro mundo, nos países emergentes, e especialmente em países colonizados, é histórica e cultural. Precisaríamos mudar a realidade que nos cerca, o Brasil que se estende em seus estados e municípios necessita urgente repensar a educação como um todo. 36

O município de Paim Filho recebe repasses do Governo Federal através do FUNDEB. Os repasses do FUNDEB têm como destino investimentos no transporte, merenda escolar, pagamento dos docentes, manutenção dos prédios escolares entre outros. Ainda, o município aplica 25% de sua arrecadação em educação.

Apresenta a seguinte planilha de investimentos no setor educacional que nos foi repassado diretamente da administração municipal:

ITEM DESCRIÇÃO VALOR EM 2013 VALOR EM 2014 01 REPASSE DO FUNDEB AO MUNICÍPIO 1.516.232,08 1.401.120,62 2014 – Posições em novembro

ITEM DESCRIÇÃO VALOR EM 2013 VALOR EM 2014 01 PAGAMENTO DE PROFESSORES 1.472.360,53 1.391.778,35 02 TRANSPORTE ESCOLAR 41.152,70 9.342,27 03 MERENDA ESCOLAR 0,00 0,00 04 MANUTENÇÃO DA EDUCAÇÃO 2.718,85 0,00 05 OUTRAS DESPESAS 0,00 0,00 2014 – Posições em novembro

O ORÇAMENTO TOTAL DO MUNICÍPIO

ITEM DESCRIÇÃO VALOR EM 2013 VALOR EM 2014 01 VALOR ORÇADO 16.300.000,00 17.800.000,00

1) DOS 25% DA RECEITA MUNICIPAL, FOI INVESTIDO EM EDUCAÇÃO:

ITEM DESCRIÇÃO RECEITA BASE PARA VALOR APLICADO EM EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO 01 Exercício de 2013 9.470.538,41 2.551.899,88 02 Exercício de 2014 – 9.057.044,61 2.310.519,43 Novembro Sendo Aplicado: ITEM DESCRIÇÃO 2013 2014 VALOR R$ VALOR R$ 01 Pessoal 2.086.348,34 1.909.898,53 02 Manutenção da Educação 350.279,96 318.647,74 03 Investimentos 115.271,58 81.973,16 37

4.6 - ENSINO SUPERIOR

A educação superior é um direito constitucional igualitário que precisa ser desenvolvido e materializado, superando limites históricos e políticos em todos os aspectos. No Brasil pode-se afirmar que esse direito ainda é bastante reduzido e não corresponde às demandas necessárias, principalmente na população de 18 a 24 anos. De acordo com dados do INEP-2007, apenas 12,1% desse grupo de 18 a 24 anos, ou seja, 74,1% das matrículas no ensino superior estão no setor privado, enquanto 25,9% estão em instituições públicas, surgindo então alguns desafios para a nação, em especial o da ampliação de vagas. A Constituição da República, quando adota como princípio a “igualdade” de condições para o acesso e permanência na escola, nos transporta também para esta garantia ao ensino superior. De acordo com o Art. 45º da LDB, Lei nº 9394/96, “A educação superior será ministrada em instituições de ensino superior, públicas ou privada, com variados graus de abrangência ou especialização”, tendo por finalidade garantir os seguintes direitos:  O estímulo à criação cultural, o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo; a formação de diplomados nas diferentes áreas do conhecimento, colaborando na sua formação contínua; o incentivo ao trabalho de pesquisa e investigação científica;  A promoção e a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos; o estímulo ao conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais; a prestação de serviços especializados à comunidade e o estabelecimento com esta de uma relação de reciprocidade.

Além disso, no artigo 44, a referida lei descreve que a educação superior deverá abranger cursos sequenciais, cursos de graduação, cursos de pós-graduação, programas de extensão e pesquisa. Entretanto, é necessário registrar que essa abrangência não é obrigatória, nem está presente em todas as instituições de ensino superior. Diante da finalidade supracitada, a perspectiva da rede pública municipal ao apresentar à comunidade o seu PME, reafirma seu compromisso moral e ético que permeia a concepção 38

de educação superior como importante função social, contribuindo para a promoção das transformações necessárias, para o fortalecimento dos valores humanitários e para a formação profissional. O município de Paim Filho não dispõe de instituições de Ensino Superior, mas é repassado atualmente um valor de três mil reais mensais para o transporte dos universitários conforme lei municipal nº 2.040/14, alterada pela lei nº 2.084/15. Tal repasse é divido entre os sessenta e um alunos universitários que se deslocam para os centros universitários de outras cidades e até mesmo para outros estados, conforme tabela abaixo:

INSTITUIÇÃO QUANTIDADE DE ALUNOS UNOPAR 05 IFRS 04 UFFS 07 URI 18 FAE 01 UNOESC 02 UERGS 04 IDEAU 17 UNICRUZ 01 UPF 01 SENAI (instituto de ensino) 01 TOTAL: 61 alunos

Com base nas observações o que se pode concluir até aqui é que o Brasil e consequentemente o município de Paim Filho, ainda precisam avançar muito no que diz respeito às condições de acesso, permanência e sucesso na educação em Nível Superior. 39

5 - PLANEJANDO A PRÓXIMA DÉCADA

5.1 - PRINCÍPIOS BASILARES AO PLANO

O Plano Municipal de Educação ora apresentado dialoga diretamente com o Plano Nacional de Educação, construído de maneira democrática e republicana. Considera o regime constitucional de colaboração entre os entes federados e, por isso, suas propostas buscam a consolidação das vinte metas estabelecidas para a educação nacional pela Lei n. 13.005 de 25 de junho de 2014, a qual aprova o Plano Nacional de Educação para um período de 10 anos após a sua sanção, bem como as diretrizes que as originam.

Neste sentido, ao serem propostas as diretrizes e metas para o desenvolvimento da educação no município de Paim Filho-RS observou-se para que estas, ao mesmo tempo, atendessem as necessidades demonstradas para a educação no território municipal e contribuíssem para o alcance das metas nacionais.

Desta forma, para que o município possa colaborar com as metas estabelecidas para a educação nacional no decênio 2015-2025, o presente plano comunga das diretrizes estabelecidas pela já mencionada Lei que aprova o Plano Nacional de Educação, quais sejam:

I - erradicação do analfabetismo;

II - universalização do atendimento escolar;

III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação;

IV - melhoria da qualidade da educação;

V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade;

VI - promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;

VII - promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País; 40

VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno Bruto - PIB, que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade;

IX - valorização dos (as) profissionais da educação;

X - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental.

Tendo tais diretrizes norteadoras, são estabelecidas como metas nacionais:

 Meta 1: universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência do PNE;  Meta 2: universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência do PNE;  Meta 3: universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência do PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento).  Meta 4: universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.  Meta 5: alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do ensino fundamental.  Meta 6: oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos (as) alunos (as) da educação básica. 41

 Meta 7: fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb: 

IDEB 2015 2017 2019 2021

Anos iniciais do ensino fundamental 5,2 5,5 5,7 6,0 Anos finais do ensino fundamental 4,7 5,0 5,2 5,5 Ensino médio 4,3 4,7 5,0 5,2

 Meta 8: elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE;

 Meta 9: elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinqüenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

 Meta 10: oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensino fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional.

 Meta 11: triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público.

 Meta 12: elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 42

(dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público.

 Meta 13: elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores.

 Meta 14: elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e cinco mil) doutores.

 Meta 15: garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência do PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.

 Meta 16: formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos professores da educação básica, até o último ano de vigência do PNE, e garantir a todos (as) os (as) profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.

 Meta 17: valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos (as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência do PNE.

 Meta 18: assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos de Carreira para os (as) profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de Carreira dos (as) profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal. 43

 Meta 19: assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto.

 Meta 20: ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto - PIB do País no 5o (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio.

6- METAS DO MUNICÍPIO DE PAIM FILHO

META 1

Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a ate nder, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência do PNE. 44

 Universalizar o atendimento escolar das crianças de 0 a 5 anos no município de Paim filho;  Promover a busca ativa de crianças em idade correspondente à educação infantil, conforme legislação vigente, para o ingresso das mesmas na escola;  Criar parceria com outros órgãos de proteção e assistência à criança para recensear aquelas em idade escolar;  Estimular o acesso à educação infantil em tempo integral para todas as crianças de 0 a 3 anos e, em turno parcial, para as crianças de 4 e 5 anos;  Criar mecanismo de consulta pública às famílias acerca das demandas por educação infantil;  Implantar sistema municipal de avaliação dos padrões de qualidade da educação infantil, em caráter bianual;  Criar estratégias de fomento para que as famílias do campo tenham assegurados o acesso e a permanência das crianças na escola de educação infantil;  Assegurar a infraestrutura necessária para o funcionamento de toda a educação infantil;  Adequação dos berçários com lactários nas salas;  Construção de novas salas de aula para maternal e turmas de atendimento parcial (04 horas) na pré-escola;  Desenvolver estratégias alternativas para o transporte escolar da educação infantil; 45

 Ampliar o quadro de funcionários para atendimento da educação infantil, conforme demandas apresentadas pelo número de matrículas;  Ampliar espaços para desenvolvimento de atividades pedagógicas, dirigidas ou não, nos espaços internos ou externos da escola, como cantinho do teatro, atividades plásticas, espaço para jogos do faz-de-conta, etc.;  Implantar sala de informática para desenvolvimento de atividades de informática educativa desde a educação infantil;  Garantir a qualidade pedagógica da educação infantil através do desenvolvimento de estratégias e ações que visem à qualidade social da educação ofertada;  Promover a profissionalização dos docentes da educação infantil;  Priorizar profissionais com formação superior em pedagogia para o desenvolvimento de atividades pedagógicas na educação infantil;  Garantir em formação continuada para os profissionais da educação infantil, com temas específicos para esta etapa da educação básica;  Construir proposta político-administrativa e pedagógica (PPAP) para as escolas de educação infantil;  Fortalecer, nas instâncias competentes, uma concepção política e pedagógica de educação infantil que garanta a qualidade social das aprendizagens;  Promover encontros periódicos para elaboração da PPAP;  Garantir espaço, na carga horária de trabalho dos professores da educação infantil, para planejamento e organização das atividades escolares;  Reformular as propostas pedagógicas das escolas de educação infantil, contando com a participação ativa de todos os seus profissionais;  Estabelecer, em consonância com a legislação vigente, o número de crianças por turma, em proporcionalidade entre suas faixas etárias e número de criança por adulto nas turmas de educação infantil;  Estimular a inserção da família em atividades de caráter educativo desenvolvidas pelas escolas;  Atualizar, periodicamente, as propostas de desenvolvimento curricular da educação infantil, preferencialmente, na integração entre as diferentes áreas do conhecimento, permeadas por aspectos intrínsecos à formação humana e o desenvolvimento da oralidade; 46

 Criar instrumentos ou espaços de avaliação da qualidade dos serviços prestados pela educação infantil (indicadores de qualidade) para redirecionar seus processos e práticas na perspectiva de busca por melhorias;  Preservar as especificidades da educação infantil na organização dos espaços e tempos educativos;  Criar parcerias com o sistema municipal de saúde a fim de desenvolver atividades complementares de educação em saúde e atendimento aos escolares;  Ofertar programas de educação em saúde, por meio de articulação entre as secretarias de educação, saúde e assistências sociais, com foco no desenvolvimento integral das crianças da educação infantil;  Garantir atuação de profissional da área da psicopedagoga juntos às escolas do município;  Buscar recursos específicos para o desenvolvimento das atividades de educação infantil;  Assegurar a aplicação dos recursos financeiros previstos na legislação vigente para esta etapa da educação básica;  Adquirir, periodicamente, materiais pedagógicos e brinquedos adaptados às necessidades de aprendizagem para as diferentes áreas do conhecimento abrangidas pela educação infantil;  Promover o desenvolvimento integral da criança da educação infantil (nas dimensões intelectual, física, emocional, cultural e afetiva);  Promover a contínua melhoria da alimentação escolar, em atendimento à legislação vigente e, através de parcerias com outras esferas governamentais.

META 2

Universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência do PNE. 47

 Garantir a qualidade social do ensino fundamental com foco na defesa dos direitos de aprendizagem dos estudantes;  Garantir o direito de acesso e permanência para toda a população de 6 a 14 anos de idade nas escolas de ensino fundamental;  Promover a busca ativa de crianças e adolescente em idade correspondente ao ensino fundamental, conforme legislação vigente, para o ingresso das mesmas na escola;  Propiciar as condições de transporte escolar gratuito, com qualidade e segurança, para acesso dos educandos à escola;  Desenvolver estratégias de ampliação das aprendizagens escolares de modo a adequar o nível de aprendizagem com a etapa de escolarização de cada estudante;  Promover projetos para a ampliação das capacidades de leitura, escrita e interpretação, cálculo e resolução de problemas, de acordo com as habilidades e competências esperadas para cada ano escolar do ensino fundamental;  Solicitar, em regime de cooperação com os entes federados, a construção de uma quadra coberta poliesportiva;  Adequar os currículos do ensino fundamental aos direitos e objetivos de aprendizagem estabelecidos em âmbito nacional no que se refere a base nacional comum; 48

 Solicitar em regime de colaboração com os entes federados a ampliação do prédio escolar do ensino fundamental para melhor atender a demanda escolar;  Desenvolver estratégias de acompanhamento multidisciplinar de estudantes em condição de vulnerabilidade social, visando o seu sucesso escolar;  Estabelecer mecanismos de cooperação entre escola e comunidade para o desenvolvimento de atividades de ensino;  Desenvolver atividades extracurriculares de incentivo aos estudantes e de estímulo de habilidades diretamente relacionadas ao processo de desenvolvimento cognitivo e cultural, inclusive mediante gincanas ou outras formas de socialização com finalidade educativa;  Promover atividades de estímulo e desenvolvimento de habilidades esportivas nas escolas;  Acompanhar, monitorar e socializar com a comunidade educacional o desenvolvimento das ações planejadas e executadas pelo plano de ações articuladas – par, mediante as responsabilidades estabelecidas;  Implantar projetos que venham fortalecer a relação família/escola proporcionando a melhoria da aprendizagem;  Inovar práticas pedagógicas nos sistemas de ensino, com a utilização de recursos educacionais que assegurem a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem dos alunos;  Garantir que, a partir da aprovação do PME, todas as escolas do ensino fundamental tenham (re) formula dos seus projetos político- pedagógicos, estabelecendo metas de aprendizagem, em conformidade com a organização do currículo, com observância das diretrizes curriculares para o ensino fundamental.

META 3

Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência do PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento). 49

 Garantir a diminuição da idade/série a partir da correção de fluxo;  Garantir a aprendizagem e a correção de fluxo;  Promover atividades de incentivo à construção do conhecimento a partir de projetos, pesquisas, palestras, debates, viagens, seminários, visitas técnicas e culturais, etc.;  Desenvolver projeto de incentivo ao uso da biblioteca e equipamentos de informática;  Firmar convênios com instituições de ensino superior para o desenvolvimento de atividades que contribuam para o desenvolvimento da aprendizagem e auxiliem na iniciação científica dos educandos;  Equipar a biblioteca escolar, em qualidade e quantidade de materiais, compatíveis com o público atendido;  Buscar a manutenção e qualificação dos laboratórios de informática e ciências;  Adquirir revistas e periódicos para a biblioteca da escola;  Proporcionar ambiente adequado do ponto de vista da infraestrutura para o desenvolvimento das atividades pedagógicas, garantindo a acessibilidade;  Criar parceria com o poder público municipal, através das secretarias de saúde e assistência social para encaminhamento de estudantes em situação de vulnerabilidade social e educativa à profissionais especializados, tais como psicólogos, assistentes sociais, fonoaudiólogos e psicopedagogos; 50

 Desenvolver projetos de interação da comunidade com a escola a fim de trabalhar na troca de experiências e (re) construção de saberes;  Estabelecer parcerias com a iniciativa privada visando o fortalecimento das atividades escolares do ensino médio;  Criar mecanismo que busquem o comprometimento e a responsabilidade dos estudantes e suas famílias para com o processo educativo;  Adequar os processos curriculares de modo que os conhecimentos das diferentes áreas contemplem as atividades de ciência, tecnologia, trabalho e cultura no campo e na cidade, visando à construção do desenvolvimento sustentável;  Estruturar o currículo de modo que disciplinas, conteúdos e atividades contemplem as necessidades postas pelo mundo de vida e de trabalho dos estudantes;  Desenvolver estratégias pedagógicas que promovam a interface entre o conhecimento escolar e as atividades cotidianas realizadas pelas famílias dos educandos;  Lançar mão de atividades visando obtenção de recursos financeiros que permitam a realização de atividades extraclasse, na interface entre conhecimentos escolares no campo da ciência, tecnologia, trabalho e cultura e suas vinculações com o mundo de vida e trabalho dos estudantes do campo e da cidade;  Criar mecanismos que permitam a participação da comunidade na construção de conhecimentos escolares e troca de experiências em atividades teórico-práticas;  Desenvolver parcerias com cooperativas, sindicatos e EMATER para promover dias de campo;  Prover condições para que o ambiente escolar seja propício para a aquisição e manutenção da saúde física, mental e psicológica dos sujeitos envolvidos nos processos educativos da escola;  Criar parceria com o poder público municipal, através das secretarias de saúde e assistência social para encaminhamento de estudantes em situação de vulnerabilidade social e educativa à profissionais especializados, tais como psicólogos, odontólogos, assistentes sociais, fonoaudiólogos e psicopedagogos;  Propiciar atividades de integração entre os diferentes segmentos da comunidade escolar a fim de fortalecer vínculos, elevar a autoestima individual e o senso de coletividade.  Adequar a estrutura escolar garantindo a acessibilidade aos deficientes (visuais, auditivos, físicos e mentais) nos espaços de salas de aula, laboratórios, banheiros e refeitórios; 51

 Qualificar os acervos da biblioteca e dos laboratórios didáticos;  Equipar salas de aula com material pedagógico, projetores, climatizadores e televisores;  Buscar a reforma ou aquisição do mobiliário: mesas, carteiras, cadeiras e armários;  Organizar espaço para embarque e desembarque de passageiros do transporte escolar;  Criar mecanismos para a qualificação profissional (continuada e assistida) em serviço aos docentes do Ensino Médio;  Promover ações que permitam a construção da profissionalidade docente a partir de processos formativos incluídos em sua carga horária de trabalho;  Auxiliar o professor no uso de tecnologias da informação e comunicação, contribuindo para o planejamento e execução de atividades didáticas com o uso destas ferramentas;  Desenvolver parcerias com instituições de ensino superior para desenvolvimento de atividades de formação continuada;  Prezar pelo desenvolvimento humanístico, cultural e socioeducativo a partir de atividades de cultura e lazer, valorizando os talentos artísticos locais;  Proporcionar atividades como teatro, música, participação em bandas e atividades esportivas e recreativas;  Oportunizar o acesso à cultura em suas diferentes manifestações, levando ao conhecimento do patrimônio artístico, histórico, cultural e ambiental local e regional;  Desenvolver projetos de valorização das manifestações culturais locais e regionais, com monitor habilitado e remunerado a partir de parcerias com instituições públicas, privadas e associativas atuantes no ramo da cultura;  Oportunizar dias de estudo em cinemas, teatros, museus e outras manifestações artísticas e culturais;  Desenvolver atividades de Educação Ambiental em processos de educação formal e não formal, visando o desenvolvimento e a sustentabilidade socioambiental;  Inserir a questão ambiental nas atividades curriculares, vinculada aos conhecimentos e conteúdos escolares das disciplinas do currículo;  Desenvolver projetos que visem à redução, reutilização e reciclagem de resíduos;  Ofertar a modalidade de Educação de Jovens e Adultos integrada ao Projeto Político Pedagógico e ao Regulamento da Escola de Ensino Médio; 52

 Criação de um projeto político-pedagógico adequado às características de aprendizagem de jovens e adultos que viabilize a inclusão daqueles que não tiveram acesso à educação escolar em idade própria;  Garantir espaço físico, recursos didáticos e humanos com a finalidade de atendimento de jovens e adultos no ensino médio.

META 4

Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.

 Universalizar, em regime de colaboração, o atendimento escolar no município de Paim Filho às pessoas com deficiência, transtornos de desenvolvimento e altas habilidades;  Oferecer condições físicas e pedagógicas para o desenvolvimento da Educação Especial e Inclusiva;  Proporcionar (construindo/ampliando) espaço físico para o desenvolvimento das atividades de AEE;  Criar estratégias de qualificação profissional para o desenvolvimento de atividades de AEE;  Fornecimento de material e equipamentos pedagógicos específicos para o AEE;  Adequar a infraestrutura das escolas para garantir acessibilidade;  Proporcionar a oferta de recursos humanos e pedagógicos para efetivação da política de educação especial e inclusiva; 53

 Oferecer a presença do segundo professor/monitor pedagógico nas turmas onde aconteça a inclusão de pessoa com deficiência;  Garantir em regime de colaboração a oferta de educação bilíngue (Língua Brasileira de Sinais – Libras e Língua Portuguesa) para estudantes surdos.

META 5

Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do ensino fundamental.

 Garantir apoio pedagógico específico para os professores do ciclo de alfabetização (1o ao 3o) ano, em regime de colaboração entre políticas municipais e nacionais de formação de professores;  Estimular a criação e desenvolvimento de instrumentos de acompanhamento individual dos estudantes do ciclo de alfabetização aliado a encaminhamentos didático-pedagógicos com vistas ao desenvolvimento da alfabetização;  Incentivar o uso das tecnologias educacionais no processo de alfabetização;  Apoiar a alfabetização de pessoas com deficiência, com transtornos de desenvolvimento ou com altas habilidades, a partir de múltiplas abordagens pedagógicas e com o auxílio do AEE.

META 6

Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos (as) alunos (as) da educação básica. 54

 Oferecer, em regime de colaboração, educação em tempo integral;  Firmar parceria junto aos entes federados programas nacionais de ampliação e reestruturação das escolas públicas, por meio da construção de quadras poliesportivas, laboratórios de informática, ciências etc..., espaços para atividades culturais, biblioteca, auditórios, cozinhas, refeitórios, banheiros e demais equipamentos, bem como da produção de material didático e da formação de recursos humanos para a educação em tempo integral;  Ampliar os espaços escolares, em regime de colaboração, incluindo mobiliário, materiais pedagógicos e esportivos para o adequado atendimento das demandas escolares;  Adotar medidas para aperfeiçoar o tempo de permanência dos alunos na escola, direcionando a expansão da jornada para o efetivo trabalho escolar combinado com atividades recreativas, esportivas e culturais. META 7

Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb:

IDEB 2015 2017 2019 2021

Anos iniciais do ensino fundamental 5,2 5,5 5,7 6,0 Anos finais do ensino fundamental 4,7 5,0 5,2 5,5 55

Ensino médio 4,3 4,7 5,0 5,2

 Criar, no âmbito da rede municipal de ensino, diretrizes pedagógicas em consonância com a base nacional comum e os direitos de aprendizagem para os alunos da educação básica com vistas à efetivação da aprendizagem e a conseqüente diminuição da retenção escolar;  Observar os índices de proficiência dos estudantes em avaliações externas e desenvolver estratégias para alcance dos objetivos postos para o município em relação aos índices educacionais;  Criar estratégias para regularizar o fluxo escolar, no que tange à distorção idade-série e reprovação;  Criar mecanismos de avaliação institucional das escolas a fim de sanar problemas internos que interfiram no desenvolvimento das atividades pedagógicas;  Buscar apoio técnico e financeiro através do Plano de Ações Articuladas (PAR) ou mecanismo similar que venha a substituí-lo, a fim de sanar problemas educacionais que imputem baixos índices de sucesso escolar, no âmbito pedagógico e de gestão.

META 8

Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudos no último ano de vigência deste plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% ( vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE 56

 Elevar, em regime de colaboração, a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudos no último ano de vigência do Plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE; 57

 Apoiar programas e desenvolver tecnologias para correção de fluxo, e acompanhamento pedagógico individualizado e para recuperação e progressão parcial, bem como priorizar estudantes com rendimento escolar defasado, considerando as especificidades dos segmentos populacionais considerados;  Promover, em parceria com as áreas de saúde e assistência social, o acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola específica para os segmentos populacionais considerados;  Identificar motivos de ausência e baixa frequência, estabelecendo em regime de colaboração a garantia da freqüência e apoio à aprendizagem, de maneira a estimular a ampliação do atendimento destes estudantes na rede publica regular de ensino, bem como a sua progressão;  Estimular a diversificação curricular integrando a formação, a preparação para o mundo do trabalho, estabelecendo inter-relações entre teoria e prática, nos eixos das ciências, trabalho, tecnologia, cultural e cidadania, adequando a organização do tempo e do espaço pedagógico.

META 9

Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% ate 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional. 58

 Elevar em regime de colaboração a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 50% ate 2020 e, até o final da vigência deste PME, erradicar o analfabetismo e contribuir para a redução em 30% a taxa de analfabetismo funcional;  Assegurar em regime de colaboração a oferta gratuita da Educação de Jovens, Adultos e Idosos como direito humano, a todos os que não tiveram acesso à Educação Básica na idade própria, inclusive àqueles que estão em situação de privação de liberdade e adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas;  Elaborar e executar um plano de ação integrado de alfabetização em parceria com entidades governamentais e não governamentais no município;  Realizar a cada dois anos em regime de colaboração, avaliação com vistas ao levantamento dos indicadores de alfabetização da população de jovens e adultos com mais de quinze anos.

META 10

Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matriculas de educação de jovens e adultos, no ensino fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional. 59

 Divulgar programas nacionais de educação de jovens e adultos voltados à conclusão do ensino fundamental e médio e a formação profissional inicial, de forma a estimular a conclusão da Educação Básica;  Aderir/divulgar programas de educação de jovens e adultos voltado à conclusão do ensino fundamental e à formação profissional inicial, de forma a estimular a conclusão da educação básica. META 11

Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento publico.  Apoiar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio;

 Divulgar a oferta da educação profissional técnica de nível médio nas redes públicas regionais de ensino; 60

 Apoiar os estágios na educação profissionais técnica de nível médio, preservando-se o caráter pedagógico.

META 12

Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público.

 Criar, junto ao poder público, mecanismos que estimulem o setor produtivo a gerar vagas de emprego e absorver jovens com formação de nível superior no município;  Propor às universidades cursos que valorizem as atividades econômicas do município;  Realizar políticas de valorização e formação de docentes;  Firmar convênios com as Universidades para fortalecer o oferecimento de cursos de acordo com as necessidades da administração pública municipal, visando a qualificar seu quadro de funcionários para melhor servir à sociedade painfilhense;  Aumentar o auxílio das despesas no pagamento do transporte universitário. 61

META 13

Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores.

 Não há metas municipais para o alcance desta meta nacional.

META 14

Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e cinco mil) doutores. 62

META 15

Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência do PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.

 Executar em parceria projetos e programas de qualificação dos profissionais da educação, em conformidade com a legislação vigente;  Proporcionar qualificação em serviço para todos os profissionais da educação;  Estabelecer política municipal de subsídio para professores leigos cursarem formação em nível superior de acordo com a área em que atuam;  Apoiar programas de formação continuada em serviço para todos os profissionais da educação, dos diferentes níveis e modalidades, de forma presencial e à distância, nas diversas instâncias do sistema educacional;  Garantir a formação continuada de educadores para uso das tecnologias educacionais;  Propor aperfeiçoamento profissional continuado dos professores e demais profissionais diretamente envolvidos com os discentes, de modo a atender as Diretrizes Curriculares Nacionais; 63

 Criar parcerias com os demais entes federados para garantir a formação continuada dos profissionais da educação;  Viabilizar, manter e aprimorar a formação em serviço dos professores em exercício na Educação Básica e demais profissionais envolvidos no processo educacional;  Assegurar dotação orçamentária para a qualificação e formação continuada dos profissionais da educação;  Buscar programas, em parceria com universidades ou outras instituições de ensino, para a criação de formação e qualificação dos profissionais da educação, garantindo a qualidade e a gratuidade em todos os níveis de ensino;  Garantir acesso aos meios, espaços e produções culturais, como teatro, cinema, museus, exposições, feiras culturais, entre outros, visando à integração sociocultural como elemento de agregação do conhecimento;  Atuar colaborativamente com estado e União quando da necessidade de estudos diagnósticos acerca das necessidades formativas dos profissionais da educação;  Ampliar possibilidade de estágio supervisionado de estudantes de licenciatura a fim de aprimorar a formação de profissionais para atuar no magistério da Educação Básica;  Incentivar a participação dos profissionais da educação em cursos promovidos pela Plataforma Freire ou qualquer outro programa nacional que venha a substituí-la.  Valorizar o caráter formativo das práticas de ensino dos professores da rede, tomando-as como ponto de partida e de chegada, via articulação sistemática entre formação e prática docente;  Contribuir em regime de colaboração entre união, estados, distrito federal e municípios política nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, oportunizando a todos os docentes.

META 16

Formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinqüenta por cento) dos professores da educação básica, até o último ano de vigência do PNE, e garantir a todos (as) os (as) 64

profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.

 Possibilitar viabilidade técnica e financeira, no plano de carreira e remuneração, para implementar política de capacitação docente em nível de pós-graduação  Proporcionar condições para que os profissionais do magistério possam se afastar das atividades docentes para realização de cursos de pós-graduação, mestrado ou doutorado nas áreas de atuação em educação ou áreas afins,  Estabelecer parcerias/ convênios com Instituições de Ensino Superior (IES) e processo de certificação das atividades formativas para os profissionais da Educação Básica e suas modalidades..  Prover condições de flexibilidade no horário escolar, garantindo o afastamento parcial dos profissionais do magistério matriculados em cursos presenciais de especialização a fim de que possam assistir às aulas.  Consolidar política municipal de formação acadêmica de professores.  Criar espaço na escola para organização da biblioteca do professor, com obras disponibilizadas pelo Ministério da Educação, favorecendo a construção do conhecimento e a valorização da cultura de investigação.  Incentivar o uso do Portal Eletrônico do Professor (MEC) para subsidiar a ação e a formação docente, a partir da disponibilização gratuita de materiais didáticos e pedagógicos suplementares em formatos acessíveis à escola pública. 65

META 17

Valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos (as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência do PNE.

 Realizar, periodicamente, concurso público para ingresso nas funções do magistério, conforme demanda da rede e legislação vigente.  Contribuir com as iniciativas do Ministério da Educação para a atualização progressiva dos salários dos profissionais do magistério.  Observar os critérios da Lei 11.738 de 16 de julho de 2008, ou sua substitutiva, na elaboração do plano de carreira do magistério.  Buscar assistência financeira especifica da União aos entes federados para a implementação de políticas de valorização dos profissionais do magistério, em particular o piso salarial nacional profissional.  Atualização/reestruturar o Plano de Carreira do Magistério Público municipal.  Garantir o cumprimento de 1/3 da jornada de trabalho extraclasse para formação, estudos, planejamento, avaliações e outros, dos profissionais do magistério da rede publica municipal de ensino de Paim Filho.

META 18

 Assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos de Carreira para os (as) profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de Carreira dos (as) profissionais da educação básica pública, tomar como referência 66

o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.

 Readequação do plano de carreira dos profissionais da educação, garantindo o piso nacional da categoria como remuneração inicial, bem como acréscimos percentuais de acordo com a escolaridade e tempo de serviço de cada profissional.  Criar plano de carreira para os servidores da educação.  Garantir progressão na carreira de acordo com o avanço nos estudos e da participação, com êxito, em processos de formação continuada.  Promover medidas de valorização, como progressão salarial por titulação e/ou mérito, visando assegurar a permanência dos profissionais do quadro do magistério.  Assegurar, no âmbito do plano de cargos e salários, um terço da carga horária de contrato do professor para planejamento das atividades de ensino, a serem realizadas na escola.  Criar uma comissão constituída por representantes do executivo, do legislativo e por profissionais da educação para discutir a elaboração do plano de carreira.  Implantar sistema de acompanhamento de profissionais iniciantes a partir da supervisão de profissionais experientes, a fim de potencializar sua ação na docência, tanto no que se refere aos aspectos de conteúdo e metodologia, quanto no que se refere a outros aspectos da sua área de atuação.  Garantir no Plano de Carreira estratégias para qualificação profissional dos servidores do magistério.  Criar comissão permanente de acompanhamento do plano de carreira dos profissionais da educação e do magistério.  Garantir em regime de colaboração com o governo federal, estadual, aos profissionais do magistério da rede publica municipal de ensino, o acesso gratuito aos instrumentos tecnológicos e outros equipamentos necessários aos professores em efetivo exercício.

META 19

Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à 67

comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto.

 Criar e consolidar, no âmbito do Sistema Municipal de Educação, estratégias e normas para a participação da comunidade na gestão dos processos escolares.  Delegar aos conselhos envolvidos com a educação e com as outras instituições educativas, o acompanhamento dos Indicadores de Qualidade da educação.  Garantir condições para o desempenho das funções dos conselhos municipais de Educação e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).  Apresentar, com periodicidade trimestral, aos conselhos responsáveis relatórios de despesas com educação, com respectivas notas e fontes orçamentárias.  Criar espaço para que, trimestralmente, o poder público municipal avalie e apresente aos conselheiros do FUNDEB e à comunidade os gastos públicos municipais em educação.  Efetivar política de descentralização parcial dos recursos para que as escolas possam gerir autonomamente o custeio de pequenas despesas referentes à manutenção e/ou cumprimento de atividades didático-pedagógicas.  Assegurar participação dos conselheiros nos programas de formação ofertados pela União, pelo estado ou pelo município.  Assegurar o funcionamento do Fórum Municipal de Educação para o acompanhamento e avaliação do desenvolvimento do Plano Municipal de Educação.  Assegurar e incentivar a ação das associações de pais e mestres enquanto instâncias consultivas e deliberativas nos processos decisórios das escolas.  Estimular e criar estratégias para a participação da comunidade escolar na formulação de projetos pedagógicos, currículos escolares, planos de gestão escolar e regimentos escolares, assegurando a participação da comunidade nos processos de avaliação da qualidade da educação.  Criar e consolidar o Conselho Escolar para o acompanhamento e avaliação da gestão democrática escolar. 68

META 20

Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto - PIB do País no 5o (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio.

 Preencher o censo escolar, em conformidade com os dados da realidade, garantindo o repasse de recursos da União para o município de acordo com o Custo Aluno Qualidade (CAQ);  Garantir fontes de financiamento permanentes e sustentáveis para todos os níveis, etapas e modalidades da educação básica, observando-se as políticas de colaboração entre os entes federados, em especial as decorrentes do art.60 do ato das Disposições Constitucionais Transitórias e do § 1º do art. 75 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que tratam da capacidade de atendimento e do esforço fiscal de cada ente federado, com vistas a atender suas demandas educacionais à luz do padrão de qualidade nacional;  Aplicar os recursos financeiros permanentes e sustentáveis para todos os níveis, etapas e modalidades da educação, observando-se as políticas de colaboração entre o estado e o município, em especial as decorrentes do FUNDEB, que trata da capacidade de atendimento e do esforço fiscal de cada ente federado, para atender suas demandas educacionais à luz do padrão de qualidade nacional; 69

7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988.

______, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Paim Filho –. Disponível em < http://www.ibge.gov.br.>

______, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996.

______, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. 1999.

______, MEC. Ideb - Disponível em < http://portal.mec.gov.br >.

______, MEC/INEP - Censo da Educação Básica INEP/MEC, ano 2013.

______, Plano Nacional de Educação. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014.

______, PDDE Interativo 2013.

______, Relatórios do FUNDEB – Disponível em .

______, Qedu. Paim Filho – disponível em

______,Histórico do Município – extraído do Livro: Paim Retratos e Comentários lançado em 2012.

______, Proposta Política-Administrativa e Pedagógica das Escolas e Regimentos Escolares. 70

HINO A PAIM FILHO

LETRA: Marcos A. Arsego MÚSICA: Milton Barbieri I Com os bravos heróis de outrora Desbravando uma terra hostil No Rio Grande uma nova aurora Paim Filho do povo gentil.

II Com suas belas colinas verdejantes Inhandava tu és monumental O espraiado atração dos viandantes Paim Filho é mesmo sem igual . ESTRIBILHO

Ergamos nossas mãos para o alto E brademos a uma só voz /Paim Filho esperança no Rio Grande És orgulho de todos nós/

III Nosso povo acredita em teu trabalho São José é o nosso padroeiro Foi a fé que ergueu o Santuário Da Região em beleza é o primeiro.

IV Mas no solo está nossa riqueza Cultivada por homens de fé Paim Filho é sem par tua grandeza Guiado por São José.

ESTRIBILHO Ergamos nossas mãos para o alto E brademos a uma só voz /Paim Filho esperança no Rio Grande És orgulho de todos nós/