O Abandono Da Agricultura No Concelho De Montijo
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ISIDORO DA SILVA SANTANA O ABANDONO DA AGRICULTURA NO CONCELHO DE MONTIJO Orientador: Professor Doutor Eduardo Álvaro do Carmo Figueira Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração Lisboa 2014 ISIDORO DA SILVA SANTANA O ABANDONO DA AGRICULTURA NO CONCELHO DE MONTIJO Dissertação apresentada para a obtenção do Grau de Mestre em 2014 no Curso de Mestrado em Sociologia, Globalização e Desenvolvimento na área de Dinâmicas Locais de Desenvolvimento, conferido pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Orientador: Professor Doutor Eduardo Álvaro do Carmo Figueira Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração Lisboa 2014 Isidoro da Silva Santana - Abandono da Agricultura no Concelho de Montijo Epígrafe Não é o proprietário que permite que a nação viva, caminhe e respire nas suas terras: é antes a nação que permite que o proprietário cultive o solo reconhecendo-o como possuidor, não atribuindo a ninguém a exclusividade da fluição dos lugares públicos, das grandes estradas, dos lagos, dos rios (Say, 1803;p532) 1 Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias – Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração Isidoro da Silva Santana - Abandono da Agricultura no Concelho de Montijo Dedico A todas as famílias que no passado sofreram a dureza das tarefas agrícolas, onde por vezes se chegava a atingir o patamar da escravidão. Estou também a considerar um conjunto de pessoas que povoaram a região, vindas de todos os pontos do país, os caramelos / gaibéus / ratinhos/ algarvios / malteses, sempre com um objetivo de conseguir uma vida melhor. A todos os jovens agricultores, que num momento difícil do país, encontram no trabalhar a terra, uma saída para fugir ao desemprego. A todas as pessoas deste país que trabalham em prol da agricultura, contribuindo para diminuir os efeitos da desertificação, apoiando iniciativas locais de desenvolvimento dos territórios rurais. Aos antigos agricultores do concelho de Montijo, aqui representados por alguns nomes: Domingos Mendes (Patola) José Pereira Fialho Avelino Salgado de Oliveira António dos Santos Fernandes Casa Ventura João Tavares Bastos (*) Domingos Tavares Bastos (*) Cristiano Rodrigues Mendonça Diogo Mendonça (Tavares) Albino Bruno (*) Afilhados de José Maria dos Santos 2 Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias – Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração Isidoro da Silva Santana - Abandono da Agricultura no Concelho de Montijo Agradecimento A elaboração de um trabalho académico, que resulta de uma investigação, a função do orientador é fundamental. Pude verificar que não é essencial a sua presença permanente, pois cabe-lhe a função de sujeitar o investigador ao seu próprio processo de aprendizagem, permitindo-lhe a construção sua, na base dos erros e descobertas, entre avanços e retrocessos no caminho percorrido. É baseado neste desempenho que agradeço em primeiro lugar ao professor Eduardo Álvaro do Carmo Figueira. O conhecimento empírico sobre a temática da agricultura no concelho de Montijo, levou-me à necessidade de contatar com um conjunto de pessoas ligadas ao campo, onde sempre encontrei um espírito de colaboração e de ajuda, os seus contributos foram fundamentais para a elaboração desta dissertação. Para todas estas pessoas que me ajudaram a ver a agricultura da região de uma outra forma diferente e mais real, os meus agradecimentos. Por último, uma palavra de agradecimento à Sra. Presidente da Câmara Municipal de Montijo Dra. Maria Amélia Macedo Antunes e a todos os presidentes das juntas de freguesia, pela disponibilidade de colaboração neste projeto de investigação, dando os seus depoimentos sobre o que pensão da agricultura no concelho. 3 Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias – Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração Isidoro da Silva Santana - Abandono da Agricultura no Concelho de Montijo Resumo O concelho de Montijo situa-se na margem sul da Área Metropolitana de Lisboa, com uma área de 348,1 km2, sendo cerca de 80% deste território agrícola e florestal. O trabalho desenvolvido, procura identificar e compreender o porquê do abandono da atividade agrícola em algumas das explorações do concelho. Para uma melhor compreensão do abandono dos sistemas produtivos das explorações agrícolas, é feita uma resenha histórica da agricultura, consequências da nossa participação na EU, onde existem um conjunto de normas impostas através da PAC até ao programa plurianual 2014-2020. Para o desenvolvimento do trabalho, é feito o enquadramento geográfico do território, uma pequena resenha histórica, uma análise demográfica do concelho e uma identificação do processo de povoamento das zonas rurais. Foram realizadas 28 entrevistas a um conjunto de indivíduos e de entidades representativas de todas as freguesias do concelho de Montijo, onde na análise dos dados se verificaram um conjunto de causas que estão a originar o abandono da agricultura em algumas explorações. A inviabilidade económica devido à pequena dimensão, a dificuldade de escoamento dos produtos, o envelhecimento de grande parte dos agricultores, a evolução dos circuitos de comercialização, a certificação dos produtos e a modernização das explorações, são problemas para as pequenas explorações. A alteração da dimensão das explorações, mais jovens na agricultura e o optar pela produção de novos produtos, podem ajudar ao desenvolvimento rural, aumentando o rendimento dos agricultores. A importância da organização dos agricultores, em associações, criando assim, a escala necessária para dar resposta às novas exigências do mercado, aproveitando os fundos comunitários disponíveis. Palavras-chave: Abandono, Agricultura, Desenvolvimento Rural 4 Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias – Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração Isidoro da Silva Santana - Abandono da Agricultura no Concelho de Montijo Abstract Municipality of Montijo places in the south edge of the Area Metropolitan of Lisbon, with an area of 348,1 km2, being about 80% of this agricultural and forest territory. The developed work looks for to identify and to understand the reason of the abandonment of the agricultural activity in some of the explorations of municipality. For one better understanding of the abandonment of the productive systems of the agricultural explorations, is made a historical summary of agriculture, consequences of our participation in I where they exist a set of norms imposed through the CAP until the o multiannual programs 2014-2020. For the development of the work, the geographic framing of the territory is made, a small historical summary, a demographic analysis of municipality and an identification of the process of settlement of the agricultural zones. 28 interviews to a set of individuals and representative entities of all had been carried through the clienteles of municipality of Montijo, where in the analysis of the data if they had verified a set of causes that are to originate the abandonment of agriculture in some explorations. The economic unfeasibility due to small dimension, the difficulty of draining of the products, the aging of great part of the agriculturists, the evolution of the commercialization circuits, the certification of the products and the modernization of the explorations, are problems for the small explorations. The alteration of the dimension of explorations, younger in agriculture and opting to the production of new products, can help the agricultural development, increasing the income of the agriculturists. The importance of the organization of the agriculturists, in associations, thus creating, the scale necessary to give to reply to the new requirements of the market, using to advantage deep communitarian the available ones. Words-key Abandonment, Agriculture, Rural Development 5 Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias – Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração Isidoro da Silva Santana - Abandono da Agricultura no Concelho de Montijo ABREVIATURAS a. C. – Antes de Cristo AIAF - Ano Internacional da Agricultura Familiar AML – Área Metropolitana de Lisboa BA6 – Base Aérea nº 6 CCDRLVT - Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional de Lisboa e vale do Tejo CEE – Comunidade Económica Europeia CTA – Campo de Tiro de Alcochete d. C. – Depois de Cristo EU – União Europeia FEADER – Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural FEOGA - Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola GATT – Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (Em Inglês: General Agreement on Tariffs and Trade) INE – Instituto Nacional de Estatísticas IVV - Instituto do Vinho e da Vinha JCI – Junta de Colonização Interna LEADER - Ligações Entre Ações de Desenvolvimento da Economia Rural. OMC - Organização Mundial do Comércio OP’ s – Organização de Produtores PAC - Política Agrícola Comum PDM – Plano Diretor Municipal PEDAP - Programa Especifico de Desenvolvimento da Agricultura Portuguesa PIB – Produto Interno Bruto PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PRODER – Programa de Desenvolvimento Rural SANU - Superfície Agrícola não Utilizada SAU – Superfície Agrícola Utilizada GLOBALG.A.P. – The Global Partnership for Good Agricultural Pratice 6 Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias – Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração Isidoro da Silva Santana - Abandono da Agricultura no Concelho de Montijo ÍNDICE GERAL EPÍGRAFE …………………………………………………………………………………...…………………………...……..……….