Público Periodicidade: Diário Temática: Cultura Classe: Informação Geral Dimensão: 1354 Âmbito: Nacional Imagem: S/Cor 27­10­2012 Tiragem: 51453 Página (s): 1/24/25

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O músico galês apresenta hoje o seu novo álbum na Casa da Música p24 25 Público Periodicidade:Diário Temática: Cultura Classe: Informação Geral Dimensão: 1354 Âmbito: Nacional Imagem: S/Cor 27­10­2012 Tiragem: 51453 Página (s): 1/24/25

O histórico músico dos Velvet Underground e autor de uma volumosa arriscada e essencial obra a solo apresenta hoje o seu novo álbum Shifty Adventures in Nookie Wood na Casa da Música Porto Por Gonçalo Frota

experimentalismo na música dependendo de onde estamos A da sociedade é uma empresa ter de pensar em progressões de Entrevista popular Cale atribui a essa ideia de dois amantes irem até um que nos arruína a vida É isso acordes Uma das coisas estranhas passagem pela bienal a razão sítio e suicidarem se acontece de que mantém estes filmes actuais na minha escrita de canções é Passaram se sete única para ter sido nomeado em muitas formas diferentes por todo Não existem para assustar mas que me preocupo imenso com anos desde 2010 oficial da Ordem do Império o mundo mas naquele lugar do como imagem da transformação as progressões de acordes Se blackAcetate o seu Britânico Hoje abrilhanta mais Japão parece uma peregrinação Transformamos as coisas e por começo com uma melodia não me anterior álbum uma noite de Clubbing às 22h30 anual A música por outro lado vezes apercebemo nos de que preocupo com os acordes mas se de estúdio mas na Casa da Música foi muito influenciada pelo Blade algo que era muito bom se tornou começo com os acordes demoro não se pode dizer O tema título do seu novo Runner pelo seu ambiente muito um pesadelo Isto é o mundo muito tempo a chegar à melodia que o músico álbum inspira se numa história claustrofóbico e subterrâneo Há Mas empurra as suas canções Quando começo com o ritmo tudo galês de suicídios no Japão O que o muito a acontecer mas nunca para representações da acontece muito mais depressa tenha reduzido atraiu temos bem a certeza do que é realidade ou para escapes a Controla se mais sabe se melhor a sua actividade Li a história em 1999 no Estas distopias feitas canções essa mesma realidade como é que as pessoas vão sentir com a aproximação dos 70 anos Independent em Inglaterra interessam lhe pelo confronto Nem uma nem outra Penso que é a canção que hoje conta Continuou a estava muito bem escrita e era entre o mundo que conhecemos a interacção entre as canções e as É essa a grande lição que retira buscar a sintonia com a mais um mistério tal que me ficou e aquele que poderia ou poderá pessoas que cria uma realidade É do hip hop pulsante criação actual através sempre na cabeça Coisas desse suceder lhe como entrar na memória de outra Não aquilo que aprendi com de colaborações com LCD género dão óptimas fontes para Acho que nunca sabemos pessoa e instigar uma ideia é esse o hip hop foi sobretudo uma Soundsystem e Danger Mouse canções porque não têm qualquer realmente como é que o mundo é o sítio ideal para a existência de ideia de som Há algo de lançou o extenso disco ao vivo explicação ninguém sabe por ou será podemos simplesmente uma canção verdadeiramente físico no hip Circus Live homenageou que acontece E mais do que imaginar Muito do que está no A composição para este hop Eles usam ritmos e sons no espectáculo Life along the isso a aura misteriosa em torno filme já está mesmo a acontecer disco partiu frequentemente que se ouvem habitualmente em Borderline e participou na da história é aumentada ainda Há muitas formas de olhar para de uma MPC ferramenta discotecas Ao compor rock n roll Bienal de Veneza de 2009 em mais pelo facto de ser um assunto o Blade Runner é uma peça de para produção rítmica e com alguns desses ritmos de representação do seu país banido O suicídio ocupa um história ou uma nova versão de sequenciação recorrente no discoteca obtém se um sabor Desconfiado do reconhecimento lugar muito especial nas nossas velhas ficções de extraterrestres hip hop Vem do seu agudo diferente bastante físico Sei que institucional de alguém sociedades muito cerimonioso e com a diferença de que agora interesse em hip hop quando o Dr Dre trabalha no seu com um percurso ligado ao é tratado de forma muito diferente o extraterrestre é um membro Sim Mas também me libertou de estúdio nunca ouve nada abaixo Público Periodicidade:Diário Temática: Cultura Classe: Informação Geral Dimensão: 1354 Âmbito: Nacional Imagem: S/Cor 27­10­2012 Tiragem: 51453 Página (s): 1/24/25

no estilo de Palestrina E o meu professor respondeu me Tens toda a razão mas vamos continuar a fazê lo Mas a pergunta era sobre o Cage No meio desta discussão aparece o Cage e diz que na Europa são uns puristas a ouvir música porque têm salas de concertos onde tem de se estar silencioso e ouvir com muita atenção e isso é absurdo porque mesmo sem falar vai se ouvir um metro a passar ou alguém a tossir De repente as salas de concerto apareciam nos Estados Unidos porque havia tantos imigrantes europeus que se tornaram parte da paisagem Em Nova Iorque Boston Chicago e São Francisco percebia se a função dessas salas de concertos mas em Tucson Arizona em Oklahoma City Delaware isto era um conceito muito estranho porque aí ouvia se country música de cowboys Essas ideias do Cage punham em causa o silêncio e para muita gente eram assustadoras faziam muito sentido na cultura americana e eram bizarras segundo o ponto de vista europeu Acabou por tomar um rumo dentro do pop rock mas houve um ponto em que podia perfeitamente ter enveredado por uma carreira de compositor erudito O que definiu esse caminho Era esse o meu caminho em Londres mas depois cruzei me com o movimento artístico Fluxus e fui para os Estados Unidos Infelizmente no meio de tudo isso os Beatles apareceram em Nova Iorque e rebentaram com tudo De repente percebi que todas as noites deixava os ensaios do LaMonte Young ia para casa ouvia rádio e estavam Caleéhojeaestrelademais ginásio e regressar às quatro ou verdadeiramente excepcional com que há jovens músicos algures a sempre a tocar os Beatles E de umanoitedeClubbing naCasa cinco trabalhar mais uma hora pouquíssimos recursos Estou espancar os instrumentos numa repente apercebi me de que daMúsica e ir me embora E sabia que sempre à procura de abordagens terreola qualquer e a fazer as tinha passado ao lado dos meus nessas circunstâncias estava a estimulantes e há de facto muitos coisas avançarem Durante muito anos de adolescente Mas o de 120 decibéis que é um volume dar me a melhor oportunidade exemplos Durante algum tempo tempo as pessoas eram recebidas que estou a fazer A investigar de uma ferocidade incrível Mas possível de estar fresco e tomar isso estava concentrado em LA por editoras que lhes diziam drones Fui apanhado pela ele consegue tirar o que quer da decisões Mas não gosto de estar agora está em Williamsburg Voltem daqui a nove meses história música através da fisicalidade do em estúdio e tento sair dali o mais Brooklyn ainda não estão prontos E nunca Está prestes a ser lançada a do que está a ouvir fica em frente rápido possível embora respeite Acha comparável ao espírito e chegávamos a ouvir falar de muitas edição do 45 º aniversário daquelas colunas descomunais a o processo para isso poder energia criativos que encontrou delas porque ficavam de coração primeiro álbum dos Velvet disparar um bombo que se sente acontecer em Nova Iorque nos anos 1960 partido ao serem rejeitados Underground Olha muito no estômago e tudo o que faz a Trabalhou com Danger Completamente é a mesma Agora não temos a Internet e para trás ou mantém se partir daí é com base no impacto Mouse neste disco e refere se coisa Se nos distrairmos por um computadores estúdio focado no futuro físico na música amiúde ao seu fascínio por segundo passamos lhe ao lado Há O livro Silence de John Cage Não penso nos discos Mas fico Também tem regras desse Erykah Badu É lhe essencial sempre algo algures a acontecer teve um peso grande na feliz que finalmente lancem género em estúdio manter se próximo do que que leva uma pessoa a questionar sua vida Em que medida aquelas performances estranhas Não Estou simplesmente está a acontecer no pop rock se Caramba isto aconteceu há revolucionou o seu olhar sobre porque dá uma ideia do que consciente de que quando me contemporâneo um ano onde é que eu andava a música eram os nossos ensaios sinto frustrado em estúdio não Ainda agora o Mos Def e o Há muita actividade por aí é muito Quando entrei na universidade sentávamo nos e tentávamos desato a dar cabeçadas nas director da Brooklyn Philharmonic saudável a primeira discussão que tive foi perceber o que íamos fazer de paredes Se dermos alguma convidaram a Erykah Badu para Arrepende se de não ter Vocês querem que as pessoas seguida Os quatro a empurrar atenção à forma como reagimos uma residência de compositores estado nalgum desses sítios no aprendam a escrever música em direcções diferentes e depois às coisas identificamos o ponto a com a orquestra e achei isso muito momento certo segundo o estilo de Palestrina o aparecia com partir do qual não conseguimos excitante É um pensamento muito Não porque acertei o passo É Bach etc e fazemos exercícios as letras e descobríamos um avançar mais A primeira forma avançado Os arranjos dela são sempre possível fazê lo e não com esse fim o que nos dá um caminho São os pedaços mais que encontrei de lidar com isso foi excelentes muito intrincados E se pode estar em todo lado diploma e não nos prepara reveladores as provas mais trabalhar entre as dez da manhã há tanta coisa a acontecer por de qualquer forma Mas é um para o mundo O que é que vou fidedignas do que estávamos a e as duas da tarde depois ir ao vezes com gente que faz algo de sentimento extraordinário saber fazer habilitado a compor algo tentar fazer