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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇAÕ EM HISTÓRIA ROSA APARECIDA DO COUTO SILVA ITAMAR ASSUMPÇÃO E A ENCRUZILHADA URBANA: NEGRITUDE E EXPERIMENTALISMO NA VANGUARDA PAULISTA Franca 2020 ROSA APARECIDA DO COUTO SILVA ITAMAR ASSUMPÇÃO E A ENCRUZILHADA URBANA: NEGRITUDE E EXPERIMENTALISMO NA VANGUARDA PAULISTA Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em História da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP, Campus de Franca, como requisito para a obtenção do título de Doutora em História. Área de Concentração: História Linha de Pesquisa: História e Cultura Social Orientador: Prof. Dr. José Adriano Fenerick Franca 2020 1 2 ROSA APARECIDA DO COUTO SILVA ITAMAR ASSUMPÇÃO E A ENCRUZILHADA URBANA: NEGRITUDE E EXPERIMENTALISMO NA VANGUARDA PAULISTA Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, como pré-requisito para a obtenção do título de Doutora em História. BANCA EXAMINADORA PRESIDENTE: ____________________________________________________ Prof. Dr. José Adriano Fenerick, UNESP/Franca 1a EXAMINADORA: _______________________________________________ Profa Dra. Daniela Vieira dos Santos UEL/Londrina 2a EXAMNADORA: _________________________________________________ Profa Dra. Márcia Tosta Dias UNIFESP/Guarulhos 3o EXAMINADOR: _________________________________________________ Prof. Dr. Bernardo Carvalho Oliveira UFRJ/Rio de Janeiro 4o EXAMINADOR: ________________________________________________ Prof. Dr. Dylon Robbins – NYU / New York/ USA Franca, 07 de Julho de 2020. 3 Dedico esse trabalho às queridas Valentina Bernardes, Isadora Rosa e à Funmilayo Afrobeat Orquestra Minhas sementes de esperança 4 AGRADECIMENTOS O encerramento desta pesquisa de doutorado é também o final de uma longa etapa de formação acadêmica dentro do Departamento de História da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Estadual Paulista (UNESP), instituição à qual estive vinculada desde 2008, quando entrei no curso de graduação em História. Foram muitos anos marcados pela presença de pessoas muito especiais, que fizeram com que toda essa jornada tivesse sentido, algumas dessas pessoas já foram devidamente agradecidas e reverenciadas em ocasiões e trabalhos anteriores. No que se refere ao doutorado, que iniciei em 2016, cabe agradecer ao meu orientador e amigo José Adriano Fenerick, por sempre acolher com carinho minhas ideias e projetos, por mais confusos que pudessem parecer. Sem seu olhar de confiança, respeito e amor o caminho teria sido muito mais árduo. Obrigada! Gostaria de agradecer minha mãe, Ângela, meu pai Antônio e meus irmãos Miguel e Ana Carolina. É por eles que sigo. Obrigada! Quero agradecer também minhas tias, tios, primas e primos que ajudaram – direta e indiretamente – no processo de conseguir fundos complementares para meu estágio no exterior, com o qual contribuíram também muitos amigos, além de meu sogro e minha sogra Luzia e José Wilson. Obrigada a todos! Entre 2018 e 2019 tive a oportunidade de morar por seis meses na cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, realizando estágio na New York University. Gostaria de agradecer meu coorientador Dylon Robbins pelo carinho e recepção e também ao professor Fred Moten, que me aceitou como ouvinte em suas aulas. Obrigada! Nova Iorque jamais seria a aventura que foi se eu não tivesse encontrado amigos e amigas que acabaram por se tornar um grupo de apoio maravilhoso. Díjna Torres, Ana Cláudia Cury, Anelise Dias, Camila Rodrigues, Marina Carvalho, Bruna Guerra, Tiago Nascimento, Helena 5 Fietz, Tálisson Melo, Sara Malaguti (minha roomate-irmã), Luis Rincón e Lua Girino: Obrigada! Deixo também um agradecimento especial a Thaís Bignardi (eterna Punk), Connor Engstrom e ao pequeninho Ragnar que me receberam com amor nos meus primeiros dias perdida na gringa. Obrigada! Agradeço a Gabriela Frias pelo compartilhamento de ideias e pela parceria na produção do evento “Por que que eu não pensei nisso antes? Itamar Assumpção na USP” em novembro de 2019, no IEB, com apoio do professor Walter Garcia. No que se refere a esse evento, que para nós foi importantíssimo, agradeço a presença de todas e todos, cujas falas contribuíram grandemente para a formulação das ideias contidas nesse trabalho. Gostaria de agradecer a Daniela Vieira e Sheyla Diniz pelas contribuições em minha banca de qualificação, pelas trocas de ideias, referências e empréstimos de livros. Obrigada! Aproveito para agradecer aos meus queridos amigos de pós-graduação (e da vida), com os quais compartilhei alegrias, sufocos e dos quais recebi apoio em diversas situações: Danilo Ávila, Nívea Lins, Renan Ruiz, Ricardo Arruda, Rainer Sousa e Vanessa Pironato. Obrigada! Agradeço imensamente à pessoas que me cederam entrevistas e me receberam em suas casas com carinho e café. Dentre elas Dona Elizena de Assumpção, Marcelo Del Rio, Clara Bastos, Alzira E., Suzana Salles, Vange Milliet e Paulo Lepetit. Muito obrigada! Agradeço da mesma as “orquídeas” que não consegui entrevistar, mas que se mostraram dispostas e atenciosas, como Tata Fernandes, Nina Blauth e Simone Soul. Agradeço a Fábio Giogio pelas conversas, trocas de informações e também por ter me permitido acessar o primeiro fonograma de Nego Dito. Obrigada! Quero agradecer imensamente a professora Márcia Tosta Dias, pelas discussões e considerações que atravessam meu texto e – principalmente, as que resultaram no quarto capítulo desta tese. Obrigada! Agradeço ao meu companheiro Matheus Rodrigues, por ser parceiro pra toda hora e pra 6 qualquer situação. Nenhuma palavra de agradecimento será suficiente pra você. Obrigada! Agradeço ao querido Kauê Vieira pela leitura final e revisão deste texto. Obrigada, maninho! Agradeço à Funmilayo Afrobeat Orquestra pelas segundas de ensaios terapêuticos: Bruna Duarte, Sthe Araújo, Tamiris Silveira, Vanessa Soares, Suka Figueiredo, Priscila Hilário, Ana Góes, Jasper, Larissa Oliveira e especialmente Stela Nesrine e Afroju Rodrigues pelas discussões que me auxiliaram a interpretar algumas das faixas escolhidas para análise neste trabalho. Por esse mesmo motivo agradeço a Rômulo Alexis e Lucas Melifona. Obrigada! Itamar Assumpção tinha uma grande preocupação com tudo que envolvia a produção de um álbum, inclusive as capas. Por isso, achei de bom tom esse trabalho receber uma capa à altura da obra do artista estudado. A imagem da capa, essa mistura de Itamar e Exu, foi um presente do multiartista Filipe Ramos. Obrigada! Agradeço a todos os funcionários da Seção de Pós-graduação, principalmente a Maísa e o Mauro, pela atenção recebida em todos esses anos. Deixo registrado também meu agradecimento à UNESP, universidade pública e gratuita que, espero, se torne cada dia mais democrática. Obrigada! Por fim, cabe ressaltar que este trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) que, além da bolsa de doutorado no Brasil, concedeu-me bolsa de doutorado sanduíche que permitiu a realização do estágio na New York University, nos Estados Unidos. 7 SILVA, Rosa A. do Couto. Itamar Assumpção e a Encruzilhada Urbana: negritude e experimentalismo na Vanguarda Paulista. 2020. 287 f. Tese (Doutorado em História e Cultura Social) – Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Franca, 2020. RESUMO O objetivo principal desta tese é analisar os aspectos experimentais da obra musical de Itamar Assumpção, artista relacionado à movimentação cultural conhecida como Vanguarda Paulista, ocorrida em São Paulo, no início dos anos 80. Os artistas ligados à Vanguarda Paulista assumiram uma posição crítica e criativa frente às imposições do mercado musical. As principais fontes dessa pesquisa são os sete álbuns de estúdio lançados durante a carreira de Itamar Assumpção: Beleléu Leléu Eu, Sampa Midnight, Intercontinental! Quem Diria! Era Só o que Faltava !, Bicho de 7 cabeças vol. I, II e III, Ataulfo Alves por Itamar Assumpção - Para sempre agora e Pretobrás - por que eu não pensei nisso antes? Tendo esse material como suporte, a pesquisa procura demonstrar como a negritude e as referências culturais afro-brasileiras são utilizadas de maneira inovadora, a fim de construir uma linguagem musical específica. Por fim, este trabalho elucida as relações intrínsecas entre o racismo institucional / sistêmico e o mercado musical, com base no reforço de estereótipos negativos impostos aos afro-brasileiros, que impactam diretamente a obra do artista estudado. Palavras-chave: Itamar Assumpção. Música Experimental. Música Popular. Racismo. Indústria Fonográfica. 8 SILVA. Rosa A. do Couto. Itamar Assumpção and the urban crossroad: blackness and experimentalism in Vanguarda Paulista, 2020. 287 l. Thesis (Doctorate in History and Social Culture) - Faculty of Human and Social Sciences, State University of São Paulo “Júlio de Mesquita Filho”, Franca, 2020. ABSTRACT This dissertation’s main objective is to analyze the experimental aspects of the Itamar Assumpção's musical work, an artist related to the cultural movement known as Vanguarda Paulista, which took place in São Paulo, in the early 1980s.Vanguarda Paulista was an artistic scene in which musicians took a critical and creative stand against the musical market impositions. The main sources for this reserach are the seven studio albums released during the Assumpção's career: