Rio de Mirim/-BA

PROGRAMA MONITORA QUALIDADE DAS ÁGUAS DO ESTADO DA

CAMPANHA 02/2014

RPGA DO RIO ITAPICURU

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA

Governador Jaques Wagner

SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE – SEMA Secretário Eugênio Spengler

INSTITUTO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS

Diretora Geral Márcia Cristina Telles de Araújo Guedes

DIRETORIA DE FISCALIZAÇÃO E MONITORAMENTO AMBIENTAL Diretora DIFIM Lucia de Fátima Carvalho Gonçalves

FICHA TÉCNICA

COORDENAÇÃO DE MONITORAMENTO DOS RECURSOS AMBIENTAIS E HIDRÍCOS

Eduardo Farias Topázio Coordenador Geral Hérica D’Assunção Coelho Especialista em Meio Ambiente e Ailton dos Santos Júnior Recursos Hídricos Coordenador Técnico Especialista em Meio Ambiente e Júlia Cardoso Sant’Anna Recursos Hídricos Técnica em Meio Ambiente e Recursos Hídricos Aiane Catarina Fernandes Faria Estudante de Engenharia Ambiental Juliana Jesus Santos Bióloga/Colaboradora Andreia Cristina dos Santos Bragagnolo Najara Santana Pita Especialista em Meio Ambiente e Técnica em Meio Ambiente e Recursos Hídricos Recursos Hídricos

Antonio Carlos Gonçalves dos Natália Bianca Rosatti Santos Especialista em Meio Ambiente e Técnico de Coleta e Amostragem Recursos Hídricos

Emily Karle dos Santos Conceição Marcelo Andrade Santiago Técnica em Meio Ambiente e Estagiário – Engenharia Química Recursos Hídricos Paula Maria de Farias Cordeiro Greice Ximena Santos Oliveira Técnica em Meio Ambiente e Especialista em Meio Ambiente e Recursos Hídricos Recursos Hídricos

Distribuição: INEMA– INSTITUTO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS Av. Luiz Viana Filho, 6ª avenida, CAB, CEP: 41.746-900 - Salvador/BA. Tel.: (71) 3118-4267 /Disponível em: inema.ba.gov.br SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ...... 1

VARIÁVEIS DE QUALIDADE DAS ÁGUAS ...... 1

ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA ...... 1

IQA ...... 1

IET ...... 1

CARACTERIZAÇÃO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM ...... 4

RESULTADOS DO MONITORAMENTO ...... 12

CONSIDERAÇÕES FINAIS ...... 29

Programa MONITORA RPGA do Rio Itapicuru

LISTAS

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 RPGA do Rio Itapicuru, Bahia......

Figura 2. Variação no índice de qualidade da água – IQA dos pontos da RPGA Rio Itapicuru, Bahia. Rio Itapicuru. Campanha 2 de 2014Figura 1 RPGA do Rio Itapicuru ...... 23

Figura 3. Variação no índice de qualidade da água – IQA dos pontos da RPGA Rio Itapicuru, Bahia. Rios Itapicuru e Itapicuru-Mirim. Campanha 2 de 2014 ...... 24

Figura 4. Variação no índice de qualidade da água – IQA dos pontos da RPGA Rio Itapicuru, Bahia. Rios Itapicuru-Açu, Caiçara, , do Ouro e Barragens de Pindobaçu e . Campanha 2 de 2014 ...... 24

Figura 5. Variação no índice de qualidade da água – IQA dos pontos da RPGA Rio Itapicuru, Bahia. Açude de e Barragens e Pedras Altas.

Campanha 2 de 2014 ...... 25

Figura 6. Variação no índice de qualidade da água – IQA dos pontos da RPGA Rio Itapicuru, Bahia. Barragem de Pedras Altas e Rios Aipim, Jacurici, Peixe, Samambaia e Quijingue. Campanha 2 de 2014 ...... 25

Figura 7. Variação no Índice do estado trófico - IET dos pontos da RPGA Rio Itapicuru, Bahia. Rio Itapicuru. Campanha 2 de 2014 ...... 26

Figura 8. Variação no Índice do estado trófico - IET dos pontos da RPGA Rio Itapicuru, Bahia. Rios Itapicuru e Itapicuru-Mirim. Campanha 2 de 2014 ...... 26

Figura 9. Variação no Índice do estado trófico - IET dos pontos da RPGA Rio Itapicuru, Bahia. Rios Itapicuru-Açu, Caiçara, Campo Formoso, do Ouro e Barragens de Pindobaçu e Canavieiras. Campanha 2 de 2014 ...... 27

Figura 10. Variação no Índice do estado trófico - IET dos pontos da RPGA Rio Itapicuru, Bahia. Açude de Araci e Barragens Ponto Novo e Pedras Altas. Campanha 2 de 2014 ...... 27

Figura 11. Variação no Índice do estado trófico - IET dos pontos da RPGA Rio Itapicuru, Bahia. Barragem de Pedras Altas e Rios Aipim, Jacurici, Peixe, Samambaia e Quijingue. Campanha 2 de 2014 ...... 29 Programa MONITORA RPGA do Rio Itapicuru

LISTA DE QUADROS

Quadro 1. Variáveis de qualidade da água ...... 2

Quadro 2. Classificação do índice da qualidade das águas...... 1

Quadro 3. Classificação do estado trófico para reservatórios ...... 1

Quadro 4. Caracterização da rede de amostragem da RPGA do Rio Itapicuru. Campanha 2 de 2014 ...... 6

Quadro 5. Resultados do Índice de Qualidade da Água – IQA e Índice do Estado Trófico - IET dos pontos da RPGA Rio Itapicuru, Bahia. Campanha 2 de 2014 ...... 21

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Resultados das variáveis de qualidade da água para a RPGA do Rio Itapicuru, Bahia. Campanha 2 de 2014 ...... 13 Programa MONITORA RPGA do Rio Itapicuru

INTRODUÇÃO

A Resolução CONERH nº 88 de 26 de novembro de 2012, instituiu no Estado da Bahia as 25 Regiões de Planejamento e Gestão das Águas (RPGA), com a finalidade de orientar e fundamentar a implementação dos instrumentos de gestão da Política Estadual de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

Com o intuito de gerenciar a qualidade das águas de rios, barragens, lagoas e açudes do Estado, a Coordenação de Monitoramento de Recursos Ambientais e Hídricos - COMON criou em 2008 o Programa Monitora, inicialmente com uma rede de 208 pontos distribuídos nas RPGAs. Com o propósito de melhorar sua representatividade, essa rede sofre sucessivas ampliações e adequações na malha amostral e atualmente são 404 pontos.

Os principais objetivos desse monitoramento são:  Fazer um diagnóstico da qualidade das águas superficiais do Estado, avaliando sua conformidade com a legislação ambiental;  Avaliar a evolução temporal da qualidade das águas superficiais do Estado;  Identificar áreas prioritárias para o controle da poluição das águas, tais como trechos de rios e estuários onde a sua qualidade possa estar mais comprometida, possibilitando, assim, ações preventivas e corretivas;  Subsidiar o diagnóstico e controle da qualidade das águas doces utilizadas para o abastecimento público, verificando se suas características são compatíveis com o tratamento existente, bem como para os seus usos múltiplos;  Subsidiar a execução dos Planos de Bacia e Relatórios de Situação dos Recursos Hídricos, para a cobrança do uso da água e estudo do enquadramento dos corpos hídricos;  Subsidiar a implementação da Política Nacional de Saneamento Básico (Lei 11.445/2007).

O Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA definiu as classes de qualidade de águas doces, salinas e salobras através da Resolução CONAMA 357/2005, onde são estabelecidas as condições padrão de qualidade da água. Os textos completos das legislações citadas neste relatório encontram-se no volume de Apêndices e Anexos.

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VARIÁVEIS DE QUALIDADE DAS ÁGUAS

As variáveis de qualidade das águas podem ser integradas para a avaliação dos ambientes aquáticos e, dependendo dos usos da água pretendidos, variáveis e índices específicos são adotados para indicar a qualidade dessas águas. Os significados ambiental e sanitário dessas variáveis, bem como as respectivas metodologias analíticas e de amostragem são apresentadas no volume de Apêndices e Anexos.

A grande quantidade e as diferentes formas de aporte de poluentes que podem estar presentes nas águas fluviais tornam inexequível a análise sistemática de todas essas substâncias. Por esse motivo, a COMON faz a determinação de 18 variáveis de qualidade da água (físicas, químicas, hidrobiológicos e microbiológicas) consideradas mais representativas (Quadro 1). A Rede gera um volume de dados anual correspondente aos resultados de aproximadamente 27500 análises físicas, químicas e biológicas.

Quadro 1. Variáveis de qualidade da água Grupo Variáveis

Físico Condutividade, Alcalinidade, Série de Sólidos (Dissolvidos, Suspensos e Totais), Salinidade, Temperatura da Água e Turbidez

Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), Demanda Química de Oxigênio Químico (DQO), Fósforo Total, Oxigênio Dissolvido, pH e Série Nitrogênio (Amoniacal, Nitrato e Total)

Microbiológico Coliformes Termotolerantes

Hidrobiológico Clorofila a

Quando há a necessidade de estudos específicos de qualidade de água em determinados trechos de rios ou reservatórios, com vistas a diagnósticos mais detalhados, outras variáveis podem ser determinadas, tanto em função do uso e ocupação do solo na bacia hidrográfica contribuinte, quanto pela ocorrência de algum evento excepcional na área em questão.

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ÍNDICES DE QUALIDADE DA ÁGUA

Os índices são utilizados por fornecer uma visão geral da qualidade da água, pois integram os resultados de diversas variáveis através de um único indicador. Assim, para transmitir uma informação de mais fácil compreensão para o público em geral, a COMON adotou índices específicos, que refletem a qualidade das águas:

IQA Para o cálculo do IQA, são consideradas variáveis de qualidade que indicam o lançamento de efluentes sanitários para o corpo d’água, fornecendo uma visão geral sobre as condições de qualidade das águas superficiais. O IQA pode ser calculado considerando E. coli ou o grupo de Coliformes Termotolerantes. Sua classificação se dá de acordo com as faixas de valores do índice, como mostra o Quadro 2.

Quadro 2. Classificação do índice da qualidade das águas. Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo 79 < IQA ≤ 100 51 < IQA ≤ 79 36 < IQA ≤ 51 19 < IQA ≤ 36 0 < IQA ≤ 19

IET

O Índice do Estado Trófico classifica os corpos d’água em diferentes graus de trofia, ou seja, avalia a qualidade da água quanto ao enriquecimento por nutrientes e seu efeito relacionado ao crescimento excessivo das algas. Para o cálculo do IET, são consideradas as variáveis Clorofila a e Fósforo Total. Sua classificação encontra-se no Quadro 3.

Quadro 3. Classificação do estado trófico para reservatórios.

Ultraoligotrófico Oligotrófico Mesotrófico Eutrófico Supereutrófico Hipereutrófico IET ≤ 47 47 < IET ≤ 52 52 < IET ≤ 59 59 < IET ≤ 63 63 < IET ≤ 67 IET > 67

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CARACTERIZAÇÃO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM

A RPGA do Rio Itapicuru (Figura 1) abrange ao todo 55 municípios baianos. Destes, 20 municípios estão integralmente inseridos: Crisópolis, , , Antônio Gonçalves, Filadélfia, Quijingue, Tucano, , Queimadas, Caém, Ponto Novo, Cansanção, Itiúba, Pindobaçu, , Araci, Saúde, Cipó, . Ainda nesta RPGA, 12 Municípios têm mais de 60% do seu território: Conde, , Santa Luz, , Jacobina, Euclides da Cunha, Monte Santo, , , Itapicuru, , Banzaê; 09 municípios têm entre 40% e 60% do seu território: Sátiro Dias, Teofilândia, Conceição do Coité, Retirolândia, Valente, Serrolândia, Várzea do Poço, , , e, 14 municípios têm menos de 40% do seu território: , Aporá, Inahmbupe, , São José do Jacuípe, , Campo Formoso, , Uauá, , Cícero Dantas, Heliópolis, Jandaíra e Morro do Chapéu.

Figura 1. RPGA do Rio Itapicuru, Bahia.

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O rio Itapicuru nasce no município de Miguel Calmon e a foz é na região do litoral norte da Bahia, no município de Conde. Os principais afluentes do rio Itapicuru são os rios: Itapicuru-mirim, Itapicuru-açu, do Peixe, Cariaçá e Quijingue. Suas águas destinam-se ao abastecimento urbano e rural; abastecimento industrial; irrigação e dessedentação de animais.

A RPGA abrange uma área de 38.664 Km², o que corresponde a 6,6% do território do estado da Bahia. Atinge diretamente, aproximadamente, 1,3 milhões de pessoas, ou 7,57% da população baiana. Tem sua parte superior localizada no Pediplano da Chapada da Diamantina, onde ocorrem remanescentes de florestas estacionais e campos rupestres; em sua parte central a RPGA abrange as depressões periféricas e interplanálticas, e a bacia sedimentar de Tucano, onde predominam as pastagens entremeadas por áreas com vegetação de Caatinga; o seu trecho final encontra-se sobre o Planalto Costeiro onde ocorrem espécies florestais secundárias da Mata Atlântica.

Sua economia gira em torno das atividades de mineração, mas predomina a agricultura de subsistência e pecuária tradicional.

Os principais impactos observado se relacionam às atividades agropecuárias e de extrativismo vegetal, com acentuado desmatamento e utilização de agrotóxicos. Também aparecem mapeadas como impactantes as atividades urbanas de lançamento de esgotos domésticos, disposição inadequada de resíduos sólidos e desmatamento. As atividade de mineração são apontadas como responsáveis pela degradação de áreas naturais, contribuindo para o assoreamento e contaminação decorrente do uso indiscriminado de mercúrio na extração de granito ornamental, no beneficiamento de mármore no município de Jacobina e do ouro através do desenvolvimento de lavras garimpeiras. As atividades industriais impactam, sobretudo, pelo lançamento de efluentes líquidos, curtumes, matadouros, marmorarias e salgadeiras.

A RPGA do Rio Itapicuru possui 30 (trinta) pontos de monitoramento, caracterizados no Quadro 4.

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Quadro 4. Caracterização da rede de amostragem da RPGA do Itapicuru, Bahia. Campanha 2 de 2014.

Código Corpo hídrico Município Coordenadas Local de amostragem Descritivo de campo Registro fotográfico geográficas (SIRGAS 2000)

ITP-ITP-050 Na ponte sob a BR-

407, trecho entre Rio Itapicuru Água de cor verde, Senhor do Bonfim e aspecto turvo, sem Senhor do Jaguarari, à cerca de odores, margens com Bonfim 47 km do acesso a mata ciliar. sede municipal de 10°24'49,7"(S) Ponto Novo. 40°11'1,2"(W)

ITP-ITP-200 Ponto localizado a Rio Itapicuru 4,73 km da BA-381, Água de cor verde, sentido município de aspecto cristalino, sem Itiúba Filadélfia, a oeste da odores. cidade de Itiúba. 10°41'47,0"(S) 39°53'48,0"(W)

Ponto no posto ITFR07, ITP-ITP-300 Água de cor marrom, acesso depois da aspecto turvo, sem ponte do Rio Itapicuru Rio Itapicuru odores, margens com na BA 120, sentido habitações, produção Queimadas Cansanção. Pegar agrícola e presença de vicinal à esquerda, animais nas 10°57'4,3"(S) seguir 18 km e virar a 39°44'16,9"(W) proximidades. esquerda.

A jusante do bairro ITP-ITP-330 Chalé, ponte na BA -

120, após lançamento Água de cor verde, Rio Itapicuru de esgotos aspecto cristalino, sem

domésticos, efluentes odores, margens com Queimadas de matadouro, habitações nas

curtume, salgadeira 10°58'4,2"(S) proximidades. de couro, olarias e 39°37'32,6" (W) cerâmicas.

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ITP-ITP-400 A jusante da zona urbana do município O ponto coletado Rio Itapicuru e do garimpo de ouro apresentou água de denominado de Cansanção cor verde, aspecto Favela, situado à turvo, sem odores. 10°56'47,7"(S) jusante da cidade de 39°21'41,9"(W) Queimadas.

Entre a Água de cor verde, ITP-ITP-430 COSIPRA/município com aspecto turvo,

Rio Itapicuru de Santa Luz e o sem odores, margens povoado de Nova com vegetações, Santa luz Esperança/município habitações, produção de Cansação, a agrícola e presença de 10°59'23,0"(S) jusante do garimpo animais nas 39°18'28,1"(W) de ouro. proximidades.

BR-116, sentido à BR- ITP-ITP-500 410. No Água de cor marrom,

Rio Itapicuru entroncamento, com aspecto turvo, pegar vicinal à direita sem odores, margens Tucano que liga Tucano a com habitações e Cipó. No povoado presença de animais 11°1'31,5"(S) Tiririca, acesso à nas proximidades. 38°45'23,4"(W) direita.

Água marrom com ITP-ITP-600 Estrada que liga Cipó aspecto turvo, sem

Rio Itapicuru a Ribeira do Amparo, odores, margens com próximo às deposição de resíduos Cipó coordenadas da orgânicos e estação Fluviométrica inorgânicos, e 11°5'50,9"(S) IT-FD-12. habitações nas 38°30'45,3"(W) proximidades.

ITP-ITP-700

Rio Itapicuru Ponte na BR 349 no Água de cor verde, sentido Itapicuru - aspecto cristalino, sem Olindina Olindina, distante 7 km odores, margens com de Itapicuru. mata ciliar. 11°19'18,8"(S) 38°15'18,0"(W)

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ITP-ITP-800 O ponto coletado

apresentou água de Rio Itapicuru Ponte na BR 101, entre cor marrom, aspecto os municípios de Esplanada turvo, sem odores e Esplanada e Jandaíra. margens com mata 11°41'19,6"(S) ciliar. 37°54'6,4"(W)

ITP-ITP-900 Sob ponte na Ba 099 O ponto coletado Rio Itapicuru (Linha Verde) à apresentou água de montante da zona Sem Foto Conde cor verde, aspecto urbana da sede cristalino, sem odores. 11°48'27,5" (S) municipal do Conde. 37°37'52,6" (W)

ITP-ITM-050 Situado à cerca de 3 Água de cor verde, km à jusante da zona aspecto turvo, com Rio Itapicuru urbana de Jacobina, odor, margens com Mirim sob ponte localizada mata ciliar, deposição

junto às instalações de resíduos orgânicos e Jacobina físicas do balneário inorgânicos, 11°12'15,4"(S) Sombra e Água habitações e 40°29'13,7"(W) Fresca. lançamento de esgoto.

ITP-ITA-100

O ponto coletado Rio Itapicuru- Sob a ponte, no rio apresentou água de açu Itapicuru, seguindo a cor verde, aspecto

BA-131, sentido cristalino, sem odores e Saúde Jacobina. margens com mata

ciliar. 10°49'14,3"(S) 40°21'36,1"(W)

ITP-BPI-001 Margem esquerda da barragem de Barragem de Pindobaçu. Garimpos Água de cor verde, Pedras Altas de esmeralda e aspecto cristalino, sem povoados de odores e margens com Saúde Carnaíba de Cima, Carnaíba de Baixo e mata ciliar. 10°47'49,4"(S) Marota. Já 40°24'29,2" (W) monitorado pelo INGÁ

8 Programa MONITORA RPGA do Rio Itapicuru

Junto às instalações ITP-CRC-050 do Balneário da

Açude Cariacá Prainha no acesso ao Água de cor verde, Povoado de Curral aspecto turvo, sem Monte Santo Velho à cerca de 1,7 odores, margens com km da BA 120, entre presença de animais. 10°28'48,0" (S) Cansanção e Monte 39°21'22,0" (W) Santo.

ITP-CFM-600 Paralelo a BA-220, a jusante de Campo Rio Campo Água de cor marrom, Formoso e da Escola Formoso aspecto turvo, sem Rural, sob ponte, odores, margens com Antônio próxima ao poço de mata ciliar e Gonçalves captação de água habitações próximas. 10°31'43,7"(S) da CIMPOR (antiga 40°18'58,3"(W) CISAFRA).

ITP-ROU-050 Serra Macaqueira, a 2 Km da da prefeitura Água de cor marrom, Rio do Ouro de Jacobina. Antiga aspecto cristalino, sem

captação de água, odores e margens com Jacobina na construção da vegetações nas

11°9'49,9"(S) usina de Força de proximidades. 40°30'23,7"(W) Jacobina.

ITP-BCA-001 Barragem de Canavieiras, próximo Rio Itapicuru ao Povoado. Acesso Água de cor verde, Mirim pela estrada da aspecto cristalino, sem

mineradora Yamana odores e margens com Jacobina Gold. Fica a jusante mata ciliar. 11°13'46,0"(S) da barragem de 40°32'21,0" (W) rejeitos da Yamana.

ITP-ARA-002 Água com coloração marrom com aspecto Ponto situado no Açude de Araci turvo, sem odores, açude de Araci, margens com Araci também conhecido disposição de resíduos como Poço Grande 11°16'38,0"(S) orgânicos e inorgânicos 39°5'43,0"(W) e habitações próximas.

9 Programa MONITORA RPGA do Rio Itapicuru

ITP-BPN-001 Água de cor verde, aspecto cristalino, sem Braço da barragem Rio do Aipim odores. Margens com de Ponto Novo que mata ciliar, habitações, Filadélfia recebe a água do rio produção agrícola e Aipim. 10°48'5,0"S) presença de animais 40°12'44,0"(W) nas proximidades.

ITP-BPN-002

Barragem de Vertedouro da Água de cor marrom, Ponto Novo barragem de Ponto aspecto cristalino, sem

Novo (antigo ponto odores e margens com Ponto Novo ITP-PTN-050) vegetações. 10°51'10,0"(S) 40°10'15,0"(W)

ITP-BPN-003

Barragem de Braço da barragem Água de cor verde, Ponto Novo de Ponto Novo que aspecto cristalino, sem

recebe a água do rio odores e margens com Ponto Novo Itapicuru Açu. mata ciliar. 10°49'55,0" (S) 40°12'56,0" (W)

ITP-BPA-001 Margem esquerda da

barragem de Pedras Rio Itapicuru Altas, em Jacobina. À Mirim Água de cor verde, jusante do garimpo aspecto cristalino, sem de ouro e da sede Capim Grosso odores. municipal. Já foi

monitorado pelo 11°11'27,4"(S) INGÁ. 40°3'7,4"(W)

ITP-BPA-002

Barragem de Ponto localizado na Água de cor verde, Pedras Altas entrada de água da aspecto cristalino, sem

barragem de Pedras odores e margens com Caém Altas. mata ciliar. 11°10'44,0" (S) 40°8'8,0" (W)

10 Programa MONITORA RPGA do Rio Itapicuru

ITP-BPA-003

Barragem de Ponto localizado no Água de cor verde, Pedras Altas) meio da barragem de aspecto cristalino, sem

Pedras Altas. odores. Caém

11°11'18,0" (S) 40°5'24,0" (W)

ITP-AIP-050

Rio do Aipim Barragem do Aipim, Água de cor verde, localizada no sem odores e prática Pindobaçu povoado de de lavagem de roupas Bananeiras. em suas margens. 10°35'53,1"(S) 40°20'30,8"(W)

ITP-JCI-050 Açude Jacurici, formado a partir do Rio Jacurici represamento das Água de cor verde,

águas do Rio Jacurici, aspecto cristalino, sem Cansanção localizado na BA 081, odores.

10°39'4,1"(S) entre o município de 39°42'58,0"(W) Cansanção e Itiúba.

ITP-PEX-500 Na BA 120, Ponte do Rio do Peixe de rio do Peixe no sentido Água de cor verde, Baixo Queimadas / Santa aspecto cristalino, sem

Luz, à odores e margens com Queimadas aproximadamente 19 mata ciliar. 11°5'42,9"(S) km de Queimadas. 39°30'35,0"(W)

Água de cor marrom, ITP-SMB-300 cristalino, sem odores, Ponto localizado no mata ciliar com Rio Sambaíba rio Sambaíba, no habitações, produção povoado de Mirangaba agrícola, presença de Nuguaçu, próximo a animais e prática de Ba-144. 10°49'20,8"(S) lavagem de roupas em 40°29'53,4"(W) suas margens.

11 Programa MONITORA RPGA do Rio Itapicuru

ITP-QJG-050 Zona rural, no cesso a

Quijingue Quijingue pela BA-381, cerca de 20 Km da Sem foto Quijingue BR-116, sentido Tucano/ Euclides da 10º 40' 7.30"S Cunha. 39º 6' 46.10"W

RESULTADOS DO MONITORAMENTO

Os dados das variáveis de qualidade da água, da segunda campanha de 2014, são apresentados na Tabela 1.

A qualidade da água da Bacia do Rio Itapicuru, foi definida através do monitoramento da água dos rios Itapicuru, Itapicuru-Mirim, Itapicuru-Açu, Caiçara, Campo Formoso, do Ouro, Aipim, Jacurici, Peixe, Samambaia, Quijingue. Também foi feito o monitoramento da qualidade da água nas barragens de Pindobaçu, de Canavieiras, Ponto Novo, Pedras Altas e do açude de Araci.

Na segunda campanha de 2014, os parâmetros foram avaliados de acordo aos padrões de qualidade estabelecidos na Resolução CONAMA nº 357/05, para águas doces - Classe 2 e águas salobras - Classe 1. Para os parâmetros não referenciados nessa Resolução foram feitas considerações específicas.

De acordo com a Resolução CONAMA nº 357/05, os pontos ITP-ITP-050, ITP-ITP-300, ITP-ITP-330, ITP-ITP-900, ITP-ITM-050, ITP-ITA-100, ITP-BPI-001, ITP-CFM-600, ITP-ROU-050, ITP-BCA-001, ITP-BPN- 001, ITP-BPN-002, ITP-BPN-003, ITP-BPA-001, ITP-BPA-003, ITP-AIP-050 e ITP-SMB-300 foram definidos como águas doces, Classe 2, em virtude do teor de salinidade igual ou inferior a 0,5 ppt. Os pontos TP-ITP-200, ITP-ITP-400, ITP-ITP-430, ITP-ITP-500, ITP-ITP-600, ITP-ITP-700, ITP-ITP- 800, ITP-CRC-050, ITP-ARA-002, ITP-BPA-002, ITP-JCI-050 e ITP-PEX-500 foram classificados como águas salobras, Classe 1, em virtude do teor de salinidade entre 0,5 ppt e 30 ppt.

12 Programa MONITORA RPGA do Rio Itapicuru

Tabela 1. Resultados das variáveis de qualidade da água para a RPGA do Rio do Rio Itapicuru, Bahia. Campanha 2 de 2014. Padrões da Resolução CONAMA nº. 357/05 Rio Itapicuru Parâmetros Águas salobras, Unidade Águas doces, classe 2 ITP-ITP-050 ITP-ITP-200 ITP-ITP-300 ITP-ITP-330 ITP-ITP-400 ITP-ITP-430 classe 1 Ambiente Lótico 1. Físico-químicos

Alcalinidade mg CaCO3/L 30 114 17,5 23,7 25,8 26,8 Condutividade µmhos/cm 342 2262 269,4 415 430 421 o Salinidade /o 0,2 1,6 0,2 0,3 0,3 0,3 Temperatura - campo ºC 20,9 23,8 24,6 25 24,4 25,6 pH - campo 6,0 a 9,0 6,5 a 8,5 7,24 5,54 7,62 7,96 8,05 8,54 Turbidez ≤ 100,0 NTU 34,7 3,6 19,8 23,9 8,1 8,3 Sólidos totais mg/L 246 1369 218 336 286 286 Sólidos Dissolvidos ≤500 mg/L 244 1223 178 254 276 262 Sólidos Suspensos mg/L <20 <20 34 80 <20 <20 Oxigênio dissolvido ≥ 5,0 ≥ 5,0 mg OD/L 6,98 6,69 6,59 6,7 7,19 8,05 DBO ≤ 5,0 mg DBO/L <2 <2 4 2 <2 6

DQO mg O2/L 34,2 <20 <20 <20 <20 <20 2. Nutrientes Nitrogênio totaL mg N/L 1 2 2 1 1 2 3,7 para pH ≤ 7,5 2,0 para 7,5 < pH ≤ 8,0 Nitrogênio Amoniacal ≤0,40 mg N-NH /L <0,4 <0,4 <0,4 <0,4 <0,4 <0,4 1,0 para 8,0 < pH ≤ 8,5 3 0,5 para pH > 8,5

Nitrogênio Nitrato ≤10 ≤0,40 mg N-NO3/L <0,1 <0,1 0,2 0,2 0,1 0,1 ≤ 0,03 (Lêntico) Fósforo total ≤ 0,124 mg P/L 0,03 0,06 0,04 0,12 0,02 0,03 ≤ 0,1 (Lótico) 3. Biológicos Coliformes NMP/100mL 3,3X102 1,4x102 1,7X103 1,6x104 1,3X102 1,4X102 termotolerantes Clorofila a ≤ 30 µg/L <0,4 4,02 2,28 2,23 0,76 0,76 Nota: * Os valores em vermelho apresentados na tabela acima se referem às violações aos padrões da Resolução CONAMA n°. 357/05, águas doces Classe 2.

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Tabela 2. Resultados das variáveis de qualidade da água para a RPGA do Rio do Rio Itapicuru, Bahia. Campanha 2 de 2014. Rio Itapicuru- Parâmetros Padrões da Resolução CONAMA nº. 357/05 Rio Itapicuru Mirim Unidade Águas salobras, Águas doces, classe 2 ITP-ITP-500 ITP-ITP-600 ITP-ITP-700 ITP-ITP-800 ITP-ITP-900 ITP-ITM-050 classe 1 Ambiente Lótico 1. Físico-químicos

Alcalinidade mg CaCO3/L 38,9 52,1 71,8 69,1 61,7 21,8 Condutividade µmhos/cm 566 928 1015 850 668 184,4 o Salinidade /oo 0,4 0,7 0,7 0,6 0,5 0,1 Temperatura - campo ºC 21,1 25,1 29,3 27,1 28,4 24,8 pH - campo 6,0 a 9,0 6,5 a 8,5 6,88 6,78 7,05 6,91 5,96 4,89 Turbidez ≤ 100,0 NTU 11,1 7,9 22,3 6,7 12,2 18,6 Sólidos totais mg/L 356 626 698 564 514 158 Sólidos Dissolvidos ≤500 mg/L 352 606 617 530 472 146 Sólidos Suspensos mg/L <20 <20 28 <20 <20 <20 Oxigênio dissolvido ≥ 5,0 ≥ 5,0 mg OD/L 10,2 8,89 7,69 7,86 6,65 3,07 DBO ≤ 5,0 mg DBO/L <2 <2 <2 <2 <2 3

DQO mg O2/L <20 <20 <20 <20 <20 61,2 2. Nutrientes Nitrogênio totaL mg N/L 1 1 <1 <1 <1 3 3,7 para pH ≤ 7,5 2,0 para 7,5 < pH ≤ 8,0 Nitrogênio Amoniacal ≤0,40 mg N-NH /L <0,4 <0,4 <0,4 <0,4 <0,4 1,6 1,0 para 8,0 < pH ≤ 8,5 3 0,5 para pH > 8,5

Nitrogênio Nitrato ≤10 ≤0,40 mg N-NO3/L <0,1 0,1 0,1 0,2 0,2 <0,1 Fósforo total ≤ 0,03 (Lêntico) ≤ 0,124 mg P/L <0,02 <0,02 0,06 0,04 0,13 0,21 ≤ 0,1 (Lótico)

3. Biológicos Coliformes NMP/100mL 1,7x102 2,2x102 7,8x10 1,3x102 1,3x102 4,9x104 termotolerantes Clorofila a ≤ 30 µg/L <0,4 <0,4 4,29 1,79 2,56 1,09 Nota: * Os valores em vermelho apresentados na tabela acima se referem às violações aos padrões da Resolução CONAMA n°. 357/05, águas doces Classe 2.

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Tabela 3. Resultados das variáveis de qualidade da água para a RPGA do Rio do Rio Itapicuru, Bahia. Campanha 2 de 2014. Rio Itapicuru- Barragem de Rio Campo Barragem de Padrões da Resolução CONAMA nº. 357/05 Rio Caiçara Rio do Ouro Açu Pindobaçú Formoso Canavieiras Parâmetros Unidade Águas salobras, Águas doces, classe 2 ITP-ITA-100 ITP-BPI-001 ITP-CRC-050 ITP-CFM-600 ITP-ROU-050 ITP-BCA-001 classe 1 Ambiente Lótico Lêntico Lótico 1. Físico-químicos

Alcalinidade mg CaCO3/L 3,3 3,1 162 67,1 3,3 <1 Condutividade µmhos/cm 48,7 49,6 8360 509 31,8 91 o Salinidade /o <0,1 <0,1 6,1 0,4 <0,1 <0,1 Temperatura ºC 22,3 21,9 25 20,7 21,6 24,6 pH - campo 6,0 a 9,0 6,5 a 8,5 6,64 6,54 5,53 7,31 6,2 5,41 Turbidez ≤ 100,0 NTU 9,3 10 16,4 55,2 2,1 12 Sólidos totais mg/L 54 60 5352 376 52 120 Sólidos Dissolvidos ≤500 mg/L 28 50 4160 356 28 118 Sólidos Suspensos mg/L <20 <20 29 <20 <20 <20 Oxigênio ≥ 5,0 ≥ 5,0 mg OD/L 7,16 6,06 7,18 6,14 7,24 6,97 dissolvido - campo DBO ≤ 5,0 mg DBO/L <2 10 5 9 <2 3

DQO mg O2/L 30,2 42,3 71,9 47,7 39,6 54,5 2. Nutrientes Nitrogênio totaL mg N/L 1 2 3 2 1 2 3,7 para pH ≤ 7,5 Nitrogênio 2,0 para 7,5 < pH ≤ 8,0 ≤0,40 mg N-NH /L <0,4 <0,4 0,4 <0,4 <0,4 <0,4 Amoniacal 1,0 para 8,0 < pH ≤ 8,5 3 0,5 para pH > 8,5

Nitrogênio Nitrato ≤10 ≤0,40 mg N-NO3/L <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 ≤ 0,03 (Lêntico) Fósforo total ≤ 0,124 mg P/L 0,02 <0,02 <0,02 0,06 <0,02 <0,02 ≤ 0,1 (Lótico) 3. Biológicos Coliformes NMP/100mL 1,7x102 7,8X10 2x10 1,3X103 4,5x10 2,3x102 termotolerantes Clorofila a ≤ 30 µg/L <0,4 <0,40 53,4 <0,4 <0,04 6,09 Nota: * Os valores em vermelho apresentados na tabela acima se referem às violações aos padrões da Resolução CONAMA n°. 357/05, águas doces Classe 2.

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Tabela 4. Resultados das variáveis de qualidade da água para a RPGA do Rio do Rio Itapicuru, Bahia. Campanha 2 de 2014. Açude de Padrões da Resolução CONAMA nº. 357/05 Barragem Ponto novo Barragem de Pedras Altas Araci Parâmetros Unidade Águas salobras, Águas doces, classe 2 ITP-ARA-002 ITP-BPN-001 ITP-BPN-002 ITP-BPN-003 ITP-BPA-001 ITP-BPA-002 classe 1 Ambiente Lótico Lêntico 1. Físico-químicos

Alcalinidade mg CaCO3/L 151 10,3 7,7 5,2 41,2 20,6 Condutividade µmhos/cm 12270 128,8 114,7 59,4 449 256,8 o Salinidade /o 8,8 <0,1 <0,1 <0,1 0,3 0,2 Temperatura ºC 24,6 23,4 24,3 23,3 22,7 22,1 pH - campo 6,0 a 9,0 6,5 a 8,5 7,87 6,96 7,04 7,04 7,43 6,48 Turbidez ≤ 100,0 NTU 10,8 28,2 17,7 16,5 3 5,7 Sólidos totais mg/L 8578 138 118 86 264 171 Sólidos Dissolvidos ≤500 mg/L 6668 126 106 68 254 156 Sólidos Suspensos mg/L 34 <20 <20 <20 <20 <20 Oxigênio ≥ 5,0 ≥ 5,0 mg OD/L 11,1 6,71 7,16 7,14 5,47 4,48 dissolvido - campo DBO ≤ 5,0 mg DBO/L <2 4 <2 <2 <2 <2

DQO mg O2/L 168 58,5 39,6 45 58,5 42,3 2. Nutrientes Nitrogênio totaL mg N/L 3 3 3 3 4 1 3,7 para pH ≤ 7,5 Nitrogênio 2,0 para 7,5 < pH ≤ 8,0 ≤0,40 mg N-NH /L 0,5 <0,4 <0,4 <0,4 <0,4 <0,4 Amoniacal 1,0 para 8,0 < pH ≤ 8,5 3 0,5 para pH > 8,5

Nitrogênio Nitrato ≤10 ≤0,40 mg N-NO3/L <0,1 0,3 0,1 0,2 <0,1 0,6 ≤ 0,03 (Lêntico) Fósforo total ≤ 0,124 mg P/L <0,02 0,05 <0,02 <0,02 <0,02 <0,02 ≤ 0,1 (Lótico) 3. Biológicos Coliformes NMP/100mL termotolerantes <1,8x10 1,3x103 7,8x10 1,7x102 <1,8X10 2,2X102 Clorofila a ≤ 30 µg/L 58 3,85 1,52 13,7 5,54 0,65 Nota: * Os valores em vermelho apresentados na tabela acima se referem às violações aos padrões da Resolução CONAMA n°. 357/05, águas doces Classe 2.

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Tabela 5. Resultados das variáveis de qualidade da água para a RPGA do Rio do Rio Itapicuru, Bahia. Campanha 2 de 2014. Barragem de Rio Padrões da Resolução CONAMA nº. 357/05 Rio Aipim Rio Jacurici Rio Peixe Rio Quijingue Pedras Altas Samambaia Parâmetros Unidade Águas salobras, Águas doces, classe 2 ITP-BPA-003 ITP-AIP-050 ITP-JCI-050 ITP-PEX-500 ITP-SMB-300 ITP-QJG-050 classe 1 Ambiente Lêntico Lótico Lêntico Lótico 1. Físico-químicos

Alcalinidade mg CaCO3/L 40,7 <1 253 8,2 6 * Condutividade µmhos/cm 420 32 3620 3890 144,8 * o Salinidade /oo 0,3 <0,1 2,6 2,8 0,1 * Temperatura ºC 22,6 21,3 26,3 25,7 22,4 * pH - campo 6,0 a 9,0 6,5 a 8,5 7,19 6,39 6,21 6,97 6,41 * Turbidez ≤ 100,0 NTU 8,3 4,2 19,6 1,2 6,9 * Sólidos totais mg/L 264 58 2303 2382 134 * Sólidos Dissolvidos ≤500 mg/L 238 48 1751 1772 114 * Sólidos Suspensos mg/L <20 <20 28 <20 <20 * Oxigênio ≥ 5,0 ≥ 5,0 mg OD/L 5,1 7,4 7,78 9,38 6,89 * dissolvido - campo DBO ≤ 5,0 mg DBO/L <2 <2 4 <2 <2 *

DQO mg O2/L 45 66,5 <20 <20 50,4 * 2. Nutrientes Nitrogênio totaL mg N/L 1 1 1 <1 1 * 3,7 para pH ≤ 7,5 Nitrogênio 2,0 para 7,5 < pH ≤ 8,0 ≤0,40 mg N-NH /L <0,4 <0,4 <0,4 <0,4 <0,4 * Amoniacal 1,0 para 8,0 < pH ≤ 8,5 3 0,5 para pH > 8,5

Nitrogênio Nitrato ≤10 ≤0,40 mg N-NO3/L 0,1 <0,1 0,1 <0,1 <0,1 * ≤ 0,03 (Lêntico) Fósforo total ≤ 0,124 mg P/L <0,02 <0,02 0,13 * ≤ 0,1 (Lótico) <0,02 3. Biológicos Coliformes NMP/100mL 1,4x103 7,8x102 7,8X10 2,8X102 3,6x102 * termotolerantes Clorofila a ≤ 30 µg/L 2,82 <0,4 16,6 2,55 <40 * Nota: * Os valores em vermelho apresentados na tabela acima se referem às violações aos padrões da Resolução CONAMA n°. 357/05, águas doces Classe 2.

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A temperatura da água nos pontos amostrados variou entre 20,7ºC (ITP-CFM-600) e 29,3ºC (ITP-ITP-700). Esse parâmetro é importante, pois, influi em algumas propriedades da água como densidade, viscosidade e oxigênio dissolvido, com reflexos sobre a vida aquática. É bem verdade que a análise da variação da temperatura de águas superficiais deve considerar o complexo de fatores ambientais que tem influência direta, como a latitude, altitude, estação do ano, circulação do ar, cobertura de nuvens, vazão e profundidade. Contudo, inúmeros são os agravantes físicos, químicos e biológicos advindos da alteração térmica imposta a um corpo hídrico. Águas que se apresentem com temperaturas acima daquela observada no ambiente, por exemplo, na maioria das vezes, não são interessantes para captação industrial ou para o abastecimento de ETEs - Estações de Tratamento de Efluentes. Quando aos pontos monitorados na RPGA do Rio Itapicuru, observou-se a temperatura das águas dentro dos limites da razoabilidade, quando ponderado os fatores acima elencados.

O parâmetro pH, por sua vez, apresentou-se violado, segundo a faixa limite estabelecida pela Resolução CONAMA nº 357/05, nos pontos ITP-ITP-200, ITP-ITP-430, ITP-ITP-900, ITP-ITM-050, ITP-CRC-050, ITP-BCA-001, ITP-BPA-002 e ITP-JCI-050. Não contando com fatores excepcionais, o valor do pH de águas naturais oscila entre 6,5 e 8,5 (águas salobras e salinas) e de 6 a 9 (águas doces). Valores de pH acima ou abaixo destes limites são prejudiciais ou letais para a maioria dos organismos aquáticos, especialmente para os peixes. Vale ressaltar que alguns corpos d’água apresentam-se nestas condições por ser característica natural de suas águas.

A turbidez é causada pela dispersão dos raios luminosos devido à presença de partículas em suspensão, tais como silte, partículas coloidais, substâncias orgânicas finamente divididas, microorganismos, óleo emulsificado, dentre outros. Não houve violação do padrão estabelecido para águas Classe 2 e águas salobras Classe 1, de acordo com Resolução CONAMA nº 357/05, nos pontos monitorados.

Os parâmetros sólidos totais, sólidos dissolvidos e sólidos em suspensão correspondem a toda matéria que permanece como resíduo após evaporação, calcinação ou secagem da amostra a uma temperatura pré-estabelecida. Tem importante função no controle de poluição de águas naturais, pois podem se sedimentar no leito dos rios e causar danos à vida aquática. Também há possibilidade de reter bactérias e resíduos orgânicos no fundo dos rios, promovendo decomposição anaeróbia. Altos teores de sais minerais,

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particularmente sulfato e cloreto, estão associados à tendência de corrosão em sistemas de distribuição, além de conferir sabor às águas. Quanto a valores de referência, a Resolução CONAMA nº 357/05 estabelece um valor limite de 500 mg/L para sólidos dissolvidos em águas doces, classe 2, o qual não foi violado por nenhum dos pontos analisados nesta campanha. Entretanto, embora não tenha sido definido o limite para sólidos dissolvidos em águas salobras, vale atenção aos pontos IPT-IPT-200, ITP-CRC-050, ITP- ARA-002, ITP-JCI-050 e ITP-PEX-500, que apresentaram valores acima de 1.000 mg/L.

A condutividade, de acordo com a CETESB (2008), é uma expressão numérica da capacidade de uma água conduzir a corrente elétrica. Depende das concentrações iônicas e da temperatura e indica a quantidade de sais existentes na coluna d'água e, portanto, representa uma medida indireta da concentração de poluentes. A condutividade também fornece uma boa indicação das modificações na composição de uma água, especialmente na sua concentração mineral, mas não fornece nenhuma indicação das quantidades relativas dos vários componentes. À medida que mais sólidos dissolvidos são adicionados, a condutividade da água aumenta. Altos valores podem indicar características corrosivas da água. Em geral, níveis superiores a 100μS/cm (ou 100 μmhos/cm) indicam ambientes impactados, embora a Resolução não estabeleça um valor padrão para o parâmetro. Neste sentido, observou-se que dos 29 pontos efetivamente monitorados 23 apresentaram alta condutividade da água, e, 6 pontos apresentaram valores acima de 1.000 μmhos/cm para a condutividade. Merece destaque o ponto ITP-ARA-002, onde suas águas atingiram o valor de 12.270 μmhos/cm no parâmetro condutividade.

Os pontos ITP-ITM-050 e ITP-BPA-002 apresentaram valores de oxigênio dissolvido – OD que violaram aos limites fixados pela Resolução CONAMA nº 357/05, durante a 2ª campanha de 2014 na RPGA do Rio Itapicuru. A alteração da quantidade de oxigênio dissolvido no corpo hídrico tem provável origem na atividade fotossintética. Pode, ainda, ter sido transferido para água através da difusão do oxigênio atmosférico. Este parâmetro impacta diretamente os organismos aquáticos aeróbios, pois dependendo da capacidade de autodepuração do corpo d’água, o teor de oxigênio dissolvido pode alcançar valores muito baixos, ou zero, extinguindo os indivíduos presentes no aquífero. A violação dos dados obtidos é proveniente do teor de saturação que depende da altitude e da temperatura, além de indicar que as águas com baixo teor de oxigênio, provavelmente, receberam matéria orgânica, com destaque ao ponto ITP-ITM-050.

19 Programa MONITORA RPGA do Rio Itapicuru

A demanda bioquímica de oxigênio – DBO está relacionada ao consumo de oxigênio por bactérias aeróbicas durante a oxidação da matéria orgânica em condições de temperatura e tempo pré-estabelecidos. A matéria orgânica presente nas águas pode estar na forma dissolvida ou particulada. Os pontos ITP-BPI-001 e ITP-CFM-600 ultrapassaram o limite estabelecido pela Resolução CONAMA nº 357/05 para águas doces, classe 2. Altos índices da DBO podem gerar a diminuição e até a eliminação do oxigênio presente nas águas. Nessas condições, os processos aeróbicos de degradação orgânica podem ser substituídos pelos anaeróbicos, gerando alterações substanciais no ecossistema, inclusive extinção das formas de vida aeróbicas.

DQO é a quantidade de oxigênio necessária para oxidação da matéria orgânica através de um agente químico. A DQO é muito útil quando observada conjuntamente com a DBO para analisar a biodegradabilidade de despejos. O aumento da concentração de DQO num corpo d'água se deve principalmente a despejos de origem industrial. A Resolução CONAMA n° 357/05 não estabelece um limite para esse parâmetro.

O nitrogênio pode estar presente na água sob várias formas: orgânico, amoniacal, nitrito e nitrato. É um elemento indispensável ao crescimento de algas, mas, em excesso, pode ocasionar um exagerado desenvolvimento desses organismos, fenômeno chamado de eutrofização; o nitrato, na água, pode causar a metahemoglobinemia e a amônia é tóxica aos peixes. As causas do aumento do nitrogênio na água podem ser aporte de esgotos domésticos e industriais, fertilizantes ou excrementos de animais. Para a forma amoniacal, a Resolução CONAMA nº357/05 estabelece os limites para águas doces: 3,7 mg N-NH3/L para pH ≤ 7,5; 2 mg N-NH3/L para 7,5 < pH ≤ 8,5; 1 mg N-NH3/L para 8 < pH ≤

8,5; 0,5 mg N-NH3/L para pH > 8,5; e para águas salobras e salinas ≤ 0,4. Para a forma nitrato, a Resolução estabelece o limite de 10 mg N-NO3/L para águas doces e ≤ 0,4 para águas salobras e salinas. O ponto ITP-ARA-002 violou o parâmetro nitrogênio amoniacal e o ponto ITP-BPA-002 violou o parâmetro nitrogênio nitrato acima descritos.

O fósforo atua no corpo hídrico como um nutriente essencial para os organismos vivos, mas em excesso, também causa a eutrofização do meio. Pode estar presente na forma dissolvida e particulada. Suas principais fontes são a dissolução de compostos do solo, decomposição da matéria orgânica, esgotos domésticos e industriais, fertilizantes, detergentes e excrementos de animais. Os padrões para fósforo total de acordo com a Resolução CONAMA nº 357/05 é de ≤ 0,10mg/L para ambientes lóticos; ≤ 0,030mg/L para ambientes lênticos; e ≤ 0,050mg/L ambiente intermediário. Nessa campanha, os pontos

20 Programa MONITORA RPGA do Rio Itapicuru

ITP-ITP-330, ITP-ITP-900, ITP-ITM-050 e ITP-JCI-050 violaram os limites estabelecidos pela Resolução.

A Resolução CONAMA nº 357/05, estabelece para o parâmetro clorofila a, o valor máximo de 30 µg/L em águas doces. O ponto ITP-SMB-300 foi o único a apresentar valor acima daquele determinado na Resolução. A clorofila a é considerada a principal variável indicadora de estado trófico dos ambientes aquáticos. É uma medida indireta da presença de organismos fotossintetizantes, que apesar de ser uma importante fonte de oxigênio, podem liberar toxinas, onde, em altas concentrações, tem efeitos nocivos.

Os parâmetros que violaram as recomendações da CONAMA nº 357/05 foram, portanto, pH, oxigênio dissolvido, DBO, nitrogênio amoniacal, nitrogênio nitrato, fósforo total e clorofila a.

Os resultados apresentados são mais bem visualizados nos índices de IQA e IET calculados para essa campanha, conforme quadro 5.

Quadro 5. Resultados do Índice de Qualidade da Água – IQA e Índice do Estado Trófico - IET dos pontos da RPGA do Rio Itapicuru, Bahia. Campanha 2 de 2014.

Corpo hídrico Nome do ponto IQA Classificação IQA IET Classificação IET

Rio Itapicuru ITP-ITP-050 71 Bom 47 Ultraoligotrófico

Rio Itapicuru ITP-ITP-200 65 Bom 59 Mesotrófico

Rio Itapicuru ITP-ITP-300 64 Bom 55 Mesotrófico

Rio Itapicuru ITP-ITP-330 56 Bom 58 Mesotrófico

Rio Itapicuru ITP-ITP-400 76 Bom 49 Oligotrófico

Rio Itapicuru ITP-ITP-430 75 Bom 50 Oligotrófico

Rio Itapicuru ITP-ITP-500 74 Bom 46 Ultraoligotrófico

Rio Itapicuru ITP-ITP-600 71 Bom 46 Ultraoligotrófico

Rio Itapicuru ITP-ITP-700 72 Bom 59 Mesotrófico

Rio Itapicuru ITP-ITP-800 73 Bom 54 Mesotrófico

Rio Itapicuru ITP-ITP-900 66 Bom 59 Mesotrófico

21 Programa MONITORA RPGA do Rio Itapicuru

Rio Itapicuru Mirim ITP-ITM-050 36 Ruim 56 Mesotrófico

Rio Itapicuru-açu ITP-ITA-100 76 Bom 46 Ultraoligotrófico

Barragem Pindobaçu ITP-BPI-001 75 Bom 47 Ultraoligotrófico

Açude Cariacá ITP-CRC-050 66 Bom 59 Mesotrófico

Rio Campo Formoso ITP-CFM-600 60 Bom 49 Oligotrófico (nome popular) Rio do Ouro (nome ITP-ROU-050 80 Ótimo 46 Ultraoligotrófico popular)

Rio Itapicuru Mirim ITP-BCA-001 67 Bom 54 Mesotrófico

Açude de Araci ITP-ARA-002 73 Bom 60 Eutrófico (nome popular)

Rio do Aipim ITP-BPN-001 65 Bom 56 Mesotrófico

Barragem de Ponto ITP-BPN-002 77 Bom 51 Oligotrófico Novo (nome popular) Barragem de Ponto ITP-BPN-003 75 Bom 56 Mesotrófico Novo (nome popular) Barragem de Pedras ITP-BPA-001 77 Bom 54 Mesotrófico Altas(nome popular) Barragem de Pedras ITP-BPA-002 67 Bom 49 Oligotrófico Altas(nome popular) Barragem de Pedras ITP-BPA-003 65 Bom 52 Oligotrófico Altas(nome popular)

Rio do Aipim ITP-AIP-050 79 Bom 46 Oligotrófico

Rio Jacurici ITP-JCI-050 67 Bom 62 Eutrófico

Rio do Peixe de Baixo ITP-PEX-500 71 Bom 54 Mesotrófico

Rio Sambaíba ITP-SMB-300 73 Bom 46 Ultraoligotrófico

Rio Quijingue ITP-QJG-050 - - - -

O resultado da análise da qualidade da água dos corpos hídricos monitorados classificou o ponto ITP-ITM-050 como “Ruim”, ITP-ROU-050 como “Ótimo” e os demais como “Bom”.

De acordo com os índices, o estado trófico dos pontos ITP-ITP-050, ITP-ITP-500, ITP-ITP-600, ITP-ITA-100, ITP-BPI-001, ITP-ROU-050 e ITP-SMB-300 apresentaram-se na condição de “Ultraoligotrófico”. Os pontos ITP-ITP-400, ITP-ITP-430, ITP-CFM-600, ITP-BPN-002, ITP-BPA-002,

22 Programa MONITORA RPGA do Rio Itapicuru

ITP-AIP-050 e ITP-BPA-003, também quanto ao estado trófico, foram considerados “Oligotróficos”. Já os pontos monitorados ITP-ITP-200, ITP-ITP-300, ITP-ITP-330, ITP-ITP-700, ITP- ITP-800, ITP-ITP-900, ITP-ITM-050, ITP-CRC-050, ITP-BCA-001, ITP-BPN-001, ITP-BPN-003, ITP-BPA- 001 e ITP-PEX-500 foram classificados como “Mesotrófico”. Os pontos ITP-ARA-002 e ITP-JCI- 050 apresentaram estado “Eutrófico”. Nenhum ponto monitorado foi identificado nesta campanha como “Supereutrófico” ou como “Hipereutrófico”.

A comparação dos resultados dos IQA e dos IET das últimas seis campanhas (2ª de 2012, 1a, 2a e 3a de 2013 e 1a e 2ª de 2014), encontra-se nas Figuras de 2 a 11.

80 70 60

50

40 IQA 30 20 10 0 ITP-050 ITP-200 ITP-300 ITP-330 ITP-400 ITP-430 Ponto de Coleta

Figura 2. Variação no índice de qualidade da água – IQA dos pontos da RPGA do Rio Itapicuru. Rio Itapicuru. Campanha 2 de 2014.

23 Programa MONITORA RPGA do Rio Itapicuru

90 80 70 60

50

IQA 40 30 20 10 0 ITP-500 ITP-600 ITP-700 ITP-800 ITP-900 ITM-050 Ponto de Coleta

Figura 3. Variação no índice de qualidade da água – IQA dos pontos da RPGA do Rio Itapicuru. Rios Itapicuru e Itapicuru-Mirim. Campanha 2 de 2014.

90 80 70 60

50

IQA 40 30 20 10 0 ITA-100 BPI-001 CRC-050 CFM-600 ROU-050 BCA-001 Ponto de Coleta

Figura 4. Variação no índice de qualidade da água – IQA dos pontos da RPGA do Rio Itapicuru. Rios Itapicuru-Açu, Caiçara, Campo Formoso, do Ouro e Barragens de Pindobaçu e Canavieiras. Campanha 2 de 2014.

24 Programa MONITORA RPGA do Rio Itapicuru

90 80 70 60

50

IQA 40 30 20 10 0 ARA-002 BPN-001 BPN-002 BPN-003 BPA-001 BPA-002 Ponto de Coleta

Figura 5. Variação no índice de qualidade da água – IQA dos pontos da RPGA do Rio Itapicuru. Açude de Araci e Barragens Ponto Novo e Pedras Altas. Campanha 2 de 2014.

90 80 70 60

50

IQA 40 30 20 10 0 BPA-003 AIP-050 JCI-050 PEX-500 SMB-300 QJG-050 Ponto de Coleta

Figura 6. Variação no índice de qualidade da água – IQA dos pontos da RPGA do Rio Itapicuru. Barragem de Pedras Altas e Rios Aipim, Jacurici, Peixe, Samambaia e Quijingue. Campanha 2 de 2014.

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90 80 70 60

50

IET 40 30 20 10 0 ITP-050 ITP-200 ITP-300 ITP-330 ITP-400 ITP-430 Ponto de Coleta

Figura 7. Variação no Índice do estado trófico - IET dos pontos da RPGA do Rio Itapicuru. Rio Itapicuru. Campanha 2 de 2014.

90 80 70 60

50

IET 40 30 20 10 0 ITP-500 ITP-600 ITP-700 ITP-800 ITP-900 ITM-050 Ponto de Coleta

Figura 8. Variação no Índice do estado trófico - IET dos pontos da RPGA do Rio Itapicuru. Rios Itapicuru e Itapicuru-Mirim. Campanha 2 de 2014.

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70 60 50

40

IET 30 20 10 0 ITA-100 BPI-001 CRC-050 CFM-600 ROU-050 BCA-001 Ponto de Coleta

Figura 9. Variação no Índice do estado trófico - IET dos pontos da RPGA do Rio Itapicuru. Rios Itapicuru-Açu, Caiçara, Campo Formoso, do Ouro e Barragens de Pindobaçu e Canavieiras. Campanha 2 de 2014.

70 60 50

40

IET 30 20 10 0 ARA-002 BPN-001 BPN-002 BPN-003 BPA-001 BPA-002 Ponto de Coleta

Figura 10. Variação no Índice do estado trófico - IET dos pontos da

RPGA do Rio Itapicuru. Açude de Araci e Barragens Ponto Novo e Pedras Altas. Campanha 2 de 2014.

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80 70 60

50

40 IET 30 20 10 0 BPA-003 AIP-050 JCI-050 PEX-500 SMB-300 QJG-050 Ponto de Coleta

Figura 11. Variação no Índice do estado trófico - IET dos pontos da RPGA do Rio Itapicuru. Barragem de Pedras Altas e Rios Aipim, Jacurici, Peixe, Samambaia e Quijingue. Campanha 2 de 2014.

De acordo com os gráficos das figuras de 2 a 6, os pontos ITP-ITP-050, ITP-ITP-200, ITP-ITP-300, ITP-ITP-330, ITP-ITP-400, ITP-ITP-500, ITP-ITP-600, ITP-ITP-600, ITP-ITP-700, ITP-ITP-800, ITP-ITP-900, ITP-ITA-100, ITP-CRC-050, ITP-ARA-002, ITP-BPN-003, ITP-BPA-001, ITP-BPA-002, ITP-JCI-050, ITP- PEX-500 e ITP-SMB-300 mantiveram-se estáveis quanto à boa qualidade da água nas últimas cinco campanhas. Aqueles que apresentaram uma variação pequena entre “Bom” e “Ótimo” foram: ITP-ITP-430, ITP-BPI-001, ITP-ROU-050, ITP-BCA-001, ITP-BPN-001, ITP- BPN-002, ITP-BPA-003 e ITP-AIP-050. O ponto ITP-CFM-600 teve classificação quanto a Qualidade de suas Águas variando entre Bom e Regular e o ponto ITP-ITM-050 manteve, em média a condição de “Ruim”. Nenhum ponto monitorado na RPGA da Bacia do Rio Itapicuru apresentou a classificação “Péssima” para a qualidade de suas águas nesta 2ª campanha de 2014.

Os cálculos do Índice de Estado Trófico da RPGA do Rio Itapicuru na 2ª campanha de 2014, quando comparados com as últimas campanhas realizadas desde 2012, indicaram que os pontos em melhores condições tróficas foram o ITP-ITA-100 por ter mantido a estabilidade entre os estados “Ultraoligotrófico” e “Oligotrófico”, e o ponto ITP-ROU-050, por ter mantido a classificação em “Ultraoligotrófico”, com exceção da 1ª campanha de 2014, quando apresentou o estado “Mesotrófico”. Foram identificadas pequenas variações entre os estados “Mesotrófico” e “Oligotrófico” dos pontos ITP-ITP-050 e ITP-BPN- 002. Observa-se, ainda, que houve evolução no estado trófico de alguns pontos, que fecharam a 2ª campanha 2014 também como “Ultraoligotrófico” ou “Oligotrófico”, como:

28 Programa MONITORA RPGA do Rio Itapicuru

ITP-ITP-050, ITP-ITP-500, ITP-ITP-600, ITP-ITA-100, ITP-BPI-001, ITP-ROU-050, ITP-BPN-002, ITP-BPA- 003 e ITP-SMB-300, o que indica que os rios Itapicuru, Itapicuru-Açu, barragem Pindobaçu, rio do Ouro, barragem de Ponto Novo, barragem de Pedras Altas e rio Samambaia, nos pontos monitorados tornaram-se mais apropriadas aos usos múltiplos de suas águas. Por outro lado, apresentaram-se em situação desfavorável quanto ao estado trófico de suas águas, os pontos ITP-ITP-200, ITP-ITP-330, ITP-ITP-430, ITP-ITP-500, ITP-ITP-800, ITP-ITM-050, ITP- CRC-050, ITP-ARA-002, ITP-BPN-003, ITP-BPA-003 e ITP-PEX-500, já que, em média nas últimas campanhas, mantiveram os estados “Eutrófico” ou “Supereutrófico”. Vale ressaltar o ponto ITP-JCI-050, referente ao rio Jacurici, que, em média, apresentou o estado “Hipereutrófico”, considerando as campanhas realizadas. As situações descritas indicam níveis de degradação consideráveis desses corpos hídricos, o que compromete a biota local e os usos das águas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na RPGA do rio Itapicuru estão presentes 30 pontos de monitoramento, contudo, 29 pontos foram monitorados nesta 2ª campanha de 2014. Destes, 13 efetivamente violaram parâmetros segundo a Resolução CONAMA nº 357/03. O ponto em estado mais crítico quanto à qualidade da água e ao estado trófico é ITP-ITM-050, localizado no Rio Itapicuru- Mirim. Este excedeu os limites formais estabelecidos pela Resolução CONAMA nº 357/03 quanto ao pH – campo, oxigênio dissolvido – campo e o fósforo total. O ponto ITP-BPA-002 apresentou também violação aos parâmetros pH – campo, oxigênio dissolvido - campo e nitrogênio nitrato, contudo, quando analisado o gráfico comparativo do IET deste ponto, localizado na Barragem Pedras Altas, nas últimas cinco campanhas, constata-se evolução na 2ª campanha de 2014, quando passou suas águas ao estado “Oligotrófico”.

Vale ressaltar que os Índices da Qualidade da Água da grande maioria dos pontos monitorados na RPGA do rio Itapicuru variam entre “Ótimo” e “Bom”. Já seus Estados Tróficos apresentam-se com grande variação desde a 2a campanha de 2012.

Observou-se ainda, que dos parâmetros fixados pela Resolução CONAMA nº 357/03, foram violados o pH-campo, oxigênio dissolvido-campo, DBO, nitrogênio amoniacal, nitrogênio nitrato, fósforo total e clorofila a. Segundo o IQA das águas monitoradas do rio Ipicuru, para a 2ª campanha 2014, foi classificado um pontos como “Ótimo”, 27 pontos como “Bom” e um ponto como “Ruim”. O IET apresentou 07 pontos “Ultraoligotróficos”, 06 pontos “Oligotróficos”, 14 pontos “Mesotróficos” e 02 pontos “Eutróficos”.

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