As Desigualdades Entre Mulheres E Homens No Mercado De Trabalho E a Sua Medição: Contributos De Um Novo Indicador Composto Para Os Países Da Ue-28

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As Desigualdades Entre Mulheres E Homens No Mercado De Trabalho E a Sua Medição: Contributos De Um Novo Indicador Composto Para Os Países Da Ue-28 Carina Raquel Mendes Jordão AS DESIGUALDADES ENTRE MULHERES E HOMENS NO MERCADO DE TRABALHO E A SUA MEDIÇÃO: CONTRIBUTOS DE UM NOVO INDICADOR COMPOSTO PARA OS PAÍSES DA UE-28 Tese de Doutoramento em Sociologia: Relações de Trabalho, Desigualdades Sociais e Sindicalismo, orientada pela Professora Doutora Virgínia Ferreira e pela Professora Doutora Carla Amado e apresentada à Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra Coimbra, outubro de 2017 Carina Raquel Mendes Jordão As Desigualdades entre Mulheres e Homens no Mercado de Trabalho e a sua Medição: Contributos de um Novo Indicador Composto para os Países da UE-28 Tese de Doutoramento em Sociologia: Relações de Trabalho, Desigualdades Sociais e Sindicalismo, apresentada à Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra para obtenção do grau de Doutora Orientadoras: Prof. Doutora Virgínia Ferreira e Prof. Doutora Carla Amado Coimbra, outubro de 2017 Ilustração da capa: Rute Jordão Para a Simone e para a Rute, as minhas pessoas favoritas. iii AGRADECIMENTOS à Professora Doutora Carla Amado e à Professora Doutora Virgínia Ferreira: agradeço o apoio incondicional com que me brindaram nesta longa e dura caminhada. ao Nelson Filipe, pela presença e apoio técnico, muito obrigada. aos meus familiares, amigas e amigos de toda uma vida e de tantas vidas: obrigada pelo carinho e pela compreensão. do São as Pessoas como Tu São as pessoas como tu que fazem com que o nada queira dizer-nos algo, as coisas vulgares se tornem coisas importantes e as preocupações maiores sejam de facto mais pequenas. São as pessoas como tu que dão outra dimensão aos dias, transformando a chuva em delirante orvalho e fazendo do inverno uma estação de rosas rubras. As pessoas como tu possuem não uma, mas todas as vidas. Pessoas que amam e se entregam porque amar é também partilhar as mãos e o corpo. Pessoas que nos escutam e nos beijam e sabem transformar o cansaço numa esperança aliciante, tocando-nos o rosto com dedos de água pura, soltando-nos os cabelos com a leveza do pássaro ou a firmeza da flecha. São as pessoas como tu que nos respiram e nos fazem inspirar com elas o azul que há no dorso das manhãs, e nos estendem os braços e nos apertam até sentirmos o coração transformar o peito numa música infinita. São as pessoas como tu que não nos pedem nada mas têm sempre tudo para dar, e que fazem de nós nem ícaros nem prisioneiros, mas homens e mulheres com a estatura da vida, capazes da beleza e da justiça, do sofrimento e do amor. São as pessoas como tu que, interrogando-nos, se interrogam, e encontram a resposta para todas as perguntas nos nossos olhos e no nosso coração. As pessoas que por toda a parte deixam uma flor para que ela possa levar beleza e ternura a outras mãos. Essas pessoas que estão sempre ao nosso lado para nos ensinar em todos os momentos, ou em qualquer momento, a não sentir o medo, a reparar num gesto, a escutar um violino. São as pessoas como tu que ajudam a transformar o mundo. Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum' v FINANCIAMENTO Este trabalho foi realizado com apoio financeiro da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, IP (FCT) e do programa POPH/FSE (referência: SFRH/BD/91548/2012). vii RESUMO A desigualdade entre mulheres e homens é uma temática complexa e plena de atualidade, presente quer na agenda política internacional quer na investigação em ciências sociais. Além de um princípio e direito fundamental, a igualdade entre mulheres e homens tem vindo a ser encarada como uma forma de economia inteligente, capaz de contribuir, nomeadamente, para o aumento do bem-estar das populações e para o crescimento e o progresso dos países. No entanto, nos países da União Europeia (UE- 28), as mulheres estão mais expostas a situações de desvantagem no mercado de trabalho (MT) do que os homens, apesar de constituírem sensivelmente metade da população, de terem mais êxito nos respetivos percursos escolares na generalidade dos Estados-Membros e de representarem a maioria das pessoas titulares de diplomas do ensino superior. Mas então, se a igualdade promove a justiça e o crescimento económico, como tantas vezes se alega, como se explica que as desigualdades no MT sejam ainda, em pleno século XXI, um fenómeno persistente, inclusive nos países considerados dos mais desenvolvidos do mundo? Será que, no contexto da União Europeia, os países com menores desigualdades entre mulheres e homens no MT apresentam maiores níveis de rendimento, educação e saúde? E será que os países podem melhorar as suas realizações nessas áreas tornando a composição do seu MT mais equilibrada em termos de sexo? Considerando a performance como o grau de desempenho dos países no que à sua capacidade de alcançar certos fins valorizados pela sociedade diz respeito, seja em termos económicos, seja em termos sociais, esta tese tem dois objetivos principais: 1) desenvolver um novo indicador composto de igualdade laboral e 2) estudar a relação da igualdade entre mulheres e homens no mercado de trabalho com a performance dos países da UE-28. Para cumprir os objetivos propostos, numa primeira fase, são exploradas as razões que ajudam a explicar a existência e a persistência das desigualdades entre mulheres e homens no MT, num exercício que discute as principais correntes teóricas e que questiona a conceptualização e a operacionalização do fenómeno das desigualdades laborais. Depois, é estudada a inter-relação da igualdade com o crescimento e o desenvolvimento dos países, tendo em conta a literatura teórica e empírica produzida não só para o contexto dos países da UE, mas também para o contexto de outros países. Na UE, a igualdade entre mulheres e homens no MT é tida como um objetivo, uma meta e um princípio fundamental. No entanto, a sua valorização ix enquanto direito tem vindo a ceder lugar a uma abordagem integrada que coexiste com a proliferação de uma argumentação que enaltece os benefícios económicos da igualdade de ‘género’, subjugando-a, deste modo, a imperativos de crescimento económico e de eficiência. É no âmbito deste complexo processo, que acaba geralmente por priorizar determinados indicadores de desigualdade, que propomos um novo índice – o ICIL (Indicador Composto de Igualdade Laboral) – para medir de forma holística o nível de igualdade relativa nos países da UE-28 combinando, simultaneamente, indicadores relacionados com a participação no mercado de trabalho, chefia e liderança, salários e condições laborais. O ICIL, criado com base na técnica não paramétrica conhecida como Data Envelopment Analysis (DEA), permite também identificar os países que, pelos seus bons resultados, podem servir de referência para aprendizagem aos restantes. Usando dados do Eurostat, da Comissão Europeia e do Banco Mundial relativos ao período 2008-2013, os resultados revelam algumas transformações paradigmáticas que, em matéria de igualdade laboral, têm vindo a ocorrer ao longo dos últimos anos neste conjunto particular de países. A análise da situação da Letónia, país que em termos relativos apresenta os níveis mais elevados de igualdade laboral relativa desde 2010 e que o ICIL identifica como referência de aprendizagem para um número assinalável de países, permite uma reflexão profunda que, no global, vem chamar a atenção para a necessidade de, no contexto dos países tidos como económica e socialmente mais avançados, se (re)pensar o enquadramento da igualdade entre mulheres e homens no MT, nomeadamente no âmbito da estratégia e das políticas europeias, (re)orientando o enfoque do debate para uma abordagem que a priorize como uma das dimensões centrais do desenvolvimento humano. Os resultados deste estudo reforçam a ideia de que a igualdade entre mulheres e homens no MT é, ela própria, também indicativa do nível de desenvolvimento dos países e não deve ser menorizada nem encarada apenas como uma estratégia com potencial para estimular o crescimento económico. No contexto da UE-28, a riqueza dos países e o desenvolvimento social em termos de saúde e educação não são uma condição sine qua non para a obtenção de um maior equilíbrio laboral entre mulheres e homens nem para a concretização das metas e dos objetivos de igualdade. PALAVRAS-CHAVE: Indicador Composto de Igualdade Laboral (ICIL), Data Envelopment Analysis (DEA), União Europeia, performance, desigualdade entre mulheres e homens x ABSTRACT Inequality between women and men is a complex and current issue, present both on the international political agenda and in research in the social sciences. In addition to a fundamental principle and right, equality between women and men has been seen as a form of intelligent economy capable of contributing in particular to the population welfare improvement and to the countries’ growth and progress. However, in the European Union countries (EU-28), women are more exposed to disadvantages in the labour market (LM) than men, although the former make up approximately half the population, they are more succeeded in academic background and they also represent the majority of higher education graduates in most Member States. So, if equality promotes justice and economic growth, as it is often claimed, how to explain that inequalities in the labour market are still a persistent phenomenon in the 21st century, even in countries considered to be the most developed in the world? In the context of the European Union, do the countries with the lowest inequality levels between women and men in the labour market have higher levels of income, education and health? And can countries improve their achievements in these areas by making the composition of their labour market more gender-balanced? Considering performance as the degree of achievement of countries in their ability to reach certain goals valued by society both economically and socially, this thesis has two main objectives: 1) to develop a new composite indicator of equality in labour and 2) to study the links between gender equality in the labour market and the performance of the EU-28 countries.
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